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Goiânia-GO
2010
HENRIQUE CÉSAR BARROS SANTANA
Goiânia-GO
2010
2
HENRIQUE CÉSAR BARROS SANTANA
________________________________________________
Prof. D. Sc. Josimar Ribeiro de Almeida
(UFRJ/USP)
Presidente da Banca Examinadora
________________________________________________
Profa. D. Sc. Lais Alencar de Aguiar
(UFRJ)
Membro da Banca Examinadora
3
Dedico o presente trabalho primeiramente a
DEUS a quem me deu o dom para realizar este
trabalho, aos meus Pais, minha Esposa e meu
Filho, pelo apoio, e a todos que direta ou
indiretamente, colaboraram para o meu
crescimento profissional.
4
AGRADECIMENTOS
5
“Os países hoje em dia são avaliados pela forma como sabem usar a
água, e não pelo que têm de água. Porque é mais importante hoje
saber usar a água do que ostentar a abundância.”
Aldo Rebouças.
6
RESUMO
O tema deste trabalho é água recurso natural finito, indispensável à vida, que tem o objetivo
de aplicação da Educação Ambiental ao combate do problema ambiental de maior ênfase do
mundo no momento, que é a água, pois ela, de todos os recursos naturais, é o que tem maior
interlocução com aspectos econômicos e sociais. Têm em pauta os seguintes capítulos: No
primeiro tratamos sobre os “Problemas Ambientais: Diferentes graus de responsabilidades” na
qual se destacam os problemas ambientais. No capítulo seguinte sobre a "A escassez da
água", que trata sobre a desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos
recursos naturais. No terceiro capítulo: “O desenvolvimento Sustentável e à água”, que trata
dos princípios genéricos da Sustentabilidade e da Sustentabilidade Hídrica. E no último
capítulo “O século 21 e a crise da água” que aborda o desperdício da água, o crescimento
demográfico e a possível solução.
7
ABSTRACT
The theme of this paper is water finite natural resource essential to life, which is aimed at
implementation of environmental education to combat the environmental problem of greatest
emphasis in the world at the moment, which is water, because she, of all natural resources, is
what is more dialogue with economic and social aspects. Have at hand the following chapters:
The first chapter on "Environmental Problems: Different degrees of responsibility" in which
one considers the environmental problems. In the following chapter on "Water scarcity",
which deals with social inequality and lack of management and sustainable use of natural
resources. In the third chapter: "Sustainable development and water", which deals with
general principles of Sustainability and Water Sustainability. In the last chapter "The 21st
century and the water crisis" that addresses the waste of water, population growth and
possible solution.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 10
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
ANEXOS 42
9
1. INTRODUÇÃO
10
Para TONELLO (2005), á água é um recurso peculiar, não somente pela sua
amplitude de utilização, mas também por ser um excelente educador ambiental da qualidade
da manipulação do solo pelo homem. Segundo este autor, as águas dos cursos que drenam
uma região apresentam características físico-químicas próprias, que refletem as atividades de
uso na terra na respectiva bacia hidrográfica.
Atualmente a atenção que tem sido dada ao tema água não está restrita a apenas
uma área específica. Esse recurso natural tem sido objeto de debates internacionais sobre
usos, conflitos e gestão das águas há pelo menos 35 anos, quando a Organização das Nações
Unidas assumiu a coordenação destas discussões (ASSUNÇÃO e BURSZTYN, 2002).
Sabe-se que não dá para viver sem água, então, a saída é fazer um uso racional
deste precioso recurso natural. A água deve ser usada com muita responsabilidade.
11
2. PROBLEMAS AMBIENTAIS: DIFERENTES GRAUS DE RESPONSABILIDADES
12
Enquanto isso, os países menos industrializados estariam envolvidos em
problemas como a desertificação, o desmatamento, enchentes, esgotamento de recursos
naturais, além de problemas emergentes como poluição do ar, da água e chuva ácida.
De acordo com MARTINE (1993), é justamente por isso que para os países
desenvolvidos, o discurso neomalthusiano, relacionando os problemas ambientais apenas ao
crescimento populacional, é mais tranquilizador porque "lhes evita ter que fazer um exame
crítico da civilização industrial ou da sua responsabilidade na degradação ambiental global".
