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A viagem interior
A meditação é dirigida ao interior. Não se está à procura de um Deus que está fóra de
nós, mas a aprender a vencer a barreira do domínio dos pensamentos humanos, para
descobrir Deus fundo dentro de nós. Isto é uma prática oriental dirigida à auto-
deificação. Um padre católico romano praticante da meditação, Adrian B. Smith, diz no
seu livro TM-Um auxílio para o crescimento cristão, que aceita êste conceito oriental
de Deus: “As grandes religiões do Léste estão mais habituadas a procurar o Deus que
está dentro, tanto no cosmos como no Íntimo de cada pessoa. E isto conduz mais
fàcilmente a uma forma de oração interior – ou oração centralizadora… A tradição
judeo-cristã olha mais para o Deus exterior… A TM pode, ao desenvolver uma
consciência da profundidade existente dentro de nós, conduzir a uma maior
interioridade – a uma experiência da presença de Deus fundo dentro de nós”. De acôrdo
com com êle, a meditação leva também a uma maior união e harmonia no mundo: “As
pessoas que são iluminadas experimentam uma nova harmonia com outras pessoas e
com o mundo cósmico. Elas entram numa nova era de relações harmoniosas, que
constitui um dos frutos do Reino”.
A oração centralizadora
Esta oração é outra designação para a contemplação mística e meditação. Através do
uso de uma mantra, uma pessoa desce até ao centro do seu íntimo, onde uma
experiência mística de deus como fonte universal de energia e sabedoria a espera. Uma
mantra é uma simples palavra ou curta oração, que é repetida até à exclusão de todos os
outros pensamentos. A oração cristã, pelo contrário, dirige-se a um Deus pessoal, que
transcende infinitamente a Sua criação.
Na filosofia monística oriental, afirma-se que tudo é um, e Deus é considerado como
parte da Sua criação. Deus é uma dimensão embóra escondida, da mesma realidade de
que o homem é parte. A finalidade da oração centralizadora é penetrar a camada
exterior da realidade, para entrar em contcto com o seu profundo âmago mistico, onde
deus pode ser reconhecido como o eu mais profundo ou deus interior. Com o uso da
mantra, uma pessoa esvasia a mente expulsando a realidade reconhecida pelos sentidos
e penetra o centro do seu ser.
O diferente estado de consciência que a pessoa então experimenta, pode também ser
descrito como uma forma de hipnose. A pessoa transforma-se numa espécie de fraca
mental, sem pensamentos sóbrios ou discernimento. Fica receptiva e aberta a quaisquer
influências espirituais ou sugestões – provenientes também de demónios. De facto, o
diabo usa oportunidades desta natureza para influenciar pessoas, e instilar ideias erradas
nos seus corações e mentes. Deus não lida com pessoas nêste estado mental, pois espera
que elas tomem decisões calculadas a que se agarrem conscientemen-pela fé.
Na oração centralizadora, uma pessoa lida com um deus impessoal, que é inerentemente
parte da criação, e portanto também do íntimo do ser humano. Tal deus é contactado
apenas mìsticamente, pois a comunicação com êle nunca toma a forma de uma
conversa. O deus místico das esferas cósmicas deixa apenas certas impressões e
sugestões fundo no íntimo daqueles em transe de meditação, e tais pensamentos são
sempre contrários à Bíblia. Exemplos de tais pensamentos são por exemplo que tudo é
um, que devemos co-existir pacificamente e em harmonia espiritual com as pessoas de
todas as religiões, que há vários caminhos para chegar a Deus, que os Cristãos, os
Hindus e os Muçulmanos adoram todos o mesmo Deus, e que os seres humanos devem
curar-se si mesmos.
Hipnose em massa
Há também escolas “Cristãs” enganadas, que fazem uso de mantras para induzir estados
alterados de consciência em crianças. Até mesmo orações curtas a Jesus são repetidas
contìnuamente, sem dar atenção ao significado das palavras. A ideia que as crianças
encontram favor aos olhos de Deus e que Êle lhes falará ao coração, é assim instilada
nelas. Desta maneira, as crianças abrem as suas mentes a vozes e sugestões estranhas e,
conse- quentemente, abrem-se também a influências demónicas.
As gargalhadas são típicas dos espíritos malignos. Tais espíritos apoquentam uma
pessoa enquanto tentam controlá-la. E só depois de terem sido aceites por essa pessoa
começam o seu domínio, induzindo-a a cometer actos imorais e a rebelar-se contra os
pais, professores e outras pessoas de autoridade.
