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PRODUÇÃO
TEXTUAL I
Material organizado pelos professores de LPT do departamento de Pedagogia
- UNINOVE
(1 º semestre / 2011)
ALUNO: R.A. SALA:
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Blog: www. professorayaramarisol@blogspot.com.br
Professor(es): Adriana Lílian, Ana Paula Oliveira, Thiago Lauriti, Wendel Christal, Yara Marisol
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de texto para estudantes universitários. Petrópolis:
Vozes,1999.
GARCIA, Othon Marques. Comunicação em prosa moderna. 14. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1988.
VIANA. Antônio Carlos et alii. Roteiro de Redação – lendo e argumentando. 1 ed. São Paulo. Scipione,
2004.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABREU, Ântônio Suarez. (2001). Curso de Redação.11ª ed. São Paulo: Ática.
BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolingüística. São Paulo: Contexto, 2010.
FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 11. ed. São
Paulo: Ática, 1995.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 2007. Col. Primeiros Passos.
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UNIDADE 1
LÍNGUA E LINGUAGEM E FALA
A Língua pode ser definida como um código formado por signos (palavras) e leis
combinatórias usados por uma mesma comunidade.
Por sua vez, a linguagem serve como instrumento de comunicação que faz uso de
um código, permitindo, assim, a interação entre as pessoas - é a atividade comunicativa.
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Cada indivíduo pode fazer uso próprio e personalizado da língua, dando origem à
fala, embora esta prática deva estar sempre condicionada às regras socialmente
estabelecidas da língua.
Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma forma. Isso
ocorre porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e extremamente sensíveis a
fatores como, por exemplo, a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos
falantes e o grau de formalidade do contexto. Essas diferenças constituem as variações
lingüísticas.
Entre as variedades da língua, há uma que tem maior prestígio: a variedade padrão
conhecida também como língua padrão e norma culta. Essa variedade é utilizada nos
livros, jornais, textos científicos e didáticos e é ensinada na escola. As outras variedades
lingüísticas são chamadas de variedades não padrão.
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EXERCÍCIOS
Discursos políticos
Programas culturais e noticiários de TV ou rádio
Novelas de rádio e televisão
Comunidades científicas
Conversas e entrevistas com intelectuais a propósito de temas
científicos
ou artísticos
Irradiação de esportes
Expressão de estados emocionais, confissões, anedotas, narrativas
Culta Popular
tênue fraco
ausentar-se _________________
presenciar _________________
repleto _________________
divergir _________________
bofetada _________________
acompanhado _________________
odor _________________
_________________ sombra
_________________ conversa
_________________ “gandaia”
_________________ fazer
_________________ pilantra
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3) Reescreva, usando o nível culto, as expressões do nível informal
5. Não estudou nada. Vai dar com os burros n’água nesta prova.
“... Com perdão da pergunta, mas será que mecê não tem lá alguma enxada
assim meio velha pra ceder pra gente?”
Assinale a alternativa que propõe a transposição dessa frase para uma forma
adequada à linguagem urbana culta:
a) ( ) Me perdoe de perguntar, mas será que você não tem por lá alguma
enxada assim meio velha que a gente pudesse usar?
b) ( ) Desculpa a gente perguntar, mas o senhor não tem alguma enxada
assim meio velha pra emprestar pra nós?
c) ( ) Me perdoa a pergunta, mas será que o senhor não poderia ceder para
nós alguma enxada que tem por lá assim meio velha?
d) ( ) Desculpa a pergunta, mas o senhor não teria alguma enxada meio velha
para nos ceder?
e) ( ) Desculpe-me a pergunta, mas será que você não tem, para nos
emprestar, alguma enxada assim do tipo meio velha?
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Os componentes da comunicação humana
Ato de fala: uso concreto e particular que um indivíduo faz da língua Na fala há a
atuação conjunta dos seguintes elementos:
Referente
Mensagem
Emissor...........................................................................................Receptor
Canal
Código
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UNIDADE 2
Variação linguistica
como falantes da língua portuguesa, percebemos que existem situações
em que a língua apresenta-se sob uma forma bastante diferente daquela que
nos habituamos a ouvir em casa ou nos meios de comunicação. Essa
diferença pode manifestar-se tanto pelo vocabulário utilizado, como pela
pronúncia ou organização da frase.
Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma
forma. Isso ocorre porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e
extremamente sensíveis a fatores como, por exemplo, a região geográfica, o
sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do
contexto. Essas diferenças constituem as variações lingüísticas.
Observe abaixo as especificidades de algumas variações:
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profissionais são abundantes em termos específicos e têm seu uso restrito ao
intercâmbio técnico.
UNIDADE 3
AS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA
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Na verdade, fala e escrita são duas realizações possíveis de uma mesma
língua que tanto podem ser elaboradas quanto informais. O que determinará o
grau maior ou menor de formalidade é o contexto em que o falante ou escritor
estará inserido.
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A reformulação pode ser
A reformulação é promovida
Reformulação promovida tanto pelo falante
apenas pelo escritor.
como pelo interlocutor.
Processamento
O falante pode processar o texto,O escritor pode processar o
redirecionando-o a partir dastexto a partir das possíveis
reações do interlocutor. reações do leitor.
EXERCÍCIOS
1. O articulista Luiz Nassif em seu artigo “O FMI vem aí. Viva o FMI”, publicado
na revista Ícaro, fez uso do registro culto típico do jornalismo, mas utilizou
também algumas expressões da linguagem técnica dos economistas e outras
próprias da linguagem informal. Leia o trecho abaixo e
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“Países já chegam ao FMI com todos esses impasses, denotando a incapacidade
de suas elites de chegarem a fórmulas consensuais para enfrentar a crise –
mesmo porque essas fórmulas implicam prejuízos aos interesses de alguns
grupos poderosos. Aí a burocracia do FMI deita e rola. Há, em geral, economistas
especializados em determinadas regiões do globo. Mas, na maioria das vezes, as
fórmulas aplicadas aos países são homogêneas, burocráticas, de quem está por
cima da carne-seca e não quer saber de limitações de ordem social ou política.(...)
Sem os recursos adicionais do Fundo, a travessia de 1999 seria um inferno, com
as reservas cambiais se esvaindo e o país sendo obrigado ou a fechar sua
economia ou a entrar em parafuso. O desafio será produzir um acordo que
obrigue, sim, o governo e Congresso a acelerarem as formas essenciais.” ( Ícaro,
170, outubro de 1998 – questão adaptada do vestibular da Unicamp)
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2. Abaixo, temos a simulação de uma entrevista para a ocupação de um cargo
numa empresa. É nítido nesta entrevista o uso de duas variações lingüísticas bem
marcadas pelos interlocutores. A nossa atividade é assumir o pa
- Bom dia. Sente-se, por favor, preciso fazer algumas perguntas para o senhor a
fim de saber se está devidamente qualificado para a nossa empresa.
- Ah. Falô, na boa.
- Qual o nome do Sr., por favor?
- José Carlos, mas o pessoal lá de casa e da rua me chama de zé.
- Muito bem Sr. José Carlos, temos uma vaga para o cargo de Assistente
Administrativo, mas precisamos que o candidato tenha domínio de algumas
habilidades.
- Certo! É só perguntar.
- O Sr. Possui algum conhecimento na área de informática? Nos dias de hoje ela é
imprescindível para qualquer profissional da área administrativa.
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- Sim, eu manjo bastante de informática, você sabe, aqueles programas de
sempre: Window, Word, Excel, esses baratos todos.
- O Sr. costuma acessar a Internet? Conhece as principais ferramentas desse
instrumento de comunicação?
- OH! Nossa! Eu costumo viajar bastante na Internet, conheço muitos sites.
- Qual o grau de escolaridade do Sr.?
- Bem, eu estudei Administração Geral numa faculdade e agora tô pensando em
me especializar em Marketing.
- O Sr. fala algum idioma: inglês, espanhol?
- Bem, fiz um cursinho de espanhol rápido por causa do barato do Mercosul né.
Inglês só no the book is on the table.
- O Sr. é casado? Qual sua Idade?
- Não, por enquanto tô fora... Só namoro mesmo! Tô com 25 anos.
- Qual a sua experiência profissional? O Sr. já trabalhou numa empresa de grande
porte como esta?
- AH! pra falar a verdade eu trabalhei sempre como boy em empresas pequenas,
mas o meu último trampo foi numa distribuidora de medicamentos - empresa
grande.
- E quais eram as atividades do Sr. nessa empresa?
- Nossa! Eu fazia um pouco de tudo. Às vezes fazia umas coisas no departamento
pessoal, depois fui para o financeiro, passei uns meses também no CPD... rodei
bastante por lá.
- Muito bem Sr. José Carlos, estou com os dados do Sr. aqui. Assim que tivermos
uma posição entramos em contato. Bom dia.
- Certo, bom dia, mas o trampo é meu?
(Texto elaborado pelo Professor Jorge Torresan)
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EXERCÍCIOS
c. A justiça não deveria ser tão frouxa com quem rouba o dinheiro público.
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d. Se o governo não jogar duro com o crime organizado, a violência será cada
vez maior nas grandes cidades.
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e. Gasta-se muito com computadores para as escolas, mas não é por aí que se
vai melhorar a educação.
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f. Fica difícil acreditar no futuro de um país que tem tanto ladrão ocupando
cargos importantes.
