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1. Conceito.
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nome de Senado da Câmara ou até mesmo de câmara de vereadores, e eram
compostos, geralmente, por três ou quatro membros, eleitos para um período
de três anos, escolhidos entre os proprietários de terras e escravos.
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Lei n.º. 9.504/97 (Lei das Eleições); e
Resoluções do TSE.
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votação, apuração e fiscalização das eleições. Neste sentido, o TSE tem
editado resoluções que vão desde a Resolução n.º. 14.623/98 que fixa as
atribuições da Polícia Federal quando à disposição da Justiça Eleitoral à
Resolução n.º 22.376/06 que dispõe sobre a apuração de crimes eleitorais,
inclusive determinando como deve ser instaurado o respectivo inquérito policial,
além de seus prazos.
O próprio TSE, entretanto, já decidiu que suas resoluções têm força de lei
ordinária.[3] Apesar desta decisão do TSE a matéria não está pacificada,
embora, em alguns casos, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL tenha rejeitado
argüição de inconstitucionalidade de algumas resoluções do TSE a exemplo
dos pedidos para declarar inconstitucional a Resolução n.º. 22.610/97 que
disciplinou a perda de cargo eletivo por infidelidade partidária, através das
ADIns n.ºs. 3.999[4] e 4086 propostas, respectiva pela Procuradoria Geral da
República e pelo Partido Social Cristão (PSC). Nestes dois casos, como se
nota da transcrição da ementa abaixo, o entendimento do STF é que, mesmo
diante da enorme celeuma travada a respeito da Resolução n.º 22.610/97, o
Tribunal Superior Eleitoral não teria editado ato abstrato-normativo, ou seja,
não teria ido além do que já estabelecia a própria legislação.
4. Democracia.
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derrubado o governo do Presidente João Goulart, que havia assumido a poder
em face da renuncia de Jânio da Silva Quadros. Jânio e Jango, embora eleitos
presidente e vice, eram de partidos e ideologias diferentes, ademais, se sequer
faziam parte da mesma “chapa”, pois naquela época se escolhia diretamente o
vice. Jango, como era apelidado João Goulart, herdeiro da tradição política de
Getúlio Vargas, do qual fora ministro, disputava a eleição fazendo dobradinha
com General Lott, que era considerado um legalista. A renuncia de Jânio
Quadros, um político extremamente controverso e que teve carreira meteórica
de Vereador da Cidade de São Paulo até à Presidência da República, levou ao
poder, depois de muita resistência dos setores da direita e das forças armadas,
um Jango enfraquecido, tanto assim que foi implantado o regime
parlamentarista, com a deliberada intenção de diminuir os poderes do novo
presidente. Com o passar do tempo e após uma incessante queda-de-braço
entre direita e esquerda, estes últimos juntos dos progressistas, restabeleceu-
se o sistema presidencialista. Restabelecida formalmente a força da
presidência, Jango dividiu-se entre ações que contemplavam ora os interesses
de um lado e de outro, até que tomou partido pelas ações da esquerda,
provocando intensa reação da direita, especialmente da Igreja Católica. Essa
situação provocou um clima de divisão e confronto no país. De um lado,
cresciam as manifestações de trabalhadores urbanos, através de numerosas
greves e iniciava-se a ação dos trabalhadores rurais através da ligas
camponesas. Do outro lado, marchavam, literalmente, as donas de casa, a
classe média e a Igreja, pelas ruas das grandes cidades do Brasil,
principalmente do Rio de Janeiro. Aos poucos, o presidente Jango foi perdendo
apoio dos órgãos da imprensa e até dos políticos de centro, sendo notável a
participação do governo americano na urdidura de um movimento encabeçado
por civis e militares que acabou por solapar o poder. Era o Golpe Militar de 64.
Os políticos de direita que participaram da trama ou aderiram ao movimento,
também chamado por seus simpatizantes como Revolução de 1964, logo foram
alijados do comando do processo político e o Congresso Nacional foi fechado.
