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INTRODUÇÃO
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PONTOS BÁSICOS PARA SE COMPREENDER ALGUMAS DAS REALIDADES
QUE TEMOS EM CRISTO JESUS
Compreendemos melhor essas realidades a partir da compreensão das Realidades
da Primeira Criação, ou seja, uma ordem sobre a primeira criação nos dará base para
compreender melhor as nossas realidades em Cristo hoje.
Tais coisas se resumem em: Por que houve o pecado? O pecado; a queda do
homem. Como a morte espiritual se instalou no coração do homem e se propagou a
todos os outros? A razão de Deus ter enviado Jesus. A importância dessa vinda para a
transformação do homem, e, detalhes sobre as questões da nova criação: Nossos
direitos, privilégios, o que somos, temos e o que podemos em Cristo.
Essas verdades ou realidades nos serão substanciais para que possamos entender
melhor nossa posição em Cristo, e guardá-la.
Saberemos o verdadeiro motivo da nossa existência e o porquê de precisarmos
permanecer aqui por um determinado período de tempo.
Enfim, veremos que conheceremos mais a nós mesmo à medida que conhecermos
mais ao Senhor, que nos criou à Sua imagem e semelhança, nos coroando de glória,
honra e dando-nos domínio sobre as obras de Suas mãos.
COMENTANDO SOBRE A PRIMEIRA CRIAÇÃO
Gênesis é o livro do começo. Quando Deus começa a criar, Ele diz: Haja Luz (Gn 1:3).
Assim que Ele começou a criar a Bíblia diz que: “Ele disse”.
Para criar a primeira coisa Ele teve que dizer algo (E assim se fez, ou, e assim foi).
Pela Palavra de Deus é que os mundos foram criados. (Hb 11:3)
Vejamos alguns exemplos de coisas criadas pela Palavra do Senhor
• Nos vv. 6 e 7 de Gênesis – Deus disse... e assim se fez.
• V. 9 – E disse também... e assim se fez.
• V.11 – E disse ... e assim se fez .
• Vv. 14 e 15 – E disse... e assim se fez.
• V. 20 – Disse também Deus...
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Deus estabelece primeiro os céus que viria a servir a terra. Depois Ele dá inicio à
criação da terra que viria a servir o homem.
Fomos feitos por Deus como Ele mesmo.
Feitos com capacidade criativa.
Encontramos exemplos dessa capacidade em algumas invenções realizadas pelo
homem tais como os ventiladores, os aviões, os computadores, etc.
Há um elemento latente de criação no homem.
Mesmo depois da queda, ele ainda é a imagem e semelhança do Criador, mesmo
que de forma deturpada.
Esse elemento latente de criação no homem, é justificado no fato de ser ele um ser
criado à imagem de Deus, conforme a Sua semelhança.
JESUS VEIO BUSCAR E SALVAR AQUELE QUE HAVIA SE PERDIDO
Ele se manifestou para destruir as obras do diabo que entraram em cena. Para poder
dar ao homem a mesma autoridade, a mesma vida e o mesmo poder que ele tinha
quando Deus o fez como Ele mesmo.
Desta forma podemos entender que quando Deus fez o homem no princípio, o fez
para reinar. Para ter domínio.
Jesus não só era a expressa imagem do Deus invisível, mas o real homem criado à
imagem e semelhança de Deus, o segundo Adão (1Co 15:45).
A constituição do homem e como ele funciona
“O homem é espírito, alma e corpo. (I Ts 5:23), na verdade, ele é um espírito que tem
uma alma e habita em um corpo”.
Essas três partes formam o homem e não podem ser separadas por nós. A divisão
é feita apenas didaticamente a fim de nos conhecermos melhor.
É preciso saber porque Deus nos fez assim e a capacidade de cada parte do nosso
ser.
ILUSTRAÇÃO
Conta-se que os americanos compraram uma máquina dos japoneses para uso em
uma determinada empresa.
Essa máquina funcionou muito bem, durante muito tempo, até que,
inesperadamente, ela pifou!
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5 - Realidades da Nova Criação
Não podemos esquecer que a Bíblia foi escrita sem divisões de capítulos e
versículos, e na organização dessas divisões não foi possível observar esses detalhes,
ou seja, a possibilidade de que o assunto ainda não houvesse sido concluído.
Deve ser considerado o fato de que o assunto se estenderia muito dentro de um
mesmo capítulo, como deveria ter sido feito, todavia, não sendo assim ele continua
dentro do próximo capítulo, como é o caso do v. 1 do capítulo 5 que não está dentro
do capítulo 4.
Pode também ter acontecido uma limitação na compreensão dos organizadores,
achando que o assunto havia terminado, colocando o final no v.19, e quebrando o
desenvolvimento da idéia inicial.
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A despeito dessas probabilidades, isso não se torna para nós um problema, pois o
trabalho dos organizadores nos ajuda a identificar onde está o que queremos.
Todavia precisamos está conscientes que, ao ler a Bíblia, aquele assunto não tenha
sua conclusão dentro do mesmo capítulo.
Voltemos ao versículo 16
“Não desanimamos; embora nosso homem exterior se corrompa, nosso homem
interior se renova..."
Podemos ver que ele diz que há dois homens, um exterior: Que é visto (o corpo),
e um homem interior: Que não é visto (o espírito).
Um que se corrompe e outro que se renova. (Corromper-se é envelhecer,
deteriorar, acabar...).
Esse homem exterior se corrompe; o interior não se corrompe.
Ele diz para não prestarmos atenção ao que se vê (v.18). Aqui ele está falando do
homem exterior, ou seja, o corpo.
Quando diz para atentarmos para as coisas que não se vêem, ele trata sobre o
homem interior, ou seja, o espiritual.
As coisas que se vêem são passageiras. De fato estão se desfazendo, se acabando,
envelhecendo. Mas as que não vemos, o homem interior, são eternas.
Se a casa terrena, o homem exterior se desfizer (se acabar), nós temos da parte de
Deus um edifício (II Co 5:1), casa não feita por mãos.
O nosso homem interior é eterno.
Esse texto traz muita revelação e é também muito rico e poderia ser tirada dele
muita lição, todavia, nos deteremos em uma única coisa para associar ao que foi
falado no primeiro capitulo de Gênesis, e, esta coisa é a pequena expressão de Paulo
no versículo um do capítulo cinco: “Casa não feita por mãos”.
CASA NÃO FEITA POR MÃOS
O apóstolo está se referindo aqui, ao homem interior, porque nosso espírito é a
habitação de Deus.
O homem interior é contrário ao homem exterior.
A expressão: “não feito por mãos”, não tem nenhuma semelhança com outros
textos que diz: “Não feita por mãos humanas”.
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Que essa casa não é feita por mãos humanas nós já sabemos, mas o que Paulo
está dizendo mesmo é que o corpo do homem foi feito pelas mãos de Deus, mas seu
espírito não foi feito pelas mãos de Deus.
Em Gênesis 2:7 temos uma explicação mais detalhada do capítulo 1:26 e27.
No v.26 ele diz: O homem exterior foi feito do pó da terra, – mas Ele fez algo mais
que isso: Soprou-lhe nas narinas algo que é chamado de fôlego de vida. E, foi
a partir daí que o homem se tornou alma vivente.
Paulo diz que temos um edifício, ou seja, uma casa não feita por mãos, eterna,
nos céus.
Não se trata de moradas eternas, no sentido de ser o céu (Fp 1:23),porque ele foi
criado pelas mãos de Deus, e o texto diz: Não feita por mãos (2 Co 5:1).
O que Paulo está nos revelando é que Deus fez o homem no princípio como Ele.
O homem é essencialmente um ser espiritual, tem uma alma que envolve a
vontade, entendimento e emoções tendo por sede a mente, e, quanto ao corpo,
dispensa comentários pois é visto, ao passo que as outras duas partes são imateriais,
apesar de reais, e bem mais reais do que as que são vistas.
Analisemos o que a bíblia fala sobre o corpo
• “...E não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também
gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoção, a saber, a redenção do
nosso corpo”. Rm 8:23
• Pois neste tabernáculo nós gememos, desejando muito ser revestidos da
nossa habitação que é do céu, se é que, estando vestidos, não formos achados
nus.
Porque, na verdade, nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos
oprimidos, porque não queremos ser despidos, mas sim revestidos, para que o
mortal seja absorvido pela vida.
Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu como penhor
o Espírito. IICo 5:2-5
• Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. ICo 15:53.
O HOMEM É UM ESPÍRITO MAS, O QUE ELE É, E DE ONDE ELE VEIO?
A Bíblia diz que Deus é Espírito e que Ele fez o homem à sua imagem e
semelhança, portanto, Ele o fez um espírito também.
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Havia coisas que o homem conheceria, mas devido o pecado se tornaram ocultas,
porque o homem, infelizmente, jogou o plano de Deus por água abaixo.
Há muitos argumentos intelectuais como forma de explicar por que Deus fez o
homem se ele sabia que este ia pecar.
Uns dizem que o homem foi feito para pecar e Deus sabia disso. Outros alegam que
Deus não o fez para pecar mas sabia que isso ia acontecer. Ainda outros dizem:
Graças a Deus que o homem pecou se não Jesus não teria vindo.
São argumentos puramente racionais, sem condições de resolver problemas
espirituais.
As coisas espirituais são discernidas espiritualmente (1Co2:14) mas, ainda que
não houvesse nenhuma maneira de explicar sobre o porque da queda, jamais
deveríamos duvidar do caráter de Deus.
Ele não faria o homem perfeito mas com um plano por detrás da cortina, que o
destinava à queda.
Ao conhecer o caráter de Deus, seu jeito de ser e o seu amor, jamais nos
permitiremos duvidar dos Seus propósitos, ainda que não os entendamos.
Mesmo que sejamos tentados a duvidar influenciados pelo mundo ou por alguns
oradores, nos conservaremos em Deus.
O espírito nos guia a toda a verdade
A Bíblia diz que os filhos de Deus são guiados por Seu Espírito, e também diz que
nós temos a unção que nos ensina todas as coisas (Rm 8:14; I Jo 2:27).
Deus, quando criou o mundo, fez coisas que não foram conhecidas ao longo das
gerações até chegar em Jesus.
Não era público, ninguém compreendia. Ninguém ouviu.
Nenhum patriarca ou profeta sabia mesmo que tenham tido alguns vislumbres, ou
pensamentos sobre as coisas que Deus havia dado ao homem, ou no que diz respeito
ao que o homem era, ou mesmo poderia fazer.
Deus todavia o fez para saber mais e mais quem Deus era e, à medida que
conhecesse a Deus, mais saberia de si mesmo.
Jesus tornaria públicas essas coisas ocultas desde a criação do mundo (Mateus
13:34-35).
É preciso entender que só nos encontramos quando encontramos a Deus
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À medida que sabemos dEle, mais sabemos o que somos, podemos e temos.Mas só
se pode saber buscando, procurando.
Vemos em Mateus 13:34 e 35, que a maneira de falar de Jesus foi diferente de
todos os homens que falavam sobre Deus.
Ele falava algo diferente e de forma diferente, de forma que todos se admiravam
da sabedoria que lhe havia sido dada.
Em alguns momentos não compreendiam o que Ele dizia, até porque não eram
letras e sim Espírito e vida (Jo 6:63).
Em Jo 14:24, Jesus disse que Suas palavras eram palavras do Pai e não dele
mesmo. Recebia de Deus e falava.
Deus falou através de muitos profetas (Hb 1:1), todavia, nestes dias nos falou pelo
Filho.
Uma coisa é o servo falar sobre coisas do seu patrão, e outra completamente
diferente é o filho falar sobre seu pai.
Deus nos falou pelo Filho. Não diz que Jesus falou com as pessoas, mas que Deus
falou por meio de Jesus. Isso porque as Palavras de Jesus eram as Palavras de Deus
sobre o homem em sua vida humana normal.
I Coríntios 1:30, diz que Somos de Deus em Cristo, o qual foi feito por nós
sabedoria, justiça, santificação e redenção.
Nesse caso, tudo o que Ele foi, disse e fez, o fez por nossa causa.
Sua santidade, sabedoria e justiça foram por nossa causa.
Mesmo João Batista se admirou quando Jesus o procurou. Isso lhe ocorreu porque o
seu batismo era de arrependimento.
João sabia que Jesus não tinha pecados, pois, Ele era aquele que tirava o pecado do
mundo (Jo 1:29). Ele chegou a dizer: “Senhor eu é que preciso ser batizado por ti...”.
João sabia que Jesus batizava com o Espírito Santo, Jesus todavia disse que era
necessário ser assim. Mas só era necessário por nossa causa.
Ele é a Luz do mundo. Foi enviado para alumiar todo o homem.
Jesus é o segundo Adão. Ele veio mostrar o tipo de vida que jamais deveríamos ter
perdido.
Nele somos também, a expressa imagem de Deus. A expressão: Nele, fala de
estarmos na vida dele, ou na vida que Ele nos deu. A vida que havíamos perdido, mas
que Ele nos restituiu (Jo14:19,20).
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Ele disse que publicaria coisas que estavam ocultas desde a criação do mundo (Mt
13:35).
Jesus chegou a dizer que muitos dos profetas do passado queriam ver e ouvir
aquilo que os discípulos estavam tendo a oportunidade e, o privilégio de
experimentar, ver e ouvir (Lc 10:24; 1Pe 1:10-12).
De onde lhes vinha a vontade de ouvir?
A vontade de ouvir veio a eles pelas pequenas e poucas coisas que o Espírito
Santo lhes permitia que soubessem.
Havia em seus corações uma chama de ouvir algo mais que eles sabiam existir,
mas Deus não lhes dizia porque não era a hora.
Podia ser que eles não estivessem prontos, mas em chegando a plenitude dos
tempos, Jesus vem publicando as coisas que estavam ocultas.
Olhos não viram, ouvidos não ouviram, nem subiu ao coração do homem as coisas
que Deus preparou para os que o amam (I Co 2:9). Mas Deus no-la revelou pelo Seu
Espírito (I Co 2:10).
Ele no-la revelou pelo seu Espírito que em nós habita. Isso é uma realidade que só
se tornou possível após a vinda de Jesus.
Jesus prometera enviar o Espírito da verdade que nos guiaria a toda verdade. E, Ele
fez isso após ser glorificado.
O que o Senhor fez por nós, nos possibilitou conhecer a Deus como Ele queria ser
conhecido.
Nos concedeu também a capacidade de conhecer coisas que estavam ocultas
desde a fundação do mundo.
Além de nos possibilitar a revelação de quem Deus ´é, ou de quem nós somos, Ele
também, garante a entrada no reino daqueles que lhe forem fiéis. O reino que foi
preparado desde a fundação do mundo. (Mt 25:34).
Embora que a plenitude da autoridade desse reino só nos venha a ser dada
naquele dia, quando formos redimidos plenamente no corpo, sabemos, pelo que ele
disse, que esse reino já está preparado desde a fundação do mundo.
Quando Deus criou o mundo, Ele fez tudo e deixou tudo pronto para que o homem
fosse aprendendo sobre Deus, sobre si e sobre esse reino que lhe fora conferido.
O homem foi feito deus deste mundo. É por isso que lhe cabia o domínio e
autoridade. Porque no princípio Deus lhe fez dominador (Gn 1:26,27).
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assim, seria injustiça da parte de Deus nos mandar andar como Jesus andou, quando
não seria isso possível.
Dizer isso é o mesmo que concordar com o sentimento anticristo.
Deduzimos com isso, que nós podemos vencer a satanás como Jesus venceu.
Se a Bíblia diz que quem está em Cristo deve andar como Ele andou, é porque é
possível.
Verdadeiramente, não só Jesus venceu o diabo como nós podemos vencê-lo, como
também ele foi tentado como nós o somos.
Mas, a verdade é que, nós temos um Sumo sacerdote que foi tentado como nós
(Hb 4:15).
Se quisermos saber como Jesus foi tentado é só saber pela Bíblia como nós somos
tentados.
Pela Bíblia sabemos que somos tentados quando somos atraídos e engodados,
cada um por sua própria concupiscência (Tg 1:14).
Jesus foi tentado como nós: Como homem (Hb 4:15).
Havia nEle, como homem, a vontade de fazer coisas que não eram da vontade de
Deus, e o diabo queria que Jesus fizesse essas coisas.
Fazendo a vontade própria, Jesus não faria a vontade de Deus.
Mas Jesus disse que desceu do céu, não para fazer a Sua própria vontade, mas a
vontade dAquele que o enviara (João 6:38).