Está a tonar-se cada vez mais óbvio, que o misticismo é uma das áreas mais importantes
em que as diferentes religiões do mundo estão de acôrdo, para fomentar laços de uma
maior unificação. A meditação é uma grande porta que oferece acesso ao mundo
místico. Em primeiro lugar, torna possível a transição do cérebro esquerdo racional para
o cérebro direito intuitivo, e depois permite que uma pessoa desça através de vários
níveis de consciência, até atingir a experiência da consciência cósmica. E é a êste nível
que se descobre que todas as religiões adoram o mesmo Deus, que é a Fonte Universal
da Sabedoria.
O escritor da Nova Era Dick Sutphen (Encontrar dentro as respostas, p.45-47) refere-se
a espíritos bons e espíritos maus que podem influenciar uma pessoa durante a
meditação. A psicóloga humanista e mística Marilee Zdenek (A experiência do cérebro
direito, p.20) afirma que, na sua consciência intuitiva, as pessoas podem ser guiadas por
deusas da fortuna, ou podem ser afligidas por dragões. Ela avisa-nos contra a última
destas coisas, mas recomenda fortemente a primeira. No entanto, ambas estas categorias
de entes espirituais são inaceitáveis para os Cristãos. Uma deusa da fortuna ou um
espírito-guia, não passam de demónios que se disfarçam de mensageiros de Deus
(2 Coríntios 11:14).
No seu livro, Ray Yungen explica aínda êste conceito: “Por muitos anos, durante as
minhas pesquizas, encontrava-me perante a expresssão oração contemplativa.
Imediatamente a punha de lado, como tendo qualquer ligação com a Nova Era, pois
julgava que queria dizer pensar enquanto se ora – o que é o significado que
normalmente se associa à expressão. Mas, no campo da Nova Era, para o ouvido
inexperiente as coisas podem não ser sempre como parecem. O que de facto oração
contemplativa significa, é claramente descrito por William Johnston no seu livro:
Cartas aos contemplativos: “Quando uma pessoa penetra as camadas mais profundas da
oração contemplativa, mais tarde ou mais cêdo essa pessoa encontra o vácuo, o vasio, o
nada, o profundo silênccio místico, uma ausência de pensamento”. Para meu desgosto,
descobri que êste silêncio místico é obtido pelos mesmos métodos usados pelos adeptos
da Nova Era para conseguirem o seu silêncio – a mantra e a respiração! Oração
contemplativa é a repetição do que chamam palavra de oração ou palavra sagrada até
que a pessoa atinge um estado em que a alma e não a mente, contempla Deus… A
oração contemplativa pode parecer exótica e atraente, mas é bìblicamente sem
fundmento… As pessoas que usam este método colocam-se em transe sem a aprovação
de Deus. Este caminho é extremamente perigoso. Em parte alguma da Bíblia se
prescreve tal prática mística… Em parte alguma da Bíblia se descreve o silêncio como o
poder de Deus, mas a fé na mensagem da cruz com toda a certeza! (1 Coríntios 1:18).
Apreciação Cristã
Meditar na Palavra. A Bíblia não equipara a oração com a meditação mística, mas
explica a meditação de uma maneira completamente diferente, como a sóbria e
consciente contemplação da Palavra de Deus (Salmo 1:2). Momentos sossegados de
meditação não são portanto orações sem palavras, mas sim a contemplação da Palavra
de Deus. É a cooperação entre a mente e a fé do crente, em que as Escrituras são
cuidadosamente consideradas, exminadas e investigadas. Definitivamente não se trata
de uma actividade em que temos de desligar a mente e não pensar em nada. Antes de
podermos meditar na Palavra, temos de primeiro obter dela informação lendo-a,
compreendendo ao mesmo temepo que apenas o Espírito Santo pode ajudar-nos a
entender o que lemos: “Abre os meus olhos para que possa ver as coisas maravilhosas
da Tua Lei” (Salmo 119:18). A descoberta destas verdades não nos deve levar a sessões
de meditação mística mas sim a dar louvor e gratidão a Deus (Salmo 119:62). Devemos
gravar na memória estas promessas e acreditar nelas (Salmo 119:33). Elas devem ser
tamanha fonte de bênçãos, que a gente pensa nelas todo o dia e mesmo à noite (Salmo
119:97, 148; Salmo 1:2). Desta maneira sentiremos a presença do Senhor e seremos
ensinados por Êle através do Espírito Santo (Salmo 119:135; João 16:13-14). Nesta
experiência espiritual, o estudo bíblico, a meditação na Palavra, a oração e a fé no
Senhor Jesus que cumpre estas promessas (1 Coríntios 1:20) desempenham um papel
vital. O silêncio não é a lingua-mãe de Deus, pois Êle usa palavras para comunicar
connosco: “As palavras que eu vos falo são espírito, e são vida” (João 6:63). Deus é
exaltado muito acima dos seres humanos mas, através da Sua Palavra e do Seu Espírito,
fala com os nossos corações. A meditação oriental, que também se disfarça como
‘meditação Cristã’, é uma viagem interior em que as pessoas se esvasiam de todos os
pensamentos, procurando Deus sem o uso de quaisquer palavras, e negando dessa
maneira também a própria Palavra de Deus. Isso é uma prática dos ateus, que deve ser
totalmente rejeitada.