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Era uma vez um urso selvagem e livre, mas que invejava os pássaros porque
sabiam voar. Só que um dia um circo carioca pegou o urso para fazer um show no
Rio de Janeiro, mas ele continuava com aquele velho sonho. Um dia ele fugiu do
circo, e saiu andando pela cidade, todos que o viam quase morriam de susto. Até
que ele olhou pro céu e viu um monte de homens com asa delta e chegou a
seguinte conclusão: os homens também voam e ficou fascinado com aquilo, mas
continuou a andar até que chegou no alto do pão de açúcar lá tinha vários homens
saltando de asa delta mas quando ele chegou perto de um homem o homem
saltou sem asa delta (só de medo) aí o urso pegou a asa delta e saltou por aí,
muito feliz.
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UNIDADE 4
Língua falada
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gestos, entorno físico e psíquico.
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Língua escrita:
A palavra gráfica; é possível esquecer o interlocutor; é mais sintética e
objetiva; a redundância é apenas um recurso estilístico; ganha em
permanência; mais correção na elaboração das frases; evita a improvisação;
exigüidade de recursos não lingüísticos;
uso de letras, sinais de pontuação; é mais precisa e elaborada; ausência de
cacoetes lingüísticos e vulgarismos; o contexto extralingüístico tem menos
influência.
EXERCÍCIOS
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d) “A la pucha, tchê! O índio está mais por fora do que cusco em procissão – o
negócio hoje é a tal de comunicação, seu guasca!”
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f) “Meus camaradinhas:
Não entendi bulufas dessa jogada de fazerem o papai aqui apresentar o
seu Antenor Nascentes, um cara tão crânio, cheio de mumunhas, que é
manjado até na Europa. Estou meio cabrero até achando que foi crocodilagem
do diretor do curso, o professor Odorico Mendes, para eu entrar pelo cano.
O seu Antenor Nascentes é um chapa legal, é bárbaro e, em Filologia,
bota banca. Escreveu um dicionário etimológico que é uma lenha. Dois
volumes que vou te contar. Um deles é desta idade... mais grosso que
trocador de ônibus. O homem é o Pelé da Gramática, está mais por dentro que
bicho de goiaba. Manda brasa, professor Nascentes!”
(Correio do Povo, 20/04/1966.)
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g) “Deu-lhe com a boleadeira nos cascos, e o índio correu mais que cusco em
procissão.”
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2-FUVEST 2000- “Orientação para uso deste medicamento: antes de você usar
este medicamento, verifica se o rótulo consta as seguintes informações, seu
nome, nome de seu médico, data de manipulação e validade e fórmula do
medicamento solicitado.”
a) Há no texto desvios em relação à norma culta. Reescreva-o, fazendo as
correções necessárias.
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3-UFES 1996
“Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta. Quero que você me 'rezerve', um
lugar, 'à noite', no trem das 8 para o Rio.”
a) Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta. Quero que você reserve um lugar, à
noite, no trem das 8 para o Rio.
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b) Maria: devo ir ao Rio amanhã. Quero que você me compre um lugar, à noite,
no trem das 8 para o Rio.
c) Maria: Compre, para mim, uma passagem, em cabina com leito, no trem das
20h de amanhã (4a feira), para o Rio de Janeiro.
d) Maria: vou ao Rio amanhã impreterivelmente. Quero que você me compre,
à noite uma passagem para o Rio no trem das 8.
e) Maria: devo ir no Rio amanhã. Quero que, à noite você me reserve, sem
falta, um, lugar, no trem das oito.
4- UFMT 1996
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu.
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo, então, que cresceu.
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UNIDADE 5
TEXTO VERBAL E NÃO-VERBAL
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Textos escritos não são nossa única fonte importante de informações.
Fotografias, desenhos, pinturas e imagens também podem ser lidos e
interpretados e nos
ajudam a compreender melhor o mundo em que vivemos.
A figura ao
lado é um texto, pois
podemos identificar um
sentido naquilo que
estamos vendo: dentro
de uma lata, o que
parece ser a planta de
um apartamento ( sãoidentificados o quarto, a
sala, a cozinha e o
banheiro). Se juntarmos
a imagem da lata de
sardinha com a planta
de um apartamento,
concluímos que o autor
desse desenho procura
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indicar que há
apartamentos muito
pequenos, dentro dos
quais as pessoas se sentem como sardinhas em latas.
((http://veja.abril.com.br/busca/resultadoCapas)
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pincumel e cuzinhando um
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galinhassada. Quascaí de susto
fiofó da galinhispludiu!
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RECEITA: REPÔI NU AI I ÓI
QuickTimeª and a
decompressor
are needed to see this picture.
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40
EXERCÍCIO
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NATUREZA E CULTURA (Fonte: ARANHA, M.L. & MARTINS, M.H. A cultura. In:
Filosofando: introdução à filosofia. SP: Moderna, 1993, p.2-8)
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Identifique a região em que cada um dos assaltos teria ocorrido:
1. Ei, bichim . Isso é um assalto . Arriba os braços e num se bula ....e num faça
munganga. Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira
no teu bucho e boto teu fato pra fora:. Perdão meu Padim Ciço, mas é que eu tô
com uma fome da moléstia.
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2. Ô sô, prestenção: isso é um assarto, uai: Levanta os braço e fica quetin quesse
trem na minha mão tá cheio de bala . Mió passá logo os trocados que eu num tô
bão hoje. Vai andando, uai! Ta esperando o que , uai!
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3. O gurí, ficas atento:. Báh, isso é um assalto:. Levantas os braços e te aquieta,
tchê ! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê.
Passa as pilas prá cá ! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.
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5. Ô meu rei . (longa pausa ) Isso é um assalto . (longa pausa ) Levanta os braços,
mas não se avexe não .(longa pausa ) Se num quiser nem precisa levantar, pra
num ficar cansado:. Vai passando a grana, bem devagarinho (longa pausa ) Num
repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado:. Não esquenta,
meu irmãozinho ( longa pausa ) Vou deixar teus documentos na encruzilhada.
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6. Ôrra, meu:. Isso é um assalto, meu . Alevanta os braços, meu:. Passa a grana
logo, meu! Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pa
comprar o ingresso do jogo do Curintia, meu: Pô, se manda, meu:.
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7. Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que no
final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, Água, Esgoto, Gás,
Passagem de ônibus, IPTU, IPVA, Licenciamento de veículos, Seguro Obrigatório,
Gasolina, Álcool, Imposto de Renda, IPI, CMS, PIS, COFINS, mas não se preocupe,
somos PENTA!!!
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UNIDADE 6
CONCEITO DE TEXTOS - LINGUAGEM
VERBAL E NÃO-VERBAL
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O que é linguagem?
LINGUAGEM NÃO-VERBAL:
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Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais
têm as funções específicas de regular e encadear as interações
sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.
a) expressão facial:
emissão de mensagens.
no
processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite
mensagens mais claras do que uma voz agitada.
48
LINGUAGEM VERBAL:
,00-
Alimentos+aceleram+o+metabolismo+e+ajudam+a+perder+peso.html
[acessado em 10/02/2011]
50
UNIDADE 7
Linguagem verbal : realização concreta da língua através da
Pense sobre o símbolo de um cigarro desenhado sobre uma placa, cortado por
uma faixa vermelha. Agora, pense na mesma placa, tirando o desenho e
colocando-se Não Fume. Qual é a mais eficaz?
51
Linguagem não verbal : mais econômica e rápida na veiculação.
Linguagem verbal:
- transmissão completa do que sentimos, pensamos, desejamos;
- única capaz de traduzir as outras linguagens;
- quando o que temos que comunicar é complexo, optamos pela linguagem
verbal.
EXERCÍCIOS
52
I. O desenho é auto-suficiente. Mesmo sem os diálogos, entende-se que um
homem foi punido por ter chamado o outro de gordo.
II. As falas das personagens são auto-suficientes. Mesmo sem os desenhos,
entende-se que um homem foi punido por acusar o outro de medroso.
III. O desenho e as falas são interdependentes. É pela fala do segundo
quadrinho que se entende que o homem foi punido principalmente por chamar
o outro de "gordão".
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
b) apenas I e III.
DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS
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Há uma língua-padrão? O modelo de língua-padrão é uma decorrência
dos parâmetros utilizados pelo grupo social mais culto. Às vezes, a mesma
pessoa, dependendo do meio em que se encontra, da situação sociocultural
dos indivíduos com quem se comunica, usará níveis diferentes de língua.
Dentro desse critério, podemos reconhecer, num primeiro momento, dois tipos
de língua: a falada e a escrita.
A língua falada pode ser culta ou coloquial, vulgar ou inculta, regional,
grupal (gíria ou técnica). Quando a gíria é grosseira, recebe o nome de calão.
Quando redigimos um texto, não devemos mudar o registro, a não ser
que o estilo permita, ou seja, se estamos dissertando – e, nesse tipo de
redação, usa-se, geralmente, a língua-padrão – não podemos passar desse
nível para um como a gíria, por exemplo.
1- No tribunal:
Prezada Fabiana. É com imenso pesar que comunico que não finalizei as tarefas a
contento e, portanto, infelizmente ficaremos com a menção zero na disciplina de
Leitura e Produção Textual.Desculpe-me e um grande beijo!
Leitura:
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BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolingüística.
UNIDADE 8
56
INTERPRETAÇÃO DE ENUNCIADOS - VERBOS DE COMANDO
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É muito comum nas discussões entre professores comentários sobre a
dificuldade que os alunos têm diante do momento de dissertar numa prova,
mesmo que ela seja composta por questões breves. Essa dificuldade pode
ocorrer, muitas vezes, porque eles não conseguem compreender exatamente
o que é pedido em uma questão. Se observarmos com atenção, todas as
questões se iniciam ou se desenvolvem tendo como base um verbo-comando
(geralmente na forma do imperativo) que especifica para o aluno a forma
como ele deve responder a uma questão. A tabela abaixo demonstra alguns
dos verbos-comando mais utilizados.
