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Tombo 1
Ano de 2010
(foto do blog)
alvorsilves@gmail.com
31-12-2010 alvor-silves
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alvor-silves
A s s im, e também para maior fac ilidade de c ons ulta global, dec idi ainda fazer uma portugalliae
vers ão pdf, c om a imagem ac tual do blog, nes te primeiro ano.
Será um primeiro tomo (T ombo 1 ) que fic ará dis ponível e pronto para impres s ão. Inf ormações
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1 . D e uns queixumes que faz a V erdade, es tando s olitária em uma s erra da ilha V er o meu perfil c ompleto
de S. M iguel.
2 . D e um s onho que s onhou a V erdade. A rquivo do blogue
3 . C omo via a V erdade figurada s ua tris teza em uma ribeira.
4 . C omo a V erdade viu vir voando a F ama, e, vendo- a a F ama s e des c eu onde ▼ 2 0 1 0 (6 2 )
ela es tava, e da prátic a que ambas tiveram. ▼ D ezembro (1 5 )
5 . E m que a V erdade diz à F ama quem é.
6 . C omo a F ama c onhec eu a V erdade e lhe dis s e também quem ela era. T ombo 1
7 . D as novas que deu a F ama à V erdade de s eus irmãos o T emor de D eus e a
Saudades da T erra
V ergonha do M undo.
8 . E m que a F ama pede à V erdade que lhe c onte as c ous as das ilhas , e a I n- c onvenientes
V erdade lhe dec lara umas letras do triângulo que traz no ves tido, e a F ama a
c ons ola. U ma humanidade s em mapas
9 . E m que a V erdade, res pondendo a uma de duas perguntas que lhe fez a
F ama, trata em geral do des c obrimento das C anárias e dalgumas c ois as A nno D omini
delas .
G illray & A ragão
1 0 . D o que s e diz das linguages de todas es tas ilhas C anárias .
1 1 . D e algumas c ous as que outros dizem das duas ilhas Forteventura e L uc erna
L anç arote.
1 2 . D e algumas c ous as da ilha c hamada G ram C anária. A batalha dos T rês Reis
M es mo s em ler a obra, a s equênc ia de títulos mos tra bem ao leitor c omo G as par O s dois Reis M agnos
F rutuos o tem nec es s idade de fazer um diálogo entre um pers onagem que é a
A ntónio G alvão (2 )
V erdade e outro que é a F ama.
G arrett
I nc onveniente, muito inc onveniente... a ins ularidade foi permitindo a primeira
ediç ão loc al de 1 8 7 3 , no F unc hal, por Á lvaro A zevedo... A c adia
T alvez identific ando o problema da obra nes ta primeira parte, A zevedo proc ura
reduzir a primeira c entena de páginas apenas a 4 páginas do P reâmbulo. F us ang
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avante, em que s e dec laram algumas outras ins ígnias das armas imperiais .
28. C ontra as duas opiniões em que, c ontando a V erdade os reis antigos ► M aio (5 )
de E s panha até o tempo que P latão diz s erem venc idos dos reis da ilha
► A bril (4 )
A tlanta, s em s e ac har tal vitória, s e prova não haver s ido tal ilha, e por
outras razões não s erem es tas ilhas dos A ç ores em algum tempo pegadas ► M arç o (1 )
c om E uropa.
29. E m que pela his tória dos mais reis e s uc es s os de E s panha, depois de el- ► F evereiro (1 )
rei E ritreo até o tempo de P latão (que dizem que flores c eu 4 5 0 anos
antes do nas c imento de N os s o Senhor) não s e es c reve, nem houve vitória, ► J aneiro (8 )
que reis de ilha A tlanta tives s em de reis de E s panha, nem s ubvers ão de
ilha A tlanta, nem s inais dis s o, nem que es tas ilhas dos A ç ores
fos s em pegadas c om a terra de P ortugal, c ujo mar, junto de s ua c os ta,
Et iquet as
naquele tempo (s em s e tal ac har) era muito navegado.
30. E m que põem a V erdade outras his tórias de outros tempos além de C alis to (1 )
de P latão c ontra as duas opiniões juntamente c ontrariadas .
31. E m que a V erdade põem outras razões e c onjec turas , por onde E nglis h (4 )
parec e não haver s ido ilha A tlanta. E s torias (1 1 )
Se G as par F ruc tuos o ac aba por afas tar a teoria de uma ideia de A tlântida, não H is toriadores (1 5 )
afas ta no s eu texto a hipótes e da identific aç ão de que a A tlântida fos s e uma
Q ues tão G aia (1 1 )
des ignaç ão da A méric a... is s o era aliás uma larga opinião à époc a. Q ue outra
" ilha" c om as dimens ões s uperiores à Á s ia e Á fric a juntas (c omo afirmaria P latão) T es e- A lvor- Silves (2 7 )
c aberia então no O c eano, exis tindo a A méric a?
G as par F rutuos o é irónic o s obre es te as s unto:
Cont as
E s e Platão literalmente af irma (o que eu duvido) que era tão grande a Atlanta
como Áf rica e Ás ia juntas , e não houve tal ilha, ou não podia s er tão grande 9893
como ele diz, como pelas razões ditas claramente s e colige, s endo mentira o
que a Platão dis s eram (entendido no s entido literal), como parece s er, eu não
Últ imos coment ários
vi nunca mentira tamanha, pois é uma mentira tão grande como Áf rica e
Ás ia.
AlvorSilves wrote...
H á muito para dis c utir s obre o texto de F rutuos o, deixamos a figura mote da Acontece! Desapareceu a gravura da BNP sobre
ediç ão de A zevedo (que é c onc entrada s obre a ilha da M adeira), que é J oão "a descida dos franceses à Terra Nova"...
O...
G onç alves Zarc o.
Continue >>
T alvez por erro de impres s ão (falta de C maiús c ulo...) o nome aparec e adulterado:
AlvorSilves wrote...
Colombo marca a inevitabilidade de b), a opção a) cai
definitivamente.Tordesilhas permite que b)...
Continue >>
AlvorSilves wrote...
Caros Calisto e Maria da Fonte,... quem?Pois, como
sabemos há quem espere a vinda de um Messias,...
Continue >>
AlvorSilves wrote...
Fica aqui a referência aos 3 sítios onde encontrei
referências à obra de...
Continue >>
Anonymous wrote...
Caro CalistoEntão os fundos não eram dos
Templários?!É o que consta!Agora como é que os
ditos...
Zarc o ou Zargo?
E s ta adulteraç ão prende- s e tão s omente c om a tal alc unha "Zarc o"... que s endo
" Zargo" faz- nos lembrar Sargo... não o peixe pequeno (ainda que os nomes dos
peixes s ejam reveladores ), mas s im o peixe graúdo, que nes te c as o s eria
apropriadamente um Sargão.
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Etiquetas: Historiadores
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31-12-2010 alvor-silves
a) St onehenge
F ala- s e muito de Stonehenge e do s eu admirável alinhamento es telar. E xc elente!
C omo teria s ido pos s ível c om tec nologia pré- his tóric a produzir tal monumento
notável, de grande prec is ão as tronómic a... talvez s ó pos s ível no Séc . XX.
A c ontec e que Stonehenge foi alvo de remodelaç ão no Séc . XX (ao que vimos , em
1 9 0 1 , 1 9 2 0 e em 1 9 5 8 ). A quilo que vemos hoje não é exac tamente o que exis tia
no Séc . XI X... ou s eja, de ac ordo c om um des enho de J ohn C ons table em 1 8 3 5 ,
houve alguma mudanç a na loc alizaç ão das pedras :
To this Ambros ius is as cribed the admirable Monument in Wilts hire, now called
Stonehenge, in the place were the Britains had been treacherous ly s laughtered
and interred; and of whom the Town of Ambers bury bears its name.
Ric hard Baker diz que a planíc ie foi renomeada Salis bury, antes s endo "P lain of
A mbrii", as s im relac ionada c om A mbros ius A urelianus e c om es s e loc al de
fatídic a traiç ão s axónic a. E ntretanto A mbers bury já pas s ou a A mes bury... vai
havendo c uidado em alterar ligeiramente as c ois as .
Baker fala de c omo A mbros ius us ando "fogo dos céus " eliminou o rival V ortigern.
F ala da s ua s uc es s ão por U ter P endragon, que depois foi s uc edido por A rtur, por
es quema de M erlim (c ons elheiro de V ortigern).
A recuperação cinematográfica (King Arthur, ou ainda melhor The Last Legion) de uma história de Inglaterra sob
invasões Saxónicas e de um salvador Romano no cerne da lenda Arturiana, não é fruto de uma teoria alternativa
histórica recente... é mais fruto de uma miscelânea com estórias de vários séculos.
b) A bu Simbel
N ão é prec is o proc urar muito para enc ontrar exemplos rec entes .
D e fac to, A bu Simbel é um exemplo notável de des loc aç ão monumental, bem
c onhec ido. A pes ar dis s o, tudo s e pas s a turis tic amente c omo s e o monumento não
tives s e mudado de s ítio, devido à barragem do A s s uão, que N as s er dec idiu
c ons truir:
P ropos itadamente ou não, es ta des loc aç ão mac iç a ilus tra à pres ente geraç ão
c omo a alteraç ão his tóric a é efec tuada e c omo a populaç ão c ontinua a vis itar A bu
Simbel da mes ma forma c omo s e nada tives s e oc orrido. A s fotos antigas de A bu
Simbel já nem s empre s ão mos tradas (é o c as o da Wikipedia), e não demorará
muito a que s e torne num mero detalhe c onhec ido por es pec ialis tas . Q uando s e
perder es s a memória, o alinhamento do templo s erá referido fac e à loc alizaç ão
ac tual... e talvez também dê para es pec ulaç ões des c ontextualizadas .
c) Galápagos
F alamos agora de um exemplo razoavelmente diferente na forma, mas s emelhante
no c onteúdo.
Q uando s e fala das ilhas G alápagos é habitual as s oc iar às tartarugas de D arwin...
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A c ontec e que há uma tes e ofic ial de origem es panhola que c oloc a a s ua
des c oberta ao Bis po T omás de Berlanga, por volta de 1 5 3 5 ...
N ão é de es tranhar a c aus a - foi ac idental, numa viagem para L ima, afas tou- s e
muito da rota!
F alámos dos ac identes c onvenientes , para res olverem os in- c onvenientes .
J oão de L is boa, e o s eu L ivro de M arinharia é um grande inc onveniente!
Assinalamos num quadrado verde, a localização das Galápagos no mapa de João de Lisboa (c. 1514)
O utro exemplo notável é o mapa do almirante turc o P iri Reis de 1 5 1 3 ... muito s e
tem es c rito ac erc a des s e mapa, as s im es c revendo- s e pouc o ac erc a de outros
mapas !
H á uma forç ada propaganda s uperlativa que pretende uma pos s ível repres entaç ão
da A ntártida...
O ra, é bem s abido que nada de original es tá no mapa de P iri Reis (ac ho que o
próprio as s ume ter s ido bas eado em mapas portugues es ), e que não es tives s e já
na bem c onhec ida repres entaç ão do globo no A tlas M iller (as s im c hamado o mapa
atribuído a L opo H omem e aos Reinéis , em 1 5 1 9 ):
O mapa de P iri Reis é extremamente c onveniente... s endo uma provável c ópia não
terá inc lus a informaç ão invis ível, normalmente c oloc ada pelos c artógrafos
portugues es . E s s a informaç ão invis ível permite des c obertas ac identais , c omo já
aqui referimos ... no c as o do mapa de 1 4 8 5 de P edro Reinel, e não s ó!
Q uem quis er s eguir a main-s tream, levantar alguma teoria "ps eudo- inc onveniente"
s obre Stonehenge, A bu Simbel, ou s obre o mapa de P iri Reis , pois é natural que
tenha c onveniente rec eptividade editorial.
Sobre es s es as s untos , dific ilmente falarei mais do que es c revi nes te texto.
Q uem quis er trilhar outro c aminho, fora dos c irc uitos de dis tribuiç ão, da fama,
proc urando alguma verdade no meio de tanta informaç ão c ontraditória, a maioria
pouc o fiável, pois tem muito mais c aminho s olitário e inglório a perc orrer.
C ito a es te propós ito F rutuos o, nas Saudades da T erra... "Em que a Verdade diz à
Fama quem é":
Muitos me bus cam mais em vaidade que em verdade, mas s ó aos humildes me
manif es to. E, algumas horas , s aio à luz, quando não s ou bus cada; s endo
impugnada, mais fermos a res plandes ço. Mais s eguramente s ou ouvida que
pregada, e, quas e como em des erto, pregada s ou antre os mentiros os .
A " verdade" manifes ta- s e c omo uma ques tão de fé s oc ial, propagandeada por um
grupo dominante. A tinge o topo por c ooptaç ão, propaga- s e por c ontágio de
rumores na bas e, através das relaç ões pes s oais .
O c as ionalmente es s a " verdade" é atingida por c ontradiç ões e manifes taç ões
fís ic as impos s íveis de ignorar... aí o grupo tem que reorganizar- s e e inventar uma
nova "verdade", ou proc urar de uma vez por todas a V erdade.
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31-12-2010 alvor-silves
É uma ques tão de es c olher lados ... os agentes inventores das verdades
oc as ionais terão c ada vez mais dific uldade de c redibilidade num proc es s o de
proc ura da V erdade.
É uma ques tão de es c olher lados , e as s umir es s a es c olha!
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D omingo, 2 6 de D ezembro de 2 0 1 0
Uma humanidade sem mapas
T alvez por educ aç ão, talvez por falta de atenç ão, s omos levados a c ertas
c onvic ç ões notáveis .
Se tivermos que explic ar a alguém um c aminho c omplic ado, o que fazemos ?
- P odemos dar direc ç ões , 1 ª à es querda - depois em frente - 2 ª à es querda -
frente - 2 ª à direita.
N o entanto, até mes mo c rianç as (e s em s erem ens inadas na tarefa) s abem fazer
um es boç o de mapa!
Creta: uma das raras imagens onde se vê uma cidade e contorno marítimo anexo.
F oram apenas es tes regis tos que res taram... ou havia inc apac idade de
orientaç ão?
A nível erudito is s o s eria tes e ins us tentável... havia geógrafos , que tinham mapas ,
c omo P tolomeu e E ratós tenes .
- A final, o problema é s ó que nada dis s o nos c hegou?
- O u, o problema é maior, e nem s equer temos qualquer es boç o de mapa, da
E uropa, à I ndia e C hina... já para não falar de outras c ulturas , c omo I nc as e
A ztec as .
C hegaram- nos regis tos detalhados , de dis c urs os romanos , de tratados gregos ,
mas nem um único mapa!
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31-12-2010 alvor-silves
D os mapas que é s upos to terem exis tido na Geograf ia de P tolomeu não nos c hegou
nenhum exemplar, e tal c omo de H eródoto ou E ratós tenes , apenas podemos julgar
as interpretaç ões no s éc . XI V ou pos teriores :
P orém, tudo des aparec eu até à A lta I dade M édia, idade em que temos os
primeiros portulanos mediterrânic os .
- É s upos to s er is to uma s ituaç ão normal?
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Sábado, 2 5 de D ezembro de 2 0 1 0
Anno Domini
O dia 2 5 de D ezembro e a E ra C ris tã (A nno D omini) foram popularizados apenas
no império de C arlos M agno, após trabalhos pas c ais do monge D ionís io
E xiguo (Séc .V I ) e pela influênc ia do Venerável Beda (Séc . V I I I ).
O s c álc ulos de Beda, apontavam a c riaç ão do mundo para uma data muito
prec is a:
- 1 8 de M arç o de 3 9 5 2 a.C . (e s eria dia 2 5 de M arç o, a c riaç ão de A dão) [fazendo
6000 anos, em 2048]
E s ta opç ão de dataç ão pelo ano de c riaç ão do mundo (A nno Mundi) foi us ada por
judeus , que atribuem 5 7 7 1 ao ano ac tual, havendo ainda um interpretaç ão
maç ónic a (A nno Lucis ) s imilar, mas ainda as s im diferente nos c álc ulos -
adic ionando apenas 4 0 0 0 anos à ac tual dataç ão [actualmente estaríamos em 6010].
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31-12-2010 alvor-silves
gregorianas (1 5 8 2 , pouc os anos depois de P ortugal tombar s ob F ilipe I I ),
permitiram ainda as s im, que es s a c elebraç ão natalíc ia da c oroaç ão de
C harlemagne s e mantives s e.
E s s a extens ão foi propagada pela E uropa oc idental, mas não na peníns ula I béric a,
que us ava a "E ra H is pânic a".
E s ta é a parte interes s ante... s endo que P ortugal foi o último reino a c eder à
mudanç a, em 1 4 2 2 , c om D . J oão I .
N a P eníns ula I béric a, us ou- s e depois do tempo de O c távio A ugus to, a E ra
H is pânic a, c om iníc io em 3 8 a.C ., data em que O c távio não tinha c omeç ado as
guerras que levariam ao fim da Repúblic a e à s ua c ons agraç ão c om I mperador
A ugus to.
A s razões para adoptar es ta efeméride s ão deveras es tranhas , e dific ilmente
jus tific áveis apenas por um is olamento ibéric o. Q uando em toda a E uropa s e
adoptava o A nno D omini, a peníns ula ibéric a manteve s empre até 1 1 8 0 a E ra
H is pânic a, e depois em 1 3 8 3 é J uan de C as tela que antes de tentar invadir
P ortugal, adopta também o A nno D omini. Res tará por quas e 4 0 anos a mudanç a
pelo s eu arqui- rival, o J oão da Boa M emória.
No Mosteiro da Batalha, na Capela do Fundador, ainda é possível ler as referências em ambas as cronologias
D omingo, 1 9 de D ezembro de 2 0 1 0
Gillray & Aragão
A lgumas c aric aturas de G illray c oloc am numa outra pers pec tiva a ameaç a que
N apoleão c ons titui para o "T eatro Real E uropeu":
Alexandre I (Rússia)
mos tram ainda outro interveniente direc to que, tal c omo P itt, L iverpool e
M etternic h, us aram os progres s os e rec uos napoleónic os para c ons truir uma
E uropa feita à s ua medida, o que no c as o rus s o inc luiu a P olónia.
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31-12-2010 alvor-silves
M enos c onhec idas , mas igualmente reveladoras e s ignific ativas s ão as
c aric aturas de J oaquim P edro A ragão (uma já foi public ada no blog
O deM aia), c omo também es toutra s obre N apoleão:
P ouc o es tá dis ponível s obre a vida de J . P . A ragão, mas há toda uma s equênc ia na
BN P de
ilus traç ões de J oaquim P edro de A ragão,
que revelam uma provável ligaç ão à c aus a miguelis ta, nomeadamente à linha de
J os é A gos tinho de M ac edo.
Maravilhos as , mas tris tes , inúteis , e s empre f únebres foram as tão celebradas
lâmpadas ou lucernas inextinguíveis dos Egípcios . Que maior maravilha, do que
luz perene de uma incombus tível matéria, s empre ardendo e s empre luzindo, s em
s ocorro de novo alimento, porque s em cons umo do primeiro?
Lâmpadas de Dendarah
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31-12-2010 alvor-silves
Q uando olhamos para es tas repres entaç ões podemos não querer ver as ampolas ,
e perc ebe- s e que até ao Séc .XX, antes da generalizaç ão das lâmpadas , ninguém
vis s e nada de es pec ial. P orém, quando vemos c abos ligados à extremidade fic a
difíc il não fazer a as s oc iaç ão. M as de onde viria a energia eléc tric a? E s s a
res pos ta já foi menc ionada aqui, foram enc ontradas as P ilhas de Bagdad, c om
mais de 2 mil anos , des c obertas em 1 9 3 6 , que func ionavam c omo baterias
eléc tric as primitivas :
A pilha de Bagdad
O utra prova des te avanç o c ivilizac ional, de que s e perdeu regis to, ou melhor, c ujo
regis to não é public ado ou public itado, é o c as o da M áquina de A ntic ítera (as s unto
já abordado por J M no blog P ortugalliae)
É c laro que da literatura árabe c hegou- nos ainda a fábula de A ladino e o génio da
lâmpada
e es tas his tórias ac abam s empre por revelar um outro s ignific ado. C omo um novo
olhar para o mes mo quadro... A final, há um mago que pers uade A ladino a entregar-
lhe o génio es c ondido na lâmpada.
O s egredo es c ondido na lâmpada revelou um G énio eléc tric o que permitiu um
progres s o tec nológic o s em prec edentes . E s tará na altura do mago rec lamar de
A ladino a lâmpada, e voltar a enc errar o nos s o génio?
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Segunda- feira, 1 3 de D ezembro de 2 0 1 0
A batalha dos Três Reis
E m terra de mouros , fic ou as s im c onhec ida a batalha de A lc ác er- Q uibir... a razão
s eria s imples , os três reis envolvidos teriam perec ido em batalha. A pres entamos
a c onhec ida (e únic a? ) ilus traç ão da batalha, feita por M iguel de A ndrada, um dos
s obreviventes :
Devoto: (...) Pois vemos que quando Lisboa era nada, em comparação do que hoje é, tinha aqui ponte de pedra,
segundo agora se parece nos pedaços de pilares que dela ali vedes, desta banda e da outra.
Galácio: Isso seria há muitos mil anos, em tempo que este rio seria mais estreito, e menos fundo.