Se a vontade humana de Jesus fosse igualmente à vontade de Deus, Ele não
precisaria se preocupar em fazer a vontade de Deus, porque ao fazer a Sua própria
vontade, estaria, automaticamente, fazendo a vontade de Deus.
Todavia, Ele estava precavido a não fazer a Sua própria vontade (Jo 6:38), e isso
determina que Ele tinha uma vontade própria, a qual Ele não queria fazer pra que
conseguisse fazer a de Deus.
Ele tinha uma vontade natural igual a todos os homens, e satanás queria que essa
vontade fosse salientada, amaciada.
Satanás amaciou essa vontade dizendo: Te darei as glórias e as riquezas deste
mundo... Mas Jesus disse: Não! Somente ao Senhor teu Deus adorará e prestará culto.
Jesus confessou a Palavra resistindo firme na fé. Ele disse: Está escrito... (resistiu
com a Palavra).
Como em um grande cinema?
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Satanás não tomou Jesus pela mão e em um passe de mágica passou a lhe mostrar
tudo como em um grande cinema. – Não!
A Bíblia diz que Jesus foi tentado como nós.
Nós somos tentados através de pensamentos, que não são de Deus, surgindo em
nossa cabeça como que do nada. Por esses pensamentos parecerem não vim de
lugar nenhum, pensamos que são pensamentos nossos.
Os seres espirituais, demônios e anjos caídos falam ainda que não vejamos o
movimento dos seus lábios, dentes batendo e a saliva deles nos respingando.
Eles falam e quando não sabemos o que Deus diria acerca de determinado assunto,
ficamos confusos.
A nossa ignorância é o que faz a meia verdade ter poder.
I Pedro 4:1 diz que Jesus sofreu na carne e que devemos nos armar desse mesmo
pensamento.
Tiago diz: Bem aventurado o varão que sofre a tentação. (Tg 1:2)
Ele (Jesus) sofreu porque não fez o que a carne queria.
Ele não fez o que a sua vontade humana queria porque havia um propósito
específico para a vida dEle aqui.
Semelhantemente, precisamos entender qual o propósito específico para vivermos
aqui. Precisamos entender coisas tais, como: Porque somos crentes? Qual o
propósito da nossa maneira de vida e da nossa fé???
Jesus disse: “Eu desci do céu para fazer a vontade dAquele que me enviou”.
A Bíblia diz que Lúcifer caiu do céu, mas Jesus não caiu. Ele veio com propósito
específico. – Desceu para fazer a vontade do Pai.
Satanás não veio porque quis, Jesus sim. Ele disse: Eu desci...
Há propósito, consciência e determinação.
O elemento aqui nos mostra que devemos ser como Ele: Fazer a vontade de Deus
para a nossa vida.
A Bíblia não diz que Jesus não tinha vontade própria. Ela diz que Ele a deixava de
lado, como também diz que Ele considerava a vontade de Deus uma comida especial
(Jo $:32-34).
Não havia para Jesus, e não deve haver para nós, melhor banquete que fazer a
vontade do Pai.
Era agradável a Jesus, fazer a vontade do Pai.
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Na verdade Jesus mesmo não queria morrer espiritualmente e por isso orou três
vezes ao Pai no Getsêmani.- Mas sempre concluía: Não se faça, todavia, a minha
vontade, mas a Tua.
A vontade dEle era não passar por aquilo, e satanás tentou amaciar isso, através
de Pedro.
Ele disse para satanás: Tu és para mim uma pedra de tropeço.
Não disse que satanás era pedra de tropeço para Pedro ou para os discípulos que o
ouviam mas para Ele mesmo, Jesus, pois satanás não cogitava as coisas de Deus e
sim de homens.
Ele queria levar Jesus a pensar naturalmente naquela situação difícil. E Jesus estava
dizendo que a maneira de pensar natural era uma pedra de tropeço para Ele.
Não podemos nos sentir seguros também se pensarmos naturalmente como
qualquer homem faria quando diante de algumas situações, que se-nos representa
uma pressão.
Pensar como mero homem era para Jesus uma pedra de tropeço. Poderia fazê-lo
cair ou tropeçar no seu propósito para o qual ele havia descido do céu.
Isso também pode nos fazer tropeçar no plano que Deus tem para nós.
Se pensar nas coisas como homem era perigoso para Jesus, também é para nós.
Por essa razão Pedro diz que, por haver Jesus sofrido na carne, armemo-nos também
do mesmo pensamento (1 Pe 4:1).
O pensamento é uma arma. Cuidado com o que fazemos com os pensamentos,
idéias e intenções porque são perigosas.
O REINO QUE FOI PREPARADO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO
Deus preparou o reino, deu-o ao homem, e este o repassou a satanás.
As coisas que o homem passou para satanás foram: autoridade, domínio, glória,
riquezas do mundo e a si mesmo.
Haviam coisas que estavam preparadas para o homem saber, mas o pecado
impossibilitou esse conhecimento. Mas, que coisas eram essas que estavam ocultas,
que estavam preparadas por Deus para o homem?
Quais eram essas coisas ocultas que ainda não haviam sido descobertas, mas
estavam lá prontas para serem experimentadas à medida que o homem
desenvolvesse e amadurecesse na busca da compreensão delas?
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Que coisas ocultas eram essas que os olhos humanos não haviam visto – que os
ouvidos humanos não haviam ouvido – que não havia penetrado no coração humano,
mas que Deus havia preparado?
Que habilidades, capacidades e realidades eram essas que Deus dera ao homem
no princípio da criação?
É preciso entender que as realidades da nova criação não são muito diferentes das
realidades da primeira.
As coisas que Deus deu ao homem no princípio da primeira criação não são muito
diferentes das que temos hoje em Cristo Jesus.
Uma coisa é fato: Deus havia deixado tudo pronto: Os direitos, as bênçãos, os
privilégios, a capacidade, a potência, a força de Deus e muitas outras coisas estavam
prontas para o homem usufruir.
A Bíblia relata que o homem vai dominar a terra, controlar tudo – exercer esses
domínios.
Após o pecado, e do surgimento dos profetas, e de muitos homens passarem a
buscar a Deus novamente, esses homens, ainda no Antigo Testamento, começaram a
se perguntar sobre a grandeza do homem.
Ao meditar nas escrituras e ao orar, esses homens começaram a descobrir que o
homem era muito mais que a teoria da época dizia. Muito mais que a teologia ou a
doutrina daquela época ensinava.
O povo do Antigo Testamento não conhecia a Deus. Seus líderes também não.
Até os patriarcas O conheciam muito limitadamente, e não na Sua plenitude.
Eles tinham apenas alguns vislumbres sobre a Pessoa de Deus, mas não sabiam
quem Ele realmente era.
Não conheciam o coração de Deus.
Foi por isso que, quando Jesus veio, eles não O reconheceram.
Jesus era Deus na carne, mas os homens não podiam entender essas coisas.
Não podiam entender o cumprimento das profecias na pessoa de Jesus.
Eles se diziam ser povo de Deus. Diziam ser Sua herança, Sua nação, mas quando
o encontraram, não sabiam de quem se tratava.
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I João 4:17 diz: porque assim como Ele é, tais somos nós, neste mundo.
O SALMO 8:3-8 NOS TRAS MUITA REVELAÇÃO
Este Salmo revela o que foi dito ao homem ou referente a ele, no início quando este
fora criado (Gn 1:26).
O salmista declara sua admiração à obra de Deus antes de pesquisar sobre a
mesma.
No v. 3 ele diz que quando contemplava os céus que Deus havia feito com Suas
mãos, a lua, o sol e todo o sistema solar, ele se perguntava: “Afinal que é o homem
para que dele te lembre, e o filho do homem que o visites?”
Ele se perguntava, ao contemplar as obras da criação de Deus, que grandeza era
essa que havia no homem.
Ao pensar na criação ele lembrou-se do homem.
Ele foi levado a isso porque sabia do que Deus havia dado ao homem (v.6).
A expressão: “Deste-lhe (ao homem) domínio sobre as obras da Tua mão” (v.6),
referia-se a obra do v.3: céus, luas, estrelas e dos v. 7 e 8. – Na verdade o domínio
era sobre as obras que o dedo de Deus realizara (Gn 1:7 a 30).
Davi lembrava-se do homem e perguntava o que era esse homem para Deus, pelo
fato de haver Deus lhe dado o domínio sobre tudo aquilo que ele contemplava.
É verdade que, ainda hoje, nós ao contemplarmos as grandezas da criação,
dizemos: “Meu Deus , como somos pequenos diante de tamanha infinitude e beleza”.
Na realidade, nós nos inferiorizamos ao contemplar tudo isso.
Davi, ao pensar sobre o que Deus pensava sobre o homem, não se permitiu pensar
em termos de inferioridade.
Ao olhar para o céu ele deve ter pensado: Pôxa! O homem deve ser grande
demais...
O contrário de muitos de nós que se sentem pequenos demais.
Quando sabemos, porém , que Deus deu este céu para o domínio do homem
passamos a pensar sobre nós de uma forma diferente.
Há um testemunho na Bíblia que fala da nossa grandeza. O Salmista diz: “O que é
o homem para que dele Te lembres...”
A Segunda parte diz: “...e o filho do homem para que o visites?”
Esta parte poderia ser posta como: “e o filho do homem para que, quando ele
nasça, nele já esteja”.
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Mas nós sabemos que não foi nenhuma dessas, a posição de Deus, pois o Seu
desejo para o homem era a comunhão com Ele.
Não foi para ser pecador ou para cair que Deus o criou, e sim para a comunhão
Seu desejo era que o homem se desenvolvesse ao longo das gerações.
Hoje podemos entender que Deus não faz acepção de pessoas, mas que ama a
todos da mesma forma.
Não é uma cultura, história, religião ou outra coisa referente a um povo que o faz
mais amado de Deus (Rm 3:23).
Ele fez com que toda a raça humana existisse para buscá-lo. Este é o sentido da
existência do homem.
Em uma situação invertida, Deus fez os céus para servirem a terra. Deus fez a
terra para servir ao homem. Deus fez o homem para servir a Ele em comunhão.
O HOMEM FOI FEITO PARA BUSCAR A DEUS E, SE ESTE NÃO O BUSCA, ESTÁ
FORA DO PROPÓSITO DELE PARA A SUA VIDA
Paulo disse que Ele (Deus) não está longe de cada um de nós. (At 17:27)
Quando Paulo disse: “se bem que Ele não está longe de cada um dos que o
estavam ouvindo”, ele não falou para crentes ou judeus, ou mesmo para algum grupo
religioso da sua nação.
Suas palavras eram profundas e o seu conhecimento complicou ainda mais ao
dizer: “nEle vivemos e nos movemos e nEle existimos. (At 17:28)”.
Isso é um contraste na nossa teologia moderna, com relação ao fato de Deus fazer
distinção entre “Quem, e quem”, no que diz respeito a: quem Ele ama? E, a: quem
Ele aborrece? – Os destinados ao céu e os destinados ao inferno!
Paulo falava a respeito de como Deus estava próximo deles, ao dizer as palavras:
viver, mover e existir em Deus.
Ele foi buscar o subterfúgio de suas palavras nas palavras de um dos poetas deles:
Porque dele também somos geração. (At 17:28)
Não sabemos como, nem através de que esse poeta falou, mas ele o fez e Paulo
sabia que ele tinha falado, e, o mais fantástico é que Paulo concordava com ele, por
isso disse: “como alguns de vossos poetas tem dito: também de Deus somos
geração” (v.28).
Isso vai além daquilo que sabemos superficialmente da Bíblia.
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Houve uma época que os homens não podiam saber o que Deus queria e tinha
para eles. Na verdade eram as coisas que Deus havia dado a eles, mas sua situação e
ignorância os impossibilitavam de se apropriarem do que lhes pertencia por direito e
herança.
É importante lembrar que aqueles tempos passaram. Não estamos mais neles. A
realidade agora é outra.
Foi em relação aquele tempo que Paulo se referiu quanto a Deus não mais levar em
conta.
DEUS NÃO LEVOU EM CONTA O TEMPO DA IGNORÂNCIA
Atos 17:19-30
Houve tempo em que as pessoas não tinham condições de conhecer a Deus na sua
plenitude como Ele sempre desejou ser conhecido.
Paulo chama esse tempo de “tempo da ignorância”, e Deus não levou em conta o
tempo onde as pessoas não conseguiam conhecê-lo como convém.
Paulo faz uma chamada quando diz: Agora porém... E isso quer dizer duas coisas:
1) Não estamos mais no tempo da ignorância. – Mostra que o conhecimento chegou –
que a luz raiou. 2) Não há mais desculpas para não sabermos, pois o conhecimento
de Deus tem se espalhado por toda a terra assim como as águas enchem o mar.
Se esse conhecimento não tem enchido as nossas vidas como as águas enchem o
mar, a culpa não é de Deus mas do homem, por isso não há mais desculpas.
Em Atos 17:30 Paulo diz: Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância;
agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam. E, no
versículo 31 ele continua dizendo que Deus estabeleceu um dia em que há de julgar o
mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos,
ressuscitando-o dentre os mortos.
no versículo 30 ele deixa claro que os tempos da ignorância haviam passado e que
Deus não levava em conta esses tempos passados.
Paulo todavia diz: Mas agora, porém... (At 17:30).
Esse porém fala que o que Deus fazia nos tempos da ignorância ele não faz mais.
Como Deus sabia que o homem não podia conhecê-lo nesse tempo de ignorância,
como Ele gostaria de ser conhecido, Ele não considerou esse tempo, ou seja, não
levou em conta.
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Agora, porém, Deus leva em conta, por isso é que Ele notifica, através do
evangelho que “todos”, em toda parte, se arrependam.
Essa é a Palavra de Deus para nossa época. E já estamos em média de 2.000 anos
nessa nova realidade estabelecida por Deus (Considerando que estamos às vésperas
do ano 2.000).
Esse é o momento que devemos ter consciência do plano de Deus para nós.
Entender o que Ele quer.
Entender como fazer Sua vontade e maximizar nosso potencial para abençoar os
outros que nos cercam.
O que podemos fazer? O que dizer? O que realmente somos?
Na Igreja de Jesus devemos aprender mais sobre nós.
Muitas pessoas estudam sobre Deus e diz conhecê-lo, mas não conhecem a si
mesmas.
Não há como conhecer a Deus e não se conhecer a si mesmo.
O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e quanto mais eu sei como
Deus faz as coisas, mais eu aprendo como eu posso fazer.
Quanto mais entendo a Sua maneira de pensar, mais eu entendo como pensar
também.
A nossa maneira de pensar deve ser de acordo com a maneira de Deus, e isso nos
lembra que Paulo nos dar uma lista de coisas em que devemos pensar (Fp 4:8).
O que devemos pensar são pensamentos divinos. Deus pensa daquela forma e
Paulo ainda insiste em dizer: “pensem nas coisas lá do alto” (Cl 3:2).
Infelizmente nós insistimos em duvidar em que podemos pensar como Deus
pensou e até procuramos na Bíblia uma desculpa para o nosso comportamento.
Alguém pode dizer: Ah! em algum lugar da Bíblia está escrito que Deus disse: “Os
meus pensamentos são mais altos que os vossos” (Is 55:9). O problema é que não
nos apercebemos que quando Deus disse isso, Ele dizia às pessoas que viviam no
tempo da ignorância.
Ele o falou referente às pessoas que não tinham condições de conhecê-lo em
profundidade.
Aquelas pessoas tinham apenas vislumbres sobre a pessoa de Deus.
Haviam coisas que tinham sido ditas a eles a cerca de Deus, que serviam de
testemunho, mas aquelas coisas não respondiam a pergunta: “Quem é o homem?”
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Eles não sabiam quem era Deus, por isso não conheciam quem era o homem.
Precisamos nos reportar ao que Deus falou nesta mesma passagem de Isaías que
diz: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo seus pensamentos” (Is 55:7).
Aquelas pessoas não pensavam como o Senhor, e nem andavam no caminho que
Deus tinha para eles, por isso Deus disse: Deixe o perverso o seu caminho...
Ele falou isso um pouco antes de ter dito que os pensamentos dEle não eram iguais
aos pensamentos daqueles a quem Ele se dirigia (Is 55:8). Mas havia dito antes:
“mude os seus pensamentos” (v.7).
Nesse versículo, Deus nos faz uma chamada a pensarmos como Ele, quando diz:
Deixe... o iníquo os seus pensamentos.
Se isso não for bastante para cremos que podemos pensar como Ele, precisamos
nos lembrar que Ele nos deu a mente de Cristo (I Co 2:16).
