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A democracia brasileira é criticada por ter uma mídia dominada por interesses econômicos, um processo eleitoral focado em ataques pessoais ao invés de propostas, e por ter eleições judicializadas e morosas. Apesar disso, o autor defende que uma democracia sólida requer uma sociedade participativa e um estado transparente.
A democracia brasileira é criticada por ter uma mídia dominada por interesses econômicos, um processo eleitoral focado em ataques pessoais ao invés de propostas, e por ter eleições judicializadas e morosas. Apesar disso, o autor defende que uma democracia sólida requer uma sociedade participativa e um estado transparente.
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A democracia brasileira é criticada por ter uma mídia dominada por interesses econômicos, um processo eleitoral focado em ataques pessoais ao invés de propostas, e por ter eleições judicializadas e morosas. Apesar disso, o autor defende que uma democracia sólida requer uma sociedade participativa e um estado transparente.
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"A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo."
(Abraham Lincoln)
A sociedade brasileira ainda comemora a maior festa da democracia: as eleições gerais
ou o pleno exercício de poder de cada cidadão - o voto. Entretanto, refletir é necessário sobre isso que chamamos de democracia que vivenciamos no Brasil. Uma democracia tem em seu arcabouço alguns aspectos que, na sociedade brasileira, são desconhecidos, o que pessoalmente rechaço, ou são ignorados, e carece de profunda reflexão por aqueles que são apaixonados pela polis e pelos aspectos da governança; bem como por aqueles que são chamados de intelectuais e formadores de opinião. Isso sem entrar na perspectiva de democracia indireta ou pura, e democracia indireta ou representativa. A democracia vivenciada no contexto brasileiro manifesta, em primeiro lugar, sua debilidade quando os meios de comunicação, especialmente a grande mídia, que é um dos pilares da democracia, perdem sua capacidade de ser referencial informativo, orientador e formador de opinião justa, isto é, ter sua linha editorial livre. Pois o que se percebe é o aspecto econômico tomando lugar dessa redação responsável e sem algemas! Assim, princípios democráticos vacilam e a sociedade perde um de seus principais instrumentos de ação: a informação coletiva. A sociedade brasileira, nesses meses eleitorais, no lugar de presenciar uma grande mídia capaz de argüir, pesquisar, descobrir, publicar e até mesmo denunciar fatos que a ajudasse em sua tomada de decisão quanto ao voto, assistiu a um silencio sepulcral consciente ou a uma omissão da mesma, sabe-se lá por que, perdendo a magistral oportunidade de cumprir seu legitimo e necessário papel na democracia! Pois as vezes que o fez, a população percebia que havia outros interesses que não o da imprensa livre! Por outro lado, há que se registrar que as exceções ficaram por conta de alguns blogueiros e textos independentes expostos na grande rede, a internet. A democracia no contexto brasileiro manifesta, em segundo lugar, sua limitação quando o processo eleitoral, que é o melhor momento, e legal, para a apresentação de propostas, bem como do diálogo franco dos candidatos com os eleitores, torna-se um “big reality show” ou tribunal público de acusações e achincalhamento não só aos opositores, mas também ao próprio sistema eleitoral! Haja vista o que foi presenciado, nessa linha de conduta, nas eleições de 2010 tanto no plano nacional, quanto nas esferas estaduais, com raríssimas exceções. Ficando o eleitor com a difícil tarefa de descobrir quem propõe melhor e se instrumentaliza a altura para realizar! Por outro lado, a sociedade é obrigada a assistir a tudo isso, que é de péssimo gosto, para não dizer outra coisa; bem como arcar com os altos custos, que nas eleições de 2010 chegou à cifra de R$ 490 milhões, segundo dados do TSE. Ainda pesam as dificuldades de discutirem temas sensíveis, que são nominados de temas religiosos, sob a égide do argumento de que o Estado é laico. Ora a laicidade de um Estado, que é abstrato, precisa, honestamente, ser entendida que é a não vinculação religiosa do mesmo, mas a maioria absoluta de seus representantes são; quer seja do grupo de servidores da máquina estatal ou dos demais cidadãos que compõem essa sociedade. Assim sendo, as etnias (gente) que formam o Estado é composta de seres eminentemente religiosos! Pois a formação da ética (ethos), da moral (morales), bem como da responsabilidade (responsabilitas) nada mais são do que a soma de valores e princípios, dentre eles a religião (religare). Desprezar isso é desprezar a essência de uma sociedade! A democracia no contexto brasileiro manifesta, mais uma vez, sua fraqueza quando a maior festa que ela pode promover para a sociedade, eleições gerais, torna-se um processo judicializado e moroso, e, mesmo com o devido respeito às suas Excelências, ficam interrogações profundas quanto às decisões apresentadas aos processos; não se questiona a obediência ou cumprimento das mesmas. O julgamento no STF da Lei Complementar 135/2010, assistido pela população interessada, fala por si mesmo. Por outro lado, a legislação eleitoral brasileira, s.m.j., é cheia de brechas, bem como permite as mais variadas ações de corrupções por parte de alguns participantes; desde a existência de partidos de aluguel, passando pelo sistema de coligações partidárias, chegando ao financiamento das campanhas e sua prestação de contas. Ainda há muito que dizer quanto a uma legislação eficiente para o trabalho dos institutos de pesquisa e os seus modelos de coleta de dados; o uso da máquina estatal para benefício de determinados postulantes; a linha de conduta e de participação de governantes no processo eleitoral; a desobrigatoriedade do voto, que determinará novas condutas por parte dos políticos; entre tantos outros temas que envolvem a democracia. Por fim, uma democracia pujante requer, mais do que nunca, uma sociedade consciente e participativa, um Estado ágil e transparente; bem como um jornalismo livre e atuante. Assim sendo, necessário é que os agentes mais importantes da democracia não olvidem em discutir os avanços da mesma, quer seja no estabelecimento de novos mecanismos ou na busca de caminhos mais claros; tudo sem deixar de ouvir a própria sociedade que é a grande beneficiária dessas ações! Eis o grande desafio dos vencedores dessa festa chamada Eleições. Viva a democracia!
Lei #11. 2018 Que Altera A Lei #24. 2007 de 20 de Agosto e Artigo 112 Da Lei #24. 2014 de 23 de Setembro Lei Da Organização Judiciária.-Ilovepdf-Compressed 2