59
Nesta apostila, e nas provas/avaliações
que serão dadas para você elaborar, muitos destes verbos serão
solicitados. Fique atento!
EXERCÍCIOS
60
a) Transcreva a passagem que produz efeito de humor.
b) Qual a situação engraçada que essa passagem permite imaginar?
c) Reescreva o trecho de forma a impedir tal interpretação.
OBESIDADE INFANTIL
61
contrário, má nutrição durante a gravidez também pode levar à obesidade
como mecanismo compensatório.
Crianças negligenciadas, solitárias ou deprimidas tendem a apresentar
maiores índices de obesidade quando adultas.
A falta de atividade física é fator crucial. A redução dos espaços
urbanos disponíveis para brincar em segurança, os computadores, os jogos
eletrônicos e, especialmente, o número de horas diante da tevê, expostas a
comerciais de alimentos com alta densidade calórica, são fatores de risco
associados à explosão de obesidade nas crianças.
Pesquisas conduzidas na Inglaterra e nos Estados Unidos mostram que,
nesses países, elas estão expostas, em média, a dez comerciais de alimentos
por hora diante da tevê; a maioria sobre doces, refrigerantes e salgadinhos.
Da mesma forma que nos adultos, a obesidade na infância causa
hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicérides, inflamação
crônica, facilita a formação de coágulos, altera a parede interna das artérias
e aumenta a produção de insulina. Esse conjunto de fatores de risco para
doença cardiovascular, conhecido como síndrome da resistência à insulina ou
síndrome metabólica, tem sido descrito até em crianças com 5 anos de idade.
Anteriormente conhecido como diabetes do adulto, o diabetes do tipo 2
é cada vez mais encontrado na infância. Em certas populações, seus
portadores chegam a representar metade do total de crianças diabéticas.
(Drauzio Varella)
EDUCANDO O PALADAR
62
Nessa fase da vida, existe nítida predisposição para alimentos com alta
densidade calórica, como as gorduras e os doces, por causa do gosto
agradável e por levar à saciedade mais prontamente. Se não houver
insistência na oferta, o paladar poderá fixar-se exclusivamente em doces e
gorduras, com graves conseqüências futuras.
3-UNICAMP 1995
Defender a língua é, de modo geral, uma tarefa ambígua e até certo
ponto inútil. Mas também é quase inútil e ambíguo dar conselhos aos jovens
de uma perspectiva adulta e no entanto todo adulto cumpre o que julga seu
dever. (...) Ora, no que se refere à língua, o choque ou oposição situam-se
normalmente na linha divisória do novo e do antigo. Mas fixar no antigo a
norma para o atual obrigaria este antigo a recorrer a um mais antigo, até ao
limite das origens da língua. A própria língua, como ser vivo que é, decidirá o
que lhe importa assimilar ou recusar. A língua mastiga e joga fora inúmeros
arranjos de frase e vocábulos. Outros, ela absorve e integra a seu modo de
ser.
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UNIDADE 9
Algumas definições:
Assunto: de que fala o texto, idéia ampla e geral, germe a partir do qual se
desenvolverão as idéias do texto.
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Tema: delimitação do assunto, aspecto a ser abordado, enfoque, tratamento especial
dado pelo autor.
Objetivo do texto: para que é escrito o texto, finalidade com que se elabora o texto.
66
país ficcional), pois quem lê é informado, e vai votar com relativa lucidez. Ler e escrever faz
parte de ser gente.
Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas porque em nossa casa livro era um
objeto cotidiano, como o pão e o leite. Lembro de minhas avós de livro na mão quando não
estavam lidando na casa. Minha cama de menina e mocinha era embutida em prateleiras.
Criança insone, meu conforto nas noites intermináveis era acender o abajur, estender a mão,
e ali estavam os meus amigos. Algumas vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e dando
risadas com a boneca Emília, de Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia mil artes e
todo mundo achava graça.
E a escola não conseguiu estragar esse meu amor pelas histórias e pelas palavras.
Digo isso com um pouco de ironia, mas sem nenhuma depreciação ao excelente colégio onde
estudei, quando criança e adolescente, que muito me preparou para o mundo maior que eu
conheceria saindo de minha cidadezinha aos 18 anos. Falo da impropriedade, que talvez
exista até hoje (e que não era culpa das escolas, mas dos programas educacionais), de fazer
adolescentes ler os clássicos brasileiros, os românticos, seja o que for, quando eles ainda nem
têm o prazer da leitura. Qualquer menino ou menina se assusta ao ler Macedo, Alencar e
outros: vai achar enfadonho, não vai entender, não vai se entusiasmar. Para mim esses
programas cometem um pecado básico e fatal, afastando da leitura estudantes ainda
imaturos.
Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninada chega ao colégio achando livro
uma coisa quase esquisita, e leitura uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo
que ler pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar prazer. Eu sugiro
crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil, a começar por Rubem Braga e Paulo
Mendes Campos, além dos vivos como Verissimo e outros tantos. Além disso, cada um deve
descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. Não é preciso que todos
amem os clássicos nem apreciem romance ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes,
explorações, viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação, seja o que for.
O que é preciso é ler. Revista serve, jornal é ótimo, qualquer coisa que nos faça
exercitar esse órgão tão esquecido: o cérebro. Lendo a gente aprende até sem sentir, cresce,
fica mais poderoso e mais forte como indivíduo, mais integrado no mundo, mais curioso,
mais ligado. Mas para isso é preciso, primeiro, alfabetizar-se, e não só lá pelo ensino médio,
como ainda ocorre. Os primeiros anos são fundamentais não apenas por serem os primeiros,
mas por construírem a base do que seremos, faremos e aprenderemos depois. Ali nasce a
atitude em relação ao nosso lugar no mundo, escolhas pessoais e profissionais, pela vida
afora. Por isso, esses primeiros anos, em que se aprende a ler e a escrever, deviam ser
estimulantes, firmes, fortes e eficientes (não perversamente severos). Já se faz um grande
trabalho de leitura em muitas escolas. Mas, naquelas em que com 9 ou 10 anos o aluno ainda
não usa com naturalidade a língua materna, pouco se pode esperar. E não há como se
queixar depois, com a eterna reclamação de que brasileiro não gosta de ler: essa porta nem
lhe foi aberta.
(Extraído de: http://veja.abril.com.br/120809/brasileiro-nao-gosta-de-ler-p-022.shtml)
*Lya Luft é escritora.
67
UNIDADE 10
IDENTIFICAÇÃO DAS PALAVRAS-CHAVE
Palavra Chave: são aquelas que estão mais de perto associadas especificamente
ao assunto do texto, podendo aparecer repetidas e algumas vezes na forma de
sinônimos. A identificação das palavras-chave através do skimming (estratégia ou
procedimento que consiste em lançar os olhos rapidamente sobre o texto, numa
breve leitura para captar o assunto geral apenas, se esse for o objetivo da leitura)
leva-nos a ter uma identificação do assunto no texto.
68
IDENTIFICAÇÃO DAS PALAVRAS-CHAVE
Palavra Chave: são aquelas que estão mais de perto associadas especificamente
ao assunto do texto, podendo aparecer repetidas e algumas vezes na forma de
sinônimos. A identificação das palavras-chave através do skimming (estratégia ou
procedimento que consiste em lançar os olhos rapidamente sobre o texto, numa
breve leitura para captar o assunto geral apenas, se esse for o objetivo da leitura)
leva-nos a ter uma identificação do assunto no texto.
Exercício:
69
Os megaproblemas das grandes cidades
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72
UNIDADE 11
AS PALAVRAS-CHAVE
Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. Mas leitura
aqui não significa somente a capacidade de juntar letras, palavras, frases. Ler
é muito mais que isso. É compreender a forma como está tecido o texto.
Ultrapassar sua superfície e aferir da leitura seu sentido maior, que muitas
vezes passa despercebido a uma grande maioria de leitores. Só uma relação
73
mais estreita do leitor com o texto lhe dará esse sentido. Ler bem exige tanta
habilidade quanto escrever bem. Leitura e escrita complementam-se. Lendo
textos bem estruturados, podemos apreender os procedimentos lingüísticos
necessários a uma boa redação.
Numa primeira leitura, temos sempre uma noção muito vaga do que o
autor disse. Uma leitura bem feita é aquela capaz de depreender de um texto
ou de um livro a informação essencial. Tudo deve ajustar-se a elas de forma
precisa. A tarefa do leitor é detectá-las, a fim de realizar uma leitura capaz de
dar conta da totalidade do texto.
Por adquirir tal importância na arquitetura textual, as palavras-chave
normalmente aparecem ao longo de todo o texto das mais variadas formas:
repetidas, modificadas, retomadas por sinônimos. Elas pavimentam o caminho
da leitura, levando-nos a compreender melhor o texto. Além disso, fornece a
pista para uma leitura reconstrutiva porque nos levam à essência da
informação.
Após encontrar as palavras-chave de um texto, devemos tentar
reescrevê-lo, tomando-as como base. Elas constituem seu esqueleto.
AS IDÉIAS-CHAVE
74
TÓPICO FRASAL
EXERCÍCIOS
75
AMEAÇA AO SIGILO DO PACIENTE
76
podem ser divulgados com a anuência dos doentes. “Caso contrário, seria
uma grave violação ética, passível de punições.”