Devoto: A largura é a mesma, segundo mostram os vestígios dos pilares que vedes, que chega o rio a eles e
não passa; e quanto a profundidade, ainda que seja mais, o que não sabemos, contudo, bem se pudera refazer de
pedra, que no fundo devem estar os alicerces ou bases dos pilares; quanto mais, que a arte da arquitectura com
dinheiro muito alcança e pode, para se fazer de hum só arco: pois dizem, que é infinita esta arte sem termo. E
vemos que naquele tão famoso rio Danúbio, está ainda em pé a ponte que nele mandou fazer o Imperador
Trajano, com quase todos os pilares inteiros por cima da água cento e cinquenta pés, os vinte deles, que se
parecem, e cada hum de sessenta pés de grossura, e o vão de cada arco de cento e sessenta pés. […] Por onde
digno era da grandeza de Lisboa, haver aqui uma famosa ponte de pedra, ainda que se fintasse para isso todo o
reino.
o que contradiz a afirmação "está ainda de pé a ponte..." que Andrade coloca em Devoto.
M ais uma vez, pequenos regis tos s oltos ... M iguel de A ndrade, que ac ompanhou D .
Sebas tião, fala de uma ponte que s e perdeu o ras to, o ras to dos pilares , e pior,
perdeu- s e mes mo o mito des s e ras to. U ma ponte, c om milhares de anos ligando
L is boa e outra margem... que margem? Será fác il argumentar que é a ponte de
Sac avém, relatada por F ranc is c o de H olanda (1 5 7 1 , Da f ábrica que falece a cidade
de Lis boa), mas há um problema... ou falamos de pequenas pontes - inferiores a 3 0
metros (s obre o T ranc ão), ou falamos de pontes s uperiores a 3 0 0 0 metros (s obre
o T ejo)! F ala- s e em mudanç as da pais agem por c ons equênc ia do terramoto de
1 7 5 5 ... após is s o bas taria uma ponte de madeira s obre o T ranc ão (... s e falarmos
da mes ma Sac avém).
A final há s empre explic aç ões , mes mo que infundadas , e a des truiç ão de 1 7 5 5
aparec e s empre c omo explic aç ão de rec urs o às divers as perdas nac ionais . O
panorama de partilha mundial prec is ou ainda de inc urs ões mais c irúrgic as para
readaptar a pais agem a uma es tória c ons is tente.
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31-12-2010 alvor-silves
Bid theatres , and proud tragedians , Bid Mahomet's Poo, and mighty Tamburline,
and the res t. King Charlemagne, Tom Stukeley, and Adieu !
D ific ilmente s e c oloc aria numa mes ma fras e M aomé, T amerlão, C arlos M agno e o
quas e des c onhec ido Stukeley... porém os s eus c ontemporâneos dão- lhe algum
relevo c rític o, talvez s us peitando s er filho de H enrique V I I I . A final, o título da
peç a ac aba por c oloc ar quas e ao mes mo nível a morte dos três reis e a morte de
Stukeley. E s s e s erá um moto de interes s e para o públic o inglês , já que Stukeley
teria proc urado depor a rainha I s abel.
C omo diria F uller, a propós ito de Stuc keley, mas referindo- s e à batalha de
A lc ác er:
A f atal fight, where in one day was s lain, Three Kings that were, and One that
would he fain
NOTA: Há um ano atrás, quando comecei esta publicação, comecei com D. Sebastião, abordando
algumas inconsistências que foram transparecendo a partir da cartografia antiga, com que acidentalmente me deparei.
A partir daí, tratou-se de tentar desmontar e montar um gigantesco puzzle com milhares de anos, começando com a
parte em que é evidente que as peças não encaixam - os descobrimentos marítimos. Fica o obrigado a quem foi seguindo
este percurso, e não me deixou a falar sózinho - Maria da Fonte, José Manuel, Calisto, KTemplar.
D omingo, 1 2 de D ezembro de 2 0 1 0
Os dois Reis Magnos
A lexandre M agno e C arlos M agno tornaram- s e figuras inc ontornáveis na
his toriografia internac ional, tendo s ido exec utores de impérios que s e
prolongaram na memória até hoje. E m ambos os c as os , os grandes impérios que
ins tauraram terminaram após a s ua morte, s ubdividindo- s e em vários es tados
que, apes ar des s a divis ão, mantiveram o legado c ivilizac ional que trans portavam.
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31-12-2010 alvor-silves
O final des ta hegemonia s ingular da aris toc rac ia ac aba por definir- s e no T ratado
de V es tfália, na D euts c he Welle, que pulverizará a A lemanha em c entenas de
pequenos es tados /princ ipados . O Sac ro I mpério G ermânic o dis s olve- s e e a
F ranç a emerge c omo grande potênc ia europeia, numa altura em que a I nglaterra
es tava s ubmers a na s ua guerra c ivil interna (e pos ta à parte da realeza, c om a
" repúblic a" de C romwell).
A derrota dos H abs burgos , para a qual foi dec is ivo o empenho de Ric helieu, e de
G us tavo I I da Suéc ia, es tabelec eu o fim da influênc ia papal, e a derrota da
s upremac ia es panhola.
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U ma E uropa mais forte s obreviverá a N apoleão, tal c omo uma Roma mais forte
s obreviveu a C és ar...
A pes ar de s erem honrados c omo generais , nenhum foi M agno... nenhum foi
definido c omo promotor de uma revoluç ão c ultural. A ambivalênc ia europeia
c onviveu pos teriormente entre a linha abs olutis ta de M etternic h e a c ontaminaç ão
liberal que s e propagara nos ideais da revoluç ão franc es a, mas a c umplic idade já
es tava definida para es tabelec er uma ordem mundial no C ongres s o de V iena...
impas s ível mes mo perante o breve res s urgimento de N apoleão no palc o europeu.
Congresso de Viena (1815). Wellington sairá para derrotar Napoleão em Waterloo... uma formalidade!
We proc eed with the ac c ount of G alvano's text: T ratado dos des c obrimentos
antigos e modernos (1 5 6 3 )
Chinese sailing. I n the beginning of his text G alvão brings the dis pute on the firs t
s ailing ac hievements . I n 1 5 6 0 he has no problem in giving s ome c redit to I ndians
or C hines e (and Taibencos - a name now los t, it may be as s oc iated to T hailand and
other Southeas t A s ian c ultures ). I n fac t he s tates that the weather is s o warm and
the s eas are s o c alm, that even in a canoe dis coveries could be made.
Jason and A lceus. G alvão plac es the legend of J as on (and A lc eus ) with the
A rgonauts , around the s ame time. T he voyage was from C rete (or G reec e) to the
P ontus through St. G eorge to the E uxinus . T hen A lc eus c ontinued traveling by
land until N orth G ermany, and proc eed by the c oas t of Saxonia, F ris ia, N ederlands ,
F ranc e, Spain reac hing again the P eloponnes us and T rac ia - this he c alls the
“dis c overy of mos t part of E urope”.
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Jason's voyage to Colchis with the Argonauts - "ancient" names of Caucasian provinces.
... one should ask - an epopee reporting a short voyage - almost a fishing trip!
Menelaus. L ike D uarte P ac hec o P ereira, G alvão quotes Strabo (that c ites
A ris tonic o) to c redit the voyage of M enelaus around A fric a (c ounterc loc kwis e) ,
and almos t offers no doubt about it. H e emphas izes that the M editerranean Sea
was c alled Adriatic, Aegean, or Herculeo... ac c ording to different times . L ike P ac hec o
P ereira, it is now G alvão that diminis hes this 1 5 th c entury P ortugues e
ac hievement of G ama, c rediting it to M enelao, after T roy.
We now have two ac c ounts of anc ient s ailing… M enelao embarked on a journey
around A fric a, U lys s es was los t s ailing on unknown s eas (… probably the A tlantic )
at the time of T roy.
P revious ly, when G alvão mentions T roy, he s ays that it was founded (around 8 0 0
years after the D eluge) by the D ardanes “who brought f rom the I ndies to Europe
s pices , drugs , and s o many other things that are s carce now”. H e als o s ays that their
main port was c alled A rs inoe (c omplaining that it was renamed Suez), and the
trade c ontinued in c aravans of c amels to the E as tern Sea, to a town c alled C azom,
all this before P haraoh Senus ret.
Solomon. G alvão gives c redit to King Solomon travels , in the years 1 3 0 0 after the
D eluge. Solomon made an army that embarked on a three year s ailing journey to
lands c alled Tarcis and Ophir. A s they brought many gold, s ilver, c ypres s and pine,
he then as s umes that the only pos s ibility is that they had s ailed to L uzon
(P hilippines : Luções ), O kinawa (J apan: Lequios ) or C hina. G alvão deliberately
mis s es to jus tify the gold… it may s eem he is avoiding to identify Tars is with Spain
or to loc ate Ophir in America, where thes e materials were c ommon.
H imelion went upwards until F ranc e, G ermany, probably Sweden and even
I c eland. G alvão as s oc iates it to the I c eland is land T hule (6 6 º N ), s o c old
that he c alls it “St. P atric k’s P urgatory”, and des c ribes the volc anoes , one of
whic h was c alled Ecla (~Katla? ). H e goes even further, s aying that the fis h
were s o big that a c hurc h was made from the bones (this might sound not so surprising
today, as we are acquainted with whales dimensions… but it could sound bizarre at the time. Reports sound
strange and fabulous if you are not familiar with them, and when you are instructed to reject them).
H anno went along the C oas t of A fric a, finding the Fortunate I s lands that
G alvão as s oc iates to the C anaries , and other arc hipelagos : D orc adas ,
H es perias and G orgonas . C onc erning thes e is lands he jus t s ays that others
as s oc iate them to the C ape V erde arc hipelago. L ike D uarte P ac hec o P ereira,
both bas ed on Strabo’s ac c ount, s tate that H anno made the whole tour of
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A fric a until G uardafuy C ape, previous ly c alled A romatic C ape. O f c ours e he
s ays that others pretend that he never went further than Sierra L eona, and
that he was followed by P ublio only until the L ine (?~Equator Line). H owever
G alvão argues that it took 5 years to H anno to return to Spain, and this
would have been too muc h time for s uc h a travel... probably meaning (in an
implic it fas hion) that H anno’s vis it to the H es perides and other is lands was
in the A meric an c ontinent.
Persians. G alvão als o s tates that previous ly to H anno, in the year 4 8 5 BC , the
P ers ian emperor Xerxes s ent his nephew Satas pis to make the s ame c ontour of
A fric a.
The most impressive conclusion that one gets while seeing all the list made by Galvão is that Atlantic navigations were
quite common in all times, and were reported by different civilizations.
Nowadays, since the celebrated Kon Tiki and other solitary navigations in small boats, it was made clear to the general
audience that the major difficulty in ancient sailing was orientation, which was not a problem for sailors with some
knowledge of the stars and sun movements... it could be a problem only to produce exact charts.
Despite the evidences, people are led to believe that a short voyage from Greece to the Black Sea could justify
the writing of Jason's epopee... knowing that it is more difficult to sail between greek islands.
Or even more ridiculous... we are led to believe that the Greeks would gather in a voyage to Troy that it was in
the nearby shore, Troy would be closer to Mycenae/Athens than to other greek cities like Miletus...
Le coup de grâce, we are led to believe that Ulysses adventure, 10 years lost in the sea, was held in the
Mediterranean... as if it was possible to a Greek sailor to be that lost in the Mediterranean.
As a consequence, if we are led to believe in all this, since we were young, it is easy to control our mind and the way we
think.
(to be continued)
Publicada por AlvorSilves em 08:56 0 comentários Hiperligações para esta mensagem
A propós ito de N apoleão, G arrett c ons egue s er bas tante eluc idativo:
"A França e o mundo agradecido s e pros traram ante ele, e o adoraram como ao
s alvador da es pécie humana." (...)
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http://putl.pt/5199
A C órs ega c om P as quale P aoli não era uma repúblic a... pois a rainha dec larada
era a "V irgem M aria". E s s a breve independênc ia republic ana de G énova foi
quebrada c om a venda da ilha à F ranç a que a c onquis tou. A pes ar dos es forç os de
P aoli, exilado em I nglaterra, a C órs ega não voltou a obter a independênc ia... e
perdeu o motivo - afinal o maior es pírito de F ranç a, N apoleão, teria nac ionalizado
a C órs ega pela s ua própria origem. A ques tão perdeu o impac to, e o c urto
movimento independentis ta c ors o foi- s e dis s ipando.
"E es s e homem, que havia s aído das falanges do povo, e de quem todos
es peravam liberdade, não s ó pejorou e atraiçoou a caus a que def endera (...)
des prezou o apoio de quem o alevantara, e quis f irmar-s e nos abus os e no erro,
que j á haviam precipitado os s eus anteces s ores : chamou as clas s es inúteis para
redor do s eu trono, f ederou-s e com os reis e potentados contra as nações e os
povos , retrogradou a civilização e cuidou de aniquilar a liberdade"
http://purl.pt/5203/
"[os reis ] ligaram-s e, pelej aram contra o s oldado da fortuna enquanto ele traj ou
as roupas da liberdade, e des embainhou a es pada em prol da humanidade. Venceu
ele (...) f orj ou um ceptro como o deles , e des de es s e momento f oi ídolo e adoração
dos reis , o que havia s ido dos povos . Solicitaram a s ua aliança, pagaram-lhe
páreas e tributos , receberam as s entamento de criados s eus , pros tituiram-lhe as
s uas f ilhas !..." (...)
"Em s uma, a guerra dos povos é aos privilégios exclus ivos , incertos , vagos e
arbitrários , como a vontade de um s ó homem de cuj o capricho emanam: ela é por
toda a parte a mes ma, unânime. Se entre uma nação es ta clas s e s e empenha mais
na guerra, entre es s outra, outra clas s e; as circuns tâncias particulares , a
particular natureza ou cons tituição das s ociedades produz es s a dif erença, não a
natureza da contenda, não o obj ecto dela, não o f im, não a caus a.
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s éculo, à opinião dos povos , o es tado de guerra entre governante e governado
exis te; onde as clas s es que pos s uem e produzem trabalham s ó, as que s ó
cons omem governam s ó, por horas ou por dias es tá a pelej a aberta entre elas ."
P oderia parec er que G arrett es tava a s er influenc iado pelas ideias de Karl M arx...
mas há uma diferenç a temporal - quando G arrett es c reve es te texto, M arx teria
apenas 1 2 anos .
Publicada por AlvorSilves em 07:17 2 comentários Hiperligações para esta mensagem
A prendemos que o extermínio de populaç ões e c ivilizaç ões foi obra inc auta de
c onquis tadores es panhóis , dific ilmente algo s emelhante poderia ter tido lugar na
époc a da luzes c om outros país es ? ...
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O nome "A c ádia" leva- nos a dis tantes paragens es pac iais e temporais - a
A c ádia, de Sargão, c . 2 3 0 0 a.C .
O império A c adiano que Sargão protagonizou, es tendeu- s e até às paragens
feníc ias , tendo lanç ado as bas es para Babilónia, lendo- s e num texto s umério:
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ALVORSILVES
Tratado de Nanquim, 1842
E xis timos enquanto
A s potênc ias oc identais , princ ipalmente I nglaterra, E U A , Rús s ia, F ranç a, iriam pens armos .
definir tratados des iguais que manteriam a C hina, C oreia e J apão s ob c ontrolo
aliado. M udou muita c ois a, houve as revoltas dos Boxer pas s adas algumas
déc adas , a revoluç ão c ultural de M ao, pas s ados c em anos , mas es tes país es s ão
ainda os detentores do direito de veto no C ons elho de Seguranç a da O N U . A
C hina ac abou por trilhar um c aminho em que evitou s empre qualquer c onflito email: alvors ilves @gmail.com
direc to c om os res tantes , e aparec e agora em pos iç ão des afiante.
scribd: alvors ilves 3 8 9 6
knol: T es e A lvor- Silves
D e 1 8 5 1 a 1 8 8 0 aparec e na H is tória dos E U A uma populaç ão de 2 2 9 0 0 0
imigrantes c hines es dis pos tos a trabalhar, em partic ular no T rans c ontinental
Railroad, que ligaria o A tlântic o e o P ac ífic o. N ão c onheç o regis to dos detalhes V er o meu perfil c ompleto
que jus tific ariam uma imigraç ão c hines a s em prec edentes e tendo c omo des tino
únic o os E U A . G rande parte des te período oc orre em plena G uerra da Sec es s ão A rquivo do blogue
(1 8 6 1 - 6 5 ), e também no momento pos terior à anexaç ão da C alifórnia ao M éxic o
(1 8 4 6 - 4 8 ), a que s eguiu uma explos ão de regis to populac ional c aliforniano, de 1 0 ▼ 2 0 1 0 (5 0 )
mil antes de 1 8 4 8 , pas s aria a mais de 1 0 0 mil em 2 anos , quando em 1 8 5 0 ▼ D ezembro (3 )
pas s a a s er o 3 1 º es tado americ ano. É ainda nes te c ontexto que s urge a
F us ang
impos iç ão americ ana do c omandante P erry e o T ratado de Kanagawa (1 8 5 4 ):
A ques tão G aia
F énix e F eníc ia
► N ovembro (8 )
► O utubro (6 )
► Setembro (5 )
► A gos to (1 )
► J ulho (1 )
Puccini - Mme Butterfly (1904), por M. Callas (1954)
► J unho (7 )
Et iquet as
P ouc o antes , aparec e em mapas , a norte da C alifórnia, a c hamada I lha C hines a de
de C alis to (1 )
F us ang (ou F ou- s ang), por exemplo num mapa de P h. Buac he
E nglis h (3 )
E s torias (1 1 )
H is toriadores (1 1 )
Q ues tão G aia (2 )
T es e- A lvor- Silves (2 6 )
file:///G:/a-s/alvor-silves4.htm 1/19
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Cont as
7408
Últ imos coment ários
Mapas (1753, 1792) onde Fusang - Terra Chinesa - é identificada com parte da costa Pacífica americana.
A G uerra da Sec es s ão americ ana inic iada em 1 8 6 1 s urge nes ta pers pec tiva num
c ontexto c ompletamente diferente. M ais uma vez a ques tão da oc ultaç ão es taria
c oloc ada em c ima da mes a, e o problema da es c ravatura não s eria apenas a
libertaç ão da populaç ão afro- americ ana, s eria uma c ontinuaç ão da G uerra do
Ó pio, em que a opinião públic a s eria enredada numa alienaç ão dos fac tos .
file:///G:/a-s/alvor-silves4.htm 2/19
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N o as pec to mas c ulino, Maj o terá as s oc iado M aio, mas do folc lore de
trans mutaç ões que s e es c ondeu na letra G (que dá para C aius /G aius ou
C aia/G aia) não me s urpreenderia a as s oc iaç ão M ajo a Mago... (ou então, c om o
tratamento "c h" que damos ao " j" poderia bem ler- s e M ac ho... já o c as telhano
c umpriu melhor o dis farc e c om o s om " rr" para o "j").
D ir- s e- à que invoc ando troc as de letras , as as s oc iaç ões não têm fim e tudo é
permitido... mas não é bem as s im! H á regis to c aus al s us peito nuns c as os ,
enquanto noutras s ituaç ões , s em o nexo c aus al, poderá s er c ons iderado
ac idental. A es c rita pode violentar mais fac ilmente a tradiç ão fonétic a oral, que é
bem menos c ontrolável que a es c rita.
E xérc itos de eruditos e doc umentaç ões indubitáveis podem dizer que a ligaç ão
M aja/M aia nada tem a ver c om a alteraç ão s imilar G aja/G aia... Sim, s e fos s e
apenas es s a a c oinc idênc ia, poderíamos bem s eguir s empre a voz do altifalante,
mas não abdiquemos do nos s o próprio es c rutínio.
Q uando s e alimenta o abs urdo por s éc ulos , a c redibilidade efec tiva é pouc o mais
que nada... e a troç a rec ai s obre a pos tura dos anões s obreviventes , guardadores
do anel de Saturno, o gaiato, filho de G aia e Ú rano.
GUA
A linha das analogias na nomenc latura, que a D uques a de M edina- Sidónia
proc urou s eguir, na s ua c onexão Á fric a- A méric a, foi diferente da nos s a, mas
c hegou a paralelis mos s emelhantes , que obtivemos s eguindo a c artografia e a
des c riç ão dos c ronis tas .
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H á no entanto um ponto revelador que abunda nas atribuiç ões feitas às línguas
indígenas americ anas e que tem uma c onexão fonétic a direc ta c om a c ultura
andaluza... o termo G U A , que pura e s imples mente deveria querer s ignific ar Á gua.
P odemos as s umir que a origem é o latino A qua, mas parec e mais indic ado enc arar
o invers o, e ac eitar a raiz de uma s imples indic aç ão direc ta: " a gua" - a água. A
diferenç a fonétic a entre " qua" e "gua" pode s er imperc eptível.
É óbvio que es ta livre s us peita tem dupla raiz nos rios G uadiana e G uadalquivir,
que leremos c omo:
Gua de Ana, e Gua del Quibir... e fic amos por aqui, apenas s alientando que a palavra
árabe para água é almaa (havendo c ertamente alternativas ...).
N a A méric a C entral e A ntilhas , multiplic am- s e os nomes que us am "G ua", pelo
que dis pens amos a enumeraç ão exaus tiva, por exemplo: Guatemala, N ic arágua,
lago M anágua, G uarumal, G uálan, rios M otagua, Á guan, as ilhas M ayaguana ou
mes mo Guadalupe... G uadalc anal, G uam, G uadalajara, G uana, G ualala, G uaytec a,
G uantanamo, etc ... enc ontramos mais des ignaç ões em mapas primitivos , antes
das c onvenientes alteraç ões pos teriores .
É c laro que is to pode nada s ignific ar, mas pode também s ignific ar a pres enç a de
uma c ultura c om fonétic a s emelhante que influenc iaria o A tlântic o, des de a zona
do E s treito de G ibraltar a toda a A méric a C entral (e s ul).
