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alvor-silves.blogspot.

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Tombo 1
Ano de 2010
(foto do blog)

alvorsilves@gmail.com
31-12-2010 alvor-silves
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alvor-silves

Página inicial D es c riç ão M etodologia Referênc ias 1 0 M A I N FA C T S

Q uinta- feira, 3 0 de D ezembro de 2 0 1 0 Pesquisar nest e blogue


Tombo 1
Pesquisar
O mundo na internet tende a s er fugaz e s ítios que ins piram alguma c onfianç a de
realizado por
es tabilidade, por vezes dec idem s uprimir ou reorganizar o s eu material, tornando
os links quebrados . F oi hoje o c as o de todas as gravuras c ujo link apontava para a
Bibliotec a N ac ional. A té que o problema s eja res olvido, e para que as imagens não Ligações
fiquem vazias s erão s ubs tituídas por c ópias que fiz, mantendo um link para o loc al
original. odemaia
his tory of the americ as

A s s im, e também para maior fac ilidade de c ons ulta global, dec idi ainda fazer uma portugalliae
vers ão pdf, c om a imagem ac tual do blog, nes te primeiro ano.
Será um primeiro tomo (T ombo 1 ) que fic ará dis ponível e pronto para impres s ão. Inf ormações
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Etiquetas: Tese-Alvor-Silves E xis timos enquanto


pens armos .

Q uarta- feira, 2 9 de D ezembro de 2 0 1 0


Saudades da Terra
A obra s audades da Terra, de G as par F rutuos o (1 5 2 2 - 1 5 9 1 ), é s em dúvida um email: alvors ilves @gmail.com
texto que nos permite c ompreender c omo era já s entida no Séc . XV I a U RL
problemátic a da oc ultaç ão s obre a verdade his tóric a, em partic ular ac erc a dos scribd: alvors ilves 3 8 9 6
des c obrimentos .
knol: T es e A lvor- Silves
É s ufic ientemente ilus trativa a s equênc ia de títulos dos c apítulos do primeiro livro

1 . D e uns queixumes que faz a V erdade, es tando s olitária em uma s erra da ilha V er o meu perfil c ompleto
de S. M iguel.
2 . D e um s onho que s onhou a V erdade. A rquivo do blogue
3 . C omo via a V erdade figurada s ua tris teza em uma ribeira.
4 . C omo a V erdade viu vir voando a F ama, e, vendo- a a F ama s e des c eu onde ▼ 2 0 1 0 (6 2 )
ela es tava, e da prátic a que ambas tiveram. ▼ D ezembro (1 5 )
5 . E m que a V erdade diz à F ama quem é.
6 . C omo a F ama c onhec eu a V erdade e lhe dis s e também quem ela era. T ombo 1
7 . D as novas que deu a F ama à V erdade de s eus irmãos o T emor de D eus e a
Saudades da T erra
V ergonha do M undo.
8 . E m que a F ama pede à V erdade que lhe c onte as c ous as das ilhas , e a I n- c onvenientes
V erdade lhe dec lara umas letras do triângulo que traz no ves tido, e a F ama a
c ons ola. U ma humanidade s em mapas
9 . E m que a V erdade, res pondendo a uma de duas perguntas que lhe fez a
F ama, trata em geral do des c obrimento das C anárias e dalgumas c ois as A nno D omini
delas .
G illray & A ragão
1 0 . D o que s e diz das linguages de todas es tas ilhas C anárias .
1 1 . D e algumas c ous as que outros dizem das duas ilhas Forteventura e L uc erna
L anç arote.
1 2 . D e algumas c ous as da ilha c hamada G ram C anária. A batalha dos T rês Reis

M es mo s em ler a obra, a s equênc ia de títulos mos tra bem ao leitor c omo G as par O s dois Reis M agnos
F rutuos o tem nec es s idade de fazer um diálogo entre um pers onagem que é a
A ntónio G alvão (2 )
V erdade e outro que é a F ama.
G arrett
I nc onveniente, muito inc onveniente... a ins ularidade foi permitindo a primeira
ediç ão loc al de 1 8 7 3 , no F unc hal, por Á lvaro A zevedo... A c adia
T alvez identific ando o problema da obra nes ta primeira parte, A zevedo proc ura
reduzir a primeira c entena de páginas apenas a 4 páginas do P reâmbulo. F us ang

A ques tão G aia


O s títulos dos c apítulos c ontinuam a s er auto- explic ativos mais à frente: F énix e F eníc ia
22. E m que a V erdade, res pondendo à s egunda pergunta, c onta o
des c obrimento das A ntilhas , que agora s e c hamam Í ndias O c identais , e ► N ovembro (8 )
c omo os reis de C as tela as pos s uem, dec larando a linha da repartiç ão da
► O utubro (6 )
c onquis ta antre eles e os reis de P ortugal.
25. E m que mos tra a V erdade, por experiênc ia de modernos e alguma razão, ► Setembro (5 )
não es tar o es treito de M agalhães antre duas terras firmes , mas ter da parte
do P olo Á rtic o terra firme e da do A ntártic o s omente algumas ilhas . ► A gos to (1 )
26. C omo parec e que C ris tóvão C olon c om s ua viagem deu princ ípio donde
tomou o imperador C arlos Q uinto a empres a das c olunas que pôs em s uas ► J ulho (1 )
armas e, c ontinuando- a Fernão de M agalhães , des ejou de as pôr mais
► J unho (7 )

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avante, em que s e dec laram algumas outras ins ígnias das armas imperiais .
28. C ontra as duas opiniões em que, c ontando a V erdade os reis antigos ► M aio (5 )
de E s panha até o tempo que P latão diz s erem venc idos dos reis da ilha
► A bril (4 )
A tlanta, s em s e ac har tal vitória, s e prova não haver s ido tal ilha, e por
outras razões não s erem es tas ilhas dos A ç ores em algum tempo pegadas ► M arç o (1 )
c om E uropa.
29. E m que pela his tória dos mais reis e s uc es s os de E s panha, depois de el- ► F evereiro (1 )
rei E ritreo até o tempo de P latão (que dizem que flores c eu 4 5 0 anos
antes do nas c imento de N os s o Senhor) não s e es c reve, nem houve vitória, ► J aneiro (8 )
que reis de ilha A tlanta tives s em de reis de E s panha, nem s ubvers ão de
ilha A tlanta, nem s inais dis s o, nem que es tas ilhas dos A ç ores
fos s em pegadas c om a terra de P ortugal, c ujo mar, junto de s ua c os ta,
Et iquet as
naquele tempo (s em s e tal ac har) era muito navegado.
30. E m que põem a V erdade outras his tórias de outros tempos além de C alis to (1 )
de P latão c ontra as duas opiniões juntamente c ontrariadas .
31. E m que a V erdade põem outras razões e c onjec turas , por onde E nglis h (4 )
parec e não haver s ido ilha A tlanta. E s torias (1 1 )

Se G as par F ruc tuos o ac aba por afas tar a teoria de uma ideia de A tlântida, não H is toriadores (1 5 )
afas ta no s eu texto a hipótes e da identific aç ão de que a A tlântida fos s e uma
Q ues tão G aia (1 1 )
des ignaç ão da A méric a... is s o era aliás uma larga opinião à époc a. Q ue outra
" ilha" c om as dimens ões s uperiores à Á s ia e Á fric a juntas (c omo afirmaria P latão) T es e- A lvor- Silves (2 7 )
c aberia então no O c eano, exis tindo a A méric a?
G as par F rutuos o é irónic o s obre es te as s unto:
Cont as
E s e Platão literalmente af irma (o que eu duvido) que era tão grande a Atlanta
como Áf rica e Ás ia juntas , e não houve tal ilha, ou não podia s er tão grande 9893
como ele diz, como pelas razões ditas claramente s e colige, s endo mentira o
que a Platão dis s eram (entendido no s entido literal), como parece s er, eu não
Últ imos coment ários
vi nunca mentira tamanha, pois é uma mentira tão grande como Áf rica e
Ás ia.
AlvorSilves wrote...
H á muito para dis c utir s obre o texto de F rutuos o, deixamos a figura mote da Acontece! Desapareceu a gravura da BNP sobre
ediç ão de A zevedo (que é c onc entrada s obre a ilha da M adeira), que é J oão "a descida dos franceses à Terra Nova"...
O...
G onç alves Zarc o.
Continue >>
T alvez por erro de impres s ão (falta de C maiús c ulo...) o nome aparec e adulterado:
AlvorSilves wrote...
Colombo marca a inevitabilidade de b), a opção a) cai
definitivamente.Tordesilhas permite que b)...
Continue >>

AlvorSilves wrote...
Caros Calisto e Maria da Fonte,... quem?Pois, como
sabemos há quem espere a vinda de um Messias,...
Continue >>

AlvorSilves wrote...
Fica aqui a referência aos 3 sítios onde encontrei
referências à obra de...
Continue >>

Anonymous wrote...
Caro CalistoEntão os fundos não eram dos
Templários?!É o que consta!Agora como é que os
ditos...

Zarc o ou Zargo?

E s ta adulteraç ão prende- s e tão s omente c om a tal alc unha "Zarc o"... que s endo
" Zargo" faz- nos lembrar Sargo... não o peixe pequeno (ainda que os nomes dos
peixes s ejam reveladores ), mas s im o peixe graúdo, que nes te c as o s eria
apropriadamente um Sargão.
Publicada por AlvorSilves em 22:55 1 comentários Hiperligações para esta mensagem

Etiquetas: Historiadores

Segunda- feira, 2 7 de D ezembro de 2 0 1 0


In-convenientes
H á pis tas e des pis tes ... quando s e fabric a uma H is tória, e pela própria experiênc ia
oc as ional, vão s endo rematados alguns pontos aglomeradores de atenç ão,
des tinados aos es píritos c urios os .

E s s es pontos de atenç ão s ão c hamados " Ú ltimos M is térios da H is tória, do


M undo, do U nivers o, etc ..."
N alguns c as os s ão verdadeiros e inc ontornáveis pela s ua pres enç a pers is tente na
H is tória, mas is s o não s e deve aplic ar indis tintamente, nem nec es s ariamente aos
c as os mais c onhec idos .
V amos apenas dar alguns exemplos , para ilus trar do que falamos .

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a) St onehenge
F ala- s e muito de Stonehenge e do s eu admirável alinhamento es telar. E xc elente!
C omo teria s ido pos s ível c om tec nologia pré- his tóric a produzir tal monumento
notável, de grande prec is ão as tronómic a... talvez s ó pos s ível no Séc . XX.
A c ontec e que Stonehenge foi alvo de remodelaç ão no Séc . XX (ao que vimos , em
1 9 0 1 , 1 9 2 0 e em 1 9 5 8 ). A quilo que vemos hoje não é exac tamente o que exis tia
no Séc . XI X... ou s eja, de ac ordo c om um des enho de J ohn C ons table em 1 8 3 5 ,
houve alguma mudanç a na loc alizaç ão das pedras :

A alteração feita em Stonehenge: desenho em 1835 e foto no Séc. XX.

A partir daqui, falamos do alinhamento es telar c ons eguido c om a remodelaç ão do


Séc . XX, ou falamos de uma pos iç ão original? ...
P ara perc ebermos melhor Stonehenge, fomos enc ontrar uma C rónic a de Reis de
I nglaterra, de Ric hard Baker (Séc . XV I I ), que fala de Stonehenge... e ao mes mo
tempo perc ebem- s e melhor as novas vers ões que vão aparec endo s obre o Rei
A rtur e M erlim.

To this Ambros ius is as cribed the admirable Monument in Wilts hire, now called
Stonehenge, in the place were the Britains had been treacherous ly s laughtered
and interred; and of whom the Town of Ambers bury bears its name.

Ric hard Baker diz que a planíc ie foi renomeada Salis bury, antes s endo "P lain of
A mbrii", as s im relac ionada c om A mbros ius A urelianus e c om es s e loc al de
fatídic a traiç ão s axónic a. E ntretanto A mbers bury já pas s ou a A mes bury... vai
havendo c uidado em alterar ligeiramente as c ois as .
Baker fala de c omo A mbros ius us ando "fogo dos céus " eliminou o rival V ortigern.
F ala da s ua s uc es s ão por U ter P endragon, que depois foi s uc edido por A rtur, por
es quema de M erlim (c ons elheiro de V ortigern).

A recuperação cinematográfica (King Arthur, ou ainda melhor The Last Legion) de uma história de Inglaterra sob
invasões Saxónicas e de um salvador Romano no cerne da lenda Arturiana, não é fruto de uma teoria alternativa
histórica recente... é mais fruto de uma miscelânea com estórias de vários séculos.

E m s uma, Stonehenge é um notável monumento c irc ular...


... mas pode ter s ido apenas um monumento as s oc iado à T ávola Redonda,
s eguindo o relato de Baker que o as s oc ia à lenda A rturiana.

b) A bu Simbel
N ão é prec is o proc urar muito para enc ontrar exemplos rec entes .
D e fac to, A bu Simbel é um exemplo notável de des loc aç ão monumental, bem
c onhec ido. A pes ar dis s o, tudo s e pas s a turis tic amente c omo s e o monumento não
tives s e mudado de s ítio, devido à barragem do A s s uão, que N as s er dec idiu
c ons truir:

Foto de Abu-Simbel no seu local original

P ropos itadamente ou não, es ta des loc aç ão mac iç a ilus tra à pres ente geraç ão
c omo a alteraç ão his tóric a é efec tuada e c omo a populaç ão c ontinua a vis itar A bu
Simbel da mes ma forma c omo s e nada tives s e oc orrido. A s fotos antigas de A bu
Simbel já nem s empre s ão mos tradas (é o c as o da Wikipedia), e não demorará
muito a que s e torne num mero detalhe c onhec ido por es pec ialis tas . Q uando s e
perder es s a memória, o alinhamento do templo s erá referido fac e à loc alizaç ão
ac tual... e talvez também dê para es pec ulaç ões des c ontextualizadas .

c) Galápagos
F alamos agora de um exemplo razoavelmente diferente na forma, mas s emelhante
no c onteúdo.
Q uando s e fala das ilhas G alápagos é habitual as s oc iar às tartarugas de D arwin...

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A c ontec e que há uma tes e ofic ial de origem es panhola que c oloc a a s ua
des c oberta ao Bis po T omás de Berlanga, por volta de 1 5 3 5 ...
N ão é de es tranhar a c aus a - foi ac idental, numa viagem para L ima, afas tou- s e
muito da rota!
F alámos dos ac identes c onvenientes , para res olverem os in- c onvenientes .
J oão de L is boa, e o s eu L ivro de M arinharia é um grande inc onveniente!

Assinalamos num quadrado verde, a localização das Galápagos no mapa de João de Lisboa (c. 1514)

I nc onvenientes , os mapas de J oão de L is boa s ão c onvenientemente inexis tentes


na literatura his tóric a.
Q uando s e diz que as G alápagos aparec em em mapas , fala- s e de M erc ator ou
O rtélio, mapas pos teriores mes mo c om a pior das dataç ões c oloc ada no L ivro de
M arinharia (inferior a 1 5 6 0 ).

O utro exemplo notável é o mapa do almirante turc o P iri Reis de 1 5 1 3 ... muito s e
tem es c rito ac erc a des s e mapa, as s im es c revendo- s e pouc o ac erc a de outros
mapas !
H á uma forç ada propaganda s uperlativa que pretende uma pos s ível repres entaç ão
da A ntártida...
O ra, é bem s abido que nada de original es tá no mapa de P iri Reis (ac ho que o
próprio as s ume ter s ido bas eado em mapas portugues es ), e que não es tives s e já
na bem c onhec ida repres entaç ão do globo no A tlas M iller (as s im c hamado o mapa
atribuído a L opo H omem e aos Reinéis , em 1 5 1 9 ):

Globo de Lopo Homem, Pedro e Jorge Reinel, 1519

a Lua, o sonho ocidental & o Sol, a alvorada oriental

O mapa de P iri Reis é extremamente c onveniente... s endo uma provável c ópia não
terá inc lus a informaç ão invis ível, normalmente c oloc ada pelos c artógrafos
portugues es . E s s a informaç ão invis ível permite des c obertas ac identais , c omo já
aqui referimos ... no c as o do mapa de 1 4 8 5 de P edro Reinel, e não s ó!

Q uem quis er s eguir a main-s tream, levantar alguma teoria "ps eudo- inc onveniente"
s obre Stonehenge, A bu Simbel, ou s obre o mapa de P iri Reis , pois é natural que
tenha c onveniente rec eptividade editorial.
Sobre es s es as s untos , dific ilmente falarei mais do que es c revi nes te texto.

Q uem quis er trilhar outro c aminho, fora dos c irc uitos de dis tribuiç ão, da fama,
proc urando alguma verdade no meio de tanta informaç ão c ontraditória, a maioria
pouc o fiável, pois tem muito mais c aminho s olitário e inglório a perc orrer.
C ito a es te propós ito F rutuos o, nas Saudades da T erra... "Em que a Verdade diz à
Fama quem é":

Muitos me bus cam mais em vaidade que em verdade, mas s ó aos humildes me
manif es to. E, algumas horas , s aio à luz, quando não s ou bus cada; s endo
impugnada, mais fermos a res plandes ço. Mais s eguramente s ou ouvida que
pregada, e, quas e como em des erto, pregada s ou antre os mentiros os .

A final, a V erdade s erá apenas o que ac eitamos quando s e identific am as mentiras


pelas s uas c ontradiç ões ins anáveis ... A penas podemos es perar identific ar as
c ontradiç ões , e ir pouc o a pouc o eliminando as c amadas de mentiras .

A " verdade" manifes ta- s e c omo uma ques tão de fé s oc ial, propagandeada por um
grupo dominante. A tinge o topo por c ooptaç ão, propaga- s e por c ontágio de
rumores na bas e, através das relaç ões pes s oais .
O c as ionalmente es s a " verdade" é atingida por c ontradiç ões e manifes taç ões
fís ic as impos s íveis de ignorar... aí o grupo tem que reorganizar- s e e inventar uma
nova "verdade", ou proc urar de uma vez por todas a V erdade.

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31-12-2010 alvor-silves
É uma ques tão de es c olher lados ... os agentes inventores das verdades
oc as ionais terão c ada vez mais dific uldade de c redibilidade num proc es s o de
proc ura da V erdade.
É uma ques tão de es c olher lados , e as s umir es s a es c olha!
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Etiquetas: Questão Gaia

D omingo, 2 6 de D ezembro de 2 0 1 0
Uma humanidade sem mapas
T alvez por educ aç ão, talvez por falta de atenç ão, s omos levados a c ertas
c onvic ç ões notáveis .
Se tivermos que explic ar a alguém um c aminho c omplic ado, o que fazemos ?
- P odemos dar direc ç ões , 1 ª à es querda - depois em frente - 2 ª à es querda -
frente - 2 ª à direita.
N o entanto, até mes mo c rianç as (e s em s erem ens inadas na tarefa) s abem fazer
um es boç o de mapa!

P or razões inexplic áveis , c ertamente explic áveis c om s apiênc ia erudita, o H omem


manteve- s e inc apaz de es boç ar direc ç ões , num s imples traç ar de linhas , durante
milénios e milénios .

O s Romanos fizeram imens as es tradas , mas foram inc apazes de nos


pres entear c om um mapa delas ! T inham um imens o I mpério, mas era
mental. N ão s eriam c apazes de c oloc ar num es boç o em pedra que a H is pania
fic aria a oes te, que os P artos fic ariam a les te, a G ermânia a norte, e a L íbia a
s ul. E xérc itos inteiros des loc avam- s e s em mapas .
O s G regos fizeram avanç os c onc eptuais a nível da G eometria que c oloc aram
problemas milenares , de regra e compas s o, mas foram inc apazes de traç ar um
mapa da s ua linha c os teira, ou das s uas ilhas . E ram marinheiros
experimentados , uniam as es trelas em c ons telaç ões , mas eram inc apazes
de unir c idades em mapas . N as s uas vas tas obras arquitec tónic as ,
c erâmic as , doc umentos , etc ... não s ão enc ontrados ves tígios de mapas .

Creta: uma das raras imagens onde se vê uma cidade e contorno marítimo anexo.

P roblema s imilar s e teria pas s ado c om as c ivilizaç ões egípcias ou


mes opotâmicas . F az- s e grande gala de um pretens o mapa babilónic o (~ 6 0 0
a.C ) inc rus tado numa tábua de barro:

F oram apenas es tes regis tos que res taram... ou havia inc apac idade de
orientaç ão?
A nível erudito is s o s eria tes e ins us tentável... havia geógrafos , que tinham mapas ,
c omo P tolomeu e E ratós tenes .
- A final, o problema é s ó que nada dis s o nos c hegou?
- O u, o problema é maior, e nem s equer temos qualquer es boç o de mapa, da
E uropa, à I ndia e C hina... já para não falar de outras c ulturas , c omo I nc as e
A ztec as .

C hegaram- nos regis tos detalhados , de dis c urs os romanos , de tratados gregos ,
mas nem um único mapa!

A parentemente, s ó devemos dar c omo c erto um primeiro mapa do mundo num


es boç o de I s idoro de Sevilha (s éc . V I I ), que c oloc a os três c ontinentes Á s ia,
E uropa e Á fric a, rodeados por um M ar O c eano, num c anto de uma página:

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31-12-2010 alvor-silves

D os mapas que é s upos to terem exis tido na Geograf ia de P tolomeu não nos c hegou
nenhum exemplar, e tal c omo de H eródoto ou E ratós tenes , apenas podemos julgar
as interpretaç ões no s éc . XI V ou pos teriores :

Interpretações: no Séc. XIV de Ptolomeu, e no Séc. XIX de Eratóstenes.

Q ual é o panorama que nos é oferec ido?


- M ilhões de s eres pens antes , inc apazes de traç ar um es boç o, um mapa, que
tives s e res is tido alguns milhares de anos , fos s e gravado numa roc ha, numa
es c ultura, numa dec oraç ão c erâmic a, num doc umento que não tives s e
des aparec ido...

P orém, tudo des aparec eu até à A lta I dade M édia, idade em que temos os
primeiros portulanos mediterrânic os .
- É s upos to s er is to uma s ituaç ão normal?
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Etiquetas: Questão Gaia

Sábado, 2 5 de D ezembro de 2 0 1 0
Anno Domini
O dia 2 5 de D ezembro e a E ra C ris tã (A nno D omini) foram popularizados apenas
no império de C arlos M agno, após trabalhos pas c ais do monge D ionís io
E xiguo (Séc .V I ) e pela influênc ia do Venerável Beda (Séc . V I I I ).

Beda escreveu um De natura rerum,

tal comoa antes Isidoro, usando o título de Lucrécio

O s c álc ulos de Beda, apontavam a c riaç ão do mundo para uma data muito
prec is a:
- 1 8 de M arç o de 3 9 5 2 a.C . (e s eria dia 2 5 de M arç o, a c riaç ão de A dão) [fazendo
6000 anos, em 2048]

E s ta opç ão de dataç ão pelo ano de c riaç ão do mundo (A nno Mundi) foi us ada por
judeus , que atribuem 5 7 7 1 ao ano ac tual, havendo ainda um interpretaç ão
maç ónic a (A nno Lucis ) s imilar, mas ainda as s im diferente nos c álc ulos -
adic ionando apenas 4 0 0 0 anos à ac tual dataç ão [actualmente estaríamos em 6010].

A influênc ia de Beda foi importante e c ondic ionou a adopç ão do modelo de


D ionís io no império de C arlos M agno. P or is s o, C arlos M agno foi c oroado
I mperador no A D 8 0 0 , no dia de N atal. A s ulteriores mudanç as de c alendário

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31-12-2010 alvor-silves
gregorianas (1 5 8 2 , pouc os anos depois de P ortugal tombar s ob F ilipe I I ),
permitiram ainda as s im, que es s a c elebraç ão natalíc ia da c oroaç ão de
C harlemagne s e mantives s e.

E s s a extens ão foi propagada pela E uropa oc idental, mas não na peníns ula I béric a,
que us ava a "E ra H is pânic a".
E s ta é a parte interes s ante... s endo que P ortugal foi o último reino a c eder à
mudanç a, em 1 4 2 2 , c om D . J oão I .
N a P eníns ula I béric a, us ou- s e depois do tempo de O c távio A ugus to, a E ra
H is pânic a, c om iníc io em 3 8 a.C ., data em que O c távio não tinha c omeç ado as
guerras que levariam ao fim da Repúblic a e à s ua c ons agraç ão c om I mperador
A ugus to.
A s razões para adoptar es ta efeméride s ão deveras es tranhas , e dific ilmente
jus tific áveis apenas por um is olamento ibéric o. Q uando em toda a E uropa s e
adoptava o A nno D omini, a peníns ula ibéric a manteve s empre até 1 1 8 0 a E ra
H is pânic a, e depois em 1 3 8 3 é J uan de C as tela que antes de tentar invadir
P ortugal, adopta também o A nno D omini. Res tará por quas e 4 0 anos a mudanç a
pelo s eu arqui- rival, o J oão da Boa M emória.

E m 1 4 2 2 (1 4 6 0 da E ra H is pânic a), D . J oão I dec ide finalmente alinhar c om o


res to da E uropa, e abandonar es s e c alendário que tinha s ido us ado, des de o
tempo V is igodo, e durante toda a rec onquis ta.

No Mosteiro da Batalha, na Capela do Fundador, ainda é possível ler as referências em ambas as cronologias

(usando o Ano do Senhor, ou a Era Hispânica, a que se acrescentavam 38 anos).

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Etiquetas: Questão Gaia

D omingo, 1 9 de D ezembro de 2 0 1 0
Gillray & Aragão
A lgumas c aric aturas de G illray c oloc am numa outra pers pec tiva a ameaç a que
N apoleão c ons titui para o "T eatro Real E uropeu":

James Gillray: Um Jorge III como Gulliver,

e um Napoleão como liliputiano...

E s ta imagem de um feroz N apoleão, não c iente da s ua impotênc ia fac e à


c onjuntura, parec e- me muito s emelhante à própria imagem anterior de D .
Sebas tião. P artiram para c ombates onde veriam apenas a frente de batalha,
des c onhec endo a extens ão e poderio do opos itor. O próprio s uc es s o inic ial pode
não ter s ido inoc ente... as s uc es s ivas mudanç as de A lexandre I da Rús s ia,

Alexandre I (Rússia)

mos tram ainda outro interveniente direc to que, tal c omo P itt, L iverpool e
M etternic h, us aram os progres s os e rec uos napoleónic os para c ons truir uma
E uropa feita à s ua medida, o que no c as o rus s o inc luiu a P olónia.

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M enos c onhec idas , mas igualmente reveladoras e s ignific ativas s ão as
c aric aturas de J oaquim P edro A ragão (uma já foi public ada no blog
O deM aia), c omo também es toutra s obre N apoleão:

a gravura tem uma particularidade

(muito explorada por Escher)

... ao inverter, vemos e lemos "burro":

P ouc o es tá dis ponível s obre a vida de J . P . A ragão, mas há toda uma s equênc ia na
BN P de
ilus traç ões de J oaquim P edro de A ragão,
que revelam uma provável ligaç ão à c aus a miguelis ta, nomeadamente à linha de
J os é A gos tinho de M ac edo.

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Sexta- feira, 1 7 de D ezembro de 2 0 1 0


Lucerna
Rafael Bluteau, num preâmbulo à renovaç ão da A c ademia dos G eneros os , em
1 7 1 7 , diz o s eguinte:

Maravilhos as , mas tris tes , inúteis , e s empre f únebres foram as tão celebradas
lâmpadas ou lucernas inextinguíveis dos Egípcios . Que maior maravilha, do que
luz perene de uma incombus tível matéria, s empre ardendo e s empre luzindo, s em
s ocorro de novo alimento, porque s em cons umo do primeiro?

D e que lâmpadas fala Bluteau, que s eriam inextinguíveis ?

Lâmpadas de Dendarah

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Q uando olhamos para es tas repres entaç ões podemos não querer ver as ampolas ,
e perc ebe- s e que até ao Séc .XX, antes da generalizaç ão das lâmpadas , ninguém
vis s e nada de es pec ial. P orém, quando vemos c abos ligados à extremidade fic a
difíc il não fazer a as s oc iaç ão. M as de onde viria a energia eléc tric a? E s s a
res pos ta já foi menc ionada aqui, foram enc ontradas as P ilhas de Bagdad, c om
mais de 2 mil anos , des c obertas em 1 9 3 6 , que func ionavam c omo baterias
eléc tric as primitivas :

A pilha de Bagdad

J untando o regis to de Bluteau a es tas repres entaç ões e des c obertas


arqueológic as , torna- s e plaus ível a hipótes e de que os antigos egípc ios ,
s umérios , c onhec iam a elec tric idade e faziam us o dela s emelhante ao us o
c orrente - por exemplo, iluminaç ão.
A princ ipal diferenç a fac e aos tempos ac tuais s eria que tal tec nologia s eria do
es trito c onhec imento da elite dominante, e por is s o de us o e ac es s o muito
res trito, tendo- s e mantido as s im durante milénios .

O utra prova des te avanç o c ivilizac ional, de que s e perdeu regis to, ou melhor, c ujo
regis to não é public ado ou public itado, é o c as o da M áquina de A ntic ítera (as s unto
já abordado por J M no blog P ortugalliae)

Vestígios do mecanismo encontrado em Anticítera.

A complexidade do mecanismo foi estudada, por Raio-X, em vários artigos científicos,

concluindo tratar-se de um relógio astronómico, similar em complexidade aos do Séc. XVIII,

modelando os movimentos da Lua, Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno.

E s te ac hado arqueológic o do Séc I a.C , rec olhido de um navio naufragado, em


1 9 0 1 , c onfirma outras referênc ias em textos antigos s obre mec anis mos des te
género (p.ex. C íc ero). E s tá aí gravado o nome ΙΣΠΑΝΙΑ que s eria a primeira
referênc ia ao nome H is pania (os gregos us avam a des ignaç ão IBEPIA : I beria).
O utros mec anis mos c omo os de A l- J azari (1 2 0 5 ) podem ter s eguido alguma
tradiç ão árabe rec uperada des te legado perdido dos gregos .

É c laro que da literatura árabe c hegou- nos ainda a fábula de A ladino e o génio da
lâmpada

e es tas his tórias ac abam s empre por revelar um outro s ignific ado. C omo um novo
olhar para o mes mo quadro... A final, há um mago que pers uade A ladino a entregar-
lhe o génio es c ondido na lâmpada.
O s egredo es c ondido na lâmpada revelou um G énio eléc tric o que permitiu um
progres s o tec nológic o s em prec edentes . E s tará na altura do mago rec lamar de
A ladino a lâmpada, e voltar a enc errar o nos s o génio?

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Etiquetas: Questão Gaia

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31-12-2010 alvor-silves
Segunda- feira, 1 3 de D ezembro de 2 0 1 0
A batalha dos Três Reis
E m terra de mouros , fic ou as s im c onhec ida a batalha de A lc ác er- Q uibir... a razão
s eria s imples , os três reis envolvidos teriam perec ido em batalha. A pres entamos
a c onhec ida (e únic a? ) ilus traç ão da batalha, feita por M iguel de A ndrada, um dos
s obreviventes :

Batalha de Alcácer Quibir, 1578

Ilustração de Miguel de Andrade (1629)

A proveitamos menc ionar M iguel de A ndrade, para falar de um exc erto


(s elec c ionado na wikipedia - Segundo D iálogo, M is c elâneas ) ac erc a de uma pont e
em Lisboa "há mui tos mil a nos". A c erta altura dizem os pers onagens de
A ndrade:

Devoto: (...) Pois vemos que quando Lisboa era nada, em comparação do que hoje é, tinha aqui ponte de pedra,
segundo agora se parece nos pedaços de pilares que dela ali vedes, desta banda e da outra.

Galácio: Isso seria há muitos mil anos, em tempo que este rio seria mais estreito, e menos fundo.

Devoto: A largura é a mesma, segundo mostram os vestígios dos pilares que vedes, que chega o rio a eles e
não passa; e quanto a profundidade, ainda que seja mais, o que não sabemos, contudo, bem se pudera refazer de
pedra, que no fundo devem estar os alicerces ou bases dos pilares; quanto mais, que a arte da arquitectura com
dinheiro muito alcança e pode, para se fazer de hum só arco: pois dizem, que é infinita esta arte sem termo. E
vemos que naquele tão famoso rio Danúbio, está ainda em pé a ponte que nele mandou fazer o Imperador
Trajano, com quase todos os pilares inteiros por cima da água cento e cinquenta pés, os vinte deles, que se
parecem, e cada hum de sessenta pés de grossura, e o vão de cada arco de cento e sessenta pés. […] Por onde
digno era da grandeza de Lisboa, haver aqui uma famosa ponte de pedra, ainda que se fintasse para isso todo o
reino.

Galácio: Já nos contentáramos com ela de barcas.

Danúbio - desenho com a ponte de Trajano, supostamente destruída no séc. III,

o que contradiz a afirmação "está ainda de pé a ponte..." que Andrade coloca em Devoto.

M ais uma vez, pequenos regis tos s oltos ... M iguel de A ndrade, que ac ompanhou D .
Sebas tião, fala de uma ponte que s e perdeu o ras to, o ras to dos pilares , e pior,
perdeu- s e mes mo o mito des s e ras to. U ma ponte, c om milhares de anos ligando
L is boa e outra margem... que margem? Será fác il argumentar que é a ponte de
Sac avém, relatada por F ranc is c o de H olanda (1 5 7 1 , Da f ábrica que falece a cidade
de Lis boa), mas há um problema... ou falamos de pequenas pontes - inferiores a 3 0
metros (s obre o T ranc ão), ou falamos de pontes s uperiores a 3 0 0 0 metros (s obre
o T ejo)! F ala- s e em mudanç as da pais agem por c ons equênc ia do terramoto de
1 7 5 5 ... após is s o bas taria uma ponte de madeira s obre o T ranc ão (... s e falarmos
da mes ma Sac avém).
A final há s empre explic aç ões , mes mo que infundadas , e a des truiç ão de 1 7 5 5
aparec e s empre c omo explic aç ão de rec urs o às divers as perdas nac ionais . O
panorama de partilha mundial prec is ou ainda de inc urs ões mais c irúrgic as para
readaptar a pais agem a uma es tória c ons is tente.

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31-12-2010 alvor-silves

As caricaturas de Gillray explicam muito... (Jorge III/Pitt e Napoleão)

... mas este problema não foi só externo, é interno e anterior.

V oltamos a A lc ác er, na Barbaria, e à peç a (1 5 9 1 ) de G eorge P eele s obre a


batalha.
É uma das pouc as peç as es trangeiras que trata de um as s unto marc ante para
P ortugal, e s e arris c a a nunc a s er c onhec ida public aç ão em português . O bolo
es tava partido entre P ortugal e E s panha, os H abs burgos tentaram c om a c hanc ela
papal fic ar c om todo o bolo, mas V es tfália e depois V iena ac abarão por trazer uma
partilha mais es tável.

A figura c entral da peç a é T homas Stukeley, s obre o qual P eele no s eu F arewell


(s obre a expediç ão de D rake e N orris , a c hamada C ontra- A rmada), diz o s eguinte:

Bid theatres , and proud tragedians , Bid Mahomet's Poo, and mighty Tamburline,
and the res t. King Charlemagne, Tom Stukeley, and Adieu !

D ific ilmente s e c oloc aria numa mes ma fras e M aomé, T amerlão, C arlos M agno e o
quas e des c onhec ido Stukeley... porém os s eus c ontemporâneos dão- lhe algum
relevo c rític o, talvez s us peitando s er filho de H enrique V I I I . A final, o título da
peç a ac aba por c oloc ar quas e ao mes mo nível a morte dos três reis e a morte de
Stukeley. E s s e s erá um moto de interes s e para o públic o inglês , já que Stukeley
teria proc urado depor a rainha I s abel.

C omo diria F uller, a propós ito de Stuc keley, mas referindo- s e à batalha de
A lc ác er:

A f atal fight, where in one day was s lain, Three Kings that were, and One that
would he fain

O res ultado da batalha foi favorável a F ilipe I I e também ao império O tomano,


mas a pres s ão s obre es te "domínio filipino" , omnipotente agora c om os dois
hemis férios de T ordes ilhas , tornava a partilha inefic az no quadro E uropeu. A partir
da derrota da A rmada I nvenc ível, a G uerra dos T rinta A nos terminará c om o
domínio es panhol H abs burgo, e c om o fim do V atic ano c omo c entro de arbitragem.
O s próximos tratados de paz dis pens arão por c ompleto a c hanc ela ou até a
pres enç a papal... o mundo C harlemagne es tava a modific ar- s e mas já era
demas iado vas to para des aparec er.

NOTA: Há um ano atrás, quando comecei esta publicação, comecei com D. Sebastião, abordando
algumas inconsistências que foram transparecendo a partir da cartografia antiga, com que acidentalmente me deparei.
A partir daí, tratou-se de tentar desmontar e montar um gigantesco puzzle com milhares de anos, começando com a
parte em que é evidente que as peças não encaixam - os descobrimentos marítimos. Fica o obrigado a quem foi seguindo
este percurso, e não me deixou a falar sózinho - Maria da Fonte, José Manuel, Calisto, KTemplar.

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D omingo, 1 2 de D ezembro de 2 0 1 0
Os dois Reis Magnos
A lexandre M agno e C arlos M agno tornaram- s e figuras inc ontornáveis na
his toriografia internac ional, tendo s ido exec utores de impérios que s e
prolongaram na memória até hoje. E m ambos os c as os , os grandes impérios que
ins tauraram terminaram após a s ua morte, s ubdividindo- s e em vários es tados
que, apes ar des s a divis ão, mantiveram o legado c ivilizac ional que trans portavam.

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31-12-2010 alvor-silves

Batalha de Poitiers (732), Carlos Martel derrota a invasão muçulmana,

o seu neto, Carlos Magno será o primeiro Sacro Imperador.

