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*foi para a Escócia estudar engenharia, primeiro mecânica e depois naval (Glasgow);
*inactivo em Lisboa;
Fisicamente:
*usa monóculo;
Álvaro de Campos surge quando Fernando Pessoa sente “um impulso para
escrever”. O próprio Pessoa considera que Campos se encontra no «extremo oposto,
inteiramente oposto, a Ricardo Reis”, apesar de ser como este um discípulo de Caeiro.
Este heterónimo aprende de Caeiro a urgência de sentir, mas não lhe basta a
«sensação das coisas como são»: procura a totalização das sensações e das percepções
conforme as sente, ou como ele próprio afirma “sentir tudo de todas as maneiras”.
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expressa o desencanto do quotidiano citadino, adoptando sempre o ponto de vista do
homem da cidade.
- poeta modernista
- poeta da condição humana partilhada entre o nada da realidade e o tudo dos sonhos
(“Tabacaria”)
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2ª FASE DE ÁLVARO DE CAMPOS
-FUTURISTA/SENSACIONISTA
- a sensação é tudo
- cativo dos sentidos, procura dar largas às possibilidades sensoriais ou tenta reprimir,
por temor, a manifestação de um lado feminino
- tenta integrar e unificar tudo o que tem ou teve existência ou possibilidade de existir
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- versos livres, vigorosos, submetidos à expressão da sensibilidade, dos impulsos, das
emoções (através de frases exclamativas, de apóstrofes, onomatopeias e oxímoros)
Futurismo
Sensacionismo
Perante a incapacidade das realizações, traz de volta o abatimento, que provoca “Um
supremíssimo cansaço, /íssimo, íssimo, íssimo, /Cansaço…”. Nesta fase, Campos sente-
se vazio, um marginal, um incompreendido. Sofre fechado em si mesmo, angustiado e
cansado. (“Esta velha angústia”; “Apontamento”; “Lisbon revisited”).
O drama de Álvaro Campos concretiza-se num apelo dilacerante entre o amor do mundo
e da humanidade; é uma espécie de frustração total feita de incapacidade de unificar em
si pensamento e sentimento, mundo exterior e mundo interior. Revela, como Pessoa, a
mesma inadaptação à existência e a mesma demissão da personalidade íntegra., o cepti-
cismo, a dor de pensar e a nostalgia da infância.
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- dissolução do “eu”
- a dor de pensar
- angústia existencial
- solidão
TRAÇOS ESTILÍSTICOS
- grafismos expressivos
- desvios sintácticos
- estrangeirismos, neologismos
- subordinação de fonemas
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O canto do Ópio; Nível fónico