13
2.1. QUAL A SITUAÇÃO AMBIENTAL DO PLANETA NESSE COMEÇO DE MILÊNIO?
Para que se possa refletir sobre tais indagações é importante que se faça uma
sintética avaliação dos principais problemas ambientais que nos ameaçam nesse começo de
milênio. Impõe-se imediatamente que, pela relevância e urgência de seu enfoque, uma vez
que representam perigo iminente ao planeta, a despeito da existência de inúmeros outros, com
os seguintes fatores de degradação ambiental: Falta de água; Desmatamento; Aquecimento
global; Buraco na camada de ozônio; Chuva ácida; Lixo; Perda da biodiversidade; Poluição;
Queimadas; Superpopulação.
A água não só nutre toda forma de vida que se conhece no planeta, como é
essencial a todos os processos de existência do homem. Privado de água o ser humano, em
poucos dias, perece de sede, inanição e desidratação, ou de outras doenças relacionadas à sua
carência.
14
Uma das grandes preocupações, em todo o mundo, é o desperdício de água. No
Brasil, por exemplo, vê-se que enquanto a média ideal de gasto de água por dia por pessoa é
de quarenta litros, a média de utilização ultrapassa aos duzentos litros.
No Brasil, mais da metade dos municípios não possuem água tratada e a água
existente é permanentemente contaminada por sujeiras e detritos que a tornam imprestável e
até estéril. A poluição dos mananciais, aqui, se dá, principalmente, na região sul, por
pesticidas, agrotóxicos e outros produtos químicos; na região sudeste, além dessas causas, as
maiores fontes de poluição são dos esgotos industriais e residenciais; no centro, grande
problema é causado por metais tóxicos, como o mercúrio usado nos garimpos.
15
3. A ESCASSEZ DA ÁGUA NO MUNDO
A cada ano, mais 80 milhões de pessoas clamam por seu direito aos recursos
hídricos da Terra. Infelizmente, quase todos os 3 bilhões (ou mais) de habitantes que devem
ser adicionados à população mundial no próximo meio século nascerão em países que já
sofrem de escassez de água.
Já nos dias de hoje, muitas pessoas nesses países carecem do líquido para
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beber, satisfazer suas necessidades higiênicas e produzir alimentos.
Numa economia mundial cada vez mais integrada, a escassez de água cruza
fronteiras, podendo ser citado como exemplo o comércio internacional de grãos, onde são
necessárias 1.000 toneladas de água para produzir 1 tonelada de grãos, sendo a importação de
grãos a maneira mais eficiente para os países com déficit hídrico importarem água.
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ascendem na cadeia alimentícia e passam a consumir mais carne bovina, suína, aves, ovos e
laticínios, consomem mais grãos.
Com esta conscientização cada vez mais crescente, cada nação vem se
preparando ao longo do tempo para a valorização e valoração de seus recursos naturais.
A escassez de água, que já foi motivo para muitas guerras no passado, pode,
cada vez mais, agir como catalisador no conjunto de causas ligadas a qualquer conflito futuro.
A questão mais importante neste século, para muitos países, pode ser o controle dos recursos
hídricos. A comunidade internacional deve reconhecer a escassez de água como poderosa e
crescente força de instabilidade social e política e atribuir à crise da água a prioridade devida
na agenda política internacional.
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3.1. POR QUE A COMUNIDADE DA TERRA ESTÁ ENFRENTANDO UMA CRISE
AMBIENTAL?
Também a Bíblia, em seus escritos no livro das origens (Gênesis), aponta uma
separação entre ser humano e natureza, quando relata:...Então Deus disse: Façamos o homem
à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus,
sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam
sobre a terra...
Desse modo, homem e natureza são entidades distintas. E o homem foi criado
para dominar a natureza, portanto, ela existe para servi-lo.
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Nos dias atuais, dá até status ser defensor da natureza, onde observou-se um
grande número de pessoas e entidades se comprometendo com a luta em defesa do meio
ambiente. Outros até cometem o erro quando dizem: “Vamos preservar a Ecologia!”, como se
a ciência Ecologia fosse a própria natureza.
Desse modo, criou-se uma banalização da causa ambiental, ou, como afirma
GRUN (1996:15), uma “ecologização”, onde o meio ambiente deixou de ser assunto
exclusivo dos amantes da natureza, mas, de toda sociedade civil. Então, por que a comunidade
da Terra está enfrentando a maior crise ambiental de todos os tempos? Por que não se
consegue resolver os “impasses” ambientais na mesma velocidade que se avança as
descobertas científicas e tecnológicas? Para que fazem ciência? Para quem...