D e A lexandre s egue uma heranç a c ultural grega a que os próprios romanos s e


s ubmeteram, e a partir de C arlos M agno, o primeiro imperador do Sac ro I mpério
Romano, a E uropa definiu- s e c omo uma grande alianç a c ultural de es tados ,
independentemente das guerras internas entre os reinos independentes .
A des ignaç ão " M agno" envolve duas revoluç ões que mais do que c onquis tas
territoriais , foram revoluç ões educ ac ionais , formadoras de c arác ter e
mentalidades . N enhum é fundador dinás tic o... s ão antes filhos de c onquis tadores -
A lexandre I I I é filho de F ilipe I I da M ac edónia, C arlos é filho de P epino o Breve e
neto de C arlos M artel.
A influênc ia de C arlos M agno é tal s obre a nobreza, que as genealogias
proc uravam (proc uram, ainda hoje...) es tabelec er a ramific aç ão s anguínea que
levava apenas e s ó até C arlos M agno.
A s c ortes europeias trans formaram- s e no res ultado da grande prole de
C harlemagne... c ujo maior feito teria s ido c ons eguido s ubmeter a Saxónia, que
tinha es c apado aos imperadores romanos , c omo A ugus to ou M arc o A urélio.

O final des ta hegemonia s ingular da aris toc rac ia ac aba por definir- s e no T ratado
de V es tfália, na D euts c he Welle, que pulverizará a A lemanha em c entenas de
pequenos es tados /princ ipados . O Sac ro I mpério G ermânic o dis s olve- s e e a
F ranç a emerge c omo grande potênc ia europeia, numa altura em que a I nglaterra
es tava s ubmers a na s ua guerra c ivil interna (e pos ta à parte da realeza, c om a
" repúblic a" de C romwell).

Triunfo da paz (Vestfália, 1648)

A derrota dos H abs burgos , para a qual foi dec is ivo o empenho de Ric helieu, e de
G us tavo I I da Suéc ia, es tabelec eu o fim da influênc ia papal, e a derrota da
s upremac ia es panhola.

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31-12-2010 alvor-silves

Morte de Gustavo II na batalha de Lutzen

É já no c ontexto de uma E uropa de es tados - naç ão, ligados para além da


c ons aguinidade da realeza, que N apoleão s urge c omo uma ameaç a a V es tfália...
s urgindo notíc ias da c oligaç ão de V es tfália c ontra o C ors o. É nes te c ontexto que
a V es tfália do C ardeal Ric helieu perdurará e s erá s olidific ada, s em que a F ranç a
s ofra pela audác ia do "c ors o". A I nglaterra emergirá c omo potênc ia s ingular, e
c aberá à Rainha V ic toria levar a glória c onc edida no V ic toria's Sec ret (que talvez
inc luis s e o genoc ídio dos "aborígenes " da T as mânia).

U ma E uropa mais forte s obreviverá a N apoleão, tal c omo uma Roma mais forte
s obreviveu a C és ar...
A pes ar de s erem honrados c omo generais , nenhum foi M agno... nenhum foi
definido c omo promotor de uma revoluç ão c ultural. A ambivalênc ia europeia
c onviveu pos teriormente entre a linha abs olutis ta de M etternic h e a c ontaminaç ão
liberal que s e propagara nos ideais da revoluç ão franc es a, mas a c umplic idade já
es tava definida para es tabelec er uma ordem mundial no C ongres s o de V iena...
impas s ível mes mo perante o breve res s urgimento de N apoleão no palc o europeu.

Congresso de Viena (1815). Wellington sairá para derrotar Napoleão em Waterloo... uma formalidade!

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Sexta- feira, 1 0 de D ezembro de 2 0 1 0


António Galvão (2)
(c ontinuation from here)

We proc eed with the ac c ount of G alvano's text: T ratado dos des c obrimentos
antigos e modernos (1 5 6 3 )

Chinese sailing. I n the beginning of his text G alvão brings the dis pute on the firs t
s ailing ac hievements . I n 1 5 6 0 he has no problem in giving s ome c redit to I ndians
or C hines e (and Taibencos - a name now los t, it may be as s oc iated to T hailand and
other Southeas t A s ian c ultures ). I n fac t he s tates that the weather is s o warm and
the s eas are s o c alm, that even in a canoe dis coveries could be made.

Jason and A lceus. G alvão plac es the legend of J as on (and A lc eus ) with the
A rgonauts , around the s ame time. T he voyage was from C rete (or G reec e) to the
P ontus through St. G eorge to the E uxinus . T hen A lc eus c ontinued traveling by
land until N orth G ermany, and proc eed by the c oas t of Saxonia, F ris ia, N ederlands ,
F ranc e, Spain reac hing again the P eloponnes us and T rac ia - this he c alls the
“dis c overy of mos t part of E urope”.

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31-12-2010 alvor-silves

Jason's voyage to Colchis with the Argonauts - "ancient" names of Caucasian provinces.

... one should ask - an epopee reporting a short voyage - almost a fishing trip!

Menelaus. L ike D uarte P ac hec o P ereira, G alvão quotes Strabo (that c ites
A ris tonic o) to c redit the voyage of M enelaus around A fric a (c ounterc loc kwis e) ,
and almos t offers no doubt about it. H e emphas izes that the M editerranean Sea
was c alled Adriatic, Aegean, or Herculeo... ac c ording to different times . L ike P ac hec o
P ereira, it is now G alvão that diminis hes this 1 5 th c entury P ortugues e
ac hievement of G ama, c rediting it to M enelao, after T roy.
We now have two ac c ounts of anc ient s ailing… M enelao embarked on a journey
around A fric a, U lys s es was los t s ailing on unknown s eas (… probably the A tlantic )
at the time of T roy.
P revious ly, when G alvão mentions T roy, he s ays that it was founded (around 8 0 0
years after the D eluge) by the D ardanes “who brought f rom the I ndies to Europe
s pices , drugs , and s o many other things that are s carce now”. H e als o s ays that their
main port was c alled A rs inoe (c omplaining that it was renamed Suez), and the
trade c ontinued in c aravans of c amels to the E as tern Sea, to a town c alled C azom,
all this before P haraoh Senus ret.

Solomon. G alvão gives c redit to King Solomon travels , in the years 1 3 0 0 after the
D eluge. Solomon made an army that embarked on a three year s ailing journey to
lands c alled Tarcis and Ophir. A s they brought many gold, s ilver, c ypres s and pine,
he then as s umes that the only pos s ibility is that they had s ailed to L uzon
(P hilippines : Luções ), O kinawa (J apan: Lequios ) or C hina. G alvão deliberately
mis s es to jus tify the gold… it may s eem he is avoiding to identify Tars is with Spain
or to loc ate Ophir in America, where thes e materials were c ommon.

Spanish Cart haginians. A round 6 0 0 BC , G alvão als o ac c ounts a voyage of


C arthaginians merc hants that departing from Spain, going wes t, dis c overed
is lands (attributed to be the A ntilles ), and found land that G onzalo de O viedo
c ons idered to be N ova E s paña.
T his jus t means that even G onzalo de O viedo (1 4 7 8 - 1 5 5 7 ), the Spanis h
his torian, was diminis hing the pioneer voyage of C olumbus , c rediting a s imilar
ac c omplis hment by C arthaginians 2 0 0 0 years before… Why?
A t the time of G onzalo O viedo it was c lear that C olumbus voyage only s erved
politic al purpos es . P ortugues e, had been there before, and it was s omehow
important to s how that Spanis h were there even muc h earlier, even if at the time
they were C arthaginians .

Hanno. T his is perhaps the mos t c ommon name as s oc iated to C arthaginian


s ailing. I t is reported that him and his brother H imelion were rulers of A ndaluc ía
and eac h one went on s eparate s ailing trips in 4 4 0 BC .

H imelion went upwards until F ranc e, G ermany, probably Sweden and even
I c eland. G alvão as s oc iates it to the I c eland is land T hule (6 6 º N ), s o c old
that he c alls it “St. P atric k’s P urgatory”, and des c ribes the volc anoes , one of
whic h was c alled Ecla (~Katla? ). H e goes even further, s aying that the fis h
were s o big that a c hurc h was made from the bones (this might sound not so surprising
today, as we are acquainted with whales dimensions… but it could sound bizarre at the time. Reports sound
strange and fabulous if you are not familiar with them, and when you are instructed to reject them).

H anno went along the C oas t of A fric a, finding the Fortunate I s lands that
G alvão as s oc iates to the C anaries , and other arc hipelagos : D orc adas ,
H es perias and G orgonas . C onc erning thes e is lands he jus t s ays that others
as s oc iate them to the C ape V erde arc hipelago. L ike D uarte P ac hec o P ereira,
both bas ed on Strabo’s ac c ount, s tate that H anno made the whole tour of

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31-12-2010 alvor-silves
A fric a until G uardafuy C ape, previous ly c alled A romatic C ape. O f c ours e he
s ays that others pretend that he never went further than Sierra L eona, and
that he was followed by P ublio only until the L ine (?~Equator Line). H owever
G alvão argues that it took 5 years to H anno to return to Spain, and this
would have been too muc h time for s uc h a travel... probably meaning (in an
implic it fas hion) that H anno’s vis it to the H es perides and other is lands was
in the A meric an c ontinent.

Persians. G alvão als o s tates that previous ly to H anno, in the year 4 8 5 BC , the
P ers ian emperor Xerxes s ent his nephew Satas pis to make the s ame c ontour of
A fric a.

The most impressive conclusion that one gets while seeing all the list made by Galvão is that Atlantic navigations were
quite common in all times, and were reported by different civilizations.

Nowadays, since the celebrated Kon Tiki and other solitary navigations in small boats, it was made clear to the general
audience that the major difficulty in ancient sailing was orientation, which was not a problem for sailors with some
knowledge of the stars and sun movements... it could be a problem only to produce exact charts.

Despite the evidences, people are led to believe that a short voyage from Greece to the Black Sea could justify
the writing of Jason's epopee... knowing that it is more difficult to sail between greek islands.
Or even more ridiculous... we are led to believe that the Greeks would gather in a voyage to Troy that it was in
the nearby shore, Troy would be closer to Mycenae/Athens than to other greek cities like Miletus...
Le coup de grâce, we are led to believe that Ulysses adventure, 10 years lost in the sea, was held in the
Mediterranean... as if it was possible to a Greek sailor to be that lost in the Mediterranean.

As a consequence, if we are led to believe in all this, since we were young, it is easy to control our mind and the way we
think.

(to be continued)
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Etiquetas: English, Historiadores

Q uarta- feira, 8 de D ezembro de 2 0 1 0


Garrett
U ma obra pouc o c onhec ida, mas quas e de leitura obrigatória, é o texto de A lmeida
G arrett (1 8 3 0 ):

P ortugal na balanç a da E uropa :


do q ue tem s ido e do q ue ora lh e c onv ém s er na nov a ordem de c ois a s do m undo c iv iliz a do

A propós ito de N apoleão, G arrett c ons egue s er bas tante eluc idativo:

"A França e o mundo agradecido s e pros traram ante ele, e o adoraram como ao
s alvador da es pécie humana." (...)

"[Napoleão] viu os homens e as nações curvadas diante de s i, e da altura onde


es tava es corregou-lhe o pé s obre as cervizes que s e lhe inclinavam. A Europa j á
era es crava de Bonaparte e ainda duvidava da s ua s ervidão - os povos tinham
perdido a liberdade, independência, glória, honra - e ainda lhes cus tava a crer que
fos s e s eu tirano, quem havia s ido s eu libertador."

Da glória e da esperança republicana

à decadência e ridículo sob o "Teatro Real da Europa":

http://alvor-silves.blogspot.com/ 15/18
31-12-2010 alvor-silves

http://putl.pt/5199

A ques tão N apoleónic a é ainda um marc o s imbólic o, até na s ua as c endênc ia


c ors a. A primeira C ons tituiç ão moderna não é a americ ana, pois es s a foi ins pirada
na primeira:
Cons tituição da Córs ega de 1 7 5 5 , de P as quale P aoli

A C órs ega c om P as quale P aoli não era uma repúblic a... pois a rainha dec larada
era a "V irgem M aria". E s s a breve independênc ia republic ana de G énova foi
quebrada c om a venda da ilha à F ranç a que a c onquis tou. A pes ar dos es forç os de
P aoli, exilado em I nglaterra, a C órs ega não voltou a obter a independênc ia... e
perdeu o motivo - afinal o maior es pírito de F ranç a, N apoleão, teria nac ionalizado
a C órs ega pela s ua própria origem. A ques tão perdeu o impac to, e o c urto
movimento independentis ta c ors o foi- s e dis s ipando.

O T eatro Real E uropeu c ons eguiu de novo as s egurar o domínio da oligarquia.


C onforme explic a G arrett:

"As legiões frances as s ó foram odiadas e acometidas da indignação popular (que


ao cabo as venceu), depois que o s eu chef e, já legitimado por reis , j á amigo
federado deles , como eles enganou e zombou das nações nas s uas
promes s as " (...)

"E es s e homem, que havia s aído das falanges do povo, e de quem todos
es peravam liberdade, não s ó pejorou e atraiçoou a caus a que def endera (...)
des prezou o apoio de quem o alevantara, e quis f irmar-s e nos abus os e no erro,
que j á haviam precipitado os s eus anteces s ores : chamou as clas s es inúteis para
redor do s eu trono, f ederou-s e com os reis e potentados contra as nações e os
povos , retrogradou a civilização e cuidou de aniquilar a liberdade"

http://purl.pt/5203/

E s obre a ingratidão da realeza para c om os povos , G arrett vai mais longe:

"[os reis ] ligaram-s e, pelej aram contra o s oldado da fortuna enquanto ele traj ou
as roupas da liberdade, e des embainhou a es pada em prol da humanidade. Venceu
ele (...) f orj ou um ceptro como o deles , e des de es s e momento f oi ídolo e adoração
dos reis , o que havia s ido dos povos . Solicitaram a s ua aliança, pagaram-lhe
páreas e tributos , receberam as s entamento de criados s eus , pros tituiram-lhe as
s uas f ilhas !..." (...)

"Porém quando o povo indignado s acudiu o jugo alheio, e meteu ombros à


reconquis ta da independência, qual deles apareceu à f rente des s as legiões
denodadas e generos as ?"

A anális e de G arrett é profunda mas muito c ontemporânea, rec orrendo aos


exemplos c lás s ic os , é ainda notável ao invoc ar um c onflito de c las s es , que prevê
oc orrer na Rús s ia:

"Em s uma, a guerra dos povos é aos privilégios exclus ivos , incertos , vagos e
arbitrários , como a vontade de um s ó homem de cuj o capricho emanam: ela é por
toda a parte a mes ma, unânime. Se entre uma nação es ta clas s e s e empenha mais
na guerra, entre es s outra, outra clas s e; as circuns tâncias particulares , a
particular natureza ou cons tituição das s ociedades produz es s a dif erença, não a
natureza da contenda, não o obj ecto dela, não o f im, não a caus a.

Onde há opres s ão há revolução, onde a adminis tração s e opõe ao es pírito do

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31-12-2010 alvor-silves
s éculo, à opinião dos povos , o es tado de guerra entre governante e governado
exis te; onde as clas s es que pos s uem e produzem trabalham s ó, as que s ó
cons omem governam s ó, por horas ou por dias es tá a pelej a aberta entre elas ."

P oderia parec er que G arrett es tava a s er influenc iado pelas ideias de Karl M arx...
mas há uma diferenç a temporal - quando G arrett es c reve es te texto, M arx teria
apenas 1 2 anos .
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Etiquetas: Historiadores, Questão Gaia

Segunda- feira, 6 de D ezembro de 2 0 1 0


Acadia
N um quadro c ons tante do arquivo da BN P , entitulado "des cida dos frances es à ilha
da Terra Nova" (1 7 0 1 - 1 5 ), podemos obs ervar uma c idade razoavelmente
s ofis tic ada, e uma violenta batalha c om c omponente naval, onde es tão pres entes
elementos de vários exérc itos (vê- s e por exemplo uma bandeira es c oc es a):

"descida" dos franceses à Terra Nova (1701) http://purl.pt/5230/

É nes s e ano de 1 7 0 1 que é " as s inada" a denominada P az de M ontreal, onde s eria


s upos to terminarem as guerras c om "os I roquois e Algonquins ". N o entanto, talvez
por imaginaç ão artís tic a, nes ta "des c ida" a c idade alvo de ataque franc ês na
T erra N ova, es tá longe de s er um "acampamento índio".
L embramos que após C abotto (1 4 8 7 ), a T erra N ova é as s inalada s uc es s ivamente
até 1 5 7 8 , s ob bandeira de D . Sebas tião, altura em que deixa de s er referida.
C omeç am aí as "des c obertas dos outros " , por D rake - a perdida "N ew A lbion"
(C alifórnia? ), e c abe a G ilbert a menç ão c omo inic iador da c olonizaç ão c ontínua da
T erra N ova (1 5 8 3 ), o que c olide c om a s upos ta pres enç a franc es a.

N ão longe, es tava a A c ádia. T ratava- s e da des ignaç ão franc es a para a ac tual


N ova E s c óc ia (e territórios próximos ), c om c apital em P ort Royal. T ambém es ta
c olonizaç ão franc es a c omeç aria c .1 6 0 0 e manter- s e- ia até 1 7 5 5 (ano do
terramoto de L is boa), em que também s e dá a "deportação dos Acadianos ", que s ão
aparentemente levados para outros territórios , perdendo- s e o ras to:

deportação dos Acadianos (1755)

A prendemos que o extermínio de populaç ões e c ivilizaç ões foi obra inc auta de
c onquis tadores es panhóis , dific ilmente algo s emelhante poderia ter tido lugar na
époc a da luzes c om outros país es ? ...

P ouc o depois , em 1 7 5 6 aparec e em L is boa um movimento literário c onhec ido


c omo a A rc ádia L us itana, onde s e inc luirá Boc age (N ova A rc ádia). A A rc ádia é
uma referênc ia mític a do s éc . XV I I I , na linha da U topia de T homas M ore,
referente a um paraís o perdido... A s ua loc alizaç ão na A rc ádia grega, s eria
invoc ada nas Buc ólic as de V irgílio.

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O nome "A c ádia" leva- nos a dis tantes paragens es pac iais e temporais - a
A c ádia, de Sargão, c . 2 3 0 0 a.C .
O império A c adiano que Sargão protagonizou, es tendeu- s e até às paragens
feníc ias , tendo lanç ado as bas es para Babilónia, lendo- s e num texto s umério:

Os povos de cabeça negra eu comandei, eu governei; poderos as montanhas , com


machados de bronze eu des truí. Es calei as montanhas s uperiores , e pas s ei pelo
meio das montanhas inferiores . O país do mar eu s itiei por três vezes ; Dilmun eu
capturei. Até o grande Durilu eu fui (...)

Q ual teria s ido o país do mar s itiado, e a ilha mític a D ilmun?


T alvez s em razão partic ular, invoc ando o tal paraís o A rc adiano, s em " r", o nome é
de novo es c olhido, para ainda depois s er alterado para N ova E s c óc ia. D e Sargão
não res tará talvez regis to tão fonetic amente idêntic o quanto o próprio mar...
Sargaço.

E s ta c onfus ão de nomenc latura, tão frequente, tem um exemplo engraç ado.


P ara c ombater o tédio das tropas franc es es em 1 8 0 4 , na A us terlitz holandes a, o
general M armont dec idiu entreter os s oldados c om a c ons truç ão de uma pirâmide
artific ial, ligeiramente mais pequena que a de M iquerinos - e terá demorado menos
de um mês (2 9 dias ) a s ua exec uç ão pelas tropas .

Pirâmide de Austerlitz (1804), na Holanda

O nome A us terlitz é ainda dado a Slavkov- u- Brna, a A us terlitz na repúblic a c hec a,


onde s e teria dado a famos a batalha que N apoleão venc eu em 1 8 0 5 . E s ta
pirâmide c ortada, s ímbolo mas s ónic o c omum à époc a, é ainda c oroada c om uma
torre (c om um mirante no topo), e s ervirá de monumento à vitória em A us terlitz,
mas a milhares de quilómetros de dis tânc ia.

É um cas o raro em que o monumento comemorativo f oi cons truído antes da própria


batalha ter ocorrido!

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Etiquetas: Questão Gaia

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Página inicial D es c riç ão M etodologia Referênc ias 1 0 M A I N FA C T S

Sexta- feira, 3 de D ezembro de 2 0 1 0 Pesquisar nest e blogue


Fusang
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C omeç amos pelo princ ípio do fim, ou s eja pelos T ratados de N anquim e T ianjin
realizado por
(1 8 4 2 , 1 8 6 0 ), que marc am o final das guerras do ópio, após o primeiro ataque
c omerc ial britânic o c om ópio (hoje s eria c hamado "tráfic o de droga"), que
enebriava a populaç ão c hines a: Ligações
odemaia
his tory of the americ as
portugalliae

Inf ormações
ALVORSILVES
Tratado de Nanquim, 1842
E xis timos enquanto
A s potênc ias oc identais , princ ipalmente I nglaterra, E U A , Rús s ia, F ranç a, iriam pens armos .
definir tratados des iguais que manteriam a C hina, C oreia e J apão s ob c ontrolo
aliado. M udou muita c ois a, houve as revoltas dos Boxer pas s adas algumas
déc adas , a revoluç ão c ultural de M ao, pas s ados c em anos , mas es tes país es s ão
ainda os detentores do direito de veto no C ons elho de Seguranç a da O N U . A
C hina ac abou por trilhar um c aminho em que evitou s empre qualquer c onflito email: alvors ilves @gmail.com
direc to c om os res tantes , e aparec e agora em pos iç ão des afiante.
scribd: alvors ilves 3 8 9 6
knol: T es e A lvor- Silves
D e 1 8 5 1 a 1 8 8 0 aparec e na H is tória dos E U A uma populaç ão de 2 2 9 0 0 0
imigrantes c hines es dis pos tos a trabalhar, em partic ular no T rans c ontinental
Railroad, que ligaria o A tlântic o e o P ac ífic o. N ão c onheç o regis to dos detalhes V er o meu perfil c ompleto
que jus tific ariam uma imigraç ão c hines a s em prec edentes e tendo c omo des tino
únic o os E U A . G rande parte des te período oc orre em plena G uerra da Sec es s ão A rquivo do blogue
(1 8 6 1 - 6 5 ), e também no momento pos terior à anexaç ão da C alifórnia ao M éxic o
(1 8 4 6 - 4 8 ), a que s eguiu uma explos ão de regis to populac ional c aliforniano, de 1 0 ▼ 2 0 1 0 (5 0 )
mil antes de 1 8 4 8 , pas s aria a mais de 1 0 0 mil em 2 anos , quando em 1 8 5 0 ▼ D ezembro (3 )
pas s a a s er o 3 1 º es tado americ ano. É ainda nes te c ontexto que s urge a
F us ang
impos iç ão americ ana do c omandante P erry e o T ratado de Kanagawa (1 8 5 4 ):
A ques tão G aia

F énix e F eníc ia

► N ovembro (8 )

► O utubro (6 )

► Setembro (5 )

► A gos to (1 )

► J ulho (1 )
Puccini - Mme Butterfly (1904), por M. Callas (1954)

► J unho (7 )

A pós a viagem de C ook, em 1 7 7 0 , e a partir do es tabelec imento da "c olónia ► M aio (5 )


penal" aus traliana de N ova G ales do Sul, em 1 7 8 8 , ou s eja à époc a da Revoluç ão
► A bril (4 )
F ranc es a, o domínio no P ac ífic o pas s a a s er britânic o.
C omo s abemos , a H is tória deita o véu de 250 anos s obre a époc a 1 5 2 0 - 1 7 7 0 , ► M arç o (1 )
des de a viagem de M agalhães até à viagem de C ook. O s mapas ignoram a
A us trália, o H avai, a c os ta P ac ífic a da A méric a do N orte, ac ima da C alifórnia. ► F evereiro (1 )
A dmite- s e hoje, em s urdina, as viagens em 1 6 4 2 de T as man à A us trália
► J aneiro (8 )
oc idental, mas C ook c ontinua c omo "des c obridor" nomeado, tal c omo C olombo o
foi antes .

Et iquet as
P ouc o antes , aparec e em mapas , a norte da C alifórnia, a c hamada I lha C hines a de
de C alis to (1 )
F us ang (ou F ou- s ang), por exemplo num mapa de P h. Buac he
E nglis h (3 )
E s torias (1 1 )
H is toriadores (1 1 )
Q ues tão G aia (2 )
T es e- A lvor- Silves (2 6 )

file:///G:/a-s/alvor-silves4.htm 1/19
31-12-2010 alvor-silves

Cont as

7408
Últ imos coment ários

Mapas (1753, 1792) onde Fusang - Terra Chinesa - é identificada com parte da costa Pacífica americana.

A oc ultaç ão de des c obertas , até à viagem de C ook, teria as s im uma razão -


impérios as iátic os no P ac ífic o:
- um império marítimo c hinês que oc uparia parte da c os ta oc idental americ ana,
- um provável império marítimo japonês que c ontrolaria parte da A us trália,
P olinés ia e H avai (bas ta s eguir o ras to de c onquis ta s eguido pelo J apão na 2 ª
guerra mundial).

A oc ultaç ão des s es territórios é uma expres s ão de não rec onhec imento da


c apac idade marítima ou tec nológic a dos povos orientais . N ão era c ons iderado
des c oberto, apenas porque não es tava s ob domínio de potênc ia oc idental...

O aparec imento s úbito de 2 3 0 mil c hines es tem as s im uma explic aç ão - não s ão


imigrantes , s ão muito provavelmente o que res taria de uma populaç ão c hines a
es tabelec ida em Fus ang.
- É a partir da 2ª metade do séc. XIX que começam os registos de populações que se estabelecem na costa oeste
americana, quer pela parte britânica na British Columbia, quer a norte da Califórnia.
- Apesar das notícias de Eldorados ou paraísos a norte da Califórnia, desde o séc.XVI, a febre do ouro só tem lugar nessa
altura, passados 300 anos. Não há outra justificação plausível para que os mexicanos, ou quaisquer outros, não
avançassem para norte.
- As lutas de guerrilha com índios em tendas, munidos de arcos e flechas, ganham um outro significado, e mais
dramático, quando se supõe a existência de um reino prestes a sucumbir. A fossanguice impele os conquistadores a não
deixar rasto do passado.
- Grandes batalhas, como as napoleónicas, inúmeras perdas humanas numa parte do globo justificariam perdas em
lugares completamente diferentes.
- O domínio europeu segue duas vertentes expansionistas, primeiro a russa, que domina o norte da Mongólia, a
península Kamchatka, e o Alasca; por outro lado, a americana/britânica que segue em direcção ao Pacífico, as eventuais
colónias americanas de origem chinesa ficam encurraladas. A venda do Alasca, a participação russa na batalha de
Pequim, a guerra com o Japão, são vários aspectos dos entendimentos a larga escala.
- Quando as populações colonizadoras chegam, já seriam raros os vestígios das populações anteriores, e os que
existissem estariam em processo de extermínio. Os territórios tomados eram tidos como não-civilizados, virgens, e a
completa violentação seria guardada, ou perdida, nos confins da memória.

A G uerra da Sec es s ão americ ana inic iada em 1 8 6 1 s urge nes ta pers pec tiva num
c ontexto c ompletamente diferente. M ais uma vez a ques tão da oc ultaç ão es taria
c oloc ada em c ima da mes a, e o problema da es c ravatura não s eria apenas a
libertaç ão da populaç ão afro- americ ana, s eria uma c ontinuaç ão da G uerra do
Ó pio, em que a opinião públic a s eria enredada numa alienaç ão dos fac tos .

(as s im, a ques tão Gaia começa quas e pelo f im)


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Etiquetas: Questão Gaia

Q uinta- feira, 2 de D ezembro de 2 0 1 0


A questão Gaia
Q uando falamos de G aius J ulius C aes ar, trans formamos o I de I ulius em J ulius ,
não o fazemos c om o I de G aius , s e o fizés s emos fic aria G ajus J ulius C aes ar.
A língua s ofreu muitas torturas , até falar mentira... mas amparou- s e c om uma
tradiç ão s emi- popular res is tente. O G ajus não fic ou em C és ar, mas fic ou na língua
que não s e atreve a s er es c rita... de forma s elvagem, fic aram gajos e gaiatos .

F alamos , é c laro do c ulto a G aia, à deus a primordial no panteão grec o- romano,


que empres ta o prefixo "geo" a tudo o que s e refere à T erra. F alar de G A J A s eria
ras c a, falar de G A I A , não. A s imples c urva final na letra que trans forma o I em J ,
altera a nos s a perc epç ão da s emelhanç a, por víc io educ ac ional.

file:///G:/a-s/alvor-silves4.htm 2/19
31-12-2010 alvor-silves

J á não c hoc a es c rever M A J A c om s ignific ado de M A I A , mas tudo s e altera quando


há c onotaç ão pejorativa enraízada... um rac ioc ínio s ujeito a troç a, é
educ ac ionalmente auto- c ens urado. A s s emelhanç as s ão exac tamente as mes mas
- num c as o nem notamos , noutro c as o rec us amos a as s oc iaç ão... é tudo um ardil
educ ac ional. O s maiatos s ão habitantes da M aia, mas os habitantes de G aia
pas s aram a gaiens es e não a gaiatos . C aminhos diferentes para os filhos da
mes ma T erra, em fas es diferentes . J unte- s e- lhe a nos s a Raia fronteiriç a, para
adic ionar Reia ao mais primevo panteão feminino grec o- romano.

La Maja desnuda y vestida (antes e após 1800), de Goja

N o as pec to mas c ulino, Maj o terá as s oc iado M aio, mas do folc lore de
trans mutaç ões que s e es c ondeu na letra G (que dá para C aius /G aius ou
C aia/G aia) não me s urpreenderia a as s oc iaç ão M ajo a Mago... (ou então, c om o
tratamento "c h" que damos ao " j" poderia bem ler- s e M ac ho... já o c as telhano
c umpriu melhor o dis farc e c om o s om " rr" para o "j").

U m bom exemplo de tortura da nomenc latura es tá doc umentado na evoluç ão do


nome Senegal.
D uarte P ac hec o P ereira identific a- o es c revendo C anágua, algumas déc adas
depois a tortura fonétic a tinha levado à s eguinte trans formaç ão s uc es s iva:
Canágua, Çanágua, Çanaga, Senegal (c onforme vai c ons tando de regis tos e mapas ).

D ir- s e- à que invoc ando troc as de letras , as as s oc iaç ões não têm fim e tudo é
permitido... mas não é bem as s im! H á regis to c aus al s us peito nuns c as os ,
enquanto noutras s ituaç ões , s em o nexo c aus al, poderá s er c ons iderado
ac idental. A es c rita pode violentar mais fac ilmente a tradiç ão fonétic a oral, que é
bem menos c ontrolável que a es c rita.

E xérc itos de eruditos e doc umentaç ões indubitáveis podem dizer que a ligaç ão
M aja/M aia nada tem a ver c om a alteraç ão s imilar G aja/G aia... Sim, s e fos s e
apenas es s a a c oinc idênc ia, poderíamos bem s eguir s empre a voz do altifalante,
mas não abdiquemos do nos s o próprio es c rutínio.
Q uando s e alimenta o abs urdo por s éc ulos , a c redibilidade efec tiva é pouc o mais
que nada... e a troç a rec ai s obre a pos tura dos anões s obreviventes , guardadores
do anel de Saturno, o gaiato, filho de G aia e Ú rano.

Saturno devorando os filhos, de Goya.

GUA
A linha das analogias na nomenc latura, que a D uques a de M edina- Sidónia
proc urou s eguir, na s ua c onexão Á fric a- A méric a, foi diferente da nos s a, mas
c hegou a paralelis mos s emelhantes , que obtivemos s eguindo a c artografia e a
des c riç ão dos c ronis tas .

file:///G:/a-s/alvor-silves4.htm 3/19
31-12-2010 alvor-silves
H á no entanto um ponto revelador que abunda nas atribuiç ões feitas às línguas
indígenas americ anas e que tem uma c onexão fonétic a direc ta c om a c ultura
andaluza... o termo G U A , que pura e s imples mente deveria querer s ignific ar Á gua.
P odemos as s umir que a origem é o latino A qua, mas parec e mais indic ado enc arar
o invers o, e ac eitar a raiz de uma s imples indic aç ão direc ta: " a gua" - a água. A
diferenç a fonétic a entre " qua" e "gua" pode s er imperc eptível.

É óbvio que es ta livre s us peita tem dupla raiz nos rios G uadiana e G uadalquivir,
que leremos c omo:
Gua de Ana, e Gua del Quibir... e fic amos por aqui, apenas s alientando que a palavra
árabe para água é almaa (havendo c ertamente alternativas ...).
N a A méric a C entral e A ntilhas , multiplic am- s e os nomes que us am "G ua", pelo
que dis pens amos a enumeraç ão exaus tiva, por exemplo: Guatemala, N ic arágua,
lago M anágua, G uarumal, G uálan, rios M otagua, Á guan, as ilhas M ayaguana ou
mes mo Guadalupe... G uadalc anal, G uam, G uadalajara, G uana, G ualala, G uaytec a,
G uantanamo, etc ... enc ontramos mais des ignaç ões em mapas primitivos , antes
das c onvenientes alteraç ões pos teriores .

É c laro que is to pode nada s ignific ar, mas pode também s ignific ar a pres enç a de
uma c ultura c om fonétic a s emelhante que influenc iaria o A tlântic o, des de a zona
do E s treito de G ibraltar a toda a A méric a C entral (e s ul).

A "Ques tão Gaia" começa aqui, e es ta é a s ua introdução.

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Etiquetas: Questão Gaia

Q uarta- feira, 1 de D ezembro de 2 0 1 0


Fénix e Fenícia
N a arte pic tóric a, a F énix é repres entada c omo uma ave mitológic a c om penas
douradas e vermelho- arroxeadas (... e es ta c ôr purpúrea é reveladora), c om
c apac idade de auto- regeneraç ão, ao renas c er das c inzas em que s e c ons ome por
auto- c ombus tão. E s ta repres entaç ão não é muito diferente da que D . J oão I I
us ava para o s eu P elic ano:

Fenix avis unica (crónicas de Nuremberga, 1493), e o "pelicano" de D. João II.

O s ac rifíc io do pelic ano, que s e auto- flagelava para alimentar os filhos , não é
muito diferente do mito da fénix, que antec ipando a morte, renas c e num filho que
depos itaria depois as c inzas no templo de H eliopolis .
H á várias H eliopolis (c idades do s ol), uma das quais era a feníc ia Baalbek

Heliopolis - Baalbek, Líbano

A es c olha des ta c idade F eníc ia para a F énix, é c laramente fonétic a... é difíc il não
as s oc iar fénix e fénice... e a palavra s ervia para identific ar em grego a c or púrpura
c om que c arac terizavam os feníc ios , pelo c omérc io as s oc iado, e também as
palmeiras de tâmaras .

A té que ponto s erá adequado as s oc iar uma fénix à feníc ia, no s entido em que s e
tratava de uma c ultura que renas c ia dos s eus próprios apoc alips es ? N es te
s entido, a heranç a feníc ia ultrapas s ava um povo partic ular s ituado na c idade de
T iro, ou nas s uas c olónias C artago e C artagena... es s es s eriam já renas c imentos
de c ivilizaç ões anteriores , eventualmente de uma pos s ível c ultura atlântida.

Q uando D . J oão I I retoma o tema, c om o pelic ano, e atendendo a que própria


F énix s eria vis ta c omo um moto da res s urreiç ão de C ris to, poderá es tar a
reivindic ar parte des s a heranç a antiga.

A res tauraç ão da independênc ia nac ional foi um projec to ligado à c as a M edina-


Sidónia, e à influênc ia que A na de L a C erda (e o marido português Rui G omes da
Silva) tiveram na polític a herdada pela C as a M edina- Sidónia e também pela
heranç a de L uis de L a C erda (que rec lamou em 1 3 4 4 as C anárias para C as tela).

file:///G:/a-s/alvor-silves4.htm 4/19
31-12-2010 alvor-silves

Ana de la Cerda, o Escudo da Casa Medina-Sidónia, Luísa de Guzman (bisneta).

Simultaneamente, a família M edina- Sidónia lanç a um ataque interno ao império de


F ilipe I V , proc urando a independênc ia do s eu duc ado em C ádis (... a feníc ia
G ades ), de P ortugal (através de L uís a de G us mão), e da C atalunha. A penas a
independênc ia portugues a s erá bem s uc edida, e temporariamente... o tratado de
V es tfália (8 anos depois , 1 6 4 8 ) mos traria uma agres s ividade da res tante E uropa
c ontra o império es panhol, e a s ingularidade portugues a não s eria exc epç ão. A
ténue res tauraç ão nac ional foi s us tentada c om uma alianç a britânic a, c ons olidada
c om o c as amento da filha C atarina de Braganç a (... mais uma mulher), e depois
c om o des as tros o T ratado de M ethuen... que s ó mos trou que pas s ados 4 0 0 anos
P ortugal c ontinua a abdic ar da s ua produç ão interna, e independênc ia, em troc a de
uma s ubs ídio- dependênc ia europeia.

E s s e des ígnio de res tauraç ão, de proc ura da verdade, manteve- s e na C as a


M edina- Sidónia, através da c hamada " duques a vermelha", L uís a I s abel A lvarez
de T oledo, his toriadora nas c ida em P ortugal e rec entemente falec ida. T entou em
1 9 9 2 public itar a outra his tória dos des c obrimentos , no s eu livro
A fric a vers us A meric a, la fuerza del paradigma
... mas s ó em M arroc os c ons eguiu ter uma ac eitaç ão e divulgaç ão ac eitável. N a
E uropa, ninguém quer ouvir falar em doc umentaç ão que prova a pres enç a
portugues a e árabe nas A méric as , muito antes de C olombo.

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T erç a- feira, 3 0 de N ovembro de 2 0 1 0


Cândido Costa (2)

C ontinuamos a des c riç ão " s uc inta" do relato de C ândido C os ta (1 8 9 6 ):

I nterior do Brazil (em 1 8 4 5 ): des cobertas ruínas de uma grande cidade com
s oberbos edif ícios e ins crições em língua des conhecida conf irmaria que a his tória
do Bras il s eria mais antiga que a do Perú ou México.
V ulc ão de P urac é - C olômbia (Ric ardo G utierrez): Cos ta pergunta s e af inal não
s eria conhecido o des cobrimento de uma cidade ante-diluviana por Gutierrez, nas
proximidades do Vulcão de Puracé...