Meinão pondera que o novo modelo, batizado de Troca de Informações
em Saúde Suplementar (TISS), tem o mérito de uniformizar procedimentos e
contribuir para a obtenção de dados epidemiológicos atualizados,
indispensáveis para orientar as políticas públicas de controle e prevenção de
moléstias. No entanto, exige garantias de que o sigilo na relação entre
médico e paciente seja preservado. “As informações do formulário eletrônico
são criptografadas e omitem a identidade dos usuários. O mesmo não está
assegurado nos documentos em papel. Não deveria existir um campo para
relatar o diagnóstico nessas guias.”
A ANS garante que a privacidade das informações não corre perigo. Por
meio de nota, a agência diz que o preenchimento de dados sobre a
enfermidade “permanece opcional nas guias de consulta e só pode ser
efetuado com autorização expressa do beneficiário”.
Ainda assim, o Conselho Federal de Medicina reitera as críticas no site
oficial: “Ao tornar opcional a anotação, a ANS possibilitou que algumas
operadoras exijam que médicos quebrem esse direito do paciente”.
Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, a pedido do
Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), revelou que 43% dos
médicos da rede privada paulista sofreram ou sofrem restrições dos planos de
saúde na requisição de exames e tratamentos aos segurados.
A INTENÇÃO E A REALIDADE
3 – FGV 1996
(Articulação entre os componentes do texto):
Crie um tópico frasal às idéias exploradas no parágrafo a seguir.
Em nenhum outro lugar a vida está sendo um jogo tão perigoso como
nas grandes cidades. Na cidade grande tudo pode acontecer, quando tudo é
possível está instalado o absurdo. Com este, o seu filho mais direto: o medo.
Assim, o medo é o pão cotidiano dos cidadãos, fruto das ameaças a
que estão submetidos. E onde estão as ameaças está a violência. Mas
abordar o tema da violência torna-se um tanto difícil, pois sua realidade
percorre desde as violências vermelhas (sangrentas) até as violências
brancas (como a que esmaga o empregado de linha-de-montagem que, nas
grandes indústrias, é, na verdade, o prisioneiro de um campo de concentração
habilmente disfarçado).
Para muitas pessoas, essas afirmações podem parecer exageradas.
Isto se explica pelo fato de que escapam da nossa percepção diária aquelas
situações a que estamos excessivamente habituados. Se vivêssemos no
fundo do mar, a coisa da qual teríamos menos consciência constante seria a
própria água. Esse comportamento abriga, primeiro, a virtude que o ser
humano tem de ser muito adaptativo; segundo, o defeito que o homem tem de
se adaptar até àquilo que deveria, que precisaria contestar.
(Fonte desconhecida)
79
UNIDADE 12
80
A PARAGRAFAÇÃO NO/DO TEXTO
DISSERTATIVO
O texto dissertativo é o tipo de texto que expõe uma tese (idéias gerais
sobre um assunto/tema) seguida de um ponto de vista, apoiada em
argumentos, dados e fatos que a comprovem.
81
ARGUMENTOS:
(1)“...lendo o indivíduo tem contato com modelos de textos bem redigidos que
ao longo do tempo farão parte de sua bagagem lingüística e, também,
(2) porque entrará em contato com vários pontos de vista de intelectuais
diversos,
(3) ampliando, dessa forma, a sua própria visão em relação aos assuntos.”
E por fim, comprovada a sua tese, veja que a idéia desta é recuperada:
82
UNIDADE 13
83
FORMAS DISCURSIVAS DO PARÁGRAFO
2. Definição
(Tema: O mito)
(ARANHA, M.L. de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia.
SP: Moderna, 1992. p. 62.)
3. Divisão
(Tema: Exclusão social)
Ao dizer que há duas convicções errôneas, fica logo clara a direção que o
parágrafo vai tomar. O autor terá de explicitá-las na frase seguinte.
85
4. Uma pergunta
(Tema: Saúde no Brasil)
As duas primeiras frases criam uma oposição (de um lado / de outro) que
estabelecerá o rumo da argumentação.
Também se pode criar uma oposição dentro da frase, como neste exemplo:
(FEIJÓ, Martin César. O que é política cultural. São Paulo, Brasiliense, 1985. p.
7.)
6. Alusão histórica
(Tema: Globalização)
86
“Após a queda do Muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-oeste e
o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As fronteiras
foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de competição.”
8. Adjetivação
(Tema: A educação no Brasil)
A adjetivação inicial será a base para desenvolver o tema. O autor dirá, nos
parágrafos seguintes, por que acha a política educacional do governo
equivocada e pouco racional.
9. Citação
(Tema: Política demográfica)
“As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não chorarem
mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e
irem embora.” O comentário, do fotógrafo Sebastião Salgado, falando sobre o
que viu em Ruanda, é um acicate no estado de letargia ética que domina
algumas nações do Primeiro Mundo.
(DI FRANCO, Carlos Alberto. Jornalismo, ética e qualidade. Rio de Janeiro,
Vozes, 1995. p. 73.)
87
(Acicate: estímulo)
“Para Marx a religião é o ópio do povo. Raymond Aron deu o troco: marxismo é
o ópio dos intelectuais. Mas nos Estados Unidos o ópio do povo é mesmo ir às
compras. Como as modas americanas são contagiosas, é bom ver de que se
trata.”
(Cláudio de Moura e Castro, Veja, 13 nov. 1996.)
Esse recurso deve ser usado quando não sabemos textualmente a citação. É
melhor citar de forma indireta que de forma errada.
12. Comparação
(Tema: Reforma agrária)
88
(OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo, Ática, 1991.
p. 101.)
“O corriqueiro adágio de que o pior cego é o que não quer ver se aplica com
perfeição na análise sobre o atual estágio da mídia: desconhecer ou tentar
ignorar os incríveis avanços tecnológicos de nossos dias, e supor que eles
não terão reflexos profundos no futuro dos jornais é simplesmente
impossível.”
(Jayme Sirotsky, Folha de S. Paulo, 5 dez. 1995.)
Sempre que você usar esse recurso, não escreva o provérbio simplesmente.
Faça um comentário sobre ele para quebrar a idéia de lugar-comum que todos
eles trazem. No exemplo acima, o autor diz “o corriqueiro adágio” e assim
demonstra que está consciente de que está partindo de algo por demais
conhecido.
14. Ilustração
(Tema: Aborto)
Você pode começar narrando um fato para ilustrar o tema. Veja que a coesão
do parágrafo seguinte se faz de forma fácil: a palavra tema retoma a questão
que vai ser discutida.
89
Chacina de sem-terra em Eldorado dos Carajás. Muitos meses já se passaram
e esses fatos continuam impunes.”
O que se deve observar nesse tipo de introdução são os paralelismos que dão
equilíbrio às diversas frases nominais. A estrutura de cada frase deve ser
semelhante.
90
“Mas o que significa, afinal, esta palavra, que virou bandeira da juventude?
Com certeza não é algo que se refira somente à política ou às grandes
decisões do Brasil e do mundo. Segundo Tarcísio Padilha, ética é um estudo
filosófico da ação e da conduta humanas cujos valores provêm da própria
natureza do homem e se adaptam às mudanças da história e da sociedade.”
(O Globo, 13 set. 1992.)
EXERCÍCIOS
91
d) Na piscina do Clube Harmonia ouvi uma senhora gordinha dizendo que a
campanha contra a fome era comandada pelo PT e que tinha por objetivo
arrasar com o nosso país. Outras senhoras gordinhas concordaram,
repetindo a velha história de que era melhor ensinar a pescar do que dar o
peixe.
(Geraldo Anhaia Mello , Painel do Leitor, Folha de S. Paulo, 09/09/93)
2. Leia o texto a seguir e analise-o de acordo com o que você aprendeu neste
capítulo
“O fumo deve ser proibido em qualquer lugar fechado que reúna várias
pessoas, pois é sabido por todos que, tanto fumantes como não-fumantes, são
poluição do ar, que já não anda muito bom devido ao excesso de automóveis e
92
Leia o texto a seguir para responder às questões propostas.
Rubem Alves
" Escrevo para você, jovem, para seduzi-lo à vocação política. Talvez haja um jardineiro adormecido dentro
de você"
Exercícios
1. Podemos afirmar que o texto de Rubem Alves é uma carta argumentativa.
Que elementos estruturais nos levam a essa afirmação? Justifique sua resposta com
elementos do texto.
95
2. Centre sua atenção no assunto tratado pela carta. Poderíamos afirmar que
há um “tema” abordado pelo autor. Que tema é esse?
. Agora, volte sua atenção para as idéias que estão expostas nos parágrafos 7 e 8.
a. O autor explica a diferença entre vocação e profissão. Que diferença é
essa?
b. O objetivo do autor é, a partir dessa diferenciação, definir um outro tipo de
político: o “político profissional”. O que significa, segundo o autor, ser esse tipo de
político?
. No 9º parágrafo, Rubem Alves enuncia uma outra tese, conforme ele próprio afirma. Que
ese é essa?
UNIDADE 14
96
ARTICULAÇÃO ENTRE PARÁGRAFOS - COESÃO
E COERÊNCIA
Quando escrevemos um texto, uma das maiores preocupações é como amarrar a
frase seguinte à anterior. Isso só é possível se dominarmos os princípios básicos
de coesão. A casa frase enunciada devemos ver se ela mantém um vínculo com a
anterior ou anteriores para não perdermos o fio do pensamento. De outra forma,
teremos uma seqüência de frases sem sentido, sucedendo-se umas às outras sem
muita lógica, sem nenhuma coerência.