Os caminhos de muitos não são os caminhos do Senhor. Até alguns crentes não
andam no caminho do Senhor. Não andam em sua Palavra, nem desfrutam de sua
vida.
Deus quer que mudemos nossos pensamentos e, conseqüentemente, nossos
caminhos.
É PRECISO ATENTAR PARA O FATO DE QUE, SOMOS MUITO MAIS DO QUE
MUITOS PREGADORES GOSTARIAM QUE ACREDITÁSSEMOS QUE NÓS
SOMOS
Já pensamos que foi Deus quem pagou o preço por nossas vidas?
A Bíblia diz que Ele nos comprou por seu próprio Sangue. Ele comprou – pagou.
Saiu do “bolso dEle”, por assim dizer.
Deus achou justo pagar o que Ele pagou, então na cabeça dEle o que Ele deu é o
que a gente vale.
Ao avaliar o nosso valor – não esqueça que, quando ele nos avaliou, éramos
pecadores, e ao avaliar o nosso valor, Ele deu Jesus.
Já pensamos no valor que Deus atribui à pessoa humana?
É por isso que Ele nos ama tanto.
Paulo diz que Deus prova o seu amor para conosco, pelo fato de ter enviado Jesus
para morrer por nós, quando ainda éramos pecadores. Quanto mais agora, como não
seremos salvos por Ele por meio de Sua vida? (Rm 5: 8-10).
O tempo da ignorância acabou
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29 - Realidades da Nova Criação
Jesus dizia aos judeus que creram nEle, no cap. 8 de João: “se permanecerdes nas
minhas Palavras, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará” (Jo 8:31,32).
Não há mais como não saber. Temos como conhecer a Deus.
Ele disse: “se vocês permanecerem...”.
Este “se” é uma condição, portanto, podiam permanecer ou não.
Se permanecessem conheceriam a verdade.
Isso mostra que não se conheceria a verdade da noite para o dia, mas se houvesse
permanência na Palavra.
Se permanecerdes... Isto é uma questão de perseverança.
ILUSTRAÇÃO
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31 - Realidades da Nova Criação
enterrá-la no mais profundo do coração. A conseqüência disso vai ser vida e saúde.
(Pv 4:20 – 22).
Semelhantemente, o Senhor Jesus nos diz que quem pratica a Palavra é comparado
a um homem sensato que constrói sua casa firmada em sólidos alicerces. Nada a
destruirá.
Jesus disse: “Eu disse essas coisas para que tenhais Paz”.
Se não temos experimentado a paz que Deus diz que nós temos, é porque não
cremos no que Ele diz. Se não cremos é porque não lemos, se não lemos é porque
não percebemos Suas palavras a respeito do assunto.
Posicionalmente, já temos todas as bênçãos em Cristo (Ef 1:3).
Um fato de suma importância que não percebemos é que, embora estejamos em
Cristo, estamos no mundo, e no mundo teremos aflições pois ele jaz no maligno.
Jesus nem orou para que saíssemos do mundo (Jo 17:15). Isso não foi um ato de
desamor, pois, o mais importante e glorioso disso tudo é que podemos experimentar
essas realidades de Deus, aqui nessa terra que jaz no maligno, onde teremos aflições.
Não podemos confundir aflições com tribulações.
Aflições dizem respeito às pressões que se desencadeiam no nosso dia a dia.
Enquanto que tribulações são um estágio mais avançado que o crente sofre, por
haver cedido às pressões.
Se prestarmos atenção no que Ele disse, viveremos no estilo de vida que Ele
desejou para nós: paz e ânimo em meio às aflições.
Não experimentar a paz é um resultado de não considerar o que Ele disse.
Não quer dizer que não se esteja lendo ou ouvindo, mas que não se está
considerando o que Ele disse.
Os tempos da ignorância realmente passaram. Vivemos em uma época de luz,
quando podemos saber sobre Deus, conhecê-lo profundamente e mergulhar nessas
descobertas.
O plano de Deus para o homem no início, se não houvesse pecado, era que ele
crescesse, crescesse e crescesse espiritualmente e, quando chegasse a plenitude dos
tempos o homem seria aquilo que Jesus fez que ele fosse.
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Ele tornou possível a vida que temos agora. A sermos o que somos hoje,
restaurando o que Deus tinha estabelecido desde o princípio.Quando Jesus abria a
boca publicava as coisas que estavam ocultas desde o princípio do mundo.
Com a vinda de Jesus a Palavra de Deus pode, mais uma vez, fluir no coração do
homem.
Vejamos João 1:1-9
Parafraseando o v.4: A vida estava nEle (na palavra) e a vida (que estava na
palavra) era a luz dos homens.
Observemos a posição dos verbos: “estava” e “era”. Estão no passado.
A razão disso é porque houve um tempo em que a vida que estava na Palavra de
Deus deixou de ser luz para o ser humano.
Verbo que dizer palavra, e nós precisamos entender o que é a Palavra.
Nós nos dirigimos à Bíblia como a Palavra de Deus, e de fato ela é, mas ela, a
palavra escrita, nos foi dada apenas para conhecermos a essência da Palavra viva
que é a pessoa de Jesus, a expressa imagem da pessoa de Deus.
Então, a Palavra é o que Jesus nos diria: é Espírito (Jo 6:63), ela não é uma coisa
material, algo físico. Ela é Espírito.
Adão não tinha a Bíblia, todavia houve uma época, antes do pecado, que a Palavra
era a luz dos homens.
Observemos que dos vv. 1 ao 5, ele não está tratando da vida física de Jesus e sim
da Sua vida antes da encarnação.
Antes de pecar Adão tinha comunhão com Deus, e essa comunhão possibilitava
ouvir a voz de Deus e, essa Palavra que ele ouvia, o fazia entender as coisas de Deus
pela Palavra que fluía do coração.
Essa Palavra o fazia compreender a vida, entender as coisas e ser como Deus era.
A palavra que fluía do seu coração é Espírito. Deus falava-lhe em seu espírito.
A Palavra, que era Espírito, trazia vida para o homem.
A vida que o homem tinha estava completamente apoiada no que Deus dizia.
Essa Palavra iluminava o homem em tudo que ele haveria de fazer. É isso que diz o
versículo 4: A vida estava na Palavra, e a vida que estava na Palavra era a luz dos
homens.
O pecado impossibilita da voz de Deus ser ouvida no coração do homem.
Adão pecou e a comunhão espiritual foi perdida.
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33 - Realidades da Nova Criação
A Palavra não fluía mais, e o homem ficou sem saber o que fazer.
Ele começou a andar sem luz. Começou a andar nas trevas.
As trevas invadiram toda a terra, e a partir daí, todos os seres humanos que
nasceriam nesse ambiente de trevas, não teriam o conhecimento de Deus adquirido
por revelação.
As crianças nasciam com a natureza de Deus mas, à medida que cresciam, não
continuavam ouvindo Deus nos seus corações. Isso porque, o mundo havia sido
invadido por satanás.
As trevas haviam invadido o mundo, e as crianças que nasciam no mundo eram
invadidas por satanás.
Desta forma as crianças perdiam o contato com Deus. Por isso cada vez mais, as
gerações se distanciaram da verdade de Deus pra suas vidas.
A Bíblia mostra que a luz sempre resplandece nas trevas, e, as trevas não
conseguem prevalecer sobre a luz (Jo 1:5).
Ainda que o homem se distancie da Palavra, a Luz que está na Palavra, continuará
lá, latente e viva.
Os vv. 6 e 7 dizem que houve um homem de Deus chamado João que veio para dar
testemunho daquela luz que havia sido perdida.
Esse João não era a luz, mais veio testemunhar a respeito dela. A verdadeira luz
que vindo ao mundo ilumina todo homem.
Esse “vindo” deveria ser entendido assim: “Que voltando ao contado com os
homens iluminaria todos eles” (v.9).
A verdadeira Luz... – O que é a verdadeira luz? O v.4 responde: “A verdadeira vida”
Como sabemos isso? Ora, está escrito no v.4: “A vida era a luz dos homens”.
João veio para dar testemunho sobre a verdadeira luz (v.8). A vida de Jesus era a
verdadeira luz.
Jesus veio a este mundo para nos dar a luz que havíamos perdido, ou mesmo a
vida que havíamos perdido.
Veio nos trazer de volta a condição de ouvir Deus dentro do nosso coração, e a
possibilidade de termos a sua Palavra fluindo dentro de nós, para sabermos que tipo
de vida podemos viver.
Ele veio iluminar a todo o homem. Ele trouxe em si essa luz.
PORQUE JESUS TEVE QUE SE FAZER HOMEM?
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“Às vezes não compreendemos a missão de Jesus, por isso não entendemos
porque Ele teve que se fazer homem”.
Analisemos João 18:33-37
Pilatos, pois, tornou a entrar no pretório, chamou a Jesus e perguntou-lhe: És tu o
rei dos judeus?
Respondeu Jesus: Dizes isso de ti mesmo, ou foram outros que to disseram de
mim?
Replicou Pilatos: Porventura sou eu judeu? O teu povo e os principais sacerdotes
entregaram-te a mim; que fizeste?
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste
mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus;
entretanto o meu reino não é daqui.
Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei?
Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao
mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a
minha voz.
Esse texto se refere a Jesus um pouco antes da sua crucificação
Jesus é a verdade, é o que dizemos muitas vezes, mas quando não
compreendemos o que isso significa, não vamos entender quando Ele diz que dá
testemunho da verdade (v.37).
Dizemos que Jesus é a verdade porque a vida humana que Ele viveu é a vida
humana verdadeira, por isso Ele é a verdade.
Pilatos pergunta-lhe: “Você é rei?” ou poderia ser: “Você tem um reino?” e Jesus
respondeu: Eu nasci para isso.
Se Jesus não tivesse nascido como homem Ele não poderia dizer o que estava
dizendo agora: Nasci para ser Rei.
Se Ele não tivesse vivido dentro da realidade humana não poderia argumentar da
forma que argumentou.
Não se tratava de um governo humano, ou um reino político. Se fosse assim, Ele
não teria se desvencilhado das vezes que a multidão o quis faze-lo rei.
O reino ao qual Ele se referia, era um reino espiritual.
Ele nasceu para reinar em vida, e, foi para que reinássemos em vida que Ele
morreu por nós (Rm 5:17).
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35 - Realidades da Nova Criação
FOI PORQUE ELE NASCEU COMO HOMEM QUE PODIA DIZER: EU NASCI
PARA SER REI
Esse foi o propósito do seu nascimento e Ele continua: “... a fim de que desta forma
(reinando em vida) Eu pudesse dar testemunho da verdade”.
O v.37 diz: “E todo aquele que se inclina para a verdade ouvirá a voz desse meu
testemunho”.
Será que já pensamos no fato maravilhoso de que somos Jesus nesta terra.
Representantes e continuadores de Sua Vida?
Já pensamos verdadeiramente que Deus nos ama assim como amava a Ele
também? (Jo 17:23).
Somos representantes de Deus tanto quanto o era Jesus de Nazaré.
Quando Deus olha pra Jesus Ele vê você. Por isso é que quando Jesus morreu por
nossos pecados, Ele passou a te considerar justo, porque Jesus naquela cruz era você.
Jesus no túmulo, era você no túmulo; porque se um morreu por todos, logo todos
morreram.
Ele ressuscitando, somos nós também ressuscitando.
Voltamos à vida. Recebemos de volta a luz. Reinamos em vida.
Não estamos mais em trevas. Agora temos luz, temos vida.
Aleluia somos salvos.
QUE É SALVAÇÃO?
Salvação não é simplesmente não ir para o inferno. Salvação é cura, segurança,
libertação, preservação e perfeição. Essa é a realidade que Deus trouxe para nós em
Cristo.
Jesus não veio para provar nada sobre Ele mesmo. Também não veio para mostrar
nada ao diabo. Ele veio por nós.
Deus não precisava provar nada para o diabo. Ele não é medíocre.
Jesus veio por nossa causa. Toda a Sua vida; o que fez; sua morte e ressurreição
foram por nós.
Ele mesmo disse que se santificava para que fôssemos santificados também na
verdade (Jo 17:19).
Isso nos faria pensar sobre a sua santificação, e nos motivaria ao mesmo
propósito.
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I Coríntios 1:30 diz que Jesus foi feito por Deus para nós: Sabedoria, Justiça,
Santificação e Redenção, para quem se gloriar, faça isso no Senhor (v.31).
Foi Ele quem nos deu de volta a vida.
Em João 1:14 lemos que esse Jesus, o Verbo, se fez carne. Isso diz que Ele não era
carne, já que se fez carne.
Bem, se foi assim, então entendemos que Ele era Espírito.
Se Ele tivesse estado entre nós como um espírito, aparecendo para contar as
coisas sobre Deus e depois desaparecendo, não iria dar certo.
Os discípulos não se sentiriam inspirados a acreditar e falar sobre o poder que o
homem tinha.
Eles não teriam um referencial para confirmar esse fato – por isso não creriam.
Isso é assim porque a tendência do homem tem sido mais para duvidar.
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37 - Realidades da Nova Criação
O que Paulo queria dizer era que Jesus não devia ser conhecido como o filho de
Maria e de José.
Deveríamos conhecer o lado sobrenatural da vida humana de Jesus.
O nosso referencial para o poder de Jesus não seria físico. Seu poder não provinha
de nada físico e, se vivêssemos como Ele, poderíamos fazer o que Ele fez também.
Era se voltando para Deus dentro de nós que nos facultaria viver a vida que Ele
viveu.
Vejamos João 14:20 – Naquele dia, conhecereis que Eu estou em meu Pai, e vós,
em mim, e eu, em vós.
“Naquele dia” é o dia da Nova Aliança. – No dia em que o homem voltasse a ter
comunhão com Deus.
“Nesse tempo”, vós conhecereis que estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em
vós.
Ele estava dizendo que nos dias da Nova Aliança quando o Espírito Santo estivesse
em nós, entenderíamos que Ele “estava”, ou como Ele disse: “Estou no meu Pai”.
Suas Palavras eram fortes: “Vocês estão em mim e eu estou em vocês”. Ele não
disse que estaria no Pai, nem que nós estaríamos nEle e nem ainda que estaria em
nós.
É fácil perceber o que a Bíblia diz quando percebemos o que ela não diz. Jesus não
disse que estaria no Pai...
A única coisa que Ele apontou para o futuro foi o conhecimento: naquele dia (da
nova aliança), vós conhecereis...
Vocês saberão que eu estou no Pai, vocês estão em mim e eu estou em vocês.
O que Ele disse com isso: Naquele dia vocês vão saber que vocês estão em mim e
eu em vós?
Não podia está falando de estar espiritualmente habitando em nós porque Ele
ainda estava no corpo de carne, quando usou o verbo estar no presente: Eu estou em
vós.
Ele estava dizendo: Naquele dia vocês vão entender: “quem é o homem”.
Ele poderia ter dito: Olhem para mim, na verdade esse eu que vocês estão vendo
está em vocês.
Vocês não sabem, mas naquele dia saberão.
Quando Deus olha pra você Ele vê Jesus e quando Ele olha pra Jesus Ele vê você.
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O pregador achou uma coisa, e, esta foi que Deus fez o homem reto. O homem
foi que se meteu em muitas astúcias.
At 17:26,27 – Paulo fala do propósito de Deus em ter feito o homem.
Ele o fez para viver em comunhão com Ele, para habitar toda a face da terra e
para buscar a Deus.
Três coisas que Paulo falou e que são dignas de nota
“Havendo fixado os tempos previamente estabelecidos”.
1. Tempos estabelecidos
2. Limites de sua habitação.
3. Para buscarem a Deus.
Deus estabeleceu tempos para benefício do homem.
Ele criou o mundo e colocou o homem para viver na terra dentro das dispensações
por Ele determinada.(Não estou dizendo com isso que creio nas doutrinas
dispensacionalistas, em que apresentam Deus com um caráter variável, e lhe
oferecem mudanças de acordo com as épocas em que Ele se revelava).
Isso fala do período que o homem teria mais luz de Deus.
Acumularia a luz que vinha de Deus com a luz que ele já havia recebido.
De tempos em tempos ele cresceria no conhecimento de Deus.
Deus havia estabelecido os tempos para o homem viver em comunhão com Ele,
quando este cresceria até alcançar a maturidade.
LIMITES PARA A HABITAÇÃO DO HOMEM NA TERRA
Ele fez toda a raça humana para habitar a face da terra, e estabeleceu limites para
essa habitação. Neste caso podemos entender que o homem não viveria para sempre
na terra do mesmo modo que ele havia sido criado.