Vulcão de Puracé, Colômbia

Seguidamente, Costa tenta argumentar que a população americana seria de origem asiática, por possível ligação antiga
entre os dois continentes. Isto é especialmente curioso, pois mostra que a tese actual de migração asiática para
territórios americanos, através do estreito de Bering, não era na altura bem aceite. Mais à frente (pág. 26) salienta que
o próprio Galvão já seria dessa opinião.

P edra de D ighton - U SA (Serval e D auforth): s eria cons iderado, por Court de


Gibelin, um monumento fenício. Acres centa ainda que s e encontraram 3 outras
ins crições púnicas em Bos ton, e que es s a notícia teria s ido publicada em França,
em 1781.

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A famosa pedra de Dighton, onde se encontram graffitis associados aos Corte-Real

M ontevideu (vila de D ores ) - U ruguai (padre M artins ): um f azendeiro teria


des coberto uma lápide s epulcral, onde havia es padas antigas e um capacete
danif icados pela f errugem, e uma j arra de barro de grande dimens ão. O padre
Martins teria lido em caracteres gregos :
Alexandre, f ilho de Felipe, era rei da Macedónia na Olympiada 63: nes tes
lugares Ptolomeu... (faltava o res to) - encontrámos hoje este mesmo excerto na Gazeta
de Lisboa, nº 103, 2 de Maio de 1832, onde na altura se começava por dizer que numerosas provas não
deixavam dúvidas sobre a presença na América antes de Colombo.. .
Nos copos de uma das es padas es tava gravada um es finge que parecia s er de
Alexandre, e no capacete es tavam repres entadas várias figuras ilus trando Aquiles
arras tando o cadáver de Heitor em redor dos muros de Tróia. Tal como no artigo da
Gazeta, Costa supõe então que seria algum chefe de armadas de Alexandre, levado por uma tormenta - é aqui
que Schwennagen dá uma melhor explicação, sugerindo uma batalha entre gregos e cartagineses, que teria
levado a um final trágico dos gregos, enterrados em solo uruguaio.

Vaso grego com cena semelhante à descrita no capacete de Montevideu:

Aquiles arrastando o cadáver de H eitor à volta das muralhas de Tróia

C itaç ão de Sénec a (perc eptor de N ero): uma fértil terra exis te no Oceano, além
do qual outro mundo, outras praias des pontam, pois em parte alguma des aparece
a natureza e as cois as , mas onde s e julga des aparecer, s empre uma nova s e
levanta.

Cândido Costa cita António Galvão, Manuel de Faria e Sousa, frei Bernardo Brito, para enfatizar outras opiniões de que os
cartagineses já teriam alcançado a América. Argumenta ainda a existência de nomes de homens no Brasil com nomes
tipicamente hebraicos, e que essa população primitiva (fala de Chus, Misvaim, e Josué) teria ocupado o litoral da
América do Norte, com uma arquitectura semelhante à egípcia ou à mais antiga, do Indostão. Parece estar aqui a
referir-se às pirâmides na América Central, salientando que estas seriam de uma raça mais industriosa do que a que era
presente à altura dos conquistadores espanhóis (provavelmente falaria de Tiahuanaco ou Teotihuacan). Refere o
misterioso desaparecimento, associando-o ao desaparecimento das colónias de Hannon em África ou dos
dinamarqueses na Gronelândia... e anunciando que o mesmo iria acontecer aos Portugueses na África e na Ásia.

Costa refere ainda que os chineses e japoneses lembram um desembarque de Tártaros na América, por volta de 782 d.C
e depois 1281 d.C, mas tendo como objectivo um desembarque no Japão!

I lha de G uadalupe (A ntilhas ) & I lha dos M ortos - Rio C ubatão - São
P aulo: f ala da des coberta de os s adas humanas em es tado de f os s ilização e
ac res c enta que a des c oberta des tes fós s eis teria s ido public ada na revis ta
c ientífic a T rans . P hil. de F iladélfia. - S eria esta a base de argumentos cinematográficos dos
anos 50/60 e depois desaparecidos - humanos contemporâneos de dinossauros?!... A proveita para falar
do c ontras te entre o gigantes c o P atagão e o pequeno es quimó... na altura
ainda não s e tinha c ons umado o extermínio da raç a na P atagónia, is s o foi
levado a c abo na trans iç ão para o s éc . XX, pelo governo argentino.
C idades do M éxic o (c ita L as c as as ): "debaixo de qualquer as pecto que
cons ideremos es te país , tes temunha de maior antiguidade que a que nos
of erecem s eus anais : a Cidade do México, Tlas cala, Chulula, Tacuba, Zempoala,
Tezeuco, eram comparadas pelos conquis tadores às da primeira ordem de
Es panha". P erguntamos nós ... que ves tígios res tam des tas c idades
enumeradas ?

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descrição em 1581 de Cholula

Cândido Costa fala também do relato de Platão sobre a Atlântida, que seria secundado por Estrabão e Diodoro, e fala na
possibilidade de um continente submerso englobando as ilhas da Macaronésia. Ao mesmo tempo cita Aristóteles,
dizendo que a Atlântida teria sido descoberta pelos Cartagineses, mas que o seu Senado teria interditado a navegação
sob pena de morte. Mais uma vez é natural confundir-se aqui a Atlântida com a própria América.

V iagem de 8 árabes de L is boa (c itando H umboldt, E dris i): es s es árabes


teriam s aído c . 1 1 4 7 e teriam aportado em ilhas atlântic as .
E s tátua da I lha do C orvo - A ç ores (D amião de G oes ): c itando D amião de
G óis (s éc . XV I ), para o relato da des truiç ão da es tátua eques tre na ilha do
C orvo:
Destas ilhas a que está mais a norte é a do Corvo, que terá uma légua de terra: os mareantes chamam-
lhe Ilha do Marco, porque com ela (por ser uma serra alta) se demarcam, quando vêm demandar
qualquer uma das outras. No cume desta serra, da parte do noroeste se achou uma estátua de pedra,
posta sobre uma lage, que era um homem vestido de uma capa como bedem, sem barrete, com uma
mão na coma do cavalo e o braço direito estendido, e os dedos da mão encolhidos, salvo o dedo grande,
a que os latinos chamam index, com que apontava contra o poente. Esta imagem, que toda saía maciça
da mesma lage, mandou el-rei D. Manuel tirar pelo natural por um seu criado debuxador, que se
chamava Duarte d'Armas, e depois que viu o debuxo, mandou um homem engenhoso, natural da cidade
do Porto, que andara muito em França e Itália, que fosse a esta ilha, para com aparelhos, que levou,
tirar aquela antigualha; o qual, quando dela tornou, disse a el-rei que a encontrara desfeita de uma
tormenta, que fizera no inverno passado. Mas a verdade foi que a quebraram por mau azo, e trouxeram
pedaços dela, a saber: a cabeça do homem e o braço direito, com a mão e uma perna, e a cabeça do
cavalo e uma mão que estava dobrada e levantada, e um pedaço de uma perna; o que tudo esteve na
guarda-roupa d'el-rei alguns dias, mas o que depois fez destas coisas, ou onde se puseram, eu não o
pude saber. (...) Pero da Fonseca no ano de 1529 a foi ver e soube dos moradores que na rocha abaixo,
onde estivera a estátua, estavam entalhadas na mesma pedra da rocha umas letras, e por o lugar ser
perigoso, para se poder ir onde o letreiro está, fez abaixar alguns homens por cordas bem atadas, os
quais imprimiram as letras, em cera, que para isso levaram; contudo as que trouxeram impressas já
eram muito gastas e quase sem forma(..) Espanta-nos tanto esta antiguissima antigualha, por se achar
no lugar em que se achou, que se pode dizer com razão o que diz Salomão:
"Não haver coisa que já não fosse, e que houve outros que já fizeram o que nós agora fazemos (...)

Caldeirão na Ilha do Corvo

(é possível ver ruínas desconhecidas nas duas margens na lagoa à direita, entre o espelho da água)

O relato não termina aqui, mas torna- s e evidente que a des truiç ão da es tátua
do C orvo, a oc ultaç ão dos ac hados de M ontevideu, do vulc ão P urac é, e o
res tante, s ão apenas mais alguns exemplos que nos mos tram que não houve,
nem há nenhuma intenç ão em trazer luz s obre es tes as s untos . A polític a levou
a genoc ídios para a oc ultaç ão de evidênc ias , s em que as próprias populaç ões
perc ebes s em a razão pela qual eram alvo de tal ódio.
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Sábado, 2 7 de N ovembro de 2 0 1 0
História segundo Schwennhagen (1)
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31-12-2010 alvor-silves
N ão es perava enc ontrar um regis to tão revelador e c ons is tente, c om uma vers ão
alternativa da H is tória, c omo a public ada pelo his toriador L udwig Sc hwennhagen,
aus tríac o no Bras il, em 1 9 2 8 (ano do cras h bols is ta), pros s eguindo a linha de
trabalho de C ândido C os ta e Bernardo Ramos , que c ita abundantemente.
A tes e de Sc hwennhagen é c ons is tente c om muito do que já aqui foi es c rito, mas é
muito mais pormenorizada.

(i) T artés s ios e A tlantes s eriam os s obreviventes do perdido reino da A tlântida (c .


2 0 0 0 a.C ).
(ii) O s atlantes fundariam no s ul de E s panha e M arroc os , um império A tlante que
s e tornou c onquis tador. A o lado, após as C olunas de H érc ules , na zona de
c os teira atlântic a, fundara- s e o reino de T artes s os , c apital na foz do rio G uadiana
(rio T on T ars is ), que pres ervava as navegaç ões atlântic as .
(iii) O império A tlante teria tentado dominar os povos do M editerrâneo, de onde
s urge o relato de P latão, c ontado pelos egípc ios , s obre a derrota des s es atlantes
na G réc ia. M aia foi filha do rei A tlas , e teria c as ado c om um rei do P elopones o.
(iv) O império A tlante teria s ido des truído c . 1 3 0 0 a.C . pela dinas tia ibéric a dos
G eriões , que fundaram um império penins ular, c om c apital em C arteja (~G ibraltar).
(v) A o c ontrário dos atlantes , os tartés s ios limitaram- s e ao s eu império marítimo.
O s feníc ios teriam proc urado uma alianç a c om os G eriões , aproveitando o fim do
império atlante, e c onc ordaram c om os tartés s ios que poderiam navegar para
além do es treito de G ibraltar, fundando uma c idade entrepos to em G ades (C ádis ),
por volta de 1 2 0 0 a.C .
(vi) E m 1 1 0 0 a.C . c hega a primeira frota de F eníc ios ao nordes te do Bras il, e em
1 0 0 8 a.C . o rei H irão de T iro alia- s e c om o rei D avid dos judeus , para explorarem
c onjuntamente a A mazónia bras ileira. E aqui, Sc hwennhagen c ita D avid: "Deus me
mos trou Hirão, rei da poderos a Tiro, que ganhou tantas riquezas pela s ua aliança com
os Tartés s ios ".

a lira do rei David

(vii) A o mes mo tempo Sc hwennhagen c oloc a ainda viagens atlântic as de


E trus c os /T irrenos para a ilha de M arajó, as s oc iando a c erâmic a e as muros de
pedra.

ruínas e cerâmica na ilha do Marajó, Brasil.

(viii) C itando D iodoro de Sic ília, relata que após a G uerra de T róia, várias novas
c idades foram denominadas T róia, tendo s ido os feníc ios que trans portaram es s as
populaç ões derrotadas para novas T róias , nomeando uma perto de
V eneza/E trúria, uma na c os ta de M arroc os e outra perto de V igo (mas não s e
refere à de Setúbal). A s s oc ia ainda T utóia, no Rio G rande do N orte, a uma outra
fundaç ão, pela c ontrac ç ão dos nomes T ur (T iro) e T róia.

(ix) O nfroy de T horon (nome de c ruzado do s éc . XI I ...) public a em 1 8 7 6 um texto,


que é c itado c omo prova de que o relato da frota de Salomão s ó poderia referir- s e
ao A mazonas . Sc hwennhagen ac res c enta que haveria mes mo um triplíc e alianç a,
juntando o E gipto a judeus e feníc ios , mas que depois s eria quebrada pelo faraó
C hec honk, que pros s eguiu s ózinho a exploraç ão de ouro na A mazónia.

(x) É rec onhec ido que C artago não proc urou s oc orrer T iro, quando A lexandre
M agno c onquis tou e c hac inou os s eus habitantes em 3 3 2 a.C , vendendo 3 0 mil
mulheres e c rianç as c omo es c ravos . O s c artagines es c ontinuavam as relaç ões
c omerc iais c om o Bras il, s em os feníc ios , até que ac abaram por s uc umbir às mãos
romanas nas guerras púnic as .

(xi) N o entanto, A lexandre proc urou que a nova A lexandria s ubs tituís s e T iro
nes s e grande papel marítimo dominante. É então invoc ado o relato de C ândido
C os ta s obre a pres enç a de uma tumba ptolomaic a perto de M ontevideu (em
D ores ).

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(xii) Sc hwennhagen c ons idera a exis tênc ia de uma grande batalha entre gregos e
c artagines es s obre o c ontrolo bras ileiro, e es s a pres enç a de um s epulc ro c om um
grande número de armas s eria o último regis to dos s obreviventes gregos a es s a
grande batalha. A c res c e a is s o as ins c riç ões na s erra de A nas tabia que s eriam
talvez um regis to indígena des s a batalha.

Em 1928 Schwennhagen não pressupõe que estes factos estão a ser deliberadamente ocultados. Não deixa de se
insurgir contra a não aceitação na História dos relatos de viagens fenícias e cartaginesas explícitas na História
Universal de Diodoro Sículo, salientando que sendo ele de origem grega não teria nenhum interesse em favorecer
um relato fantasioso de uma cultura rival.
A obra que lemos é uma reedição de Moacir Lopes em 1970, passados 42 anos, com uma esperança clara de que
o texto de Schwennhagen não voltasse a cair no esquecimento. E no entanto, passados novos 40 anos, volta a
constatar-se que o texto é raríssimo, pouco publicitado, e mesmo com o potencial de divulgação da internet,
tudo continua praticamente na mesma! As coincidências repetem-se demasiadas vezes, porque não são
coincidências...

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Sexta- feira, 2 6 de N ovembro de 2 0 1 0


Cândido Costa (1)
J á referimos o livro "O D es c obrimento da A méric a e do Bras il" , public ado há mais
de 1 0 0 anos , em 1 8 9 6 , por C ândido C os ta. C omeç amos a enumerar os divers os
regis tos antigos de que ele dá c onta no s eu livro, e us aremos a s eguinte
es trutura:
L oc al (autor do relato): des crição.

C entro de P ernambuc o (por C onde de N as s au, via F erdinand D enis ): pedras


redondas e s obrepos tas , e outras s obrepos tas , pela mão do homem.
P araíba (por Kos ter): figuras des conhecidas numa pedra.
P iauí : nas abas de divers os rochedos têm s ido encontrados hieróglifos , em
língua des conhecida, atribuídas aos índios Guegues .

provavelmente Costa referia-se à Serra da Capivara

Serra da Ribeira do C urumatá: (idem)


M argens do I apurá: (idem)
E s pírito Santo (por P rinc e M aximiliano de Wied- N euwied): encontrou nas
ruínas de uma cidade do Es tado do Es pírito Santo ins crições s emelhantes .
Serra de A nas tabia: ins crições que des crevem uma batalha (ver f ig. pag. 280 do
livro de F. Denis )
M inas G erais - Serra de I taquatiara (D r. M atheus ): no alto da s erra encontram-
s e três cruzes s imbólicas e hieroglif icas . Cândido Cos ta acres centa que
"I taquatiara" s ignifica na língua indigena, pedra ris cada.

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31-12-2010 alvor-silves
... apesar de haver muitas itacoatiaras, como a Pedra do Ingá, não encontrei nenhum registo para Minas Gerais.

Baía - margens do Rio de C ontas (J os é A c c ioli): ao f azer as f undações da cas a


encontrou uma es pada com copos de prata, bem como pedaços de louça purís s ima
da Ás ia, e outros artefactos de vidro, bordados com douradura. Acres centa Cos ta
que nes s e lugar, à profundidade encontrada, s ó poderiam ter-s e pas s ados muitos
s éculos .

... o espectacular Rio de Contas e a denominada região da Chapada Diamantina, na Baía.

Destes vários registos assinalados por Cândido Costa seria de esperar numerosas referências na internet... no entanto,
para além dos sítios conhecidos, próximos da Pedra do Ingá e da Serra da Capivara, as outras referências são apenas
vistas em textos antigos.

(c ontinua)

E entretanto, enquanto preparávamos este texto, encontramos um texto surpreendente de Ludwig Schwennhagen:
http://www.scribd.com/doc/7389093/Fenicios-No-Brasil-Ludwig-Schwennhagen-PDF

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Q uarta- feira, 2 4 de N ovembro de 2 0 1 0


António Galvão (1)
T he mos t as tonis hing ac c ount of the world dis coveries that s urvived to our eyes , is
probably the one by G alvão (A ntonie G alvano). We c ite the 1 6 0 1 prefac e to the
trans lation of D is c overy of the World, made by Ric hard H akluyt, addres s ed to
Robert C ec il, E arl of Sals bury, s pymas ter at the s ervic e of Q ueen E lizabeth I :

"The work though s mall in bulk contained s o much rare and profitable matter, as I
know not where to s eek the like, within s o narrow and s traight a compas s e".

H akluyt s eemed truly s urpris ed and marvelled with Galvano's ac c ount... in


partic ular he emphas izes the c aus es of the alterations of c ours es from E as t to
Wes t, and the c eas ing of all traffic by the G oths invas ion. T his means that this
information was kept s ec ret in E ngland, even to Robert C ec il, a s pymas ter... high
rank E nglis h offic ials were s tarting to dis c over a c ompletely different s tory. Some
years after this public ation, a c ivil war would be lead agains t the monarc hy, by
C romwell.

I n G alvão you may found a c ons is tent theory with s tatements of previous c ontac ts
between C hina, E urope and A meric a. Some of thes e relations are now ac c epted,
but mos t of them were los t in H is tory books , s ome are made myths , or s imply
foolis h theories - you pic k!

King Tubal. G alvão s tarts to rec all the H is panic myth of King T ubal that in the year
1 4 3 after the Biblic al D eluge travelled from the C auc as us to the I berian
P enins ula. T his is quite interes ting as the C auc as us may be divided in three
regions , C olc his , I beria and A lbania. C olc his links to the eas t part of the Blac k
Sea, A lbania to wes t part of the C as pian Sea, and I beria was in the middle… M ount
A rarat is nearby, in A rmenia.

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Caucasus Kingdoms: a sketch in the “Atlas of Ancient and Classical Geography” by Samuel Butler

C olc his is as s oc iated to the trip of J as on and the A rgonauts , s earc hing the G olden
F leec e of its King A eetes (s on of the s un- god H elios and of the oc eanid P ers eis ).
T he as s oc iation of the C auc as ian I beria and the I berian P enins ula is only kept
through this legend?
I t is worth noting als o that A lbania bec ame a c ountry loc ated wes t, above G reec e.
T hes e c auc as ian lands were later c onnec ted to the A lans that invaded the I berian
P enins ula in the 5 th c entury A D . T he name L anc as ter was written in P ortugues e
as A lanc as tro, meaning “C as tle of the A lans ”… but this is a later s tory.
G alvão s tates that navigations already took plac e by the time of King T ubal.
T he name T ubal was as s oc iated to the portugues e c ity Setubal and nearby T roia
(T roy, in portugues e)... until the XI X c entury. Y ou may think that after the Spanis h
I nquis ition, no s uc h thing exis ts anymore, or you may wonder if a s of t inquis ition
takes plac e - s ec rets are kept with intelligenc e... and agenc ies !

A work that is not known is not a menace, you just have to control the damage... if it happens to be known to a larger
audience, you descredit them with a respectable academic lobby. You just have to wait, and people will forget about it.

G alvão als o talks about the mythic al voyage of the amazon queen Semiramis to
E thiopia and the defeat of an I ndian King E s c orobatis , with a fleet of one thous and
s hips , near the H indu river.

King Hispalo. G alvano c ontinues , s tating that by the year 6 5 0 after the D eluge,
King H is palo of the I berian P enins ula s ailed up to C ape V erde. H e goes even
further, s aying that G onzalo de O viedo (in “C hronic as das A ntilhas ”) c onjec tured
that H is palo even went to the A ntilles , and this was the reas on why A ntilles were
c alled H es perides in anc ient times . H e then relates in a s ubtle way the A tlantis
ac c ount of P lato to the whole A meric a, and goes even further s aying that their
Kings were at s ome time the L ords of “our lands ”. H e goes even further, and the
text is worth reading… (for instance, he mentions lost islands of Calex and Frodisias, and that Azores and
Madeira Islands were just a part of a whole land. Gibraltar Strait was closed, Sardinia and Corsica were gathered, Sicily
and Italy too… )

C onnec ting is lands to main lands in anc ient times , he als o s tates that C eylon
might have been c onnec ted to I ndia, and Sumatra to the M alayan P enins ula,
profiting to dec lare als o a c onnec tion to a nea rby f i rm la nd, that he does not
name... but it c ould be s een as a report of A us tralia (only offic ially dis c overed
c enturies after G alvano’s text).

G oing further on, he reports als o a probable c onnec tion between Sumatra and J ava
(named Samatra and J aoa in the text) and other is lands until Borneo. H e als o
mentions a probable anc ient c onnec tion between C hina and H ainan (A ynao)
is land. T hes e explanations were given to jus tify s ome differenc e to P tolemy maps
that he believed that s hould des erve more c redit.

Pharaoh Senusret . G alvão als o reports s ailings in P haraoh Senus ret (Ses os tres )
time, around 9 0 0 years after the D eluge, before the War of T roy. H e als o mentions
that Senus ret made a c hannel between the Red Sea and the N ile at the c ity of
Seroum (probably Sharuna). T his was made to eas e the trade between I ndia with
E urope. H owever he then s tates that this took no effec t “otherwis e A fric a would be
an is land”! ! A nyhow, from this information, us ing Google M aps , we notic ed a huge
valley going from the N ile into the Red Sea.

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31-12-2010 alvor-silves

(to be c ontinued)

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D omingo, 2 1 de N ovembro de 2 0 1 0
Minas de OZ
N uma reproduç ão fac - s imile do mapa de 1 5 0 0 de J uan de L a C os a, c oloc ada no
A tlas do V is c onde de Santarém, enc ontramos uma referênc ia s ingular às Minas de
Oz.

As minas de Oz no mapa de Juan de la Cosa (1500)

[fac-simile no Atlas do Visconde de Santarém, 1841]

J á todos ouvimos falar no F eitic eiro de O z, ainda que não tenhamos vis to o filme
technicolor de 1 9 3 9 ... (irá aparec er em 2 0 1 1 uma nova s érie Witches of Oz, filmada
no iníc io des te ano).
O filme original é ins pirado em toda um s érie de es tórias de L . F rank Baum s obre
uma T erra de O z, devidamente c artografada:

Frank Baum e o seu mapa e bandeira da Terra de Oz e vizinhanças...

M as c omo é óbvio, es te texto não diz s ó res peito ao as pec to fic c ional de L yman
F rank Baum, nem da s ua revolta perante o mas s ac re americ ano dos índios L akota
no Wounded Knee M as s ac re.
O texto é s obre a influênc ia s ubmers a que es tes eventos foram tendo, e a forma
c omo os nomes s ingulares ac abaram por nos s er trans mitidos de forma implíc ita!

O "non-estic ocean" de Baum aparece localizado em posição semelhante ao Índico no mapa de Cosa... mas é claro que o
OZ de Baum sendo abreviatura de Oscar Zoroaster, tem um contraponto na abreviatura OZ para a unidade de massa
que é a Onça (aprox. 28 gramas), usada na ourivesaria. Essa unidade de um sistema duodecimal, tinha já aparente
expressão na cultura greco-romana antiga, e dela nos restam ainda os múltiplos (arroba=512=29 onças,

quintal=2048=211 onças)

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31-12-2010 alvor-silves
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Sexta- feira, 1 9 de N ovembro de 2 0 1 0


Carta do Atlântico Norte
P edro Reinel as s inou uma c arta denominada " C arta do A tlântic o N orte", que s e
enc ontra na Bayeris c he Staats bibliothek (M unique), e que foi datada de 1 5 0 4 . A
identific aç ão do autor é feita us ando a expres s ão
" Pedro Reinel a f ez" ,
mas não enc ontramos nenhuma data. T raduz as s im uma mens agem que poderá
s er entendida c omo uma reproduç ão de uma c arta já feita anteriormente. É nos s a
c onvic ç ão que poderia s er uma reproduç ão da C arta pres ente na negoc iaç ão do
T ratado de T ordes ilhas (1 4 9 4 ) - todo o enfoque é dado ao M eridiano de
T ordes ilhas , que aparec e repres entado duas vezes (a s egunda repres entaç ão é
mais pequena e es tá inc linada). J á abordámos a repres entaç ão do Bras il, rodando
o mapa 1 8 0 º, entendido na parte de território verde... c omparado c om o mapa de
C antino de 1 5 0 2 , s eria inc ompreens ível a não repres entaç ão em 1 5 0 4 .

Carta do Atlântico Norte, Pedro Reinel (1494-1504?).

O fac to mais s urpreendente des ta C arta não é tanto a pres enç a de terras
americ anas a oes te, marc adas a verde (à es querda). O mais s urpreendente é a
identific aç ão de uma ilha na pos iç ão da D inamarc a.
P edro Reinel, c ons iderado o maior c artógrafo do s eu tempo, nunc a des enharia a
peníns ula dinamarques a c omo ilha, a menos que houves s e um propós ito diferente.
É es s e propós ito diferente que aqui é debatido... c omeç ando por c omparar c om a
c arta feita pelo mes mo autor, em 1 4 8 5 , que as s inou de forma diferente: "Pedro
Reinel me fez", não invoc ando um tempo pas s ado. E s s a c arta de 1 4 8 5 parec e s er
qualitativamente s uperior a es ta (de 1 5 0 4 ? ), não havendo aparente razão para a
perda de qualidade... nem razão para s er apenas uma c arta res trita ao A tlântic o
N orte, a menos que tal c omo no outro mapa, uma rotaç ão des te mapa revele algo
diferente.

C om efeito, s e rodarmos es te mapa, e olhando c om c uidado, podemos rever os


c ontornos es c ondidos que es tavam no mapa de 1 4 8 5 ... embutidos no próprio
des enho da E uropa, levando a dis torç ões artific iais que c oloc avam a D inamarc a
c omo ilha. I s s o s eria jus tific ado num intuito de es c onder um mapa da A méric a
C entral no próprio des enho da E uropa, ou c omo diria C amões nos L us íadas : "Pado
o s abe, Lampetus a o s ente". M os tramos uma interpretaç ão alternativa do mapa,
projec tando a c omparaç ão americ ana, após a rotaç ão. A c os ta mexic ana é
c omparada c om os pontos as s inalados a azul c laro:

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ANÁLISE ESQUEMÁTICA COMPARATIVA:

Costa Mediterrânica de Espanha/França/Itália/Sicília >> Costa do México/Texas/Florida

Costa Atlântica de Espanha/França/Holanda/Dinamarca >> Costa oeste do México e península da Califórnia

Córsega/Sardenha/Baleares <|reflexão|simetria|> Cuba/H ispaniola/Antilhas(Jamaica)

E s ta é apenas uma hipótes e interpretativa (dis c utida há 6 mes es c om KT - ver


aqui), c om o devido grau es pec ulativo próprio de qualquer leitura não literal. A liás
de forma s urpreendente, podemos mes mo ver s emelhanç as mais latas ,
enquadrando o mapa numa dimens ão maior, que inc luiria por reflexão ainda uma
parte oc idental da A méric a do Sul:

ANÁLISE ESQUEMÁTICA COMPARATIVA - extensão por reflexão

- a parte africana é reflectida como uma parte ocidental da América do Sul - zona do Perú.

E s ta não s e pode c ons iderar uma prova objec tiva literal, pois es tá s ujeita a
interpretaç ão. N o entanto, é c laro que s e no mapa de 1 4 8 5 es tava implíc ita
informaç ão, fic aria a pergunta s e haveria também informaç ão es c ondida nes te
mapa pos terior. P ara além da evidente informaç ão s obre os novos territórios
apres entados - normalmente ligados à zona do C anadá/L abrador, es ta
interpretaç ão permite jus tific ar onde pode es tar es s a informaç ão nes te novo
mapa. A dic iona- s e a es ta obs ervaç ão, a pers is tênc ia des ta repres entaç ão num
mapa pos terior de L opo H omem, de 1 5 5 0 .

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Q uinta- feira, 1 1 de N ovembro de 2 0 1 0


Main Facts (2)
Continuation f rom Main Facts (1)

While fac ing a vers ion of C olumbus offic ial H is tory, we may c hoos e to believe in
different s tories and films . I t is well known that, before C olumbus , regular voyages
to the Wes t were taking plac e, and the P ortugues e knew exac tly were C olumbus

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31-12-2010 alvor-silves
had landed. I n fac t, King J ohn I I s et immediately a fleet to the A ntilles to prevent
a s ec ond expedition. T he offic ial vers ion has been ridic ularized ever s inc e, us ing
an underground s tyle in A rt. F or ins tanc e, the H arlequin, or P ulc inella, and his
mis tres s C olumbine (P ierrot's wife) try to tell part of the s tory, in a 1 6 - 1 7 th
c entury C omedy s tyle.

A " P ulc inella s ec ret" is unders tood to be a s ec ret that almos t everyone knows ,
but nobody ac knowledges it... I n this Columbine ball, the E uropean c ourts found an
amus ing way to exc lude the people from the truth. M oreover, in Spain, P ulc inella
was als o c alled D on C ris tobal P olic hinelo. T hus , you have the pair Don Cris tobal
and Columbine, it is not exac tly D on C ris tobal C olumbus , but it would be diffic ult to
be more explic it.

The Columbine ball.

(Disclaimer: no connection is intended with "Bowling for Columbine")

4. Pizzigano map
T he oldes t P ortugues e c hart held by P rinc e H enry in 1 4 2 4 reports not only
M adeira and C anary is lands , but als o A zores (only offic ially dis c overed in 1 4 3 2 ).
M oreover it s ignals as A rc hipelagos the A ntilles in a red rec tangle,
and Satanazes in a blue one... almos t 7 0 years before C olumbus voyage.
I n the map below we drew blue lines departing from a c enter marked in Spain (near
M adrid, whic h was a s mall village at the time), c ros s ing this blue "Satanazes "
rec tangle. T his opens all direc tions to N ew Sc otia and N ewfoundland arc hipelagos .
L ikewis e, from the s ame c enter, c ros s ing the red " A ntilles " rec tangle, this leads
direc tions to the s ame A ntilles ... that were unc overed (s ay dis c overed) by
C olumbus many dec ades later.
F or s ailor, direc tions were muc h more important than dis tanc es .

Pizzigano map 1424 - West lands: Antilles (red) and Satanazes (blue):

- (our) blue lines - directions to Newfoundland from a marked center in the map.

- (our) orange lines - directions to the Antilles from a marked center in the map

- (our) blue line - from the "Island Maydas"; (our) pink line - from the "Island Brazil".

The same lines in Google Maps, showing the directions to Newfoundland and Antilles.

A gain, it is jus t a matter of c ommon s ens e:

- O ffic ially, s inc e 1 4 3 2 the P ortugues e were s ailing to A zores in a regular bas is .

- A zores arc hipelago is almos t in the middle of the A tlantic .

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- Y ou need muc h more navigation s kills to find A zores in the middle A tlantic than
to find A meric a.

- A voyage from L is bon to A zores would take approximately the s ame time as a
voyage from A zores to N ewfoundland.

- I t is muc h more diffic ult to find s mall is lands in the middle of the A tlantic than to
find a huge c ontinent like A meric a, unles s we admit a pers is tent navigation to the
Wes t.

Why is this is not being told?


... Well, it may be a ball, but we were not invited to dance, we are here to s erve.

5. A nian St rait or Bering St rait


I n the late 1 5 9 7 the P ortugues e c artographer L avanha s tarted a map that he
c alled "T heatrum M undi"... this is a good title, as Shakes peare plays were s tarting
at the time.

Lavanha's map c. 1597-1612 (see full map in Theatrum Mundi)

T his map is quite prec is e, exc ept if you look at the bottom part, whic h may
repres ent the A ntartic a c ontinent (however, A us tralia s eems to be always
mis s ing).

T he mos t as tonis hing thing in this map is the prec is ion with whic h the northern
part of A meric a is repres ented, s ugges ting that the N orthwes tern P as s age,
offic ially only dis c overed by A munds en in the 2 0 th c entury, was already known (at
leas t 3 0 0 years before).

T he Bering Strait is repres ented exac tly, but s inc e V itus Bering would only be born
almos t 1 0 0 years later, it was then c alled A nian Strait. T he map is muc h more
prec is e than a 1 5 7 0 O rtelius map, that als o pres ents an A nian Regnum at the
Strait loc ation.

- What do people s ay about this ?


N owadays - nothing! I n fac t P ortugues e navigations are kept hidden from almos t
every foreign c ours e on H is tory... s ometimes people mention P rinc e H enry or that
C olumbus lived in P ortugal.

T his map is found in a huge c ollec tion c alled Portugaliae Monumenta Cartographica
(1 9 6 0 ), and you would expec t to s ee s ome words about this there... well, you do
not s ee anything, exc ept s ome words c onc erning the his tory of the map its elf, and
its date.

I t was dated between 1 5 9 7 - 1 6 1 2 , and this would jus tify the pres enc e of the D avis
Strait (1 5 8 7 , however the handwriting is different), N ova Zemla unc overed in
1 5 9 7 , H uds on Bay (1 6 1 1 ), but not the Baffin Bay (1 6 1 6 ), not to mention the
whole northwes tern and northeas tern pas s ages .

- What did people s ay about this ... in the pas t?


We c ite the P ortugues e mathematic ian P edro N unes in 1 5 3 7 :
" There is no doubt that the navigations of this kingdom, in the las t 100 years , are the
greates t, the mos t wonderf ul, mos t higher and dis crete than any other people in the
world (... The Portugues e) los t their f ear s o much that they went to the hottes t places
in the torrid zone and to the coldes t places in the extreme s outh (...) And they made the
s ea s o flat that today nobody dares to s ay that he dis covered again s ome s mall is land,
s ome banks , or even clif fs , that were not previous ly dis covered by our navigations " .

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P edro N unes died in 1 5 7 8 , the s ame year King Sebas tian died in the Battle of
A lc azar (this fac t lead P ortugal to be a part of the Spanis h empire during 8 0
years ). T his foreign tragic event lead to one of the firs t E nglis h plays , by G eorge
P eele c alled T he Battle of A lc azar (before Shakes peare's plays ).

We are led to think that it would be quite diffic ult to produc e an ac c urate map in
frozen s eas in the 1 6 th c entury. T hus , we als o pres ent a detail of the s o- c alled
C antino M ap (C antino was an italian s py, that s ent a map to the D uke of F errara in
1 5 0 2 ). T his map pres ents G reenland with the mos t as tonis hing prec is ion in 1 5 0 2
(C orte- Real went there in 1 5 0 0 ):

Greenland: in Cantino's map (1502); on the right: in Google Maps.

6. Hierusalem wit h a port uguese f lag


We find in a map by J oão de L is boa, a s trange detail - a P ortugues e blue flag in
J erus alem.

Detail in a map by João de Lisboa (c. 1514, Livro de Marinharia)

I n the 1 2 th c entury C rus ades , the Kingdom of J erus alem was c onquered by King
Baldwin, but it was then s oon los t to Saladin (1 1 8 7 ). F rom that date until
N apoleon's s hort inc urs ion into P ales tine, and before the Balfour dec laration
(1 9 1 7 ), it was never reported any other c onques t.

H owever it is c lear that this flag is not a c oinc idenc e.


I t is known that A fons o de A lbuquerque lead a huge war effort in the Red Sea,
c onquering even Suez (near the c hannel). When he was depos ed by King M anuel,
s ending a new V ic e- Roy to I ndia in 1 5 1 5 , it is reported that he was intending to
c onquer M ec c a from the M amluks , and as k in exc hange the H oly L and -
H ierus alem.
A lbuquerque is reported dead in 1 5 1 5 , in “grief with the replacement”... Soon
afterwards , in 1 5 1 7 , the O ttomans defeat the M amluks and as s ume the c ontrol of
J erus alem.

- What did happen? Are we allowed to gues s ?


We c ite part of a mes s age s ent by the Shah of P ers ia, I s mail I (jus t before the
battle of C haldiran), to the O ttoman Sultan Selim I , in 1 5 1 4 :
I know the Truth as my s upreme guide,
I would s acrif ice mys elf in his way,
I was born yes terday, I will die today,
Come, whoever would die, here is the arena

A s we know, I s mail was not the only one defeated in a battle in the name of
T ruth…

(to be continued)

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Sexta- feira, 5 de N ovembro de 2 0 1 0


Dra-co-la (cola del dragon)
Retomo o tema da Cola do Dragão, a que os es panhóis c hamam La Cola del Drágon, o
que s ignific a " C auda do D ragão". N a vers ão ingles a anterior c oloquei o termo
" Dragon Cola", por não me parec er c lara qual a melhor traduç ão... s ó o s ignific ado
es panhol de " C auda" para "C ola" parec e apropriado (na idade moderna, no
português , es s e s ignific ado deve ter- s e perdido).
N o entanto, nem é c laro que es s a D rac o- C ola (us ando uma vers ão latinizada)
fos s e exac tamente o E s treito de M agalhães ... c onforme podemos ver no mapa
s eguinte, quer a parte s ul da A méric a, quer a peníns ula que emerge da A ntártida
têm um as pec to que jus tific aria o nome "C auda de D ragão".

É c laro que a c ontrac ç ão do termo D rac o- C ola leva a Dracola...


