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Àbíkú !!!

De acordo com a tradição Ioruba, o conceito de Àbíkú– literalmente “os nascidos para morrer”, são
espíritos maléficos que penetrando no corpo das mulheres grávidas, encarnam em filhos por elas
gerados, provocando a morte prematura dessas crianças antes dos sete ou nove anos de idade, ou
mesmo natimortas. As crianças cujo o parto foi muito difícil ou aquelas que por ocasião do
nascimento perdeu-se a esperança de salvar; bem aquelas que após o nascimento a mãe não
resiste ao parto chegando ao óbito ou aqueles que nascem após uma série de abortos espontâneo
ou provocados, são igualmente incluídos nesta confraria, embora não sejam considerados um
legitimo Àbíkú e sim um ser portador do “carrego deste espírito”. Estes últimos são divididos em
dois sub-grupos:Àbíkú omode, que poderá viver de 0 à 18 anos e os Àbíkú agba que estima-se o
tempo de vida entre 18 à 32 anos.
Não se trata da vinda ao mundo de várias crianças diferentes, mas de sucessivas aparições do
mesmo ser, que nascem várias vezes de uma mesma mãe ou dentro de um mesmo berço familiar
e que não tem a menor intenção de permanecerem neste mundo, pois pertencem a uma confraria
de espíritos astuciosos, que se divertem por demais juntos e que desde o seu nascimento,
anseiam por regressar para junto de seus amigos e com eles se entreterem.
Aos pares, os Àbíku formam uma sociedade no além, conhecida por Egbé Òrun ou ainda
denominada de Egbé Ògbà. Este clã é presidido por duas entidades femininas extremamente
perigosas: Ìyájanjàsá presidindo os meninos e Olóìkó as meninas; e ainda uma terceira entidade
conhecida pelo nome de Alawàiyé, que trouxe os Àbíkú pela primeira vez ao mundo, instalando-se
em uma floresta sagrada.
Os Àbíkú também chamados pelo epíteto de Eméré recebem tratamento litúrgico específico, com a
finalidade de manter estes “seres” em nosso mundo. Trata-se de uma tarefa árdua, continuamente
difícil e neste contexto destaca-se o importante papel de Òrunmìlà/Ifá, que através de seu sistema
oracular, nos possibilita a correta identificação de um ser Àbíkú e quais as oferendas a serem
realizadas, afim de manter neste mundo o “espírito recalcitrante”.
Os Àbíkú são divididos em quatro grupos primários:
• Àbíkú Ina – pertencente ao elemento fogo
• Àbíkú Omi – pertencente ao elemento água
• Àbíkú Ale – pertencente ao elemento terra
• Àbíkú afefe – pertencente ao elemento ar
A precisão desta identificação no oraculo é de suma importância, pois cada um deste tem um
“caminho” específico para a obtenção do exito do qual se pretende sobre estes espíritos. Para um
melhor entendimento sobre esses caminhos, aqueles que pertencem ao fogo, suas oferendas
serão depositadas em fogueiras; os que pertencem a água, serão depositadas em rios de água
corrente ou em alto mar, porém nunca em lagoas; os que pertencem a terra, serão colocadas em
florestas ou enterrados em covas profundas e aos que pertencem ao ar, serão despachos no alto
de montanhas ou dependurados em copas de árvores. Existe um número específico de oferendas
e subterfúgios, afim de aniquilar as forças destas criaturas maléficas.
Como precaução todo individuo Àbíkú assim como uma mulher grávida, tem de saber quando e
onde ficam estes espíritos, além de evitar os seus horários preferíveis. Caso contrário a mulher
que não esteja protegida, pode correr o risco de ser seguida e este expulsará o feto de seu ventre
e o seu próximo filho será um Àbíkú.
O poder de Ìyájanjàsá é muitas vezes mais forte que todas as oferenda e precauções, e assim
chegando o momento deles retornarem, ela os estará esperando, caso contrário, usará de todos
os truques para os encontrar e atraí-los a força de volta aoòrun. Ela não deixa agir os trabalhos
dos sacerdotes, muitas vezes chegam a deixá-los sem força para poder agir ou dar continuidade
aquilo que foi inciado. Aqueles que anseiam em retornar junto de sua “mãe espiritual”, durante o
ciclo do sono conseguem entrar em contato com os membros de sua sociedade pedindo sua ajuda
e Ìyájanjàsá logo vai arrumar um meio de ajudar seus filhos a regressarem ao seu lugar de
origem.
Aqui temos um pequeno resumo para podermos dar inicio a um assunto pouco discutido. Qualquer
duvida estou a disposição.
Abraços a todos
Bàbá Oludarè...
Filho não passe para ninguém !!!
bj

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