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ARTIGO

Afinal, para que servem a auditoria e a due diligence ?


“Caso Banco Panamericano”

“Pague pelo preço e receba pelo valor”

( Warren Buffett)

Proponho uma reflexão lembrando que a mesma limita-se ao campo teórico


das idéias, apoiada nas notícias da mídia, sem, portanto, conhecimento do
caso específico.

Iniciemos com os fatos: A mídia já colocou em dúvida a eficácia dos serviços


de auditoria e de due diligence( esta por ocasião da aquisição de parte do
controle acionário pela C.E.F.).

Vamos às perguntas que não querem calar:

1) Para que serve uma auditoria diante de um rombo bilionário agravado por
denúncias de práticas criminais ? 2) A auditoria detectou ou não
irregularidades ? 3) Se detectou, cumpriu o seu papel ? 4) Se não detectou, foi
por incompetência, porque não era objeto de seu trabalho, porque não lhe
foram disponibilizadas informações suficientes ou ainda porque teria recebido
informações falsas ? 5) Se a empresa auditada sabia das irregularidades a
quem competia corrigi-las ? 6) Quais foram os papéis do Conselho Fiscal e do
Bacen no episódio ? 7) Qual é o nível de governança corporativa da empresa
auditada ? 8) Que tratamento deve ser dado ao contrato entre auditor e
auditado se ainda estiver em vigor ? 9) Qual é a contibuição da SOX para este
caso ? 10) Qual é o impacto e a repercussão do sigilo bancário sobre dados e
informações ? 11) A due diligence cumpriu o seu papel ? 12) Os contratos
envolvem ou não garantias contra riscos ? 13) Qual é a contribuição deste
episódio para outras empresas ?
São muitas as perguntas e poucas as respostas.

Contudo, creio que o atual momento do episódio permite desde logo afirmar e
concluir que os envolvidos cometeram atos falhos, em maior ou menor grau,
e que consistem no descumprimento de deveres legais inerentes a todo o tipo
de contrato ( função social, boa fé e equilíbrio) e de valores e princípios da
governança corporativa( transparência, prestação de contas, responsabilidade
social, sustentabilidade e equidade).

A falta de responsabilidade e de comprometimento com a sociedade, com os


clientes, com os acionistas e com todas as outras partes interessadas é fonte
de visível, contínuo e crescente desconforto no tratamento e na condução do
episódio.

Daí a proposta de reflexão - consistente e duradoura - não só para alargar


nossos horizontes mas sobretudo para contribuir com melhores práticas.

Autor: Paulo Afonso da Motta Ribeiro, advogado sênior da Advocacia Motta


Ribeiro, dedicada a área de auditoria jurídica de contratos –
www.auditoriadecontratos.com.br

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