O c élebre pers onagem de Bram- Stoker era ins pirado em V lad I I I D rac ula, c ujo pai
em 1 4 3 1 teria aderido à O rdem do D ragão (c riada pelo I mperador Sigis mundo em
1 4 0 8 ). A pres enç a do mapa antigo, do I nfante D . P edro, que teria a referênc ia à
C ola do D ragão, é de 1 4 2 8 , de ac ordo c om o relato do s éc . XV I de A ntónio
G alvão. Reparemos num dos s ímbolos da O rdem do D ragão:

Insignia da Ordem do Dragão

P odemos c omentar o pormenor c urios o de na I ns ígnia da O rdem do D ragão, a


C auda fec har, amarrando o pes c oç o. H á muitas maneiras de repres entar dragões ,
mas não c om es ta utilizaç ão da C auda... is to dá um s entido s eguro na des ignaç ão
D rac o C ola s e referir à c auda. N otamos ainda que há uma folha nas c os tas do
dragão que poderia pas s ar por um mapa da A méric a do Sul, c om uma c ruz. O
c ombate da O rdem do D ragão s eria para manter es s e c írc ulo fec hado, amarrando
o dragão americ ano... talvez o medo de que o s onho americ ano s e tornas s e num
pes adelo de polític as drac onianas .

A s c urios idades não fic am por aqui... para além de L uís de C amões e A na
M endonza de L a C erda, também O s wald von Wolkens tein, um poeta viajante que
partic ipou na tomada de C euta, teve es s a partic ularidade de s er zarolho
direito. F oi nomeado ao mes mo tempo que V lad I I D rac ula, em 1 4 3 1 , para a
O rdem do D ragão.

.. ..

Caolhos direitos: Camões, Ana de La Cerda, Wolkenstein

file:///G:/a-s/alvor-silves4.htm 18/19
31-12-2010 alvor-silves

A c res c enta- s e a is s o o fac to do I nfante D om P edro, pelos s eus s erviç os ao


I mperador Segis mundo, ter s ido nomeado membro da O rdem do D ragão, tendo
us ado a s igla D E SI R que s ignific aria (s uges tão na wikipedia)
D.E.S.I.R.: Draconis Equitas Societas Imperatur et Regis

Sociedade Imperial e Régia dos Cavaleiros do Dragão

Sobre a his tória malfadada de Bram Stoker, s obre o mais famos o membro da
O rdem do D ragão, o C onde D rác ula... a s ua ligaç ão a vampiros , enquanto elite
s upra- humana que s e alimentaria do s angue humano para manter a s ua
imortalidade, tem as s im um s ignific ado próprio! É difíc il perc eber s e haverá um
lado mau ou bom, no meio de toda es ta his tória vampires c a... A c auda do dragão
foi s olta, e o s onho americ ano libertou- s e para a des c oberta europeia. P or outro
lado, de ac ordo c om a fábula de Stoker, muito popularizada na I nglaterra imperial,
es s es vampiros da ordem drac oniana, apes ar de mortos ainda exis tiriam nas
remotas pais agens da T rans ilvânia. Res tou- nos uma efabulaç ão permanente e as
polític as drac onianas .

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D omingo, 3 1 de O utubro de 2 0 1 0 Pesquisar nest e blogue


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... to believe or not the Of f icial "Columbus " Vers ion?

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odemaia
his tory of the americ as
portugalliae

Inf ormações
ALVORSILVES

E xis timos enquanto


pens armos .

Official dates for the discoveries (1434-1500)

Of f icial f act s:
1 4 3 4 - 1 4 8 8 : H undreds of navigations , firs t lead by P rinc e H enry "the N avigator" email: alvors ilves @gmail.com
arrive to Sierra L eone, then lead by King J ohn I I , arrive at C ongo, and at mos t at scribd: alvors ilves 3 8 9 6
C ape of G ood H ope (South A fric a). N ot a s ingle voyage to the wes t... excluding the knol: T es e A lvor- Silves
regular voyages to Azores (<1432), in the middle Atlantic.
1 4 9 2 - A s ingle voyage lead by C olumbus , from C adis arrives at the A ntilles .
1 4 9 8 - A s ingle voyage lead by G ama, from L is bon arrives at I ndia. V er o meu perfil c ompleto
1 5 0 0 - A s ingle voyage lead by C abral, from L is bon arrives at Brazil.
1 5 0 0 - A s ingle voyage lead by C orte- Real arrives at G reenland and
N ewfoundland/L abrador. A rquivo do blogue
▼ 2 0 1 0 (5 0 )
A fter the T ordes illas T reaty (1 4 9 4 ), when the P ope divided the world between
P ortugal and Spain, King M anuel s et the limits of his H emis phere - on the north: ► D ezembro (3 )
G reenland/L abrador, on the s outh: Brazil, on the eas t: I ndia. When he took power
► N ovembro (8 )
within 3 years (1 4 9 8 - 1 5 0 0 ) he unc overed... s ay " dis c overed", his part of the deal.
▼ O utubro (6 )
Why? - well, of c ours e... the main s tream vers ion:
- People believed that the Earth was flat... of cours e, and s urely they were f alling while M ain F ac ts (1 )
cros s ing the Equator, while Columbus was s till a child. They were then enlightened by
M atus além e Santarém
Columbus ... L O L !
- T he main s tream vers ion is quite nic e as a joke like " C olumbus egg" - it is s o C entum C ellas (por C alis to)
obvious ly fals e, but people are lead to believe in what they are told.
E gitânia
Why are we led to a wrong vers ion? - don't as k me, although I have my ans wers
(whic h are not nic e)! G lobo de J oão de L is boa

M agos (2 )
Map of t he discoveries/possessions in 1515
King M anuel with A lmeida and A lbuquerque s et the I ndian O c ean as a P ortugues e
oc ean, expelling the turkis h domination and arrived to C hina (1 5 1 5 ). A t the s ame ► Setembro (5 )
time the turks were invading eas tern E urope, as s aulting the fleets in the
► A gos to (1 )
M editerranean s ea, the P ortugues e were menac ing M ec c a, and c onquered Suez.
T he s panis h E mperor C harles V was c ons olidating a c ons iderable s mall ► J ulho (1 )
domination in the M exic an G ulf, while the portugues e were es tablis hing the bigges t
naval domination in H is tory, as we may s ee in this map: ► J unho (7 )

► M aio (5 )

► A bril (4 )

► M arç o (1 )

► F evereiro (1 )

► J aneiro (8 )

Et iquet as
de C alis to (1 )

Discoveries until 1515. Portuguese (blue dots), Spanish (yellow dots). E nglis h (3 )

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 1/19
31-12-2010 alvor-silves
E s torias (1 1 )
D es pite the portugues e arrival at T imor in 1 5 1 4 , A us tralia was only dis c overed by
H is toriadores (1 1 )
C ook in 1 7 7 0 ... of cours e! - I t makes a lot of s ens e, and all thos e that tried to
prove otherwis e had s ome trouble in publis hing the proofs . Q ues tão G aia (2 )
T es e- A lvor- Silves (2 6 )
Well, s inc e (almos t) all maps before 1 5 0 0 dis apeared, it is time to pres ent s ome
main c ontradic tions that have been left behind.
Cont as
1. Turning a Reinel Map (1485)
Reinel's map of 1 4 8 5 was found in a library in F ranc e, only in 1 9 6 0 . Some people 7405
tried to date it after 1 5 0 0 , however there is M ooris h flag in G ranada, that only fell
in Spanis h hands in 1 4 9 2 , the year C olumbus departed... T his is only inc onvenient Últ imos coment ários
if you turn the map around, s inc e you might s ee a nic e C entral A meric a c ontour,
s ome years before C olumbus voyage...

Surely this is jus t a remarkable c oinc idenc e... as this knowledge would only be
pos s ible ac c ording to the offic ial vers ion, until at leas t 5 0 years after. I s it s o?

2. Map of part of A merica - João de Lisboa (died 1525)


I n a partial map of c entral/s outh A meric a, J oão de L is boa dec ided to put s ome
P ortugues e (and mooris h) flags in P eru/C olombia... however s inc e the s panis h
P izarro expedition to the I nc as oc c urred in 1 5 2 9 - 3 2 , this is als o an inc onvenient
map. D es pite the book where thes e maps are, c alled "L ivro de M arinharia", was
s igned by J oão de L is boa s aying "made in 1 5 1 4 ", the offic ial c artography dates
this as 1 5 6 0 ... after the author was dead! E ven s o, this does not jus tify
P ortugues e or M oor c as tle in the I nc as territory.

A map by João de Lisboa, in a book signed 1514.


(magenta squares show the portuguese/moor flag castles)

T his is als o a c omplementary proof to the D uc hes s M edina- Sidonia theory that the
M oors were s ailing to A meric a before the Spanis h... T his was pres ented in the 5 0 0
annivers ary of C olumbus arrival, but kept as ide from the general public ! We
believe that a P ortugues e c as tle was the C as tle of Saint G eorge of the M ine -
c onfus ing its elf with a s imilar name of a fortres s in A fric a. T his was a general
s trategy - mixing afric an and americ an names .

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 2/19
31-12-2010 alvor-silves

3. Map of t he World - João de Lisboa (died 1525)


I n the s ame book by J oão de L is boa, we find a remarkable world map:

World map by João de Lisboa, in a book signed 1514.


(yellow triangle is to be skipped and glued by the blue line spots)

E ven if we ac c ept the 1 5 6 0 offic ial date, this maps s hows a very good world map,
s uperior to mos t maps until C ook (1 7 7 0 ). I t has a c ontour of the wes tern part of
N orth A meric a, that was "not allowed" after 1 6 0 0 ... the c ontour does not c los e
A meric a to A s ia, as s uming an opening at the Bering Strait (Bering was born in
1 6 8 0 ).
T his map c ould never been dated to 1 5 1 4 , bec aus e it als o s hows the M agellan
Strait, only c ros s ed in 1 5 2 1 , and J apan, only unc overed in 1 5 4 3 . U nlike any other
map around 1 5 6 0 it does not mention the M agellan Strait, only the C ape of G ood
H ope... this is now jus tified, als o G alvão (a portugues e hero of the XV I c entury)
reports there were maps s ignaling M agellan Strait around 1 4 2 8 - at that time it
was c alled Dragon Cola (D ragon's T ail).
F urthermore, all s mall flags in this map are perfec tly jus tified in a 1 5 1 4 map, but
not afterwards - for ins tanc e, A lbuquerque c onques ts of 1 5 1 5 , in the A rabian
penins ula, are not s ignaled.

(... t o be cont inued)


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Etiquetas: English

Sábado, 3 0 de O utubro de 2 0 1 0
Matusalém e Santarém
N o blog P ortugalliae, há mais de um ano, foi evidenc iada a c omplexidade da
c erâmic a enc ontrada na C ivilizaç ão de Santarém (no Bras il) e A lter- do- C hão
(também no Bras il...). J os é M anuel indic ou ainda um artigo do Sc ienc e D aily que
revela as s urpres as des s a Terra Preta do Í ndio.

Regres s emos a Santarém, mas em P ortugal...


E m vários blogs es c abilitanos enc ontramos a c hamada "Lenda de Abidis " (por
exemplo, aqui ou aqui), em que s e fala do Rei G orgoris (que teria o c ognome
M elíc ola, por ter rec ebido dos deus es o s egredo do mel), da s ua filha C alips o e do
filho que es ta teve c om U lis s es de Í tac a. E s s e filho era A bidis , rec olhido por uma
loba (ou c erva), num loc al onde aí fundou a c idade E s c a- A bidis (manjar de
A bidis ), de onde viria o nome romano Sc abili- c as trum (c as telo de A bidis ). A
variaç ão e c ontrac ç ão faz- s e de abidis para habilis . É ainda interes s ante a
s emelhanç a do mito de A bidis c om a his tória de Rómulo e Remo, também
alimentados por uma loba. J á aqui falámos des s a tradiç ão mític a nac ional
as s oc iada a N oé e a T ubal, que fazia parte de qualquer his tória nac ional, até ao
s éc ulo XV I I I , e depois de A lexandre H erc ulano nem tão pouc o s obreviveu c omo
mito.

N o entanto, es ta E s c a- A bidis ac abou por permanec er Santarém.


N ão longe de Santarém, há antigos regis tos romanos que s ituam M atus arum
ou Ma tusa lum.
N ão s e c hamava M atus além, mas s im M atus arum... D uarte N unes de L ião (s éc .
XV I ) na s ua O rthographia explic a es ta s ubtileza... os portugues es c ons ideravam
mais más c ulo o s om do "R" em vez do " L ", e por is s o ao c ontrário de várias
línguas , fizemos variaç ões em que des aparec eu o L : - em vez de " doblar" pas s ou
a " dobrar", "plaga" pas s ou a " praga", etc ... (pag.2 6 da O rthographia).
F ic a aqui notada es s a exis tênc ia romana de Matus arum, próximo de P onte de Sôr,
num loc al que s erá agora F oros do A rrão, perto da barragem de M ontargil.
P ros s eguindo na mes ma direc ç ão enc ontramos A lter do C hão, a portugues a... a
c hamada terra do cavalo lus itano.

M atus além s eria, de ac ordo c om o G enes is , o homem c om maior longevidade, filho


de E noque e avô de N oé, o ano da s ua morte teria c oinc idido c om o D ilúvio.

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 3/19
31-12-2010 alvor-silves

M ais uma vez vamos enc ontrar o regis to mític o bíblic o as s oc iado à H is pânia,
nes te c as o próximo de Santarém. C idade que c ontava c om uma es pec ial atenç ão
real, na époc a dos des c obrimentos , nomeadamente por D . J oão I I , e que é bem
c onhec ida pelas s uas P ortas do Sol, viradas a nas c ente.

Santarém - Portas do Sol

É c laro que as muralhas exis tentes no parque das P ortas do Sol s ão bem mais
rec entes que outras P ortas do Sol, c omo a de T iahuanac o, ou tantas outras
notáveis c ivilizaç ões americ anas pré- c olombianas ...

Tiahuanaco - Porta do Sol

N o entanto, não deixa de s er interes s ante ter- s e mantido es te c onjunto de mitos ,


e as s oc iaç ões , numa c idade s ituada numa c olina s obre um Rio T ejo navegável.

Publicada por AlvorSilves em 11:24 2 comentários Hiperligações para esta mensagem

Etiquetas: Estorias

Centum Cellas (por Calisto)


A propós ito de E gitânia, é de rec ordar o texto s obre C entum C ellas num
antigo c omentário por C alis to, que deveria ter aparec ido c omo pos t na altura,
ilus trado c om algumas figuras .

Torre de Centum Cellas

Sobre Centum Cellas vou tentar s er s ucinto. Das poucas es cavações que por lá s e
f izeram (pres umo que Aurélio Ricardo Belo), é de regis tar um pote de barro com os s os
de criança calcinados .

Sem avançar nas explicações técnicas a exis tência de ras gos para encaixe de aros nas 3
j anelas cimeiras que dizem res peito a um terceiro andar levam a colocar f ora de dúvida
a adaptação do edifício primitivo, a f unções dif erentes daquelas para que f oi cons truido.

Origem de enormes f uros que atraves s am as paredes laterais e a do f undo, que alguns
autores tomam como portas pode-s e prender com a lenda da exis tência de um boi de
ouro enterrado...logo andaram uns poucos à procura do dito boi.

As ruinas s ituam-s e a 11km em linha recta do cabeço das Fráguas .

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 4/19
31-12-2010 alvor-silves

Inscrições em Cabeço das Fráguas

A zona tem pos s antes j azigos de cas s iterite, e o Zêzere des crevia uma curva de maior
amplitude do que aquela que agora des creve "(...) recebia a ribeira da Gaia no s ítio dos
Catraios , em frente a Centum Cellas (...)"

Edif ício compos to de um nucleo com anexos ligados às paredes laterais . Núcleo tinha 2
pavimentos os anexos 1. A planta do conjunto é rectangular e es te era abs olutamente
s imétrico a 1 plano axial.
Fachada principal virada para o nas cer do s ol nos maiores dias do ano.

Nas ombreiras de todas as portas do R/ch, há ras gos horizontais , j unto das vergas ,
onde s e encaixavam os tabuões . As portas giravam s obre 2 es pigões f ixos . Ras gos
s emelhantes exis tem nas ombreiras de vão de portas de certos templos do antigo
Egipto.
I gnora-s e o s ignificado das 3 j anelas rectangulares e des iguais (vê-s e na f oto que
incluiu no artigo) que as s entam nas vergas das portas exteriores , em Efes o a pia
baptis mal tem um grupo de 3 rectângulos que dizem s er s ímbolo da trindade...

Éfeso: pia baptismal


De acordo com o autor, Vitrúvio não aplicou a s ecção dourada e não ref ere na s ua obra
Arquitectura, s e a conheceu, guardou s egredo.
Das relações geométricas , vou deixar 2 ou 3 apontamentos para não me tornar muito
extens o.

Sala do 2º pavimento (abrangia totalmente o 2º pavimento e cujs aberturas


davam para uma varanda que a contornava, provavelmente o motivo principal do
edif ício). Parede (que s e vê) que f ica à es querda na foto, compos ta de porta
pequena, janela, porta grande, j anela, porta pequena. Portas menor dimens ão: a
relação entre as 2 dimens ões (altura, largura)é a dimens ão da planta do partenon
(rectangulo do partenon), a razão entre a diagonal e o s egmento que une um dos
vértices ao ponto médio do lado maior, opos to, é igual ao número de ouro.
A parede de topo que aparece na foto de frente (1 porta de maior dimens ão ladeada
por 2 janelas que parecem quadradas ):o arquitecto procurou ins crever 2 s ecções
douradas , jus tapos tas pelos lados menores , num rectangulo de comprimento
igual à largura da s ala e altura igual à dis tancia que vai do pavimento às vergas
da j anela, a mes ma em 12 vãos da s ala. Porem para manter a medida de 2,18m e
cons ervar a razão entre as 2 dimens ões da s ecção dourada perf eita, o arquitecto
f oi obrigado a aumentar ligeiramente o lado maior des tas . As s im es te lado
ultrapas s a, de perto em 11mm , a metade da largura da s ala. Na grande piramide
de Gizé exis te um corredor com 2,18m de altura. Mero acas o?

Tudo o que es crevi (e muitas mais relações , realmente impres s ionante) encontra-s e no
livro que ref eri, o que achei notável e fas cinante f oram as relações
arquitectónicas /geométricas que o autor encontrou. Des culpe a extens ão, mas foi a
f orma que encontrei para mos trar que as relações realmente exis tem.

A ut or: C alis to (texto em comentário s obre Brito Bluteau, c om algumas ilus traç ões
inc orporadas )
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Etiquetas: de Calisto

D omingo, 2 4 de O utubro de 2 0 1 0
Egitânia

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 5/19
31-12-2010 alvor-silves
E gitânia era o nome dado pelos s uevos e vis igodos à populaç ão de I danha,
s ignific ativamente diferente do que permanec eu, e ainda do romano C ivitas
I gaeditanorum. O novo ac ordo ortográfic o tem des tas s urpres as no s entido
opos to ao objec tivo de perder ligaç ão às raízes das palavras ...
A gora devemos es c rever Egit o, e s e L us itânia deriva de L us o, pois E gitânia
parec e agora derivar de E gito...

Surge es te texto a propós ito do c omentário [de Maria da Fonte] que fala do ac hado de
um es c aravelho egípc io numa es c avaç ão arqueológic a romana em A lc ác er do Sal,
da époc a do faraó P as métic o (s ec . V I I a.C ).
P ode s empre dizer- s e que s e tratou de uma peç a trazida do E gipto, na altura
romana... s abendo- s e que enc ontrar o obelis c o na P lac e C onc orde também não
s ignific a que os egípc ios tenham es tado em P aris . A liás , pela mes ma ordem de
ideias , enc ontrar as pirâmides no E gipto, também não s ignific a que tenham s ido
feitas pelos egípic ios ... poderiam apenas ter s ido trans portadas (afinal, as pedras
nem s ão originárias das redondezas ).
Q uando falamos de regis tos his tóric os , temos que guardar a devida dis tânc ia de
c ertezas ...

V oltando a E gitânia, na I danha portugues a, enc ontramos alguns regis tos


interes s antes .
E s tão a c éu aberto algumas ins c riç ões em pedras s ignific ativas :

umas parec erão mais romanas que outras ... mas é já de alguma forma habitual o
pouc o c uidado que s e tem na pres ervaç ão des tes regis tos . É s ignific ativo o
regis to monumental, de várias origens em I danha, inc luindo uma igreja
vis igótic a que parec e ter tido várias fas es de c ons truç ão. V árias fotos
interes s antes podem s er enc ontradas , e inc luem uma es trada antiga (romana...
c ertamente, c omo é s upos to s erem todas as es tradas antigas ! ), uma denominada
" torre templária", uma c as a c om a c ruz de c ris to , etc ...
A entrada de I danha- a- V elha é uma c ons truç ão mac iç a c om notáveis enormes
pedras , que também parec em ter origem em tempos de diferente rec ons truç ão
(figura à es querda), bem c omo um típic o arc o "epis c opal" (à direita).

A pres entamos ainda uma ponte c om um arc o diferente, que proc ura s er mais
triangular, c arac terís tic a partilhada c om a porta lateral da c atedral epis c opal (de
tal forma pronunc iada, que pas s a o telhado).

I danha (que não dis ta muito de C ento C ellas ) é apenas mais um dos vários c as os
em que houve nec es s idade de haver uma N ova e uma V elha, s endo próximas
nes te c as o, às vezes c hegam a es tar s eparadas por c entenas de quilómetros ,
c omo é o c as o de M ontemor...

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Etiquetas: Tese-Alvor-Silves

Q uarta- feira, 2 0 de O utubro de 2 0 1 0


Globo de João de Lisboa

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 6/19
31-12-2010 alvor-silves
N um dos mapas do L ivro de M arinharia, de J oão L is boa (que falec eu em 1 5 2 5 ),
es tá a imagem mais pormenorizada de um globo terres tre numa projec ç ão polar
c entrada no pólo norte, e tem s ervido de logotipo a es te Blog.
E s te globo é talvez a c ompilaç ão mais c lara do s eu c onhec imento na époc a,
reunido noutros mapas .

[c lic ar para aumentar]


G lobo de J oão de L is boa (1 5 1 4 )

A atribuiç ão que c ons ta na P ortugalia M onumenta C artographic a faz datar o mapa


para 1 5 6 0 , já muito depois da morte de J oão de L is boa, s endo c laro que há de
fac to ins erç ões pos teriores , que levam a es s a dataç ão.
P orém, para inc onveniênc ia natural, o L ivro de M arinharia c omeç a dizendo
"f eito por João de Lis boa em 1514"
A s pouc as inc ongruênc ias apontadas por A rmando C ortes ão em 1 9 6 0 s ão
referentes a ins erç ões noutros mapas c ons tantes do L ivro de M arinharia, que
c oloc am por exemplo um banc o de D . J oão de C as tro (es c rito de forma diferente),
e que s ó poderiam levar a es s a dataç ão tardia de 1 5 6 0 , pela c lara c orrupç ão do
original. A inda que s e admitis s e es s a dataç ão tardia, o mapa mundo revela
pormenores notáveis , c omo um extens o c onhec imento da A méric a, s ó admitido
muito pos teriormente.

D e fac to, o mapa deve ter s ido feito logo em 1 5 1 4 . A pes ar de apres entar o
E s treito de M agalhães , não o des igna c omo tal. I s s o é natural, pois a pas s agem
de M agalhães é feita 7 anos depois ... não s eria natural es tar aus ente num mapa
de 1 5 6 0 .
O s pontos fundamentais as s inalados s ão:
- na A méric a: a T erra N ova, N uova E s panha, P eru, Bras ill,
- na E uropa/M édio O riente: a A lemanha, T urquia
- em Á fric a: o C abo da Boa E s peranç a, P res te J oão, G uiné(? )
- na Á s ia/O c eânia: a P érs ia, a C hina, o J apão, J ava, M aluc o, N ova G uiné
(es ta identific aç ão de nomes es tá s ujeita a algum erro, s endo difíc il na res oluç ão
dis ponível)

C oloc ar- s e- ia ainda a ques tão do J apão, s endo repres entado muito antes da s ua
des c oberta ofic ial. N o entanto reparamos que não exis te nenhuma bandeira
as s oc iada. H á duas bandeiras as s oc iadas a J ava e T imor, que poderiam s er
ac eites des de 1 5 1 2 , e mes mo na C hina, c om a c hegada em 1 5 1 3 .
Sendo um mapa de 1 5 1 4 é ainda natural que não c oloque bandeiras na peníns ula
arábic a, numa altura em que A fons o de A lbuquerque proc urava es tabelec er o
domínio c ompleto no Í ndic o. N um mapa pos terior, de 1 5 6 0 , es s a es c olha de
bandeiras s eria injus tific ável em vários loc ais , c omo por exemplo, em O rmuz ou
no C eilão.
N ão há quas e dúvidas que es te mapa s ó pode s er anterior à c irc um- navegaç ão de
M agalhães , revelando no entanto um profundo c onhec imento de toda a c os ta
americ ana. T em aliás o c uidado de não c olar a parte americ ana à parte as iátic a,
revelando um c onhec imento do E s treito de Bering, quas e 2 0 0 anos antes de
Bering, e que na altura s eria denominado E s treito de A nian.

O mapa us a uma repres entaç ão polar únic a, c om c entro no pólo norte, algo
partic ularmente adaptado a uma navegaç ão pela bús s ola, da qual trata o s eu
T ratado da A gulha de M arear.
É pos s ível c onverter es s e mapa num planis fério, que leva aliás a uma
repres entaç ão c ons is tente c om os outros mapas inc lus os no L ivro de M arinharia.
A pres entamos na figura s eguinte es s a c onvers ão, tendo em atenç ão a adic ional
dis torç ão que c orta um dos quadrantes (a des proporç ão de 3 /4 é c orrigida c om
expans ão de 4 /3 c entrada no meridano de T ordes ilhas ):

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 7/19
31-12-2010 alvor-silves

Planisfério obtido, a partir da representação polar no globo de João de Lisboa de 1514.

A partir des ta projec ç ão em planis fério, é pos s ível enc ontrar c laras s emelhanç as
c om a parte c orrec ta do mapa T heatrum M undi de J oão L avanha (exc luindo a parte
aparentemente fantas ios a do c ontinente antártic o aí repres entado a s ul):

C onforme já referido anteriormente, o mapa de J oão de L is boa de 1 5 1 4 não é


s ignific ativamente muito diferente de alguns mapas feitos dois s éc ulos depois . A
parte mais s ignific ativa talvez s eja a habitual omis s ão da A us trália (e também da
G ronelândia... que tem a s ua melhor repres entaç ão na c ópia de C antino, de 1 5 0 2 ),
apres entando apenas uma mal definida N ova G uiné e M aluc o.

Só depois da viagem de C ook, mais de 2 5 0 anos depois , foi pos s ível apres entar
mapas c om informaç ão global s uperior, inc luindo a A us trália c ompleta.
P or que razão s e regrediu no c onhec imento, e s e proc urou redatar ou ignorar es tes
mapas ? P or que razão s e ac eitou que M agalhães ou C olombo tives s em s ido os
protagonis tas de faç anhas bem c onhec idas , e muito mais antigas ?
P ois es s es s ão s egredos que devem alimentar outros s egredos e ins tituiç ões
s ec retas ... aqui apenas vamos apontando algumas es tórias mal c ontadas .

Ver também:

http://alvor- s ilves .blogs pot.c om/2 0 1 0 /0 7 /c ola- do- dragao.html


http://alvor- s ilves .blogs pot.c om/2 0 1 0 /0 5 /theatrum- mundi.html

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Etiquetas: Tese-Alvor-Silves

D omingo, 1 0 de O utubro de 2 0 1 0
Magos (2)
(continuação de pos t anterior)

Zaratus tra pode ter s ido c ontemporâneo de M ois és (c . 1 5 0 0 a.C ), mas é


normalmente tido c omo vivendo por volta de 1 0 0 0 a.C . D e ac ordo c om os regis tos
mític os , foi c ons iderado c omo aquele que tudo perc ebeu, ac abando por ques tionar
uma hierarquia de uma c as ta de s ac erdotes - M agos . Só s éc ulos depois , a P érs ia
A queménida, a grande rival grega, terá enveredado pela filos ofia do Zoroas tris mo
até à c hegada de A lexandre M agno.

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 8/19
31-12-2010 alvor-silves

A Batalha de Gaugamela (Mosaico de Alexandre, na Casa do Fauno em Pompeia)

Q ual a es tranha s ituaç ão por es s a altura do milénio? A s terras férteis s ituadas na


E uropa, por exemplo em E s panha ou F ranç a, es tariam a s alvo de inc urs ões das
divers as majes tos as c ivilizaç ões que s e foram des envolvendo... D e ac ordo c om a
H is tória c onhec ida, es s as terras nunc a merec eram atenç ão partic ular de egípc ios ,
mes opotâmic os ou outros . A s terras da H is pânia foram exploradas pelo c omérc io
F eníc io (talvez H ebreu), merec endo pouc a atenç ão pelos gregos , egipic ios ou
pers as . À exc epç ão dos c artagines es , todas es tas c ivilizaç ões mais antigas
des c ons ideraram a I tália, e a c res c ente pres enç a romana. O s gregos apenas s e
es tabelec eram no Sul de I tália e Sic ília, na c hamada M agna G réc ia, nunc a
ous ando c aminhar para os territórios mais a norte, muito mais férteis . O s G regos
es tabelec em- s e em terrenos ac identados , próprios da pas toríc ia, mas inós pitos
para a agric ultura... os legados gregos parec em difus os na H is pânia
mediterrânic a, e mes mo no s ul de F ranç a.

I ndependentemente de algumas alteraç ões c limátic as , é quas e indis c utível que a


c ivilizaç ão E gípc ia s e es tabelec eu nas margens do N ilo, benefic iando de alguma
fertilidade. P or outro lado is s o dá a entender que não s e aventuraram para
terrenos longe do N ilo, nem s ão c onhec idos regis tos s ignific ativos para além
des s a c irc uns c riç ão. A pes ar de s e c onhec erem navegaç ões egípc ias e projec tos
de c onquis ta, a antiquís s ima c ivilizaç ão egípc ia não parec e ter- s e afirmado para
além do N ilo.

O que c ondic ionou antigas c ivilizaç ões ... a não proc urar uma c olonizaç ão noutras
paragens , mes mo mediterrânic as ... deixando os terrenos de E s panha, I tália, ou
F ranç a, para povos pouc o c ivilizados ?
O que faz A lexandre M agno pros s eguir a s ua invas ão para O riente e não
O c idente, mes mo depois de derrotados E gípc ios e P ers as ?

J á no Séc . I a.C ., o próprio T ito L ívio ques tiona c omo teria s ido Roma c apaz de s e
defender de A lexandre... is to ao mes mo tempo que é s upos to J úlio C és ar ter
fic ado frus trado c om as proezas de A lexandre quando c hegado à H is pania para o
s eu c ons ulado. D epois de A lexandre ter derrotado o feníc io rei de T iro, o que
impediria retaliaç ões ou guerra c om C artago? O que teria deixado A lexandre c om
fama de c onquis tador mundial, s e nem tão pouc o s e aventurou a oc idente da
G réc ia?

É mais atrás que c omeç a a nos s a es tória... e c om uma pergunta de Es f ínge:


- quantos 3 s éc ulos teve a humanidade para s air de c arroç as e entrar em
foguetões ?
Só s eria pos s ível nes tes últimos 3 s éc ulos e não noutros ?
O u antes , por que razão o c onhec imento de máquinas , de H éron, de leis
mec ânic as , de A rquimedes , retroc edeu, ou foi perdido, por um povo altamente
téc nic o e pragmátic o, c omo os Romanos ?
Q ue s entido faz o ac hado arqueológic o da P ilha de Bagdad, que func ionava c omo
bateria eléc tric a primitiva?

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 9/19
31-12-2010 alvor-silves
Pilha de Bagdad

D e ac ordo c om os dados arqueológic os , a inteligênc ia c riadora exis te há vários


milhares de anos , e houve muitos 3 s éc ulos em tantos milhares de anos !
- I s s o c oloc a a ques tão noutro ponto... haveria ou não a pos s ibilidade de uma
c ivilizaç ão antiga ter atingido o ponto de uma A tlântida? ... C om as devidas
c ondiç ões de es tabilidade, não é difíc il ac eitar que podem ter havido c ivilizaç ões
muito antigas , que tives s em evoluído para graus de des envolvimento
impens áveis , ao longo de milénios , enquanto numa determinada parte do mundo,
uma parte es quec ida, mais primitiva, c ontinuaria em es tado de
s ubdes envolvimento.
Bas ta aliás pens ar o c hoque c ivilizac ional na altura dos des c obrimentos , para
entender que vis itantes humanos bas tante mais evoluídos poderiam s er vis tos
c omo deus es ! A utêntic os G ods /G otts , palavras s imilares a G oths ... ou s eja, aos
tais G odos que A ntónio G alvão quis c omo res pons áveis pela es tagnaç ão
c ivilizac ional da I dade M édia?

Q uando vimos anteriormente as inc ongruênc ias na dataç ão de des c obrimentos ,


que c ons tavam em mapas anteriores (p.ex. E s treito de Bering), vemos que houve
c ondic ionantes para retenç ão das navegaç ões .
Só a partir de c erta altura, após C ook, houve lic enç a para redes c obrir o que
faltava do mundo (a A méric a a N orte da C alifórnia e A us trália).
E s s a c ondic ionante de rejeiç ão, s ó enc ontra explic aç ão em c aus as externas .
C aus as externas que c ondic ionavam o des envolvimento de c ivilizaç ões humanas ,
a menos que um c erto apaziguamento aos deus es , entidades externas , fos s e
apaziguado.
E ra uma c as ta de s ac erdotes , de magos , que s e enc arregava de c omunic ar a
vontade des s es deus es ... deus es es s es que poderiam não s er mais do que
repres entantes de uma c ivilizaç ão mais avanç ada tec nologic amente.

A s mudanç as nas c ivilizaç ões , o domínio de uma relativamente a outras ,


c oinc idiria c om uma agenda externa. P rogres s os s eriam admitidos quando
autorizados , quando não autorizados , a religião e os s eus magos enc arregar- s e-
iam de s us pender progres s os c ivilizac ionais .
Q uando A khenaton (ou Sóc rates ) ques tionam os deus es , e o s eu poder, s ão os
próprios magos a remediar es s a dúvida. A ira des s es deus es externos poderia s er
medida na forma c omo foi des trutiva a intervenç ão por pilhagens dos P ovos do
M ar, eternos des c onhec idos na s ua origem.
É nes te c ontexto que fic a relevante uma c hanc ela prévia dada pelos Reis M agos ,
ao nas c imento de C ris to... é uma maneira de outorgar que es s a mens agem
c ivilizac ional es taria pronta para s er difundida, pelo interior de um império bélic o -
o I mpério Romano. T odos os progres s os s ão es tagnados , havendo uma auto-
c ens ura de des envolvimento, s eria es s e o ac ordo c om a invas ão dos godos .

Só muito mais tarde, após as navegaç ões portugues as , é autorizado um novo


des envolvimento, c om a autorizaç ão de navegar a C olombo. N es s a fas e, haveria
um des fas amento de 1 0 0 0 anos entre uma c ivilizaç ão que tives s e pros s eguido o
c aminho téc nic o- c ientífic o que foi retomado no renas c imento.
E s s a autorizaç ão de navegaç ão é limitada.... não permite alguns territórios
proibidos , c omo a A méric a do N orte, es pec ialmente na s ua C os ta O es te, ou toda
a A us trália ou N ova Zelândia.
A partir da autorizaç ão de navegaç ão a C ook dá- s e o um novo progres s o
c ivilizac ional que c ulmina na era indus trial, e na exploraç ão de mundos para além
do nos s o planeta. M ais uma vez, após o des ígnio de navegar mais longe, de atingir
a L ua, lanç ado por Kennedy, as exploraç ões s ão interrompidas ou tímidas ...

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Q uarta- feira, 2 2 de Setembro de 2 0 1 0


Magos
A s referênc ias a Reis M agos (G as par, M elc hior, Baltazar) levam- nos
imediatamente ao regis to do N ovo T es tamento, s obre o s eu fugaz e mis terios o
aparec imento aquando do nas c imento de J es us C ris to. Seguindo uma es trela,
enc ontraram o filho de M aria, e entregaram pres entes na forma de ouro, inc ens o e
mirra. E s te é o regis to bem c onhec ido que aprendemos des de c rianç as , notando
ainda que em E s panha é no dia 6 de J aneiro que s e dis tribuem os pres entes
natalíc ios .

A s referênc ias a M agos aparec em noutro c ontexto dos des c obrimentos


portugues es . P or exemplo, no L ivro dos T rês M ís tic os , a que tive apenas ac es s o a
es ta página:

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 10/19
31-12-2010 alvor-silves

enc ontramos nas margens laterais os pos s íveis mís tic os /magos (à es querda, um
ves tido de c as tanho e outro de verde; à direita, um ves tido de vermelho e outro de
azul). D o lado direito c ontras ta, uma repres entaç ão c adavéric a, c om a es tilizada,
do lado es querdo. O livro é de D . M anuel, tratado c omo C és ar M anuel.

N a obra de F ranc is c o de Souza (1 5 7 0 ) enc ontramos es ta referênc ia a uma ilha


Santa C ruz dos Reis M agos , a oes te da M adeira:

A oes te da I lha da Madeira 65 ou 70 legoas , es tá uma grande I lha que s e chama


Santa Cruz dos Reis -magos , que tem de comprido trinta legoas , e de largo no mais
es treito quinze legoas , e pola banda do s ul es tá em 32 graos , e corre athé 34 ao
norte, e corre-s e noroes te s us ues te, e tem por todas as f aces grandes Bahias e
ens eadas , grandes arvoredos , e Ribeiras , e boas agoas , como d'is to mais
largamente tenho informações dos antigos , e s e arruma pola maneira aquy pos ta
em uma carta Franceza, que tenho onde es tá aluminada, e pres umes s e que tem
gado.

T al ilha não exis te, e a melhor des c riç ão para pos s ível loc alizaç ão s erá na zona
referenc iada aqui, onde há as s inaláveis baixios ... a menos que a I lha da M adeira
fos s e outra, ou que o livro tives s e uma es pec ulaç ão fals a, não c ens urada pela
I nquis iç ão.
N a M adeira, ac abamos por enc ontrar afinal uma outra referênc ia, à P raia dos Reis
M agos , em Santa C ruz, é ainda na M adeira que enc ontramos o profundo C anhão da
C alheta, tal c omo o C anhão da N azaré.