Nesse sentido, é crucial resgatar mais uma vez algumas questões de cunho
filosófico para tentar explicar as razões pelas quais está ocorrendo essa real crise ambiental.
Será que a culpa de toda a crise ambiental está no Cartesianismo de Descartes (1596-1650),
que durante o desenvolvimento da Ciência ensinou a enxergar o todo de forma separada
(fragmentada), sendo a natureza comparada a uma máquina? Sendo assim, seres humanos e
natureza deveriam existir mesmo como entidades distintas...
21
Nesse movimento, houve um retorno à visão organísmica de natureza, tendo
como figura central Goethe, que admirava a “ordem móvel” (bewegliche ordnung) da
natureza e concebia a forma como um padrão de relações dentro de um todo organizado
(CAPRA, op.cit.). Essa era a principal idéia do pensamento sistêmico contemporâneo.
22
lugar nenhum.” E ainda, de forma pejorativa, denomina-se essas populações de “tradicionais”,
ignorando, muitas vezes, toda e qualquer forma de saber empírico existente.
23
4. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A ÁGUA
Noventa e sete por cento da água existente no planeta Terra é salgada (mares e
oceanos), dois por cento formam geleiras inacessíveis e, apenas um por cento é água doce,
armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos...
Sabe-se que não dá para viver sem água, então, a saída é fazer um uso racional
deste precioso recurso natural. A água deve ser usada com muita responsabilidade.
24
Portanto, a referência à água é permanente, já que por seu valor ecológico e sua
contribuição em todos os ecossistemas é um ponto fundamental.
Dessa forma, o Desenvolvimento Sustentável não deve ser visto como algo
perfeito, acabado e completo, é necessário considerar a desordem, o obscuro, a incerteza, e,
principalmente, a incompletude do conhecimento para se pensar o ambiente. E esta proposta
configura-se como um objeto a ser alcançado pela sociedade e pela ciência para a construção
de um modo de vida mais sustentável (MELLO, 2003).
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desenvolvimento cultural e econômico das grandes civilizações sempre esteve relacionado à
disposição desse recurso.
Faz algumas décadas que o uso e o consumo da água doce parecem estar
chegando a um impasse, principalmente por causa da degradação, do desperdício, da explosão
demográfica, da má distribuição e do modelo insustentável de desenvolvimento econômico
adotado pela maioria dos países. De fato, de todos os problemas ambientais a escassez
quantitativa e qualitativa da água doce parece ser, incomparavelmente, o mais grave e
urgente.
No entanto, faz um século que o consumo de água doce cresce em ritmo pelo
menos duas vezes maior do que o aumento populacional. Isso significa que se uma das causas
da escassez é o aumento populacional, de outro lado o aumento do consumo por pessoa
também serve como causa disso. Além de quantitativa, a escassez também pode ser
qualitativa, em virtude do lançamento de matérias ou energia na água em desacordo com os
padrões ambientais estabelecidos. Normalmente, a poluição hídrica é causada pelo
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lançamento de esgoto residencial, de resíduos industriais ou de fertilizantes agrícolas em
quantidade acima da capacidade de resiliência do corpo hídrico em questão. Inclusive, a água
contaminada é a maior causa de mortalidade infantil em todo o planeta.
A comunidade cientifica alerta que o acesso à água doce, que serve para o
consumo humano e animal, será cada vez mais difícil. Infelizmente, é possível até imaginar,
como aconteceu recentemente com o petróleo, que em poucos anos a água seja motivo para
guerras de grande proporção. Em certo aspecto a guerra hídrica já é uma realidade, pois há
tempos Síria, Líbano e Jordânia competem pelo acesso às águas do rio Jordão; Índia e
Paquistão pelo acesso às águas do rio Indo; e Índia e Blangadesh pelo acesso às águas do rio
Ganges. Tais conflitos também ocorrem, e inclusive com maior intensidade, no âmbito
interno de cada país, colocando em lados separados os vários atores políticos interessados na
utilização da água.
Diante desse quadro, faz-se necessário que cada Estado passe a controlar a
utilização da água doce por meio de um sistema de gerenciamento de recursos hídricos
eficiente, de forma a manter a quantidade e a qualidade desse bem e a promover o seu acesso
por parte da população. Com esse objetivo foi editada a Lei n° 9.433/97, que instituiu a
Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, modificando significativamente o regime jurídico brasileiro da água.