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39 - Realidades da Nova Criação
Não é porque o homem foi criado à imagem de Deus que ele era perfeito, pleno ou
já completo, mas, em certo sentido, perfeição é igual à maturidade.
Alcançar a perfeição é alcançar a maturidade.
Na verdade, quando ele foi criado à imagem e semelhança de Deus, ele estava
simplesmente pronto pra começar a crescer para que um dia se tornasse na plenitude
para o que Deus queria que ele fosse.
É por isso que a Bíblia diz: “No princípio era o Verbo. A vida estava no Verbo e a
vida era a luz dos homens”.
Essa luz ilumina o homem no decorrer da sua vida. Enquanto ele vivesse aqui
dentro dos tempos que Deus havia estabelecido, ele cresceria cada vez mais no
conhecimento de Deus.
Ele cresceria até à plenitude que Deus havia determinado para ele.
Ele fora criado destinado para ser modelo, e assim cresceria, dentro deste período
predeterminado.
Havia um limite para a sua habitação. Dali em diante ele experimentaria um
degrau de glória muito mais profundo do que ele tinha antes do pecado.
Hoje temos uma idéia desse plano de Deus de ser como Ele (I Jo 3:1,2).
Não é à toa que hoje O conheçamos de forma muito profunda.
Quando, porém, formos transformados no corpo, nós O conheceremos, assim como
por Ele somos conhecidos.
Esse nível de comunhão era o desejo de Deus desde o princípio do mundo.
Hoje, pela Bíblia, sabemos o que vamos desfrutar.
Isso porque Jesus veio restaurar o plano original.
O plano de Deus era que o homem O buscasse até à perfeição.
Deus colocou o homem aqui na terra com um limite.
Ele não viveria aqui para sempre. Sua vida não seria (mesmo antes do pecado)
como ela era para sempre. Havia um limite.
Deus deu ao homem um corpo limitado também.
Seu corpo não estava pronto para ser eterno.
O plano de Deus era que o homem não morreria, mas viveria eternamente.
Todavia o homem precisava se alimentar todo o dia para que aquele corpo não
morresse.
Por isso, lhe fora dado os animais e as árvores, para que ele se alimentasse.
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Por um lado ele era imortal, mas, por outro lado, precisava se alimentar para que
não morresse.
O plano de Deus era que ele vivesse nesse corpo para passar do nível que tinha
com Deus, para um nível mais profundo.
Esse nível mais profundo exigiria um corpo diferente ou uma realidade diferente.
É exatamente o que vai acontecer conosco quando formos arrebatados, porque
vamos ter uma comunhão mais profunda com Deus, não podemos continuar com este
corpo, na mesma realidade de vida que temos hoje.
O corpo que Deus deu a ao homem no início era terreno e limitado.
Mesmo que não tivesse havido pecado, seu corpo não poderia herdar o reino de
Deus. Não poderia ter comunhão plena com Deus porque era um corpo que estava
destinado única e exclusivamente a esta terra.
Era um corpo frágil em comparação ao que vamos receber.
Vejamos bem:
O homem fora criado à imagem de Deus, sem pecado. Por isso ele é chamado de
filho de Deus.
Mas, antes de pecar, ele já era tentado a pecar. Se ele não tivesse sido tentado a
pecar não poderia ter pecado.
Ser tentado não nos torna pecador. Jesus foi tentado mas não pecou. Ele foi
tentado como nós (Hb 4:15).
Isso quer dizer que Ele foi atraído e engodado pela concupiscência que havia nEle.
Havia em Jesus um desejo carnal semelhante ao que há em nós e, só por isso Ele
pode ser tentado.
Há uma grande semelhança entre Adão e Jesus
Eles foram os únicos que vieram à existência sem a vontade da carne.
Não foi um desejo sexual que os fez vir à vida. Foi a vontade de Deus. Deus quis
que eles existissem. Deus os fez nascer.
Seus espíritos não estavam contaminados com nada. Vieram direto de Deus pela
vontade dEle.
Os dois estavam em comunhão com Deus, ouviam a voz de Deus, conheciam a
Deus e poderiam não pecar.
Adão foi tentado tanto quanto Jesus foi.
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41 - Realidades da Nova Criação
Isso está sendo dito para que entendamos que desde o princípio, o corpo do
homem é um corpo frágil, vulnerável.
Cada vez que ele não pecasse, embora fosse tentado, estaria solidificando seu
amor a Deus e crescendo por causa disso.
Não seria para sempre que ele sofreria a tentação, havia um tempo determinado,
por isso a expressão “limites da sua habitação”. Enquanto isso, estaria buscando a
Deus até chegar ao momento, segundo a vontade de Deus, em que ele não seria
mais tentado.
Chegaria a um nível de crescimento que não precisaria mais passar por esse tipo
de vida.
A PERFEIÇÃO ERA A VONTADE DE DEUS PARA NÓS, MAS PRECISAMOS
ENTENDER SOBRE ISSO
Às vezes não percebemos algumas coisas que estão nas escrituras. Quando a Bíblia
fala de sofrimento para o crente, muita gente imagina uma porção de coisas, menos
o que a Bíblia realmente diz.
Há um tipo de sofrimento que pode produzir crescimento
Rm 8:17 – “... somos herdeiros com Cristo se de fato sofrermos com Ele, para que
com Ele sejamos também glorificados”.
Não se trata de um sofrimento desnecessário, tais como: Misérias, Doenças ou
Situações desmoralizantes.
Qualidades espirituais não se aperfeiçoa desta maneira.
Deus não nos corrige por meio de doenças, pobreza ou de algo ruim que possam
acontecer na vida.
Essas coisas não corrigem o espírito do homem. Pelo contrário, ferem o corpo e a
mente. Produzem depressão a ponto de, às vezes, se perder o desejo de viver, mas
não traz correção.
O que vem de Deus e corrige o homem é: “Toda Escritura inspirada por Deus é útil
para correção, para disciplina, a fim de que o homem de Deus seja perfeito (II Tm
3:16,17)”.
A Palavra de Deus corrige, disciplina e aperfeiçoa.
As pessoas não entendem que Deus deseja aperfeiçoar os homens com a Sua
Palavra, não pela doença, miséria...
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43 - Realidades da Nova Criação
Ele seria, a partir de então, unido com a glória que tinha antes da fundação do
mundo.
Como homem Ele teve que resistir a tentação e orar. Precisou ter comunhão com o
Pai no Espírito Santo pra viver vitoriosamente como viveu.
HAVIA UM PLANO PARA QUE FÔSSEMOS FEITOS DA FORMA QUE SOMOS
Deus sabe muito mais que nós, por isso podemos confiar nEle, embora não
compreendamos tudo de imediato dos Seus planos.
Ele sabe porque nos fez do jeito que fez.
Em Seus planos, o homem cresceria em comunhão com Ele, à medida que resistiria
o que era passageiro. Isso o faria mais forte e íntimo a Deus.
Ele seria mais e mais parecido com Deus. Mas, o Plano é impedido
temporariamente.
Em Gn 3:6 Vemos a mulher desobedecendo a Deus, e incitando o seu marido a
fazer o mesmo.
A Bíblia diz que “vendo a mulher que a árvore era BOA para se comer, AGRADÁVEL
aos olhos e, DESEJÁVEL para dar entendimento...”
O que a atraiu – ou seja – o que a fez inclinar-se para o que Deus não
queria?
“Os desejos do corpo; as coisas mais baixas do seu ser”.
I Jo 2:15-17 – João chama de concupiscência dos olhos, concupiscência da carne e
soberba da vida.
A Bíblia diz:
1. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer: Concupiscência da
carne;
2. Agradável aos olhos: Concupiscência dos olhos;
3. Desejável para dar entendimento: Soberba da vida.
Isso são coisas do mundo.
João diz que a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida são coisas do mundo ou, que há no mundo (não procede do Pai, mas do mundo) I
Jo 2:15-17.
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Ele aconselha: “Não ameis o mundo porque o mundo passa, bem como a sua
concupiscência, aquele porém que faz a vontade de Deus, permanece eternamente”.
Podemos entender por essas palavras, o que aconteceu com Adão: Ele amou as
coisas do mundo.
Seus desejos de comer do fruto, lhe trouxeram ao que é passageiro.
Vimos que Deus estabeleceu limites para o homem habitar a terra, mesmo antes
do pecado.
Limites aqui não podem ser considerados referentes a espaço físico ou geográfico
pois Deus queria que o homem povoasse e enchesse toda a terra. O sentido de
limites, nesse texto, diz respeito a período de tempo como já dantes ficou entendido.
Nesse período, o homem deveria buscar a Deus, mas Ele não o fez. Buscou as
coisas daqui, no começo de tudo. Mas o mundo passa, bem como as sua paixões.
O Plano de Deus para o homem era que este buscasse as coisas eternas.
João diz: “... o que há no mundo...”
Se atentarmos bem, veremos que as coisas que há no mundo são as coisas que o
corpo deseja: carnalidade humana.
Buscar as coisas de Deus é não buscar as coisas da carne.
Se quisermos fazer a vontade de Deus para a nossa vida devemos buscar as coisas
do alto, onde Cristo está assentado, e não satisfazer a vontade da carne buscando as
coisas que são desse mundo.
Jesus não nasceu debaixo da maldição que estava toda a raça humana. Por isso
lhe foi possível crescer em conhecimento e em graça desde pequeno.
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45 - Realidades da Nova Criação
Se Jesus houvesse nascido como todos os homens nascem, ele também teria
morrido como todos os outros homens morrem.
Todas as crianças nascem puras, embora que com todas as tendências
pecaminosas. Elas vêm de Deus, pois são espírito, alma e corpo.
Seus espíritos são puros e perfeitos.
Suas almas estão puras, mas, como estão no mundo, serão influenciadas ou
contaminadas por ele.
Se morressem antes de serem contaminadas, teriam o direito ao céu, mas com a
contaminação virão a pecar e o salário do pecado é a morte.
Jesus disse que o reino dos céus era das crianças. Infelizmente por causa do
pecado que entrou no mundo, todos que entram nele (no caso, as crianças) acabam
se contaminando com ele, embora entrem no mundo puras.
É verdade que o sangue de Jesus não tinha nenhuma contaminação, pois era um
sangue puro,divino e imaculado.
Aquele sangue continha nele o poder da vida de um filho de Deus, ou de Deus,
podemos dizer assim.
Como Jesus não nasceu de uma concepção normal, ou seja, Deus operou o milagre
no ventre de uma virgem, pondo ali a Semente que traria seu filho de volta a Ele,
Este ente querido seria chamado Filho de Deus.
Foi somente por isso, por este sangue conter os elementos divinos da vida de Deus,
que nosso resgate se tornou uma realidade incontestável.
No entanto, por causa do pecado de Adão, todos os seus descendentes herdaram a
sua natureza decaída.
Embora nascessem puras, as crianças já vinham com a mente prejudicada, embora
que incontaminada e seus espíritos já não gozavam integralmente da mesma posição
que lhe fora dada no Éden.
A queda do homem foi tamanha que foi preciso, para que o resgate fosse feito, que
Deus comprometesse sua própria vida, se fazendo homem e vindo como um Filho do
Homem.
Jesus nasceu sob a Lei, mas não sob a maldição da Lei.
Lucas 2:40 Diz que o menino crescia e se fortalecia em espírito cheio de sabedoria.
Lucas 1:8 – E o menino se fortalecia em espírito .
O espírito está com “e” minúsculo.
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Alguns tradutores dizem que, sempre que estiver espírito com “e” maiúsculo, se
refere ao Espírito Santo, e com “e” minúsculo se refere ao espírito humano.
Devemos lembrar, no entanto, que todo o Novo Testamento foi escrito com letras
maiúsculas, isso explica o fato de encontrarmos alguns casos na Bíblia, onde deveria
ser espírito com “e” minúsculo como é o caso de Gl 5:23 quando trata do fruto do
espírito. Nesse caso o “e” deveria ser minúsculo, pois não se trata do fruto do Espírito
Santo e sim do fruto do espírito do homem recriado em Cristo Jesus.
A confusão é feita porque a Palavra grega para “espírito” é pneuma e só se sabe
identificar em alguns casos, quando é acompanhado da Palavra “Santo”, dando a
certeza que se trata de Espírito do Senhor e não do nosso.
O que deve ser feito nesses casos é ter-se várias concordâncias da Bíblia e
traduções bem como examinar o contexto comparando-o com o assunto em
consideração. Nesse texto de Lucas, fica claro que se trata do espírito
humano de Jesus. Isso porque, embora que o Espírito que habitava naquele corpo,
fosse o próprio Espírito de Deus (esvaziado de sua glória Fp 2:7), Ele assumiu uma
forma humana, quando se vestiu de carne (Jo 1:14).
JESUS SE FORTALECIA EM SÍ MESMO ENQUANTO ELE CRESCIA
À medida que o tempo passava, Ele ficava mais forte espiritualmente. Robustecia-
se em Seu próprio espírito. Isso era possível porque Ele estava em comunhão
continua com Deus.
Ele crescia fisicamente, em conhecimento e em Graça diante de Deus e dos
homens.
Todas as crianças crescem em estatura, mas Jesus crescia em algo mais: Sabedoria
e Graça.
Quando ele era criança, Ele não sabia de tudo. Ele foi crescendo e aprendendo as
coisas.
Essa sabedoria não foi recebida da noite pra o dia, mas Ele foi crescendo em
sabedoria.
Sua mãe lhe falava as coisas acerca dele, sobre quem o anjo lhe dissera que ele
seria.
Os homens reconheciam que a cada dia Ele ficava mais sábio, mas Deus também
reconhecia isso: “Diante de Deus e dos homens”.
Ele foi lendo as escrituras e sabendo mais a seu respeito.
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47 - Realidades da Nova Criação
Esse era o plano original de Deus pra toda humanidade: Crescer não somente
fisicamente, mas em sabedoria e em graça, até o ponto que o próprio Jesus alcançou.
Jesus cresceu, cresceu até chegar ao que a Bíblia chama de: “Plenitude de Cristo”.
Essa era a idéia no princípio: Adão cresceria até o ponto que o próprio Cristo
alcançou.
Ele alcançou uma plenitude que serve como referência pra todo aquele que deseja
crescer como Ele.
Jesus nunca teve a experiência de ser homem antes, então como homem Ele teve
que conhecer a experiência de ser tentado e na forma de homem podia resistir, e
assim crescer conhecendo a Deus.
À medida que Ele resistia e se submetia à vontade de Deus, e O buscava, ia
entendendo ao Pai cada vez mais.
Enquanto isso acontecia, Ele se conhecia a Si mesmo.
Em Jo 17:25 Ele disse: “Pai justo, o mundo não Te conheceu, eu porém te conheci”.
Foi obedecendo a Deus e aprendendo cada vez mais, que Ele foi tendo revelação
de quem realmente era.
A mente natural de Jesus foi recebendo revelação.
Isso não se refere necessariamente ao fato dele ter vindo do céu, onde estava
antes e vivia na Sua forma plena de Deus, mas ao fato de haver vivido dentro do
propósito para o qual Deus o havia enviado, cumprido todos os estágios estabelecidos
anteriormente para o homem, vistos em Atos 17:26 e 27.
Em Efésios 4:13 Vemos o desejo de Deus para nós, ao conceder-nos os Dons.
1. Ele Visava o crescimento da Igreja.
2. O aperfeiçoamento dos santos.
3. O sucesso do seu trabalho.
Até que cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de
Deus
Jesus é o Filho de Deus, mas só se tornou filho quando se fez homem.
No princípio, foi o homem Adão que foi chamado Filho de Deus (Lc 3:38).
A essência do homem Jesus, antes de ter corpo era chamada de “Verbo” (Jo 1:1).
Quando Jesus tomou um corpo de carne, ele se tornou Filho, por isso disse: “O Pai é
maior do que eu”.
Foi se tornando homem que Ele se tornou Filho.
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Se Ele não tivesse se revestido de homem, tomando um corpo de carne, Ele não
seria Filho de Deus, Ele seria Deus.
Isso explica o tipo de vida que Ele tinha, pois não podia ser reconhecida como de
um homem comum.
Sua vida humana era diferente, mas a Sua vida era na verdade a vida humana que
nunca deveria ter sido perdida: A de Filho de Deus com natureza de Deus.
O Filho de Deus não morreu “necessariamente” quando foi crucificado. Ele morreu
quando Adão pecou.
Ele morreu, foi sepultado para que o Filho de Deus (o homem), voltasse à vida.
Os discípulos não entendiam isso, mas Ele tinha que morrer para que o Filho de
Deus voltasse à vida. A Vida de Deus.