N o Bras il, na c idade de N atal, enc ontramos a F ortaleza dos Reis M agos, edific ada
em 1 5 9 8 :

N atal, Belém, Reis M agos , na mes ma zona nordes te do Bras il, ac abam por es tar
as s oc iadas na toponímia ao nas c imento de C ris to... ac identalmente, ou não, já
que as habituais explic aç ões s e mos tram c om a fortuitidade da c idade, ou do
forte, ter s ido erigido em data natalíc ia.

A inda em P ortugal, ac abamos por ter uma antiga loc alidade pré- his tóric a, c ujo
nome Salva- T erra de M agos , tem origens des c onhec idas , mas c ons ta prender- s e
c om uma origem as s oc iada a magos pers as .

C ontinuando por es s a as s oc iaç ão pers a, vamos aos antigos regis tos de magos ,
mais prec is amente rec uamos ao tempo de Zaratus tra, e a Ka'ba-ye Zartos ht:

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 11/19
31-12-2010 alvor-silves

(c ontinua...)

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Sábado, 1 8 de Setembro de 2 0 1 0
Teogonias (1)
A T eogonia de H es íodo (s éc . V I I I a.C ) é talvez um dos relatos mais interes s antes
da c riaç ão do mundo.
D o C aos , s urge a T erra (G eia) e o C éu (Ú rano/C elus ), mas também alguns deus es
primevos mais es tranhos , c omo o A mor (E rébo) que dá origem ao D ia e à N oite...
ainda antes da c riaç ão do Sol. O relato judaic o bíblic o da origem da luz, também
s epara o dia da noite (1 º dia), antes da c riaç ão do Sol e es trelas (4 º dia).
N ão havendo regis to únic o e c laro da T eogonia grega, nes s e tempo inic ial H es íodo
c ons idera ainda P ontos (mar primevo) e T ártaro (mundo inferior).

D urante muito tempo fic ou a des ignaç ão de P onto E uxino para o M ar N egro,
ambas as des ignaç ões s ugerindo que o mar primevo s eria aquele es paç o. A es s a
vis ão c irc uns c rita à região, juntamos a des ignaç ão de T ártaros aos habitantes da
região que s eria também depois dos M edos . É ainda aí, na C ólquida (vizinha da
I béria c auc as iana), que s e s ituam muitos dos mitos gregos ... e também é c omum
as s oc iar aí o mito diluviano (res ultante duma eventual abertura do es treito do
D ardanelos ).

O mapa de H eródoto - rec ons truç ão na Bibliotec a do C ongres s o (Was hington D C )

põe em evidênc ia a importânc ia do M ar N egro (P ontus E uxinus ), do M ar C ás pio


(Kas pion P elagus /C as pium M are), e do M ar de A zov (M aiotis L imne/P alus
M aeotis ), es tes últimos c ons iderados mares verdes .
N otamos que o mar V ermelho (E ritreu) é as s oc iado ao Í ndic o e o outro é
denominado golfo A rábic o; outro fac to que s e evidenc ia é a notaç ão C elta, para
uma larga região his pânic a após as c olunas de H érc ules .
T alvez o mais importante é notar uma tripla divis ão c ontinental: E uropa, Á s ia e
L íbia... o nome Á fric a é muito pos terior - e nunc a foi c laro que des ignas s e apenas

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 12/19
31-12-2010 alvor-silves
a Á fric a ac tual (... poderia inc luir a A méric a).

N es te primeiro apontamento s obre T eogonias , o que importa deixar c laro é que


es tas efabulaç ões parec em s er ridíc ulas fac e ao nos s o entendimento c ientífic o,
mas não o s ão nec es s ariamente.
P orquê? P orque envolvem uma formaç ão progres s iva, e não s imultânea.

N ão há nenhuma razão para dis s oc iar o dia/noite do aparec imento do Sol... is s o


s eria óbvio para qualquer entendimento, por mais primitivo que fos s e. E s s a
s eparaç ão vai c ontra o nos s o bom s ens o!
Q ual a razão de uma T eogonia que vai c ontra o mais elementar bom s ens o?
- A únic a razão plaus ível parec e s er reportar- s e a uma realidade diferente.
O u s eja, os relatos antigos parec em levar- nos a uma realidade temporal onde
poderia haver L uz s em Sol.
I s s o não faz nenhum s entido...
- pois , mas também não faz nenhum s entido D eus c riar o homem à s ua imagem
(na vers ão bíblic a), ou falar- s e em deus es gregos antropomórfic os .

T ratam- s e de mitos c laramente antropoc êntric os , e c oloc am nec es s ariamente a


T erra na origem da c riaç ão.
O u s eja, a c onc epç ão planetária, c om a inc lus ão do Sol, s ó poderá s er uma vers ão
pos terior de uma c ons truç ão univers al, que s e inic ia na T erra.
D igamos que a c ons truç ão divina não teria fic ado c ompleta numa únic a fas e...
- talvez numa fas e inic ial, tives s e havido uma T erra plana, c om um mar
c irc undante, e um c éu delimitador;
- talvez s ó numa fas e pos terior, tives s e s ido c riado um Sol c omo fonte de luz;
- s ó ainda em fas e pos terior, aparec e a pres enç a humana, dis tinta da pres enç a
divina, num mundo es s enc ialmente diferente daquele que c onhec emos hoje!
- s ó numa fas e mais rec ente a T erra foi definida c omo es féric a, e s ó depois a
rotaç ão s olar pas s ou a helioc êntric a... e da mes ma forma, s ó pos teriormente
foram definidas es trelas s emelhantes e galáxias .

E m s uma, des c reve- s e aquilo que é normalmente entendido c omo a evoluç ão da


c ompreens ão humana, por defic iênc ia de c onhec imento... M as por forç a da
relatividade do c onhec imento, tanto podemos ac eitar que is s o foi defic iênc ia
humana, c omo poderá ter s ido c ons tataç ão humana, s em defic iênc ia es pec ial.
T udo depende s e a c renç a é c ientífic a nos moldes ac tuais , ou s e c redita alguns
fundamentos mític os .

O outro ponto es pec ial, onde os relatos mític os c onc ordam, s em razão his tóric a
aparente, é na exis tênc ia de uma "idade de ouro" , as s oc iado a um tempo de
felic idade e imortalidade humana, antes do es tabelec imento da I dade do C obre.
É o tempo de s upremac ia de C ronos /Saturno, filho de Ú rano e G aia, c eifador da
genitália paterna que ao c air no O c eano produz A frodite. C ronos é implac ável para
os s eus filhos deus es , mas é tido c omo exemplar para os humanos ... os romanos
dedic avam a Saturno/C ronos , as Saturnálias - que podem ter motivado a
c elebraç ão pos terior do C arnaval... onde os papéis es c ravo/s enhor eram
invertidos .

Prometeu levando o fogo aos humanos.

A s s oc iar- s e- à o tempo feliz de C ronos a um eventual tempo do J ardim do


P araís o... antes dos mitos da tentaç ão do c onhec imento de E va e de P andora-
P rometeu. A ltura em que alguns homens proc uraram imitar os deus es , e definindo
es c ravos pas s aram a as s umir o des tino des tes , quais deus es .
É nes s a terc eira fas e que aparec e o mundo de Zeus , o filho de C ronos , que depõe
o pai (Saturno é vis to no s eu exílio divino c omo um rei humano do L ác io), e que s e

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31-12-2010 alvor-silves
inic ia a c ons truç ão do mundo c omo o c onhec emos ... um mundo pós - diluviano!
O s mitos /relatos antigos mantêm- s e, mas deixam de fazer s entido na nova
c ons truç ão univers al... a T erra deixou de s er plana e rodeada por água!
O s humanos pas s am a es tar s ujeitos aos c apric hos do D odekatheon (o C ons elho
dos 1 2 deus es do O limpo, c omandados por Zeus )... as lembranç as de C ronos , do
P araís o P erdido, pas s aram a fazer parte do pas s ado!

C omo apontamento final, ligando ao pos t anterior s obre a M oeda, notamos que não
há propriamente nenhum D eus ligado ao dinheiro... o que demons tra de alguma
forma que es s e as pec to c ivilizac ional, ligado ao as pec to s oc ial do c omérc io,
embebeu a s ua importânc ia no tempo muito mais rec ente (após A lexandre).
M es mo H ermes /M erc úrio, era um deus mais ligado à c omunic aç ão, mens agem,
c onexão que s ó parc ialmente s e aplic ava no c omérc io.

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Segunda- feira, 1 3 de Setembro de 2 0 1 0


Contos de reis
A moeda é o maior e mais extens o ac ordo s oc ial, que ac tualmente c obre todo o
planeta T erra.
Se houver des ac ordo c ons tante entre a valoraç ão dos bens , a moeda é inefic az.
A c tualmente a moeda tem um s uporte em ouro, mas is s o pres s upõe que o próprio
ouro é rec onhec ido c omo material valios o por todas as s oc iedades ... c ois a que
es tava longe de s er c omum há 5 0 0 anos atrás . A c ivilizaç ão oc idental ac abou por
exportar es s a valoraç ão de um metal prec ios o que era banal em c ivilizaç ões pré-
c olombianas .
A maior difus ão da moeda, c onforme a c onhec emos , c omeç ou es pec ialmente c om
A lexandre M agno, período do qual res tam ainda muitas moedas , de ouro, prata,
etc .

Moeda de ouro de ALEXANDROU (Alexandre Magno)

A utilizaç ão de moedas foi depois extens a no período Romano, us ando os mes mo


moldes ... uma c ara do governante, e uma c oroa que outorgava. O ouro pas s ou a
s er indubitavelmente o metal prec ios o de eleiç ão.
E s ta influênc ia foi trans mitida aos povos bárbaros , exis tindo mes mo c ópias c eltas
de moedas gregas .

I ndependentemente dos análogos noutras c ulturas , nomeadamente na c hines a, a


influênc ia do mundo grec o- romano fez- s e ainda pelo ac ordo s oc ial que uniu
divers os povos numa c onvenç ão de valoraç ão da moeda, e es pec ialmente do ouro,
enquanto s is tema de troc a.
A o longo da I dade M édia es s a c onvenç ão s oc ial foi- s e s olidific ando, mas es s e
período era ainda marc ado pela diferenç a explíc ita entre c as tas s oc iais
aris toc ratas , onde as troc as eram maioritariamente direc tas - as populaç ões
viajavam pouc o. O rec onhec imento do poder do dinheiro, ac abou por s er s elado a
partir do fim da I dade M édia, pelas C ruzadas e iníc io das D es c obertas , ao fazer
aparec er um poder de s eduç ão popular nas mãos de uma c las s e burgues a, não
aris toc rata.
O valor da moeda nas trans ac ç ões deu um poder à burgues ia na c ativaç ão do
povo, e o es tatuto de s ervidão podia s er inato, mas também pas s ou a s er
c omprado por ades ão à riqueza implíc ita na troc a ac eite de bens . O
rec onhec imento progres s ivo da moeda ac abou por c omprometer o as c endente
militar, nas relaç ões humanas , e a as c enç ão da burgues ia na A lta I dade M édia.

O período de D es c obertas no s éc . XV I é extremamente interes s ante pois marc a o


iníc io do c hoque valorativo. U ma E uropa s edenta de ouro enc ontraria c ivilizaç ões
que menos prezavam es s a mais valia.
A produç ão de moedas de ouro, c omeç a a s er extens a em P ortugal, a partir de D .
D uarte, denunc iando já implic itamente c ontac tos c om paragens onde o ouro é
abundante...

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31-12-2010 alvor-silves

Meio Real (D. Duarte)

O I nfante D . H enrique terá talvez s ido o grande artífic e des s a ec onomia à es c ala
global.
A trans ac ç ão efec tuada s ob s egredo das diferenç as c ulturais , permitia luc ros
fabulos os , e o próprio iníc io da es c ravatura em Á fric a terá tido c omo motivo, não
apenas a mão- de- obra gratuita, mas também c omo moeda de troc a c ivilizac ional,
c onforme des c reve D uarte P ac hec o P ereira (E s meraldo Situ O rbis , pag. 5 0 ):

(...) os quaes no modo do s eu comercio tem es ta maneira. Todo aquele que quer vender
es cravo ou outra cous a s e vai a um lugar certo para is to ordenado & ata o dito es cravo a
uma árvore & f az uma cova na terra daquela quantidade que lhe parece bem & is to f eito
arreda-s e f ora um bom pedaço & então vem o Ros to de Cam & s e é contente de encher a
dita cova de ouro, enche-a & s enão tapa-a com a terra & f az outra mais pequena &
arreda-s e f ora & como is to é acabado vem s eu dono do es cravo & vê aquela cova que fez
o Ros to de Cam, & s e é contente aparta-s e outra vez fora & tornado o Ros to de Cam ali
enche a cova de ouro & es te modo têm em s eu comercio & as s im nos es cravos como
nas outras mercadorias & eu falei com homens que is to viram & os mercadores
Mandiguas vão às f eiras de Bétú & Bambarraná & Dabahá comprar es te ouro que hão
daquela mons truos a gente & tornado o Rio de Guambea (...)

O s egredo da diferenç a de valores foi uma moeda bem explorada pelo c omérc io
português ... c omo é s abido, bugigangas eram troc adas por metais prec ios os (ou
outras raridades na E uropa e I s lão).
A final, ac ima da moeda, ainda imperavam os s egredos de regime c omo maior
valia. O ac es s o à c orte poderia s er fac ilitado por dinheiro, mas não as s egurava o
c onhec imento dos c ódigos que regiam a aris toc rac ia.
A pes ar da as c enç ão da burgues ia, es s e poder permanec eu em grande parte
intoc ável na aris toc rac ia. H ouve revoltas , revoluç ões burgues as ... por exemplo
c om C romwell, mas s ó a partir da Revoluç ão F ranc es a a burgues ia c omeç a a
tomar efec tiva parte vis ível na governaç ão europeia. O período indus trial s erá
determinante.

U ma das des ignaç ões mais antigas para a moeda nac ional é o Cont o de Reis,
remontando ao s éc . XI V .
U m c onto é s upos to s er equivalente a um milhão, mas podemos ir mais longe na
es pec ulaç ão s obre a origem da palavra... mais c onc retamente aos C ontos das M il
e uma N oites .

É bem c onhec ida a his tória de Xerazade c om o c alifa Xariar, que a troc o de uma
es tória todas as noites vai s endo poupada da morte anunc iada. P ara além das
ins trutivas es tórias que aí s e enc ontram c ompiladas , e que fazem parte da nos s a
juventude, é es pec ialmente interes s ante a valoraç ão do entretenimento do
monarc a.
O u s eja, numa c orte des pótic a e dominante onde o tédio s ó era interrompido por
s inais de batalhas , os s imples c ontos ins trutivos teriam um efec tivo valor c omo
moeda de troc a.
N ão s erá as s im de es tranhar uma pos s ível relaç ão entre a des ignaç ão monetária
" conto de reis " , c om uma efec tiva es tória - um conto para reis . I dealmente s eria um
c onto ins trutivo para a plebe, mas c om um s ignific ado implíc ito, s ec reto,
ac es s ível apenas pela elite.

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 15/19
31-12-2010 alvor-silves
O poder pode s er exerc ido explic itamente pela forç a, ou pela manifes taç ão
implíc ita de um fac tor dis s uas ivo no inimigo. A aris toc rac ia valeu- s e s empre
muito mais da dis s uas ão do que da manifes taç ão repres s iva explíc ita, c om o
intuito de não inc endiar revoltas .
A moeda, enquanto c ativador dos des ejos materiais do povo, ao s er impos ta c omo
c onvenç ão s oc ial unific adora pela burgues ia, permitiu- lhe uma efec tiva arma
dis s uas ora e as s im as c ender por direito próprio a um patamar mais elevado,
aris toc rata, onde s ó lhe es tariam interditos alguns c ódigos e s egredos milenares .

A pes ar de quas e indis c utível, a fragilidade des s e poder, da moeda, bas eia- s e
numa c onvenç ão s oc ial que pode s er abalada pelos valores que repres enta. O u
s eja, uma s oc iedade alternativa pode s er c ons tituída por s imples s ubs tituiç ão, ou
rec us a, da moeda ac tual. O des c rédito da ac tual moeda, e dos valores
as s oc iados , repres entaria o fim des ta as c ens ão da ac tual burgues ia, e dos laç os
que es tabelec eu c om a aris toc rac ia anterior.
O valor da moeda res ide numa fé de que ela s erá rec onhec ida c omo troc a em
qualquer trans ac ç ão s oc ial. Serve razoavelmente as pretens ões materiais , mas
tem ainda c omo ameaç a os valores es pirituais ou morais , embebidos na
s oc iedade, através da c ultura e religião. N ão é aí c apaz de s ervir c omo moeda
efic az, vai c ontando apenas c om a progres s iva menorizaç ão des s es valores , ao
edific ar uma s oc iedade materialis ta.

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Q uinta- feira, 9 de Setembro de 2 0 1 0


Cores (2)
A s obras de arte que nos c hegaram da G réc ia A ntiga, no s eu período áureo, têm
uma c arac terís tic a pouc o menc ionada - a aus ênc ia de c or! É c laro que há
s upos iç ões de que não s eria as s im, e podemos ver uma magnífic a tentativa de
rec ons truç ão c omputac ional do P arténon, c om os s eus fris os pintados :

P odemos ac reditar que s im, mas o fac to é tanto mais notório, quanto as próprias
c erâmic as aparec em em tons monoc romátic os (e.g. wiki).
M as , há que dis tinguir períodos ... um inic ial dóric o, ou anterior, c ontemporâneo da
" c olorida" c ivilizaç ão c retens e, onde abundava os temas multi- c romátic os c omo
ainda s e vis lumbram em C nos s os ...
E s s a abundânc ia de c or era ainda vis ível nas c ivilizaç ões do E gipto e da
M es opotâmia.

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 16/19
31-12-2010 alvor-silves

E m Roma volta a notar- s e a aus ênc ia de c or... podemos falar nos vários mos aic os
c oloridos , por exemplo de P ompeia... mas para além da c idade vitimada pela ira de
V ulc ano, os divers os mos aic os podem reportar- s e a períodos mais tardios do
I mpério Romano.

N o s eu período áureo, de feitos inauditos e c elebrados , a c ultura grec o- romana


aparenta s er monoc romátic a!
Será que na mes ma altura, is s o s e pas s aria c om outras c ivilizaç ões ? O u s erá
apenas uma c oinc idênc ia do legado c ultural mais importante, que nos c hegou?

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Sexta- feira, 3 de Setembro de 2 0 1 0


Mapas de Dieppe

N os M apas de D ieppe (ver, por exemplo, des c riç ão em portugalliae) enc ontramos ,
para além de pos s íveis repres entaç ões da A us trália... as s unto s obre o qual não
vale a pena ins is tir (é quas e inques tionável que à époc a, c . 1 5 4 7 , a A us trália era
já bem c onhec ida), enc ontramos nos fris os c irc undantes c enas evoc ativas de
c ariz mitológic o. N es te primeiro fris o, um governante Rei entrega a
H ermes /M erc úrio uma mens agem que entrega a uma deus a dos mares ,
provavelmente T étis . O pormenor mais interes s ante é a repres entada c idade c om
altas torres , envolta num c erto c inzentis mo, que s eria mais apropriado para
repres enta uma c idade indus trial, 3 s éc ulos depois . N ota- s e ainda um s ol poente
s obre o mar habitado por ninfas ...
N o outro fris o, a c ena mitológic a repete- s e, c om a entrega da mens agem a
D iana/A rtemis a, pas s ando eventualmente por M arte e V énus ... D iana es tá numa
quadriga!

A referênc ia a es te fris os c om motivos mitológic os prende- s e c om os fados


mitológic os que regres s aram no Séc .XV I , s endo bem ilus trados nos L us íadas de
C amões .

N uma c orte que durante um milénio negou o trans porte por meio da roda, pode
perc eber- s e até que ponto as c ondic ionantes regres s ivas embebiam as polític as
dec ididas . E s s as polític as implíc itas , s ec retas , que c ondic ionaram o trans porte,
que c ondic ionaram o c onhec imento, s ó trans parec iam s ubreptic iamente nas obras
artís tic as .
P odemos falar em c ondic ionantes tenebros as do obs c urantis mo religios o, mas é
s urpreendente o res s urgimento de toda a mitologia grec o- romana no período
renas c entis ta.
À parte as variaç ões na nomenc latura, os romanos adoptaram a mitologia grega.
A c onquis ta da G réc ia/C orinto (1 4 6 BC E ) es tá ligada a dois nomes que também
tiveram relevânc ia na H is pania:
- Q uinto C ec ílio M etelo, que derrotou os c eltiberos e c ombateu V iriato,
- L úc io M úmio A c aic o, que foi pretor na H is pania.

C oinc idênc ia ou não, o mundo es tagnou durante o milénio medieval em que s e


omitiu a mitologia grec o- romana, ainda que prevalec es s e o c alendário juliano.

A s navegaç ões s eriam retomadas ofic ialmente para as A méric as quando houve
uma c hanc ela papal obtida por C olombo para navegar. E m N atal, Bras il, enc ontra-
s e uma c oluna romana, denominada "c apitolina" ... (s upos tamente oferecida por
I tália para comemorar um acto de aviação - f ica o regis to, abs tendo-me de comentar o
es tranho pres ente da I tália nacionalis ta de Mus s olini).

file:///G:/a-s/alvor-silves3.htm 17/19
31-12-2010 alvor-silves

Se em 1 4 9 2 houve uma autorizaç ão de es tender o território c onhec ido para as


A méric as , houve uma parc ela s ignific ativa do mundo que permanec eu obs c ura.
C ompreendia bas ic amente toda a c os ta oes te americ ana, ac ima da C alifórnia, e a
A us trália. Só após 1 7 7 5 , quando os E U A s e libertavam do jugo inglês , as viagens
de C ook permitiriam abrir es s e N ovo mundo, rec onhec ido, vis itado, mas oc ulto.
C ândido C os ta, no final do Séc .XI X c hega a falar em 5 0 0 0 monumentos que
ates tariam evidênc ias de pres enç a pré- c olumbiana.

Será difíc il de determinar s e os jogos c ortes ãos eram produto de uma c orte
enfas tiada, des ejos a de mos trar a s ua prevalênc ia divina, ou s e ainda ac ima
dis s o, es tariam s ujeitos a determinaç ões externas , para além das c ortes
europeias . E s tariam os territórios oc ultos abandonados , ou s ob domínio
c ivilizac ional anterior?

O u s eja, tanto podemos c rer que os territórios eram s ilves tres , abandonados s em
propós ito, ou albergavam um eventual paraís o terres tre, dominado por uma
c ivilizaç ão tão antiga que c ontrolaria as res tantes , de tal forma s uperior, que
s eriam vis tos c omo deus es . A final, o que dis tingue o homem ac tual do homem do
Séc .XV I I I s enão pouc o mais de dois s éc ulos de c ivilizaç ão.
D o mundo dos c oc hes ao mundo dos foguetões parec eram bas tar dois s éc ulos de
progres s o... quantos dois s éc ulos houve na his tória da humanidade? Q uantas
vezes houve oportunidade de dar o s alto para um avanç o tec nológic o
s ignific ativo? D es de egípc ios , babilónios , gregos , hindus , c hines es , houve
inúmeros avanç os da c iênc ia interrompidos para s ó s erem retomados após o
renas c imento. E s tagnaç ões de milénios para rompantes avanç os num par de
s éc ulos ... E s tagnaç ões de fac to, ou induzidas ?

T ermino c om o mote para o próximo pos t:

... porque, para além das c ortes europeias , es tes M agos , de barretes frígios , quais
portadores da revoluç ão republic ana, foram intervenientes pontuais em várias
E s tórias .
F iguraram em his tórias , em nomes de ilhas , praias , terras , fortes , mas a s ua
proveniênc ia foi s empre mis terios a e ac lamada.

Publicada por AlvorSilves em 21:03 14 comentários Hiperligações para esta mensagem

Etiquetas: Estorias

D omingo, 1 de A gos to de 2 0 1 0
Cores (1)
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31-12-2010 alvor-silves
E s tamos habituados a ver c ores em bandeiras , em c lubes , em logotipos , e
s abemos que nalguns c as os há algumas tradiç ões as s oc iadas a es s as c ores .

U m epis ódio interes s ante que c oloc ou em evidênc ia uma importânc ia das c ores
na c onjuntura polític a foi a Revolta de N ika. O c orreu em 1 1 de J aneiro de 5 3 2 , em
C ons tantinopla, após um inc idente des portivo, c om quadrigas no hipódromo, entre
fac ç ões A zuis e V erdes .

J á s eria tradiç ão que o A zul es taria ligado a uma alta c las s e, aris toc rátic a, c ris tã
ortodoxa, enquanto o V erde es tava ligado a uma pequena burgues ia em
c res c endo, c ris tã monofis is ta. E ra habitual alguns tumultos entre os grupos (onde
s e inc luiriam ainda V ermelhos e Branc os ), que s e agravaram por alianç a nes ta
oc as ião entre V erdes e A zuis , o que c oloc ou em c aus a o poder de J us tiniano. E m
s ituaç ão de pres s ão, J us tiniano c ons eguiu c hamar Belis ário para terminar c om a
revolta que pretendia c oloc ar H ypatius no poder. A revolta terminou num banho de
s angue, e H ypatius foi morto.
A s s oc iado ao nome H ypatia es tá a lenda ac erc a da des truiç ão da Bibliotec a de
A lexandria, no s éc ulo anterior. F ac to es s enc ialmente s imbólic o, mas que
repres enta a perda ines timável de todo o c onhec imento antigo, durante os mil
anos s eguintes . I s to c omplementa a perda de c onhec imento, e o retroc es s o ou
es tagnaç ão c ivilizac ional... pelo lado oriental do I mpério Romano.

- Será de notar que no Séc . XV ainda s e c ons iderava a definiç ão do iníc io temporal
pela E ra de C és ar e não pelo nas c imento de J es us C ris to.
- A ques tão teológic a as s oc iada aos partidos A zul e V erde, ins ere- s e numa
querela entre as N aturezas de C ris to, dis c utida no C onc ílio de C alc edônia em
4 5 1 , que exc luiu o monofis is mo, tendo fic ado ac eite a dualidade.

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Etiquetas: Tese-Alvor-Silves

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alvor-silves

P ágina inic ial D es c riç ão M etodologia Referênc ias 1 0 M A IN FA C T S

T erç a- feira, 2 0 de J ulho de 2 0 1 0 Pesquisar nest e blogue


Cola do Dragão
Pesquisar
P or vezes , c onvém c oloc ar as c ois as nos termos que foram us ados , e s obre os
realizado por
quais não res tam dúvidas que foram us ados , antes das des ignaç ões ac tuais .
J á falámos no E s treito de A nian (hoje de Bering), é evidente a des ignaç ão M onte
P ras s o (para o C abo da Boa E s peranç a), que c ons ta até no mapa de C antino, e Ligações
que (c onforme reparou KT ) é a des ignaç ão us ada na c orres pondênc ia de D . J oão odemaia
I I c om o P apa.
his tory of the americ as
F alamos hoje da C ola do D ragão, depois E s treito de M agalhães , e para que fique
c laro, c oloc amos em mapa es tes 3 pontos : portugalliae

Inf ormações
ALVORSILVES

E xis timos enquanto


pens armos .

email: alvors ilves @gmail.com


scribd: alvors ilves 3 8 9 6
knol: T es e A lvor- Silves

V er o meu perfil c ompleto

F azemos a propós ito de s audar a ediç ão online da Bibliotec a N ac ional da obra de


A ntónio G alvão (1 4 9 0 - 1 5 5 7 ), trata- s e do A rquivo do blogue

T ratado dos des c obrimentos antigos e modernos ▼ 2 0 1 0 (5 0 )


► D ezembro (3 )
L er A ntónio G alvão e o prefác io do s eu c ontemporâneo F ranc is c o de Sous a
► N ovembro (8 )
T avares , é mais um pas s o para perc eber o inexplic ável... a razão de tanta
omis s ão, ao longo de tanto tempo. A propós ito des te as s unto diz A ntónio G alvão ► O utubro (6 )
(pág. 2 2 ):
► Setembro (5 )
No ano de 1428 diz que f oi o I nf ante D. Pedro a I nglaterra, França, Alemanha, à
Cas a Santa, e a outras daquela banda, tornou por I tália, es teve em Roma, e Veneza, ► A gos to (1 )
trouxe de lá um Mapamundo que tinha todo o âmbito da terra, e o Es treito de
Magalhães s e chamava "Cola do Dragão", o Cabo de Boa Es perança: "Fronteira de ▼ J ulho (1 )
África", e que des te padrão s e ajudara o I nf ante D. Henrique em s eu
C ola do D ragão
des cobrimento. Francis co de Sous a Tavares me dis s e que no ano de 1528 o
I nf ante D. Fernando lhe mos trara um Mapa que s e achara no Cartório de Alcobaça
que havia mais de cento e vinte anos que era feito, o qual tinha toda a navegação ► J unho (7 )
da I ndia, com o Cabo de Boa Es perança, como as de agora, s e as s im é is to, j á em
► M aio (5 )
tempo pas s ado era tanto como agora, ou mais , des coberto.
► A bril (4 )
A ntónio G alvão diz muito mais ... damos um exemplo:
► M arç o (1 )
No ano de 1353, em tempo do I mperador Frederico Barba Ros s a, diz que f oi ter a
Lubres , cidade da Alemanha uma nau com certos I ndios numa canoa, que s ão ► F evereiro (1 )
navios de remo, parecem-s e aos tones de Cochim, porém es ta canoa devia s er da
Cos ta da Florida Bacalhaos , e aquela terra por es tar na mes ma altura da Alemanha, ► J aneiro (8 )
que os Tudes cos f icaram es pantados do tal navio e gente, por não s aberem de
onde eram, nem entenderem s ua linguagem, nem terem notícia daquela terra,
como agora, porque bem os podia ali levar o vento e água, como vemos que trazem
as almadias de Quiloa, Moçambique, Sofala, e I lha de Santa Elena, que é um ponto Et iquet as
de terra que es tá naquele grão mar daquela Cos ta, e Cabo de Boa Es perança, tão de C alis to (1 )
s eparada.
E nglis h (3 )
M as não dará todas as res pos tas ...
F ala das origens em T ubal, I bero, das navegaç ões de gregos , feníc ios , E s torias (1 1 )
c artagines es , egípc ios , c hines es ! H is toriadores (1 1 )
É especialment e not ável ele ref erir viagens chinesas e romanas... complet ament e
esquecidas! Q ues tão G aia (2 )
T es e- A lvor- Silves (2 6 )
É um herói português de proezas militares ímpares em M aluc o que ac aba
des graç ado num H os pital durante 1 7 anos ... (Maluco - relembramos s er uma zona
que inc luía as I lhas M oluc as ...) Cont as

file:///G:/a-s/alvor-silves2.htm 1/19
31-12-2010 alvor-silves
N ão é ac idental a c onotaç ão M aluc o, pois is to é um jogo mental que é levado às
últimas c ons equênc ias . 7401
Porquê? Últ imos coment ários
C omeç amos pelo "M us eu dos C oc hes " , ou antes , c itamos a Wikipedia s obre o
tema C arruagem:

As carruagens surgiram, inicialmente no século XIII a.C, inventado pelos Hititas com uso
militar e não civil, posteriormente as carruagens apareceram na Roma Antiga, no séc I a.C..
No entanto não circulavam na sua maioria dentro das cidades, pois o movimento era tanto
que iriam gerar muitos problemas. Estas podiam apenas circular durante a noite dentro das
cidades para transporte de mercadorias. Após a Queda do Império Romano do Ocidente a
técnica de fazer carruagens desapareceu.
Só já no séc.XVI as carruagens começaram a ser utilizadas. As classes mais ricas eram as
únicas que se podiam dar ao luxo de possuir um veículo destes. No séc. XVII as
suspensões melhoraram e por conseguinte as carruagens também.

D epois c ito o próprio A ntónio G alvão:

Depois que os Romanos s enhorearam a melhor parte do mundo s e f izeram muitos ,


e notáveis des cobrimentos , mas vieram os Godos , Mouros e outros Bárbaros , e
des truiram tudo porque no ano 412 AD tomaram a cidade de Roma, (...)

E no ano de 474 AD s e perdeu o I mpério de Roma e depois dis to vieram os


Longobardos a I tália no qual tempo andavam os demónios tão s oltos pela terra
que tomaram a figura de Mois és , e os Judeus enganados f oram muitos no mar
af ogados . E a s eita Ariana prevalecia.

E Merlim em I nglaterra f oi nes te tempo. E no ano 611 AD f oi Mahamede e os de


s ua s eita que tomaram por força África e Es panha.

As s im que s egundo parece nes tas idades todo o Mundo ardia, por onde dizem que
es teve 400 anos tão apagado e es curecido que não ous ava nenhum Povo andar de
uma parte para outra, por mar, nem terra, tão grande abalo e mudança s e f ez em
tudo que nenhuma cous a ficou em s eu s er, e es tado, as s im Monarquias como
Reinos , Senhorios e Religiões , Leis , Artes , Ciências , Navegações , es crituras que
dis s o havia, f oi tudo queimado, e cons umido s egundo cons ta porque os G odos
eram tão c obiç os os da glória mundana, que quis eram c omeç ar em s i outro
N ovo M undo, e que do pas s ado não houvesse nenhuma memória.

T al c omo depois D . Sebas tião, A ntónio G alvão é um herói que proc ura ir longe de
mais ... é c laro que os portugues es já tinham ido longe de mais no Séc ulo XV .

E m nos s a opinião, A ntónio G alvão tem uma vis ão parc ialmente ac ertada, mas
devemos ir ainda mais atrás para proc urar a origem do problema... e não s erá
difíc il.
O dragão c olou o s eu ras to... no pos t anterior c omeç ámos no I mpério Romano,
mas deveríamos ter rec uado ainda um pouc o mais !

A quilo que c ola o dragão é o s eu apego his tóric o - é por aí que enc ontramos o
regis to.
T udo foi apagado?
Q ual o regis to his tóric o elevado ao máximo expoente, e nunc a belis c ado pelos
tempos c onturbados ?

C omeç amos pela G uerra de T róia?


C omeç amos por P latão, pela "alegoria da c averna", pela A tlântida, ou pelo
des tino de Sóc rates ?
C omeç amos pelo dis c ípulo de A ris tóteles , A lexandre M agno e pela
c onquis ta oc ultada da H is pania?

A heranç a grec o- romana, elevada ao máximo expoente por A lexandre M agno,


nunc a foi belis c ada!
Porquê?

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Etiquetas: Historiadores, Tese-Alvor-Silves

Q uinta- feira, 2 4 de J unho de 2 0 1 0


West-fall
A influênc ia que as obras de Bernardo de Brito e F lorião do C ampo (ou Floriano de
O c ampo) tiveram na c ultura portugues a e ibéric a é importantís s ima.
M ito ou não, a lenda do fundador T ubal, neto de N oé, influenc iou a c ultura ibéric a
durante toda a I dade M oderna, e s ó foi abandonada, diria mes mo anulada, já na
I dade C ontemporânea.
Q ualquer his toriador s ério não pode es tudar a literatura e a mentalidade entre os
s éc ulos XV a XV I I I s em ter em atenç ão os mitos que s e fortalec iam c om a
afirmaç ão da identidade ibéric a, fruto da expans ão dos des c obrimentos .
H oje temos ainda algumas obras que referem F loriano de O c ampo c omo um

file:///G:/a-s/alvor-silves2.htm 2/19
31-12-2010 alvor-silves
propagandis ta ao s erviç o de Filipe I I e dos H abs burgos ... é natural que s im, mas
uma c ois a é analis ar c ritic amente a obra, outra c ois a é ignorar qualquer
referênc ia, c omo s e o as s unto não tives s e exis tido. A inda hoje os regis tos
evidenc iam que toc ar nes s e as s unto tem as pec to de "doenç a c ontagios a" que s e
evita, ou s e toc a c om muita prec auç ão e des dém!

10º Tr abalho: Hér cules contr a Ger ião (monstr o de 3 cor pos)

[os 3 cor pos ser iam os filhos de Ger ião]

C om a derrota dos H abs burgos na G uerra dos T rinta A nos , e c om o T ratado de


Wes tphalia (1 6 4 8 ), para além da balc anizaç ão da A lemanha (a c hamada D euts c he
Welle), a E s panha dos H abs burgos ac abou por c eder o s eu papel de grande
potênc ia mundial para a F ranç a, H olanda, Suéc ia e D inamarc a... A pós o T ratado
dos P irinéus (1 6 5 9 ), es ta paz entre F ranç a e E s panha deixou o res taurado
P ortugal numa s ituaç ão de fragilidade perante as novas potênc ias , depois de 8 0
anos s em autonomia militar.
E s ta s ituaç ão foi ainda s entida internamente em P ortugal, traduzindo- s e numa
proc ura de apoio na I nglaterra, c om o c as amento de D . C atarina de Braganç a e
C harles I I de I nglaterra, e também numa guerra interna entre os irmãos D . A fons o
V I e D . P edro I I .
T al c omo o I nfante D uarte de Braganç a foi s ac rific ado, também D . A fons o V I
ac abou por morrer em c ativeiro, s endo mais uma vítima des s a P az de V es tfália,
dec idida a rees c rever a H is tória mundial.
A partir de D . P edro I I , s eria c laro que P ortugal não iria arris c ar de novo a s ua
perda de independênc ia c om guerras des nec es s árias . C ontaria c om a diplomac ia
e c om uma polític a de alianç as europeia, que foi es pec ialmente fortalec ida c om o
T ratado de M ethuen (1 7 0 3 ), mas nunc a mais teve uma armada c apaz de s er
ofens iva, limitando- s e a gerir c om dific uldade a defes a dos já imens os territórios .
O as pec to mais s inis tro des ta his tória não terá s ido tanto o fim da independênc ia,
mas muito mais o fim da memória c olec tiva... N ão foi uma alteraç ão s ignific ativa,
no s entido em que es s a perda de memória oc orrera já no ac ordo de D . M anuel c om
os Reis C atólic os , e depois c om os H abs burgos es panhóis ... a A méric a perdera-
s e progres s ivamente, e s ó D . Sebas tião terá tentado res taurar es s a
independênc ia, de forma intempes tiva, c om as c ons equênc ias c onhec idas .

