Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
INTRODUÇÃO
II – A ATIVIDADE EMPRESARIAL
1
Que o distingue de outro produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa. (ex:
Danone, Unilever, Nestlê, Brahma, Coca Cola etc.
2
Que atesta a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificidade
técnicas (exs: INMETRO, ISO 9.000, ISSO 14.000, ABNT etc.), notadamente quanto à qualidade,
natureza, material utilizado e metodologia empregada.
3
Que identifica produtos ou serviços provindos de membros de determinada entidade.
4
Constituída somente de nomes, palavras, denominações ou expressões (ex: Philips, CCE, LG, Globo e
você, tudo a ver).
5
Firmada a partir de emblemas, símbolos, figuras ou expressões (ex: M do Macdonalds, símbolos da
Ford, GM, etc)
Universidade de Mogi das Cruzes
Direito Comercial e Societário
Prof. Alenilton da Silva Cardoso
apresente nova dentro da classe em que o requerente deseja
registrá-la; a não coincidência com marca notória; e a licitude;
Prazo de validade: 10 anos a partir do registro, prorrogáveis por
períodos iguais e sucessíveis, sem limitação.
Cessão de uso e licenças
Os direitos de propriedade transferem-se por atos entre vivos
(negócios) ou por sucessão (no caso de morte ou extinção do titular). Em qualquer caso,
a transferência deve ser averbada no INPI para que produza efeitos legais em relação a
terceiros, devendo ser aperfeiçoada em documento público ou particular ou, ainda, se a
transferência ocorrer em virtude de morte ou ausência do titular, mediante decisão
judicial.
Distintamente do que ocorre na cessão, o contrato de licença não
transfere a propriedade di direito imaterial, mas tão somente o direito de usá-lo e
explorá-lo, com ou sem exclusividade.
Contrato de Franquia
Regulado pela Lei nº. 8.955/94, é o contrato pelo qual uma das
partes (franqueador) cede a outra (franqueado) o direito de uso se marca ou patente,
associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos e serviços
e, eventualmente, ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de
negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante
remuneração.
As principais obrigações do franqueador são: (a) fornecer ao
interessado franqueado a “circular de oferta de franquia”, contendo as principais
informações sobre seu negócio e essenciais à celebração do contrato de franquia
empresarial; (b) descrição detalhada da franquia, do negócio e das atividades que serão
desempenhadas pelo franqueado; (c) indicação de que é efetivamente oferecido ao
franqueado pelo franqueador, no que se refere a supervisão de rede, serviços de
orientação e treinamento do franqueado e de seus funcionários, auxílio na análise e
escolha de ponto, layout e padrões arquitetônicos nas instalações do franqueado.
Já do franqueado, as principais obrigações são: (a) pagamento da
taxa de adesão; (b) pagamento de uma porcentagem do faturamento; (c) venda de
produtos exclusivos indicados pelo franqueador; (d) venda de produtos conforme tabela
de preços fornecida pelo franqueador.
Licença compulsória (quebra de patente)
Aplicável somente nos casos de invenção e modelo de utilidade,
porque fogem do interesse meramente comercial, atingindo toda a sociedade que tem
interesse pela fabricação em escala de determinado produto ou serviço, a licença
compulsória significa a possibilidade do Estado quebrar de patente e tirar a
exclusividade de produção dos proprietários que incorram numa das seguintes situações:
(a) exercício abusivo de direitos de patente ou prática de abuso de
poder econômico por meio dela;
(b) inércia do titular em fabricar ou fabricar insuficientemente
produtos ou serviços, contrariando o interesse público e social;
(c) comercialização que não satisfaz a necessidade do mercado;
Universidade de Mogi das Cruzes
Direito Comercial e Societário
Prof. Alenilton da Silva Cardoso
(d) situação de dependência de uma patente a outra, e o objeto da
patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à anterior, não
tendo o titular realizado acordo com o detentor da patente dependente para a exploração
da patente anterior;
(e) emergência nacional ou interesse público, declarados em ato do
Poder Executivo Federal.
Tudo isso porque, repise-se, o empresário possui uma função social
a cumprir, e caso seu exercício de empresa não atenda aos anseios da sociedade, pode se
sujeitar a medida enérgicas no sentido de obrigar a fazê-lo.
IV - DIREITO SOCIETÁRIO
Sociedade Simples
9
As diferenças básicas entre debêntures e ações é que enquanto estas ultimas representam uma fração do
capital de uma sociedade; as primeiras não representam capital de um sociedade, sendo o seu titular um
credor debenturista da empresa, que pode a qualquer tempo exigir a devolução com a devida correção do
valor aplicado.
10
Dividendo é a fração do lucro que é repartida entre os sócios ou acionistas, proporcionalmente ao valor
da participação de cada um no capital social.
Universidade de Mogi das Cruzes
Direito Comercial e Societário
Prof. Alenilton da Silva Cardoso
Diretoria - é um órgão deliberativo composto, no mínimo, por dois
membros, acionistas ou não, eleitos pelo Conselho de Administração ou pela
Assembléia Geral, cuja finalidade, de modo geral, é representar legalmente a sociedade.