29
Ao estabelecer o direito à água das gerações presentes e futuras e a utilização
racional e integrada dos recursos hídricos, a lei em comento consagrou expressamente o
desenvolvimento sustentável como objetivo da Política Nacional de Recursos Hídricos. Por
sustentabilidade hídrica se deve compreender a disponibilidade quantitativa, a disponibilidade
qualitativa e o acesso equitativo, dentro dos usos e das necessidades de cada bacia
hidrográfica.
O Brasil, por ser detentor de quinze por cento da água doce existente no mundo
e possuidor de bacias hidrográficas de enorme relevância, a exemplo a do Amazonas, do
Tocantins, do São Francisco, do Paraná, do Paraguai e do Uruguai, possui uma especial
responsabilidade nesse tipo de assunto. Nesse sentido, a Lei n° 9.433/97 representou um passo
importante, mas é preciso avançar em ações efetivas e na promoção de uma educação
ambiental que alcance verdadeiramente a todos.
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5. O SÉCULO 21 E A CRISE DA ÁGUA
Observa-se que nenhum outro país do mundo tem tanta água como o Brasil.
Somos uma nação generosamente irrigada por 12 mil rios e córregos e que detém, na bacia do
rio Amazonas, a maior concentração de água doce do planeta. Mas o que é abundante na
região Norte está se tornando rapidamente escasso no resto do País. Este é o mapa da
vergonha.
A poluição das águas custa caro ao Brasil. Gera prejuízos para a indústria, o
turismo, a pesca e outros setores importantes da economia. Mas o maior problema é o da
saúde pública, das doenças transmitidas pela água.
31
internações na rede pública de saúde: “Pesquisas da Organização Mundial da Saúde e também
da Organização Panamericana de Saúde mostram que cerca de 65 % dos leitos hospitalares
estão ocupados por pessoas doentes pela ausência de saneamento. O maior número de casos
de mortalidade infantil geralmente é causado por diarréias infecciosas, devido à ausência de
saneamento”.
A água existe na Terra nas fases sólida, líquida e gasosa, que estão ligadas
entre si num ciclo fechado, o ciclo da água. Os primeiros astronautas que viram a Terra do
espaço a denominaram o Planeta Azul, pois cerca de dois terços da sua superfície são cobertos
pela água dos mares e oceanos.
Além disso, como o regime de chuvas varia muito entre as diferentes áreas de
um mesmo continente e a população não está distribuída de forma homogênea, a
disponibilidade de água doce per capita é bastante desigual nas várias regiões do planeta:
desde níveis extremamente baixos, de 1.000 m3/ano per capita, até níveis muito elevados,
superiores a 50.000 m3/ano. Variações climáticas periódicas podem agravar as secas,
provocando morte e sofrimento humano, e também causar as enchentes, que são um dos
piores desastres naturais em termos de vítimas e de danos vultosos às propriedades e aos solos
agrícolas.
32
O crescimento populacional, particularmente nos países em desenvolvimento, e
a maior demanda de água para usos agrícola e industrial, provocaram o aumento do consumo
global de água de 1.060 Km3/ano para 4.130 Km3/ano nos últimos 50 anos.
33
O suprimento global de água vai permanecer constante ou poder sofrer um
pequeno acréscimo em virtude das mudanças climáticas - maior temperatura global gerando
maior quantidade de vapor d'água. Considera-se que, a degradação ambiental é provocada
pelos desmatamentos, principalmente nas nascentes, e pela poluição dos recursos hídricos,
devido a diversas atividades humanas.
Países com disponibilidade de água entre 1.000 e 1.600 m3/ano per capita
sofrem do que se chama de stress hídrico e enfrentam sérios problemas em anos de seca.
Países com disponibilidade menos que 1.000 m3/ano per capita são considerados escassos em
água. Hoje, 28 países, com uma população total de 338 milhões de pessoas, enfrentam stress
hídrico, a maior parte do Leste da Ásia e da África. Por volta de 2025, entre 46 e 52 países,
com população total em torno de 3 bilhões de pessoas, poderão sofrer de stress hídrico e cerca
de 23 estarão enfrentando escassez absoluta de água.