A pós a queda do I mpério Romano, a H is tória tinha s ido rees c rita pelos
s uc es s ores G odos , inc apazes de ac eitar o legado c ultural dos oc upados , s uperior
ao dos oc upantes . E s ta terá s ido a primeira Revoluç ão C ultural, para um
apagamento da memória. A s ituaç ão parec e de tal forma c aric ata, que a roda era
uma invenç ão menos prezada para a loc omoç ão da nobreza e c ombate, s endo
us ada mais pelo povo nos s eus trabalhos .
O Renas c imento, inic iado na A lta I dade M édia, es pec ialmente após as C ruzadas ,
e a influênc ia árabe penins ular, levou a alguma mudanç a de mentalidades , e a um
reenc ontro c om toda a mitologia e heranç a c ultural deixada pelos Romanos e
G regos . E s s e reenc ontro foi tímido, lento, e algo es c ondido do poder e valores
c ulturais ins tituídos ... T erá tido talvez a maior expres s ão em P ortugal após o
I nfante D . P edro até D . J oão I I , mas depois a influênc ia dominante abafadora
manteve- s e pelo apoio generalizado ao papado, e pelo c hanc elado poder dos
H abs burgos .
A P az de V es tfália irá terminar is s o, parec endo haver uma dec is ão de rees c rever
a H is tória... mas no s entido também de omitir parte dos legados do Renas c imento,
ibéric os , e de outras c ulturas orientais , dis tribuindo as des c obertas pelos
divers os novos venc edores . A pes ar de tudo, entra em c urs o mais uma Revoluç ão
C ultural do E s quec imento, de apropriaç ão de c onhec imento alheio, c hanc elado
s ob a forma de des c oberta, quando ac eite e divulgada pelos demais . T erá s ido
as s im c om uma parte das navegaç ões portugues as (e da antiguidade), mas
também c om outras des c obertas téc nic as e c ientífic as orientais .
A té hoje es s a his tória foi as s im c olada, mantendo- s e es s e ac ordo de omis s ão!

A es c ravatura s urge aqui c omo elemento c ondutor perturbante. Sendo


c arac terís tic a da antiguidade, s erá de perguntar em que altura da H is tória os
des c endentes dos es c ravos romanos s e libertaram des s a s ua c ondiç ão de c las s e
inferior?
A Repúblic a Romana s ofreu três revoltas de es c ravos , s endo a de Spartac us , a
que teve a mais profunda influênc ia, por ter s ido a última e a que mais ameaç ou a
s olidez da Repúblic a. A revolta ac abou por s er c ontida e reprimida de forma

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31-12-2010 alvor-silves
exemplar, c om a c ruc ific aç ão dos milhares de s obreviventes ao longo da V ia Á pia.
E s s a dec is ão de M arc o L ic ínio C ras s o, é na minha opinião a verdadeira razão para
a expres s ão " E rro C ras s o" . P orquê? P orque a c ruz pas s ou a s er um s ímbolo entre
as c entenas de milhares de es c ravos , que viam de forma revoltada o des tino que
Roma lhes res ervava. A s ituaç ão deverá ter pas s ado a s er muito ins tável...
pequenas c ruzes pas s ariam de mão em mão, s imbolizando uma nova revolta
iminente. E xac tamente ao mes mo tempo a Repúblic a prec is ou de poderes
ditatoriais , c onferidos ao triunvirato c om C és ar, e depois s eguir- s e- à a époc a
I mperial. A repúblic a ac aba por s uc umbir a es s a nec es s idade de mão forte, e os
imperadores ac abam por ins tituir a filos ofia do "pão e c irc o".
A s oc iedade romana torna- s e mais violenta, para c onter a pos s ibilidade de nova
revolta. M as , ao mes mo tempo, por via da univers alizaç ão da religião c ris tã por
P aulo de T ars o (São P aulo), os es c ravos ac abam por ac eitar uma filos ofia
c ompletamente diferente que s e irá impor c omo es tratégia inteligente. A c ruz
repres entando a ira, c ontra a c hac ina da V ia Á pia, pas s a a repres entar uma c ruz
de abnegaç ão, de uma religião que promove o s ac rifíc io e a s ubmis s ão... o ideal
para uma religião de es c ravos ! N ão s erá ac idental que a V ia Á pia c ontenha
muitas das s epulturas dos primeiros c ris tãos . A filos ofia c ris tã es tabiliza o
I mpério e ac aba por impor- s e dentro da s ua es trutura a partir de C ons tantino.
Será talvez por is s o que a revolta de Spartac us s erá a última revolta s ignific ativa
de es c ravos , es s e pilar bas e da s oc iedade romana res ignara- s e c ulturalmente à
s ua c ondiç ão, por influênc ia da religião.

O fim do I mpério Romano terminou c om a E s c ravatura, mas s ubs titui- a de fac to


pela Servidão. U ma forma dis s imulada de es c ravatura generalizada que imperou
na I dade M édia, c om uma pequena aris toc rac ia dominante. O c res c imento do
c omérc io s imbolizado pelas Repúblic as italianas (V eneza, e também
G énova, F lorenç a...), por P ortugal (c om a Rés - públic a), e depois pela H olanda, fez
c res c er uma pres s ão da nova burgues ia s obre a aris toc rac ia europeia.
O problema da Repúblic a ac abou por s er de novo c oloc ado, primeiro c om C romwell
na I nglaterra, mas tal c omo c om N apoleão em F ranç a, e c om as jovens repúblic as
do Séc ulo XX, todas ac abaram por evoluir no s entido de guerras c ivis , s eguidas de
poder des pótic o (outros c as os s ão - L enine na Rús s ia, M us s olini na I tália, Salazar
em P ortugal, H itler na A lemanha, F ranc o em E s panha). O s " jovens " republic anos
ao c hegar ao poder não têm hipótes e de s egurar os jogos de bas tidores , c om toda
a rede de s egredos e c umplic idades na aris toc rac ia es tabelec ida. Só o
c ons eguirão fazer após a 2 ª G uerra M undial c om o apoio de uma grande repúblic a
(os E .U .A .), que flores c eu fora da influênc ia direc ta da E uropa, e c om o apoio
nec es s ário de uma "organizaç ão de bas tidores iluminis ta", que retomou a heranç a
s ec reta dos templários , e que foi aprendendo c om os erros da Revoluç ão F ranc es a
e s uc edâneos .
A c ons equênc ia foi também o final da époc a mític a da tradiç ão da c avalaria, os
regis tos antigos e as tradiç ões populares foram s ac rific ados ao pragmátic o
s uc es s o da Revoluç ão I ndus trial. C omo Wagner ilus trou de forma épic a, fic ariam
enterrados no C repús c ulo dos D eus es , os mitos antigos , c omo A rtur e a T ávola
Redonda, P ars eval e L ohengrin, T ris tão e I s olda, e tantos outros c onhec idos , e
outros depois des c onhec idos , c omo T ubal, I bero, H érc ules , L us o, etc ... bem c omo
todo o regis to de navegaç ões oc eânic as de U lis s es , Salomão, P tolomeu, etc ...
É es s a pes ada heranç a de oc ultaç ão que pes a ainda s obre o mundo
c ontemporâneo!

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Etiquetas: Estorias, Tese-Alvor-Silves

Q uarta- feira, 2 3 de J unho de 2 0 1 0


Brito & Bluteau
O padre jes uíta Raphael Bluteau (1 6 3 8 - 1 7 3 4 ), de as c endênc ia franc es a, viveu
quas e s empre em P ortugal, e independentemente doutras c ons ideraç ões , tem uma
obra notável:
V oc abulário P ortuguez e L atino, (1 7 1 2 - 1 7 2 1 )
que é talvez uma das primeiras enc ic lopédias , e c laramente anterior à c elebrada
obra de D iderot e d'A lembert.
[Só alguns volumes es tão dis poníveis online: enc ontrei para as letras : A ; B,C ;
O ,P ; T ,U ,V ,X,Z]
A c erc a da palavra Briga diz o s eguinte:
BRIGA . P alavra gótic a, que s ignific ava ajuntamento de gente, porque os G odos s e
ajuntavam em c ertos lugares , para c ons ultarem s obre o modo de s e defender
s obre os que quis es s em agravar. E daqui veio o verbo "A brigar- s e". C res c eram
depois es tas B ri ga s e vieram a c ompor c idades , c ons ervando es te mes mo nome,
c omo M eróbriga, F laviobriga, etc . E por quanto es tes ajuntamentos ou Brigas s e
faziam s em c abeç a, e s em pes s oa de maior autoridade, à qual s e obedec es s e,
havia nelas c onfus ões (e pendênc ias ), que depois foram c hamadas B ri ga s, não s ó
em H es panha, mas também em I tália, F ranç a, I nglaterra, etc . c omo s e pode ver
em papéis antigos , c om que alega C h. du F res ne no s eu G los s ário, explic ando a
palavra Briga. D iz o P . F r. Bernardo de Britto, T om. I da M onarc hia L us itana (fol.
1 4 ) que alega c om Beros o, e outros antigos autores , que todas as c idades de
P ortugal e outras de E s panha, c ujos nomes ac abavam em B ri ga , c omo L ac obriga,
no A lgarve junto donde es tá agora a V ila de L agos , C etobriga, perto de Setuval,
M edrobriga, junto a P ortalegre, etc ., adquiriram es te nome em memória de Brigo,
filho d'el Rey J ubalda, o qual s uc edeu no Reino a s eu pai, foi Senhor de H es panha,
e teve partic ular amor aos L us itanos . H oje entre nós Briga vem a s er o mes mo que
P eleja. Pugna, Fem. Cic. Concertatio,onis . Fem. Terent. H ouve uma grande briga:
Magna pugna f aita es t. (...) Briga de palavras : Rixa (...)

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E s ta des c riç ão de Bluteau é partic ularmente interes s ante. P ara além da variada
informaç ão, que c hega a s er c urios a nos c onc eitos "briga", "rixa", "abrigar" ,
mos tra já a c onc epç ão jes uíta franc es a de du F res ne que c onfrontava a vers ão
portugues a de Bernardo de Brito na s ua monumental:
M onarc hia L us itana
Bluteau não s ubtrai a informaç ão de Brito, c omo ac ontec erá pos teriormente.
N es ta fas e, iníc io do Séc . XV I I I , há ainda lugar às duas informaç ões , mas nota- s e
já que o proc es s o de "Revoluç ão C ultural" es tá em c urs o... e pas s ado pouc o mais
de um s éc ulo, A lexandre H erc ulano terminará a tarefa, ignorando por c ompleto
qualquer informaç ão bas eada nos antigos c ronis tas .
V ejamos ainda c omo a tes e de D u F res ne tem falhas óbvias ... s e o s ufixo "briga"
tives s e a s ua origem nos G odos , então não s e c ompreenderia a s ua pres enç a no
nome de c idades na H is pânia, nomes adoptados pelos romanos , muito antes da
c hegada dos G odos . P oderia haver uma mis tura entre as noç ões de C eltas e
G odos s ob uma mes ma des ignaç ão, mas Bluteau identific a dis tintamente os
C eltas , c oloc ando- os na G ália, também no A lentejo e A ndaluzia, e dizendo que os
Romanos lhes c hamavam s imples mente G allos .
C onc lui- s e as s im que, por altura de L uis XI V , foi inic iada uma tentativa de
his tória alternativa, identific ada nes ta pas s agem. N ão muito s ólida inic ialmente,
c omo c ons tatamos nes ta s imples inc oerênc ia, mas que foi progres s ivamente
c orrigida, s ubs tituindo as vers ões anteriores .

Centocellas (per to de Belmonte)

Raphael Bluteau fala ainda de Cent um Cellas.


CENTOCELLA S. L ugar da L us itânia, tão antigo que dele faz menç ão L uitprando (c .
9 6 0 ) nos fragmentos (num. 2 5 5 ). Segunda a imemorial tradiç ão es te lugar é do
Bis pado da G uarda, junto ao rio Zêzere, perto de Belmonte, onde permanec e a
antiquis s ima E rmida de S. C ornélio, vizinha a uma T orre Q uadrada de obra
Romana, ras gada em muitas janelas , e ac ompanhada de várias e antigas ruínas ,
c élebres ves tígios de uma grande povoaç ão. A c ujo s ítio c hamam ainda hoje os
vizinhos C entoc ellas , e afirmam, que es te foi o lugar do des terro de São
C ornélio (c . 2 5 0 ), e aquela T orre é aonde es teve pres o, em c uja memória s e erigiu
a E rmida de s eu nome. Vide Mon. Lus it. tom. 2. f ol. 116.
D e fac to, Bernardo de Brito diz bas ic amente is s o, no s egundo volume (pág. 1 5 9 )
c ons tante na T orre do T ombo:

... N o Bis pado da G uarda, junto ao Rio Zêzere, es tá uma E rmida antiga des te
Santo, e junto dela uma torre de obra Romana, c erc ada de muitas janelas , onde há
pedras de grandeza c ons iderável, e havia outras que dali têm levado para várias
partes , a qual obra s e c hama até hoje C entoc ellas , e querem afirmar os moradores
daquela terra, que de tradiç ão imemorial de s eus antepas s ados , lhe fic ou, s er
aquela torre a própria em que S. C ornélio es teve des terrado e pres o. Refiro o que
há, que afirmar is to c om c erteza não mo c ons ente a pouc a evidênc ia da H is tória.

P ara aqueles que denegriram s empre a fundamentaç ão de Bernardo de Brito, a


última fras e é bas tante eluc idativa do trabalho c uidados o e s us tentado que levou
a c abo. N os exc ertos que li nota- s e o c uidado em c itar, nas margens laterais das
folhas , as obras anteriores que us ava, algo notável para o Séc . XV I .

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Sexta- feira, 1 8 de J unho de 2 0 1 0


Saramago (1922-2010)

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C aminho de Salomão (F undaç ão J os é Saramago)

J os é Saramago terminou o s eu c aminho de mortal, deixando- nos um valios o


legado... des c obri hoje es te C aminho de Salomão, e c omo diria a s ua mulher P ilar,
um c aminho pelo "P ortugal P rofundo" que é um profundo P ortugal.
C omeç a o c aminho c om C amões , quiç á c omplemento ao E ns aio s obre a
C egueira...
F altou a Saramago es c rever o E ns aio s obre a M udez... ou s e c alhar es c reveu, mas
por naturalidade do título, ninguém o ouviu.

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D omingo, 1 3 de J unho de 2 0 1 0
Mapa com Sto. António

M apa de J oão T eixeira A lbernaz (1 6 0 0 - 6 0 )

N o mapa de J uan de L a C os a de 1 5 0 0 , talvez o primeiro mapa es panhol (após a


es c ola c atalã), aparec e uma imagem de São C ris tovão, aludindo a uma relaç ão
entre as viagens do outro C ris tovão - C olombo, e o s anto padroeiro dos viajantes ,
c uja imagem era as s oc iada a trans portar o menino J es us .
M uitos mapas dos Séc ulos XV I (fins ) e XV I I aparec em dec orados c om figuras de
N os s a Senhora e do menino, res ultado da c res c ente da afirmaç ão do c atolic is mo,
que invoc ava uma devoç ão à I mac ulada C onc eiç ão, tornando- s e uma
c arac terís tic a ac entuada elevada a padroeira nac ional em 1 6 4 6 . N a devoç ão
nac ional e es panhola, c omo marc a dis tintiva de implantaç ão do c atolic is mo no
povo, N os s a Senhora vai s ubs tituir progres s ivamente o papel de J es us C ris to, a
ponto da maioria das proc is s ões e fes tas populares lhe s erem dedic adas , s endo
talvez uma as s inalável exc epç ão as fes tas do Senhor Santo C ris to nos A ç ores .
É interes s ante que em paralelo c omeç a a des envolver- s e em P ortugal um c ulto a
Santo A ntónio, as s oc iando- o também à imagem do menino J es us , talvez por
inic iativa dos franc is c anos .

N es s e s entido, é c urios o apres entar aqui um mapa de J oão T eixeira A lbernaz, que
c oloc a uma imagem de N os s a Senhora, c entral, mas o menino J es us es tá ao c olo
de Santo A ntónio... a poente.

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Q uinta- feira, 1 0 de J unho de 2 0 1 0


Lusíadas - Canto IX (91)

L uis V az de C amões (1 5 2 4 - 8 0 )
[quadro de Jos é Malhoa]
Lusíadas (C anto I X)
91
Não eram s enão prémios que reparte
Por feitos imortais e s oberanos
O mundo com os varões , que es f orço e arte
Div i nos os f i zera m, sendo huma nos.
Que Júpiter, Mercúrio, Febo e Marte,
Eneias e Quirino, e os dois Tebanos ,
Ceres , Palas e Juno, com Diana,
Todos f ora m de f ra ca ca rne huma na .

92
Mas a Fama, trombeta de obras tais ,
Lhe deu no mundo nomes tão es tranhos
De Deus es , Semideus es imortais ,
I ndígetes , Heróicos e de Magnos .
Por is s o, ó vós que as famas es timais ,
Se quis erdes no mundo s er tamanhos ,
Desperta i j á do sono do óci o igna v o,
Que o â ni mo de l iv re f a z escra v o.

- N o dia da morte de C amões , que c omeç ou por s er feriado em L is boa, por


inic iativa de A ns elmo Braamc amp F reire, e que depois , em 1 9 3 3 , foi es tabelec ido
c omo feriado nac ional, fic a aqui um regis to apropriado ao tema dos pos ts
anteriores .
N o c anto I X, nas es trofes 9 1 e 9 2 , C amões explic ita que alguns deus es
mitológic os teriam s ido humanos que a F ama elevara à c ondiç ão divina... c ontinua
c om um apelo heróic o, que D om Sebas tião poderá ter levado demas iado a peito.
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Segunda- feira, 7 de J unho de 2 0 1 0


Ulyssippo
U m poema notável, es quec ido, que reporta a origem de L is boa a U lis s es , foi o
c ompos to por A ntónio de Sous a M ac edo (1 6 0 6 - 1 6 8 2 )... talvez mais c onhec ido
pelo s eu "Flores de Es panha, Excelências de Portugal". M ais uma vez fomos enc ontrar
U lys s ippo por digitalizaç ão da Bibliotec a do M ic higan... numa reediç ão de 1 8 4 8 .
Poema Ulyssippo

A ediç ão original s erá c ontemporânea da Res tauraç ão da I ndependênc ia,


notando- s e que a c hanc ela dos últimos inquis idores , para autorizaç ão de
public aç ão, é já de 3 1 O utubro de 1 6 4 0 .

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A ntónio de Sous a M ac edo

A ntónio de Sous a M ac edo, s eria nomeado Barão de Mullingar (I rlanda), por C arlos
I I de I nglaterra, tendo integrado a c omitiva que ac ompanhou D . C atarina de
Braganç a. F oi ainda embaixador na H olanda. É jus tamente nes ta altura que a
I nglaterra, dá novo ímpeto à inic iativa M ayflower (... F lor de M aio), peregrinaç ão
que motivou os E s tados U nidos da A méric a. A influênc ia da c orte portugues a de
D . C atarina fic ou homenageada no bairro Q ueens de N ova I orque.

C urios o ainda, é o título dado a s eu filho (L uís de Sous a M ac edo): Barão da I lha
Grande de Joanes (identific ada à I lha de M arajó, na foz do A mazonas ). A que Joanes
s e referiria es s a I lha G rande, na linha de demarc aç ão do meridiano de
T ordes ilhas , s e não a D . J oão I I ?

C oloc amos aqui a primeira es trofe que é denominada A rgumento, e nove outras
primeiras es trofes , onde s e torna c laro que o mito da fundaç ão de L is boa por
U lis s es , e toda a mitologia s ubjac ente, es taria bem pres ente des de o fim do Séc .
XV ao Séc . XI X. Não parece sério f azer qualquer Hist ória de Port ugal, sem
mencionar est es mit os que inf luenciavam o pensament o port uguês. É até
s ec undário s aber da verac idade do mito, o que interes s a é que es s e mito
influenc iou, e muito, o pens amento português .

N ão s e trata de um es tilo c amoniano, mas permite entender c ompletamente o


vers o dos L us íadas
" C es s em do Sábio G rego e do T roiano" fic ando c laro que o Sábio Grego era
indis c utivelmente Ulis s es ...

Argumento

O Rei Tartareo destruir procura


Do sábio Ulysses a famosa armada;
E defendendo-a o Céu nela assegura
A cidade ab eterno decretada:
Infausta sombra ao Grego em noite escura
Dissuade da empresa começada
Mas animado com celeste auspicio
Porto lhe dá no Tejo o mar propício.

(ver outras primeiras estrofes no comentário anexo)

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D omingo, 6 de J unho de 2 0 1 0
Academia dos Humildes e Ignorantes
O nome Academia dos Humildes e I gnorantes é s uges tivo... e pode levar- nos longe!
C omeç ámos c om um exc erto mus ic al da A c ademia dos Singulares ... que rec ria
aqui " Salve Regina" , tema de um c ompos itor português F ilipe da Madre de Deus
(1 6 3 0 - 1 6 8 7 ), do final renas c entis ta - iníc io do barroc o, obra provavelmente
dedic ada à Rainha L uís a de G us mão.
É um bom exemplo ac tual de rec uperaç ão de legados quas e es quec idos ...

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N o Séc . XV I I e XV I I I aparec eram em P ortugal ac ademias c om nomes talvez


bizarros c omo Academia dos Generos os (1 6 4 7 ), Academia dos Singulares (1 6 6 7 ), e
depois em 1 7 1 7 , por inic iativa do C onde de E ric eira, a Academia de Portugal, e a de
H is tória (1 7 2 0 ), fixando- s e uma únic a em 1 7 8 0 a c onhec ida Academia das
Ciências de Lis boa.

A té aqui não há grande novidade, e não haveria razão para es te artigo.


O fac to c urios o oc orre em 1 7 5 8 , na altura do P roc es s o dos T ávoras , c om uma
s érie de c onferênc ias de uma outra ac ademia de anónimos , c ujo nome é notável:
Academia dos Humildes e I gnorantes

A únic a identific aç ão s erão as inic iais : D .F .J .C .D .S.R.B.H . que aparec e na obra:


Diálogo entre um Teólogo, um Filós ofo, um Ermitão e um Soldado
dividida em 8 volumes , c om quas e 5 0 c onferênc ias c ada, num total que s e
aproxima das 4 0 0 0 páginas .
U m nome manus c rito na vers ão c opiada da Biblioteca do Michigan é J oaquim de
Santa Rita, que é as s oc iado c omo autor... mas poderá s er apenas o nome de
proprietário (N ota: F rei J oaquim de Santa Rita Botelho, é um bis po de C oc him,
mas em período pos terior).

Sendo pouc o c onhec ida, houve alguma alma generos a que s e deu ao trabalho de
dis ponibilizar os 8 volumes nos Google Books . F oi aí que a enc ontrei, e es te link
http://books .google.pt/books ? id=L lgD A A A A M A A J
permite ac eder ao primeiro e res tantes volumes (links no final des s a página).

É talvez o primeiro grande projec to enc ic lopédic o português , pens ado na bas e de
rec ons truir a informaç ão perdida após o T erramoto de 1 7 5 5 . O s pers onagens
enc ontram- s e na P raia da C ons olaç ão, perto de P enic he, e perante uma audiênc ia
que vai aumentando, enunc iam os s eus c onhec imentos .

H á uma des c riç ão mais detalhada da his tória do Rei T ubal e parte inic ial, c f. T omo
1 (C onf. XI I , pág.8 9 ), que depois é c ontinuada, c f. T omo 2 (C onf. XV I I , pág. 1 2 9 ).

A obra é de tal forma vas ta, que não ous o avanç ar des de já no s eu c onteúdo...
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Q uinta- feira, 2 7 de M aio de 2 0 1 0


Por Tubal
O título s erá um pouc o provoc atório, já que "Por Tubal" s e pres ta a uma
s emelhanç a a "P ortugal", ainda que não haja qualquer dado objec tivo nes s e
s entido.
A origem do termo P ortugal s empre es teve ligada P ortus C ale, o porto da c idade
C ale, que s eria o P orto. D aí a s ua evoluç ão de P ortuc ale para P ortugal, por
evoluç ão do C em G , c omo é s upos to ter ac ontec ido c om outras palavras s ob o
domínio godo, nes te c as o s uevo.

E s te texto vers a a s equênc ia des c rita por D amião C as tro ac erc a dos reis no s eu
" tempo fabulos o", no prefác io do s eu livro (ver pos t anterior). A pes ar de denegrir
es s a vers ão que c las s ific a de fábula, dá- nos várias pis tas , que c ons tituem um
bom res umo dos múltiplos trabalhos anteriores .

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C onvém notar que em nenhum des tes textos antigos aparec e referênc ia a nenhum
c ulto a E ndovélic o, ou a outras entidades c ujo nome foi popularizado, na trans iç ão
do Séc . XI X/Séc . XX, por L eite de V as c onc elos .
H á um bus to c onhec ido, c om c arac terís tic as de es c ultura grega, que tem s ido
as s oc iado a uma repres entaç ão de E ndovélic o:

C om as prec auç ões que já tomo nes tas c ois as , parec e- me que a troc a dos V
pelos B, pode levar a:
EndoBélico
ou s eja, literalmente a uma guerra interna. N a minha opinião, es te nome
pentas s ilábic o e c ompos to, parec e- me ainda pouc o normal para o tratamento
c omum a um deus .
P or outro lado, a referênc ia tardia enc ontra- s e bem jus tific ada na s equênc ia do fim
da mitologia fabulos a, definitivamente enc errada por H erc ulano. D os partidários
de T ubal deixou de s e ouvir falar, e foi rapidamente s ubs tituído por uma mitologia
mais moderada, as s oc iada então a E ndovélic o.

T omando o lado que deixou de ter voz, talvez enc ontremos aqui uma es tátua c om
origem no período de influênc ia grega na L us itânia... também não é de negligenc iar
as várias es tátuas de guerreiros , para evoc aç ões ainda anteriores (ver também
blog P ortugalliae):

Retomando a ordem c ronológic a de D amião C as tro, enunc iamos os vários reis , a


partir do D ilúvio de O giges - nome as s oc iado a um Rei de T ebas , mas também a
uma ilha A tlântic a. C onvirá des de já notar que os antigos his toriadores
portugues es e es panhóis proc uraram as s oc iar, para além das referênc ias
toponímic as , alguns nomes da mitologia grega e egípc ia.
I s to é c urios o, pois é c omeç ando jus tamente em T ebas que enc ontramos o
primeiro nome repartido pelo E gipto e pela G réc ia - em ambos os c as os
enc ontramos uma c idade de T ebas , o que s empre s e terá pres tado a naturais
c onfus ões .
D e T ebas s egue- s e es te nome T ubal, c uja c ons truç ão fonétic a não é muito
diferente.

0. D ilúvio de O giges (T ebas )


1. Tubal e T ars is c hegam à peníns ula.
F undaç ão da "Repúblic a de Setúbal"... a primeira Repúblic a.
2. Hibero, filho de T ubal, de onde viria o nome I béria
3. Jubaldo, o as trónomo
4. Brigo, o povoador, que teria fundado L ac obriga~L agos ,
M edobriga~P ortalegre
5. Tago, de memória imortal
6. Bet o, as s oc iado a Bétis , no G uadalquivir.

D e ac ordo c om D amião C as tro, os antigos his toriadores apontavam aqui a entrada


de um rei impos tor, de nome G erião, que teria morto Beto. P or s ua vez G erião teria
s ido morto por J úpiter O s íris ... um rei herói (externo) dis pos to a irradic ar tiranos .
O nome J úpiter O s íris as s oc ia num únic o rei as duas princ ipais divindades dos
P anteões Romano e E gípc io. I s to parec e c laro exagero, mas pode s er explic ado
por divers as razões , talvez a mais plaus ível s erá haver uma nec es s idade c ris tã de
invoc ar uma origem humana para os c ultos de J úpiter/O s íris , o que s e enquadrava
nes ta vers ão de his toriadores pos teriores .

I ndependentemente dis s o, o nome J úpiter O s íris s erá s eguido pelo filho H órus
H érc ules L íbic o, que vingará a morte do pai às mãos dos L omínios , filhos de
G erião. M ais uma vez mis tura- s e a des c endênc ia (de fac to, H érc ules des c ende de
J úpiter, tal c omo H órus des c ende de O s íris ), mis turando c om uma parte divers a
humana, que envolve G erião e os filhos .

7. Gerião, rei impos tor


8. Júpit er Osíris, rei herói, que depõe tiranos , matando G erião na s ua vinda à
I béria

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9. Lomínios, filhos de G erião, matam J úpiter O s íris
10. Hórus Hércules Líbico, filho de J úpiter O s íris , mata os L omínios
- funda em Sagres (P romontório Sac ro), um T emplo a T ubal
- parte para I tália, deixando H is palo c omo s uc es s or
11. Hispalo, funda H is palis ~Sevilha
12. Hispano, de onde viria o nome E s panha
13. Hespero, renomeia E s panha c omo H es peria
14. A t lant e It alo, irmão de H órus H érc ules

D e ac ordo c om D amião C as tro, o primeiro his toriador romano, F abio P ic tor (Séc .
I I I BC E ), apontaria a filha de A tlante I talo, de nome Roma, c omo fundadora da
c idade.

15. Sicoro, s uc ede a A tlante I talo


16. Sicano, forma uma c olónia na Sic ília
17. Siceleo
18. Luso, o memorável, de onde s e teria originado o nome L us itânia
19. Siculo, o último rei antes de um breve período de anarquia.

A proveitando es s e período de anarquia, s urge Bac o, c ons iderado impos tor, que
c ons eguirá que o s eu filho L ís ias s eja ac eite... fazendo c rer que trans porta a alma
do defunto L us o.

20. Baco, impos tor, filho de Semele (e de J upiter, de ac ordo c om a lenda


romana)
21. Lísias, filho de Bac o, renomeia a L us itânia c omo L is itânia
22. Licínio Caco, c apitão de Bac o
23. Trogo Pompeo - J us tino
24. Gorgoris, o Rei à É poc a da G uerra de T róia

G orgoris é s upos to s er o pai e avô de A bidis , e também o pai de C alips o. A bidis ,


c res c ido abandonado numa mata de Santarém, s erá o último rei da L us itânia no
" tempo fabulos o".
D e ac ordo c om D amião C as tro, é G orgoris que irá c eder a s ua filha C alips o a
U lis s es , rei de Í tac a, após a G uerra de T róia.

25. Ulisses
26. Diomedes
27. Teucro
28. Mnest eo
29. Coleo de Samos
30. A bidis

U lis s es é o fundador de L is boa, de ac ordo c om vários his toriadores antigos


(P latão, M arc iano C apela, Solino, A s c lepíades , ... ), ainda que D amião C as tro
ins is ta numa pos s ível c onfus ão entre O lis ipo (atlântic a) e uma U lis ipo
(mediterrânic a, mas perto de M álaga). D iz ainda que o próprio H eródoto c oloc a
viagens de U lis s es fora do E s treito de G ibraltar, vis itando ilhas de A ea e O gigia.
P or outro lado, diz que é natural que tenha partido num navio feníc io s aído de
Smirna, já que a s ua armada teria s ido des truída por T elemon, rei de Salamina, pai
de A jax (que perdendo para U lis s es as armas de A quiles , s e s uic ida na G uerra de
T róia).

D iomedes e T euc ro, também elementos da G uerra de T róia s ão apontados em


expediç ões ao M inho e à G aliza. A ponta ainda c omo rei M nes teo, que é
normalmente c ons iderado um troiano, c ompanheiro de E neias .
A pontando os relatos anteriores c omo pouc o c redíveis , ac aba ainda as s im por ir
c ontra a opinião de G ouguette (his toriador franc ês , c omis s ionado por L uis XI V )
que rec us ava qualquer pres enç a grega na P eníns ula I bétic a.
P ara is s o diz não poder ignorar es s a pres enç a grega pelo menos em C adiz pelas
viagens de C oleo de Samos , referido por H eródoto, dizendo ainda que nes s a altura
haveria um c omérc io c om hebreus em T iro, no tempo do Rei Salomão.
A c eita ainda um c ontac to c om F eníc ios e G regos de Foc ea e de Rodes , por es ta
altura.
C om os F eníc ios , no tempo do Rei H irão, refere ainda uma diferenç a entre P aletiro
(a T iro libanes a) e a ilha de T iro, que faz c orres ponder a M edina- Sidonia, ou s eja a
C adiz. N es s e tempo haveria um c ulto de H érc ules no P romontório de Sagres . P or
outro lado, pela parte dos gregos de F oc ea, as s oc ia Sagunto (V alênc ia) e a ilha de
Zac into, e pela parte dos gregos de Rodes , a fundaç ão de Roda, na A ndaluzia.

A pós o último rei lus itano, A bidis , neto de G orgoris , que é as s oc iado ao mito de
ter s ido c riado s elvagem numa mata de Santarém por uma c erva, apres enta um
período de A narquia, a que s e teriam s eguido, s ó então, as invas ões c eltas , por
A mbigato. T eria havido uma divis ão entre T urdulos e T urdetanos , exc eptuando- s e
a parte norte, da G aliza aos P irinéus .
- U m pormenor c urios o s erá as s oc iar o nome de E lvas a uma fixaç ão de C eltas
H elvétic os , c itando A ndré Res ende (1 5 0 0 - 7 3 ).

N ão deixa de dizer que ignora, por ac har que nem merec em referênc ia, his tórias
fabulos as (no tempo es c uro, antes do D ilúvio) s obre T ritões , as s uas viagens a
O c idente e O riente, e batalhas que fariam tremer a terra, c om G igantes e D eus es ,
e ainda c om um des pótic o Rei T ártaro, que teria vindo dos infernos ...

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Observação 1: P or tudo aquilo que afirma no P refác io que irá omitir no L ivro,
D amião C as tro ac aba no entanto por s er uma das referênc ias mais s ólidas s obre
es tas lendas , parec endo querer pas s ar es s es regis tos fabulos os , c ritic ando- os
mas c om argumentos pouc o c onvinc entes .
Observação 2: É ainda interes s ante ver es ta as s oc iaç ão romana/egípc ia entre
deus es e pers onagens his tóric os , s abendo- s e que em ambas as c ulturas es s a
deific aç ão de antepas s ados era um ponto c ultural c omum. A duplic aç ão de nomes
é ainda interes s ante, já que s e repete por homónimos noutros c as os , para além de
T ebas , há o exemplo do M onte I da - em C reta é o loc al do nas c imento de J úpiter;
já na T urquia, o outro M onte I da s eria a origem de P áris .
Observação 3: P ara além des ta referênc ia à pres enç a grega na peníns ula ibéric a, é
ainda de c ons iderar em que c ons is te a ligaç ão a T róia, não devendo s er exc luída a
hipótes e de T róia s er uma c idade ibéric a. P ara is s o, um c andidato óbvio e natural
s erá ainda Setúbal e a s ua peníns ula de T róia (ainda que nada s eja s ugerido a
es s e res peito por D amião C as tro).
Observação 4: A pres enç a c artagines a na peníns ula é ac tualmente quas e
c ons ens ual. P odemos ir um pouc o mais longe? P orque não c ons iderar os F eníc ios
c omo nome alternativo para os originários da peníns ula ibéric a... que s e
es tabelec eram em T iro e C artago, reparando numa c ompos iç ão do nome, partida
de T ago ou T agus :
Car-Tago, Car-Tagus

Observação 5: P or s uges tão de um c omentário [M aria da F onte, no blog


P ortugalliae], as s iglas poveiras (que ainda hoje s ão us adas pelos pes c adores da
P óvoa de V arzim), por exemplo:

fazem em muito lembrar ins c riç ões em es telas lus itanas (es tela da A bóbada)

P or outro lado, es ta forma de es c rita não s e afas ta muito de uma primitiva es c rita
feníc ia, tendo até s emelhanç as c om eventuais ins c riç ões feníc ias enc ontradas no
Bras il.
M ais , es tas ins c riç ões não s ão muito diferentes das que c ons tituem s ímbolos de
pedras rúnic as , fazendo uma ligaç ão c ultural, por via marítima, que uniria toda a
c os ta A tlântic a à A méric a (dir- s e- ia quas e uma ligaç ão N A T O ...)
E s ta pis ta, s empre dentro do "tempo fabulos o" , levar- nos - ia para eventuais
ligaç ões remotas por via A tlântic a. A final a "ilha que era do tamanho de um
c ontinente" c onforme P latão des c reve a A tlântida, foi por várias vezes
identific ada à A méric a - até que toda es s a c onvic ç ão s e voltou a perder nos
Séc ulos XV I I I , XI X e XX.
T odas es s as hipótes es foram exc luídas e c ons ideradas fantas ios as .
N o entanto es s a rec us a de c onhec imento anterior, levanta "enigmas his tóric os ",
c omo é o c as o dos P ovos do M ar, c ujas invas ões s ão referidas por diferentes
c ulturas na bac ia mediterrânic a, ajus tando- s e à des c riç ão que P latão tenta fazer
de uma tentativa de c onquis ta atlante repelida por A tenas , c onforme os
s ac erdotes egípc ios tinham c ontado a Sólon.
P orém... que c redibilidade dar a P latão, e a tantos outros , c omparando c om os
mais s ábios his toriadores franc es es e ingles es da I dade M oderna que formataram
a his tória ac tual?

Publicada por AlvorSilves em 20:15 17 comentários Hiperligações para esta mensagem

Etiquetas: Historiadores

D omingo, 2 3 de M aio de 2 0 1 0
Damião Castro
F ruto da evoluç ão dos tempos , parec e- nos s er trans mitida a mens agem de que
antes de A lexandre H erc ulano mais nenhuns his toriadores teriam exis tido em
P ortugal...

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E s tá longe de s er as s im! A s uges tão de leitura no c omentário ["C alis to": 2 8 de
A bril 2 0 1 0 ], leva- nos a Damião de Lemos Faria e Cas tro, e à s ua H is tória
apres entada à Rainha D . M aria I .