A coesão, no entanto, não é só esse processo de olhar constantemente para
trás. É também o de olhar adiante. Um termo pode esclarecer-se somente na frase
seguinte. Se minha frase inicial for Pedro tinha um grande desejo, estou criando
um movimento para adiante. Só vamos saber de que desejo se trata na próxima
frase: Ele queria ser escritor. O importante é cada enunciado estabelecer relações
estreitas com os outros a fim de se tornar sólida a estrutura do texto.
A coerência exige uma concatenação perfeita entre as diversas frases,
sempre em busca de uma unidade de sentido. Você não pode dizer, por exemplo,
numa frase, que o “desarmamento da população pode contribuir para diminuir a
violência”, e, na seguinte, escrever: “Além disso, ele não viajou ontem”. É
flagrante a incoerência existente entre elas.
97
Alguns recursos de coesão
Para escrever de forma coesa, há uma série de recursos, como:
1. Epítetos: Palavra ou frase que qualifica pessoa ou coisa: Ex. Glauber Rocha
fez filmes memoráveis. Pena que o cineasta mais famoso do cinema
brasileiro tenha morrido tão cedo. Glauber rocha foi substituído pelo
qualificativo o cineasta mais famoso do cinema brasileiro.
2. Nominalizações: Quando se emprega um substantivo que remete a um
verbo enunciado anteriormente, ou o contrário: um verbo retoma um
substantivo já enunciado. Ex. Eles foram testemunhar o caso. O juiz disse
que o testemunho não era válido por serem parentes do assassino. Ex.2: Os
grevistas paralisaram as atividades da fábrica. A paralisação durou uma
semana. Ex. 3: Ele não suportou a agressão das palavras. Agredir uma
pessoa causa implicações sérias.
3. Palavras ou expressões sinônimas ou quase-sinônimas. Ex. Os quadros de
Van Gogh não tinham valor em sua época. Houve telas que serviram até de
porta de galinheiro. Ex.2: A porta se abriu e apareceu uma menina. A
garotinha tinha olhos verdes e pele morena.
4. Um termo-síntese: Palavra ou expressão que sintetiza o que foi dito: O país
é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher um sem-número de
papéis. Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas essas limitações
acabam prejudicando o importador.
5. Pronomes. Ex.1. Vitaminas fazem bem à saúde. Mas não devemos tomá-las
ao acaso. Ex.2: O colégio é um dos melhores da cidade. Seus dirigentes se
preocupam muito com a educação integral. Ex.3: Aquele político tem um
discurso muito convincente. Ele já foi eleito três vezes. Ex.4: Há uma grande
diferença entre Paulo e Maurício. Este guarda rancor de todos, enquanto
aquele tende a perdoar.
6. Numerais. Ex.1: Não se pode dizer que a turma esteja mal preparada. Um
terço pelo menos parece estar dominando o assunto. Ex.2: Recebemos dois
telegramas. O primeiro confirmava a sua chegada; o segundo dizia
justamente o contrário.
7. Advérbios pronominais (aqui, lá, ali, aí...). Ex. Não podíamos deixar de ir ao
Louvre. Lá está a obra-prima de Leonardo da Vinci: a “Mona Lisa”.
8. Elipse: É a omissão de uma ou mais palavras que facilmente se
subentendem. Ex. O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu a sessão às
oito em ponto e (ele) fez então o seu discurso emocionado.
9. Metonímia: É o processo de substituição de uma palavra por outra, pelo
emprego da causa em vez do efeito, do todo pela parte, do continente pelo
conteúdo, etc., e vice-versa. Ex. O governo tem se preocupado com os
índices de inflação. O Planalto diz que não aceita qualquer demarcação de
preço. Ex.2: Santos Dumont chamou a atenção de toda Paris. O Sena
curvou-se diante de sua invenção.
10. Associação. Quando uma palavra retoma outra porque mantém com ela, em
determinado contexto, vínculos precisos de significação. Ex. São Paulo é
sempre vítima das enchentes de verão. Os alagamentos prejudicam o
trânsito, provocando grandes engarrafamentos. A palavra alagamentos
surgiu por estar associada a enchentes. Mas poderia ter sido usada uma
outra como transtornos, acidentes, transbordamentos etc.
98
Exercício 1.
Utilizando os elementos de coesão, reescreva o texto, substituindo os
elementos repetidos quando necessário:
Todos ficam sempre atentos quando se fala de uma um casamento de
Elizabeth Taylor. Casadoura inveterada, Elizabeth Taylor já está em seu oitavo
casamento. Agora, diferentemente das outras vezes, o casamento de Elizabeth
Taylor foi com um homem do povo que Elizabeth Taylor encontrou numa clínica
para tratamento de alcoólatras, onde Elizabeth Taylor estava. Com toda pompa, o
casamento foi realizado na casa do cantor Michael Jakson e a imprensa ficou
proibida de assistir ao casamento de Elizabeth Taylor com um homem do povo.
Ninguém sabia se será o último casamento de Elizabeth Taylor.
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99
i) A faculdade ...................................................... estudo agora está abrindo meus
horizontes.
j) O livro, ....................................me referi, é aquele, de capa azul.
Diário de um Louco
Era noite e o sol raiava no horizonte. Estava eu andando parado e sentado numa
pedra de algodão.
Longe dali e bem perto, havia um bosque sem árvores, onde os passarinhos
pastavam, vacas pulavam de galho em galho e os elefantes tomavam sol à sombra
de um pé de alface. Mais à direita, seguindo pela esquerda, havia um lago com
solo pedregoso, no qual os peixinhos nadavam e aos poucos morriam afogados.
Resolvi voltar pra casa e entrei pela porta da frente, que ficava nos fundos.
Entrei sem sair do meu quarto, onde deitei o paletó na cama e pendurei-o no
cabide. Passei a noite em claro pois esqueci a luz acesa.
Almocei no banheiro e, assim que terminei o almoço, senti um gosto horrível na
boca, e concluí que havia almoçado um guardanapo e limpado a boca com o bife.
Fui rápido e vagarosamente para o jardim onde, na falta de flores, substituí-as
por canetas bic e encontrei um papel em branco onde estava escrito (...)
Autor Anônimo
a) O trecho transcrito acima pode provocar risos no leitor. A que se deve esse
efeito cômico do texto? Dê exemplos.
A Televisão e a Sociedade
É evidente que a televisão é uma realidade no cotidiano de inúmeras
sociedades. Não há dúvida, também, de que este meio de comunicação leva as
pessoas a serem bem informadas e instruídas. É um fato que uma boa parte do
nosso conhecimento vem da televisão. São inúmeros, por exemplo, os programas
televisivos educativos, que falam sobre a natureza, sobre a saúde, sobre as artes,
etc.
Ela pode ser igualmente considerada como um instrumento de cultura e de
lazer. Ou seja, permite que o homem conheça lugares que, muitas vezes, não terá
101
a oportunidade de conhecer pessoalmente; dá acesso a espetáculos, como peças
de teatro, filmes ou apresentações musicais; apresenta histórias, debates e
curiosidades sobre os mais variados assuntos. Enfim, cabe ao espectador
escolher de que forma ele irá se entreter ou de que forma ele irá aprender.
A TV, como a vemos hoje em dia, acaba menosprezando o espectador. Há uma
quantidade enorme de informações provenientes da televisão, e estas
informações podem ser extremamente superficiais e manipuladoras. Muitos
programas televisivos transmitem as informações de maneira que faça com que o
espectador seja influenciado e aceite tudo passivamente. Assim, informações que
possam ser contraditórias são omitidas. Grandes reportagens, por exemplo,
podem ser constituídas de montagens, com corte de imagens ou deturpação de
falas.
Outro aspecto negativo da televisão atual é a baixa qualidade de conteúdo. A
televisão pode contribuir para que o homem adquira conhecimento. Se levarmos
em consideração a programação de um canal televisivo durante um dia, veremos
que o número de programas que têm um bom conteúdo e que são realmente
interessantes é muito menor do que o número de programas que têm como
objetivo apenas "distrair" o espectador por algumas horas, subestimando-o. É
possível dizer que a televisão, atualmente, é o meio de comunicação com maior
repercussão na sociedade, por isso, deixa muito a desejar.
102
Leia o texto a seguir e observe sua construção.
Analisando e interpretando
1. O que nos mostra o texto?
2. Que classe de palavras foi usada no texto?
3. O que falta ao texto lido?
4. Mesmo com essa falta, pode-se entender o texto?
3. O que quer retratar o autor do texto?
103
necessários também: concisão, clareza, correção, adequação de linguagem,
expressividade.
UNIDADE 15
C OERÊNCIA E C OESÃO
Para não ser ludibriado pela articulação do contexto, é necessário que se
esteja atento à coesão e à coerência textuais.
Coesão textual
É o que permite a ligação entre as diversas partes de um texto. Pode-se
dividir em três segmentos:
1. Coesão referencial
104
Exemplos:
a) O presidente George W.Bush ficou indignado com o ataque no
World Trade Center. Ele afirmou que “castigará” os culpados.
(retomada de uma palavra gramatical – referente “Ele” + “
Presidente George W. Bush”)
Observe que o vocábulo “mas” não faz referência a outro vocábulo; apenas
conecta (liga) uma idéia a outra, transmitindo a idéia de compensação.
105
Comentário: Ninguém pode dizer que falta coesão a este parágrafo. Mas de
que se trata mesmo? Do descontentamento do presidente dos Estados
Unidos? Do grupo Talibã? Do povo Afegão? De Osama Bin Laden? Embora o
parágrafo tenha coesão, não apresenta coerência, entendimento.