34
morrer devido à falta de água limpa e às secas. Nos países mais pobres, a água poluída é a
principal causa de muitas doenças, como a diarréia, que mata mais de 3 milhões de pessoas
(principalmente crianças) por ano no mundo. Aliás, 80% de todas as doenças e mais de 33%
das mortes nos países em desenvolvimento estão associadas à falta de água em quantidades
adequadas. Estima-se que cerca de 25.000 pessoas morrem por dia nos países em
desenvolvimento, ou pela falta de água ou pela ingestão de água de má qualidade.
Para atendimento pleno da demanda futura de água para fins urbanos, com o
aproveitamento de novas fontes, estima-se que seriam necessários investimentos da ordem de
11 a 14 bilhões de dólares por ano, durante os próximos 30 anos, o que significa o dobro da
quantidade de recursos financeiros disponíveis para investimento em abastecimento
doméstico durante os anos 80. Por tudo isto, recursos financeiros setoriais desta magnitude
dificilmente estarão disponíveis.
35
Mas a impopularidade da chuva nos ambientes urbanos está com os dias
contados. Aos poucos, vai aumentando a percepção de que a água que cai generosamente
sobre os telhados deve ser mais bem aproveitada antes de sumir nos ralos.
36
Se a lei já tornou obrigatória a construção do reservatório, por que não investir na reutilização
da água da chuva nos múltiplos usos domésticos ou comerciais? Pelas contas da Agência
Nacional de Águas (ANA), a quantidade de chuva que cai durante um ano sobre um telhado
de 100 m2 em São Paulo é suficiente para abastecer uma família de quatro pessoas durante
seis meses.
37
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sua utilização por ser a mais variada, desde a ingestão direta ou para atender as
necessidades básicas pessoais, domésticas, de limpeza e sanitárias da população, e ainda por
ser um recurso imprescindível para atividades agropecuárias, industriais, dentre outras, sua
ausência irá suscitar doenças, fome e até mesmo a morte.
Hoje em dia, cresce o contingente dos que entendem que, ao contrário do que
se pensava, a água é um bem finito e que, se a população não souber utilizá-la de forma
sustentável, estará comprometendo as futuras gerações.
38
tempo, ter de responder por crime ambiental caso qualquer pessoa física ou jurídica discorde
da decisão.
Concluí-se então que não faltam água ou idéias. O que falta ainda, muitas
vezes é informação, é atitude. Efetivamente, o acesso à água é um direito fundamental e o
desenvolvimento sustentável, atendendo as atuais necessidades, sem se descuidar das futuras
gerações, é o grande desafio de todo o século.
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPRA. Fritejof; A teia da vida – uma nova compreensão científica dos sistemas vivos.
Trad. Newton Roberval Einchemberg. São Paulo: Cultriz. 1996.
GONÇALVES, Carlos W. P., Educação Ambiental. Revista Senac & Educação Ambiental.
São Paulo, 1990.
LEMOS, Haroldo Mattos de. Meio Ambiente e Seus Educadores. Jornal o Estado de São
Paulo. São Paulo. pg.16/17.
MARTINE, G. (1993a) "A demografia na questão ecológica: falácias e dilemas reais" In:
MARTINE, G. (org.) População, meio ambiente e desenvolvimento: verdades e contradições.
Campinas, Ed. da UNICAMP, pp. 9-19.
FARIAS, Talden, Direito á Água e Sustentabilidade Hídrica, Jus Vigilantibus, 2008. 39p.
41
ANEXOS
42
DECRETO n° 23.940 de 30 de janeiro de 2004.
Torna obrigatório, nos casos previstos, a adoção de reservatórios que permitam o retardo do
O Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o
usos não potáveis com lavagem de veículos e partes comuns, jardinagem e outras;
DECRETA:
Art. 1° Fica obrigatória, nos empreendimentos que tenham área impermeabilizada superior a
Art. 2° A capacidade do reservatório deverá ser calculada com base na seguinte equação:
V = k x Ai x h, onde
43
h = altura de chuva (metro), correspondente a 0,06 m nas Áreas de Planejamento 1, 2 e 4 e a
técnica específica do órgão municipal responsável pelo sistema de drenagem, podendo ser
local.