A lexandre H erc ulano, apenas menc iona a Monarquia Lus itana de F rei Bernardo
Brito c omo um "livro altamente ridíc ulo" , e apes ar de rec onhec er que é bas eado
em fontes muito antigas , H erc ulano parec e es tar provido do alto de uma c átedra
revis ionis ta, s uprimindo s em qualquer referênc ia es s a "parte mitológic a". A té aqui
es taria no s eu direito de his toriador, s elec c ionando as fontes que c ons iderava
c redíveis . P arec e- nos no entanto, des trutivo e não inoc ente, a c ompleta
s upres s ão des s es mitos , quando dec ide public ar as s uas "L endas e N arrativas ".
P ara H erc ulano e s eguidores , P ortugal parec ia não ter direito a his tória anterior à
formaç ão da nac ionalidade c om o C ondado P ortuc alens e. Seria o equivalente a
s uprimir à H is tória I ngles a os mític os Rei A rtur, L anc elot, M erlin ou P ars eval. U m
H erc ulano inglês teria s uprimido A valon e E xc alibur... P or c ulpa des s as c átedras
patroc inadas , fomos reduzidos na c apac idade de s onhar, s endo- nos apenas
autorizado um pas tor V iriato, terror dos romanos , e o eterno D es ejado!

A abordagem de D amião C as tro, algumas déc adas antes é diferente, e ainda


as s im tem que s er enquadrada numa c orrente de influênc ia iluminis ta franc es a
c res c ente, e ao mes mo tempo no c ontexto da s ua ligaç ão aos jes uítas , que
rec obravam influênc ia junto à filha de D . J os é, após a pers eguiç ão movida pelo
M arquês de P ombal.
C as tro c ritic a ferozmente a parte mitológic a da H is tória nac ional, rec orrendo- s e
habitualmente às opiniões lapidares de his toriadores franc es es , mas não deixa de
menc ionar detalhadamente es s a mitologia, s endo por is s o uma fonte muito
interes s ante.

Breve menção à Hist ória de Damião Cast ro


C as tro divide a H is tória em três tempos :

I dentific a o T empo E s c uro ao da c riaç ão de A dão, dizendo o s eguinte:


"Ponto luminos o marcado pela Es critura Santa em que s ó brilha a luz da verdade
na His tória Sagrada, quando toda a Política, e Profana es tava envolvida no Caos
tenebros o da maior es curidade". F az terminar es te T empo no D ilúvio, que diz
de O giges , lendário Rei de T ebas , dizendo tratar- s e de " 22 s éculos de
s ombras impenetráveis e trevas imens as ".
I dentific a depois o T empo F abulos o c omeç ando do D ilúvio, até à primeira
O limpíada no ano 7 7 6 antes da E ra V ulgar (c om a durac ao de
aproximadamente um milénio). J us tific a a des ignaç ão, pela "confus ão , e
mis celânea de verdades e mentiras com que os Poetas organizaram os s eus
es critos ".
O T empo H is tóric o s eria c omeç ado depois des s a 1 ª O limpíada, a partir da
qual, c ons iderava haver relatos fidedignos , ou c onforme diz "das Olimpíadas
em diante principiou a brilhar na His tória a verdade dos s uces s os s em as tis nas
da es curidade, s em as manchas da fábula".

Sobre H eródoto c hega a s er radic al ao ponto de dizer "em lugar de lhe darmos com
Cícero o nome de Pai da His tória, lhe chamaremos um dos Progenitores da Fábula".
É mes mo mais c áus tic o dizendo que a "luz his tóric a" nos permitia agora ver os
pais das patranhas referindo- s e a fontes antigas : Aunio, Filo, Beros o, Manethon e
Metas tene.

P or outro lado, é interes s ante notar a s equênc ia pela qual ele diz que poderia ir
bus c ar fontes fidedignas (através do c ontac to entre geraç ões ):
- da s ua geraç ão até D . P edro I I , des s a geraç ão até D . F ilipe I V , depois até ao
C ardeal D . H enrique... s altando depois até D . A fons o H enriques .

A s es c olhas P edro I I , F ilipe I V , C ardeal D . H enrique, s eriam as piores pos s íveis


que eu nomearia para fontes s em pres s ões c irc uns tânc iais ... dific ilmente pode s er
es c olha ac idental de reis . M ais , diz irá faz aquela H is tória para evitar uma c erta
humilhaç ão de s e traduzir outras his tórias ...
D amião C as tro alinha no jogo, mas não o es c onde, e por is s o ac abará por s er
nec es s ário mais tarde um A lexandre H erc ulano.
Renega c omeç ar no T empo F abulos o o princ ípio da H is tória A ntiga de P ortugal,
c omo teriam feito "Frei Bernardo de Brito, Manoel de Faria e Sous a, Padres João de
Mariana, Jos é Moret, o Arcebis po D. Rodrigo Ximenes , Gabriel de Henão, e quas e todos
os His toriadores das Hes panhas ". E s ta informaç ão não s erve para refutar "quas e
todos os his toriadores " anteriores , é um elemento importante para identific ar
doc umentaç ão que s eria menos prezada ou perdida.
M uito mais do que uma mens agem de s uperioridade fac e aos prec edentes ,
parec e- nos s er uma tentativa de pas s ar informaç ão, tanto mais que aproveita o
P refác io para fazer aquilo que diz que não irá fazer...

A lguns rac ioc ínios s ão eluc idativos :


(i) P ara jus tific ar que s eria inveros ímel que T ubal e o s obrinho T ars is tives s em
migrado para as H es panhas , diz que o horror às águas após o D ilúvio os
des motivaria para tal viagem.

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(ii) C hamando "s ec tários " a F lorião do C ampo, G aribay, Beuter e V azeo, que
" beberam na f onte impura de Beros o", diz- nos que quer es s es , quer "o novo engenho
vas to" de D . J os é P ellic er não teriam c ons eguido tirar dos "cof res da s ua erudição"
motivos que tornas s em a his tória s us c eptível a "engenhos menos vulgares " de
Diaris tas de Sotelo, que teriam c ons eguido derrotar uma opinião favorável a T ubal
e T ars is . A es c olha de adjec tivos para os venc edores e para o venc ido s erá
eluc idativa do partido que é s eu, mas que não pode tomar.
(iii) E s c arnec e as s im da ideia de uma República de Set úbal formada por es s es
netos de N oé, do nome do filho H ibero (de onde viria o nome I béria), de T ago (de
onde viria o nome T ejo), de Beto (de onde viria o nome Bétic a), de H is palis e
H es pero (de onde viria o nome H es panha e H es pérides ), e também dos mitos
as s oc iados de O s íris , H érc ules , dos filhos de G erião, Bac o, de L us o (de onde viria
o nome L us itânia).
A c aba por parar, dizendo que foi um autor es trangeiro, Q uien de la N eufville, que
lhe fez ver tudo is s o nec es s itaria de indagaç ão c rític a, judic ios a e s evera. E é
genial dizendo que o eminente autor franc ês res olve a ques tão em dois parágrafos ,
res umidamente porque: T ubal nunc a veio à E s panha; que os s eus des c endentes
iberos s ão os vindos da I béria na G eórgia; que eram uns "brutos , incapazes de
religião e política"; que s empre foram os mes mos até que es trangeiros , c omo
egípc ios , gregos , c artagines es , e gaules es , "adoças s em o s eu ar bárbaro e a dureza
dos s eus cos tumes ". D ific ilmente não s e fic aria c onvenc ido c om tal profundidade e
elogio nos argumentos dos his toriadores franc es es ...
(iv) M ais à frente, aludindo a que a marinha G rega s eria "das mais frac as ", e " não
poderiam ter pas s ado o M editerrâneo", c ita outro franc ês , Boc hart. E s te teria
argumentado a origem feníc ia de divers os loc ais , evitando as s oc iaç ões c om
nomes gregos , já que nunc a poderiam ter c hegado a terras portugues as . P or
exemplo, M inho viria do feníc io M anin (quiç á querendo evitar talvez a as s oc iaç ão
de M inho ao grego M inos ), T ejo de D agi, L is boa de A lis - ubbo, etc ... ao ponto de
D amião C as tro dizer que fez um tal "dilúvio de conj ecturas " que ninguém tomaria
Boc hart "como f iador" nes ta última. M as é moderado, dizendo apenas que, devido
ao grande número, "s e algumas cois as acertou, noutras podia errar" .

Se há algo que s e nota imediatamente é es te c uidado em s eguir, e não hos tilizar


demas iadamente as "opiniões dos es trangeiros ". P orém o trabalho de D amião
C as tro ac abará es quec ido, fac e à vers ão mais politic amente c orrec ta que
A lexandre H erc ulano tomará em mãos , evitando talvez es tes c onflitos pouc o
s us tentáveis c om um pas s ado remoto.

Sem entrar já nos detalhes do livro de D amião C as tro,


His tória Geral de Portugal e s uas Conquis tas
que pode s er c ons ultado aqui:
http://books .google.pt/books ? id=ZerqifG s q3 Y C

não deixamos de notar c omo interes s ante a referênc ia às T orres A ltas (**) de
T róia (no P refác io, página XXXI ), bem c omo uma referênc ia à c hegada da A rmada
de U lis s es no T ejo, a fundaç ão da c idade U lys s ipo que o Rei G orgoris teria
c ons entido, c edendo a U lis s es a mão da s ua filha C alips o. A s c lepíades teria
as s egurado que aí U lis s es fundara um T emplo de M inerva, onde teria ainda vis to
(no s eu tempo, s éc . I I - BC E ) des troç os dos s eus navios .

(**)
Comparar com as Torres de Shetland (ver 2ª notícia Abril/2010 no blog Portugalliae). Essas torres
são de origem desconhecida, segundo a reportagem da BBC, estando subjacente um comércio marítimo na
Idade do Bronze que talvez envolvesse um antigo comércio marítimo na Europa Ocidental.

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Q uinta- feira, 2 0 de M aio de 2 0 1 0


A espiga e o alecrim

C omeç o pelo vers o de C amões (ins pirado no de P etrarc a), dito pelo s oldado
L eonardo:

- Tra la s pica e la man, qual muro è mes s o! (Entre a espiga e a mão que muro se levanta!)

Maia e Maio
O dia da es piga é uma tradiç ão de M aio, perdida nos tempos ... por um lado
relac ionada muitas vezes c om c ultos pagãos as s oc iados à primavera, pode ter
s ofrido alteraç ões na s ua c oloc aç ão no c alendário, relativamente a M arç o.
O nome M aio, M aia, foi fic ando... nalgumas regiões de P ortugal ainda s ubs is te a
tradiç ão de fazer uma bonec a de palha, c hamada M aia!

M aia s eria uma deus a filha de A tlas , e de uma ninfa oc eânic a da A rc ádia, figura

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31-12-2010 alvor-silves
c omo uma das s ete es trelas nas P lêiades . Será dos raros c as os em que o s eu
nome não s ofre grande alteraç ão ao longo dos tempos , e é s onoramente idêntic o
em várias línguas . N uma pequena variaç ão, É s quilo terá aparentemente tentado
as s oc iá- la a G aia!
P or outro lado, teve c om Zeus /J úpiter um filho que s eria H ermes /M erc úrio, e
protegeu A rc as de H era (que tinha trans formado a mãe C alis to num urs o, no c éu
fic ando a U rs a M aior, e A rc as c omo a U rs a M enor).

J á na tradiç ão romana, M aia é muito as s oc iada aos ritos de primavera e as s im há


uma ligaç ão a es ta tradiç ão da es piga em M aio e a uma bonec a c om o s eu nome.
E s te dia de des c ans o em M aio, tradiç ão milenar, es tá na origem de tradiç ões mais
rec entes que o es tabelec em a 1 de M aio.
Se por um lado o dia de es piga foi ligado à quinta-feira de A s c ens ão, por influênc ia
c atólic a, es tá também ligado ao movimento laboral.

O nome M aia é ainda indis s oc iável de outras partic ularidades ...


- O s Senhores da M aia, es tiveram na fundaç ão de P ortugal. C omeç ando c om
T ras tamiro A boazar (c ujo nome é de origem des c onhec ida, talvez árabe), temos
talvez o mais marc ante G onç alo M endes da M aia, "o L idador" , amigo próximo de
D . A fons o H enriques .
- O s M aias , o romanc e de E ç a de Q ueirós ...
- O s M aias , povo que " c urios amente os tentou es te nome, do outro lado do
A tlântic o...
- I lha de M aio, que é nome de ilha em C abo V erde, mas também foi nome de ilha
nas C araíbas .

P orém, regres s ando à es piga, a tradiç ão de M aio, junta- lhe outras "flores ":
- malmequeres , papoilas , alec rim, oliveira, videira...
C ada uma des tas "flores " parec e ter um c erto s ignific ado, mas nem s empre
unânime.
P or exemplo, foi- me dito ouro/prata para malmequeres amarelos /branc os ,
liberdade pela papoila, e o alec rim parec e es tar relac ionado c om a s aúde...

A lecrim
H á é c laro a c élebre c anç ão popular... mas há mais !
D e A ntónio J os é da Silva tivémos as Guerras de Alecrim e Manj erona onde, logo de
ínic io e um pouc o a des propós ito, diz o pers onagem Semic úpio:
- Já f ica as s inalada na Carta de Marear toda a cos ta de les te a oes te, com s eus cachopos
e baixios !
É c laro que é uma referênc ia s emelhante à de P edro N unes , quando s e refere às
c artas de marear, e à maior ignorânc ia na leitura de les te a oes te... que a tal
rotaç ão do portulano de P edro Reinel parec e as s oc iar ao M éxic o. T alvez por es te
tipo de impertinênc ias , A ntónio J os é da Silva ac abou por dific uldades na
ac eitaç ão do s eu trabalho, e ac abou por terminar à mão da I nquis iç ão.
T alvez por c aus a de um ac rés c imo de impertinênc ias o terramoto de 1 7 5 5 não
s eja apenas um s is mo, s eja também um inc êndio que delapidou a nos s a memória
doc umental, e um período ilus trado pelas inúmeras exec uç ões e autos - de- fé
s ubs equentes :

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F ez hoje 5 6 1 anos que, a 2 0 de M aio de 1 4 4 9 , o I nfante D om P edro foi morto na


Batalha de A lfarrobeira, e pros c rito da his tória nac ional (exc epto no breve período
de s eu neto, D . J oão I I ). O lhando para o s eu eterno s emblante jovem, aqui:

... não podemos deixar de ler C amões , a des propós ito (C anto 7 , §7 7 ) de um velho
de as pec to venerando:

Cuj o nome não pode s er def unto


Enquanto houver no mundo trato humano:
No trajo a Grega us ança es tá perf eita,
Um ramo por ins ígnia na direita.

Um ramo na mão tinha... Mas , ó cego!


Eu, que cometo ins ano e temerário,
Sem vós , Ninf as do Tejo e do Mondego,
Por caminho tão árduo, longo e vário!
Vos s o favor invoco, que navego
Por alto mar, com vento tão contrário,
Que, s e não me ajudais , hei grande medo
Que o meu fraco batel s e alague cedo.

E a partir des s e ponto, e por muitos s éc ulos , quero c rer que novos ramos foram
adic ionados à es piga... até que do nevoeiro s e des c obris s e o enc oberto, e o
mundo des ejado voltas s e.

Publicada por AlvorSilves em 18:28 4 comentários Hiperligações para esta mensagem

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Sexta- feira, 7 de M aio de 2 0 1 0


Teatro dos Descobrimentos

A ut or=??, Dat a=??

E m múltiplos s ites aparec e es te "mapa de des c obrimentos ", s em que eu tenha


enc ontrado nenhuma referênc ia a quem teria s ido o Autor ou a Data em que foi
realizado...

P ela exac tidão do c ontorno, s omos imediatamente levados a pens ar que s e trata
de uma reproduç ão realizada pelo menos no Séc ulo XX, já que s ó nes s a altura
haveria c onhec imento para um tal grau de prec is ão! E s pec ialmente s e olharmos
para a C os ta N orte do C anadá.

N o entanto, não deixa de s er c urios o que quem terá feito es te mapa, ins is te
nalgumas (im)prec is ões , típic as da époc a dos des c obrimentos , es pec ialmente nas
ilus traç ões internas .

A reproduç ão poderá até ter alteraç ões pos teriores , mas todo o es tilo do mapa, o
des taque a s er " P rojec ç ão M erc ator" (... que outra haveria de s er depois do s éc .
XV I I ? ), induz uma res pos ta c urios a:
... es te mapa tem todas as caracterís ticas das cartas do Séc. XVI

C ertamente que haverá uma res pos ta, e um eventual c ulpado (rec ente) de tal
finura, mas vou c oloc ar a ques tão de uma forma diferente...
- Q uando P edro N unes , em 1 5 3 7 , afirma: "E f izeram o mar tão chão que não há hoj e
quem ous e dizer que achas s e novamente alguma pequena ilha, alguns baixos , ou s e
quer algum penedo, que por nos s as navegações não s ej a j á des coberto",
e num "es boç o autorizado" , no mes mo T ratado da Sphera, é c apaz de fazer mapas
des tes :

... s eria de es perar que, s em outras res triç ões , apres entas s e um mapa
s emelhante para s er c ons is tente c om a s ua afirmaç ão!
N otas adic ionais s obre o mapa:

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O mapa tem uma ins c riç ão no c anto inferior es querdo, que o parec e as s oc iar ao
M us eu da M arinha (**).
N o entanto, não s e enquadra num típic o mapa his tóric o, porque:
(i) N ão aparec em as des ignaç ões dos c ontinentes A meric a ou A us tralia, nem
aparec e o H avai.
(ii) N a A us tralia não há qualquer nome, apenas des enho de pais agem, que nem
s erá o mais ajus tado fac e ao c onhec imento após o Séc . XI X.
(iii) N a A méric a as des ignaç ões referem- s e apenas a C anada, N ova G ranada,
N ova E s panha, T erra F lorida, T erra de C orte Real, e T erra dos Bac alhaos .
(iv) A s res tantes des ignaç ões e bandeiras s ão apropriadas para um mapa da
époc a de D . Sebas tião.
(v) A referênc ia à P rojec ç ão M erc ator também s eria apropriada para a époc a de D .
Sebas tião, depois do Séc . XV I I tornou- s e de tal forma c omum, que s eria
redundante referi- lo num mapa.
(vi) H á uma bandeira portugues a e outra es panhola nas F ilipinas , o que s e
ajus taria ainda à époc a de D . Sebas tião, tal c omo a rec lamaç ão da T erra de C orte
Real para P ortugal.
(vii) Se o mapa pretendes s e s ó invoc ar his toric amente os des c obrimentos
portugues es s eria redundante c oloc ar as bandeiras es panholas (não c oloc a
franc es as ou ingles as ), e não faria s entido c oloc ar as bandeiras de outras naç ões
à époc a de D . Sebas tião. A liás D . Sebas tião s eria talvez o únic o monarc a c om a
c oragem de ac eitar a public aç ão de tal mapa.
(viii) Se a linha c os teira não tem quas e nenhum erro, o mes mo não podemos dizer
do Rio A mazonas e do Rio da P rata, que s ão ilus trados c onforme era habitual no
Séc . XV I .
(ix) I ndependentemente da dataç ão, o autor c oloc a diferentes tipos de
embarc aç ões no mapa. P odemos ver algumas bem primitivas na direc ç ão da T erra
dos Bac alhaos . I s s o é ainda uma informaç ão adic ional s obre a époc a das viagens .
(x) N a G ronelândia aparec em pinguins ... algo es tranho de s e c onfundir já no Séc .
XI X ou XX.
(xi) São as s inaladas algumas trajec tórias de viagens his tóric as :
- - (a) V emos as rotas das viagens de D ias , G ama, C abral ou M agalhães (es ta
terminando nas F ilipinas ), mas não de C olombo...
- - (b) São apres entadas viagens que s aem dos A ç ores . U ma dirige- s e para
G ronelândia- les te, e deverá s er uma viagem dos C orte- Real. A outra é mais difíc il
de identific ar, s aindo dos A ç ores , atinge a F lórida, e depois s obe a c os ta
americ ana até à N ova E s c óc ia.
- - (c ) H á ainda uma viagem, também não identific ada, que s aindo do P erú em
direc ç ão ao P ac ífic o atinge as I lhas Salomão, e regres s a pelo P ac ífic o explorando
a c os ta M exic ana.
E s tes s ão alguns dos indíc ios s ufic ientes para s upor que es te mapa pode até ter
s ido feito pos teriormente, mas reflec tiria um eventual mapa à époc a de D .
Sebas tião. C om uma outra vers ão, c om maior res oluç ão, talvez s e c ons eguis s em
ainda retirar muito mais c onc lus ões .

(**) Actualização em 10 de Maio de 2010

Após KTemplar ter disponibilizado ontem algumas fotografias de uma cópia que possui, em
http://groups.google.com/group/history-of-the-americas/files
são interessantes as conclusões:
(C1) - A inscrição diz
"Executado pelo pessoal técnico do Museu da Marinha. Maio de 1970"
(C2) - A viagem Açores-Flórida-Nova Escócia é atribuída a Gaspar Corte-Real (1501-02). A viagem
Açores-Gronelândia é atribuída a João Fernandes Labrador (1495).
(C3) - A viagem Perú-Ilhão Salomão-México é atribuída a Pedro Fernandes Queirós (navegador já
aqui referido por JM-CH). A outra parte da exploração Californiana é atribuída a João Rodrigues
Cabrilho (1542).
(C4) - Curiosamente, na cópia de KTemplar, não aparecem os pinguins na Gronelândia!!

Portanto, há mais do que uma versão do mapa... com ou sem pinguins!


As perguntas que ficam são:
- o que leva o "pessoal técnico" do Museu da Marinha a decidir ou não colocar "pinguins na
Gronelândia"?
- de onde vem esta inspiração para um mapa comemorativo, próprio para o Séc. XVI, com
nomenclatura própria dessa época específica (reinado de D. Sebastião)?
- de onde vem a inspiração para desenhos pouco informados de animais, como tigres ou cangurus?
Para além das outras questões já mencionadas em cima...

Publicada por AlvorSilves em 16:01 9 comentários Hiperligações para esta mensagem

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P ágina inic ial D es c riç ão M etodologia Referênc ias 1 0 M A IN FA C T S

Q uinta- feira, 6 de M aio de 2 0 1 0 Pesquisar nest e blogue


Theatrum Mundi
Pesquisar
N o final do s éc . XV I aparec e um mapa c om a des ignaç ão "T heatrum M undi",
realizado por
atribuído inic ialmente a J oão L avanha em 1 5 9 7 (e a L uis T eixeira c om eventual
c onc lus ão c . 1 6 1 2 , de ac ordo c om a P ortugaliae M onumenta C artographic a), mas
provavelmente bas eado num mapa português muito anterior: Ligações
odemaia
his tory of the americ as
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pens armos .

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V er o meu perfil c ompleto

A rquivo do blogue
▼ 2 0 1 0 (5 0 )
► D ezembro (3 )
Theatrum Mundi - João Lavanha, Luis Teixeira (c. 1597-1612)
► N ovembro (8 )
A pes ar de aparentar algumas pres umíveis inc orrec ç ões demas iado evidentes (a ► O utubro (6 )
s empre oc ulta A us trália, propos itadamente c onfundida c om a A ntártida e c om o
nome N ova G uiné), es te é talvez um dos exemplares portugues es mais ► Setembro (5 )
interes s antes dos que res tam intac tos , apres entando todo o mundo.
► A gos to (1 )
E m partic ular apres enta o Est reit o de A nian, que não s e c hamava Est reit o de
Bering, pois quem "des c obriu" es s e E s treito - o explorador V itus Bering (1 6 8 1 - ► J ulho (1 )
1 7 4 1 ) - a i nda nã o era ta mpouco na sci do...
► J unho (7 )
A pres enta de forma muito rigoros a toda a P as s agem N oroes te (realizada por
A munds en em 1 9 0 6 ), e também a P as s agem do N ordes te que deverá ter s ido ▼ M aio (5 )
navegada por D avid M elgueiro em 1 6 6 0 - 6 2 , mas que é atribuída a N ordens kjold P or T ubal
em 1 8 7 8 - 7 9 .
D amião C as tro
O mapa português ins is te em não us ar a projec ç ão de M erc ator, e tirando es s e
as pec to, não s erá muito diferente de um mapa anterior (c . 1 5 7 0 ) do famos o A es piga e o alec rim
A braham O rtelius :
T eatro dos D es c obrimentos

T heatrum M undi

► A bril (4 )

► M arç o (1 )

► F evereiro (1 )

► J aneiro (8 )

Et iquet as
de C alis to (1 )
E nglis h (3 )
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Q ues tão G aia (2 )
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Últ imos coment ários

Abraham Ortelius (c. 1570)

T ambém O rtelius apres enta uma pos s ibilidade para ambas as pas s agens , e a
repres entaç ão s ugere o E s treito de A nian (onde es tá o A nian Regnum)... no
entanto, não é a mes ma c ois a!

A repres entaç ão do c ontinente americ ano era, no final do Séc . XV I , muito melhor
do que em mapas pos teriores . D amos c omo exemplo, um mapa c . 1 6 3 0 , de
H ondius , talvez um dos melhores do Séc . XV I I , mas onde já des aparec eu o
E s treito de A nian... e qualitativamente inferior até ao mapa de J oão de L is boa (o
do logotipo alvor-s ilves ) public ado um s éc ulo antes .

Jodocus Hondius (c. 1630)

A té à viagem do "C aptain C ook" em 1 7 6 8 - 7 1 , a parte oc idental da A méric a do


N orte foi- s e des vanec endo dos mapas . A A us trália s eria pontualmente
repres entada, apenas na s ua parte oc idental, após as viagens de T as man (1 6 4 2 -
4 4 ). V er, por exemplo, G . D elis le (c .1 7 0 0 ).

Após a res tauração de independência, praticamente deixam de s e encontrar mapas


relevantes , de origem portugues a. Será um cas o de es tudo em que uma nação evolui no
tempo, mas perde toda a s ua capacidade intelectual para as gerações s eguintes .

A nálise do Mapa Theat rum Mundi

O mapa T heatrum M undi de J oão Baptis ta L avanha é provavelmente um último


grito abafado, realizado a pedido de C atarina de Braganç a.

N ele enc ontramos uma dis torç ão provoc ada por duas ros as - do- vento polares ,
alguma imprec is ão nos c ontornos des s a parte americ ana (tal c omo em Á fric a),
mas que retrata fielmente os detalhes e c ontornos na " parte obs c ura" da A méric a:
A las c a e C anadá. Se s eguirmos a linha de c os ta enc ontramos c orres pondentes

file:///G:/a-s/alvor-silves-1.htm 2/13
31-12-2010 alvor-silves
em (quas e) todos os c as os (p. ex. Baía de H uds on - 1 6 1 1 , Baía de Baffin- 1 6 1 6 ) ,
o que não s e verific a s empre c om o mapa de O rtelius . T ambém c lara é a diferenç a
no c ontorno da Rús s ia s etentrional. E m L avanha, já é pos s ível nomear N ova
Zembla, des c oberta por Barents em 1 5 9 7 , que aí morre.

A realizaç ão de tal mapa s ó s eria jus tific ável por uma c oinc idênc ia muito para
além do razoável, e c omo tal es te mapa não faz parte da "c olec ç ão ofic ial",
enc ontrando- s e ainda as s im na P ortugallia M onumenta C artographic a, de 1 9 6 0 .
É ac tualmente quas e des c onhec ido, pois mais uma vez foi c onc edida à nova
geraç ão o privilégio de s e es quec er da anterior.

T erras na A méric a Setentrional no T heatrum M undi (de oes te- les te, norte- s ul):
- Mendocino, Quiuira Regio, Anian Regio, Bergi Regio,
- Agama, Canaoga, Tolm,
- Chiugigua, Cogibel, Albardos , Zubgara, Sete Cidades , Nova Granada,
- Avanares , Capas chi, Florida, Cos s a, Tagil
- Saguena, Ochalaga, Apalache n,
- Canadaa, Norumberga
- Stotilano, Aratoris , Terra Nova dos Bacalhaos

H á dois lagos nomeados :


- C onibas (provavelmente a entrada do M ar Beaufort na Baía A munds en)
- M ar D oc e (provavelmente a baía de H uds on)

T alvez o mais interes s ante s eja ainda o nome:


- Mar Vermelho: ac tualmente o G olfo da C alifórnia
E s ta des ignaç ão enc ontra- s e noutros mapas . C onvém notar que o outro mar
vermelho s eria então des ignado M ar A rábic o (havendo ainda o M ar P érs ic o).

N ão vou entrar em detalhes s obre toda a c onfus ão que pode exis tir quando s e
referem c ois as que s e pas s aram no M ar V ermelho, c onfundindo C alifórnia c om
A rábia... N ão deixo de s alientar que a C alifórnia foi também vis ta c omo uma terra
prometida, e que no prolongamento do Rio C olorado enc ontramos a ins c riç ão
Ceuola e depois Sete Cidades (referindo- s e provavelmente às Sete C idades de
C íbola... ou s erá C ebola? )

Q uanto às outras des ignaç ões também muito há a dizer... por exemplo, Agama é
entendida c omo uma palavra em s ans c rito referindo- s e a um dos vedas . H á um
C anaoga P ark na C alifórnia, etc ... mas uma parte des tes nomes es tranhos perdeu-
s e nos mitos dos tempos .

Encobriment os...

C omo é fác il c onc luir, a polític a de enc obrimentos manteve- s e mes mo após as
des c obertas portugues as , e até à viagem de C ook. A viagem de C ook, quas e
c ontemporânea da Revoluç ão de I ndependênc ia A meric ana marc ou
definitivamente o fim da oc ultaç ão de uma parte c ons iderável do mundo.

D e c . 1 6 0 0 até 1 7 7 1 , o mundo que era " des c oberto", ou melhor, não era
" enc oberto", não inc luía metade da A us trália e N ova Zelândia, H avai, ou ainda a
parte norte da A méric a, ac ima da C alifórnia.

O que s e pas s ou nes s a parte "encoberta", e perf eitamente habitável, durante mais de
dois s éculos ? O que determinou o s eu f im, cas o tenha havido "fim"?

Publicada por AlvorSilves em 18:28 5 comentários Hiperligações para esta mensagem

Etiquetas: Tese-Alvor-Silves

D omingo, 2 5 de A bril de 2 0 1 0
Tagus Aureo
J uvenal, Decimus I unius I uvenalis (~6 0 - 1 2 7 ) nas s uas Sátiras menc iona por duas
vezes o Rio T ejo...

Ah! Let not all the s ands of the s haded Tagus , and the gold which it rolls into the s ea,
be s o precious in your eyes that you s hould los e your s leep, and accept gif ts , to your
s orrow, which you mus t one day lay down, and be f or ever a terror to your mighty
f riend!
J uvenal (Sátira 3 )

The man for whos e des ires yes terday not all the gold which Tagus and the ruddy
Pactolus rolls along would have s uf f iced, mus t now content hims elf with a rag to cover
his cold and nakednes s , and a poor mors el of f ood, while he begs f or pennies as a
s hipwrecked mariner, and s upports hims elf by a painted s torm!

J uvenal (Sátira 1 4 )

P ortanto, c onc luímos des ta pequena referênc ia que no Séc .I /I I era do c omum
c onhec imento romano que o s ítio que fornec eria a maior parte do ouro que
c hegava a Roma, vinha es s enc ialmente do Rio T agus . C és ar foi quaes tor da
L us itânia, e parte do s eu s uc es s o es tá ligado às moedas de ouro c om que pagava
às s uas legiões ...

N ão é c ompletamente c lara a referênc ia de J uvenal ao "ouro que rola" pelo


" s ombrio T ejo" , parec endo já querer aludir a algum mis tério. Sobre o "ruivo" Rio
P ac tolus , apurei que s eria na L ídia... região já por s i também s ombria, e que c omo
tal uma boa parte de " regiões s ombrias " foram s empre s ituadas na Á s ia M enor.

file:///G:/a-s/alvor-silves-1.htm 3/13
31-12-2010 alvor-silves
N es s a peníns ula turc a, c ouberam muitos reinos poderos os , muitas vezes
c ontemporaneamente, s em que s e perc ebes s e o que delimitaria fis ic amente as
s uas fronteiras e c omo s e proc es s aria a s ua c onvivênc ia.

É num mundo c ontraído por uma H is tória rees c rita, que enc ontramos também
demas iadas s emelhanç as de nomes .

À forç a de querer limitar as navegaç ões gregas a paragens próximas , nomes c omo
I beria ou A lbania, aparec em as s oc iados a reinos do C áuc as o, próximos de uma
C ólquida, no M ar N egro, as s oc iada à viagem do intrépido J as ão e dos A rgonautas .
N ão s erá porém de c ons iderar que es s e M ar N egro, o P ontus E uxinus , não foi
renomeado pela es c uridão medieval que s e as s oc iou ao O c eano A tlântic o... e que
a viagem de J as ão foi para além do E s treito de D ardanelos , s ervindo c omo alias do
E s treito de G ibraltar.

A final não s erá natural que o Rei D ardanus (filho de Zeus e E lec tra, neto de A tlas )
tenha c as ado c om Batea (as s oc iando- a à Baetia, região romana do G uadalquivir ~
Baetis F luvius )?
I s to c oloc a- nos na zona de T róia....

M as , afinal, não s erá natural que O lis s ipos - L is boa, derive de U lis s es por alguma
razão?
Seria as s im jus tific ável o nome de T róia para a peníns ula... que s empre teve es s e
nome.
Setúbal, antiga c idade do Rei T úbal teria talvez s ido a antiga T róia, após o
D ardanelos ?
O Rio Sado, era pelo Romanos denominado Calipos F luvius . N ão s erá também de
as s oc iar es s e nome à ninfa C alips o, filha de A tlas , que reteve U lis s es por 7 anos ?
Q ual s eria a ilha... uma ilha onde há uma O rquídea c uja variedade s e c hama
C alips o?

P or que razão limitar as grandes navegaç ões gregas à A s ia M enor?


Se D uarte P ac hec o P ereira c ita E s trabão, e diz que M enelau, marido de H elena de
T róia, c ontornou toda a Á fric a, por onde teria andado U lis s es que merec eu de
H omero um poema muito maior, uma O dis s eia?

T eria U lis s es fic ado perdido num M ar M editerrâneo que os G regos c onhec iam tão
bem, ou terá U lis s es fic ado perdido no grande O c eano A tlântic o? ... quiçá, no meio
de s ereias que os portugues es voltaram a encontrar!
Se as ilhas gregas es tavam mais dis tantes entre s i do que M ic enas es tava da
T róia na A natólia, faria s entido embarc arem todos numa longa viagem, que afinal
era tão próxima? N ão faria mais s entido que es s a viagem vis as s e uma dis tante
T róia, s ituada após o M ar M editerrâneo?

Será demas iado nac ionalis mo? ... há falta de objec tividade, ou depois de um T ejo
M ahalay, teremos agora uma H elena de T róia, raptada por um P áris s etubalens e...

É difíc il dis tinguir as influênc ias , mas s eguindo es ta linha, aparec e ainda c omo
c ons is tente a ideia de P oliziano - Roma enquanto c olónia L us itana... É que
s egundo V irgílio, A frodite terá s ugerido a E neias partir de T róia, e fazer reviver a
glória de T róia numa outra parte... em Roma.

É nes ta parte difíc il dis tinguir o aproveitamento da lenda para interes s e próprio...
os portugues es do Séc . XV podem ter des c oberto doc umentos nes ta linha, ou
podem ter s eguido a linha de rees c rever a his tória a s eu belo prazer, as s oc iando
alguns nomes c onvenientemente!

Publicada por AlvorSilves em 20:15 16 comentários Hiperligações para esta mensagem

Etiquetas: Tese-Alvor-Silves

T erç a- feira, 2 0 de A bril de 2 0 1 0


Navegações islandesas
O mapa s eguinte (obtido aqui) reporta as navegaç ões de N ic olo Zeno e A ntonio
Zeno, à I s lândia e G ronelândia, no final do Séc . XI V , mais c onc retamente em
1380.
O c arta deve s er italiana (mes mo muito pos terior à des c riç ão do neto C atarino
Zeno, provavelmente do Séc . XV I I ), mas reporta- s e a es s as viagens anteriores ,
c onforme s e vê na legenda s uperior do mapa:

file:///G:/a-s/alvor-silves-1.htm 4/13
31-12-2010 alvor-silves
É interes s ante s aber que os italianos c hamavam T ramontana à parte Á rtic a.
N es te c as o o meridiano zero pas s aria ao largo da E s c óc ia, pela I rlanda e pela
c os ta portugues a.

O utros nomes relevantes :

habituais : G rolandia, I s landa, N orvegia, Svec ia, G oc ia, D ania, Sc oc ia;


menos habituais : E ngronelant, E s totiland, D rogeo, I c aria, F ris land;

C andido C os ta, em 1 8 9 6 , relata uma vers ão dos des c obrimentos medievais da


A méric a, em muito referindo- s e à tes e do antiquário C arl C hris tian Rafn (1 7 9 5 -
1 8 6 4 ):

E m 8 6 1 a I s lândia terá s ido des c oberta por um pirata norueguês que a denominou
" Sneeland", a que s e s eguiu um outro, de nome F loko que lhe deu o nome ac tual.
C andido C os ta não deixa de anotar que os piratas es c andinavos vis itariam a
G ronelândia des de o Séc . V I .

E m 8 6 3 há ainda relato de uma viagem à I s lândia de G ardar, normando de origem


s uec a. L ogo de s eguida, em 8 6 8 , alguns aris toc ratas des c ontentes c om o reinado
do rei H arald da N oruega terão dec idido formar governo na I s lândia, s ob regênc ia
de I ngolf. E m 9 2 8 a c olónia flores c ia, e a partir da I s lândia em 9 8 2 , E ric "o Ruivo"
es tabelec e uma outra c olónia na G ronelândia.