O s ac rifíc io do pelic ano, que s e auto- flagelava para alimentar os filhos , não é
muito diferente do mito da fénix, que antec ipando a morte, renas c e num filho que
depos itaria depois as c inzas no templo de H eliopolis .
H á várias H eliopolis (c idades do s ol), uma das quais era a feníc ia Baalbek
A es c olha des ta c idade F eníc ia para a F énix, é c laramente fonétic a... é difíc il não
as s oc iar fénix e fénice... e a palavra s ervia para identific ar em grego a c or púrpura
c om que c arac terizavam os feníc ios , pelo c omérc io as s oc iado, e também as
palmeiras de tâmaras .
A té que ponto s erá adequado as s oc iar uma fénix à feníc ia, no s entido em que s e
tratava de uma c ultura que renas c ia dos s eus próprios apoc alips es ? N es te
s entido, a heranç a feníc ia ultrapas s ava um povo partic ular s ituado na c idade de
T iro, ou nas s uas c olónias C artago e C artagena... es s es s eriam já renas c imentos
de c ivilizaç ões anteriores , eventualmente de uma pos s ível c ultura atlântida.
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Etiquetas: Tese-Alvor-Silves
I nterior do Brazil (em 1 8 4 5 ): des cobertas ruínas de uma grande cidade com
s oberbos edif ícios e ins crições em língua des conhecida conf irmaria que a his tória
do Bras il s eria mais antiga que a do Perú ou México.
V ulc ão de P urac é - C olômbia (Ric ardo G utierrez): Cos ta pergunta s e af inal não
s eria conhecido o des cobrimento de uma cidade ante-diluviana por Gutierrez, nas
proximidades do Vulcão de Puracé...
Seguidamente, Costa tenta argumentar que a população americana seria de origem asiática, por possível ligação antiga
entre os dois continentes. Isto é especialmente curioso, pois mostra que a tese actual de migração asiática para
territórios americanos, através do estreito de Bering, não era na altura bem aceite. Mais à frente (pág. 26) salienta que
o próprio Galvão já seria dessa opinião.
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C itaç ão de Sénec a (perc eptor de N ero): uma fértil terra exis te no Oceano, além
do qual outro mundo, outras praias des pontam, pois em parte alguma des aparece
a natureza e as cois as , mas onde s e julga des aparecer, s empre uma nova s e
levanta.
Cândido Costa cita António Galvão, Manuel de Faria e Sousa, frei Bernardo Brito, para enfatizar outras opiniões de que os
cartagineses já teriam alcançado a América. Argumenta ainda a existência de nomes de homens no Brasil com nomes
tipicamente hebraicos, e que essa população primitiva (fala de Chus, Misvaim, e Josué) teria ocupado o litoral da
América do Norte, com uma arquitectura semelhante à egípcia ou à mais antiga, do Indostão. Parece estar aqui a
referir-se às pirâmides na América Central, salientando que estas seriam de uma raça mais industriosa do que a que era
presente à altura dos conquistadores espanhóis (provavelmente falaria de Tiahuanaco ou Teotihuacan). Refere o
misterioso desaparecimento, associando-o ao desaparecimento das colónias de Hannon em África ou dos
dinamarqueses na Gronelândia... e anunciando que o mesmo iria acontecer aos Portugueses na África e na Ásia.
Costa refere ainda que os chineses e japoneses lembram um desembarque de Tártaros na América, por volta de 782 d.C
e depois 1281 d.C, mas tendo como objectivo um desembarque no Japão!
I lha de G uadalupe (A ntilhas ) & I lha dos M ortos - Rio C ubatão - São
P aulo: f ala da des coberta de os s adas humanas em es tado de f os s ilização e
ac res c enta que a des c oberta des tes fós s eis teria s ido public ada na revis ta
c ientífic a T rans . P hil. de F iladélfia. - S eria esta a base de argumentos cinematográficos dos
anos 50/60 e depois desaparecidos - humanos contemporâneos de dinossauros?!... A proveita para falar
do c ontras te entre o gigantes c o P atagão e o pequeno es quimó... na altura
ainda não s e tinha c ons umado o extermínio da raç a na P atagónia, is s o foi
levado a c abo na trans iç ão para o s éc . XX, pelo governo argentino.
C idades do M éxic o (c ita L as c as as ): "debaixo de qualquer as pecto que
cons ideremos es te país , tes temunha de maior antiguidade que a que nos
of erecem s eus anais : a Cidade do México, Tlas cala, Chulula, Tacuba, Zempoala,
Tezeuco, eram comparadas pelos conquis tadores às da primeira ordem de
Es panha". P erguntamos nós ... que ves tígios res tam des tas c idades
enumeradas ?
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Cândido Costa fala também do relato de Platão sobre a Atlântida, que seria secundado por Estrabão e Diodoro, e fala na
possibilidade de um continente submerso englobando as ilhas da Macaronésia. Ao mesmo tempo cita Aristóteles,
dizendo que a Atlântida teria sido descoberta pelos Cartagineses, mas que o seu Senado teria interditado a navegação
sob pena de morte. Mais uma vez é natural confundir-se aqui a Atlântida com a própria América.
(é possível ver ruínas desconhecidas nas duas margens na lagoa à direita, entre o espelho da água)
O relato não termina aqui, mas torna- s e evidente que a des truiç ão da es tátua
do C orvo, a oc ultaç ão dos ac hados de M ontevideu, do vulc ão P urac é, e o
res tante, s ão apenas mais alguns exemplos que nos mos tram que não houve,
nem há nenhuma intenç ão em trazer luz s obre es tes as s untos . A polític a levou
a genoc ídios para a oc ultaç ão de evidênc ias , s em que as próprias populaç ões
perc ebes s em a razão pela qual eram alvo de tal ódio.
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Etiquetas: Historiadores
Sábado, 2 7 de N ovembro de 2 0 1 0
História segundo Schwennhagen (1)
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N ão es perava enc ontrar um regis to tão revelador e c ons is tente, c om uma vers ão
alternativa da H is tória, c omo a public ada pelo his toriador L udwig Sc hwennhagen,
aus tríac o no Bras il, em 1 9 2 8 (ano do cras h bols is ta), pros s eguindo a linha de
trabalho de C ândido C os ta e Bernardo Ramos , que c ita abundantemente.
A tes e de Sc hwennhagen é c ons is tente c om muito do que já aqui foi es c rito, mas é
muito mais pormenorizada.
(viii) C itando D iodoro de Sic ília, relata que após a G uerra de T róia, várias novas
c idades foram denominadas T róia, tendo s ido os feníc ios que trans portaram es s as
populaç ões derrotadas para novas T róias , nomeando uma perto de
V eneza/E trúria, uma na c os ta de M arroc os e outra perto de V igo (mas não s e
refere à de Setúbal). A s s oc ia ainda T utóia, no Rio G rande do N orte, a uma outra
fundaç ão, pela c ontrac ç ão dos nomes T ur (T iro) e T róia.
(x) É rec onhec ido que C artago não proc urou s oc orrer T iro, quando A lexandre
M agno c onquis tou e c hac inou os s eus habitantes em 3 3 2 a.C , vendendo 3 0 mil
mulheres e c rianç as c omo es c ravos . O s c artagines es c ontinuavam as relaç ões
c omerc iais c om o Bras il, s em os feníc ios , até que ac abaram por s uc umbir às mãos
romanas nas guerras púnic as .
(xi) N o entanto, A lexandre proc urou que a nova A lexandria s ubs tituís s e T iro
nes s e grande papel marítimo dominante. É então invoc ado o relato de C ândido
C os ta s obre a pres enç a de uma tumba ptolomaic a perto de M ontevideu (em
D ores ).
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(xii) Sc hwennhagen c ons idera a exis tênc ia de uma grande batalha entre gregos e
c artagines es s obre o c ontrolo bras ileiro, e es s a pres enç a de um s epulc ro c om um
grande número de armas s eria o último regis to dos s obreviventes gregos a es s a
grande batalha. A c res c e a is s o as ins c riç ões na s erra de A nas tabia que s eriam
talvez um regis to indígena des s a batalha.
Em 1928 Schwennhagen não pressupõe que estes factos estão a ser deliberadamente ocultados. Não deixa de se
insurgir contra a não aceitação na História dos relatos de viagens fenícias e cartaginesas explícitas na História
Universal de Diodoro Sículo, salientando que sendo ele de origem grega não teria nenhum interesse em favorecer
um relato fantasioso de uma cultura rival.
A obra que lemos é uma reedição de Moacir Lopes em 1970, passados 42 anos, com uma esperança clara de que
o texto de Schwennhagen não voltasse a cair no esquecimento. E no entanto, passados novos 40 anos, volta a
constatar-se que o texto é raríssimo, pouco publicitado, e mesmo com o potencial de divulgação da internet,
tudo continua praticamente na mesma! As coincidências repetem-se demasiadas vezes, porque não são
coincidências...
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... apesar de haver muitas itacoatiaras, como a Pedra do Ingá, não encontrei nenhum registo para Minas Gerais.
Destes vários registos assinalados por Cândido Costa seria de esperar numerosas referências na internet... no entanto,
para além dos sítios conhecidos, próximos da Pedra do Ingá e da Serra da Capivara, as outras referências são apenas
vistas em textos antigos.
(c ontinua)
E entretanto, enquanto preparávamos este texto, encontramos um texto surpreendente de Ludwig Schwennhagen:
http://www.scribd.com/doc/7389093/Fenicios-No-Brasil-Ludwig-Schwennhagen-PDF
Etiquetas: Historiadores
"The work though s mall in bulk contained s o much rare and profitable matter, as I
know not where to s eek the like, within s o narrow and s traight a compas s e".
I n G alvão you may found a c ons is tent theory with s tatements of previous c ontac ts
between C hina, E urope and A meric a. Some of thes e relations are now ac c epted,
but mos t of them were los t in H is tory books , s ome are made myths , or s imply
foolis h theories - you pic k!
King Tubal. G alvão s tarts to rec all the H is panic myth of King T ubal that in the year
1 4 3 after the Biblic al D eluge travelled from the C auc as us to the I berian
P enins ula. T his is quite interes ting as the C auc as us may be divided in three
regions , C olc his , I beria and A lbania. C olc his links to the eas t part of the Blac k
Sea, A lbania to wes t part of the C as pian Sea, and I beria was in the middle… M ount
A rarat is nearby, in A rmenia.
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Caucasus Kingdoms: a sketch in the “Atlas of Ancient and Classical Geography” by Samuel Butler
C olc his is as s oc iated to the trip of J as on and the A rgonauts , s earc hing the G olden
F leec e of its King A eetes (s on of the s un- god H elios and of the oc eanid P ers eis ).
T he as s oc iation of the C auc as ian I beria and the I berian P enins ula is only kept
through this legend?
I t is worth noting als o that A lbania bec ame a c ountry loc ated wes t, above G reec e.
T hes e c auc as ian lands were later c onnec ted to the A lans that invaded the I berian
P enins ula in the 5 th c entury A D . T he name L anc as ter was written in P ortugues e
as A lanc as tro, meaning “C as tle of the A lans ”… but this is a later s tory.
G alvão s tates that navigations already took plac e by the time of King T ubal.
T he name T ubal was as s oc iated to the portugues e c ity Setubal and nearby T roia
(T roy, in portugues e)... until the XI X c entury. Y ou may think that after the Spanis h
I nquis ition, no s uc h thing exis ts anymore, or you may wonder if a s of t inquis ition
takes plac e - s ec rets are kept with intelligenc e... and agenc ies !
A work that is not known is not a menace, you just have to control the damage... if it happens to be known to a larger
audience, you descredit them with a respectable academic lobby. You just have to wait, and people will forget about it.
G alvão als o talks about the mythic al voyage of the amazon queen Semiramis to
E thiopia and the defeat of an I ndian King E s c orobatis , with a fleet of one thous and
s hips , near the H indu river.
King Hispalo. G alvano c ontinues , s tating that by the year 6 5 0 after the D eluge,
King H is palo of the I berian P enins ula s ailed up to C ape V erde. H e goes even
further, s aying that G onzalo de O viedo (in “C hronic as das A ntilhas ”) c onjec tured
that H is palo even went to the A ntilles , and this was the reas on why A ntilles were
c alled H es perides in anc ient times . H e then relates in a s ubtle way the A tlantis
ac c ount of P lato to the whole A meric a, and goes even further s aying that their
Kings were at s ome time the L ords of “our lands ”. H e goes even further, and the
text is worth reading… (for instance, he mentions lost islands of Calex and Frodisias, and that Azores and
Madeira Islands were just a part of a whole land. Gibraltar Strait was closed, Sardinia and Corsica were gathered, Sicily
and Italy too… )
C onnec ting is lands to main lands in anc ient times , he als o s tates that C eylon
might have been c onnec ted to I ndia, and Sumatra to the M alayan P enins ula,
profiting to dec lare als o a c onnec tion to a nea rby f i rm la nd, that he does not
name... but it c ould be s een as a report of A us tralia (only offic ially dis c overed
c enturies after G alvano’s text).
G oing further on, he reports als o a probable c onnec tion between Sumatra and J ava
(named Samatra and J aoa in the text) and other is lands until Borneo. H e als o
mentions a probable anc ient c onnec tion between C hina and H ainan (A ynao)
is land. T hes e explanations were given to jus tify s ome differenc e to P tolemy maps
that he believed that s hould des erve more c redit.
Pharaoh Senusret . G alvão als o reports s ailings in P haraoh Senus ret (Ses os tres )
time, around 9 0 0 years after the D eluge, before the War of T roy. H e als o mentions
that Senus ret made a c hannel between the Red Sea and the N ile at the c ity of
Seroum (probably Sharuna). T his was made to eas e the trade between I ndia with
E urope. H owever he then s tates that this took no effec t “otherwis e A fric a would be
an is land”! ! A nyhow, from this information, us ing Google M aps , we notic ed a huge
valley going from the N ile into the Red Sea.
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(to be c ontinued)
D omingo, 2 1 de N ovembro de 2 0 1 0
Minas de OZ
N uma reproduç ão fac - s imile do mapa de 1 5 0 0 de J uan de L a C os a, c oloc ada no
A tlas do V is c onde de Santarém, enc ontramos uma referênc ia s ingular às Minas de
Oz.
J á todos ouvimos falar no F eitic eiro de O z, ainda que não tenhamos vis to o filme
technicolor de 1 9 3 9 ... (irá aparec er em 2 0 1 1 uma nova s érie Witches of Oz, filmada
no iníc io des te ano).
O filme original é ins pirado em toda um s érie de es tórias de L . F rank Baum s obre
uma T erra de O z, devidamente c artografada:
M as c omo é óbvio, es te texto não diz s ó res peito ao as pec to fic c ional de L yman
F rank Baum, nem da s ua revolta perante o mas s ac re americ ano dos índios L akota
no Wounded Knee M as s ac re.
O texto é s obre a influênc ia s ubmers a que es tes eventos foram tendo, e a forma
c omo os nomes s ingulares ac abaram por nos s er trans mitidos de forma implíc ita!
O "non-estic ocean" de Baum aparece localizado em posição semelhante ao Índico no mapa de Cosa... mas é claro que o
OZ de Baum sendo abreviatura de Oscar Zoroaster, tem um contraponto na abreviatura OZ para a unidade de massa
que é a Onça (aprox. 28 gramas), usada na ourivesaria. Essa unidade de um sistema duodecimal, tinha já aparente
expressão na cultura greco-romana antiga, e dela nos restam ainda os múltiplos (arroba=512=29 onças,
quintal=2048=211 onças)
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O fac to mais s urpreendente des ta C arta não é tanto a pres enç a de terras
americ anas a oes te, marc adas a verde (à es querda). O mais s urpreendente é a
identific aç ão de uma ilha na pos iç ão da D inamarc a.
P edro Reinel, c ons iderado o maior c artógrafo do s eu tempo, nunc a des enharia a
peníns ula dinamarques a c omo ilha, a menos que houves s e um propós ito diferente.
É es s e propós ito diferente que aqui é debatido... c omeç ando por c omparar c om a
c arta feita pelo mes mo autor, em 1 4 8 5 , que as s inou de forma diferente: "Pedro
Reinel me fez", não invoc ando um tempo pas s ado. E s s a c arta de 1 4 8 5 parec e s er
qualitativamente s uperior a es ta (de 1 5 0 4 ? ), não havendo aparente razão para a
perda de qualidade... nem razão para s er apenas uma c arta res trita ao A tlântic o
N orte, a menos que tal c omo no outro mapa, uma rotaç ão des te mapa revele algo
diferente.
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- a parte africana é reflectida como uma parte ocidental da América do Sul - zona do Perú.
E s ta não s e pode c ons iderar uma prova objec tiva literal, pois es tá s ujeita a
interpretaç ão. N o entanto, é c laro que s e no mapa de 1 4 8 5 es tava implíc ita
informaç ão, fic aria a pergunta s e haveria também informaç ão es c ondida nes te
mapa pos terior. P ara além da evidente informaç ão s obre os novos territórios
apres entados - normalmente ligados à zona do C anadá/L abrador, es ta
interpretaç ão permite jus tific ar onde pode es tar es s a informaç ão nes te novo
mapa. A dic iona- s e a es ta obs ervaç ão, a pers is tênc ia des ta repres entaç ão num
mapa pos terior de L opo H omem, de 1 5 5 0 .
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While fac ing a vers ion of C olumbus offic ial H is tory, we may c hoos e to believe in
different s tories and films . I t is well known that, before C olumbus , regular voyages
to the Wes t were taking plac e, and the P ortugues e knew exac tly were C olumbus
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had landed. I n fac t, King J ohn I I s et immediately a fleet to the A ntilles to prevent
a s ec ond expedition. T he offic ial vers ion has been ridic ularized ever s inc e, us ing
an underground s tyle in A rt. F or ins tanc e, the H arlequin, or P ulc inella, and his
mis tres s C olumbine (P ierrot's wife) try to tell part of the s tory, in a 1 6 - 1 7 th
c entury C omedy s tyle.
A " P ulc inella s ec ret" is unders tood to be a s ec ret that almos t everyone knows ,
but nobody ac knowledges it... I n this Columbine ball, the E uropean c ourts found an
amus ing way to exc lude the people from the truth. M oreover, in Spain, P ulc inella
was als o c alled D on C ris tobal P olic hinelo. T hus , you have the pair Don Cris tobal
and Columbine, it is not exac tly D on C ris tobal C olumbus , but it would be diffic ult to
be more explic it.
4. Pizzigano map
T he oldes t P ortugues e c hart held by P rinc e H enry in 1 4 2 4 reports not only
M adeira and C anary is lands , but als o A zores (only offic ially dis c overed in 1 4 3 2 ).
M oreover it s ignals as A rc hipelagos the A ntilles in a red rec tangle,
and Satanazes in a blue one... almos t 7 0 years before C olumbus voyage.
I n the map below we drew blue lines departing from a c enter marked in Spain (near
M adrid, whic h was a s mall village at the time), c ros s ing this blue "Satanazes "
rec tangle. T his opens all direc tions to N ew Sc otia and N ewfoundland arc hipelagos .
L ikewis e, from the s ame c enter, c ros s ing the red " A ntilles " rec tangle, this leads
direc tions to the s ame A ntilles ... that were unc overed (s ay dis c overed) by
C olumbus many dec ades later.
F or s ailor, direc tions were muc h more important than dis tanc es .
Pizzigano map 1424 - West lands: Antilles (red) and Satanazes (blue):
- (our) blue lines - directions to Newfoundland from a marked center in the map.
- (our) orange lines - directions to the Antilles from a marked center in the map
- (our) blue line - from the "Island Maydas"; (our) pink line - from the "Island Brazil".
The same lines in Google Maps, showing the directions to Newfoundland and Antilles.
- O ffic ially, s inc e 1 4 3 2 the P ortugues e were s ailing to A zores in a regular bas is .
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- Y ou need muc h more navigation s kills to find A zores in the middle A tlantic than
to find A meric a.
- A voyage from L is bon to A zores would take approximately the s ame time as a
voyage from A zores to N ewfoundland.
- I t is muc h more diffic ult to find s mall is lands in the middle of the A tlantic than to
find a huge c ontinent like A meric a, unles s we admit a pers is tent navigation to the
Wes t.
T his map is quite prec is e, exc ept if you look at the bottom part, whic h may
repres ent the A ntartic a c ontinent (however, A us tralia s eems to be always
mis s ing).
T he mos t as tonis hing thing in this map is the prec is ion with whic h the northern
part of A meric a is repres ented, s ugges ting that the N orthwes tern P as s age,
offic ially only dis c overed by A munds en in the 2 0 th c entury, was already known (at
leas t 3 0 0 years before).
T he Bering Strait is repres ented exac tly, but s inc e V itus Bering would only be born
almos t 1 0 0 years later, it was then c alled A nian Strait. T he map is muc h more
prec is e than a 1 5 7 0 O rtelius map, that als o pres ents an A nian Regnum at the
Strait loc ation.
T his map is found in a huge c ollec tion c alled Portugaliae Monumenta Cartographica
(1 9 6 0 ), and you would expec t to s ee s ome words about this there... well, you do
not s ee anything, exc ept s ome words c onc erning the his tory of the map its elf, and
its date.
I t was dated between 1 5 9 7 - 1 6 1 2 , and this would jus tify the pres enc e of the D avis
Strait (1 5 8 7 , however the handwriting is different), N ova Zemla unc overed in
1 5 9 7 , H uds on Bay (1 6 1 1 ), but not the Baffin Bay (1 6 1 6 ), not to mention the
whole northwes tern and northeas tern pas s ages .
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P edro N unes died in 1 5 7 8 , the s ame year King Sebas tian died in the Battle of
A lc azar (this fac t lead P ortugal to be a part of the Spanis h empire during 8 0
years ). T his foreign tragic event lead to one of the firs t E nglis h plays , by G eorge
P eele c alled T he Battle of A lc azar (before Shakes peare's plays ).