§ 2° Deverá ser instalado um sistema que conduza toda água captada por telhados, coberturas,
§ 3° A água contida pelo reservatório deverá, salvo nos casos indicados pelo órgão municipal
responsável pelo sistema de drenagem, infiltrar-se no solo, podendo ser despejada, por
gravidade ou através de bombas, na rede pública de drenagem, após uma hora de chuva ou ser
conduzida para outro reservatório para ser utilizada para finalidades não potáveis, atendidas as
§ 5° No caso de opção por conduzir as águas pluviais para outro reservatório objetivando o
reuso da água para finalidades não potáveis, deverá ser indicada a localização desse
44
Art. 3° No caso de novas edificações residenciais multifamiliares, industriais, comerciais ou
mistas que apresentem área do pavimento de telhado superior a quinhentos metros quadrados
existência do reservatório objetivando o reuso da água pluvial para finalidades não potáveis e,
pelo menos, um ponto de água destinado a esses reuso sendo a capacidade mínima do
Art. 4° Sempre que houver reuso das águas pluviais para finalidades não potáveis, inclusive
local visível junto ao ponto de água não potável e determinando os tipos de utilização
III - impedir a contaminação do sistema predial destinado a água potável proveniente da rede
pública, sendo terminantemente vedada qualquer comunicação entre este sistema e o sistema
45
Art. 5° Os locais descobertos para estacionamento ou guarda de veículos para fins comerciais
deverão ter trinta por cento de sua área com piso drenante ou com área naturalmente
permeável.
Art. 6° Nas reformas, o reservatório será exigido quando a área acrescida - ou, no caso de
reformas sucessivas, a somatória das áreas acrescidas após a data de publicação deste decreto
Art. 7° Nos casos enquadrados neste decreto, por ocasião do pedido de habite-se ou da
aceitação de obras, deverá ser apresentada declaração assinada pelo profissional responsável
pela execução da obra e pelo proprietário, de que a edificação atende a este decreto, com
prediais destinadas ao reuso da água para finalidades não potáveis, quando previsto, estão
órgão municipal responsável pela Vigilância Sanitária, bem como à regulamentação técnica
46
LEI 13276/02 | LEI Nº 13276 de 05 de janeiro de 2002 do São Paulo.
pavimentos nos lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada superior a
500M².
Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara
Art. 1º - Nos lotes edificados ou não que tenham área impermeabilizada superior a 500m²
deverão ser executados reservatórios para acumulação das águas pluviais como condição para
26 de junho de 1992.
Art. 2º - A capacidade do reservatório deverá ser calculada com base na seguinte equação:
V = 0,15 x Ai x IP x t
IP = índice pluviométrico igual a 0,06 m/h t = tempo de duração da chuva igual a um hora.
47
§ 1º - Deverá ser instalado um sistema que conduza toda água captada por telhados,
ser despejada na rede pública de drenagem após uma hora de chuva ou ser conduzida para
(trinta por cento) de sua área com piso drenante ou com área naturalmente permeável.
Art. 4º - O Poder Executivo deverá regulamentar a presente lei no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
48
TEXTO DE LEI 10785/2003 DE 18/09/2003
edificações – PURAE”.
Art.1°. O programa de conservação e uso racional da água nas edificações – PURAE tem
como objetivo instituir medidas que induzam à conservação, uso racional e utilização de
fontes alternativas para captação de água das novas edificações, bem como a conscientização
Art. 2°. Para os efeitos desta lei as suas adequadas aplicações, são adotadas as seguintes
definições:
I – conservação e uso racional da água – conjunto de ações que propiciam a economia de água
abusivo;
III – utilização de fontes alternativas – conjunto de ações que possibilitam o uso de outras
banheiro.
49
Art. 3°. As disposições desta lei serão observadas na elaboração e aprovação dos projetos de
construção de novas edificações destinadas aos usos e que se refere a lei n° 9.800/2000,
inclusive quando se trata de habitações de interesse social, definidas pela lei 9802/2000.
Art. 4°. Os sistemas hidraulicos-sanitarios nas novas edificações serão projetados visando o
conforto e segurança dos usuários, bem como a sustentabilidade dos recursos hídricos.