Iniciava-se a Ditadura Militar, com a supressão dos direitos e garantias
constitucionais e a total desfiguração da Constituição, passando o país a ser
governado pelos militares seus Atos Institucionais. Neste período dezenas de
deputados, senadores, governadores, prefeitos e vereadores tiveram seus
mandatos cassados por esses atos e a nação mergulhou numa longa noite de
hiato democrático. Os políticos mais importantes da esquerda, como o próprio
João Goulart foram exilados. O presidente Jango foi para o Uruguai e terminou
por falecer no Uruguai, em 1976. Sob a batuta, ou melhor, sob o chicote dos
militares, o país conheceu uma grande expansão econômica, denominada de
milagre brasileiro, cujo principal fundamento tinha sido o endividamento externo
e a economia começou a se deteriorar na primeira grande crise do petróleo, no
início da década de 70, indo de ladeira abaixo daí em diante. O agravamento
da crise econômica provocou a descrença do povo no regime militar, o que
levou o General Ernesto Geisel, o quarto governante de farda, a dar início a um
processo de distenção, chamando de abertura que culminou com a volta dos
políticos exilados (Brizola, Miguel Arraes, entre outros). Este processo de
abertura levou à eleição indireta de Tancredo Neves, um político de centro,
através do Colégio Eleitoral (Congresso Nacional), que disputara com Paulo
Maluf. A eleição de Tancredo contou com o apoio dos dissidentes do próprio
regime, entre eles, o então Senador José Sarney, que foi eleito vice-presidente
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na chapa de Tancredo. Os simpatizantes dessa nova fase da vida política do
país, denominaram o movimento que elegeu Tancredo Neves como a Nova
República, mas uma fatalidade mudou o rumo dos fatos, já que Tancredo
Neves adoeceu e morreu às vésperas de assumir a presidência. Apesar das
polêmicas políticas e jurídicas que surgiram, assumiu a Presidência da
República o Senador José Sarney, que apoiara o golpe militar e tivera bastante
projeção no governo ditatorial. Sarney, então, convoca a Assembléia
Constituinte e os deputados e senadores eleitos em 1986 passaram a exercer
seus mandatos ordinariamente no Congresso Nacional e, ao mesmo tempo, se
reuniam em assembléia para fazer a nova carta política. Deste breve relato dos
antecedentes políticos da atual Constituição, não poderia deixar de ser
mencionado que, com endurecimento do regime militar em 1968, formaram-se
vários grupos de esquerda no país que defendiam a luta armada e esse
confronto entre as várias tendências foi permeado por assaltos, seqüestro e
mortes. A esquerda, para financiar suas atividades, praticava assaltos a bancos
e milionários, além de seqüestrar pessoas ilustres, como foi o caso do
embaixador americano no Brasil. Os militantes esquerdistas envolvido nessas
ações, eram chamados de terroristas pelos militares Os militares, à frente o
Exército e incluindo a polícia civil de quase todos os Estados da Federação,
notadamente de São Paulo, através do DOI-CODI , comandavam a repressão
aos estudantes e trabalhadores, e caçavam, prendiam, torturavam e, em
muitos casos, matavam. Na região do Rio Araguaia, formou-se uma célula de
guerrilheiros que tentou intentar semear uma guerrilha rural, já que a urbana
havia sido exterminada pelas forças militares, mas sem sucesso. Outro registro
indispensável é que, nos estertores do regime militar, quando a economia tinha
ido ao fundo do poço e o presidente era o General João Baptista de Oliveira, o
país foi agitado pelo movimento das Diretas-já que pedia eleição direta para o
Presidente da República, mas a emenda constitucional que restabelecia esse
direito popular (Emenda Dante de Oliveira) foi rejeitada pelo Congresso
Nacional e aos progressistas restou apenas a eleição de Tancredo Neves. O
fim do regime militar, efetivamente, foi a promulgação da Constituição de 1988
e primeiro presidente eleito pelo voto direto do povo, após Jânio da Silva
Quadros, foi Fernando Collor.
Depois desse breve relato sobre a história política recente do país, do Golpe
Militar de 1964 até a Constituinte, voltemos ao estudo da democracia, sob o
ponto de vista constitucional. A Constituição prevê a modalidade de exercício
direto da democracia, através do PLEBISCITO, REFERENDO e
PARTICIPAÇÃO POPULAR.
4.2 Plebiscito.
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realização de plebiscito em matéria de incorporação, subdivisão,
desmembramento ou formação de Estados (art. 18, § 3º, da CF) e para
criação, incorporação, desmembramento e fusão de Municípios (art. 18, §4º, da
CF).