We are led to think that it would be quite diffic ult to produc e an ac c urate map in
frozen s eas in the 1 6 th c entury. T hus , we als o pres ent a detail of the s o- c alled
C antino M ap (C antino was an italian s py, that s ent a map to the D uke of F errara in
1 5 0 2 ). T his map pres ents G reenland with the mos t as tonis hing prec is ion in 1 5 0 2
(C orte- Real went there in 1 5 0 0 ):
I n the 1 2 th c entury C rus ades , the Kingdom of J erus alem was c onquered by King
Baldwin, but it was then s oon los t to Saladin (1 1 8 7 ). F rom that date until
N apoleon's s hort inc urs ion into P ales tine, and before the Balfour dec laration
(1 9 1 7 ), it was never reported any other c onques t.
A s we know, I s mail was not the only one defeated in a battle in the name of
T ruth…
(to be continued)
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Publicada por AlvorSilves em 20:32 3 comentários Hiperligações para esta mensagem
A s c urios idades não fic am por aqui... para além de L uís de C amões e A na
M endonza de L a C erda, também O s wald von Wolkens tein, um poeta viajante que
partic ipou na tomada de C euta, teve es s a partic ularidade de s er zarolho
direito. F oi nomeado ao mes mo tempo que V lad I I D rac ula, em 1 4 3 1 , para a
O rdem do D ragão.
.. ..
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Sobre a his tória malfadada de Bram Stoker, s obre o mais famos o membro da
O rdem do D ragão, o C onde D rác ula... a s ua ligaç ão a vampiros , enquanto elite
s upra- humana que s e alimentaria do s angue humano para manter a s ua
imortalidade, tem as s im um s ignific ado próprio! É difíc il perc eber s e haverá um
lado mau ou bom, no meio de toda es ta his tória vampires c a... A c auda do dragão
foi s olta, e o s onho americ ano libertou- s e para a des c oberta europeia. P or outro
lado, de ac ordo c om a fábula de Stoker, muito popularizada na I nglaterra imperial,
es s es vampiros da ordem drac oniana, apes ar de mortos ainda exis tiriam nas
remotas pais agens da T rans ilvânia. Res tou- nos uma efabulaç ão permanente e as
polític as drac onianas .
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odemaia
his tory of the americ as
portugalliae
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ALVORSILVES
Of f icial f act s:
1 4 3 4 - 1 4 8 8 : H undreds of navigations , firs t lead by P rinc e H enry "the N avigator" email: alvors ilves @gmail.com
arrive to Sierra L eone, then lead by King J ohn I I , arrive at C ongo, and at mos t at scribd: alvors ilves 3 8 9 6
C ape of G ood H ope (South A fric a). N ot a s ingle voyage to the wes t... excluding the knol: T es e A lvor- Silves
regular voyages to Azores (<1432), in the middle Atlantic.
1 4 9 2 - A s ingle voyage lead by C olumbus , from C adis arrives at the A ntilles .
1 4 9 8 - A s ingle voyage lead by G ama, from L is bon arrives at I ndia. V er o meu perfil c ompleto
1 5 0 0 - A s ingle voyage lead by C abral, from L is bon arrives at Brazil.
1 5 0 0 - A s ingle voyage lead by C orte- Real arrives at G reenland and
N ewfoundland/L abrador. A rquivo do blogue
▼ 2 0 1 0 (5 0 )
A fter the T ordes illas T reaty (1 4 9 4 ), when the P ope divided the world between
P ortugal and Spain, King M anuel s et the limits of his H emis phere - on the north: ► D ezembro (3 )
G reenland/L abrador, on the s outh: Brazil, on the eas t: I ndia. When he took power
► N ovembro (8 )
within 3 years (1 4 9 8 - 1 5 0 0 ) he unc overed... s ay " dis c overed", his part of the deal.
▼ O utubro (6 )
Why? - well, of c ours e... the main s tream vers ion:
- People believed that the Earth was flat... of cours e, and s urely they were f alling while M ain F ac ts (1 )
cros s ing the Equator, while Columbus was s till a child. They were then enlightened by
M atus além e Santarém
Columbus ... L O L !
- T he main s tream vers ion is quite nic e as a joke like " C olumbus egg" - it is s o C entum C ellas (por C alis to)
obvious ly fals e, but people are lead to believe in what they are told.
E gitânia
Why are we led to a wrong vers ion? - don't as k me, although I have my ans wers
(whic h are not nic e)! G lobo de J oão de L is boa
M agos (2 )
Map of t he discoveries/possessions in 1515
King M anuel with A lmeida and A lbuquerque s et the I ndian O c ean as a P ortugues e
oc ean, expelling the turkis h domination and arrived to C hina (1 5 1 5 ). A t the s ame ► Setembro (5 )
time the turks were invading eas tern E urope, as s aulting the fleets in the
► A gos to (1 )
M editerranean s ea, the P ortugues e were menac ing M ec c a, and c onquered Suez.
T he s panis h E mperor C harles V was c ons olidating a c ons iderable s mall ► J ulho (1 )
domination in the M exic an G ulf, while the portugues e were es tablis hing the bigges t
naval domination in H is tory, as we may s ee in this map: ► J unho (7 )
► M aio (5 )
► A bril (4 )
► M arç o (1 )
► F evereiro (1 )
► J aneiro (8 )
Et iquet as
de C alis to (1 )
Discoveries until 1515. Portuguese (blue dots), Spanish (yellow dots). E nglis h (3 )
file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 1/19
31-12-2010 alvor-silves
E s torias (1 1 )
D es pite the portugues e arrival at T imor in 1 5 1 4 , A us tralia was only dis c overed by
H is toriadores (1 1 )
C ook in 1 7 7 0 ... of cours e! - I t makes a lot of s ens e, and all thos e that tried to
prove otherwis e had s ome trouble in publis hing the proofs . Q ues tão G aia (2 )
T es e- A lvor- Silves (2 6 )
Well, s inc e (almos t) all maps before 1 5 0 0 dis apeared, it is time to pres ent s ome
main c ontradic tions that have been left behind.
Cont as
1. Turning a Reinel Map (1485)
Reinel's map of 1 4 8 5 was found in a library in F ranc e, only in 1 9 6 0 . Some people 7405
tried to date it after 1 5 0 0 , however there is M ooris h flag in G ranada, that only fell
in Spanis h hands in 1 4 9 2 , the year C olumbus departed... T his is only inc onvenient Últ imos coment ários
if you turn the map around, s inc e you might s ee a nic e C entral A meric a c ontour,
s ome years before C olumbus voyage...
Surely this is jus t a remarkable c oinc idenc e... as this knowledge would only be
pos s ible ac c ording to the offic ial vers ion, until at leas t 5 0 years after. I s it s o?
T his is als o a c omplementary proof to the D uc hes s M edina- Sidonia theory that the
M oors were s ailing to A meric a before the Spanis h... T his was pres ented in the 5 0 0
annivers ary of C olumbus arrival, but kept as ide from the general public ! We
believe that a P ortugues e c as tle was the C as tle of Saint G eorge of the M ine -
c onfus ing its elf with a s imilar name of a fortres s in A fric a. T his was a general
s trategy - mixing afric an and americ an names .
file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 2/19
31-12-2010 alvor-silves
E ven if we ac c ept the 1 5 6 0 offic ial date, this maps s hows a very good world map,
s uperior to mos t maps until C ook (1 7 7 0 ). I t has a c ontour of the wes tern part of
N orth A meric a, that was "not allowed" after 1 6 0 0 ... the c ontour does not c los e
A meric a to A s ia, as s uming an opening at the Bering Strait (Bering was born in
1 6 8 0 ).
T his map c ould never been dated to 1 5 1 4 , bec aus e it als o s hows the M agellan
Strait, only c ros s ed in 1 5 2 1 , and J apan, only unc overed in 1 5 4 3 . U nlike any other
map around 1 5 6 0 it does not mention the M agellan Strait, only the C ape of G ood
H ope... this is now jus tified, als o G alvão (a portugues e hero of the XV I c entury)
reports there were maps s ignaling M agellan Strait around 1 4 2 8 - at that time it
was c alled Dragon Cola (D ragon's T ail).
F urthermore, all s mall flags in this map are perfec tly jus tified in a 1 5 1 4 map, but
not afterwards - for ins tanc e, A lbuquerque c onques ts of 1 5 1 5 , in the A rabian
penins ula, are not s ignaled.
Etiquetas: English
Sábado, 3 0 de O utubro de 2 0 1 0
Matusalém e Santarém
N o blog P ortugalliae, há mais de um ano, foi evidenc iada a c omplexidade da
c erâmic a enc ontrada na C ivilizaç ão de Santarém (no Bras il) e A lter- do- C hão
(também no Bras il...). J os é M anuel indic ou ainda um artigo do Sc ienc e D aily que
revela as s urpres as des s a Terra Preta do Í ndio.
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31-12-2010 alvor-silves
M ais uma vez vamos enc ontrar o regis to mític o bíblic o as s oc iado à H is pânia,
nes te c as o próximo de Santarém. C idade que c ontava c om uma es pec ial atenç ão
real, na époc a dos des c obrimentos , nomeadamente por D . J oão I I , e que é bem
c onhec ida pelas s uas P ortas do Sol, viradas a nas c ente.
É c laro que as muralhas exis tentes no parque das P ortas do Sol s ão bem mais
rec entes que outras P ortas do Sol, c omo a de T iahuanac o, ou tantas outras
notáveis c ivilizaç ões americ anas pré- c olombianas ...
Etiquetas: Estorias
Sobre Centum Cellas vou tentar s er s ucinto. Das poucas es cavações que por lá s e
f izeram (pres umo que Aurélio Ricardo Belo), é de regis tar um pote de barro com os s os
de criança calcinados .
Sem avançar nas explicações técnicas a exis tência de ras gos para encaixe de aros nas 3
j anelas cimeiras que dizem res peito a um terceiro andar levam a colocar f ora de dúvida
a adaptação do edifício primitivo, a f unções dif erentes daquelas para que f oi cons truido.
Origem de enormes f uros que atraves s am as paredes laterais e a do f undo, que alguns
autores tomam como portas pode-s e prender com a lenda da exis tência de um boi de
ouro enterrado...logo andaram uns poucos à procura do dito boi.
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A zona tem pos s antes j azigos de cas s iterite, e o Zêzere des crevia uma curva de maior
amplitude do que aquela que agora des creve "(...) recebia a ribeira da Gaia no s ítio dos
Catraios , em frente a Centum Cellas (...)"
Edif ício compos to de um nucleo com anexos ligados às paredes laterais . Núcleo tinha 2
pavimentos os anexos 1. A planta do conjunto é rectangular e es te era abs olutamente
s imétrico a 1 plano axial.
Fachada principal virada para o nas cer do s ol nos maiores dias do ano.
Nas ombreiras de todas as portas do R/ch, há ras gos horizontais , j unto das vergas ,
onde s e encaixavam os tabuões . As portas giravam s obre 2 es pigões f ixos . Ras gos
s emelhantes exis tem nas ombreiras de vão de portas de certos templos do antigo
Egipto.
I gnora-s e o s ignificado das 3 j anelas rectangulares e des iguais (vê-s e na f oto que
incluiu no artigo) que as s entam nas vergas das portas exteriores , em Efes o a pia
baptis mal tem um grupo de 3 rectângulos que dizem s er s ímbolo da trindade...
Tudo o que es crevi (e muitas mais relações , realmente impres s ionante) encontra-s e no
livro que ref eri, o que achei notável e fas cinante f oram as relações
arquitectónicas /geométricas que o autor encontrou. Des culpe a extens ão, mas foi a
f orma que encontrei para mos trar que as relações realmente exis tem.
A ut or: C alis to (texto em comentário s obre Brito Bluteau, c om algumas ilus traç ões
inc orporadas )
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Etiquetas: de Calisto
D omingo, 2 4 de O utubro de 2 0 1 0
Egitânia
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31-12-2010 alvor-silves
E gitânia era o nome dado pelos s uevos e vis igodos à populaç ão de I danha,
s ignific ativamente diferente do que permanec eu, e ainda do romano C ivitas
I gaeditanorum. O novo ac ordo ortográfic o tem des tas s urpres as no s entido
opos to ao objec tivo de perder ligaç ão às raízes das palavras ...
A gora devemos es c rever Egit o, e s e L us itânia deriva de L us o, pois E gitânia
parec e agora derivar de E gito...
Surge es te texto a propós ito do c omentário [de Maria da Fonte] que fala do ac hado de
um es c aravelho egípc io numa es c avaç ão arqueológic a romana em A lc ác er do Sal,
da époc a do faraó P as métic o (s ec . V I I a.C ).
P ode s empre dizer- s e que s e tratou de uma peç a trazida do E gipto, na altura
romana... s abendo- s e que enc ontrar o obelis c o na P lac e C onc orde também não
s ignific a que os egípc ios tenham es tado em P aris . A liás , pela mes ma ordem de
ideias , enc ontrar as pirâmides no E gipto, também não s ignific a que tenham s ido
feitas pelos egípic ios ... poderiam apenas ter s ido trans portadas (afinal, as pedras
nem s ão originárias das redondezas ).
Q uando falamos de regis tos his tóric os , temos que guardar a devida dis tânc ia de
c ertezas ...
umas parec erão mais romanas que outras ... mas é já de alguma forma habitual o
pouc o c uidado que s e tem na pres ervaç ão des tes regis tos . É s ignific ativo o
regis to monumental, de várias origens em I danha, inc luindo uma igreja
vis igótic a que parec e ter tido várias fas es de c ons truç ão. V árias fotos
interes s antes podem s er enc ontradas , e inc luem uma es trada antiga (romana...
c ertamente, c omo é s upos to s erem todas as es tradas antigas ! ), uma denominada
" torre templária", uma c as a c om a c ruz de c ris to , etc ...
A entrada de I danha- a- V elha é uma c ons truç ão mac iç a c om notáveis enormes
pedras , que também parec em ter origem em tempos de diferente rec ons truç ão
(figura à es querda), bem c omo um típic o arc o "epis c opal" (à direita).
A pres entamos ainda uma ponte c om um arc o diferente, que proc ura s er mais
triangular, c arac terís tic a partilhada c om a porta lateral da c atedral epis c opal (de
tal forma pronunc iada, que pas s a o telhado).
I danha (que não dis ta muito de C ento C ellas ) é apenas mais um dos vários c as os
em que houve nec es s idade de haver uma N ova e uma V elha, s endo próximas
nes te c as o, às vezes c hegam a es tar s eparadas por c entenas de quilómetros ,
c omo é o c as o de M ontemor...
Etiquetas: Tese-Alvor-Silves
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31-12-2010 alvor-silves
N um dos mapas do L ivro de M arinharia, de J oão L is boa (que falec eu em 1 5 2 5 ),
es tá a imagem mais pormenorizada de um globo terres tre numa projec ç ão polar
c entrada no pólo norte, e tem s ervido de logotipo a es te Blog.
E s te globo é talvez a c ompilaç ão mais c lara do s eu c onhec imento na époc a,
reunido noutros mapas .
D e fac to, o mapa deve ter s ido feito logo em 1 5 1 4 . A pes ar de apres entar o
E s treito de M agalhães , não o des igna c omo tal. I s s o é natural, pois a pas s agem
de M agalhães é feita 7 anos depois ... não s eria natural es tar aus ente num mapa
de 1 5 6 0 .
O s pontos fundamentais as s inalados s ão:
- na A méric a: a T erra N ova, N uova E s panha, P eru, Bras ill,
- na E uropa/M édio O riente: a A lemanha, T urquia
- em Á fric a: o C abo da Boa E s peranç a, P res te J oão, G uiné(? )
- na Á s ia/O c eânia: a P érs ia, a C hina, o J apão, J ava, M aluc o, N ova G uiné
(es ta identific aç ão de nomes es tá s ujeita a algum erro, s endo difíc il na res oluç ão
dis ponível)
C oloc ar- s e- ia ainda a ques tão do J apão, s endo repres entado muito antes da s ua
des c oberta ofic ial. N o entanto reparamos que não exis te nenhuma bandeira
as s oc iada. H á duas bandeiras as s oc iadas a J ava e T imor, que poderiam s er
ac eites des de 1 5 1 2 , e mes mo na C hina, c om a c hegada em 1 5 1 3 .
Sendo um mapa de 1 5 1 4 é ainda natural que não c oloque bandeiras na peníns ula
arábic a, numa altura em que A fons o de A lbuquerque proc urava es tabelec er o
domínio c ompleto no Í ndic o. N um mapa pos terior, de 1 5 6 0 , es s a es c olha de
bandeiras s eria injus tific ável em vários loc ais , c omo por exemplo, em O rmuz ou
no C eilão.
N ão há quas e dúvidas que es te mapa s ó pode s er anterior à c irc um- navegaç ão de
M agalhães , revelando no entanto um profundo c onhec imento de toda a c os ta
americ ana. T em aliás o c uidado de não c olar a parte americ ana à parte as iátic a,
revelando um c onhec imento do E s treito de Bering, quas e 2 0 0 anos antes de
Bering, e que na altura s eria denominado E s treito de A nian.
O mapa us a uma repres entaç ão polar únic a, c om c entro no pólo norte, algo
partic ularmente adaptado a uma navegaç ão pela bús s ola, da qual trata o s eu
T ratado da A gulha de M arear.
É pos s ível c onverter es s e mapa num planis fério, que leva aliás a uma
repres entaç ão c ons is tente c om os outros mapas inc lus os no L ivro de M arinharia.
A pres entamos na figura s eguinte es s a c onvers ão, tendo em atenç ão a adic ional
dis torç ão que c orta um dos quadrantes (a des proporç ão de 3 /4 é c orrigida c om
expans ão de 4 /3 c entrada no meridano de T ordes ilhas ):
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31-12-2010 alvor-silves
A partir des ta projec ç ão em planis fério, é pos s ível enc ontrar c laras s emelhanç as
c om a parte c orrec ta do mapa T heatrum M undi de J oão L avanha (exc luindo a parte
aparentemente fantas ios a do c ontinente antártic o aí repres entado a s ul):
Só depois da viagem de C ook, mais de 2 5 0 anos depois , foi pos s ível apres entar
mapas c om informaç ão global s uperior, inc luindo a A us trália c ompleta.
P or que razão s e regrediu no c onhec imento, e s e proc urou redatar ou ignorar es tes
mapas ? P or que razão s e ac eitou que M agalhães ou C olombo tives s em s ido os
protagonis tas de faç anhas bem c onhec idas , e muito mais antigas ?
P ois es s es s ão s egredos que devem alimentar outros s egredos e ins tituiç ões
s ec retas ... aqui apenas vamos apontando algumas es tórias mal c ontadas .
Ver também:
Etiquetas: Tese-Alvor-Silves
D omingo, 1 0 de O utubro de 2 0 1 0
Magos (2)
(continuação de pos t anterior)
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31-12-2010 alvor-silves
O que c ondic ionou antigas c ivilizaç ões ... a não proc urar uma c olonizaç ão noutras
paragens , mes mo mediterrânic as ... deixando os terrenos de E s panha, I tália, ou
F ranç a, para povos pouc o c ivilizados ?
O que faz A lexandre M agno pros s eguir a s ua invas ão para O riente e não
O c idente, mes mo depois de derrotados E gípc ios e P ers as ?
J á no Séc . I a.C ., o próprio T ito L ívio ques tiona c omo teria s ido Roma c apaz de s e
defender de A lexandre... is to ao mes mo tempo que é s upos to J úlio C és ar ter
fic ado frus trado c om as proezas de A lexandre quando c hegado à H is pania para o
s eu c ons ulado. D epois de A lexandre ter derrotado o feníc io rei de T iro, o que
impediria retaliaç ões ou guerra c om C artago? O que teria deixado A lexandre c om
fama de c onquis tador mundial, s e nem tão pouc o s e aventurou a oc idente da
G réc ia?
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Pilha de Bagdad
Etiquetas: Estorias
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31-12-2010 alvor-silves
enc ontramos nas margens laterais os pos s íveis mís tic os /magos (à es querda, um
ves tido de c as tanho e outro de verde; à direita, um ves tido de vermelho e outro de
azul). D o lado direito c ontras ta, uma repres entaç ão c adavéric a, c om a es tilizada,
do lado es querdo. O livro é de D . M anuel, tratado c omo C és ar M anuel.
T al ilha não exis te, e a melhor des c riç ão para pos s ível loc alizaç ão s erá na zona
referenc iada aqui, onde há as s inaláveis baixios ... a menos que a I lha da M adeira
fos s e outra, ou que o livro tives s e uma es pec ulaç ão fals a, não c ens urada pela
I nquis iç ão.
N a M adeira, ac abamos por enc ontrar afinal uma outra referênc ia, à P raia dos Reis
M agos , em Santa C ruz, é ainda na M adeira que enc ontramos o profundo C anhão da
C alheta, tal c omo o C anhão da N azaré.
N o Bras il, na c idade de N atal, enc ontramos a F ortaleza dos Reis M agos, edific ada
em 1 5 9 8 :
N atal, Belém, Reis M agos , na mes ma zona nordes te do Bras il, ac abam por es tar
as s oc iadas na toponímia ao nas c imento de C ris to... ac identalmente, ou não, já
que as habituais explic aç ões s e mos tram c om a fortuitidade da c idade, ou do
forte, ter s ido erigido em data natalíc ia.
A inda em P ortugal, ac abamos por ter uma antiga loc alidade pré- his tóric a, c ujo
nome Salva- T erra de M agos , tem origens des c onhec idas , mas c ons ta prender- s e
c om uma origem as s oc iada a magos pers as .