Ele viveu, morreu e ressuscitou por nossa causa. Para recebermos a vida que nos
fora concedida no princípio.
JESUS SE IDENTIFICA COM OS PECADORES
O batismo de arrependimento pregado por João representava a morte e a vida.
Jesus se submeteu a esse batismo e, após isso, Deus testemunhou acerca dEle:
Este é o meu Filho amado, a Ele ouvi.
O batismo de João, simplesmente representava; a morte e ressurreição;
sepultamento e nova vida.
Jesus era o único referencial que tínhamos (como homem) de filho de Deus.
Quando Jesus saiu das águas estava prefigurando o que aconteceria quando Ele
morresse e ressuscitasse.
Acerca disso, Deus também testemunhou antecipadamente, o que iria dizer a Jesus
quando Ele ressuscitasse: “Este é o meu Filho Amado em que tenho prazer...”, Que
mais tarde seria: “Tu és meu filho; eu hoje te gerei”.
Jesus não podia ser filho de deus no sentido natural, ou carnal.
Isso é assim, porque a Bíblia nos diz que Jesus só foi designado Filho de Deus com
poder quando Ele foi ressuscitado dentre os mortos (Rm 1:3,4).
Somente após ressuscitar foi que Deus disse: “Tu és meu Filho, hoje Eu te gerei”
(Hb 1:5).
Ver Salmo 2:7; At 13:33 e Hb 5:5.
Como o batismo figurava a morte e ressurreição, Deus também deu testemunho do
que seria a verdade de Jesus depois que Ele ressuscitasse.
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49 - Realidades da Nova Criação
A vida do Filho de Deus que Jesus viveu nessa terra é a mesma vida de Filho de
Deus que nós podemos viver.
Agora, a vida de Filho de Deus que Ele tem hoje com corpo de carne e osso ao lado
da direita de Deus, é a vida de Filho de Deus que um dia também nós vamos ter.
Isso é assim porque a vida que Jesus tem hoje como Filho de Deus é diferente da
que Ele tinha quando estava dentro de um corpo como o nosso.
Ele passou para um nível de comunhão muito mais profundo.
Antes de ir de volta ao céu, ou seja, de morrer, Ele disse: Pai, une-me com a glória
que eu tinha contigo antes que tivesse mundo.
Quando Ele ressuscitou Deus o glorificou, mas só que desta vez Ele foi com corpo e
tudo. Com isso Ele nos mostra que nós, como seres humanos estaremos lá com Ele.
O ser humano está à direita de Deus. Quem está lá somos nós. Ele nos representa
como homem.
Por isso, a Bíblia diz que para Ele ser cabeça de todas as coisas, Deus tinha que ter
dado Jesus à Igreja (Ef 1:22).
Ele disse: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra... ide, portanto...”
(Mt28:18). Isso porque agora Ele estava em união com os discípulos e os discípulos
com Ele.
Os discípulos por estarem em união com Ele puderam compreender a identificação
que há entre Jesus e o resto da humanidade.
Era uma compreensão que os ligava de volta a Deus.
Esse conhecimento os libertaria, mas naquele ponto da história eles já estavam
livres. Já estavam em comunhão com Deus.
Eles sabiam que Deus olhava pra Jesus e via eles e ao olhar pra eles, via a Jesus.
Jesus teve dois momentos em Sua humanidade
Quando não sabemos o que se deu na humanidade de Jesus, quanto aos seus dois
aspectos, ou seja, os dois períodos de sua vida referentes a sua identificação conosco
e sua substituição por nós, vamos fazer muita confusão ao nosso próprio respeito,
sobre a nossa realidade nele.
Jesus teve realmente dois momentos em sua vida, e a compreensão deles é o que
fará a maior diferença em nossa própria vida, senão vejamos:
1) No primeiro momento: (que foi o período que compreende o seu nascimento
à sua entrega no Getsêmani).
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2) No segundo momento: (período compreendido entre sua entrega por nós até
a sua crucificação).
• Jesus sabia que não podíamos viver a vida que Deus tinha para nós do jeito
que estávamos;
• Havíamos nos tornados escravos de satanás, por causa da morte espiritual;
• Jesus tinha que pagar o preço da nossa redenção, nos substituindo, a fim de
que pudéssemos voltar pra Deus e Deus voltar pra nós.
• Foi por isso que , no Getsêmani, Ele não orou ao Pai pedindo anjos para
salvá-lo, pois bem sabia que tinha sido pra isso que viera: nos substituir em
nossos pecados, doenças, fracassos, misérias, opressões e maldições para
que pudéssemos desfrutar a vida abundante que Deus tanto desejou que
tivéssemos.
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51 - Realidades da Nova Criação
• Quando Ele nos substituiu, tomou o nosso lugar, por isso, não temos mais
que sofrer as coisas pelas quais Ele sofreu por nós e nos substituiu nelas.
• É por esse motivo que podemos reinar em vida, sabendo que a vida que Ele
viveu é a mesma vida que agora podemos viver, pois foi para isso mesmo
que Ele viveu, morreu e ressuscitou.
• Lembremos que Ele disse que ninguém podia tirar a sua vida, mas Ele
mesmo a daria por nós. E, foi isso que O Senhor fez. Deu Sua vida por mim.
AUTORIDADE DELEGADA
Ele disse: Toda autoridade me foi entregue no céu e na terra. Ide por todo o
mundo...
Ide por todo o mundo, ou toda a terra, foi a ordem que o Senhor nos deixou.
Somente Jesus foi ao céu, onde , hoje nos representa diante do Pai. Portanto, a
parte da autoridade que competia a terra, Jesus entregou aos discípulos, mas, a parte
da autoridade que competia ao céu, Jesus podia dizer: “Pode deixar comigo, pois eu
vou estar lá à direita de Deus”.
Toda autoridade foi dada a Jesus no céu e na terra, mas a parte que compete à
terra Ele a entregou a nós. (Mc 16:15 – 20; Ef 1:22-23).
Temos autoridade nessa terra para expulsar demônios, curar enfermos, pisar
serpentes e escorpiões, libertar vidas do poder do diabo, viver a vida que Ele viveu.
Deus não tem outro Cristo aqui na terra, além daquele que está em mim e em
você.
Somos Cristo aqui na terra. Cristo em nós: Esperança da Glória (Colossenses
1:26,27).
Em João 14:20 Jesus diz: Naquele dia compreenderão que eu estou em meu Pai,
vocês em mim, e eu em vocês.
Em Colossenses 1:26,27 Paulo fala do mistério que esteve oculto dos séculos e
gerações, mas que agora Deus revelou aos seus santos, e Ele diz que o mistério é
Cristo em nós.
PRECISAMOS ENTENDER ESSE: “ELE EM NÓS”
Ele em nós é a mesma coisa que nós nEle. Significa que somos um mesmo espírito
com Ele, porque nos unimos a Ele.
Temos a Sua mesma realidade (I Jo 4:17).
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Aprouve a Deus revelar Seu Filho em mim. Não pra mim, mas em mim (Gl
1:15,16). Deus revelou Seu Filho em mim.
Essa é a melhor revelação que se pode ter de Jesus: Identificá-lo em nós.
Entendemos que Jesus está em Deus, nós estamos nEle e Ele está em nós (João
14:20).
Ele não disse que estaria, mas que já estava.
Deus deseja que cresçamos à estatura de Cristo. Ele mesmo cresceu e foi
aperfeiçoado até que chegou à Sua plenitude.
Jesus é o nosso exemplo, Ele é o nosso referencial.
O que impede o crescimento do homem é a falta do fluir a Palavra de Deus no
coração dele por causa do pecado.
Essa é a razão da morte dos homens, pois a vida de Deus em nós está na sua
Palavra.
Romanos 7:9-11 diz como acontece a morte
Paulo diz que outrora, sem Lei, ele vivia. Ele falou isso após a sua conversão.
Isso se refere ao período antes de ter conhecido a Lei, o que pode ser considerado
o período da sua infância, quando não podia aprender nada com nada.
Ele era hebreu, e veio a conhecer a Lei, mas houve um período que ele não a
conhecia e foi referente a este tempo que falou que vivia, quando ainda era criança.
Não é reencarnação, mas na sua infância, quando não tinha recebido os preceitos
da
Lei. Mas sobrevindo os preceitos da Lei, reviveu o pecado e ele morreu.
Ele percebeu que esses preceitos que lhe fora dado para a vida, se lhe tornou para
morte, porque o pecado se prevaleceu do mandamento que lhe era para a vida e lhe
matou.
O pecado matou Paulo, mas onde estava este pecado?
Paulo não conhecia o que era pecar quando era criança. Nenhuma criança o sabe.
É quando se lhe diz: Não faça isso ou aquilo outro pois é errado, que ela começa a
identificar o desejo que está na sua carne.
O pecado que está na carne é despertado e, por causa da Lei que foi dada para
não pecar, acontece do pecado enganar a pessoa e a matar.
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53 - Realidades da Nova Criação
Quando ele passou a ter consciência de certo e errado, o pecado veio a luz, e alei que
era para corrigi-lo para a vida, acabou se lhe tornando um ministro de condenação e
morte, pois a Lei dizia: a alma que pecar, essa morrerá.
A Lei fora dada para que o homem reconhecesse a necessidade de um salvador.
Ela não podia purificar nem aperfeiçoar a ninguém.
O escritor aos hebreus diz que se a Lei tivesse poder para purificar, não precisaria
mais de outros sacrifícios (Hb 10).
Não foi para purificar, mas para mostrar que o homem precisava de purificação,
pois ela veio para avultar, ou dar forma ao pecado. Sem a lei não saberíamos o que
era pecado (Rm 7:7).
Onde está o pecado? (Rm 7: 17 e 18)
Paulo diz que o pecado habita na carne.
Esse corpo não pode herdar a incorrupção porque é frágil, por habitar nele o
pecado.
No mundo há a concupiscência dos olhos, da carne e soberba da vida que são
pensamentos conseqüentes de sentimentos carnais.
Corpo e carne são a mesma coisa.
Ver Rm 8:13: Se vivermos segundo à “carne” caminharemos para a morte, mas,
se pelo Espírito, mortificarmos os feitos do “corpo”, certamente viveremos.
Há quem pense que o corpo é a parte física que vemos, ao passo que a carne se
refere a uma parte não restaurada da nossa alma.
A Bíblia porém mostra que os pensamentos ou alma são a mesma coisa, enquanto
que o corpo é outra coisa.
Existe a vontade da carne e a vontade dos pensamentos.
A Bíblia diz que outrora estávamos mortos em delitos e pecados fazendo a vontade
da carne e dos pensamentos.
Carne é corpo e pensamento é alma (Ef 2:3).
Paulo diz que já não somos devedores à carne para andarmos segundo ela (Rm
8:12).
Paulo morreu porque não sabia mortificar a carne quando criança. O pecado o
enganou e matou-lhe espiritualmente.
A morte espiritual produz a morte física.
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Jesus entrou no mundo para eliminar a morte mais séria que assola a humanidade
que é a morte espiritual.
Um só ato de justiça de Jesus me colocou junto a Deus. Alcançamos a justiça que
nos dá vida sem as obras da lei (Rm 3:21).
Nós já passamos da morte para vida porque amamos. (I Jo 3:14).
Já temos a Vida de Deus em nosso espírito, mas embora tenhamos a vida
espiritual, em I Co 15 Paulo diz que a morte física ainda há de ser destruída. É o
último inimigo que falta ser destruído (I Co15:25,26).
A morte espiritual já foi destruída, por isso a Bíblia diz que já passamos da morte
para vida (I Jo 3:14).
A salvação envolve os três tempos da vida do homem: passado, presente e futuro.
Meu espírito já foi salvo (passado).
Minha alma tem que ser restaurada diariamente (presente).
Meu corpo será transformado (futuro).
Quanto à alma, é bom saber que ela precisa ser renovada todos os dias, porque
ainda que cheguemos à sua perfeição plena, ela ainda assim poderá ser contaminada
com as coisas do mundo se eu não guardá-la na Palavra de Deus.
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55 - Realidades da Nova Criação
O nosso espírito, que hoje habita o nosso corpo, e, é a habitação do Espírito Santo,
manifestará a realidade de vida que há em nós por meio da ressurreição dos nossos
corpos, quando, na carne, também seremos redimidos para sermos recebidos como
filhos de Deus (Rm 8:23). E foi nessa esperança que fomos salvos (Rm 8:24).
O pecado e a morte não terão mais vez no homem porque o corpo mudou. Todavia,
antes da mudança devemos dar Graças a Deus que nos traz a vitória por meio de
Jesus (I Co 15:57).
O BATISMO DE JOÃO: UM PRENÚNCIO DA NOVA VIDA
Em Mt 3:1- 6 – Vemos João Batista pregando no deserto da Judéia, dizendo:
Arrependei-vos.
Sua pregação consistia de: Arrependei-vos porque está próximo o Reino dos céus.
Em Marcos, João prega sobre o batismo de arrependimento.
João é a voz do que clama no deserto, profetizado por Isaías.
O povo estava sendo inspirado por João a se arrepender; a se preparar para o reino
que estava próximo a acontecer.
Sua pregação era introdutória. Estava preparando o povo para receber Aquele que
depois haveria de vir: Jesus.
Jesus iria trazer o Reino de Deus para o homem. Ia fazer com que os homens
voltassem a ter comunhão com Deus. Também ia fazer com que Deus mesmo
estivesse dentro do homem. Faria com que o Poder de Deus se estendesse por todos
os confins da terra através da pessoa humana.
João Batista estava avisando que Aquele que traria o Reino estava muito breve,
quase se manifestando.
João pregava batismo de arrependimento e as pessoas vinham a ele confessando
os seus pecado.
Era um batismo de arrependimento, e o intrigante é que Jesus foi batizado nesse
batismo também, antes de começar o seu ministério.
A pregação de João antes de batizar era: Arrependei-vos, e os que vinham a ele,
confessavam os seus pecados.
Jesus se aproxima daquele que pregava sobre o arrependimento (ver vv.13-17).
João tenta dissuadir Jesus a não ser batizado por ele, pois João sabia que Ele era o
que batizava com o Espírito Santo, e João se via carente de ir ter com Ele, e não Jesus
a João, (vv.14 e 11).
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João Batista tinha uma certa revelação do que havia vindo fazer, do que Jesus veio
realizar e sobre o que aconteceria depois e, consciente disso, falou: Eu é que preciso
ir a Ti e vens a mim?
João não entendia todas as coisas. Ele sabia o valor de Jesus para o mundo mas
não entendeu aquilo que o Senhor estava fazendo, pois o seu batismo era para
pecadores.
Este sentido que ele não entendia encontra-se no v.15 na resposta de Jesus, que
lhe disse: “Deixa por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a Justiça".
Nos convém... Isso implica dizer que é necessário para que a justiça fosse
cumprida.
Que justiça seria essa? Ora a justiça de Deus, da qual seriam fartos todos aqueles
que dela tivessem sede.
Justiça essa que revela ao homem a capacidade de vivermos o tipo de vida que
Deus tem para nós.
A mesma justiça que exigia o preço de redenção pago por Jesus, levando-o
primeiramente a submeter-se em identificar-se conosco, a partir do seu batismo,
como um batismo para arrependimento de pecados, do qual todos os homens se
tornaram carentes por haverem perdido a glória de Deus.
O versículo 16 diz que ao sair da água os céus se-lhe abriram. Jesus viu o Espírito
Santo vindo em sua direção em forma de pomba e ouviu a voz de Deus dizer: “Este é
o meu Filho amado em quem muito me comprazo”.
Esse batismo era figura da Nova Vida.
Jesus se permitiu batizar como um homem qualquer. Vemos nesse ato, a figura do
novo nascimento.
Todos que iam a João, faziam isso por causa da mensagem de arrependimento, e
confessavam seus pecados.
Jesus não tinha pecados para confessar, mas na cabeça dos que o viam fazendo
isso, passava a idéia de que Jesus também o estava fazendo como eles.
Jesus se “identificou” com a necessidade de se arrepender que os homens tinham,
para que entendessem que, quando se arrependessem como, supostamente, Jesus
tinha se arrependido, tivessem a mesma vida que Jesus passaria a ter a partir deste
momento.
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57 - Realidades da Nova Criação
Jesus se identificou com a necessidade deles para que eles se identificassem com a
nova vida que veriam em Jesus a parti de então.
Foi a partir daí que Ele começou a fazer todas as obras maravilhosas. Apesar de
sabermos que sua vida, antes do batismo, era diferente da nossa. Isso porque, em
primeiro lugar Ele foi divino e depois humano.