4.3 Referendo.
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Diz-se inelegível a pessoa que, apesar de ser eleitor, esteja impossibilitada,
temporariamente, de ser votada em virtude de algum motivo relevante previsto
na Constituição ou fixado em lei. A regra, entretanto, é da elegibilidade, ou
seja, é o direito do cidadão votar (capacidade ativa) e ser votado (capacidade
passiva), por se encontrar em pleno gozo de seus direitos políticos. Assim, o
eleitor para concorrer a um cargo eletivo precisa estar no pleno exercício de
sua capacidade ativa e não incorrer em nenhuma causa de inelegibilidade.
Segundo Joel Cândido, “não basta, para uma pessoa poder concorrer a
qualquer cargo eletivo, que possua ela as condições de elegibilidade...É mister,
ainda, que não incida ela em nenhuma causa de inelegibilidade. Estas, ao
contrário daquelas que figuram em lei ordinária, só podem ser fixadas na
própria Constituição Federal ou em lei complementar, tão-somente.
Constituem-se em restrições aos direitos políticos e à cidadania, já que por
inelegibilidade entende-se a impossibilidade, temporária ou definitiva, de uma
pessoa ser eleita para um mais cargos eletivos”.[1]
5.1 Nacionalidade.
“Art. 14..............
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.”.
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tenham nascido no exterior, desde que o pai ou a mãe esteja a serviço do
Brasil e, os filhos de brasileiros cujos pais não estejam a serviço da República
Federativa do Brasil, mas que sejam registrados em estabelecimento
diplomático do Brasil ou que venham a residir no Brasil e, após alcançada a
maioridade optem pela cidadania brasileira. Estes são os brasileiros natos, cuja
regra básica é o jus solis, mas que é excepcionada apenas nos casos acima
(art. 12, I, “a”, “b” e “c”, da CF).
Há nações, como por exemplo, a Itália que adotam o jus sanguinis como
critério básico da nacionalidade, que leva em conta o fator sanguíneo e
hereditariedade do nascituro, que terá a mesma nacionalidade de seus pais,
independentemente do local em que venha a nascer.
Apesar da própria Constituição cuidar em afirmar que a “lei” não poderá fazer
distinção entre brasileiros (§ 2º, do art.. 12), ela mesma o faz, embora reserva
apenas para si as eventuais distinções. Assim é que, além do brasileiro nato,
existe a categoria do brasileiro naturalizado ao qual é negada a investidura em
algumas cargos públicos. Essa restrição atinge também cargos cuja investidura
se dar por concurso ou nomeação, com vistas à proteção dos grandes
interesses nacionais.
São considerados brasileiros naturalizados:
“Art. 12.....
II - naturalizados:>
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de trinta anos ininterruptos e sem condenação
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro nato, salvo os casos previstos nesta Constituição.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(Redação dada pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.”.
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IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº
23, de 1999).”
5.3 Alfabetização.
Além da idade mínima, outra restrição é feita aos analfabetos, os quais, assim
como os menores de 18 e maiores de 16 anos podem votar, mas não podem
ser votados. A CF não define, logicamente, quando alguém pode ser
considerado como analfabeto e, a cada eleição, principalmente de âmbito
municipal, discute-se esse conceito, mas o TSE tem o entendimento que
considera como alfabetizado qualquer pessoa que possua conhecimentos
rudimentares de escrita e leitura da língua portuguesa, e assim, geralmente,
reforma decisões mais restritivas dos juízes eleitorais que, vez por outra,
exigem dos candidatos conhecimentos mais aprofundados, chegando até fazer
prova de redação e testando conhecimento aritméticos. A apresentação de
certificado escolar, mesmo que de primeiro grau, já exime o cidadão de
qualquer tipo de teste para auferir sua alfabetização. Evidentemente que se for
levantado incidente de falsidade desse documento, poderá o pretendente
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responder criminalmente. A realização desses testes vem sendo repelida pelo
TSE, posto que muito polêmico o seu conteúdo e bastante discutível. A simples
declaração, do “próprio punho” assinada pelo candidato se dizendo
alfabetizado é suficiente para afastar a realização desse tipo de teste,
principalmente quando há possibilidade de que essa aferição venha a se
constituir numa situação vexatória para o candidato. Veja-se:
RESP. n. 21.762
Petrolina de Goiás/GO
Rel. Min. Gilmar Mendes
Recorrente: Procuradoria Regional Eleitoral de Goiás
Recorrido: Benedito Alves de Melo
Acórdão n. 21.762.