C ontinuando por es s a as s oc iaç ão pers a, vamos aos antigos regis tos de magos ,
mais prec is amente rec uamos ao tempo de Zaratus tra, e a Ka'ba-ye Zartos ht:
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(c ontinua...)
Etiquetas: Estorias
Sábado, 1 8 de Setembro de 2 0 1 0
Teogonias (1)
A T eogonia de H es íodo (s éc . V I I I a.C ) é talvez um dos relatos mais interes s antes
da c riaç ão do mundo.
D o C aos , s urge a T erra (G eia) e o C éu (Ú rano/C elus ), mas também alguns deus es
primevos mais es tranhos , c omo o A mor (E rébo) que dá origem ao D ia e à N oite...
ainda antes da c riaç ão do Sol. O relato judaic o bíblic o da origem da luz, também
s epara o dia da noite (1 º dia), antes da c riaç ão do Sol e es trelas (4 º dia).
N ão havendo regis to únic o e c laro da T eogonia grega, nes s e tempo inic ial H es íodo
c ons idera ainda P ontos (mar primevo) e T ártaro (mundo inferior).
D urante muito tempo fic ou a des ignaç ão de P onto E uxino para o M ar N egro,
ambas as des ignaç ões s ugerindo que o mar primevo s eria aquele es paç o. A es s a
vis ão c irc uns c rita à região, juntamos a des ignaç ão de T ártaros aos habitantes da
região que s eria também depois dos M edos . É ainda aí, na C ólquida (vizinha da
I béria c auc as iana), que s e s ituam muitos dos mitos gregos ... e também é c omum
as s oc iar aí o mito diluviano (res ultante duma eventual abertura do es treito do
D ardanelos ).
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a Á fric a ac tual (... poderia inc luir a A méric a).
O outro ponto es pec ial, onde os relatos mític os c onc ordam, s em razão his tóric a
aparente, é na exis tênc ia de uma "idade de ouro" , as s oc iado a um tempo de
felic idade e imortalidade humana, antes do es tabelec imento da I dade do C obre.
É o tempo de s upremac ia de C ronos /Saturno, filho de Ú rano e G aia, c eifador da
genitália paterna que ao c air no O c eano produz A frodite. C ronos é implac ável para
os s eus filhos deus es , mas é tido c omo exemplar para os humanos ... os romanos
dedic avam a Saturno/C ronos , as Saturnálias - que podem ter motivado a
c elebraç ão pos terior do C arnaval... onde os papéis es c ravo/s enhor eram
invertidos .
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31-12-2010 alvor-silves
inic ia a c ons truç ão do mundo c omo o c onhec emos ... um mundo pós - diluviano!
O s mitos /relatos antigos mantêm- s e, mas deixam de fazer s entido na nova
c ons truç ão univers al... a T erra deixou de s er plana e rodeada por água!
O s humanos pas s am a es tar s ujeitos aos c apric hos do D odekatheon (o C ons elho
dos 1 2 deus es do O limpo, c omandados por Zeus )... as lembranç as de C ronos , do
P araís o P erdido, pas s aram a fazer parte do pas s ado!
C omo apontamento final, ligando ao pos t anterior s obre a M oeda, notamos que não
há propriamente nenhum D eus ligado ao dinheiro... o que demons tra de alguma
forma que es s e as pec to c ivilizac ional, ligado ao as pec to s oc ial do c omérc io,
embebeu a s ua importânc ia no tempo muito mais rec ente (após A lexandre).
M es mo H ermes /M erc úrio, era um deus mais ligado à c omunic aç ão, mens agem,
c onexão que s ó parc ialmente s e aplic ava no c omérc io.
Etiquetas: Estorias
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O I nfante D . H enrique terá talvez s ido o grande artífic e des s a ec onomia à es c ala
global.
A trans ac ç ão efec tuada s ob s egredo das diferenç as c ulturais , permitia luc ros
fabulos os , e o próprio iníc io da es c ravatura em Á fric a terá tido c omo motivo, não
apenas a mão- de- obra gratuita, mas também c omo moeda de troc a c ivilizac ional,
c onforme des c reve D uarte P ac hec o P ereira (E s meraldo Situ O rbis , pag. 5 0 ):
(...) os quaes no modo do s eu comercio tem es ta maneira. Todo aquele que quer vender
es cravo ou outra cous a s e vai a um lugar certo para is to ordenado & ata o dito es cravo a
uma árvore & f az uma cova na terra daquela quantidade que lhe parece bem & is to f eito
arreda-s e f ora um bom pedaço & então vem o Ros to de Cam & s e é contente de encher a
dita cova de ouro, enche-a & s enão tapa-a com a terra & f az outra mais pequena &
arreda-s e f ora & como is to é acabado vem s eu dono do es cravo & vê aquela cova que fez
o Ros to de Cam, & s e é contente aparta-s e outra vez fora & tornado o Ros to de Cam ali
enche a cova de ouro & es te modo têm em s eu comercio & as s im nos es cravos como
nas outras mercadorias & eu falei com homens que is to viram & os mercadores
Mandiguas vão às f eiras de Bétú & Bambarraná & Dabahá comprar es te ouro que hão
daquela mons truos a gente & tornado o Rio de Guambea (...)
O s egredo da diferenç a de valores foi uma moeda bem explorada pelo c omérc io
português ... c omo é s abido, bugigangas eram troc adas por metais prec ios os (ou
outras raridades na E uropa e I s lão).
A final, ac ima da moeda, ainda imperavam os s egredos de regime c omo maior
valia. O ac es s o à c orte poderia s er fac ilitado por dinheiro, mas não as s egurava o
c onhec imento dos c ódigos que regiam a aris toc rac ia.
A pes ar da as c enç ão da burgues ia, es s e poder permanec eu em grande parte
intoc ável na aris toc rac ia. H ouve revoltas , revoluç ões burgues as ... por exemplo
c om C romwell, mas s ó a partir da Revoluç ão F ranc es a a burgues ia c omeç a a
tomar efec tiva parte vis ível na governaç ão europeia. O período indus trial s erá
determinante.
U ma das des ignaç ões mais antigas para a moeda nac ional é o Cont o de Reis,
remontando ao s éc . XI V .
U m c onto é s upos to s er equivalente a um milhão, mas podemos ir mais longe na
es pec ulaç ão s obre a origem da palavra... mais c onc retamente aos C ontos das M il
e uma N oites .
É bem c onhec ida a his tória de Xerazade c om o c alifa Xariar, que a troc o de uma
es tória todas as noites vai s endo poupada da morte anunc iada. P ara além das
ins trutivas es tórias que aí s e enc ontram c ompiladas , e que fazem parte da nos s a
juventude, é es pec ialmente interes s ante a valoraç ão do entretenimento do
monarc a.
O u s eja, numa c orte des pótic a e dominante onde o tédio s ó era interrompido por
s inais de batalhas , os s imples c ontos ins trutivos teriam um efec tivo valor c omo
moeda de troc a.
N ão s erá as s im de es tranhar uma pos s ível relaç ão entre a des ignaç ão monetária
" conto de reis " , c om uma efec tiva es tória - um conto para reis . I dealmente s eria um
c onto ins trutivo para a plebe, mas c om um s ignific ado implíc ito, s ec reto,
ac es s ível apenas pela elite.
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O poder pode s er exerc ido explic itamente pela forç a, ou pela manifes taç ão
implíc ita de um fac tor dis s uas ivo no inimigo. A aris toc rac ia valeu- s e s empre
muito mais da dis s uas ão do que da manifes taç ão repres s iva explíc ita, c om o
intuito de não inc endiar revoltas .
A moeda, enquanto c ativador dos des ejos materiais do povo, ao s er impos ta c omo
c onvenç ão s oc ial unific adora pela burgues ia, permitiu- lhe uma efec tiva arma
dis s uas ora e as s im as c ender por direito próprio a um patamar mais elevado,
aris toc rata, onde s ó lhe es tariam interditos alguns c ódigos e s egredos milenares .
A pes ar de quas e indis c utível, a fragilidade des s e poder, da moeda, bas eia- s e
numa c onvenç ão s oc ial que pode s er abalada pelos valores que repres enta. O u
s eja, uma s oc iedade alternativa pode s er c ons tituída por s imples s ubs tituiç ão, ou
rec us a, da moeda ac tual. O des c rédito da ac tual moeda, e dos valores
as s oc iados , repres entaria o fim des ta as c ens ão da ac tual burgues ia, e dos laç os
que es tabelec eu c om a aris toc rac ia anterior.
O valor da moeda res ide numa fé de que ela s erá rec onhec ida c omo troc a em
qualquer trans ac ç ão s oc ial. Serve razoavelmente as pretens ões materiais , mas
tem ainda c omo ameaç a os valores es pirituais ou morais , embebidos na
s oc iedade, através da c ultura e religião. N ão é aí c apaz de s ervir c omo moeda
efic az, vai c ontando apenas c om a progres s iva menorizaç ão des s es valores , ao
edific ar uma s oc iedade materialis ta.
Etiquetas: Tese-Alvor-Silves
P odemos ac reditar que s im, mas o fac to é tanto mais notório, quanto as próprias
c erâmic as aparec em em tons monoc romátic os (e.g. wiki).
M as , há que dis tinguir períodos ... um inic ial dóric o, ou anterior, c ontemporâneo da
" c olorida" c ivilizaç ão c retens e, onde abundava os temas multi- c romátic os c omo
ainda s e vis lumbram em C nos s os ...
E s s a abundânc ia de c or era ainda vis ível nas c ivilizaç ões do E gipto e da
M es opotâmia.
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E m Roma volta a notar- s e a aus ênc ia de c or... podemos falar nos vários mos aic os
c oloridos , por exemplo de P ompeia... mas para além da c idade vitimada pela ira de
V ulc ano, os divers os mos aic os podem reportar- s e a períodos mais tardios do
I mpério Romano.
Etiquetas: Estorias
N os M apas de D ieppe (ver, por exemplo, des c riç ão em portugalliae) enc ontramos ,
para além de pos s íveis repres entaç ões da A us trália... as s unto s obre o qual não
vale a pena ins is tir (é quas e inques tionável que à époc a, c . 1 5 4 7 , a A us trália era
já bem c onhec ida), enc ontramos nos fris os c irc undantes c enas evoc ativas de
c ariz mitológic o. N es te primeiro fris o, um governante Rei entrega a
H ermes /M erc úrio uma mens agem que entrega a uma deus a dos mares ,
provavelmente T étis . O pormenor mais interes s ante é a repres entada c idade c om
altas torres , envolta num c erto c inzentis mo, que s eria mais apropriado para
repres enta uma c idade indus trial, 3 s éc ulos depois . N ota- s e ainda um s ol poente
s obre o mar habitado por ninfas ...
N o outro fris o, a c ena mitológic a repete- s e, c om a entrega da mens agem a
D iana/A rtemis a, pas s ando eventualmente por M arte e V énus ... D iana es tá numa
quadriga!
N uma c orte que durante um milénio negou o trans porte por meio da roda, pode
perc eber- s e até que ponto as c ondic ionantes regres s ivas embebiam as polític as
dec ididas . E s s as polític as implíc itas , s ec retas , que c ondic ionaram o trans porte,
que c ondic ionaram o c onhec imento, s ó trans parec iam s ubreptic iamente nas obras
artís tic as .
P odemos falar em c ondic ionantes tenebros as do obs c urantis mo religios o, mas é
s urpreendente o res s urgimento de toda a mitologia grec o- romana no período
renas c entis ta.
À parte as variaç ões na nomenc latura, os romanos adoptaram a mitologia grega.
A c onquis ta da G réc ia/C orinto (1 4 6 BC E ) es tá ligada a dois nomes que também
tiveram relevânc ia na H is pania:
- Q uinto C ec ílio M etelo, que derrotou os c eltiberos e c ombateu V iriato,
- L úc io M úmio A c aic o, que foi pretor na H is pania.
A s navegaç ões s eriam retomadas ofic ialmente para as A méric as quando houve
uma c hanc ela papal obtida por C olombo para navegar. E m N atal, Bras il, enc ontra-
s e uma c oluna romana, denominada "c apitolina" ... (s upos tamente oferecida por
I tália para comemorar um acto de aviação - f ica o regis to, abs tendo-me de comentar o
es tranho pres ente da I tália nacionalis ta de Mus s olini).
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31-12-2010 alvor-silves
Será difíc il de determinar s e os jogos c ortes ãos eram produto de uma c orte
enfas tiada, des ejos a de mos trar a s ua prevalênc ia divina, ou s e ainda ac ima
dis s o, es tariam s ujeitos a determinaç ões externas , para além das c ortes
europeias . E s tariam os territórios oc ultos abandonados , ou s ob domínio
c ivilizac ional anterior?
O u s eja, tanto podemos c rer que os territórios eram s ilves tres , abandonados s em
propós ito, ou albergavam um eventual paraís o terres tre, dominado por uma
c ivilizaç ão tão antiga que c ontrolaria as res tantes , de tal forma s uperior, que
s eriam vis tos c omo deus es . A final, o que dis tingue o homem ac tual do homem do
Séc .XV I I I s enão pouc o mais de dois s éc ulos de c ivilizaç ão.
D o mundo dos c oc hes ao mundo dos foguetões parec eram bas tar dois s éc ulos de
progres s o... quantos dois s éc ulos houve na his tória da humanidade? Q uantas
vezes houve oportunidade de dar o s alto para um avanç o tec nológic o
s ignific ativo? D es de egípc ios , babilónios , gregos , hindus , c hines es , houve
inúmeros avanç os da c iênc ia interrompidos para s ó s erem retomados após o
renas c imento. E s tagnaç ões de milénios para rompantes avanç os num par de
s éc ulos ... E s tagnaç ões de fac to, ou induzidas ?
... porque, para além das c ortes europeias , es tes M agos , de barretes frígios , quais
portadores da revoluç ão republic ana, foram intervenientes pontuais em várias
E s tórias .
F iguraram em his tórias , em nomes de ilhas , praias , terras , fortes , mas a s ua
proveniênc ia foi s empre mis terios a e ac lamada.
Etiquetas: Estorias
D omingo, 1 de A gos to de 2 0 1 0
Cores (1)
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E s tamos habituados a ver c ores em bandeiras , em c lubes , em logotipos , e
s abemos que nalguns c as os há algumas tradiç ões as s oc iadas a es s as c ores .
U m epis ódio interes s ante que c oloc ou em evidênc ia uma importânc ia das c ores
na c onjuntura polític a foi a Revolta de N ika. O c orreu em 1 1 de J aneiro de 5 3 2 , em
C ons tantinopla, após um inc idente des portivo, c om quadrigas no hipódromo, entre
fac ç ões A zuis e V erdes .
J á s eria tradiç ão que o A zul es taria ligado a uma alta c las s e, aris toc rátic a, c ris tã
ortodoxa, enquanto o V erde es tava ligado a uma pequena burgues ia em
c res c endo, c ris tã monofis is ta. E ra habitual alguns tumultos entre os grupos (onde
s e inc luiriam ainda V ermelhos e Branc os ), que s e agravaram por alianç a nes ta
oc as ião entre V erdes e A zuis , o que c oloc ou em c aus a o poder de J us tiniano. E m
s ituaç ão de pres s ão, J us tiniano c ons eguiu c hamar Belis ário para terminar c om a
revolta que pretendia c oloc ar H ypatius no poder. A revolta terminou num banho de
s angue, e H ypatius foi morto.
A s s oc iado ao nome H ypatia es tá a lenda ac erc a da des truiç ão da Bibliotec a de
A lexandria, no s éc ulo anterior. F ac to es s enc ialmente s imbólic o, mas que
repres enta a perda ines timável de todo o c onhec imento antigo, durante os mil
anos s eguintes . I s to c omplementa a perda de c onhec imento, e o retroc es s o ou
es tagnaç ão c ivilizac ional... pelo lado oriental do I mpério Romano.
- Será de notar que no Séc . XV ainda s e c ons iderava a definiç ão do iníc io temporal
pela E ra de C és ar e não pelo nas c imento de J es us C ris to.
- A ques tão teológic a as s oc iada aos partidos A zul e V erde, ins ere- s e numa
querela entre as N aturezas de C ris to, dis c utida no C onc ílio de C alc edônia em
4 5 1 , que exc luiu o monofis is mo, tendo fic ado ac eite a dualidade.
Etiquetas: Tese-Alvor-Silves
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N ão é ac idental a c onotaç ão M aluc o, pois is to é um jogo mental que é levado às
últimas c ons equênc ias . 7401
Porquê? Últ imos coment ários
C omeç amos pelo "M us eu dos C oc hes " , ou antes , c itamos a Wikipedia s obre o
tema C arruagem:
As carruagens surgiram, inicialmente no século XIII a.C, inventado pelos Hititas com uso
militar e não civil, posteriormente as carruagens apareceram na Roma Antiga, no séc I a.C..
No entanto não circulavam na sua maioria dentro das cidades, pois o movimento era tanto
que iriam gerar muitos problemas. Estas podiam apenas circular durante a noite dentro das
cidades para transporte de mercadorias. Após a Queda do Império Romano do Ocidente a
técnica de fazer carruagens desapareceu.
Só já no séc.XVI as carruagens começaram a ser utilizadas. As classes mais ricas eram as
únicas que se podiam dar ao luxo de possuir um veículo destes. No séc. XVII as
suspensões melhoraram e por conseguinte as carruagens também.
As s im que s egundo parece nes tas idades todo o Mundo ardia, por onde dizem que
es teve 400 anos tão apagado e es curecido que não ous ava nenhum Povo andar de
uma parte para outra, por mar, nem terra, tão grande abalo e mudança s e f ez em
tudo que nenhuma cous a ficou em s eu s er, e es tado, as s im Monarquias como
Reinos , Senhorios e Religiões , Leis , Artes , Ciências , Navegações , es crituras que
dis s o havia, f oi tudo queimado, e cons umido s egundo cons ta porque os G odos
eram tão c obiç os os da glória mundana, que quis eram c omeç ar em s i outro
N ovo M undo, e que do pas s ado não houvesse nenhuma memória.
T al c omo depois D . Sebas tião, A ntónio G alvão é um herói que proc ura ir longe de
mais ... é c laro que os portugues es já tinham ido longe de mais no Séc ulo XV .
E m nos s a opinião, A ntónio G alvão tem uma vis ão parc ialmente ac ertada, mas
devemos ir ainda mais atrás para proc urar a origem do problema... e não s erá
difíc il.
O dragão c olou o s eu ras to... no pos t anterior c omeç ámos no I mpério Romano,
mas deveríamos ter rec uado ainda um pouc o mais !
A quilo que c ola o dragão é o s eu apego his tóric o - é por aí que enc ontramos o
regis to.
T udo foi apagado?
Q ual o regis to his tóric o elevado ao máximo expoente, e nunc a belis c ado pelos
tempos c onturbados ?
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propagandis ta ao s erviç o de Filipe I I e dos H abs burgos ... é natural que s im, mas
uma c ois a é analis ar c ritic amente a obra, outra c ois a é ignorar qualquer
referênc ia, c omo s e o as s unto não tives s e exis tido. A inda hoje os regis tos
evidenc iam que toc ar nes s e as s unto tem as pec to de "doenç a c ontagios a" que s e
evita, ou s e toc a c om muita prec auç ão e des dém!
10º Tr abalho: Hér cules contr a Ger ião (monstr o de 3 cor pos)
A pós a queda do I mpério Romano, a H is tória tinha s ido rees c rita pelos
s uc es s ores G odos , inc apazes de ac eitar o legado c ultural dos oc upados , s uperior
ao dos oc upantes . E s ta terá s ido a primeira Revoluç ão C ultural, para um
apagamento da memória. A s ituaç ão parec e de tal forma c aric ata, que a roda era
uma invenç ão menos prezada para a loc omoç ão da nobreza e c ombate, s endo
us ada mais pelo povo nos s eus trabalhos .
O Renas c imento, inic iado na A lta I dade M édia, es pec ialmente após as C ruzadas ,
e a influênc ia árabe penins ular, levou a alguma mudanç a de mentalidades , e a um
reenc ontro c om toda a mitologia e heranç a c ultural deixada pelos Romanos e
G regos . E s s e reenc ontro foi tímido, lento, e algo es c ondido do poder e valores
c ulturais ins tituídos ... T erá tido talvez a maior expres s ão em P ortugal após o
I nfante D . P edro até D . J oão I I , mas depois a influênc ia dominante abafadora
manteve- s e pelo apoio generalizado ao papado, e pelo c hanc elado poder dos
H abs burgos .
A P az de V es tfália irá terminar is s o, parec endo haver uma dec is ão de rees c rever
a H is tória... mas no s entido também de omitir parte dos legados do Renas c imento,
ibéric os , e de outras c ulturas orientais , dis tribuindo as des c obertas pelos
divers os novos venc edores . A pes ar de tudo, entra em c urs o mais uma Revoluç ão
C ultural do E s quec imento, de apropriaç ão de c onhec imento alheio, c hanc elado
s ob a forma de des c oberta, quando ac eite e divulgada pelos demais . T erá s ido
as s im c om uma parte das navegaç ões portugues as (e da antiguidade), mas
também c om outras des c obertas téc nic as e c ientífic as orientais .
A té hoje es s a his tória foi as s im c olada, mantendo- s e es s e ac ordo de omis s ão!
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exemplar, c om a c ruc ific aç ão dos milhares de s obreviventes ao longo da V ia Á pia.