107
Obs.: As preposições também são importantes elementos de coesão: de, em,
por, a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, por , perante,
sem, sobre, sob, trás
EXERCÍCIOS
e) Eu fui à escola, na escola encontrei meus amigos que há muito tempo não
via, eu convidei alguns amigos da escola para ir ao cinema.
108
d) É importante a contribuição de todos no revezamento de veículos.
Possamos respirar um ar saudável.
f) O fumo deveria ser proibido em locais públicos. O fumo faz muito mal à
saúde.
“João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina,
cuja frente dava para leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as
direções, até o horizonte, uma planície de areia. Na noite em que completava
30 anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa,
olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho
coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As
árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto
observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o
visitante era seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido para alistar-se
no exército, e, em todo este tempo, não havia dado sinal de vida. Guilherme,
ao ver seu pai, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos
seus braços e começando a chorar”.
109
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d) Não sabendo a resposta, quis olhar a prova do colega. (logo que, porque,
para que, por isso).
Quis olhar a prova do colega...
b) Embarcou para São Paulo Maria Helena Arruda, onde ficará hospedada no
luxuoso hotel Maksoud Plaza.
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(Veja, 9/1/91)
e) “Zélia Cardoso de Mello decidiu amanhã oficializar sua união com Chico
Anysio”.
(A Tarde, 16/9/94)
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UNIDADE 16
114
Tópico frasal: “Os habitantes de certas comunidades, como algumas da
Síria e da África, consideram o amor como um empecilho ao sucesso de um
casamento”.
Desenvolvimento:
1. A seriedade da vida conjugal e a inexperiência dos jovens;
2. A incapacidade dos apaixonados no trato de determinados assuntos;
3. A preponderância do interesse social em relação aos sentimentos
amorosos e à atração física.
Conclusão: “À família cabe, portanto, todos os acertos para o matrimônio, e
o namoro é um assunto à parte, um divertimento próprio para a juventude”.
ANÁLISE DE TEXTO
A EUTANÁSIA EM DISCUSSÃO
Roberto Pompeu de Toledo
115
Quer dizer: menos valia a pena para uma pessoa comum. Para ele, como
pessoa incomum, só valiam a pena esses lugares, e só em ocasiões em que
estivessem assolados por guerras, fomes ou pestes.
Na semana passada, Kouchner reavivou uma polêmica ao revelar, numa
entrevista publicada pela revista holandesa Vrij Nederland, que "muitas
vezes" praticou a eutanásia, nos anos 70, à época em que assistia vítimas de
guerra no Vietnã e no Líbano. "Quando as pessoas sofriam muito e eu sabia
que iam morrer, eu as ajudava", disse. Kouchner dava-lhes injeção de morfina,
"muita morfina". "São pessoas das quais me lembro muito bem", acrescentou.
"Todos os médicos do mundo conhecem esse tipo de pessoa." Eutanásia – é
essa a palavra? Kouchner não admite que se chame de eutanásia aquilo que
praticou. "Tratava-se de cuidados paliativos em período de guerra e de forma
alguma de práticas programadas, do tipo reivindicado por associações em
favor 'do direito de morrer com dignidade'", diz ele. Os pacientes de que fala
não eram doentes de câncer ou Aids que pedissem para morrer. Sobre esses
casos, o médico francês se diz aberto à discussão. Ele convida a um debate –
e um debate "sem arrogância, sem certezas nem posições ideológicas".
A diferença entre os "cuidados paliativos" de que fala Kouchner e a
eutanásia é sutil. Deve-se possivelmente à sua própria experiência de médico
de guerra. Ele não enfrentava doentes num hospital de país desenvolvido, com
tempo para pensar, avaliar o caso sob todos os ângulos, conferenciar com os
parentes, além de com o próprio paciente, e marcar dia e hora para o
desenlace, como já vinha acontecendo havia algum tempo na Holanda, de
forma informal, e ultimamente ganhou amparo legal. Seus casos eram de um
desespero urgente. Ocorriam nas circunstâncias mais adversas, nos locais
mais precários. De toda forma, as declarações de Kouchner tendem a relançar
na França um debate que há três anos esteve na ordem do dia, por força das
aventuras e desventuras de Christine Malèvre – jovem enfermeira que admitiu
ter abreviado a vida de cerca de trinta pacientes do hospital onde trabalhava,
em Mantes-la-Jolie, nos arredores de Paris. Christine Malèvre, que está na
iminência de ter seu caso apreciado na Justiça, agiu de forma arbitrária e
insensata, talvez criminosa, não se duvida, ao atribuir-se a decisão de
encaminhar os pacientes à morte. Mas o fez por compaixão. Por isso, ganhou
a compreensão da opinião pública.
O debate da eutanásia (chamemo-la assim, apesar das restrições de
Kouchner, e apesar da maldição que impregnou a palavra desde que os
nazistas a empregaram para apelidar a eliminação das crianças que nasciam
defeituosas, em nome do aprimoramento da raça) mexe com os recônditos do
ser humano mais ainda que o do aborto. O aborto, muitos países permitem. A
eutanásia, só a Holanda. "Será que o homem ocidental quer tornar-se senhor
de sua própria morte?", perguntava um documento divulgado há alguns anos
pela Igreja Católica da Holanda, a maior adversária das práticas que, de tanto
amiudar-se, acabaram legalizadas no país. Em outras palavras, a escolha da
116
hora e da modalidade equivaleria a uma intolerável dessacralização da morte,
indicativa da prepotência do homem contemporâneo.
E nós com isso? Nós, brasileiros, que temos a ver com esse debate?
Nada. Rigorosamente nada. O Brasil não está no ponto nem de cogitar em
eutanásia, por uma questão de base: ela só é admissível numa sociedade
estruturada e igualitária como a holandesa, consciente dos próprios direitos,
respeitadora dos alheios, com instituições sólidas e regras iguais para todos.
O nosso é um país com hospitais que matam os pacientes por descuidos tão
aterradores quanto usar água envenenada no processamento da hemodiálise,
como aconteceu em Pernambuco, e – para chegar mais perto do assunto em
tela – com profissionais tão desqualificados quanto o enfermeiro que
eliminava pacientes para ganhar dinheiro de funerárias, como ocorreu no Rio
de Janeiro. Não se trata de ambiente onde a eutanásia possa ser
minimamente administrável. O tema não é apenas complexo. Só faz sentido
numa sociedade madura e sadia. Eis então a conclusão melancólica, quando
se depara com discussões como a suscitada por Kouchner: isso não é para o
nosso bico. Ficar fora delas é mais um preço a pagar pelo
subdesenvolvimento.
(VEJA, agosto de 2001)
Observe a análise do texto:
2. Autor:
O autor do texto é Roberto Pompeu de Toledo. A revista não oferece nenhuma
informação sobre ele, o que dificulta o processo de levantamento de
hipóteses e de expectativa por parte do leitor.
3. Tema:
O autor elege como tema de seu texto a eutanásia.
4. Tipo de texto:
O tipo de texto é o argumentativo, pois pretende fundamentalmente
apresentar um ponto de vista acerca da eutanásia e argumentar em sua
defesa.
5. Gênero:
O gênero textual utilizado pelo autor é o artigo de opinião, freqüentemente
publicado em revistas e jornais.
117
6. Objetivo fundamental:
O autor pretende, com seu texto, argumentar sobre a idéia de que a eutanásia
é um tema extremamente polêmico, pois pode ser aceitável em certas
condições, mas inaceitável em outras.
Parágrafo 1
Idéia principal/ tópico frasal: O médico Bernard Kouchner é uma das
pessoas mais respeitadas da França.
Desenvolvimento:
1. Bernard Kouchner possui uma longa história de dedicação aos doentes,
feridos e carentes.
2. Kouchner foi um dos fundadores da organização Médicos sem Fronteiras.
3. A organização ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1999.
4. Como médico sem fronteira, esteve em lugares que enfrentavam tragédias
como a fome, a guerra ou a peste.
5. Kouchner é pessoa incomum.
Parágrafo 2
Idéia principal/ tópico frasal: Kouchner reavivou uma polêmica ao revelar
em entrevista que praticou a eutanásia.
Desenvolvimento:
6. Kouchner aplicava injeção de morfina quando os feridos das guerras do
Vietnã e do Líbano sofriam muito e não tinham a menor condição de se
recuperar.
7. Kouchner não admite que se chame de eutanásia aquilo que praticou;
tratava-se de cuidados paliativos.
8. Os doentes de Kouchner não eram condenados que pediam para morrer
com dignidade, eram pessoas que enfrentavam situações adversas que não
lhes ofereciam a menor possibilidade de salvação.
9. Em condições diferentes das que enfrentou, Kouchner diz-se aberto ao
debate, desde que seja realizado sem arrogância, sem certezas, nem
posições ideológicas.
Parágrafo 3
Idéia principal/ tópico frasal: A diferença entre ‘cuidados paliativos’ e
eutanásia é sutil.
Desenvolvimento:
118
10. Kouchner não enfrentava doentes num hospital de país desenvolvido,
como a Holanda, por exemplo, com tempo para pensar, avaliar o caso sob
todos os ângulos, conferenciar com os parentes e com o próprio paciente.
11. Os casos de Kouchner eram de um desespero urgente. Ocorriam nas
circunstâncias mais adversas, nos locais mais precários.
12. As declarações de Kouchner tendem a relançar um debate que já esteve
em pauta quando a enfermeira Christine Malévre admitiu ter praticado a
eutanásia.
13. Christine Malèvre ganha compreensão da opinião pública ao justificar
seu ato com o argumento da compaixão.