“Registro de candidato. Analfabetismo. Ausência de comprovante de
escolaridade e de declaração de próprio punho. Proibição de teste de
alfabetização público e coletivo. Reexame de prova.
Na ausência do comprovante de escolaridade, deve o juiz exigir declaração de
próprio punho do candidato antes de buscar a aferição por outros meios. Res.-
TSE no 21.608, art. 28, VII, § 4o.
Não tendo o juiz exigido tal declaração, é lhe permitido aplicar teste de
alfabetização, desde que seja reservado, sem trazer constrangimento ao
candidato (art. 1o, III, da Constituição Federal). Precedentes.
Reexame de provas inviável em sede de recurso especial (Súmula-STF no
279).
Recurso a que se nega provimento.”
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com o lugar onde seja se inscrever como eleitor ou se candidatar a algum
cargo. Esse vínculo poderá ser de natureza afetiva (lugar de nascimento, lugar
onde morou durante bom tempo, etc), vínculo patrimonial (possuir bens ou
negócios), vínculo empregatício ou comunitário. Sendo tão amplo o conceito,
tem ocorrido casos em que algumas pessoas exercem o cargo de prefeito, por
exemplo, por longos anos, como é a situação de Ives Ribeiro, político
pernambucano que, salvo engano, já se candidatou e elegeu-se,
sucessivamente, por três cidades diferentes da região metropolitana do Recife,
transferindo seu domicílio eleitoral a cada uma dessas eleições.
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mídia, tais como jogadores de futebol, de basquete, árbitros e apresentadores
de programas de rádio e televisão, assim como jornalistas, são obrigadas a se
desincompatibilizarem, ou seja, se afastarem do exercício de seus cargos
meses antes das eleições, para que não continuem influenciando os eleitores
em detrimento dos demais concorrentes. Assim, um médico, também, um
médico, um diretor de um hospital público, um dirigente sindical, etc...também
precisam estar desincompatibilizados de seus cargos. O prazo de
desincompatibilização varia de acordo com o cargo ou função exercida e o
mandato que pretende se disputar.
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III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.”
“Art. 14....
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade
para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional
de Revisão nº 4, de 1994)”.
RESP. 31867/SP
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Rel. Min. Joaquim Barbosa
Data: 18/11/08
ELEIÇÕES 2008. Agravo regimental no recurso especial eleitoral. Deferimento
de registro de candidatura ao cargo de prefeito. Prática de improbidade
administrativa. Suspensão dos direitos políticos pelo prazo de cinco anos.
Sentença condenatória não transitada em julgado. Interposição de recurso
especial contra acórdão do Tribunal Estadual. Exame pendente. Possibilidade
de reforma do acórdão estadual. Coisa julgada que se manifesta apenas
quando proferida a última decisão na causa. Precedentes do STJ. Julgamento
da ADPFnº 144/DF. Apreciação de recursos extraordinário e especial.
Competência exclusiva do STF e do STJ. Agravo regimental a que se nega
provimento.
1. A coisa julgada material manifesta-se apenas no momento em que a última
decisão irrecorrível é prolatada no processo, ainda que o objeto em discussão
esteja relacionado com a tempestividade de determinado recurso.
2. Interposto recurso especial e existente a possibilidade, por mínima que seja,
de modificação de acórdão estadual que declarou a intempestividade de
apelação trânsito em julgado da sentença condenatória.
3. Entendimento diverso, além de violar o art. 20 da Lei nº 8.429/92, importaria
na transgressão, por via oblíqua, do julgamento efetuado pelo Supremo
Tribunal Federal nos autos da ADPF nº 144/DF, que consagrou, em
homenagem aos princípios constitucionais da presunção de inocência e do
devido processo legal, a impossibilidade de ser indeferido o pedido de registro
de pré-candidato, réu em ação de improbidade, com base em sentença
condenatória não transitada em julgado.
4. A Justiça Eleitoral não pode superestimar seu poder de dizer o direito,
arvorando-se da competência do STF ou do STJ para prejulgar a idoneidade
dos recursos de natureza extraordinária.
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5.6.4 – Abuso de poder.
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