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COMARCA DE ___________________
Processo nº_____________
__________________________________, já
qualificado nos autos supra, que em seu desfavor promove
______________________________________, também qualificado, por
intermédio de seu procurador in fine assinado vem com o devido acatamento e
respeito ante a ilustre presença de Vossa Excelência, apresentar
CONTESTAÇÃO
I - SINTESE DA INICIAL
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Alega que desde a data do acidente até 26/06/1987 se
submeteu a tratamento médico. Que o tratamento não surtiu resultado e que
hoje tem vários problemas resultantes do suposto acidente o que lhe trouxe danos
de natureza moral.
II - DOS FATOS
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O requerente após o fato continuou laborando para a
empresa na época dos requeridos, e, apenas foi dispensado anos depois, devido a
corte de pessoal. Aliás, o contrato de trabalho do requerido não foi o único a ser
rescindido, sendo que na ocasião várias pessoas foram igualmente dispensadas
(doc. anexo).
PRELIMINARMENTE
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ADVINDOS DE ACIDENTE DE TRABALHO/DOENÇA PROFISSIONAL – Esta
Justiça competente para apreciar e decidir o pedido de
reparação de dano moral ou material, desde que
resultante da execução do contrato de trabalho ou de
fato a este vinculado. Trata-se, sem dúvida, de
controvérsia decorrente da relação de emprego, cuja
competência para conciliar e julgar atribuída à Justiça
do Trabalho pelo art. 114 da Constituição Federal. Não
importa a natureza civil do objeto do pedido. O que
interessa o fato de incluir-se ele no conteúdo do Direito
do Trabalho que, além das obrigações específicas,
também leva em consideração a segurança do
trabalhador e o respeito a sua pessoa. Em se tratando, como
no caso dos autos, de pedido de indenização por dano
material/moral e pensão vitalícia decorrentes de doença profissional
que teria vitimado o empregado por culpa do empregador, a
Constituição Federal de 1988, ao contrário das anteriores que
declaravam ser da competência exclusiva da Justiça Ordinária os
dissídios relativos a acidente do trabalho, tratou, em seus artigos
109 e 114, da competência da Justiça do Trabalho e da competência
residual da Justiça Comum, não mais atribuindo a esta, com
exclusividade, a competência para as questões acidentárias (cf.
Raimundo Simão de Melo Indenizações Material e Moral Decorrentes
de Acidentes do Trabalho. Competência para apreciá-las in LTr.,
março/1999, pág. 351). (TRT 3ª R. – RO 5519/02 – 4ª T. – Rel. Juiz
Luiz Otávio Linhares Renault – DJMG 29.06.2002 – p. 14) JCF.114
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alimentícia, está prescrito o direito do requerente relativamente à essa verba em
específico, pleiteada em sua inicial.
Nesse sentido:
6
Ora MM. Juiz sabe-se da máxima “o direito não socorre a
quem dorme”. Durante todos esses anos o requerente quedou-se inerte e não
tomou as providências cabíveis para o recebimento da pensão de caráter
alimentar a qual acha que faz jus.
III - DO MÉRITO
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2.6 Não houve culpa dos requeridos, e ao contrário do
que afirma o autor, a antiga empresa sempre adotou as normas da CIPA, não
apenas fornecendo os equipamentos de segurança mas igualmente exigindo o seu
uso por todos os funcionários.
5
Nos autos: pág. 04, item 04.
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OU DOLO DO EMPREGADOR – IMPOSSIBILIDADE – I – Não
caracterizado o dano ou culpa do empregador, por
acidente provocado por seu empregado, inexiste a
obrigação de indenizar. II – Apelo conhecido e improvido.
(TJMA – AC . 016372/01 – (00036889) – Santa Inês – 1ª C.Cív. – Relª
Desª Maria Dulce Soares Clementino – DJMA 08.02.2002)
4. Da culpa concorrente
4.1 Ad argumentandum tantum , em não se aceitando a
tese da defesa da culpa exclusiva do autor para a ocorrência do evento danoso, o
que não acredita-se, ao menos é imperioso que se reconheça a concorrência de
culpas no presente caso.
6
STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. pág. 613.
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4.2 Ao lado das causas excludentes da responsabilidade
civil, encontram-se as causa de diminuição dessa responsabilidade, sendo a
concorrência de culpa.
7
STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. Pág. 613.
Item 1.06.
14
aplicar qualquer produto no olho, ainda mais produto sem qualquer rótulo ou
identificação.
Assim, mesmo não se considerando a culpa exclusiva da
vítima, imperativo se faz reconhecer sua participação decisiva para ocorrência do
evento danoso, e por conseqüência reconhecer a reciprocidade de culpas
aplicando-se o artigo 945 do Código Civil, no então da determinação do quantum
indenizatório.
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O suposto dano moral alegado pelo autor em sua inicial
tem como base a suposta dor e vergonha por não mais trabalhar e encontrar-se
impossibilitado de encontrar emprego devido ao seu defeito físico.
8
LOPES, Serpa. Direito Civil. Volume V. p.402.
9
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil. 2ed. Rio de Janeiro: Forense. P.342)
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7.3 Nos parece no mínimo imprópria a cumulação de
tais verbas pois haveria necessariamente uma verdadeira contraditio in terminis
conduzindo ao insuportável bis in idem, nos dizeres de Rui Stoco. Ora, a lesão
estética é sempre um dano moral por que afeta um interesse extrapatrimonial da
vítima, e ademais, se converte em dano patrimonial se houver repercussão sobre
as possibilidades econômicas.
CONCLUSÃO
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empresa __________________________________e à CAIXA ECONOMICA FEDERAL
para que estas presteM esclarecimentos relativos a eventuais contratos de
trabalhos ou recolhimentos de FGTS posteriores à ......................
Termos em que,
P. Deferimento.
Franca, 28 de dezembro de 2004.
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