Art. 5°. Nas ações de conservação, uso racional e de conservação da água nas edificações,
Parágrafo Único. Nas edificações em condomínio além dos dispositivos previstos nas alíneas
“a”, “b” e “c” deste artigo, serão também instalados hidrômetros para medição
50
Art. 7°. A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a uma
cisterna ou tanque, para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água tratada,
b) Lavagem de roupas
c) Lavagem de veículos
Art. 8°. As águas servidas serão direcionadas, através de encanamento próprio, a reservatório
destinado a abastecer as descargas dos vasos sanitários e, apenas após tal utilização
ministradas nas escolas integrantes de rede publica municipal palestra, entre outras, versando
Art. 10°. O não cumprimento das disposições da presente lei implica na negativa de concessão
51
Art. 12°. Esta lei entra em vigor em 180(cento e oitenta dias) contados da sua publicação.
Cássio Taniguchi
PREFEITO MUNICIPAL
52
LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997.
dezembro de 1989.
TÍTULO I
CAPÍTULO I
DOS FUNDAMENTOS
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
53
V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
CAPÍTULO III
Recursos Hídricos:
quantidade e qualidade;
54
II - a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas,
zonas costeiras.
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS
água;
V - a compensação a municípios;
55
VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
SEÇÃO I
Art. 6º Os Planos de Recursos Hídricos são planos diretores que visam a fundamentar e
recursos hídricos.
Art. 7º Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de
VI - (VETADO)
VII - (VETADO)
56
VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;
X - propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção
Art. 8º Os Planos de Recursos Hídricos serão elaborados por bacia hidrográfica, por
SEÇÃO II
da água, visa a:
I - assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem
destinadas;
permanentes.
Art. 10. As classes de corpos de água serão estabelecidas pela legislação ambiental.
SEÇÃO III
57
Art. 11. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivos
assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos
Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de
recursos hídricos:
produtivo;
um corpo de água.
58
§ 2º A outorga e a utilização de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica
no inciso VIII do art. 35 desta Lei, obedecida a disciplina da legislação setorial específica.
Art. 13. Toda outorga estará condicionada às prioridades de uso estabelecidas nos Planos
de Recursos Hídricos e deverá respeitar a classe em que o corpo de água estiver enquadrado e
Parágrafo único. A outorga de uso dos recursos hídricos deverá preservar o uso múltiplo
destes.
Art. 14. A outorga efetivar-se-á por ato da autoridade competente do Poder Executivo
competência para conceder outorga de direito de uso de recurso hídrico de domínio da União.
§ 2º (VETADO)
Art. 15. A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa parcial ou
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V - necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não
água.
Art. 16. Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não
Art. 18. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis, mas o
SEÇÃO IV
I - reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real
valor;
Art. 20. Serão cobrados os usos de recursos hídricos sujeitos a outorga, nos termos do
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Parágrafo único. (VETADO)
Art. 21. Na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos devem
variação;
afluente.
Art. 22. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão
Recursos Hídricos;
§ 1º A aplicação nas despesas previstas no inciso II deste artigo é limitada a sete e meio
§ 2º Os valores previstos no caput deste artigo poderão ser aplicados a fundo perdido em
§ 3º (VETADO)
61
Art. 23. (VETADO)
SEÇÃO V
DA COMPENSAÇÃO A MUNICÍPIOS
SEÇÃO VI
Art. 26. São princípios básicos para o funcionamento do Sistema de Informações sobre
Recursos Hídricos:
Art. 27. São objetivos do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos:
62
I - reunir, dar consistência e divulgar os dados e informações sobre a situação qualitativa
CAPÍTULO V
OU COLETIVO
CAPÍTULO VI
Executivo Federal:
nacional;
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IV - promover a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental.
responsável pela efetivação de outorgas de direito de uso dos recursos hídricos sob domínio
da União.
Art. 30. Na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, cabe aos Poderes
usos;
Executivos do Distrito Federal e dos municípios promoverão a integração das políticas locais
TÍTULO II
CAPÍTULO I
seguintes objetivos:
hídricos;
V - as Agências de Água.
Art. 33. Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos: (Redação dada
pela Lei 9.984, de 2000)
I – o Conselho Nacional de Recursos Hídricos; (Redação dada pela Lei 9.984, de 2000)
I-A. – a Agência Nacional de Águas; (Redação dada pela Lei 9.984, de 2000)
II – os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal; (Redação dada pela
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III – os Comitês de Bacia Hidrográfica; (Redação dada pela Lei 9.984, de 2000)
cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos; (Redação dada pela Lei
9.984, de 2000)
CAPÍTULO II
exceder à metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
66
II - arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos
IV - deliberar sobre as questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos
VIII - (VETADO)
determinar as providências necessárias ao cumprimento de suas metas; (Redação dada pela Lei 9.984, de
2000)
67
Art. 36. O Conselho Nacional de Recursos Hídricos será gerido por:
Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, responsável pela
CAPÍTULO III
Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:
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II - arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos
hídricos;
domínios destes;
VII - (VETADO)
VIII - (VETADO)
Parágrafo único. Das decisões dos Comitês de Bacia Hidrográfica caberá recurso ao
Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com sua
esfera de competência.