Parágrafo 4
Idéia principal/tópico frasal: O debate da eutanásia mexe com recônditos
do ser humano mais do que o do aborto.
Desenvolvimento:
14. Muitos países já permitem o aborto.
15. Apenas a Holanda permite a eutanásia.
16. Apesar de a Igreja Católica colocar-se contrariamente à eutanásia, a
Holanda a legalizou.
17. Para a Igreja, a eutanásia dessacraliza a morte, indicando a prepotência
do homem contemporâneo.
Parágrafo 5
Idéia principal/ tópico frasal: O Brasil não está no ponto nem de cogitar
em eutanásia.
18. A eutanásia só é admissível em sociedade estruturada e igualitária
como a holandesa.
19. O nosso é um país com hospitais que matam por descuido e por
despreparo dos profissionais da saúde.
20. O Brasil não se trata de ambiente em que a eutanásia possa ser
minimamente administrável.
21. O tema da eutanásia, além de complexo, só faz sentido numa sociedade
madura e sadia.
119
25. Christine Malèvre praticou eutanásia, mas ganhou compreensão da
opinião pública por tê-lo, segundo ela, praticado por compaixão.
26. Segundo a Igreja Católica, a eutanásia dessacriliza a morte.
27. O Brasil não tem a menor possibilidade de discutir o tema da eutanásia,
pois a discussão só faz sentido em sociedades maduras e sadias.
Síntese do artigo
28. Apresentação geral do texto e do objetivo do autor: Em artigo ‘A
eutanásia em discussão’, publicado na Revista Veja, de 01.08.2001,
Roberto Pompeu de Toledo pretende argumentar acerca do aspecto
polêmico que envolve o tema da eutanásia. Para isso, inicia relatando a
experiência do renomado médico Bernard Kouchner, ministro da Saúde da
França, que declarou numa revista holandesa ter praticado por diversas
vezes aquilo que algumas pessoas denominam de eutanásia. Para justificar
o ato, o médico refere-se às condições em que foi realizada: eram
situações de guerra ou de grande miséria que não propiciavam a menor
condição de manter a vida dos pacientes. Em virtude dessas
circunstâncias, Kouchner associa o ato a ‘cuidados paliativos’, recusando-
se a aceitar a idéia da eutanásia.
1) Argumentação do autor:
Para Toledo, a experiência de Kouchner permite traçar uma sutil distinção
entre eutanásia e cuidados paliativos: em se tratando de condições adversas
e subumanas, a eutanásia pode transformar-se em tratamento terapêutico; em
condições ideais, tais como as oferecidas pela Holanda, onde os direitos do
homem são preservados, o termo eutanásia pode ser plausível, pois há a
possibilidade de se avaliar cada caso sob todos os ângulos e de se tomar a
decisão mais razoável. A distinção é tão viável que Christine Malèvre,
enfermeira francesa que cometeu, sozinha, a eutanásia, tem sido perdoada
pela opinião pública, utilizando-se do argumento da compaixão.
Para reforçar a idéia do quão polêmico é o tema da eutanásia, Toledo
procede uma comparação com o aborto. Embora seja, sem dúvida, tema
bastante controverso, o aborto já foi legalizado em muitos países. Todavia, o
mesmo não acontece com a eutanásia: de todos os países do mundo, apenas
a Holanda lhe dá amparo legal. O autor lança mão nesse contexto do
argumento da Igreja Católica: tanto o aborto quanto a eutanásia são
indicativos da prepotência do homem contemporâneo, pois a vida e a morte já
não são decisão de Deus.
2) Conclusão do autor:
Em virtude de tamanha polêmica, o autor questiona: como o Brasil pode
se comportar diante dela? E apresenta a resposta: não pode. Para Toledo, um
país que não garante a vida de seu povo, como é o caso do Brasil, não pode
120
tratar de sua morte. O debate sobre a eutanásia só faz sentido em sociedades
maduras e sadias.
EXERCÍCIOS
VIVER EM SOCIEDADE
121
seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque
escolhem esse modo de vida; mas porque a vida em sociedade é uma
necessidade da natureza humana. Assim, por exemplo, se dependesse apenas
da vontade, seria possível uma pessoa muito rica isolar-se em algum lugar,
onde tivesse armazenado grande quantidade de alimentos. Mas essa pessoa
estaria, em pouco tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo a tristeza da
solidão, precisando de alguém com quem falar e trocar idéias, necessitada de
dar e receber afeto. E muito provavelmente ficaria louca se continuasse
sozinha por muito tempo. Mas, justamente porque vivendo em sociedade é
que a pessoa humana pode satisfazer suas necessidades, é preciso que a
sociedade seja organizada de tal modo que sirva, realmente, para esse fim. E
não basta que a vida social permita apenas a satisfação de algumas
necessidades da pessoa humana ou de todas as necessidades de apenas
algumas pessoas. A sociedade organizada com justiça é aquela em que se
procura fazer com que todas as pessoas possam satisfazer todas as suas
necessidades, é aquela em que todos, desde o momento em que nascem, têm
as mesmas oportunidades, aquela em que os benefícios e encargos são
repartidos igualmente entre todos. Para que essa repartição se faça com
justiça, é preciso que todos procurem conhecer seus direitos e exijam que
eles sejam respeitados, como também devem conhecer e cumprir seus
deveres e suas responsabilidades sociais.
122
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
UNIDADE 17
GRAMÁTICA DE USO
123
1. Em tempos de crise, é necessário.......................a despensa de alimentos. (sortir -
surtir)
2. Os direitos de cidadania do rapaz foram........................pelo governo. (caçados -
cassados)
3. O..........................dos senadores é de oito anos. (mandado- mandato)
4. A Marechal Rondon estava coberta pela...............................(cerração - serração)
5. César não teve..........................de justiça. (censo - senso)
6. Todos os....................................haviam sido ocupados. (acentos - assentos)
7. Devemos uma......................quantia ao banco. (vultosa - vultuosa)
8. A próxima..............................começará atrasada. (seção - sessão)
9. ..................................-.se, mas havia hostilidade entre eles. (cumprimentaram
-comprimentaram)
10. Na........................das avenidas, houve uma colisão. (intersecção - intercessão)
11. O.....................................no final do dia estava insuportável. (tráfego - tráfico)
12. O marido entrou vagarosamente e passou.....................................(despercebido -
desapercebido)
13. Não costume .......................................as leis. (infligir - infringir)
14. Após o bombardeio, o navio atingido............................. (emergiu - imergiu)
15. Vários....................................japoneses chegaram a São Paulo nas primeiras
décadas do século. (emigrantes - imigrantes)
16. Não há.......................................de raças naquele país. (discriminação -
descriminação)
17. Após anos de luta, consegui a ........................... (dispensa - despensa)
18. A chegada do....................................... diplomata era........................ (eminente -
iminente).
19. O corpo..................................... era formado por doutores. (docente- discente)
20. Houve alguns.......................................no Congresso. (acidentes - incidentes)
21. Fomos...................................pelos anfitriões. (destratados - distratados)
22. A..................................... dos direitos da emissora foi uma das tarefas do
governo. (seção - cessão)
23. Ali, na...................................... de eletrodomésticos, há uma grande liquidação.
(seção - cessão)
124
24. É um senhor......................................(distinto - destinto)
25. Dei o .......................................mate ao gerente, por causa do........................ sem
fundos. (cheque - xeque)
26. A nuvem de gafanhotos ..................................a plantação. (infestou - enfestou)
27. Quando Joana toca piano é mais um........................que um............................
(conserto - concerto)
28. Todos eles.............................o prazer da bela melodia. (fruem - fluem)
29. Estava muito.....................para..................quanto custava aquele aparelho.
(apreçar - apressar)
30. Nas festas de São João é comum ......................balões e vê-los.................... .
(ascender - acender)
31. As pessoas foram recolhidas a suas........................ .(celas - selas)
32. Segui a...............................médica, mas não obtive resultados. (proscrição -
prescrição)
33. Alguns modelos.................................serão vendidos. (recreados - recriados)
34. A bandeira de São Paulo tem...................pretas. (listas - listras)
35. Para passar, precisava ..............................mais das lições. (apreender -aprender)
36. O réu..............................suas culpas. (expiará - espiará)
37. Encontrei uma carteira com .........................de cem dólares. (cédulas - sédulas)
38. Iremos à..............para lermos deliciosa....... ................medieval. (xácara - chácara)
39. Na hora da................................., os mexicanos dormem. (cesta-sesta)
40. Percebe-se que ele ainda é meio...................., pois não tem prática de comércio.
(incipiente - insipiente)
A FIM DE ou AFIM?
ONDE ou AONDE?
ONDE – Usado quando o verbo indica permanência (em que lugar). Onde está o
meu carro?
AONDE – Usado quando o verbo indica movimento (a que lugar). Aonde você vai
agora?
CERCA DE – Indica arredondamento (perto de, coisa de, por volta de, em torno de,
aproximadamente)
Cerca de 10 mil pessoas compareceram à manifestação.
Obs: Não usar para números exatos. Ex.: “Cerca de 543 pessoas...”
TÃO POUCO – Muito pouco. Tenho tão pouco tempo disponível para essa tarefa.
A ou HÁ?
127
Não chegaremos a tempo de ver o espetáculo.
A PAR ou AO PAR?
MENOS ou MENAS?
MAL ou MAU?
128
MAL – Antônimo de bem. A criança estava passando mal desde ontem.
MAU – Antônimo de bom. Houve mau uso dos equipamentos eletrônicos.