A glória de Deus. Quando nos dirigimos ao Pai em oração através de Jesus Cristo, Êle
revela-se-nos em toda a Sua Glória. No Senhor Jesus reside corpòriamente toda a
plenitude da Divindade (Colossenses 2:9). Embora Deus seja impenetrável, não há
n’Êle qualidade alguma escura e misteriosa, como acontece com algumas pessoas
durante a meditação. Essas pessoas até recebem pensamentos maus ao esvasiarem as
suas mentes não pensando em nada, o que constitui prova clara do facto que a
meditação oriental abre portas pelas quais demónios podem entrar. Êles disfarçam-se de
anjos da luz, mas as pessoas que meditam não têm discernimento quando estão num
estado alterado de consciência. A sua mente racional foi desligada, do que resulta a total
incapacidade de pensar analìticamente e de verificar qualquer pensamento à luz do seu
conhecimento das Escrituras, sob a orientação do Espírito Santo. Essas pessoas expõem-
se a impressões e ideias que podem ter resultados desastrosos para a sua vida espiritual,
pois a meditação leva usualmente a um amor cego por todas as pessoas de todas as
convicções religiosas. Esta disposição de espírito encoraja a adesão a laços ecuménicos
multi-religiosos, o que na prática equivale è negação de Jesus Cristo como único
Salvador da humanidade. E então, os seres humanos glorificam-se a si próprios.
Brian Flynn, director de Ministérios Uma Verdade, de Minneapolis diz: “Há onze anos
abandonei a vida de médio da Nova Era e dei o meu coração a Jesus Cristo. Como
médio, eu fazia leituras psíquicas e, através da meditação contactava espíritos-guias.
Nessa altura, não compreendia que tais guias eram demónicos. Agora, como Cristão, já
não tenho de entoar cânticos, entrar em estados alterados de consciência, ou partilhar
em rituais, para encontrar a paz e a verdade que encontrei aravés do Senhor e da Sua
Palavra. Há três anos li um livro intitulado A Hora da Partida, em que se afirmava que
muitos dirigentes Cristãos andavam a ensinar uma técnica de meditação com mantras.
Podeis imaginar o meu choque, quando descobri que a Nova Era tinha infiltrado o
Cristianismo por meio daquela técnica, uma prática chamada oração contemplativa. Tal
técnica inclui a repetição de uma palavra ou frase contìnuamente até se atingir o que
chamam o silêncio. Às vezes, em vez de uma palavra ou frase, atenta-se na respiração,
donde provém o nome de oração respirada. Qual o fim? Atingir um estado alterado de
consciência para comunicar com Deus.
“Contemplar a Palavra de Deus é bom. Mas a oração contemplativa de que estou a falar
não é. Praticada ao princípio por monges há séculos, desapareceu e não apareceu de
novo até aos anos de 1960, quando os monges Católicos Thomas Keating e Thomas
Merton decidiram introduzir a prática no Cristianismo. Richard Foster, adepto da oração
contemplativa, faz um aviso interessante àcerca de tal prática no seu livro Oração:
Encontrar a verdadeira morada do coração. ‘Eu também desejo dar uma palavra de
precaução. Na contemplação silenciosa de Deus, estamos a penetrar fundo no domínio
espiritual e a chamada orientação sobrenatural existe… Embora a Bíblia não nos dê
muita informação a tal respeito, o facto é que há várias ordens de entes espirituais, e
alguns deles definitivamente que não estão de harmonia com Deus e o seu caminho!…
Mas, por agora, quero encorajar-vos a aprender e a praticar orações de protecção.’
Então, porque o fazemos Senhor Foster? Porque motivo iria Deus colocar-me na
posição de me guiar a mim próprio neste reino espiritual desconhecido, rodeado de
entes espirituais que não estão de harmonia com Deus e o seu caminho? Êle não o faria.
“O calcanhar de Aquiles para o Senhor Foster, é que não existe apôio nas Escrituras
para a oração contemplativa além dêste aviso: ‘E quando orardes, não useis vãs
repetições, como fazem os ateus. Pois êles pensam que vão ser ouvidos por causa de
muitas palavras. Portanto, não sejais como êles. Porque o vosso Pai sabe das coisas que
necessitais antes de lhas pedirdes’ (Mateus 6:7-8).
Porque razão hão-de os crentes desejar abraçar práticas orientais de meditação, quando
podem adorar Deus de uma maneira sóbria, alerta e bíblica, ao honrarem e obedecerem
à Sua Palavra nos seus corações, para não pecarem contra Êle? (Salmo 119:11).