É verdade que nós temos algo de divino em nós também, mas primeiramente nós
fomos feitos humanos, e depois divinos.
A MENSAGEM QUE O BATISMO ENCERRA
Havia uma mensagem nesse batismo, e essa era a que todos os homens deveriam
viver a mesma vida que Jesus passou a viver, depois que passou pelo batismo do
arrependimento.
Tudo começou aqui neste ato de Jesus.
O que poderíamos perceber é que, depois de nos arrependermos, os céus se abrem
para nós também.
A partir disso é como se Deus dissesse pra Jesus: “Eis agora, o meu Filho amado
em quem tenho prazer”.
A mensagem de Jesus começa aqui, neste início da Sua vida pública.
Ver Marcos 1:1,2,4. – Princípio do evangelho de Jesus Cristo.
• v.1 – Princípio do Evangelho de Jesus.
• v.2 – Como está escrito.
• v.3 – Apareceu João Batista.
Podemos ver nestas três frases iniciais desses três versículos que o princípio do
evangelho de Jesus Cristo se deu com a pregação de João Batista.
Esse aparecimento de João já fora predito por Isaías (Is 40:3; Ml 3:1).
AQUI COMEÇA O INÍCIO DA MENSAGEM DE DEUS PARA O HOMEM, A
RESPEITO DO HOMEM
É o início da Boa Notícia Divina. O evangelho é uma novidade de vida, vinda de Deus.
Em Mt 4:1 diz: A seguir Jesus foi levado pelo Espírito para ser tentado pelo diabo.
Isto nos mostra que era realmente o começo de tudo. O começo dessas novidades.
Jesus acabara de passar pelo batismo de arrependimento dando um testemunho
aos homens. Depois que os homens se arrependessem, a mesma vida que Jesus
viveria seria vivida por eles também.
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É interessante notar que logo ao ser batizado o Espírito Santo o conduz ao deserto
para ser tentado. É possível que alguém pense que Deus e o diabo estivessem
trabalhando juntos com o mesmo fim e, como Deus é bom e não poderia fazer o mal,
Ele faria um ministro para fazer o mal no lugar dele, que é o diabo. Deus entraria
em cena apenas fazendo o bem, ou desfazendo o mal que o ministro que Ele criou
para fazê-lo, havia feito.
Deus não criou o mal, porque o mal não é uma criação, mas uma aberração do que
Deus criou.
Deus fez Lúcifer e a palavra Lúcifer quer dizer: Aquele que carrega luz, ou portador
de luz.
Deus fez um ser que tinha em si algo que era de Deus, algo divino. Mas ao pensar
que poderia viver à parte da vida de Deus; existir independente de Deus ou viver por
ele mesmo, isso foi considerado por Deus como uma coisa má.
Não existia o mal nem o pecado. Antes de Lúcifer pecar não existia o mal.
Quando Lúcifer pensou em existir por si mesmo sem dar satisfação a ninguém, ser
como Deus, Deus abriu um espaço no universo com um conceito de uma palavra que
acabara de surgir: mal, pecado, adversário.
Não existia o mal nem o pecado, mas no momento que isso ocorreu no coração de
Lúcifer, Deus conceituou aquele sentimento como sendo o que hoje nós chamamos
de pecado.
O diabo não foi criado por Deus.
O mal é uma perversão daquilo que Deus criou, por isso Deus e o diabo não
poderiam trabalhar juntos.
Mesmo após isso ter acontecido, Deus decide criar o homem, que foi a maior
criação de Deus.
O homem foi a coroa da criação de Deus, que o colocara na terra, mas o mal já
estava presente. Ele já existia.
O plano de Deus era que o homem crescesse resistindo o mal que lhe tentava em
todos os momentos. Ele iria robustecer o seu caráter e espírito, se fortalecendo mais
e mais, à medida que resistia às investidas do diabo.
Ele amadureceria se tornando mais semelhantes a Deus. Nós sabemos o que
aconteceu em Gênesis 3. O homem cedeu à tentação e não conseguiu se fortalecer
em Deus e crescer em sua semelhança.
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Ao vê-lo resistindo a tentação e sofrer por causa disso, nós seriamos inspirados a
seguí-lo para a vida de plena comunhão com Deus.
Inspirados por Deus pela vida de Jesus desejaríamos viver como Ele viveu.
Romanos 8:17 diz: “... se com Ele sofremos, com Ele também seremos
glorificados”.
Comparemos Hebreus 2:10 com Romanos 8:17.
Jesus sofria para que Deus, por meio disso, nos conduzisse à glória.
Agora a Bíblia diz que: “se com Ele sofremos, com Ele também seremos
glorificados”.
Há um sofrimento bíblico, embora nem todo o tipo de sofrimento o seja.
Foi por isso que Jesus disse: Eu desci do céu não para fazer a minha vontade (Ver
João 6:38).
Ele desceu para fazer a vontade do Pai. Ele faria o que Deus queria, e isso não é
fácil.
Seu objetivo maior era a vontade do Pai, e não permitiria que sua vontade
prevalecesse quando esta atrapalhasse o que Deus queria.
Isso é para nos ensinar como fazer a vontade de Deus.
Sofremos, mas será produzida em nós maturidade.
Não teremos as coisas desta vida em alta estima. O mais valoroso pra nós será
fazer a vontade de Deus, porquanto as coisas desta vida têm valores transitórios.
A vontade, ou, as concupiscência do mundo passa, mas quem faz a vontade de
Deus permanece para sempre.
Isso exige um desapego aos valores, que estamos acostumados a conviver.
Coisas que a sociedade, e até mesmo dentro da Igreja, são valorizadas. Mas quanto
mais nos aproximamos da Palavra de Deus, mais percebemos que é notório, que
nada trouxemos pra este mundo, e nada podemos levar dele.
Jesus foi aperfeiçoado pelo que sofreu e, embora não entendamos isso, não deixa
de ser verdade.
Esses sofrimentos são os mesmos que estão disponíveis a nós, pelos quais também
seremos aperfeiçoados.
Paulo diz que sofreu a perda de tudo para que pudesse ganhar a Cristo.
Sofremos mas amadurecemos.
Paulo sofria a perda: renúncia.
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Ele fazia isso para ganhar a Cristo. Fazia isso para que pudesse conhecê-lo melhor.
Conhecer o Poder da sua ressurreição e ter comunhão com Ele nos Seus
sofrimentos.
Conformando-me com Ele na Sua morte, foi o que Paulo disse.
É por isso que Paulo dizia que trazia no seu corpo o “morrer” de Jesus, para que
também o “viver” de Jesus se manifestasse em sua carne mortal.
Bem aventurado o homem que sofre a tentação.
Jesus sofreu como nós (Hb 4:15). E sabemos como Ele foi tentado, já que foi
tentado como nós (Tg 1:14).
É quando a concupiscência é concebida, que ela dá luz ao pecado.
Jesus não deixou que a concupiscência em Sua carne fosse além do que Deus
queria que Jesus estabelecesse pra ela, por isso o pecado não veio à luz nEle.
Não é pecado algo que nos levaria a pecar, pois pensamentos vêem e vão sobre a
nossa cabeça.
Se tal pensamento não for recebido ele não gera pecado.
Um pensamento não confessado ou praticado morre antes de nascer.
Não podemos impedir que os pássaros voem sobre a nossa cabeça, mas podemos
impedir que façam ninhos sobre ela (Martinho Lutero).
Da mesma forma, não podemos impedir os pensamentos de virem, mas podemos
impedi-los de se aninhar em nós.
Jesus foi tentado como nós mas não pecou.
Foi atraído pela sua própria concupiscência que havia nEle, como homem.
Havia semelhança entre a humanidade de Jesus e a nossa, se não fosse assim não
poderíamos crer que tínhamos condições de ser homem como Ele foi.
Seria injustiça haver uma ordem para que os que estão em Cristo andasse como
Ele andou, se na verdade não fossemos semelhantes em nossa humanidade.
Mas é porque Jesus era como nós que a Bíblia diz pra sermos como Ele.
Romanos 8:3 diz que Deus enviou o Seu filho em semelhança de carne pecaminosa
e no tocante ao pecado.
A mesma relação que a nossa carne tem para com o pecado, assim tinha a carne
de Jesus.
Deus condenou o pecado na carne. Ele revelou a vitória sobre o pecado, e o
destruiu na cruz, por meio da vida e morte de Jesus.
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O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Agora Deus precisa se fazer
homem, ou seja, sua própria imagem, para poder ser a imagem exata das coisas que
deveriam ser aperfeiçoadas.
Jesus recebe um corpo de carne semelhante aos homens
Se Jesus tivesse um corpo igual ao dos homens que precisavam ser aperfeiçoados,
Ele teria a imagem exata das coisas, e isso falaria claramente ao coração do homem.
Nós ouvimos o que aconteceu com Ele e sabemos que Ele é o nosso exemplo. Nós
fomos santificados mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo (Hb 10:10).
Ao se oferecer, estávamos nele, pois a sua vida, era na verdade, a nossa
verdadeira vida.
Jesus tinha um corpo como o nosso, atraído pelas coisas do mundo. Ele era homem.
Para saber como era o corpo de Jesus, precisamos ver como é o nosso corpo. E,
quanto a isso, nós sabemos que a tendência da carne dá para a morte (Rm 8:6).
A carne de Jesus também tinha essa tendência, por isso Ele teve que renunciá-la.
Ver vv. 7 a 10 de Romanos 8
Até as pessoas que tem Jesus Cristo não estão isentas da realidade do corpo, que
está morto por causa do pecado.
A inclinação desse corpo sempre conduz para a morte.
A carne não é sujeita a Lei de Deus e nem pode ser... (v.7).
Por mais que Deus tenha criado o corpo, e o alimento para o corpo, Deus destruirá
tanto um como o outro.
Não existe salvação para o corpo, senão o de ser transformado ou revestido pela
imortalidade.
Este corpo não tem condições de herdar a vida eterna.
Rm 8:10 diz que mesmo que Cristo esteja em nós, o corpo está morto por causa do
pecado.
Ele fala: Corpo - Morto- Pecado.
Logo após Ele diz: Mas o espírito é vida, por causa da justiça.
Corpo – Morte Pecado/ Espírito – Vida e Justiça.
Três palavras chaves contrárias uma a outra.
Corpo e Espírito.
Morte e Vida.
Pecado e Justiça.
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Há uma verdade que esse texto nos fala, que não podemos deixar de atentar para
ela.
Ele os traria para o seu tipo de vida. Os homens se uniriam a Ele em sua vida.
Ele estava dizendo que quando fosse colocado na cruz, todo o homem se
identificaria com Ele.
Por Ele estar nos substituindo, nós estaríamos nEle, ao ser crucificado fazendo-se
maldição por nós.
Ele traria todos os homens: judeus e gentios a si.
Isto, dizia Ele, significando que tipo de morte estava para morrer (v.33).
Os judeus então disseram: Temos ouvido da Lei que o Cristo permanece para
sempre, como dizes tu ser necessário que o Filho de Homem seja levantado.
Quem é esse Filho do homem? (pensávamos que fosse Tu...).
Eles ficaram perdidos por não entenderem porque era necessário que Jesus fosse
crucificado.
Já paramos pra pensar também sobre isso?
Seus discípulos não entendiam sobre essa necessidade: Ele ser crucificado.
Já paramos para considerar, que era necessário Ele ser crucificado?
Porque quando Ele fala sobre ser levantado se refere à crucificação.
Ver v. 32 – Porque quando eu for levantado da terra (crucificado) atrairei todos a
mim.
A mesma coisa Ele disse a Nicodemos em João 3:14: Do modo que Moisés levantou
a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado.
Assim importa ou, é necessário que do mesmo modo que Moisés colocou a
serpente no madeiro, o Filho do homem seja levantado (Jo 3:14).
Esse fato ocorreu quando o povo estava morrendo com mordedura de serpentes
(Nm 21).
Antes disso Deus já havia falado que, quem fosse colocado no madeiro seria
considerado como maldito (Dt 21:23; Gl 3:13).
Deus ordenou que se fizesse uma imagem de serpente e que a colocassem
pendurada num madeiro.
Teríamos ai representado a maldição sobre ela.
Todos os homens que foram picados, ao olhar para a serpente amaldiçoada, teriam
fé na sua cura.
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Foi na carne de Jesus que Deus aboliu a Lei dos mandamentos na forma de
ordenação, para que criasse dos dois povos um novo homem (v. 15), pra que
reconciliasse todos os seres humanos, por meio da mensagem da cruz (Ef 2:16).
A CRUZ TEM UMA MENSAGEM
Para que reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz. –
Destruindo, pela mensagem da cruz, a inimizade (Ef 2:16).
Não foi Paulo que foi crucificado em nosso favor (I Co 1:13), foi Jesus.
A cruz de Jesus foi a maneira de Deus nos favorecer. Ele foi crucificado por nossa
causa.
A mensagem da cruz é o poder de Deus para os que se salvam (v18).
Sabemos que foi por meio da mensagem da cruz que a inimizade foi desfeita,
mas o que ela diz?
A mensagem da cruz é que só se chega a Deus se fizer com o corpo o que deve
ser feito com ele, e não importa quem você é.
Não importa se você é judeu ou gentio. Colocar a carne no devido lugar é o que
deve ser feito.
Todos têm a mesma natureza terrena. Até Jesus mostrou que tinha também essa
natureza, por isso Ele se deixou colocar na cruz.
Se o Filho de Deus se deixou crucificar, podemos entender que não há ninguém
melhor que ninguém.
Por meio da cruz, Ele juntou todos em um mesmo corpo.
As pessoas não entendiam isso: O Filho de Deus se tornar maldito.
Ser crucificado era uma vergonha.
Paulo dizia que o Filho de Deus crucificado para os judeus era um escândalo.
Para os gregos o filho dos deuses crucificado era uma loucura.
Eles não entendiam que Jesus era o Filho de Deus, mas compreendiam que se Jesus
era o Filho de Deus, seria loucura que Ele se colocasse em um lugar de maldição.
Mas a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria dos homens... E aprouve a
Deus salvar os homens pela loucura da pregação.
Jesus se deixou ir para cruz (Gl 3:13)
Ele se fez maldição por nós, se deixando colocar na cruz.
Ele só ia para a cruz se quisesse, pois poderia pedir anjos para salvá-lo, Ele disse
isso a Pedro quando foi preso.
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Há algo de comum nessas três referências : Ele morreu por ter sido pendurado
num madeiro.
Na primeira passagem temos:"...vós o mataste crucificando-o ...”
Na segunda:“a quem vós mataste pendurando-o num madeiro”.
Na última passagem diz: “... ao qual também tiraram a vida, pendurando-o num
madeiro.”
Jesus veio para morrer em nosso lugar. A nossa morte deveria está sobre Ele.
Ele morreria a nossa morte para que vivêssemos à Sua vida.
Era, entretanto, algo, a nosso ver, impossível, pois a Bíblia dizia que somente a
alma de quem pecar haveria de morrer (Ez 18:4).
Pelo que sabemos e cremos, Jesus Cristo nunca pecou, como pois morreria para
que tivéssemos o benefício da Sua vida?
Ele não poderia morrer a nossa morte já que não pecou.
Ele conseguiu morrer porque foi pendurado na cruz.
As três passagens que frisamos acima, mostram que Ele morreu porque foi
pendurado num madeiro.
As três passagens nos mostram formas diferentes de falar a mesma coisa, mas
todas comprovam que Jesus morreu após ter sido colocado na cruz.
Quando foi crucificado, as pessoas conseguiram matá-lo.
Jesus se deixou colocar na cruz para que pudesse morrer.
Deus dissera: “Todo aquele que for pendurado no madeiro será maldito”.
Isso implica tanto o fato de que é pendurado porque é maldito como também por
haver sido pendurado, só que Ele não era maldito, mas se fez por nós (Gl 3:13).
Jesus se deixou colocar no lugar onde Deus houvera dito que quem fosse colocado
ali, seria maldito.
Ao permitir isso Jesus se fez maldição em nosso favor, em nosso lugar.
Foi a partir daí, que a vida de Deus não comungava mais em Jesus.
Ele perdeu a Vida de Deus no momento em que se fez maldição.
É necessário entender que morte espiritual significa perder a Vida de Deus.
Quando Ele se fez maldição, a Vida de Deus se ausentou dele, e por isso mesmo
Ele clamou: “Deus meu, Deus meu, porque me deixastes”.
Ele morreu a nossa morte, mas muitos não sabem que morte é essa.