A forma A NÍVEL DE dita com tanta propriedade não existe, portanto deve ser
eliminada ou substituída por EM RELAÇÃO A, NO QUE DIZ RESPEITO A.
A PRINCÍPIO ou EM PRINCÍPIO?
129
EM PRINCÍPIO – Quer dizer em tese, por princípios, teoricamente.
Em princípio, sou contra a pena de morte.
Ou use simplesmente: Em tese, sou contra a pena de morte.
NA RUA
Todos moramos em algum lugar e não a algum lugar. / Roberto residia na rua
Augusta.
EM DOMICÍLIO ou A DOMICÍLIO?
130
SE NÃO ou SENÃO?
SE NÃO – Pode ser substituído por caso não. / Devolva o relatório se não estiver
de acordo.
SENÃO – Pode ser substituído por somente, apenas. / Não vejo outra alternativa
senão concordar.
SENÃO – Substantivo, significando contratempo. / O show não teve nenhum
senão.
NÃO existe a forma PORISSO. / A forma correta é POR ISSO. / É por isso que
você...
AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?
131
DERREPENTE OU DE REPENTE?
INFELIZMENTE OU INFELISMENTE?
OQUE OU O QUE?
QUIS OU QUIS?
AGENTE OU A GENTE?
influência Influencia
Pronúncia Pronuncia
Tecnológico Tecnologia
Mês Meses
Secretária Secretaria
Aeronáutica Areonáutica
Bandeja Bandeija
Emagrecer Esmagrecer
Progresso Pogresso
Coincidência Conhicidência
Advogado Adevogado
Mortadela Mortandela
Bicarbonato Bicarbornato
Salsicha Shalchicha
Próprio Póprio
Sobrancelha Sombrancelha
Perturbar Pertubar
Frustrado Frustado
133
Cabeleireiro Cabelereiro, cabeleileiro
Entretela Entertela
Engajamento Enganjamento
Mendigo Mendingo
Meteorologia Metereologia
Ignorante Inguinorante
Reivindicação Reinvidicação
Privilégio Previlégio
Superstição Supertição
Lagartixa Largatixa
Receoso Receioso
Digladiar Degladiar
Subsídio Subzidio
Rubrica Rubrica
Disenteria Desinteria
Empecilho Impecilho
Estupro Estrupo
Beneficente Beneficiente
Irrequieto Irriquieto
Prazerosamente Prazeirosamente
Misto Mixto
Caderneta Cardeneta
Xifópagos Xipófagos
Dignitário Dignatário
Cinqüenta Cincoenta
134
Asterisco Asterístico
EXERCÍCIOS
135
g) ................................... está seu orgulho? (onde, aonde)
h) Irei.................................... você quiser que eu vá. (onde, aonde)
i) Não gosto muito dela, ..........tenho de admitir que é..........inteligente do que eu
supunha. (mas, mais)
j) Comportou-se...................... durante a reunião. Não creio que seja um......sujeito, po-
rém. (mal, mau)
l) Às vezes, penso que o........................... anda vencendo o bem de goleada neste
nosso mundo. Isso é tão.....................! (mal, mau)
m) ........................... -humorados de todo o mundo, uni-vos! (mal, mau)
n) Deixe-me............................. de tudo o que estiver acontecendo. (a par, ao par)
o) Várias pessoas expuseram opiniões que vieram................................. minhas durante
o debate, o que muito me animou. (ao encontro das, de encontro às)
p) Muitas pessoas têm opiniões que vêm........................................ minhas, o que não
chega a me desanimar. (ao encontro das, de encontro às)
q) ............................... anos não nos vemos. E só poderei reencontrá-lo daqui........dois
meses! (há, a)
r) Dali...................... três meses, eu mudaria de vida. (há, a)
s) Nada sei ........................................ das manifestações que ocorreram no
país ...................... de
dois anos. (acerca, há cerca)
t) Já que temos ideias........................... , deveríamos trabalhar juntos.............. de
conseguir melhores resultados. (afins, a fim)
u) Não há nada...................................... em gostar................... de doces. (de mais,
demais)
v) ............................ se fizer alguma coisa, o país escorregará para o caos. E ainda há
quem não faça nada ................................. perseguir privilégios. (se não, senão)
136
d) Venham até ___________________ para que eu possa explicar o que realmente
ocorreu.
e) São projetos para ____________________ construir um hotel.
5. Preencha, agora, utilizando más, mas ou mais:
a) Suas intenções não são __________________ .
b) É um bom homem ___________________ ninguém reconhece.
c) Você está ___________________ perto da vitória.
d) Fez o jantar ____________________ não comeu..
e) Chegou tarde, _________________chegou.
f) Apesar de tentarem sempre praticar boas ações, elas são realmente
___________________.
g) Não sei _______________________ nada sobre isso.
h) Hoje você está ______________________ cansado do que ontem.
7. Preencha os espaços vazios com porque, porquê, por que, por quê.
137
a. ______ desistir agora de um projeto_______debatemos há tanto tempo?
b. A situação haveria de mudar___________? Não há razões _______ isso deva
ocorrer.
c. __________ águas estamos navegando ninguém sabe dizer. Todos ignoram o
________ dessa instabilidade.
d. __________ exigir essas coisas dos candidatos aos nossos cargos públicos?
e. Perguntava __________ aquele espinho doía tanto no peito.
f.“O trenzinho seguia danado para Belém___________ o maquinista não tinha
jantado até aquela hora.” (Antônio de Alcântara Machado)
c) A data máxima para pagamento da mensalidade não pode passar além do dia 30
do mês de janeiro.
i) Ainda não foi encontrado um elo de ligação entre as versões apresentadas pelas
testemunhas.
138
139
REGÊNCIA VERBAL
ASPIRAR
É usado sem preposição quando significa “ sorver”, “cheirar”, “inalar”
Aspirou o perfume da rosa.
Aspiro o ar da manhã.
O doente aspirou o álcool e começou a melhorar.
AGRADECER
É usado com a preposição a quando significa “demonstrar gratidão por
alguém”.
Agradeço ao amigo. / Agradeci à professora.
CHEGAR
É usado com a preposição a quando indica “direção”, “alcançar”.
Cheguei atrasado ao colégio. / Chegamos à faculdade muito cedo.
É usado com a preposição em quando se refere a tempo.
A ambulância chegou em meia hora.
ESQUECER / LEMBRAR
São usados sem preposição quando não estão acompanhados de pronomes.
Esqueci o livro de História. / Ele esqueceu o dinheiro. / Lembrei o nome do artista.
Não esqueça os amigos.
OBEDECER / DESOBEDECER
Exigem a preposição a
Obedecia aos seus instintos. / Obedeça à sua mãe. / Paulo obedece ao regulamento.
Não desobedeça às leis do trânsito. / O motorista desobedece ao sinal.
Poucos desobedeciam à faixa de pedestre.
PRECISAR
É empregado sem preposição quando indica “precisão”, “certeza”.
O legista precisou a hora do acidente. / Ele precisou o lugar do encontro.
PREFERIR
Sem preposição, (ter preferência, sem sugerir a escolha).
O menino prefere chocolate. / Ele prefere cinema.
VISAR
É usado com a preposição a quando significa “ter em vista”, “ desejar”
Ele visava ao cargo de gerente da firma. / Eles visam ao lucro..
Nós visávamos a um pouco de sol e aos dias calmos da praia.
EXERCÍCIOS
I - Complete as frases com a preposição exigida pelos verbos em destaque.
1) Aqui está a ferramenta _______ que preciso.
2) Esse é o documento _____ que necessito.
3) Essa é a pessoa ______ quem devemos entregar a encomenda.
4) Essa é a comida _____ que mais gosto.
5) O prêmio ______ que aspiramos é valioso.
6) A piada ____ que ele lembrou é muita engraçada. de
7) A causa _____ que lutamos é justa.
8) Esse é o homem _____ quem a justiça perdoou.
9) Esse é o regulamento _____ que todos devem obedecer.
10) Ele preferia multiplicar os seus ganhos ____ dividir com os empregados os seus
lucros.
11) Os condôminos não obedeciam _____ regulamento do prédio.
12) Não me refiro _____ você e sim ____ seu irmão.
13) Fomos ____ cinema mais próximo.
14) Os espectadores assistiam ____ peça de teatro muito emocionados.
III - Em cada item você encontrará uma frase típica da linguagem coloquial. Adapte
cada uma dessas frases à regência verbal da língua culta.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
EXERCÍCIOS
1) Corrija as frases que apresentem erros de concordância.
Governo que dirige uma nação, além de ter ministros, deputados, senadores que
formam um conjunto, onde todos participam para poderem fazer seu dever... Uso
errado, pois conjunto não é lugar físico; o correto seria do qual.
EXERCÍCIOS
2. A palavra onde foi usada de forma inadequada. Troque-a pelo termo mais
apropriado:
a) Essa porção nos fez imaginar um lugar isolado, solitário, apenas freqüentado
por alguns animais e vegetais, onde procuram com algumas dificuldades
manter sua sobrevivência.
______________________________________________________________________________
b) Mas então lhe chega à frente o seu último inimigo, o mais cruel dos obstáculos,
na forma de velhice, onde ele luta para não perder as posições conquistadas.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
POR QUE / POR QUÊ / PORQUE / PORQUÊ
EXERCÍCIOS
EMPREGO DO S – Z – G – J – X – CH – Ç – SS – S - EXERCÍCIOS
(imposto)
4. Use G/J:
fu__ir via__em (verbo) via__em (subst.) arran__ei via__ante via__ei re__er
a__iota
Referências Bibliográficas