E s s a dec is ão de M arc o L ic ínio C ras s o, é na minha opinião a verdadeira razão para
a expres s ão " E rro C ras s o" . P orquê? P orque a c ruz pas s ou a s er um s ímbolo entre
as c entenas de milhares de es c ravos , que viam de forma revoltada o des tino que
Roma lhes res ervava. A s ituaç ão deverá ter pas s ado a s er muito ins tável...
pequenas c ruzes pas s ariam de mão em mão, s imbolizando uma nova revolta
iminente. E xac tamente ao mes mo tempo a Repúblic a prec is ou de poderes
ditatoriais , c onferidos ao triunvirato c om C és ar, e depois s eguir- s e- à a époc a
I mperial. A repúblic a ac aba por s uc umbir a es s a nec es s idade de mão forte, e os
imperadores ac abam por ins tituir a filos ofia do "pão e c irc o".
A s oc iedade romana torna- s e mais violenta, para c onter a pos s ibilidade de nova
revolta. M as , ao mes mo tempo, por via da univers alizaç ão da religião c ris tã por
P aulo de T ars o (São P aulo), os es c ravos ac abam por ac eitar uma filos ofia
c ompletamente diferente que s e irá impor c omo es tratégia inteligente. A c ruz
repres entando a ira, c ontra a c hac ina da V ia Á pia, pas s a a repres entar uma c ruz
de abnegaç ão, de uma religião que promove o s ac rifíc io e a s ubmis s ão... o ideal
para uma religião de es c ravos ! N ão s erá ac idental que a V ia Á pia c ontenha
muitas das s epulturas dos primeiros c ris tãos . A filos ofia c ris tã es tabiliza o
I mpério e ac aba por impor- s e dentro da s ua es trutura a partir de C ons tantino.
Será talvez por is s o que a revolta de Spartac us s erá a última revolta s ignific ativa
de es c ravos , es s e pilar bas e da s oc iedade romana res ignara- s e c ulturalmente à
s ua c ondiç ão, por influênc ia da religião.
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E s ta des c riç ão de Bluteau é partic ularmente interes s ante. P ara além da variada
informaç ão, que c hega a s er c urios a nos c onc eitos "briga", "rixa", "abrigar" ,
mos tra já a c onc epç ão jes uíta franc es a de du F res ne que c onfrontava a vers ão
portugues a de Bernardo de Brito na s ua monumental:
M onarc hia L us itana
Bluteau não s ubtrai a informaç ão de Brito, c omo ac ontec erá pos teriormente.
N es ta fas e, iníc io do Séc . XV I I I , há ainda lugar às duas informaç ões , mas nota- s e
já que o proc es s o de "Revoluç ão C ultural" es tá em c urs o... e pas s ado pouc o mais
de um s éc ulo, A lexandre H erc ulano terminará a tarefa, ignorando por c ompleto
qualquer informaç ão bas eada nos antigos c ronis tas .
V ejamos ainda c omo a tes e de D u F res ne tem falhas óbvias ... s e o s ufixo "briga"
tives s e a s ua origem nos G odos , então não s e c ompreenderia a s ua pres enç a no
nome de c idades na H is pânia, nomes adoptados pelos romanos , muito antes da
c hegada dos G odos . P oderia haver uma mis tura entre as noç ões de C eltas e
G odos s ob uma mes ma des ignaç ão, mas Bluteau identific a dis tintamente os
C eltas , c oloc ando- os na G ália, também no A lentejo e A ndaluzia, e dizendo que os
Romanos lhes c hamavam s imples mente G allos .
C onc lui- s e as s im que, por altura de L uis XI V , foi inic iada uma tentativa de
his tória alternativa, identific ada nes ta pas s agem. N ão muito s ólida inic ialmente,
c omo c ons tatamos nes ta s imples inc oerênc ia, mas que foi progres s ivamente
c orrigida, s ubs tituindo as vers ões anteriores .
... N o Bis pado da G uarda, junto ao Rio Zêzere, es tá uma E rmida antiga des te
Santo, e junto dela uma torre de obra Romana, c erc ada de muitas janelas , onde há
pedras de grandeza c ons iderável, e havia outras que dali têm levado para várias
partes , a qual obra s e c hama até hoje C entoc ellas , e querem afirmar os moradores
daquela terra, que de tradiç ão imemorial de s eus antepas s ados , lhe fic ou, s er
aquela torre a própria em que S. C ornélio es teve des terrado e pres o. Refiro o que
há, que afirmar is to c om c erteza não mo c ons ente a pouc a evidênc ia da H is tória.
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D omingo, 1 3 de J unho de 2 0 1 0
Mapa com Sto. António
N es s e s entido, é c urios o apres entar aqui um mapa de J oão T eixeira A lbernaz, que
c oloc a uma imagem de N os s a Senhora, c entral, mas o menino J es us es tá ao c olo
de Santo A ntónio... a poente.
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31-12-2010 alvor-silves
Publicada por AlvorSilves em 11:25 0 comentários Hiperligações para esta mensagem
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L uis V az de C amões (1 5 2 4 - 8 0 )
[quadro de Jos é Malhoa]
Lusíadas (C anto I X)
91
Não eram s enão prémios que reparte
Por feitos imortais e s oberanos
O mundo com os varões , que es f orço e arte
Div i nos os f i zera m, sendo huma nos.
Que Júpiter, Mercúrio, Febo e Marte,
Eneias e Quirino, e os dois Tebanos ,
Ceres , Palas e Juno, com Diana,
Todos f ora m de f ra ca ca rne huma na .
92
Mas a Fama, trombeta de obras tais ,
Lhe deu no mundo nomes tão es tranhos
De Deus es , Semideus es imortais ,
I ndígetes , Heróicos e de Magnos .
Por is s o, ó vós que as famas es timais ,
Se quis erdes no mundo s er tamanhos ,
Desperta i j á do sono do óci o igna v o,
Que o â ni mo de l iv re f a z escra v o.
Etiquetas: Estorias
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31-12-2010 alvor-silves
A ntónio de Sous a M ac edo, s eria nomeado Barão de Mullingar (I rlanda), por C arlos
I I de I nglaterra, tendo integrado a c omitiva que ac ompanhou D . C atarina de
Braganç a. F oi ainda embaixador na H olanda. É jus tamente nes ta altura que a
I nglaterra, dá novo ímpeto à inic iativa M ayflower (... F lor de M aio), peregrinaç ão
que motivou os E s tados U nidos da A méric a. A influênc ia da c orte portugues a de
D . C atarina fic ou homenageada no bairro Q ueens de N ova I orque.
C urios o ainda, é o título dado a s eu filho (L uís de Sous a M ac edo): Barão da I lha
Grande de Joanes (identific ada à I lha de M arajó, na foz do A mazonas ). A que Joanes
s e referiria es s a I lha G rande, na linha de demarc aç ão do meridiano de
T ordes ilhas , s e não a D . J oão I I ?
C oloc amos aqui a primeira es trofe que é denominada A rgumento, e nove outras
primeiras es trofes , onde s e torna c laro que o mito da fundaç ão de L is boa por
U lis s es , e toda a mitologia s ubjac ente, es taria bem pres ente des de o fim do Séc .
XV ao Séc . XI X. Não parece sério f azer qualquer Hist ória de Port ugal, sem
mencionar est es mit os que inf luenciavam o pensament o port uguês. É até
s ec undário s aber da verac idade do mito, o que interes s a é que es s e mito
influenc iou, e muito, o pens amento português .
Argumento
Etiquetas: Historiadores
D omingo, 6 de J unho de 2 0 1 0
Academia dos Humildes e Ignorantes
O nome Academia dos Humildes e I gnorantes é s uges tivo... e pode levar- nos longe!
C omeç ámos c om um exc erto mus ic al da A c ademia dos Singulares ... que rec ria
aqui " Salve Regina" , tema de um c ompos itor português F ilipe da Madre de Deus
(1 6 3 0 - 1 6 8 7 ), do final renas c entis ta - iníc io do barroc o, obra provavelmente
dedic ada à Rainha L uís a de G us mão.
É um bom exemplo ac tual de rec uperaç ão de legados quas e es quec idos ...
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31-12-2010 alvor-silves
Sendo pouc o c onhec ida, houve alguma alma generos a que s e deu ao trabalho de
dis ponibilizar os 8 volumes nos Google Books . F oi aí que a enc ontrei, e es te link
http://books .google.pt/books ? id=L lgD A A A A M A A J
permite ac eder ao primeiro e res tantes volumes (links no final des s a página).
É talvez o primeiro grande projec to enc ic lopédic o português , pens ado na bas e de
rec ons truir a informaç ão perdida após o T erramoto de 1 7 5 5 . O s pers onagens
enc ontram- s e na P raia da C ons olaç ão, perto de P enic he, e perante uma audiênc ia
que vai aumentando, enunc iam os s eus c onhec imentos .
H á uma des c riç ão mais detalhada da his tória do Rei T ubal e parte inic ial, c f. T omo
1 (C onf. XI I , pág.8 9 ), que depois é c ontinuada, c f. T omo 2 (C onf. XV I I , pág. 1 2 9 ).
A obra é de tal forma vas ta, que não ous o avanç ar des de já no s eu c onteúdo...
Publicada por AlvorSilves em 20:37 0 comentários Hiperligações para esta mensagem
Etiquetas: Historiadores
E s te texto vers a a s equênc ia des c rita por D amião C as tro ac erc a dos reis no s eu
" tempo fabulos o", no prefác io do s eu livro (ver pos t anterior). A pes ar de denegrir
es s a vers ão que c las s ific a de fábula, dá- nos várias pis tas , que c ons tituem um
bom res umo dos múltiplos trabalhos anteriores .
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31-12-2010 alvor-silves
C onvém notar que em nenhum des tes textos antigos aparec e referênc ia a nenhum
c ulto a E ndovélic o, ou a outras entidades c ujo nome foi popularizado, na trans iç ão
do Séc . XI X/Séc . XX, por L eite de V as c onc elos .
H á um bus to c onhec ido, c om c arac terís tic as de es c ultura grega, que tem s ido
as s oc iado a uma repres entaç ão de E ndovélic o:
C om as prec auç ões que já tomo nes tas c ois as , parec e- me que a troc a dos V
pelos B, pode levar a:
EndoBélico
ou s eja, literalmente a uma guerra interna. N a minha opinião, es te nome
pentas s ilábic o e c ompos to, parec e- me ainda pouc o normal para o tratamento
c omum a um deus .
P or outro lado, a referênc ia tardia enc ontra- s e bem jus tific ada na s equênc ia do fim
da mitologia fabulos a, definitivamente enc errada por H erc ulano. D os partidários
de T ubal deixou de s e ouvir falar, e foi rapidamente s ubs tituído por uma mitologia
mais moderada, as s oc iada então a E ndovélic o.
T omando o lado que deixou de ter voz, talvez enc ontremos aqui uma es tátua c om
origem no período de influênc ia grega na L us itânia... também não é de negligenc iar
as várias es tátuas de guerreiros , para evoc aç ões ainda anteriores (ver também
blog P ortugalliae):
I ndependentemente dis s o, o nome J úpiter O s íris s erá s eguido pelo filho H órus
H érc ules L íbic o, que vingará a morte do pai às mãos dos L omínios , filhos de
G erião. M ais uma vez mis tura- s e a des c endênc ia (de fac to, H érc ules des c ende de
J úpiter, tal c omo H órus des c ende de O s íris ), mis turando c om uma parte divers a
humana, que envolve G erião e os filhos .
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9. Lomínios, filhos de G erião, matam J úpiter O s íris
10. Hórus Hércules Líbico, filho de J úpiter O s íris , mata os L omínios
- funda em Sagres (P romontório Sac ro), um T emplo a T ubal
- parte para I tália, deixando H is palo c omo s uc es s or
11. Hispalo, funda H is palis ~Sevilha
12. Hispano, de onde viria o nome E s panha
13. Hespero, renomeia E s panha c omo H es peria
14. A t lant e It alo, irmão de H órus H érc ules
D e ac ordo c om D amião C as tro, o primeiro his toriador romano, F abio P ic tor (Séc .
I I I BC E ), apontaria a filha de A tlante I talo, de nome Roma, c omo fundadora da
c idade.
A proveitando es s e período de anarquia, s urge Bac o, c ons iderado impos tor, que
c ons eguirá que o s eu filho L ís ias s eja ac eite... fazendo c rer que trans porta a alma
do defunto L us o.
25. Ulisses
26. Diomedes
27. Teucro
28. Mnest eo
29. Coleo de Samos
30. A bidis
A pós o último rei lus itano, A bidis , neto de G orgoris , que é as s oc iado ao mito de
ter s ido c riado s elvagem numa mata de Santarém por uma c erva, apres enta um
período de A narquia, a que s e teriam s eguido, s ó então, as invas ões c eltas , por
A mbigato. T eria havido uma divis ão entre T urdulos e T urdetanos , exc eptuando- s e
a parte norte, da G aliza aos P irinéus .
- U m pormenor c urios o s erá as s oc iar o nome de E lvas a uma fixaç ão de C eltas
H elvétic os , c itando A ndré Res ende (1 5 0 0 - 7 3 ).
N ão deixa de dizer que ignora, por ac har que nem merec em referênc ia, his tórias
fabulos as (no tempo es c uro, antes do D ilúvio) s obre T ritões , as s uas viagens a
O c idente e O riente, e batalhas que fariam tremer a terra, c om G igantes e D eus es ,
e ainda c om um des pótic o Rei T ártaro, que teria vindo dos infernos ...
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31-12-2010 alvor-silves
Observação 1: P or tudo aquilo que afirma no P refác io que irá omitir no L ivro,
D amião C as tro ac aba no entanto por s er uma das referênc ias mais s ólidas s obre
es tas lendas , parec endo querer pas s ar es s es regis tos fabulos os , c ritic ando- os
mas c om argumentos pouc o c onvinc entes .
Observação 2: É ainda interes s ante ver es ta as s oc iaç ão romana/egípc ia entre
deus es e pers onagens his tóric os , s abendo- s e que em ambas as c ulturas es s a
deific aç ão de antepas s ados era um ponto c ultural c omum. A duplic aç ão de nomes
é ainda interes s ante, já que s e repete por homónimos noutros c as os , para além de
T ebas , há o exemplo do M onte I da - em C reta é o loc al do nas c imento de J úpiter;
já na T urquia, o outro M onte I da s eria a origem de P áris .
Observação 3: P ara além des ta referênc ia à pres enç a grega na peníns ula ibéric a, é
ainda de c ons iderar em que c ons is te a ligaç ão a T róia, não devendo s er exc luída a
hipótes e de T róia s er uma c idade ibéric a. P ara is s o, um c andidato óbvio e natural
s erá ainda Setúbal e a s ua peníns ula de T róia (ainda que nada s eja s ugerido a
es s e res peito por D amião C as tro).
Observação 4: A pres enç a c artagines a na peníns ula é ac tualmente quas e
c ons ens ual. P odemos ir um pouc o mais longe? P orque não c ons iderar os F eníc ios
c omo nome alternativo para os originários da peníns ula ibéric a... que s e
es tabelec eram em T iro e C artago, reparando numa c ompos iç ão do nome, partida
de T ago ou T agus :
Car-Tago, Car-Tagus
fazem em muito lembrar ins c riç ões em es telas lus itanas (es tela da A bóbada)
P or outro lado, es ta forma de es c rita não s e afas ta muito de uma primitiva es c rita
feníc ia, tendo até s emelhanç as c om eventuais ins c riç ões feníc ias enc ontradas no
Bras il.
M ais , es tas ins c riç ões não s ão muito diferentes das que c ons tituem s ímbolos de
pedras rúnic as , fazendo uma ligaç ão c ultural, por via marítima, que uniria toda a
c os ta A tlântic a à A méric a (dir- s e- ia quas e uma ligaç ão N A T O ...)
E s ta pis ta, s empre dentro do "tempo fabulos o" , levar- nos - ia para eventuais
ligaç ões remotas por via A tlântic a. A final a "ilha que era do tamanho de um
c ontinente" c onforme P latão des c reve a A tlântida, foi por várias vezes
identific ada à A méric a - até que toda es s a c onvic ç ão s e voltou a perder nos
Séc ulos XV I I I , XI X e XX.
T odas es s as hipótes es foram exc luídas e c ons ideradas fantas ios as .
N o entanto es s a rec us a de c onhec imento anterior, levanta "enigmas his tóric os ",
c omo é o c as o dos P ovos do M ar, c ujas invas ões s ão referidas por diferentes
c ulturas na bac ia mediterrânic a, ajus tando- s e à des c riç ão que P latão tenta fazer
de uma tentativa de c onquis ta atlante repelida por A tenas , c onforme os
s ac erdotes egípc ios tinham c ontado a Sólon.
P orém... que c redibilidade dar a P latão, e a tantos outros , c omparando c om os
mais s ábios his toriadores franc es es e ingles es da I dade M oderna que formataram
a his tória ac tual?
Etiquetas: Historiadores
D omingo, 2 3 de M aio de 2 0 1 0
Damião Castro
F ruto da evoluç ão dos tempos , parec e- nos s er trans mitida a mens agem de que
antes de A lexandre H erc ulano mais nenhuns his toriadores teriam exis tido em
P ortugal...
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E s tá longe de s er as s im! A s uges tão de leitura no c omentário ["C alis to": 2 8 de
A bril 2 0 1 0 ], leva- nos a Damião de Lemos Faria e Cas tro, e à s ua H is tória
apres entada à Rainha D . M aria I .
A lexandre H erc ulano, apenas menc iona a Monarquia Lus itana de F rei Bernardo
Brito c omo um "livro altamente ridíc ulo" , e apes ar de rec onhec er que é bas eado
em fontes muito antigas , H erc ulano parec e es tar provido do alto de uma c átedra
revis ionis ta, s uprimindo s em qualquer referênc ia es s a "parte mitológic a". A té aqui
es taria no s eu direito de his toriador, s elec c ionando as fontes que c ons iderava
c redíveis . P arec e- nos no entanto, des trutivo e não inoc ente, a c ompleta
s upres s ão des s es mitos , quando dec ide public ar as s uas "L endas e N arrativas ".
P ara H erc ulano e s eguidores , P ortugal parec ia não ter direito a his tória anterior à
formaç ão da nac ionalidade c om o C ondado P ortuc alens e. Seria o equivalente a
s uprimir à H is tória I ngles a os mític os Rei A rtur, L anc elot, M erlin ou P ars eval. U m
H erc ulano inglês teria s uprimido A valon e E xc alibur... P or c ulpa des s as c átedras
patroc inadas , fomos reduzidos na c apac idade de s onhar, s endo- nos apenas
autorizado um pas tor V iriato, terror dos romanos , e o eterno D es ejado!
Sobre H eródoto c hega a s er radic al ao ponto de dizer "em lugar de lhe darmos com
Cícero o nome de Pai da His tória, lhe chamaremos um dos Progenitores da Fábula".
É mes mo mais c áus tic o dizendo que a "luz his tóric a" nos permitia agora ver os
pais das patranhas referindo- s e a fontes antigas : Aunio, Filo, Beros o, Manethon e
Metas tene.
P or outro lado, é interes s ante notar a s equênc ia pela qual ele diz que poderia ir
bus c ar fontes fidedignas (através do c ontac to entre geraç ões ):
- da s ua geraç ão até D . P edro I I , des s a geraç ão até D . F ilipe I V , depois até ao
C ardeal D . H enrique... s altando depois até D . A fons o H enriques .
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(ii) C hamando "s ec tários " a F lorião do C ampo, G aribay, Beuter e V azeo, que
" beberam na f onte impura de Beros o", diz- nos que quer es s es , quer "o novo engenho
vas to" de D . J os é P ellic er não teriam c ons eguido tirar dos "cof res da s ua erudição"
motivos que tornas s em a his tória s us c eptível a "engenhos menos vulgares " de
Diaris tas de Sotelo, que teriam c ons eguido derrotar uma opinião favorável a T ubal
e T ars is . A es c olha de adjec tivos para os venc edores e para o venc ido s erá
eluc idativa do partido que é s eu, mas que não pode tomar.
(iii) E s c arnec e as s im da ideia de uma República de Set úbal formada por es s es
netos de N oé, do nome do filho H ibero (de onde viria o nome I béria), de T ago (de
onde viria o nome T ejo), de Beto (de onde viria o nome Bétic a), de H is palis e
H es pero (de onde viria o nome H es panha e H es pérides ), e também dos mitos
as s oc iados de O s íris , H érc ules , dos filhos de G erião, Bac o, de L us o (de onde viria
o nome L us itânia).
A c aba por parar, dizendo que foi um autor es trangeiro, Q uien de la N eufville, que
lhe fez ver tudo is s o nec es s itaria de indagaç ão c rític a, judic ios a e s evera. E é
genial dizendo que o eminente autor franc ês res olve a ques tão em dois parágrafos ,
res umidamente porque: T ubal nunc a veio à E s panha; que os s eus des c endentes
iberos s ão os vindos da I béria na G eórgia; que eram uns "brutos , incapazes de
religião e política"; que s empre foram os mes mos até que es trangeiros , c omo
egípc ios , gregos , c artagines es , e gaules es , "adoças s em o s eu ar bárbaro e a dureza
dos s eus cos tumes ". D ific ilmente não s e fic aria c onvenc ido c om tal profundidade e
elogio nos argumentos dos his toriadores franc es es ...