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73 - Realidades da Nova Criação
Devemos atentar para o fato de que, mesmo muitas pessoas estando vivas, estão
mortas dentro de si.
A declaração de Jesus ao homem que queria seguí-lo após sepultar os seus pais, é
uma prova que justifica o fato de que mesmo estando vivo é possível estar morto.
Jesus disse àquele homem: “Deixa os mortos sepultarem os seus mortos”.
Estão mortos porque não tem a vida de Deus.
Ter vida não é simplesmente existir, pois após morrer não deixaria de existir. Ter
vida é ter a vida de Deus.
Morrer espiritualmente é perder a vida de Deus.
Quando Jesus foi colocado na cruz Ele morreu a nossa morte.
A morte que Ele morreu por nós foi a morte espiritual.
A primeira morte que o homem morreu foi a morte espiritual.
Quando Deus perguntou a Adão: Onde estás? – Na verdade Deus percebera, e
estava lhe dizendo que ele perdeu o seu lugar de comunhão e de vida com Deus.
Não é que Deus não soubesse onde encontrá-lo fisicamente. Simplesmente o
buscava em sua verdadeira posição espiritual.
As árvores do jardim não podiam escondê-lo mas, certamente o pecado o levaria
para longe de Deus, e foi o que aconteceu.
A morte espiritual ocasionou a morte física.
Se o homem não tivesse perdido a vida de Deus após pecar, o seu espírito cheio de
vida daria força ao corpo e ele não se deterioraria.
Foi por perder a vida de Deus em seu coração, que o corpo passou a morrer.
Primeiro veio a morte espiritual, depois a morte física.
Da mesma forma Jesus foi posto no madeiro, se fazendo maldição, e, por se fazer
maldição, morreu espiritualmente e sofreu a morte física.
Ele teve que morrer fisicamente para poder ter que ir ao inferno, sofrer a pena por
nós.
JESUS FOI O PRIMEIRO HOMEM QUE FOI AO CÉU, MAS TAMBÉM O PRIMEIRO
QUE DESCEU AO INFERNO
EF 4:8,10; RM 10:6,7
Ele sofreu a morte que competia ao homem. O castigo que nos traz a paz estava
sobre Ele.
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Na cruz obtivemos completa redenção, por Ele se haver feito maldição em nosso
lugar, se deixando ir para lá.
Ele agora, por ter se deixado ir à cruz, e porque se fez maldição, morreu
espiritualmente. Desta feita, teria que sofrer a pena, ou o castigo de haver se tornado
maldição, e morrido espiritualmente em nosso lugar.
Nós ficamos livres na cruz, mas Ele ainda tinha um percurso a fazer, o qual
seríamos nós que faríamos este percurso, caso Ele não tivesse aceitado nos
substituir.
A grande diferença é que nós morreríamos eternamente porque já éramos malditos
por estarmos mortos espiritualmente.
Isso significa que o nosso banimento eterno não teria retorno – todavia nEle não
havia falta nenhuma.
A nossa morte espiritual merecia, primeiramente um castigo espiritual.
A nossa morte física não resolveria o problema pois, com a ausência da vida de
Deus, isso aconteceria de qualquer maneira e, como o pecado fez perder a vida de
Deus, o corpo não tinha mais o seu principal elemento sustentador, e o espírito que
não tinha mais comunhão com Deus, seria banido para sempre da sua presença.
Havia um castigo, mas ele foi colocado sobre Jesus.
Isso nos faz entender que Ele morreu a morte espiritual. Ele perdeu a vida de Deus
e foi para o inferno sofrer a penalidade.
Não sabemos exatamente em níveis eternos, o tempo que o Senhor passou, haja
vista na eternidade não haver tempo que possa ser cronometrado.
Ele passou o tempo necessário que a justiça clamava sobre o homem, mas Deus O
ressuscitou, trazendo-lhe à vida.
O seu corpo estava na sepultura. O seu espírito estava na região dos mortos. E o
seu sangue, ao pé da cruz e clamava justiça, por Ele e por nós.
Em nenhuma passagem da Bíblia encontramos que Jesus tenha se auto-
ressuscitado.
Ele foi ressuscitado dentre os mortos.
Jesus não podia se auto-ressuscitar, assim como uma pessoa que está morta em
delitos e pecados não pode nascer de novo por si só.
Foi grande o risco ao qual Jesus se submeteu, ao se deixar ir à cruz em nosso lugar.
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75 - Realidades da Nova Criação
Vemos nisso o quanto precisávamos, porque foi enorme o nosso pecado e como foi
grande o amor de Deus, ao se deixar submeter a tão alto preço por nós.
Por não poder se auto-ressuscitar é que, em todos os lugares que a Bíblia fala da
sua ressurreição, diz que foi Deus que o fez.
Foi por estar consciente da sua impossibilidade de voltar à vida por si mesmo, que
Ele disse: “Pai entrego o meu espírito nas tuas mãos”.
Ele sabia que só Deus poderia traze-lo de volta, por isso confiou a Deus a
responsabilidade de ressuscitá-lo dos mortos.
Quando Jesus disse que ninguém podia tirar a sua vida, mas Ele mesmo a dava e a
tomava de volta; estava dizendo que Deus havia lhe dada autoridade de, pela fé,
ressuscitar dentre os mortos.
Nós também fomos ressuscitados com Cristo.
Em Cl 2:12 fala que isso aconteceu mediante a fé no poder de Deus.
Não se trata da ressurreição física porque não morremos fisicamente.
Do mesmo modo que antes do Senhor ressuscitar fisicamente, Ele recebeu a vida
de Deus no seu espírito.
Com Ele nós fomos sepultados, no qual fomos também ressuscitados pela fé no
poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.
Antes de morrer Jesus creu que Deus o ressuscitaria.
Sua fé lhe trouxe à vida.
Em Efésios 1, na oração de Paulo, ele expressa o desejo que tinha em que
entendêssemos o poder que estava disponível a nós.
Ele falou que esse poder disponível a nós, foi o mesmo que ressuscitou a Jesus,
mas só opera sobre os que crêem.
Vejamos Ef 1:19 – Ele fala da suprema grandeza do poder que opera em nós os que
cremos.
O Espírito Santo garante que este mesmo poder opera em nós os que cremos.
Se este poder só opera sobre os que crêem, então Jesus também cria para que se
operasse sobre Ele.
É necessário que não haja nenhuma dúvida quanto à morte espiritual de Jesus em
nosso favor.
Vejamos Atos 2:22
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Atos 26:22 a 23
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Paulo dizia: O que eu falo no meu testemunho é somente aquilo que os profetas e
Moisés disseram que tinha de acontecer, isto é, que o Cristo devia morrer.
O resto do versículo diz que tipo de morte Ele tinha que morrer: “E depois de ter
morrido, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos anunciaria a luz ao povo e aos
gentios”.
Os profetas falaram da morte de Jesus, mas a que tipo de morte se referiram?
Há uma pista na expressão: “... o primeiro a ressuscitar dos mortos”.
A Bíblia diz de uma ressurreição que Jesus foi o primeiro a experimentar.
Não podia ser a ressurreição física, porque o Senhor Jesus no seu ministério
ressuscitou a varias pessoas, então Ele não seria o primeiro nesse aspecto.
Pode ser que se pense que foi o primeiro no tipo de ressurreição que Ele teve em
um corpo glorificado, mas se assim fosse, como justificaria o fato de havermos sido
ressuscitados com Ele se ainda não fomos glorificados, – e ainda assim, sustentar que
Ele é o primogênito dentre os mortos?
Ele não pode ser o primeiro da ressurreição dentre os mortos fisicamente, porque
houve outros antes dEle.
Ele foi o primeiro a ressuscitar espiritualmente, por isso justifica-se o fato de uma
morte espiritual.
O que Paulo dizia em seu testemunho era o que os profetas diziam: “Cristo deveria
morrer espiritualmente”.
Ele experimentaria o nosso mesmo tipo de morte ao se fazer maldito, e partiria
para pagar a penalidade desse fato em nosso lugar.
Ao ser o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, Jesus anunciaria essa luz, “A
verdadeira vida”, ao povo e aos gentios.
A Palavra diz que Ele anunciaria a luz depois que ressuscitasse. Já pensamos sobre
esse fato?
Vejamos At 3:26 – Pedro diz: “Tendo Deus ressuscitado ao seu servo, enviou
primeiramente a vós outros para vos abençoar no sentido em que cada um se aparte
das suas perversidade”.
O que podemos perceber é que Deus enviou Jesus para abençoar o povo só depois
que Ele ressuscitou.
Esse tipo de bênção era diferente da que Ele dispensou antes da sua morte.
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Jesus percebeu que Nicodemos não entendeu nada, mesmo que utilizasse coisas
naturais para exemplificar.
Ele via que Nicodemos estava longe de entender, mesmo que falando em
linguagem figurada, que diriam se Jesus revelasse as coisas como elas são (Jo 3:12).
No v.13 Jesus acrescenta: Ninguém subiu ao céu, senão quem de lá desceu, isto é,
o Filho do homem que está no céu, e do modo porque Moisés levantou a serpente no
deserto importa que o Filho do homem seja levantado, para que todos sejam atraídos
a mim (Jo 3:13-15).
Jesus falava do nascimento espiritual do homem, ou de onde Ele havia vindo e para
onde devia ir.
Falava sobre a eternidade de Deus dentro do homem.
Falava que o homem estava numa situação que não sabia como se livrar da
maldição e do pecado.
Jesus estava dizendo que, se Ele que era um exemplo pra todos, sabia de onde
tinha vindo e pra onde ia, se Ele se deixasse colocar na cruz, todos entenderiam que
a cruz era o começo da vida, isso porque seria a morte para o corpo.
O espírito e a carne são opostos entre si. Se a carne tem vez, o espírito perde a sua
participação, mas se o espírito está ativo, a carne fica inoperante.
É por isso que a liberdade da carne é escravidão para o espírito, mas a liberdade do
espírito é escravidão para carne. Os que querem ser do Senhor devem crucificar a
carne com suas paixões e concupiscências. Foi por causa disso que Ele disse: “É
necessário que o Filho do homem seja levantado”. Desta forma entenderíamos que
Jesus considera a carne maldita e, assim, o Filho do homem voltaria à sua posição.
É necessário lembrar de onde caiu
É como se fosse dito isso para Adão ou pra você”.
Ninguém subiu ao céu senão aquele que de lá desceu: O Filho do homem.
Jesus disse: Se você não nascer da água e do Espírito não poderá ver o Reino de
Deus.
Ele estava falando pra Nicodemos, algo que ele agora ia entender. Foi o começo da
história.
Ele falou de água. A água do batismo de João que representava a morte e o
arrependimento.
As pessoas se arrependiam por meio da pregação da Palavra de Deus.
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Essa água que Jesus falou representa a Palavra de Deus que traz as pessoas ao
arrependimento.
As pessoas precisavam entender que a mensagem do evangelho começou no
batismo que João pregou de arrependimento de pecados, e que sem isso não
poderiam ver o Reino de Deus.
Essa era a mensagem de João: Arrependei-vos...
A mensagem das águas do batismo de João era o arrependimento, mas o
arrependimento era uma conseqüência de uma pregação.
A pessoas nascem da força da Palavra e do Espírito Santo.
Jesus nos trouxe de volta à vida.
CRISTO ENTROU NO SANTUÁRIO VERDADEIRO: NO MESMO CÉU (HB 9:22-24)
Entrou no mesmo lugar onde Ele estava. Porém, antes Ele não tinha um corpo
humano como o nosso, e desta forma não podia ser o nosso representante.
Isso quer dizer que não estava lá por nós mas, ao voltar pra o céu, após derramar o
Seu sangue e ressuscitar, Ele voltou para o céu, no mesmo que estava, agora para
comparecer diante de Deus por nós.
Como verdadeiro Sumo sacerdote ofereceu o Seu sangue no sacrifício pela vida do
homem. (Hb 9:25,26).
O v. 26 diz que, ao se cumprir os tempos Jesus se manifestou. Não é que Ele
passou a existir pois é antes de tudo, mas que Ele se manifestou.
Antes de vir pra cá Ele estava com o Pai em Espírito, mas quando veio, para que
fosse visto, teve que ter um corpo de carne sobre si.
A manifestação de Cristo, ou do Filho de Deus, é devida a encarnação.
O Verbo encarnado é a manifestação do Filho.
Se Ele não tivesse recebido um corpo de carne, nós não o teríamos visto e João não
poderia ter dito “O que os meus olhos viram, o que minhas mãos tocaram, o que
ouvimos dEle” (I Jo 1:1).
Quando Ele tomou sobre si um corpo de carne, e pode aniquilar o pecado pelo
sacrifício de si mesmo (Hb 9:26).
O que era impossível à Lei, isto fez Deus enviando o seu Filho em semelhança de
carne pecaminosa e no tocante ao pecado.
E quando Ele tomou sobre si um corpo de pecado, um corpo de carne, pode
aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
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Consideremos Hb 9:27 e 28
E, assim está ordenado aos homens morrerem uma só vez, vindo depois o juízo
(Hb 9:27).
O v.28 diz: Tendo se oferecido uma vez para sempre, para tirar os pecados de
muitos....
Daqueles que O aceitariam, porque sabemos que Deus enviou o seu Filho ao
mundo para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Todavia só os que O receberam, são os que têm poder para serem feitos filhos.
Qualquer coisa que Deus nos der, só será uma realidade em nossas vidas se a
recebermos.
Daqueles que O receberam, é que Ele tiraria os pecados.
Tendo Ele se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, só que agora sem pecado, aos que o aguardam para a
salvação.
Na segunda vez Ele se manifestará sem pecado.
Virá em seu corpo glorificado e imortal para os que o aguardam para a salvação.
Virá pra você que aguarda aquele dia.
Nem todos O verão, porque Ele aparecerá aos que O estão aguardando.
Algo que podemos também extrair deste texto, é que as pessoas que estão em
Cristo são uma nova criação (IICo 5:17).
Isso não se refere à nossa alma, nem ao corpo.
É verdade que precisamos renovar nossa alma diariamente com a Palavra (Tg
1:21). Ela não muda, bem como o corpo.
O corpo não é restaurado pela Palavra mas, pela força da Palavra dentro de nós,
podemos fazer algo com ele.
Paulo diria: Eu esmurro o meu, e vocês? (1Co 9:27).
A nova criação foi concretizada no espírito
As coisas antigas que passaram, foram as do espírito: A natureza do diabo, a
pecaminosidade, a culpa, a condenação...
O espírito se fez novo. Foi nele que tudo se fez novo.
Hoje somos Filhos de Deus, temos a vida de Deus.
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Um novo corpo cheio de vida, glorioso, que não se deteriora, nem se acaba jamais.
Esta realidade está guardada pra nós, no corpo de Jesus no céu.
O corpo dEle é o nosso novo corpo.
Jesus poderia dizer: Eu sou você amanhã.
Não é que temos apenas duas mãos furadas no céu, para lembrarmos de nossa
aliança.
Nós temos um corpo inteirinho lá.
É a marca da Aliança de Deus com o homem: um corpo humano que está lá.
Esta herança está guardada para nós, que somos guardados para isto pelo Poder
de Deus.
O Poder de Deus é o Espírito Santo.
Estamos sendo guardados pelo Poder de Deus mediante a Fé, para a salvação
preparada para revelar-se no último tempo.
O Espírito Santo nos foi dado com uma finalidade específica. Uma delas é o fato
dEle nos guardar para redenção do nosso corpo, para a salvação que vai se
manifestar no último tempo.
Ele é como um penhor que Deus nos deu. Uma garantia da nossa herança.
Não há nenhuma condenação para os que são de Cristo (Rm 8:1-11)
Não somos devedores à carne como se tivéssemos forçados a viver segundo ela
(Rm 8:12-16,23).
Se mortificarmos os feitos do corpo, viveremos.
Os filhos de Deus são guiados por seu Espírito.
Não recebemos o espírito de escravidão e sim o de adoção de filhos.
Baseados nesse Espírito, podemos chamar Deus de Pai.
Algumas Bíblias diz: “Espírito de adoção”, mas a mais exata é “Espírito de adoção
de filhos”.
Precisamos entender o que é “adoção de filhos” para poder entender o papel desse
Espírito que foi enviado a nós.
Rm 8:23 diz: E não somente ela (a criação), mas também nós, que temos as
primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a “adoção
de filhos”, a saber “a redenção do nosso corpo”.
Adoção de filhos é a redenção do nosso corpo.
Neste caso“O Espírito de adoção de filhos” é o Espírito da redenção do nosso corpo.