E m 9 8 5 , Bjorn H ieriolfs on terá navegado nas c os tas da A méric a e c omunic ado


is s o ao filho de E ric , que fic ou c onhec ido c omo L eif E ric s on. A viagem de L eif é
c oloc ada em 1 0 0 1 , es tabelec endo c olónias em H elleland (T erra P edregos a),
M arkland (T erra de M ato) e V inland (T erra do V inho), a primeira das quais
C andido C os ta as s oc ia à T erra N ova, e as s eguintes a partes do c ontinente
americ ano.

O s uc es s or de L eif é apontado c omo T horfinn H arbefeue, que s e c as ou na


G ronelândia e teve um filho, já na A méric a, em 1 0 0 8 , de nome Snorr. D es s e Snorr
des c enderiam os bis pos da I s lândia: T horlak, Bjoern e Brand.

P ara c onfirmar es ta pres enç a, pelo menos na G ronelândia, C . Rafn apontou uma
pedra rúnic a des c oberta por P elinut em 1 8 2 4 , a 7 3 ºN de latitude, que diria:

Erling Sigvals on, Bj orn Hordes on e Endride Addon, s ábado antes de Gagnday (25 de
Abril), levantaram es te montam de pedras e limparam es te lugar no ano de 1135.

O u s eja, es tamos em latitudes ac ima do E s treito de D avis (1 5 8 7 ), na Baía de


Baffin (1 6 1 6 ), c om a diferenç a de 5 0 0 anos . A s dific uldades s urgidas 5 0 0 anos
depois podem es tar relac ionadas c om um "arrefec imento global" do planeta, que
tornou impratic áveis viagens a latitudes tão elevadas . E es te apontamento tem
alguma relevânc ia para as c onc epç ões ac tuais de "aquec imento global".

A c res c enta C andido C os ta que a igreja de H amburgo já rec onhec eria em 8 3 4 a


G ronelândia, havendo mes mo menç ão numa Breve de G regorio I V , papa em 8 2 7 .
E m 1 3 8 3 c hegou notíc ia de ter falec ido 6 anos antes um bis po de terras
americ anas . H ouve notíc ia em 1 1 2 1 de um bis po E ric ter s ido trans portado da
G ronelândia para V inland, para c onvers ão dos c ompatriotas que ainda s eriam
pagãos . M es mo em 1 4 4 3 o P apa E ugénio I V terá des ignado um bis po para a
G ronelândia, e es s e c onhec imento é c onfirmado na Bula E xinjunc to de N ic olao V .

A reportada a viagem à I s lândia e G ronelândia, dos irmãos A ntonio e N ic olao


Zeno, c onforme o mapa, em 1 3 8 0 , em s erviç o de um princ ípe das I lhas F aroé,
pas s a as s im por novidade apenas nalgumas latitudes .

E m 1 4 1 8 a G ronelândia s ofre uma invas ão e des truiç ão c ompleta da c olónia. I s s o


é atribuído a um P rinc ípe Zic hmni (que alguns as s oc iam a um C onde de O rkney,
H enry Sinc lair, pretens amente templário... o nome parec erá mais árabe).

H á ainda a lenda do princ ípe de G ales , M adoc , que teria viajado c om a s ua c orte
para a A méric a, no Séc . XI I , e uma eventual relaç ão linguis tic a c om índios
branc os , que falavam uma língua que es taria entre o G alês e o P ortuguês , de
ac ordo c om os primeiros c olonos ...

M as talvez a parte mais interes s ante no trabalho de C andido C os ta é ele c entrar o


s eu trabalho na data da des c oberta do Bras il (2 2 de A bril, c orrigido pelo
c alendário a 3 de M aio). A penas c omo trabalho de rodapé s urge toda a res tante
des c riç ão his tóric a... diz as s im:

" Além do que f ica expos to, es te livro contém elementos que comprovam o conhecimento
que tinham da América antigos povos do Oriente e da Europa, antes que Colombo
houves s e aventurado à empres a da qual res ultou a s ua maior glória. Nes s e contexto não
s e revela a f orma elevada dos que s e abalançaram com a f ilos of ia da his tória a tornar
s umptuos o e aprimorado o as s unto, que des crevo pela rama, s em f itar as altitudes a
que os mais competentes pos s am atingir. (...) Não entro tão pouco nos complicados
meandros da lei geral da evolução para formar o conj unto de apreciações f ilos óf icas , até
à época do grande acontecimento pelo qual s e tornou conhecido def initivamente o
continente americano."

Publicada por AlvorSilves em 19:14 13 comentários Hiperligações para esta mensagem

Etiquetas: Historiadores

D omingo, 1 8 de A bril de 2 0 1 0
Jerusalem no Livro de Marinharia

file:///G:/a-s/alvor-silves-1.htm 5/13
31-12-2010 alvor-silves
N a s equênc ia de res pos ta anterior, c oloc o aqui Jerus além no Mapa do Livro da
Marinharia (J oão de L is boa, m. 1 5 2 5 )

O L ivro de M arinharia é uma fonte de


s urpres as ...

N o detalhe do mapa podemos ver J erus além c om as "5 quinas " c omo bandeira...

(e no mapa geral podemos ver uma possível localização do Lago Vitória, nascente do Nilo)

N em s e trata de c as o is olado, há outros mapas , de fonte divers a, c omo o M apa de


C antino, que evidenc iam bandeiras c ris tãs em J erus além (há também em J affa -
ac tualmente T el A viv), e por todo o M ar V ermelho.

Jerusalém. O domínio do M ar V ermelho, M ar P érs ic o, e da P eníns ula A rábic a é


efec tivo no tempo de A fons o de A lbuquerque, que c onquis ta Suez, junto ao Sinai.
I nvenc ível, em 1 5 1 5 , ameaç a a c onquis ta de M ec a para em troc a do c orpo do
P rofeta M aomé, obter as c idades s antas . N es s e mes mo ano, é urgentemente
s ubs tituído por L opo Soares de A lbergaria... C ons ta ofic ialmente que o "C és ar do
O riente" terá então morrido, "c ombalido c om o des goto".

- P oderá ter ac ontec ido que J erus além não prec is as s e de s er c onquis tada? Q ue a
prerrogativa de paz/guerra que D . J oão I I tinha auferido, e que P oliziano menc iona,
lhe permitis s e ter o ac es s o de J erus além, a troc o do ac es s o dos muç ulmanos a
M ec a? ...

A fons o de A lbuquerque terá feito demas iadas c onquis tas em pouc o tempo...
T alvez s eja por is s o que D . M anuel irá ins is tir c om o filho, Brás de A lbuquerque,
para que adopte o nome do pai, e as s im lhe s ejam tardiamente as s ac adas parte
daquelas c onquis tas extemporâneas . P orém, o filho não terá ac eite! N o pequeno
tempo de luzes pos terior, c om D . Sebas tião, c ons egue uma public aç ão c orrigida
das c artas do pai.

Lago Vit ória. A pes ar de ofic ialmente o interior de Á fric a não ter s ido explorado
nes ta altura, etc , etc ... podemos ver nes te mapa uma loc alizaç ão razoável para o
L ago V itória, enquanto nas c ente do N ilo, onde até s e notam ilhas internas ao lago.

Tejo Mahalay. A pós o pos t anterior, rec ebi uma mens agem [de Knight-T emplar],
as s inalando que s e dis c utia que o monumento "mais belo do mundo" teria
efec tivamente o nome do Rio Tejo.
D e fac to, pode- s e s eguir uma dis c us s ão c orrente num fórum da BBC .... gerada por
um livro de 1 9 6 5 de Shri P . N . O ak, que o as s oc ia a um T emplo de Shiva, hindú.

file:///G:/a-s/alvor-silves-1.htm 6/13
31-12-2010 alvor-silves
N o entanto, julgo que ninguém proc urou as s oc iar nada à pres enç a portugues a.
T erá s ido obra dos "s enhores de A gra" ...
P arec e ninguém es tranhar o fac to de A gra ter s ido fundada (ou refundada) em
1 5 0 4 ... numa altura em que F ranc is c o de A lmeida era V ic e- Rei da Í ndia.
F ranc is c o de A lmeida que dizia jus tamente s er melhor polític a c oloc ar/apoiar
" marajás c olaborantes ", do que andar permanentemente em guerra.
T erá s ido is to a c ontinuidade da polític a de paz, de D . J oão I I , que tanto P oliziano
elogiava?
A cras. N ão s erá também es tranho haver:

A c ra (T erra Santa),
..... e surgirem na tra nsi çã o de 1500:
A c c ra (Á fric a, perto da F ortaleza da M ina), e
A gra (na Í ndia)...

A bandeira portugues a alternou entre 7 e 8 c as telos , durante os reinados de D .


J oão I I /D . M anuel. A s arquitec turas oc togonais es tão pres entes na C harola do
C onvento de C ris to (de origem no iníc io templário), na C úpula da Roc ha em
J erus além, e também de forma mais dis c reta no tal "T ejo M ahalay", c onforme
parec e que os s enhores de A gra lhe c hamavam:

T ejo M ahalay
... que tal c omo uma es tória camoniana, fic ou imortalizado c omo um monumento ao
amor.

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D omingo, 1 1 de A bril de 2 0 1 0
Correspondência de D. João II
N a obra "P ortugal e os E s trangeiros " , de M anoel Bernardes Branc o (1 8 7 9 ),
enc ontramos um relato de uma troc a de c artas entre o humanis ta italiano A ngelo
P olic iano (1 4 5 4 - 1 4 9 4 ) e E l- Rey D . J oão I I ... (a traduç ão do latim é de T eófilo
Braga):

De A ngelo Policiano a D. João II

Angelo Policiano a D. João por graça de Deus rei invictis s imo de Portugal e dos Algarves ,
d'aquém e d'além mar em Áf rica e s enhor de Guiné, s aúde !

C omquanto nem a minha c ondiç ão nem o meu s aber nem merec imento algum meu
s ejam tais que eu julgue s er- me líc ito es c rever- vos , rei invic to, todavia a vos s a
grandeza, lus tre e glória, os vos s os louvores , es palhados já por toda a terra, têm-
me as s ombrado de modo que, de s i mes ma, a própria pena arde em des ejos de
apres entar- vos letras minhas , ates tar- vos os meus s entimentos , exprimir- vos a
minha s impatia e, finalmente, render- vos graç as em nome de todos quantos
pertenc emos a es te s éc ulo, o qual agora, por favor dos vos s os méritos quas i-
divinos , ous a já denodadamente c ompetir c om os vetus tos s éc ulos e c om toda a
antiguidade.

D e feito, s e a brevidade de uma c arta ou a c ons ideraç ão do tempo o c ons entira, a


mes ma verdade me dera ous adia para que tentas s e mos trar que nem lauréis nem
dourados c arros de nenhum antigo herói podem s er c omparados às vos s as glórias
e imortais feitos .
Sim: — deixando atraz os c ombates que, ainda em tenros anos , empenhas tes
c ontra os povos Í mpios da ins ofrida A fric a, os poderos ís s imos exérc itos de
inimigos apartados uns dos outros que derrotas te, as praç as que rendes te, as
prêas que fizes te, as leis que impus es te a naç ões barbaras e indómitas , pas s ando
não menos em s ilênc io os brazões pac ífic os , que não c ederiam a palma às glórias
guerreiras , — que grandios o e vas to quadro de proezas apenas ac reditáveis s e me
não oferec ia, s e eu fos s e c omemorar as vagas do túmido e s oberbo oc eano, antes
intac tas e s em c arreira aberta, provoc adas e quebrantadas pelos vos s os lenhos ,
as balizas de H érc ules des prezadas , o mundo que havia s ido mutilado, res tituído a
s i mes mo, e aquela Barbaria, d'antes nem por vagas notíc ias de nós as s az

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31-12-2010 alvor-silves
c onhec ida, s elvagem, feroz, vivendo s em organizaç ão regular, s em figura de lei,
s em religião, quas i ao modo de brutos animais , agora trazida à polic ia humana, à
brandura de trato, s uavidade de c os tumes e, até, aos s entimentos religios os !

Q ue lugar tão azado não teria eu então para rec ontar os prec ios os benefíc ios que
os habitantes do nos s o c ontinente d'ali rec eberam, os abundantes rec urs os que
de lá vieram para nos melhorar e opulentar a exis tênc ia, o engrandec imento que
até à his tória antiga c oube, a fé que adquiriram antigas narrativas que outr'ora
es c as s amente s e podiam ac reditar; e, por outro lado, a quebra que tiveram na
admiraç ão? E ntão haveria eu também de abs olver de toda a s us peita de fals idade
o grande P latão e os annaes s ec ulares do E gipto, que, s em pres tarem c rédito,
fizeram menç ão d'es s e O c eano por ti s ubjugado c om poderos os exérc itos .

D e maneira que também c onfes s aria que razão teve A lexandre de M ac edónia em
s e ames quinhar lamentando que ainda res tas s em outros mundos às s uas vitórias .
N a verdade que outra c ois a nos fizes tes vós , prec laro prínc ipe, s enão — ac har
s eria expres s ão inadequada — trazer de trevas eternas e, quas i diria, do antigo
c aos , para a luz que nos ilumina, outras terras , outro mar, outros mandos e, em
c abo, outros as tros ?
— M as a que fim veio es praiar- me agora n'es te as s unto?
F oi para vos rogar em nome não s ó do pres ente s éc ulo, s enão também de toda a
pos teridade e de todos os povos , que não s ofrais que de tão s ublimes obras
feneç a ou s e perc a a memória que deve s er eternizada, mas antes ordeneis lhe
alc e um padrão a voz dos varões doutos , à qual nem o dente roedor do tempo no
s eu c urs o s ilenc ios o vale a c ons umir.
E , s e dais favor ao merec imento, porque não o haveis de dar à glória, c ompanheira
do merec imento? E s e ganhais por mão a todos os monarc as em generos idade de
brios e grandeza de ânimo, es ta vida humana tão breve, tão ins tável, que de tão
es c as s as e minguadas es peranç as depende em tão angus tiados limites é
es treitada, porque a não haveis de prolongar c om a c arreira imortal de inac es s ível
glória?

P or que não há- de a memória de feitos grandios os trans mitir- s e aos vos s os
s uc c es s ores mes mos , para que es s as illus tres faç anhas que jamais enc ontrarão
s egundas , lhes aproveitem s ervindo- lhes também de ens inamento e norma?
P orque não haveis de deixar um c omo typo a vos s os filhos e futuros netos , para
que nenhum degenére jamais da perene e abonada virtude dos s eus maiores e a
tenham diante dos olhos c omo tras lado para s e lhes formar o c arac ter e educ ar o
c oraç ão s egundo a prínc ipes c onvém?
F inalmente porque não hão- de também os outros reis que nas c erem s ob os
des vairados c limas do mundo, haver de vós , s enão que imitar, ao menos que
admirar?
O ra fazer extremadas proezas e não lhes dar realc e e luz c om as letras o mes mo
vale que proc riar filhos de peregrina gentileza e não lhes dar s us tentaç ão. N ão
ac onteç a, não, rei exc els o, que es s as vos s as glorias , tão c redoras da
imortalidade fiquem es c ondidas n'aquele vas to ac ervo da nos s a fragilidade, em
que jazem s epultados os trabalhos de todos quantos não houveram os s ufrágios
dos varões de s aber pres tante.
A c ordai- vos de A lexandre, ac ordai- vos de C és ar, os dois nomes princ ipais que a
fas tos a antiguidade nos alardeia. D e um, as s az memorada é a exc lamaç ão que
s oltou ao pé do túmulo de A quiles , c hamando afortunado ao manc ebo por ter
enc ontrado em H omero o pregoeiro das s uas glorias . O s egundo, ainda quando
es tava aperc ebido para travar c ombate, e quas i que até no meio do es trondo das
pugnas , c om tal es mero c ompunha as memórias dos s eus feitos , que nenhuma
obra a c rític a julga por tão bem trabalhada que a purís s ima elegânc ia d'aquele
autor lhe não leve a palma.
A es tes , logo, vós deveis , ao menos imitar, a es tes a quem nos outros res peitos
des mes uradamente vos avantajais . O que vos ac abo de dizer, c ompreendereis
que é a expres s ão da verdade e não a linguagem da adulaç ão, quando para vós
mes mo volverdes os olhos da vos s a inteligênc ia s oberana e tiverdes atentamente
examinado os formos os títulos da vos s a glória, mages tade e poderio, e
c ons iderado reflec tidamente a que fas tígio es tais s ubido nas c ous as humanas .

D e feito, ver- vos - eis rei da L us itânia, is to é (para res umir em uma palavra o que
entendo), de um povo de romanos de que outr'ora numeros as c olónias , s egundo a
his tória refere, s e ac havam dis s eminadas n'es ta região mais do que em nenhuma
outra. V ereis em vós o libertador da A fric a, es s a terc eira divis ão do orbe, que
des de já, pelos vos s os es forç os , s olta dos ferros dos bárbaros , exulta c ada vez
mais c om a es peranç a de c ompleta liberdade. V ereis em vós também o domador
d'aquelle vas to e indignado oc eano, a c ujos primeiros embates o mes mo H érc ules ,
o s ubjugador do mundo, enfiou.

Rec onhec ereis em vós o defens or da s anta fé c ris tã e da verdadeira religião, e o


mais potente arbitro da paz e da guerra c ontra a perfídia de M ahomé, alagando s ó
c om a vos s a mages tade, aquela pes tilenc ial fúria e ac abando as guerras mais
c ons ideráveis s ó c om o terror do vos s o nome, s ó c om a maravilha do vos s o valor.
E ao mes mo tempo, s enhor das c haves de um novo mundo, c omo que abrangeis
em um punhado os s eus numeros os golfos e os promontórios e as praias e as
ilhas e os portos e as praç as e as c idades à beira- mar, e quas i tendes nas vos s as
mãos naç ões inúmeras , aonde, c ontudo, nem a própria fama c om as s uas azas tão
velozes havia até então c hegado.
E quão grandios o não é ver os reis mais ignotos arderem em des ejos de vos
vis itar, venerar as vos s as pis adas , e c orrerem aç odados a ajoelhar aos vos s os
pés e a rec eberem à porfia das vos s as mãos tão poderos as pela fé c omo pelas
armas as águas purific adoras do baptis mo? ! e ver, es pertados pelo amor de uma
virtude jamais ouvida dos antigos s éc ulos , os habitantes dos mais apartados
c onfins da terra ac udirem apinhados à vos s a pres enç a, e já todo o meio- dia,
arranc ado do fundo das s uas moradas , dar- s e pres s a a c orrer venerabundo ante
vós , para de mais perto c ontemplar es s e s emblante c eles tial, a auréola de gloria

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que vos adorna a régia fronte, es s a mages tade, fiel trans umpto da divina? !

C om tais grandezas venha alguém pôr em parallelo a tomada de Babilónia, bem


que ufana dos s eus muros de tijolo, a rota dos bárbaros do oriente, já do próprio
natural tão fugazes ! V enha pôr em parallelo a provoc aç ão, não muito es forç ada
das iras do Sc ytha nómada, vagando por dilatadas c ampinas , c ontanto que não
lanc e também à c onta de louvor o as s as s inato, em meio dos fes tins , dos mais
c aros amigos , nem a adopç ão de es trangeiros c os tumes e des douros as
adulaç ões ! P onha em parallelo também o venc imento das G álias a c us to
s ubjugadas ao c abo de dez annos , ou outros feitos inferiores a es te c ontanto que
não tenha enc ómios para o s angue de c onc idadãos e parentes barbaramente
vertido por todo o orbe!
— A s s im que, rei s em par, vós s obre todos (es toure embora a inveja), vós s obre
todos s ois digno de eternas honras . A vós , primeiro do que a ninguém, devem de
s er c ons agradas as nos s as vigílias , quero dizer, as de todos quantos s omos
s ac erdotes das M us as . P or tal razão (s e, homem des c onhec ido, mas a vós mui
dedic ado, enc ontro alguma fé junto à vos s a pes s oa), s eja inc umbido, eu vos
c onjuro, a s ujeitos idóneos o enc argo de pôr em memória (s em duvida que
interinamente), em qualquer língua, em qualquer es tilo o as s unto tão ubertos o dos
feitos pratic ados por vós e pelos vos s os , obra que, mais tarde, tanto os outros em
quem ferve o mes mo entus ias mo, c omo também nós mes mos , envidando todas as
forç as , hajamos de polir e aperfeiç oar. N a verdade, pedi, não há muito, a es tes
s úbditos vos s os que es tão aqui, manc ebos de s ubido talento e elevado c arác ter,
os filhos de T eixeira, vos s o C hanc eller- mór, que por s ua intervenç ão me fos s em
aí c opiadas as memórias (s e é que exis tem) dos vos s os feitos : prometeram eles
des empenhar- s e c uidados amente no enc argo em res peito da obrigaç ão que
devem ao s eu prec eptor; todavia não quiz eu faltar a mim próprio, mas as s entei de
vos endereç ar eu mes mo es ta c arta, rei mui indulgente e c lemente, a quem já
pos s o dar também o nome de meu, querendo antes poder s er arguido de arrojado,
s e es c reves s e, do que de apouc ado de ânimo, s e me c ons ervas s e s ilenc ios o.

— N o que res peita a minha pes s oa, não é, c erto, ordinária a minha c ondiç ão, mas ,
na profis s ão das letras , também alguns c rêem que não é de todo inferior a minha
reputaç ão. Q uas i de menino fui ou c riado (e porventura que es ta c irc uns tânc ia
virá a propós ito) no s eio da hones ta família d'aquele varão illus tre, o primeiro
pers onagem na s ua tão florente repúblic a, L ourenç o de M edíc is . N ão c edendo a
ninguém em dedic aç ão à vos s a pes s oa, s oube ele, falando- me de vós , ac ender em
mim entus ias mo tão ardente pelos vos s os merec imentos , que dia e noite eu não
largo de pens ar no pregão dos vos s os feitos , e o mais fervoros o voto que eu agora
faç o é que mo s eja outorgada forç a, poder e finalmente ens ejo, para que o vos s o
nome tão digno de divinos elogios , os tes temunhos da vos s a piedade, integridade,
rec tidão, temperanç a, prudênc ia, juízo, os da vos s a jus tiç a, fortaleza, providênc ia,
liberalidade e grandeza de alma, e enfim os de tantas obras , tantas e tão exímias
faç anhas vos s as , tenham monumentos fiéis levantados , ainda que s eja por mim,
na lingua latina ou grega, de modo que não haja vic is s itude de humanos
ac ontec imentos , nem as s alto da varia e inc ons tante fortuna nem vetus tade de
s éc ulos que valha a extingui- los .

Respost a de D. João II
D. João por graça de Deus , rei de Portugal e dos Algarves , d'áquem e d'além mar em
Áf rica, e s enhor de Guiné, ao mui douto varão e prezado amigo, Angelo Policiano, s aúde !

A vos s a agradável c arta, que já há muito li, e, s obretudo o que amiudadas vezes
nos tem referido o nos s o querido C hanc eller- mór J oão T eixeira, me deu c abal
c onhec imento de quanto vos interes s a a nos s a glória (s e em c ous as humanas
alguma exis te) e quanto des ejais s alvar do olvido c om as vos s as letras o nos s o
nome e feitos . T al vontade, ainda que é uma prova as s az c lara de entranhado
afec to e s umma deferênc ia, todavia parec e- nos que nas c e ainda mais da bondade
do vos s o c oraç ão, da agudeza de engenho e da c opia de s aber, que miram a alvo
mais remontado.

A s s im que nos s entimos grandemente penhorados de vós , e, quando o tempo e as


c irc uns tânc ias o demandarem, tes temunharemos mais amplamente o nos s o
agradec imento, es perando que não hajais de vos arrepender da afeiç ão que nos
dedic ais . Res pondendo em breves termos ao as s unto da vos s a c arta, dir- vos -
emos que s omos gratos s obremaneira ao oferec imento que tão frequentemente
nos fazeis dos vos s os s erviç os e affec tuos a diligenc ia para nos alc anç ardes a
imortalidade, e es timamo- lo. E para pôr em efeito o intento, teremos todo o
c uidado de ordenar que a nos s a c rónic a, que, s eguindo o us o do nos s o reino,
mandamos es c rever era língua vernác ula, s eja c ompos ta no idioma tos c ano ou
pelo menos no latim c omum, enviando- vo- la depois , o mais depres s a que s er
pos s a, para que vós , s em vos afas tardes do c aminho da verdade, as s egurando a
nos s a memória, a adorneis c om as graç as e gravidade do vos s o es tilo e c om a
vos s a erudiç ão, e a aperfeiç oeis de forma que, ao menos c om o auxílio da vos s a
eloquênc ia, s e torne digna de s er lida.
C om efeito, muito releva (e melhor o s abeis ) o es tilo em que é rec ontado c ada
feito, embora ilus tre. P orquanto, as s im c omo a experiênc ia mos tra que as c omidas
melhores de natureza, s e houve menos as s eio em as guis ar, s ão avis adamente
engeitadas , as s im a his tória, s e lhe falec em as devidas galas e donaire próprio,
havemo- la por s em mérito e merec edora de que a enjeitem.

D efeitos d'es ta ordem, porém, não há que rec eá- los , s e fordes vós , s ujeito de tão
s ubidas partes e tão vers ado em todas as boas letras , quem haja de tomar a peito
a his tória dos nos s os feitos . E s ta é pois a nos s a intenç ão. Res ta, A ngelo amigo,
que aos filhos do nos s o C hanc eller- mór, fidalgos da nos s a c as a, c ons agreis os
maiores dis velos . Sem duvida que a vos s a bondade não havia mis ter
rec omendaç ão para as s im o fazerdes es pontaneamente, c ontudo,
enc arec idamente vos rogamos que por nos s o res peito tenha ainda algum aumento

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31-12-2010 alvor-silves
vos s o zelo. E na verdade a eles deveis toda a gratidão, porque o pai e os filhos ,
aquele c om os louvores , es tes c om os tes temunhos provadís s imos do vos s o
s aber, não c es s am de vos exaltar, falando- nos de vós , e de fazer c hegar até es tes
c onfins da terra, a fama do vos s o nome, o que não faz pouc o era prole da vos s a
glória e reputaç ão. M as aos próprios manc ebos nós damos os emboras , por lhes
ter c abido o viver em tempo em que da fonte abundante da vos s a c iênc ia pos s am
beber alguma ins truç ão, para que, s ervindo primeiro a D eus , e depois a nós , hajam
de merec er e c onquis tar tanto a bem- aventuranç a c eles te, c omo a terres tre.

D e L is boa, aos 2 3 dias do mês de O utubro de 1 4 9 1 .


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Sábado, 1 3 de M arç o de 2 0 1 0
Presença Islâmica na América

Imagem parcial de um mapa de 1550.

(clique na imagem para aumentar)

N a s equênc ia da public aç ão dos textos no Knol foi indic ada a referênc ia para um
texto da D uques a de M edina Sidonia. E s s e texto ates tava a pres enç a árabe na
A méric a.
C om efeito, num mapa do L ivro de M arinharia is s o é já s us peito, pela bandeira
triangular vermelha num C as telo, entre os dois C as telos c om bandeira das quinas ,
na zona do P eru/E quador/C olombia.

E s te mapa A nónimo, na Bodleian L ibrary - O xford, de 1 5 5 0 , de ac ordo c om a


dataç ão c ons tante na P ortugaliae M onumenta C artographic a, indic ia muito mais :

(i) T em uma c os ta americ ana muito bem delineada da F lorida até à T erra N ova.

(ii) C oloc a nes s a c os ta, alternadamente, bandeiras quadradas (nac ionais ? ), c om


bandeiras triangulares c om um c res c ente. O u s eja, uma eventual pres enç a
alternada portugues a/is lâmic a em toda a c os ta oc idental da A méric a do N orte.

(iii) O mapa s inaliza a T erra N ova c om uma bandeira diferente, c ris tã, indic ando a
pres enç a de algum território autónomo, de origem c ris tã, c onforme ates tado no
texto de F ranc is c o de Souza, de 1 5 7 0 . A c res c e a is s o o des enho de um "barc o a
remos " próximo da T erra N ova, talvez para s inalizar que a viagem des c rita por
Souza teria oc orrido mes mo em tempos vis igodos , no s éc . V I I I .

(iv) O mapa c ontinua, c oloc ando mais bandeiras is lâmic as na zona da bac ia
A mazónic a.

À parte o texto s urpreendente de M edina- Sidónia, que c oloc a a pres enç a is lâmic a
na A méric a C entral e do Sul, não enc ontrámos nenhuma outra fonte que jus tifique
mais es ta pres enç a de bandeiras is lâmic as em território americ ano,
es pec ialmente no norte da A méric a.

A es tória da H is tória c ontinua mal c ontada, e a prec is ar de muitos ajus tamentos !

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Q uinta- feira, 2 5 de F evereiro de 2 0 1 0


Passagem Noroeste
N o mapa de L opo H omem (A tlas M iller, 1 5 1 9 ), s urge um c ontorno da peníns ula
E s c andinava, que nada tem a ver c om o c ontorno exis tente...
N o entanto, do outro lado do mundo, no C anada, a latitudes muito a norte, ac ima
do L abrador e da T erra N ova, enc ontramos uma ilha c ujos c ontornos s e
as s emelham em muito aos que vemos no mapa de L opo H omem. A o c ontrário de
1 5 0 2 , o c ontorno da G ronelândia, pres ente no mapa de C antino, não aparec e
nes te A tlas ... talvez aqui enc ontremos a explic aç ão.
A s s inalamos c om linhas vermelhas as s emelhanç as dos c ontornos .

file:///G:/a-s/alvor-silves-1.htm 10/13
31-12-2010 alvor-silves

Seguindo pela mes ma latitude, a partir des ta ilha aqui apres entada, es tava a
P as s agem N oroes te, s ó des c oberta no s éc ulo XX, c onforme
http://pt.wikipedia.org/wiki/P as s agem_do_N oroes te

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Sexta- feira, 2 9 de J aneiro de 2 0 1 0


Versão PDF
E nc ontra- s e dis ponível uma vers ão P D F
(c entrada es s enc ialmente na parte de c artografia e regis to de viagens ) em
http://groups .google.c om/group/alvor- s ilves
E s ta vers ão tem algumas adiç ões e c orrec ç ões (5 de F evereiro de 2 0 1 0 ), e s erá
c ontinuada no s entido de minorar a c omponente de opinião, c entrando- s e na
matéria em anális e.
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A Boeta de D. João II
N o antepenúltimo C apítulo da C rónic a de D . J oão I I , G arc ia de Res ende relata:

D epois do falec imento d'el- rey o bis po de T anger e o prior do C rato, s ec retamente
e s ós , c om a c as a des pejada, por os outros s enhores s erem idos a s uas pous adas
ordenar s ua partida para Silves , c omo ambas eram feituras d'el- rey e muy ac eitos
a ele, abriram uma s ua boeta de que ele s empre trouxe a c have; por ouvirem dizer
e haver entre alguns s us peita que el- rey trazia ali peç onha c om que mandara
matar o bis po D om G arc ia, para que s endo as s im a deitas s em no mar, e não s e
s oubes s e tamanha vergonha. E abrindo a boeta c om es ta boa e leal tenç ão de
bons c riados , ac haram nela um c onfis s ionário e umas dis c iplinas , e um ás pero
s ilíc io, que era bem des viado do que c uidavam e tornaram a fec har a boeta. (...)

G arc ia de Res ende faz uma c uidada des c riç ão dos últimos dias de D . J oão I I ,
des de a s ua ida às C aldas de M onc hique até A lvor. A qui tenta des mis tific ar que
D . J oão I I pudes s e ter guardado algo inc onveniente, mas ao fazê- lo des ta forma,
dá ainda a entender que todos es tariam à es pera que houves s e algo es c ondido,
pelo menos na boeta.
A únic a c ois a es tranha nes s a boeta parec e s er o "ás pero s ilíc io" ... a que s e pode
as s oc iar uma des c riç ão de uma c avalgada s olitária pela Serra de M onc hique,
c onforme des c rito no C apítulo 2 0 9 :

E ao outro dia terç a- feira também entrou nas C aldas pela manhã, e à noite muito
c ontente de s i, e dizendo que s e ac hava melhor. E as s im entrou a quarta- feira pela
manhã, e à tarde porque aí perto es tavam porc os emprazados para monte,
perguntou aos f ís icos s e poderia lá ir, e dis s eram- lhe que s im. E bem forrado para
o frio e c oberto para o ar embuç ado c om touc a e um c hapéu por ordem dos fís ic os
foi lá em c avalo muito mans o, em que vinha no c aminho. E s endo lá, ou pelos
quatro banhos que tinha tomados , ou pelo abalo que fez s e ac hou mal, e veio c om
muito grande dor de es tômago e c om fluxo que logo muito apertou, c om que fic ou
muito agas tado e tris te porque por s e ac har os dias dantes bem, tinha muita
es peranç a de s ua s aúde e c om es te fluxo fic ou duvidos o dela; e por não poder
mais es teve nas C aldas a noite da quarta- feira, e a quinta e a s exta- feira c om
grandes agas tamentos .

F ic a s empre aquela ques tão de s aber s e D . J oão I I levou c ons igo todos os s eus
s egredos , ou s e ainda poderá ter deixado algum "T es ouro" na Serra de
M onc hique...
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Segunda- feira, 1 8 de J aneiro de 2 0 1 0

file:///G:/a-s/alvor-silves-1.htm 11/13
31-12-2010 alvor-silves
Dom Fuas
U m dos primeiros pers onagens da his tória das navegaç ões portugues as é D . F uas
Roupinho (s éc . XI I ). H á uma lenda interes s ante no Sítio da N azaré, que c ons idero
ins trutiva.

D . F uas pers eguia um veado numa c aç ada, e teria- s e prec ipitado para um abis mo,
não fora o avis o atempado de N ª Sra. da N azaré. E s ta es tória pode s er vis ta no
s entido em que o veado repres enta uma tentaç ão, e que há limites humanos que
nos s ão avis ados providenc ialmente. C reio que nes ta lenda há ainda a
pos s ibilidade de haver nevoeiro, o que dific ultaria a perc epç ão do prec ipíc io.

I ndependentemente da vers ão, a pequena es tória é muito interes s ante, s ob vários


as pec tos .
(i) N a pers pec tiva de es tar as s oc iada a D . F uas , e ao iníc io das navegaç ões , pode
repres entar o avis o de que a empres a marítima deveria s er feita dentro da
dimens ão rac ional, e que não deveria haver a tentaç ão de pros s eguir s em o devido
c uidado. O terreno onde s e c avalgava tinha prec ipíc ios que o nevoeiro oc ultava.
T alvez D . F uas tives s e pretendido inic iar a empres a de des c obrimentos que s ó
mais tarde s e veio a c onc retizar.
(ii) E s ta mes ma es tória s erve para uma reflexão intros pec tiva s obre as
prec auç ões devidas ao pros s eguir um c aminho enevoado. O avis o s urge s ob uma
forma que s e s itua ac ima da informaç ão s ens orial que não lhe mos tra o prec ipíc io.
H á uma informaç ão adic ional, que também poderá s er enc arada c omo ins tintiva,
que permite detec tar o perigo à frente.
(iii) O utra interpretaç ão mais interes s ante é aquela em que s e as s ume que
poderia mes mo não haver nevoeiro. O u s eja, D . F uas es taria c iente do prec ipíc io,
mas de tal forma c onfiante na s ua montada que julgaria es tar em c ima de um
P égas o. E s ta hipótes e mais fabulos a é ainda mais ins trutiva. C as o fos s e es s e o
c as o, quais s eriam os pos s íveis des tinos de D . F uas ? N a dimens ão humana,
enc ontrar- s e- ia c om os elementos , c om o mar no final do prec ipíc io, e a es tória
terminaria c om es s e des fec ho trágic o. N uma outra dimens ão fabulos a, admitindo
que es taria mes mo montado num exc els o P égas o, terminaria a es tória? N ão!
N es s a dimens ão de fábulas , há P égas os , mas também há dragões . P oderia
s uperar aquele primeiro evento... mas o equilíbrio balanç a um poder c om um
c ontra- poder. E s s e s eria o avis o, nes ta outra vers ão.
A lenda terminaria ainda as s im c om uma opç ão ao regres s o à vida normal, após
es s e providenc ial avis o.

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Segunda- feira, 1 1 de J aneiro de 2 0 1 0


Tese-Alvor-Silves
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Aspe ctos da História dos De scobrime ntos (v e rsão de apre se ntação : 16 Jan 2010)
Sumário:

E se de r ep ente, se p er c eb esse que t oda a "Hi stór i a dos Desc ob r i ment os", est av a t ão mal
c ont ada, que só hav i a uma out r a hi stór i a, "Est ór i a dos Enc ob r i ment os", que f azi a senti do?
Contac tos de Por t ugal c om a A mér i c a, c om A zt ec as, Inc as...
U m p aí s del ap i dado de memór i a e c ul t ur a, mas que "nav egou toda, mesmo t oda, a Ter r a"?
N ão sou eu que o di go - é Pedr o N unes que, t al c omo D. Seb ast i ão, mor r eu em 1 57 8...

É i nv er osí mel que no esp aç o de 3 anos, no r ei nado de D. Manuel , os p or t ugueses tenham


desc ob er to e c ar togr af ado p ar agens tão di st i nt as quanto a Índi a (1 498), Br asi l (1 500) e
Gr onel ândi a (1 500).
A qui l o que se p assou f oi ap enas um dec l ar ar de ex p l or aç ões p r év i as, p or t odo o gl ob o, de
f or ma a r ei v i ndi c ar r ap i damente o seu esp aç o at r i b uí do p el o Tr atado de Tor desi l has.

Est e t r ab al ho que l ev ou-me 2 meses de i nv esti gaç ão... e uma v ez c omeç ado, tudo se f oi
c ol ando nat ur al ment e. Hav er á i magi naç ão p ar a c ol ar t ant a c oi sa?... ou f oi a r eal i dade que o
p er mi ti u?
A o l ei t or de dec i di r , se est i v er p r ep ar ado p ar a est a Est ór i a... a dos v enc i dos, que não f ez
Hi st ór i a!

file:///G:/a-s/alvor-silves-1.htm 12/13
31-12-2010 alvor-silves
Esta versão (16 de Janeiro) tem apenas 3 capítulos e ainda uma parte final, mais apropriada a novas contribuições.

Os links directos para estes capítulos encontram-se em baixo.

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Tese-Alvor-Silves (i)
Encoberto

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