(iv) M ais à frente, aludindo a que a marinha G rega s eria "das mais frac as ", e " não
poderiam ter pas s ado o M editerrâneo", c ita outro franc ês , Boc hart. E s te teria
argumentado a origem feníc ia de divers os loc ais , evitando as s oc iaç ões c om
nomes gregos , já que nunc a poderiam ter c hegado a terras portugues as . P or
exemplo, M inho viria do feníc io M anin (quiç á querendo evitar talvez a as s oc iaç ão
de M inho ao grego M inos ), T ejo de D agi, L is boa de A lis - ubbo, etc ... ao ponto de
D amião C as tro dizer que fez um tal "dilúvio de conj ecturas " que ninguém tomaria
Boc hart "como f iador" nes ta última. M as é moderado, dizendo apenas que, devido
ao grande número, "s e algumas cois as acertou, noutras podia errar" .
não deixamos de notar c omo interes s ante a referênc ia às T orres A ltas (**) de
T róia (no P refác io, página XXXI ), bem c omo uma referênc ia à c hegada da A rmada
de U lis s es no T ejo, a fundaç ão da c idade U lys s ipo que o Rei G orgoris teria
c ons entido, c edendo a U lis s es a mão da s ua filha C alips o. A s c lepíades teria
as s egurado que aí U lis s es fundara um T emplo de M inerva, onde teria ainda vis to
(no s eu tempo, s éc . I I - BC E ) des troç os dos s eus navios .
(**)
Comparar com as Torres de Shetland (ver 2ª notícia Abril/2010 no blog Portugalliae). Essas torres
são de origem desconhecida, segundo a reportagem da BBC, estando subjacente um comércio marítimo na
Idade do Bronze que talvez envolvesse um antigo comércio marítimo na Europa Ocidental.
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C omeç o pelo vers o de C amões (ins pirado no de P etrarc a), dito pelo s oldado
L eonardo:
- Tra la s pica e la man, qual muro è mes s o! (Entre a espiga e a mão que muro se levanta!)
Maia e Maio
O dia da es piga é uma tradiç ão de M aio, perdida nos tempos ... por um lado
relac ionada muitas vezes c om c ultos pagãos as s oc iados à primavera, pode ter
s ofrido alteraç ões na s ua c oloc aç ão no c alendário, relativamente a M arç o.
O nome M aio, M aia, foi fic ando... nalgumas regiões de P ortugal ainda s ubs is te a
tradiç ão de fazer uma bonec a de palha, c hamada M aia!
M aia s eria uma deus a filha de A tlas , e de uma ninfa oc eânic a da A rc ádia, figura
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c omo uma das s ete es trelas nas P lêiades . Será dos raros c as os em que o s eu
nome não s ofre grande alteraç ão ao longo dos tempos , e é s onoramente idêntic o
em várias línguas . N uma pequena variaç ão, É s quilo terá aparentemente tentado
as s oc iá- la a G aia!
P or outro lado, teve c om Zeus /J úpiter um filho que s eria H ermes /M erc úrio, e
protegeu A rc as de H era (que tinha trans formado a mãe C alis to num urs o, no c éu
fic ando a U rs a M aior, e A rc as c omo a U rs a M enor).
P orém, regres s ando à es piga, a tradiç ão de M aio, junta- lhe outras "flores ":
- malmequeres , papoilas , alec rim, oliveira, videira...
C ada uma des tas "flores " parec e ter um c erto s ignific ado, mas nem s empre
unânime.
P or exemplo, foi- me dito ouro/prata para malmequeres amarelos /branc os ,
liberdade pela papoila, e o alec rim parec e es tar relac ionado c om a s aúde...
A lecrim
H á é c laro a c élebre c anç ão popular... mas há mais !
D e A ntónio J os é da Silva tivémos as Guerras de Alecrim e Manj erona onde, logo de
ínic io e um pouc o a des propós ito, diz o pers onagem Semic úpio:
- Já f ica as s inalada na Carta de Marear toda a cos ta de les te a oes te, com s eus cachopos
e baixios !
É c laro que é uma referênc ia s emelhante à de P edro N unes , quando s e refere às
c artas de marear, e à maior ignorânc ia na leitura de les te a oes te... que a tal
rotaç ão do portulano de P edro Reinel parec e as s oc iar ao M éxic o. T alvez por es te
tipo de impertinênc ias , A ntónio J os é da Silva ac abou por dific uldades na
ac eitaç ão do s eu trabalho, e ac abou por terminar à mão da I nquis iç ão.
T alvez por c aus a de um ac rés c imo de impertinênc ias o terramoto de 1 7 5 5 não
s eja apenas um s is mo, s eja também um inc êndio que delapidou a nos s a memória
doc umental, e um período ilus trado pelas inúmeras exec uç ões e autos - de- fé
s ubs equentes :
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... não podemos deixar de ler C amões , a des propós ito (C anto 7 , §7 7 ) de um velho
de as pec to venerando:
E a partir des s e ponto, e por muitos s éc ulos , quero c rer que novos ramos foram
adic ionados à es piga... até que do nevoeiro s e des c obris s e o enc oberto, e o
mundo des ejado voltas s e.
Etiquetas: Tese-Alvor-Silves
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P ela exac tidão do c ontorno, s omos imediatamente levados a pens ar que s e trata
de uma reproduç ão realizada pelo menos no Séc ulo XX, já que s ó nes s a altura
haveria c onhec imento para um tal grau de prec is ão! E s pec ialmente s e olharmos
para a C os ta N orte do C anadá.
N o entanto, não deixa de s er c urios o que quem terá feito es te mapa, ins is te
nalgumas (im)prec is ões , típic as da époc a dos des c obrimentos , es pec ialmente nas
ilus traç ões internas .
A reproduç ão poderá até ter alteraç ões pos teriores , mas todo o es tilo do mapa, o
des taque a s er " P rojec ç ão M erc ator" (... que outra haveria de s er depois do s éc .
XV I I ? ), induz uma res pos ta c urios a:
... es te mapa tem todas as caracterís ticas das cartas do Séc. XVI
C ertamente que haverá uma res pos ta, e um eventual c ulpado (rec ente) de tal
finura, mas vou c oloc ar a ques tão de uma forma diferente...
- Q uando P edro N unes , em 1 5 3 7 , afirma: "E f izeram o mar tão chão que não há hoj e
quem ous e dizer que achas s e novamente alguma pequena ilha, alguns baixos , ou s e
quer algum penedo, que por nos s as navegações não s ej a j á des coberto",
e num "es boç o autorizado" , no mes mo T ratado da Sphera, é c apaz de fazer mapas
des tes :
... s eria de es perar que, s em outras res triç ões , apres entas s e um mapa
s emelhante para s er c ons is tente c om a s ua afirmaç ão!
N otas adic ionais s obre o mapa:
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O mapa tem uma ins c riç ão no c anto inferior es querdo, que o parec e as s oc iar ao
M us eu da M arinha (**).
N o entanto, não s e enquadra num típic o mapa his tóric o, porque:
(i) N ão aparec em as des ignaç ões dos c ontinentes A meric a ou A us tralia, nem
aparec e o H avai.
(ii) N a A us tralia não há qualquer nome, apenas des enho de pais agem, que nem
s erá o mais ajus tado fac e ao c onhec imento após o Séc . XI X.
(iii) N a A méric a as des ignaç ões referem- s e apenas a C anada, N ova G ranada,
N ova E s panha, T erra F lorida, T erra de C orte Real, e T erra dos Bac alhaos .
(iv) A s res tantes des ignaç ões e bandeiras s ão apropriadas para um mapa da
époc a de D . Sebas tião.
(v) A referênc ia à P rojec ç ão M erc ator também s eria apropriada para a époc a de D .
Sebas tião, depois do Séc . XV I I tornou- s e de tal forma c omum, que s eria
redundante referi- lo num mapa.
(vi) H á uma bandeira portugues a e outra es panhola nas F ilipinas , o que s e
ajus taria ainda à époc a de D . Sebas tião, tal c omo a rec lamaç ão da T erra de C orte
Real para P ortugal.
(vii) Se o mapa pretendes s e s ó invoc ar his toric amente os des c obrimentos
portugues es s eria redundante c oloc ar as bandeiras es panholas (não c oloc a
franc es as ou ingles as ), e não faria s entido c oloc ar as bandeiras de outras naç ões
à époc a de D . Sebas tião. A liás D . Sebas tião s eria talvez o únic o monarc a c om a
c oragem de ac eitar a public aç ão de tal mapa.
(viii) Se a linha c os teira não tem quas e nenhum erro, o mes mo não podemos dizer
do Rio A mazonas e do Rio da P rata, que s ão ilus trados c onforme era habitual no
Séc . XV I .
(ix) I ndependentemente da dataç ão, o autor c oloc a diferentes tipos de
embarc aç ões no mapa. P odemos ver algumas bem primitivas na direc ç ão da T erra
dos Bac alhaos . I s s o é ainda uma informaç ão adic ional s obre a époc a das viagens .
(x) N a G ronelândia aparec em pinguins ... algo es tranho de s e c onfundir já no Séc .
XI X ou XX.
(xi) São as s inaladas algumas trajec tórias de viagens his tóric as :
- - (a) V emos as rotas das viagens de D ias , G ama, C abral ou M agalhães (es ta
terminando nas F ilipinas ), mas não de C olombo...
- - (b) São apres entadas viagens que s aem dos A ç ores . U ma dirige- s e para
G ronelândia- les te, e deverá s er uma viagem dos C orte- Real. A outra é mais difíc il
de identific ar, s aindo dos A ç ores , atinge a F lórida, e depois s obe a c os ta
americ ana até à N ova E s c óc ia.
- - (c ) H á ainda uma viagem, também não identific ada, que s aindo do P erú em
direc ç ão ao P ac ífic o atinge as I lhas Salomão, e regres s a pelo P ac ífic o explorando
a c os ta M exic ana.
E s tes s ão alguns dos indíc ios s ufic ientes para s upor que es te mapa pode até ter
s ido feito pos teriormente, mas reflec tiria um eventual mapa à époc a de D .
Sebas tião. C om uma outra vers ão, c om maior res oluç ão, talvez s e c ons eguis s em
ainda retirar muito mais c onc lus ões .
Após KTemplar ter disponibilizado ontem algumas fotografias de uma cópia que possui, em
http://groups.google.com/group/history-of-the-americas/files
são interessantes as conclusões:
(C1) - A inscrição diz
"Executado pelo pessoal técnico do Museu da Marinha. Maio de 1970"
(C2) - A viagem Açores-Flórida-Nova Escócia é atribuída a Gaspar Corte-Real (1501-02). A viagem
Açores-Gronelândia é atribuída a João Fernandes Labrador (1495).
(C3) - A viagem Perú-Ilhão Salomão-México é atribuída a Pedro Fernandes Queirós (navegador já
aqui referido por JM-CH). A outra parte da exploração Californiana é atribuída a João Rodrigues
Cabrilho (1542).
(C4) - Curiosamente, na cópia de KTemplar, não aparecem os pinguins na Gronelândia!!
Etiquetas: Tese-Alvor-Silves
M ens agens mais rec entes P ágina inic ial M ens agens antigas
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A rquivo do blogue
▼ 2 0 1 0 (5 0 )
► D ezembro (3 )
Theatrum Mundi - João Lavanha, Luis Teixeira (c. 1597-1612)
► N ovembro (8 )
A pes ar de aparentar algumas pres umíveis inc orrec ç ões demas iado evidentes (a ► O utubro (6 )
s empre oc ulta A us trália, propos itadamente c onfundida c om a A ntártida e c om o
nome N ova G uiné), es te é talvez um dos exemplares portugues es mais ► Setembro (5 )
interes s antes dos que res tam intac tos , apres entando todo o mundo.
► A gos to (1 )
E m partic ular apres enta o Est reit o de A nian, que não s e c hamava Est reit o de
Bering, pois quem "des c obriu" es s e E s treito - o explorador V itus Bering (1 6 8 1 - ► J ulho (1 )
1 7 4 1 ) - a i nda nã o era ta mpouco na sci do...
► J unho (7 )
A pres enta de forma muito rigoros a toda a P as s agem N oroes te (realizada por
A munds en em 1 9 0 6 ), e também a P as s agem do N ordes te que deverá ter s ido ▼ M aio (5 )
navegada por D avid M elgueiro em 1 6 6 0 - 6 2 , mas que é atribuída a N ordens kjold P or T ubal
em 1 8 7 8 - 7 9 .
D amião C as tro
O mapa português ins is te em não us ar a projec ç ão de M erc ator, e tirando es s e
as pec to, não s erá muito diferente de um mapa anterior (c . 1 5 7 0 ) do famos o A es piga e o alec rim
A braham O rtelius :
T eatro dos D es c obrimentos
T heatrum M undi
► A bril (4 )
► M arç o (1 )
► F evereiro (1 )
► J aneiro (8 )
Et iquet as
de C alis to (1 )
E nglis h (3 )
E s torias (1 1 )
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H is toriadores (1 1 )
Q ues tão G aia (2 )
T es e- A lvor- Silves (2 6 )
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Últ imos coment ários
T ambém O rtelius apres enta uma pos s ibilidade para ambas as pas s agens , e a
repres entaç ão s ugere o E s treito de A nian (onde es tá o A nian Regnum)... no
entanto, não é a mes ma c ois a!
A repres entaç ão do c ontinente americ ano era, no final do Séc . XV I , muito melhor
do que em mapas pos teriores . D amos c omo exemplo, um mapa c . 1 6 3 0 , de
H ondius , talvez um dos melhores do Séc . XV I I , mas onde já des aparec eu o
E s treito de A nian... e qualitativamente inferior até ao mapa de J oão de L is boa (o
do logotipo alvor-s ilves ) public ado um s éc ulo antes .
N ele enc ontramos uma dis torç ão provoc ada por duas ros as - do- vento polares ,
alguma imprec is ão nos c ontornos des s a parte americ ana (tal c omo em Á fric a),
mas que retrata fielmente os detalhes e c ontornos na " parte obs c ura" da A méric a:
A las c a e C anadá. Se s eguirmos a linha de c os ta enc ontramos c orres pondentes
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31-12-2010 alvor-silves
em (quas e) todos os c as os (p. ex. Baía de H uds on - 1 6 1 1 , Baía de Baffin- 1 6 1 6 ) ,
o que não s e verific a s empre c om o mapa de O rtelius . T ambém c lara é a diferenç a
no c ontorno da Rús s ia s etentrional. E m L avanha, já é pos s ível nomear N ova
Zembla, des c oberta por Barents em 1 5 9 7 , que aí morre.
A realizaç ão de tal mapa s ó s eria jus tific ável por uma c oinc idênc ia muito para
além do razoável, e c omo tal es te mapa não faz parte da "c olec ç ão ofic ial",
enc ontrando- s e ainda as s im na P ortugallia M onumenta C artographic a, de 1 9 6 0 .
É ac tualmente quas e des c onhec ido, pois mais uma vez foi c onc edida à nova
geraç ão o privilégio de s e es quec er da anterior.
T erras na A méric a Setentrional no T heatrum M undi (de oes te- les te, norte- s ul):
- Mendocino, Quiuira Regio, Anian Regio, Bergi Regio,
- Agama, Canaoga, Tolm,
- Chiugigua, Cogibel, Albardos , Zubgara, Sete Cidades , Nova Granada,
- Avanares , Capas chi, Florida, Cos s a, Tagil
- Saguena, Ochalaga, Apalache n,
- Canadaa, Norumberga
- Stotilano, Aratoris , Terra Nova dos Bacalhaos
N ão vou entrar em detalhes s obre toda a c onfus ão que pode exis tir quando s e
referem c ois as que s e pas s aram no M ar V ermelho, c onfundindo C alifórnia c om
A rábia... N ão deixo de s alientar que a C alifórnia foi também vis ta c omo uma terra
prometida, e que no prolongamento do Rio C olorado enc ontramos a ins c riç ão
Ceuola e depois Sete Cidades (referindo- s e provavelmente às Sete C idades de
C íbola... ou s erá C ebola? )
Q uanto às outras des ignaç ões também muito há a dizer... por exemplo, Agama é
entendida c omo uma palavra em s ans c rito referindo- s e a um dos vedas . H á um
C anaoga P ark na C alifórnia, etc ... mas uma parte des tes nomes es tranhos perdeu-
s e nos mitos dos tempos .
Encobriment os...
C omo é fác il c onc luir, a polític a de enc obrimentos manteve- s e mes mo após as
des c obertas portugues as , e até à viagem de C ook. A viagem de C ook, quas e
c ontemporânea da Revoluç ão de I ndependênc ia A meric ana marc ou
definitivamente o fim da oc ultaç ão de uma parte c ons iderável do mundo.
D e c . 1 6 0 0 até 1 7 7 1 , o mundo que era " des c oberto", ou melhor, não era
" enc oberto", não inc luía metade da A us trália e N ova Zelândia, H avai, ou ainda a
parte norte da A méric a, ac ima da C alifórnia.
O que s e pas s ou nes s a parte "encoberta", e perf eitamente habitável, durante mais de
dois s éculos ? O que determinou o s eu f im, cas o tenha havido "fim"?
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D omingo, 2 5 de A bril de 2 0 1 0
Tagus Aureo
J uvenal, Decimus I unius I uvenalis (~6 0 - 1 2 7 ) nas s uas Sátiras menc iona por duas
vezes o Rio T ejo...
Ah! Let not all the s ands of the s haded Tagus , and the gold which it rolls into the s ea,
be s o precious in your eyes that you s hould los e your s leep, and accept gif ts , to your
s orrow, which you mus t one day lay down, and be f or ever a terror to your mighty
f riend!
J uvenal (Sátira 3 )
The man for whos e des ires yes terday not all the gold which Tagus and the ruddy
Pactolus rolls along would have s uf f iced, mus t now content hims elf with a rag to cover
his cold and nakednes s , and a poor mors el of f ood, while he begs f or pennies as a
s hipwrecked mariner, and s upports hims elf by a painted s torm!
J uvenal (Sátira 1 4 )
P ortanto, c onc luímos des ta pequena referênc ia que no Séc .I /I I era do c omum
c onhec imento romano que o s ítio que fornec eria a maior parte do ouro que
c hegava a Roma, vinha es s enc ialmente do Rio T agus . C és ar foi quaes tor da
L us itânia, e parte do s eu s uc es s o es tá ligado às moedas de ouro c om que pagava
às s uas legiões ...
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31-12-2010 alvor-silves
N es s a peníns ula turc a, c ouberam muitos reinos poderos os , muitas vezes
c ontemporaneamente, s em que s e perc ebes s e o que delimitaria fis ic amente as
s uas fronteiras e c omo s e proc es s aria a s ua c onvivênc ia.
É num mundo c ontraído por uma H is tória rees c rita, que enc ontramos também
demas iadas s emelhanç as de nomes .
À forç a de querer limitar as navegaç ões gregas a paragens próximas , nomes c omo
I beria ou A lbania, aparec em as s oc iados a reinos do C áuc as o, próximos de uma
C ólquida, no M ar N egro, as s oc iada à viagem do intrépido J as ão e dos A rgonautas .
N ão s erá porém de c ons iderar que es s e M ar N egro, o P ontus E uxinus , não foi
renomeado pela es c uridão medieval que s e as s oc iou ao O c eano A tlântic o... e que
a viagem de J as ão foi para além do E s treito de D ardanelos , s ervindo c omo alias do
E s treito de G ibraltar.
A final não s erá natural que o Rei D ardanus (filho de Zeus e E lec tra, neto de A tlas )
tenha c as ado c om Batea (as s oc iando- a à Baetia, região romana do G uadalquivir ~
Baetis F luvius )?
I s to c oloc a- nos na zona de T róia....
M as , afinal, não s erá natural que O lis s ipos - L is boa, derive de U lis s es por alguma
razão?
Seria as s im jus tific ável o nome de T róia para a peníns ula... que s empre teve es s e
nome.
Setúbal, antiga c idade do Rei T úbal teria talvez s ido a antiga T róia, após o
D ardanelos ?
O Rio Sado, era pelo Romanos denominado Calipos F luvius . N ão s erá também de
as s oc iar es s e nome à ninfa C alips o, filha de A tlas , que reteve U lis s es por 7 anos ?
Q ual s eria a ilha... uma ilha onde há uma O rquídea c uja variedade s e c hama
C alips o?
T eria U lis s es fic ado perdido num M ar M editerrâneo que os G regos c onhec iam tão
bem, ou terá U lis s es fic ado perdido no grande O c eano A tlântic o? ... quiçá, no meio
de s ereias que os portugues es voltaram a encontrar!
Se as ilhas gregas es tavam mais dis tantes entre s i do que M ic enas es tava da
T róia na A natólia, faria s entido embarc arem todos numa longa viagem, que afinal
era tão próxima? N ão faria mais s entido que es s a viagem vis as s e uma dis tante
T róia, s ituada após o M ar M editerrâneo?
Será demas iado nac ionalis mo? ... há falta de objec tividade, ou depois de um T ejo
M ahalay, teremos agora uma H elena de T róia, raptada por um P áris s etubalens e...
É difíc il dis tinguir as influênc ias , mas s eguindo es ta linha, aparec e ainda c omo
c ons is tente a ideia de P oliziano - Roma enquanto c olónia L us itana... É que
s egundo V irgílio, A frodite terá s ugerido a E neias partir de T róia, e fazer reviver a
glória de T róia numa outra parte... em Roma.
É nes ta parte difíc il dis tinguir o aproveitamento da lenda para interes s e próprio...
os portugues es do Séc . XV podem ter des c oberto doc umentos nes ta linha, ou
podem ter s eguido a linha de rees c rever a his tória a s eu belo prazer, as s oc iando
alguns nomes c onvenientemente!
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É interes s ante s aber que os italianos c hamavam T ramontana à parte Á rtic a.
N es te c as o o meridiano zero pas s aria ao largo da E s c óc ia, pela I rlanda e pela
c os ta portugues a.
E m 8 6 1 a I s lândia terá s ido des c oberta por um pirata norueguês que a denominou
" Sneeland", a que s e s eguiu um outro, de nome F loko que lhe deu o nome ac tual.
C andido C os ta não deixa de anotar que os piratas es c andinavos vis itariam a
G ronelândia des de o Séc . V I .
