Aná lise

Critica
Exposição “Ver a
Républica”

Daniela Patrícia Ferreira de

Sousa

Seminário de “Discurso Museológico”

Prof. Doutor Pedro Casaleiro

25 de Fevereiro, 2011
A exposição “Ver a Républica”, divide-se em três núcleos temáticos. O núcleo “Galeria
Republicana”, situado na Biblioteca Geral da UC, apresenta uma mostra de retratos de
personalidades relevantes no contexto. O núcleo “Galeria Universidade”, situado no
Museu da Ciência da UC, remete para a evolução histórica do republicanismo português
e o envolvimento dos cientistas da época nesta causa. O núcleo “Galeria Ripublicana”
promove uma alusão satírica dos acontecimentos e seus intervenientes. Este núcleo
encontra-se no Museu Nacional Machado de Castro. Esta exposição está patente de 22
de Outubro de 2010 a 27 de Fevereiro de 2011.

Foram efectuadas visitas a dois do núcleo, nomeadamente o do Museu da Ciência e o da

Biblioteca Geral. O enfoque desta análise recairá sobre este último. À entrada na da
exposição, mesmo antes de entrar na sala, encontram-se dois placards a ladear a entrada.
O da esquerda trata da ficha técnica, e á direita o painel inicial, que enquadra o visitante
para o que está prestes a conhecer. Esta organização pareceu-me pouco adequada, uma
vez que a tendência de leitura é, por norma, um varrimento diagonal do canto superior
esquerdo ao canto inferior direito. Feita a entrada na sala, verificou-se que existe uma
pessoa, no lugar de segurança ou guia, que não se mostrou minimamente disponível.
Manteve-se a dúvida de qual seria a sua função, pois a única informação prestada foi de
que as imagens recolhidas não o poderiam ser com flash.

Ao entrar na sala verifica-se que a exposição esta disposta em três níveis de olhar: um
alto com alguns retratos de figuras de relevo para a questão republicana, um intermédio
ao nível dos olhos em que as imagens se encontram assentes numa estrutura de madeira
em que estão aplicados espelhos corridos e é sobre estes que a exposição decorre. E um
terceiro nível, inferior ao anterior, em que as imagens expostas se encontram sobre
“aparadores”, que obrigam a uma ligeira inclinação sobre a mesa para que estas possam
ser claramente visualizada.

A ideia do espelho como suporte parece bastante interessante, porém, a Sala de S.

Pedro, onde se encontra a exposição, é bastante rica em luz, o que dificulta a
visualização e por outro, como se trata de um local recheado de livros o efeito visual
pode tornar-se confuso e pouco apelativo.

Uma vez que o painel inicial, que se encontrava no exterior da sala, se encontrava do
lado direito, houve tendência a iniciar por esse lado a visita a exposição, vindo a
verificar-se no final, que esta foi visitada no sentido inverso ao que tinha sido planeada.