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Ásia – Colonização
O processo de ocupação e exploração do continente asiático por parte das potências europeias ocorreu no
século XIX. No entanto, esse processo não aconteceu de maneira igual dentro da Ásia, variou de uma região
para outra. Até o século XIX os asiáticos quase não mantinham contato com os povos europeus, salvo os
viajantes comerciantes.
O cultivo tradicional do arroz despertou nos europeus um grande interesse nas terras do Sudeste Asiático, no
qual se desenvolvia o plantio dessa cultura há muitos séculos. Diante do interesse dos europeus nessa região da
Ásia, houve muitos conflitos para determinar a posse e exploração.
Com condições climáticas (quente e chuvoso) viáveis ao plantio de culturas tropicais, os europeus
implantaram as plantations (monocultura de exportação). Em territórios dominados por franceses era produzido
o arroz. Em domínios ingleses a extração era da seringueira e, em regiões controladas por holandeses, era
desenvolvido o cultivo da cana-de-açúcar.
Durante o processo de colonização da Ásia os europeus enfrentaram resistência por parte de algumas nações,
dentre elas a indiana e a chinesa. Ambas possuíam uma estrutura social bastante organizada, além de um
numeroso exército. A fidelidade aos princípios religiosos e a conduta moral das civilizações citadas fortaleceu
ainda mais a resistência à inserção de outra cultura.
Apesar dos esforços dessas civilizações em proteger sua identidade e suas riquezas, elas foram derrotadas
pelos europeus. Isso é explicado pelo fato de as nações europeias serem experientes em combates e por possuir
um exército bem treinado. Assim, as nações europeias dominaram tais territórios e os exploraram.
O continente foi descolonizado após a Segunda Guerra Mundial.
América Latina
No início do século XIX o governo dos Estados Unidos da América já havia demonstrado intenção de
demarcar as áreas onde pudesse exercer sua influência econômica. O presidente James Monroe, em 1823 criou
a Doutrina Monroe, com o lema “a América para os americanos”. A intenção era afastar a presença de capitais
e produtos europeus, especialmente ingleses dos países americanos recém independentes. Era o primeiro passo
dos EUA para controlas as nações do continente americano. O imperialismo foi facilitado pelas condições em
que haviam ocorrido os processos de independência colonial: fragmentação política, poder local nas mãos da
aristocracia e permanência de estruturas típicas da colonização de exploração. No governo de Theodore
Roosevelt, entre 1901 e 1909, a Doutrina prevaleceu.
Um exemplo da intervenção imperialista foi o apoio dos EUA na consolidação da independência em Cuba,
com a Emenda Platt na constituição cubana, na qual dizia o direito dos EUA construírem bases militares no
país.
Outro exemplo é na intervenção norte-americana na independência do Panamá em 1901, em troca de apoio
político e militar, o governo norte-americano garantiu o controle sobre a passagem que interliga o Oceano
Atlântico e Pacífico.
O governo norte-americano tinha interesse sobre Cuba e Panamá Por causa da localização estratégica desses
países na América Central, são pontos de ligação entre o norte e o sul do continente americano e passagem do
Oceano Atlântico para o Pacífico.
O Imperialismo nasceu para conquistar política, econômica e culturalmente os países da África – Ásia –
Oceania e América Latina. Europa Ocidental e os Estados Unidos repartiram o mundo entre si e organizavam
poderosos impérios coloniais que só tinham em comum o desenvolvimento da acumulação capitalista.
As causas dessa expansão foram diversas, no entanto todas se relacionam com o desenvolvimento do
capitalismo industrial. O desenvolvimento capitalista desses países associado a um crescimento demográfico
que se processava desde o séc. XVIII, significou uma transformação acelerada na estrutura econômica e nos
hábitos sociais desses países. O desenvolvimento industrial ampliou a demanda de matérias-primas, muitas das
quais se produziam em condições mais vantajosas fora da Europa e dos Estados Unidos, e, ao mesmo tempo, o
aumento na produção de artigos industriais ampliou a necessidade de mercados exteriores que consumisse os
excedentes.O desenvolvimento industrial ampliou a demanda de matérias-primas, muitas das quais se
produziam em condições mais vantajosas fora da Europa e dos Estados Unidos, e, ao mesmo tempo, o aumento
na produção de artigos industriais ampliou a necessidade de mercados exteriores que consumisse os excedentes.
Por outro lado o crescimento das populações urbanas fez aumentar a demanda de alimentos, cuja produção na
Europa havia diminuído pelo êxodo rural ou simplesmente porque se tornara mais barato comprá-los em
mercado externo.
Todo esse processo denominou-se imperialismo comercial, uma vez que foi o comércio de matérias-primas,
alimentos e bens manufaturados que estimulou os países industrializados a penetrar, controlar e dominar vastas
regiões do mundo.
O imperialismo tinha outras marcas e razões mais sutis e menos transparentes. A conquista militar e política
de milhões de seres humanos de outras raças e culturas era induzida pela exportação de capitais que não
rendiam juros suficientes na Europa. Essa forma de penetração é conhecida como imperialismo financeiro,
comandado por poderosos monopólios de banqueiros, investidores e industriais. A idéia de que um país deve
transformar-se uma potência mundial não só esta ligada a própria natureza do capitalismo como sistema
mundial. Essa idéia de potência mundial tinha muito a ver com o prestígio da nação, o equilíbrio político
europeu e a influência que a nação podia e devia exercer no mundo.
Por outro lado, a condição de potência mundial estava ligada a possibilidade de controlar matérias
estratégicas tais como: cobre, ferro, borracha, petróleo, etc.
A maioria não disse amém quando o imperialismo chegou. Ao contrário: até os mais humildes e desarmados,
levantaram-se para resistir e lava com sangue a condição e dignidade humanas. O imperialismo não deixou por
menos: usou e abusou da violência mais cruel para reprimir e intimidar. Seja como for, imperialismo é hoje um
termo desmoralizado, sendo-lhe atribuído sempre um sentido pejorativo. No entanto, as sociedades
contemporâneas reconhecem a existência de uma forma sutil de imperialismo, acentuadamente subjetiva: o
imperialismo cultural, que se exprime pela rivalidade ideológica, utilizada para alterar ou impedir as relações
entre as nações.