P ara c onfirmar es ta pres enç a, pelo menos na G ronelândia, C . Rafn apontou uma
pedra rúnic a des c oberta por P elinut em 1 8 2 4 , a 7 3 ºN de latitude, que diria:
Erling Sigvals on, Bj orn Hordes on e Endride Addon, s ábado antes de Gagnday (25 de
Abril), levantaram es te montam de pedras e limparam es te lugar no ano de 1135.
H á ainda a lenda do princ ípe de G ales , M adoc , que teria viajado c om a s ua c orte
para a A méric a, no Séc . XI I , e uma eventual relaç ão linguis tic a c om índios
branc os , que falavam uma língua que es taria entre o G alês e o P ortuguês , de
ac ordo c om os primeiros c olonos ...
" Além do que f ica expos to, es te livro contém elementos que comprovam o conhecimento
que tinham da América antigos povos do Oriente e da Europa, antes que Colombo
houves s e aventurado à empres a da qual res ultou a s ua maior glória. Nes s e contexto não
s e revela a f orma elevada dos que s e abalançaram com a f ilos of ia da his tória a tornar
s umptuos o e aprimorado o as s unto, que des crevo pela rama, s em f itar as altitudes a
que os mais competentes pos s am atingir. (...) Não entro tão pouco nos complicados
meandros da lei geral da evolução para formar o conj unto de apreciações f ilos óf icas , até
à época do grande acontecimento pelo qual s e tornou conhecido def initivamente o
continente americano."
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D omingo, 1 8 de A bril de 2 0 1 0
Jerusalem no Livro de Marinharia
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N a s equênc ia de res pos ta anterior, c oloc o aqui Jerus além no Mapa do Livro da
Marinharia (J oão de L is boa, m. 1 5 2 5 )
N o detalhe do mapa podemos ver J erus além c om as "5 quinas " c omo bandeira...
(e no mapa geral podemos ver uma possível localização do Lago Vitória, nascente do Nilo)
- P oderá ter ac ontec ido que J erus além não prec is as s e de s er c onquis tada? Q ue a
prerrogativa de paz/guerra que D . J oão I I tinha auferido, e que P oliziano menc iona,
lhe permitis s e ter o ac es s o de J erus além, a troc o do ac es s o dos muç ulmanos a
M ec a? ...
A fons o de A lbuquerque terá feito demas iadas c onquis tas em pouc o tempo...
T alvez s eja por is s o que D . M anuel irá ins is tir c om o filho, Brás de A lbuquerque,
para que adopte o nome do pai, e as s im lhe s ejam tardiamente as s ac adas parte
daquelas c onquis tas extemporâneas . P orém, o filho não terá ac eite! N o pequeno
tempo de luzes pos terior, c om D . Sebas tião, c ons egue uma public aç ão c orrigida
das c artas do pai.
Lago Vit ória. A pes ar de ofic ialmente o interior de Á fric a não ter s ido explorado
nes ta altura, etc , etc ... podemos ver nes te mapa uma loc alizaç ão razoável para o
L ago V itória, enquanto nas c ente do N ilo, onde até s e notam ilhas internas ao lago.
Tejo Mahalay. A pós o pos t anterior, rec ebi uma mens agem [de Knight-T emplar],
as s inalando que s e dis c utia que o monumento "mais belo do mundo" teria
efec tivamente o nome do Rio Tejo.
D e fac to, pode- s e s eguir uma dis c us s ão c orrente num fórum da BBC .... gerada por
um livro de 1 9 6 5 de Shri P . N . O ak, que o as s oc ia a um T emplo de Shiva, hindú.
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N o entanto, julgo que ninguém proc urou as s oc iar nada à pres enç a portugues a.
T erá s ido obra dos "s enhores de A gra" ...
P arec e ninguém es tranhar o fac to de A gra ter s ido fundada (ou refundada) em
1 5 0 4 ... numa altura em que F ranc is c o de A lmeida era V ic e- Rei da Í ndia.
F ranc is c o de A lmeida que dizia jus tamente s er melhor polític a c oloc ar/apoiar
" marajás c olaborantes ", do que andar permanentemente em guerra.
T erá s ido is to a c ontinuidade da polític a de paz, de D . J oão I I , que tanto P oliziano
elogiava?
A cras. N ão s erá também es tranho haver:
A c ra (T erra Santa),
..... e surgirem na tra nsi çã o de 1500:
A c c ra (Á fric a, perto da F ortaleza da M ina), e
A gra (na Í ndia)...
T ejo M ahalay
... que tal c omo uma es tória camoniana, fic ou imortalizado c omo um monumento ao
amor.
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D omingo, 1 1 de A bril de 2 0 1 0
Correspondência de D. João II
N a obra "P ortugal e os E s trangeiros " , de M anoel Bernardes Branc o (1 8 7 9 ),
enc ontramos um relato de uma troc a de c artas entre o humanis ta italiano A ngelo
P olic iano (1 4 5 4 - 1 4 9 4 ) e E l- Rey D . J oão I I ... (a traduç ão do latim é de T eófilo
Braga):
Angelo Policiano a D. João por graça de Deus rei invictis s imo de Portugal e dos Algarves ,
d'aquém e d'além mar em Áf rica e s enhor de Guiné, s aúde !
C omquanto nem a minha c ondiç ão nem o meu s aber nem merec imento algum meu
s ejam tais que eu julgue s er- me líc ito es c rever- vos , rei invic to, todavia a vos s a
grandeza, lus tre e glória, os vos s os louvores , es palhados já por toda a terra, têm-
me as s ombrado de modo que, de s i mes ma, a própria pena arde em des ejos de
apres entar- vos letras minhas , ates tar- vos os meus s entimentos , exprimir- vos a
minha s impatia e, finalmente, render- vos graç as em nome de todos quantos
pertenc emos a es te s éc ulo, o qual agora, por favor dos vos s os méritos quas i-
divinos , ous a já denodadamente c ompetir c om os vetus tos s éc ulos e c om toda a
antiguidade.
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c onhec ida, s elvagem, feroz, vivendo s em organizaç ão regular, s em figura de lei,
s em religião, quas i ao modo de brutos animais , agora trazida à polic ia humana, à
brandura de trato, s uavidade de c os tumes e, até, aos s entimentos religios os !
Q ue lugar tão azado não teria eu então para rec ontar os prec ios os benefíc ios que
os habitantes do nos s o c ontinente d'ali rec eberam, os abundantes rec urs os que
de lá vieram para nos melhorar e opulentar a exis tênc ia, o engrandec imento que
até à his tória antiga c oube, a fé que adquiriram antigas narrativas que outr'ora
es c as s amente s e podiam ac reditar; e, por outro lado, a quebra que tiveram na
admiraç ão? E ntão haveria eu também de abs olver de toda a s us peita de fals idade
o grande P latão e os annaes s ec ulares do E gipto, que, s em pres tarem c rédito,
fizeram menç ão d'es s e O c eano por ti s ubjugado c om poderos os exérc itos .
D e maneira que também c onfes s aria que razão teve A lexandre de M ac edónia em
s e ames quinhar lamentando que ainda res tas s em outros mundos às s uas vitórias .
N a verdade que outra c ois a nos fizes tes vós , prec laro prínc ipe, s enão — ac har
s eria expres s ão inadequada — trazer de trevas eternas e, quas i diria, do antigo
c aos , para a luz que nos ilumina, outras terras , outro mar, outros mandos e, em
c abo, outros as tros ?
— M as a que fim veio es praiar- me agora n'es te as s unto?
F oi para vos rogar em nome não s ó do pres ente s éc ulo, s enão também de toda a
pos teridade e de todos os povos , que não s ofrais que de tão s ublimes obras
feneç a ou s e perc a a memória que deve s er eternizada, mas antes ordeneis lhe
alc e um padrão a voz dos varões doutos , à qual nem o dente roedor do tempo no
s eu c urs o s ilenc ios o vale a c ons umir.
E , s e dais favor ao merec imento, porque não o haveis de dar à glória, c ompanheira
do merec imento? E s e ganhais por mão a todos os monarc as em generos idade de
brios e grandeza de ânimo, es ta vida humana tão breve, tão ins tável, que de tão
es c as s as e minguadas es peranç as depende em tão angus tiados limites é
es treitada, porque a não haveis de prolongar c om a c arreira imortal de inac es s ível
glória?
P or que não há- de a memória de feitos grandios os trans mitir- s e aos vos s os
s uc c es s ores mes mos , para que es s as illus tres faç anhas que jamais enc ontrarão
s egundas , lhes aproveitem s ervindo- lhes também de ens inamento e norma?
P orque não haveis de deixar um c omo typo a vos s os filhos e futuros netos , para
que nenhum degenére jamais da perene e abonada virtude dos s eus maiores e a
tenham diante dos olhos c omo tras lado para s e lhes formar o c arac ter e educ ar o
c oraç ão s egundo a prínc ipes c onvém?
F inalmente porque não hão- de também os outros reis que nas c erem s ob os
des vairados c limas do mundo, haver de vós , s enão que imitar, ao menos que
admirar?
O ra fazer extremadas proezas e não lhes dar realc e e luz c om as letras o mes mo
vale que proc riar filhos de peregrina gentileza e não lhes dar s us tentaç ão. N ão
ac onteç a, não, rei exc els o, que es s as vos s as glorias , tão c redoras da
imortalidade fiquem es c ondidas n'aquele vas to ac ervo da nos s a fragilidade, em
que jazem s epultados os trabalhos de todos quantos não houveram os s ufrágios
dos varões de s aber pres tante.
A c ordai- vos de A lexandre, ac ordai- vos de C és ar, os dois nomes princ ipais que a
fas tos a antiguidade nos alardeia. D e um, as s az memorada é a exc lamaç ão que
s oltou ao pé do túmulo de A quiles , c hamando afortunado ao manc ebo por ter
enc ontrado em H omero o pregoeiro das s uas glorias . O s egundo, ainda quando
es tava aperc ebido para travar c ombate, e quas i que até no meio do es trondo das
pugnas , c om tal es mero c ompunha as memórias dos s eus feitos , que nenhuma
obra a c rític a julga por tão bem trabalhada que a purís s ima elegânc ia d'aquele
autor lhe não leve a palma.
A es tes , logo, vós deveis , ao menos imitar, a es tes a quem nos outros res peitos
des mes uradamente vos avantajais . O que vos ac abo de dizer, c ompreendereis
que é a expres s ão da verdade e não a linguagem da adulaç ão, quando para vós
mes mo volverdes os olhos da vos s a inteligênc ia s oberana e tiverdes atentamente
examinado os formos os títulos da vos s a glória, mages tade e poderio, e
c ons iderado reflec tidamente a que fas tígio es tais s ubido nas c ous as humanas .
D e feito, ver- vos - eis rei da L us itânia, is to é (para res umir em uma palavra o que
entendo), de um povo de romanos de que outr'ora numeros as c olónias , s egundo a
his tória refere, s e ac havam dis s eminadas n'es ta região mais do que em nenhuma
outra. V ereis em vós o libertador da A fric a, es s a terc eira divis ão do orbe, que
des de já, pelos vos s os es forç os , s olta dos ferros dos bárbaros , exulta c ada vez
mais c om a es peranç a de c ompleta liberdade. V ereis em vós também o domador
d'aquelle vas to e indignado oc eano, a c ujos primeiros embates o mes mo H érc ules ,
o s ubjugador do mundo, enfiou.
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que vos adorna a régia fronte, es s a mages tade, fiel trans umpto da divina? !
— N o que res peita a minha pes s oa, não é, c erto, ordinária a minha c ondiç ão, mas ,
na profis s ão das letras , também alguns c rêem que não é de todo inferior a minha
reputaç ão. Q uas i de menino fui ou c riado (e porventura que es ta c irc uns tânc ia
virá a propós ito) no s eio da hones ta família d'aquele varão illus tre, o primeiro
pers onagem na s ua tão florente repúblic a, L ourenç o de M edíc is . N ão c edendo a
ninguém em dedic aç ão à vos s a pes s oa, s oube ele, falando- me de vós , ac ender em
mim entus ias mo tão ardente pelos vos s os merec imentos , que dia e noite eu não
largo de pens ar no pregão dos vos s os feitos , e o mais fervoros o voto que eu agora
faç o é que mo s eja outorgada forç a, poder e finalmente ens ejo, para que o vos s o
nome tão digno de divinos elogios , os tes temunhos da vos s a piedade, integridade,
rec tidão, temperanç a, prudênc ia, juízo, os da vos s a jus tiç a, fortaleza, providênc ia,
liberalidade e grandeza de alma, e enfim os de tantas obras , tantas e tão exímias
faç anhas vos s as , tenham monumentos fiéis levantados , ainda que s eja por mim,
na lingua latina ou grega, de modo que não haja vic is s itude de humanos
ac ontec imentos , nem as s alto da varia e inc ons tante fortuna nem vetus tade de
s éc ulos que valha a extingui- los .
Respost a de D. João II
D. João por graça de Deus , rei de Portugal e dos Algarves , d'áquem e d'além mar em
Áf rica, e s enhor de Guiné, ao mui douto varão e prezado amigo, Angelo Policiano, s aúde !
A vos s a agradável c arta, que já há muito li, e, s obretudo o que amiudadas vezes
nos tem referido o nos s o querido C hanc eller- mór J oão T eixeira, me deu c abal
c onhec imento de quanto vos interes s a a nos s a glória (s e em c ous as humanas
alguma exis te) e quanto des ejais s alvar do olvido c om as vos s as letras o nos s o
nome e feitos . T al vontade, ainda que é uma prova as s az c lara de entranhado
afec to e s umma deferênc ia, todavia parec e- nos que nas c e ainda mais da bondade
do vos s o c oraç ão, da agudeza de engenho e da c opia de s aber, que miram a alvo
mais remontado.
D efeitos d'es ta ordem, porém, não há que rec eá- los , s e fordes vós , s ujeito de tão
s ubidas partes e tão vers ado em todas as boas letras , quem haja de tomar a peito
a his tória dos nos s os feitos . E s ta é pois a nos s a intenç ão. Res ta, A ngelo amigo,
que aos filhos do nos s o C hanc eller- mór, fidalgos da nos s a c as a, c ons agreis os
maiores dis velos . Sem duvida que a vos s a bondade não havia mis ter
rec omendaç ão para as s im o fazerdes es pontaneamente, c ontudo,
enc arec idamente vos rogamos que por nos s o res peito tenha ainda algum aumento
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vos s o zelo. E na verdade a eles deveis toda a gratidão, porque o pai e os filhos ,
aquele c om os louvores , es tes c om os tes temunhos provadís s imos do vos s o
s aber, não c es s am de vos exaltar, falando- nos de vós , e de fazer c hegar até es tes
c onfins da terra, a fama do vos s o nome, o que não faz pouc o era prole da vos s a
glória e reputaç ão. M as aos próprios manc ebos nós damos os emboras , por lhes
ter c abido o viver em tempo em que da fonte abundante da vos s a c iênc ia pos s am
beber alguma ins truç ão, para que, s ervindo primeiro a D eus , e depois a nós , hajam
de merec er e c onquis tar tanto a bem- aventuranç a c eles te, c omo a terres tre.
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Sábado, 1 3 de M arç o de 2 0 1 0
Presença Islâmica na América
N a s equênc ia da public aç ão dos textos no Knol foi indic ada a referênc ia para um
texto da D uques a de M edina Sidonia. E s s e texto ates tava a pres enç a árabe na
A méric a.
C om efeito, num mapa do L ivro de M arinharia is s o é já s us peito, pela bandeira
triangular vermelha num C as telo, entre os dois C as telos c om bandeira das quinas ,
na zona do P eru/E quador/C olombia.
(i) T em uma c os ta americ ana muito bem delineada da F lorida até à T erra N ova.
(iii) O mapa s inaliza a T erra N ova c om uma bandeira diferente, c ris tã, indic ando a
pres enç a de algum território autónomo, de origem c ris tã, c onforme ates tado no
texto de F ranc is c o de Souza, de 1 5 7 0 . A c res c e a is s o o des enho de um "barc o a
remos " próximo da T erra N ova, talvez para s inalizar que a viagem des c rita por
Souza teria oc orrido mes mo em tempos vis igodos , no s éc . V I I I .
(iv) O mapa c ontinua, c oloc ando mais bandeiras is lâmic as na zona da bac ia
A mazónic a.
À parte o texto s urpreendente de M edina- Sidónia, que c oloc a a pres enç a is lâmic a
na A méric a C entral e do Sul, não enc ontrámos nenhuma outra fonte que jus tifique
mais es ta pres enç a de bandeiras is lâmic as em território americ ano,
es pec ialmente no norte da A méric a.
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Seguindo pela mes ma latitude, a partir des ta ilha aqui apres entada, es tava a
P as s agem N oroes te, s ó des c oberta no s éc ulo XX, c onforme
http://pt.wikipedia.org/wiki/P as s agem_do_N oroes te
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A Boeta de D. João II
N o antepenúltimo C apítulo da C rónic a de D . J oão I I , G arc ia de Res ende relata:
D epois do falec imento d'el- rey o bis po de T anger e o prior do C rato, s ec retamente
e s ós , c om a c as a des pejada, por os outros s enhores s erem idos a s uas pous adas
ordenar s ua partida para Silves , c omo ambas eram feituras d'el- rey e muy ac eitos
a ele, abriram uma s ua boeta de que ele s empre trouxe a c have; por ouvirem dizer
e haver entre alguns s us peita que el- rey trazia ali peç onha c om que mandara
matar o bis po D om G arc ia, para que s endo as s im a deitas s em no mar, e não s e
s oubes s e tamanha vergonha. E abrindo a boeta c om es ta boa e leal tenç ão de
bons c riados , ac haram nela um c onfis s ionário e umas dis c iplinas , e um ás pero
s ilíc io, que era bem des viado do que c uidavam e tornaram a fec har a boeta. (...)
G arc ia de Res ende faz uma c uidada des c riç ão dos últimos dias de D . J oão I I ,
des de a s ua ida às C aldas de M onc hique até A lvor. A qui tenta des mis tific ar que
D . J oão I I pudes s e ter guardado algo inc onveniente, mas ao fazê- lo des ta forma,
dá ainda a entender que todos es tariam à es pera que houves s e algo es c ondido,
pelo menos na boeta.
A únic a c ois a es tranha nes s a boeta parec e s er o "ás pero s ilíc io" ... a que s e pode
as s oc iar uma des c riç ão de uma c avalgada s olitária pela Serra de M onc hique,
c onforme des c rito no C apítulo 2 0 9 :
E ao outro dia terç a- feira também entrou nas C aldas pela manhã, e à noite muito
c ontente de s i, e dizendo que s e ac hava melhor. E as s im entrou a quarta- feira pela
manhã, e à tarde porque aí perto es tavam porc os emprazados para monte,
perguntou aos f ís icos s e poderia lá ir, e dis s eram- lhe que s im. E bem forrado para
o frio e c oberto para o ar embuç ado c om touc a e um c hapéu por ordem dos fís ic os
foi lá em c avalo muito mans o, em que vinha no c aminho. E s endo lá, ou pelos
quatro banhos que tinha tomados , ou pelo abalo que fez s e ac hou mal, e veio c om
muito grande dor de es tômago e c om fluxo que logo muito apertou, c om que fic ou
muito agas tado e tris te porque por s e ac har os dias dantes bem, tinha muita
es peranç a de s ua s aúde e c om es te fluxo fic ou duvidos o dela; e por não poder
mais es teve nas C aldas a noite da quarta- feira, e a quinta e a s exta- feira c om
grandes agas tamentos .
F ic a s empre aquela ques tão de s aber s e D . J oão I I levou c ons igo todos os s eus
s egredos , ou s e ainda poderá ter deixado algum "T es ouro" na Serra de
M onc hique...
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31-12-2010 alvor-silves
Dom Fuas
U m dos primeiros pers onagens da his tória das navegaç ões portugues as é D . F uas
Roupinho (s éc . XI I ). H á uma lenda interes s ante no Sítio da N azaré, que c ons idero
ins trutiva.
D . F uas pers eguia um veado numa c aç ada, e teria- s e prec ipitado para um abis mo,
não fora o avis o atempado de N ª Sra. da N azaré. E s ta es tória pode s er vis ta no
s entido em que o veado repres enta uma tentaç ão, e que há limites humanos que
nos s ão avis ados providenc ialmente. C reio que nes ta lenda há ainda a
pos s ibilidade de haver nevoeiro, o que dific ultaria a perc epç ão do prec ipíc io.
Etiquetas: Estorias
Aspe ctos da História dos De scobrime ntos (v e rsão de apre se ntação : 16 Jan 2010)
Sumário:
E se de r ep ente, se p er c eb esse que t oda a "Hi stór i a dos Desc ob r i ment os", est av a t ão mal
c ont ada, que só hav i a uma out r a hi stór i a, "Est ór i a dos Enc ob r i ment os", que f azi a senti do?
Contac tos de Por t ugal c om a A mér i c a, c om A zt ec as, Inc as...
U m p aí s del ap i dado de memór i a e c ul t ur a, mas que "nav egou toda, mesmo t oda, a Ter r a"?
N ão sou eu que o di go - é Pedr o N unes que, t al c omo D. Seb ast i ão, mor r eu em 1 57 8...
Est e t r ab al ho que l ev ou-me 2 meses de i nv esti gaç ão... e uma v ez c omeç ado, tudo se f oi
c ol ando nat ur al ment e. Hav er á i magi naç ão p ar a c ol ar t ant a c oi sa?... ou f oi a r eal i dade que o
p er mi ti u?
A o l ei t or de dec i di r , se est i v er p r ep ar ado p ar a est a Est ór i a... a dos v enc i dos, que não f ez
Hi st ór i a!
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31-12-2010 alvor-silves
Esta versão (16 de Janeiro) tem apenas 3 capítulos e ainda uma parte final, mais apropriada a novas contribuições.
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