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É baseado nesse espírito que vai redimir o nosso corpo, que ousamos chamar
Deus, antecipadamente, de Pai.
Jesus foi declarado Filho de Deus com Poder pela ressurreição dos mortos, e é
baseado no Espírito da redenção do nosso corpo que dizemos que Deus é o nosso Pai.
O próprio Espírito Santo dá testemunho com o nosso espírito que somos filhos de
Deus (Rm 8:16).
Se somos filhos, também somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.
Se sofrermos como Cristo sofreu, seremos glorificados como Ele foi glorificado (Rm
8:17).
O versículo 18 diz algo que implica que devemos sofrer, e que esse sofrimento nem
se compara com a glória que será revelada “em nós.”
Ele fala “em nós”, porque se refere à redenção do nosso corpo.
Duas coisas implicantes podemos ver nos vv.19 e 20.
A criação aguarda a revelação dos filhos de Deus, inclusive o nosso corpo também
(v.19). Ela está sujeita a vaidade.
Deus a sujeitou na esperança de que a própria natureza seria redimida do cativeiro
da corrupção, para a liberdade dos filhos de Deus (v.20).
Nem o homem e nem o diabo teria condições de sujeitar a criação, na esperança
de que ela fosse redimida para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
Só Deus poderia fazer isso: Sujeitar a criação à vaidade na esperança de que ela
será redimida do cativeiro da corrupção (ver vv.22 a 25).
Paulo fala sobre a salvação completa. Fala sobre a restauração do nosso
corpo (vv. 26 a 29).
Paulo mostra que pra ele, os sofrimentos presentes não se comparam com a glória
que há de ser revelada em nós.
Em II Co 4:17 Paulo confirma essa verdade em seu coração, quando diz que “esses
sofrimentos produziram para ele um eterno peso de glória acima de toda a
comparação”.
É por isso que para Paulo, os sofrimentos do tempo presente não se comparavam
com a glória que havia de ser revelada nele, porque tal sofrimento produziria um
eterno peso de glória acima de toda comparação (Rm 8:18; II Co 4:17)
É por isso que Paulo diz que todo sofrimento coopera para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que foram chamados segundo o Seu propósito (Rm 8:28)
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Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas incorruptível, a qual vive
e é permanente (IPedro 1:23).
Nós nascemos de novo, porque a Palavra de Deus entrou em nosso coração.
Deus nos gerou pela Palavra.
Nosso espírito foi criado mais uma vez à imagem e semelhança de Deus, por causa
da força da Palavra.
Foi a Palavra que nos regenerou, nos fez nascer de novo e ser o que somos: Filhos
de Deus.
A Palavra é a semente de Deus. Ela nos fez ter a Sua natureza e a Sua vida.
Além de termos nascidos de novo, precisamos crescer e isso só é possível pela
Palavra.
Pedro diz que devemos desejar, como crianças recém-nascidas, o genuíno Leite da
Palavra, para que por ele cresçamos.
Todos nós precisamos ser capazes de reconhecer que podemos apreender coisas
de Deus, através de uma pessoa que acabou de nascer.
Todos nós estamos crescendo, pois não atingimos ainda nossa plenitude em Cristo.
Somos tudo o que a Bíblia diz acerca de nós, bem como podemos e temos o que de
nós ela testifica.
Temos que nos encher da Palavra, para que saibamos discernir cada situação em
nossa vida.
Nossas experiências não podem nunca superar a veracidade da Palavra de Deus.
Quando estamos cheios da Palavra, ao sermos pressionados pelas circunstâncias
da vida, só sairá a Palavra de nossa boca.
Isso é como uma esponja que está cheia de água, ao ser espremida só sairá água.
Assim é conosco e a Palavra, se estamos cheios dela.
Não há nada mais importante, nem nessa vida, nem na que há de vir, do que a
Palavra de Deus.
Se honrarmos a Palavra, ela nos honrará.
Somos representantes de Deus nessa terra.
O Senhor nos deu capacidade para reinar em vida.
Temos da parte dEle a capacidade de experimentar de forma prática, a vida que
teremos no céu ainda aqui na terra.
Ele nos deixou disponível as virtudes do mundo vindouro.
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91 - Realidades da Nova Criação
Temos condições de experimentar por seu Espírito, esses poderes que Ele preparou
para serem usufruídos no mundo vindouro.
Hoje, em Cristo Jesus, tudo está disponível a nós.
Há um grande potencial que temos em Cristo, mas devemos aplicar
responsabilidade à nossa potencialidade, para que não sejamos inconseqüentes.
Deus nos fez para que desempenhássemos determinada função.
Podemos tomar um vídeo cassete como exemplo:
• Um vídeo cassete possui inúmeras vantagens e funções que nós pagamos por
elas.
• Há vídeo de 02, 04, 06 ou mais cabeças.
• Eles podem ser de alta ou baixa fidelidade.
• Têm em seu menu opções para várias funções, tais como gravar um programa
previamente programado, receber sinais de emissoras, reproduzir imagens de
fitas entre outras funções que nos são conhecidas e desconhecidas, mas temos
nos contentado com o mínimo.
Nós também temo-nos contentados com as coisas mínimas, quando Deus nos deu
muito mais do que o que precisávamos.
Deus é muito mais que suficiente
Parece-nos que o Senhor, ao nosso ver, exagera quando nos abençoa.
Ele disse que veio trazer vida abundante e não somente vida (Jo 10:10).
A Bíblia diz que não somos apenas vencedores, mas que somos mais que
vencedores. Isso está explicado no fato em que Deus é mais que suficiente. Pode nos
dar infinitamente mais além de tudo quanto pedimos ou pensamos.
Quando Deus pensa em nos abençoar, Ele não mede esforços porque nos ama.
Ele não tem os pés no chão...
Entendendo que já estamos no reino
Vejamos as expressões “Reino dos Céus...” (Mt 11:11) e “Reino de Deus” (Lc 7:28).
Parece que as duas expressões significam a mesma coisa.
Jesus disse que dentre os homens nascidos de mulher ninguém apareceu maior
que João Batista, mas no Reino de Deus o menor é maior que o maior de todos os
homens.
Todos os que foram transportados do reino das trevas para o Reino do Filho do seu
amor, pertencem ao Reino de Deus.
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93 - Realidades da Nova Criação
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Há quem creia que Deus abençoa por que precisamos, outros dizem que é porque
merecemos, mas na verdade o que Deus ouve é fé.
É verdade que uns receberam mais do que outros, mas em algum ponto ficamos
esperando que Deus dê quando Ele já nos deu.
Fé é a mão que nos faculta receber as Bênçãos de Deus.
Pela fé recebemos a remissão dos pecados e nossa herança (v.18).
Não apenas a remissão dos pecados, mas também nossa herança.
Jesus sabendo que era herdeiro disse: “Tudo o que o Pai tem é meu”.
O Espírito Santo nos identificando com Cristo disse através de Paulo: “Tudo é
vosso”. (1 Co 3:21 – 23).
Tudo é nosso como era de Jesus, mas precisamos nos apossar. Precisamos abrir o
nosso coração para compreendermos o valor de receber as Bênçãos de Deus. Com
relação ao Espírito Santo, segue-se o mesmo princípio.
Jesus garantiu que o espírito santo seria dado
Jesus fala aos que tem sede de Deus (Ver João 7:37-39).
Era preciso ir a Jesus para beber, mas será que todos iriam a Ele.
Os que fossem a Ele beberiam da fonte eterna.
Jesus estava falando sobre o Espírito Santo, que ainda não havia sido dado naquele
momento.
Quando João estava escrevendo, o Espírito Santo já havia sido dado, porque Jesus
já havia sido glorificado.
Naquela ocasião que Jesus falava, o Espírito Santo ainda não havia sido dado
porque Jesus não havia sido glorificado (v.39).
Jesus queria que seus discípulos se alegrassem com a sua partida porque, em Ele
indo, o Espírito Santo viria.
Ele viria para revelar-lhes toda a verdade. Que perfeita unidade!
Jesus ainda não tinha ido, por isso o Espírito Santo também não tinha vindo.
Mas, o Senhor diz que aqueles que nEle cressem, do seu interior fluiriam rios de
águas vivas (v.38).
João diz que Ele se referia ao Espírito Santo.
Ele disse isso para que não houvesse dúvida quanto ao assunto.
A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO - Atos 2:32-33
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95 - Realidades da Nova Criação
Pedro diz que é Deus que derramou “isto” que eles viam e ouviam (At 2:33).
O que eles viam e ouviam era homens falando todo tipo de línguas e até mesmo a
deles.
Eram línguas dadas pelo Espírito Santo, não aprendidas pelo intelecto (At 2:4).
Falavam conforme o espírito concedia que falassem
Pedro diz que “isto” que eles viam é o que Jesus Cristo tinha derramado.
Em Atos 2:33 diz que quando Ele subiu, sentando a destra do Pai, Ele, Jesus,
recebeu a promessa do Espírito Santo e quando a recebeu derramou “isto” que eles
viam.
Este “Isto” era as línguas. O que eles ouviam foi derramado por Jesus.
Muitos deveriam ter cuidado quando dizem que falar línguas é do diabo. – Pedro
diz que foi Jesus quem derramou sobre nós.
A Bíblia não diz que Ele derramou o Espírito Santo, mas que tendo recebido a
promessa do Espírito, derramou “isto” que eles viam acontecendo.
As línguas são de Deus. Jesus foi quem derramou.
Ele havia garantido que quando fosse glorificado, o Espírito Santo viria.
Essa promessa seria cumprida quando Jesus fosse glorificado (Jo 7:39), mas Pedro
diz que já aconteceu.
Em At 2:33 na passagem que lemos trata sobre isso:
Exaltado, pois, a destra de Deus (Glorificado).
Recebeu a promessa do Espírito Santo.
Derramou o que eles viam e ouviam.
Os discípulos eram quem falavam em línguas e não o Espírito Santo.
O Espírito Santo concedia as línguas, mas eram os discípulos que falavam.
Os que ficaram cheios foram os que falavam em línguas, mas muitos pensam que
nós é que concedemos que o Espírito Santo fala através de nós.
Tudo que falamos deve ser baseado na Bíblia
Às vezes falamos algo que a Bíblia não diz.
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Keneth Hagin diz que certa vez ouviu um ministro pregando e foi conferir se o
que ele dizia estava na Bíblia e constatou que muitas coisas não estavam.
O Ir. Hagin procurou o ministro para falar-lhe sobre o assunto e ele retrucou: Ah!
Irmão... muitas coisas que eu falo você não encontrará “naquela coisa de capa
preta”, pois o que eu falo está muito além do que o que tem “naquela coisa preta”.
keneth disse mais tarde: Quando alguém chega a chamar a Bíblia de “aquela
coisa preta”, ele já estar longe demais.
Tudo o que dissermos tem que ter por base a Bíblia e a Bíblia diz que os discípulos
falavam porque o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Conceder não é fazer com que falem.
Não foi o Espírito Santo que falou através deles e nem fez com que falassem.
O Espírito Santo concedeu.
Conceder é deixar, permitir, dar vazão, todavia, eles podiam não falar.
É você quem fala e sabe se vai falar ou não.
O Espírito Santo concedeu e eles passaram a falar.
O Espírito Santo não vai ser dado, Ele já foi dado.
As pessoas ficam esperando que Deus dê o Espírito, quando ele já foi dado há
2.000 anos atrás.
Esta é a razão de Paulo não ter perguntado aos irmãos (em At 19), se Deus lhes
havia dado o Espírito Santo.
Ele perguntou se eles já haviam recebido.
Isso é como um empregado de uma empresa que foi beneficiado com determinada
quantia em dinheiro e não sabe do assunto.
O dinheiro está depositado em sua conta mas ele não sabe disso.
Quando um amigo seu, que já recebeu sua parte lhe encontra e comenta sobre o
caso, ele fica surpreso mas, mais surpreso fica o amigo e lhe diz: você ainda não
recebeu? – Pois eu já estou desfrutando do meu o meu. Paulo lhe perguntou:
Recebeste o Espírito Santo quando crestes?
Eles eram crentes.
É verdade que quando cremos, recebemos o Espírito Santo, mas há um aspecto
que é possível não havermos recebido ainda.
Se não fosse assim Paulo teria sido ignorante de fazer tal pergunta.
Logo ele que tinha tamanha revelação.
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97 - Realidades da Nova Criação
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Quando não se ensina não se aprende, e quando não se aprende ocorre todo o tipo
de confusão.
Ilustração:
Uma pessoa foi para fila de oração para receber o Batismo com o Espírito Santo.
Duas outras pessoas ficaram próximo a ela, cada uma de um lado.
Ambas tentavam ajudá-la de acordo com a experiência que tinham.
Enquanto uma de um lado do seu ouvido dizia: Agarra firme, agarra firme, a outra
dizia: Solta tudo, solta tudo... Já pensou que confusão?
As pessoas tentam ajudar como pensam, e acabam atrapalhando tudo.
Uns dizem que sentem isso ou aquilo, outros dizem ter visto uma luz, mas a
evidência é o que a Bíblia diz que é.
Não há regras fixas, mas há evidências no Batismo com o Espírito Santo.
Atos 8:14-18
Os apóstolos foram àquele lugar para que os irmãos de lá recebessem o Espírito.
Eles eram crentes batizados somente em Nome de Jesus, o que era pouco em vista
do que ainda podiam ter, por isso a expressão: “Somente” (v.16).
Receberam o Batismo (v.17).
Foi visto evidência por Simão (v.18)
A evidência deve ter sido línguas, pois em outras ocasiões foi o que foi visto.
Atos 10:39-47
Pedro ainda falava quando caiu o Espírito sobre os que ouviam a Palavra e haviam
crido (v.44).
Os da circuncisão se admiraram de que também sobre os gentios, houvesse sido
derramado “o Dom do Espírito Santo”.
Eles sabiam disso porque também haviam recebido, e aconteceu como quando
receberam.
A Bíblia diz: Pois os ouviam falando em línguas... (vv.45-47).
Porque os ouviam falando em línguas puderam ter certeza que eles haviam
recebido o Dom do espírito Santo.
Quem tem sede, disse Jesus, venha a mim e beba. Quem cresse em Jesus
receberia.
O ESPÍRITO SANTO JÁ VEIO PORQUE JESUS JÁ FOI GLORIFICADO
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99 - Realidades da Nova Criação
Nós fazemos nossa parte que é receber. Deus já fez a parte dEle, dando o Espírito
Santo.
Quem recebe é quem crê, e são estes os que falam em línguas.
Você está pronto quando crê.
Alguns se julgam não merecer pois não se julgam corretos, todavia dizem que vão
pra o céu.
Se você pode ir para o céu, ou seja, entrar no céu, logicamente que um pouquinho
do céu pode entrar dentro de você também.
Não depende do que você faz, mas de você crê.
Não devemos julgar se uma pessoa está sendo autêntica ao falar em línguas, só
porque não estamos certos se ela merecem ou não essa bênção.
Não devemos nos basear nas imperfeições e invirtudes das pessoas, pensando que
Deus as abençoa como nós as abençoaríamos.
Deus não vê o povo como nós o vemos.
Ele não é como nós. Ele dá de graça.
A Bíblia diz que bem aventurado é o homem que Deus considera justo,
independente daquilo que ele faz. Independente das obras.
Davi disse isso e Paulo confirmou essa declaração.
Se alguém tivesse condições de se desfazer de tudo o que é ruim em sua vida,
para depois disso receber o Espírito Santo, qual a necessidade que ela teria que o
Espírito viesse para a sua vida então?
Se uma pessoa consegue alcançar as coisas sem o Espírito santo pra que então Ele
virá a ela.
Ele foi enviado para ser o nosso ajudador, mas se consigo sem Ele, então pra que o
queremos.
As pessoas que mais precisam, e as que estão presas em pensamentos que as
maltratam, são as que mais Deus quer dar.
É o poder do Espírito Santo que as ajudará a sair de todo o lamaçal, por isso Ele é
chamado de Ajudador.
Isso é motivo para não pensar que não podemos falar em línguas.
Com Ele reunimos forças para vencer o pecado, a dificuldade, a tristeza, o
desânimo, a angústia.
Ao orar em línguas não é preciso se sentir falso, e sim uma pessoa de fé.
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Ao orar em línguas você demonstra a fé que tem em Deus, e que dEle depende.
É ousar fazer uso de recursos que Ele nos deu pra vencer, quando não
conseguimos por nossas próprias forças.
“O Espírito Santo nos foi dado. Ele é o nosso Ajudador. Dependemos dEle e não é
por obras da Lei. E pela pregação da fé”.
Aleluia.
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