I - da União;
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II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territórios se situem, ainda que parcialmente,
critérios para sua indicação, serão estabelecidos nos regimentos dos comitês, limitada a
restrita a bacias de rios sob domínio estadual, dar-se-á na forma estabelecida nos respectivos
regimentos.
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Art. 40. Os Comitês de Bacia Hidrográfica serão dirigidos por um Presidente e um
CAPÍTULO IV
Art. 42. As Agências de Água terão a mesma área de atuação de um ou mais Comitês de
Bacia Hidrográfica.
Parágrafo único. A criação das Agências de Água será autorizada pelo Conselho
seguintes requisitos:
II - viabilidade financeira assegurada pela cobrança do uso dos recursos hídricos em sua
área de atuação.
atuação;
recursos gerados pela cobrança pelo uso de Recursos Hídricos e encaminhá-los à instituição
competências;
IX - promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em sua área de
atuação;
Bacia Hidrográfica;
domínio destes;
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c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos
hídricos;
CAPÍTULO V
HÍDRICOS
exercida pelo órgão integrante da estrutura do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos
Hídricos;
III - instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos e dos
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I – prestar apoio administrativo, técnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos
e dos Comitês de Bacia Hidrográfica;" (Redação dada pela Lei 9.984, de 2000)
submetê-los à aprovação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. (Redação dada pela Lei 9.984, de
2000)
CAPÍTULO VI
Art. 47. São consideradas, para os efeitos desta Lei, organizações civis de recursos
hídricos:
hídricos;
coletivos da sociedade;
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V - outras organizações reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos
Art. 48. Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hídricos, as organizações civis de
TÍTULO III
Art. 49. Constitui infração das normas de utilização de recursos hídricos superficiais ou
subterrâneos:
I - derivar ou utilizar recursos hídricos para qualquer finalidade, sem a respectiva outorga
de direito de uso;
regime, quantidade ou qualidade dos mesmos, sem autorização dos órgãos ou entidades
competentes;
III - (VETADO)
autorização;
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VI - fraudar as medições dos volumes de água utilizados ou declarar valores diferentes
dos medidos;
entidades competentes;
de suas funções.
Art. 50. Por infração de qualquer disposição legal ou regulamentar referentes à execução
administração da União, ou pelo não atendimento das solicitações feitas, o infrator, a critério
ordem de enumeração:
I - advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para correção das
irregularidades;
III - embargo provisório, por prazo determinado, para execução de serviços e obras
incontinenti, no seu antigo estado, os recursos hídricos, leitos e margens, nos termos dos arts.
de qualquer natureza a terceiros, a multa a ser aplicada nunca será inferior à metade do valor
§ 2º No caso dos incisos III e IV, independentemente da pena de multa, serão cobradas
previstas nos citados incisos, na forma dos arts. 36, 53, 56 e 58 do Código de Águas, sem
TÍTULO IV
competência das Agências de Água, enquanto esses organismos não estiverem constituídos.
Recursos Hídricos poderão delegar a organizações sem fins lucrativos relacionadas no art. 47
desta Lei, por prazo determinado, o exercício de funções de competência das Agências de
Água, enquanto esses organismos não estiverem constituídos. (Redação dada pela Lei nº 10.881, de 2004)
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Art. 52. Enquanto não estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos
Hídricos, a utilização dos potenciais hidráulicos para fins de geração de energia elétrica
Art. 53. O Poder Executivo, no prazo de cento e vinte dias a partir da publicação desta
Lei, encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criação das Agências
de Água.
Art. 54. O art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 1º .............................................................................
III - quatro inteiros e quatro décimos por cento à Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério
IV - três inteiros e seis décimos por cento ao Departamento Nacional de Águas e Energia
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Parágrafo único. Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entrarão em vigor
no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicação desta Lei.
Art. 55. O Poder Executivo Federal regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta
Gustavo Krause
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