Conselho Fiscal – é composto por, no mínimo, três membros e, no
máximo, cinco, acionistas ou não, cuja função é convocar, fiscalizar, denunciar e
examinar os documentos da administração.
Demonstrações financeiras
Ao fim de cada exercício, resguardando os preceitos da transparência
e da segurança jurídica, informando o mercado da saúde financeira da Sociedade
Anônima, compete à diretoria elaborar: (a) o balanço patrimonial; (b) a demonstração
dos resultados; (c) a demonstração dos lucros e prejuízos acumulados; e (d) a
demonstração das origens e aplicações dos recursos.
Dissolução, liquidação do patrimônio e extinção da S.A.
A dissolução da S.A. poderá ocorrer: (a) de pleno direito (pela
vontade dos acionistas); (b) por decisão judicial (diante de uma justa causa); (c) por
decisão de autoridade administrativa competente (CVM, diante de uma justa causa).
Após a dissolução, a liquidação dos bens da Companhia pode ser
extrajudicial (executada pelos próprios órgãos da S.A.) judicial (determinada por ordem
de juiz).
Finalmente, a S.A. se extinguirá: (a) pelo encerramento da liquidação
que segue à dissolução; (b) pela incorporação (absorção de uma empresa por outra); (c)
pela fusão (junção de duas ou mais empresas dando origem a uma terceira); (d) pela
cisão (criação de uma empresa a partir de outra preexistente); (e) após sentença
declaratório do encerramento do processo de falência.
A ligação de capital entre sociedades
Existe a possibilidade de uma sociedade participar do patrimônio
social de outra. Assim, considera-se participante a sociedade que detém até 10% do
capital social de outra sociedade; coligada aquela que detiver mais de 10% de outra
sociedade, sem controlá-la; e controlada aquela em que a maioria do seu capital social é
controlado por outra sociedade.
5.1. Falência
11
A Assembléia Geral de Credores é um órgão muito importante para os procedimentos em análise.
Convocada pelo juiz com pelo menos 15 dias de antecedência, a ela compete, dentre outras coisas: (i)
aprovar, rejeitar ou modificar o plano de recuperação apresentado pelo devedor; (ii) constituir ou escolher
os membros do comitê de credores; (iii) aceitar ou não pedido de desistência solicitada pelo devedor; (iv)
aprovar o nome do administrador judicial etc.
Universidade de Mogi das Cruzes
Direito Comercial e Societário
Prof. Alenilton da Silva Cardoso
• Impontualidade injustificada quanto ao pagamento dos créditos
cujo valor seja superior a 40 salários mínimos;
• Execução frustrada.
Legitimados a requerer a falência em juízo:
• próprio devedor, desde que seja empresário regular (autofalência);
• qualquer credor com dívida regular;
• cônjuge sobrevivente no caso do empresário individual falecido;
• herdeiros do devedor;
• inventariante;
• sócio/acionista da sociedade.
Efeitos da declaração de falência:
• vencimento antecipado das obrigações do falido;
• atinge todos os bens da empresa falida;
• resolução dos contratos mais onerosos;
• lacração das instalações da empresa, se necessária.
Ordem de preferência dos créditos na falência12:
Ordem Classes Subclasses
1 Despesas de pagamento • Trabalhistas de natureza estritamente salarial
antecipado vencidos nos 3 meses anteriores à decretação da
falência, até o limite de 5 salários mínimos por
trabalhador (art. 151).
• Despesas cujo pagamento antecipado seja
indispensável à administração da falência (art.
150).
2 Créditos decorrentes de restituição (art. 149)
3 Créditos extraconcursais (art. • Remuneração do administrador judicial e seus
84). auxiliares.
• Trabalhistas ou acidentários relativos a serviços
prestados após a decretação da falência.
• Quantias fornecidas à massa pelos credores.
• Despesas com arrecadação, administração e
realização do ativo e distribuição do seu produto,
bem como custas do processo de falência.
• Custas judiciais relativas às ações e execuções
que a massa falida tenha sido vencida.
• Obrigações resultantes de atos jurídicos válidos
praticados durante a recuperação judicial ou após a
decretação da falência.
• tributos relativos a fatos geradores ocorridos após
a decretação da falência.
4 Créditos prioritários (art. 83, I). • Trabalhistas até 150 salários mínimos.
12
Fonte: Ricardo Negrão. Direito Empresarial – Estudo Unificado. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 273/274
Universidade de Mogi das Cruzes
Direito Comercial e Societário
Prof. Alenilton da Silva Cardoso
• Decorrentes de acidentes de trabalho.
5 Créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado (art. 83, II)
6 Créditos tributárias relativos a fatos geradores anteriores à decretação da falência,
excetuadas multas tributárias (art. 83, III)
7 Créditos com garantia especial • previstos no art. 965 do Código Civil
(art. 83, IV). • definidos em outras leis
• a cujo titular a lei confira o direito de retenção
sobre a coisa dada em garantia.
8 Créditos com privilégio geral • previstos no art. 965 do Código Civil
(art. 83, V). • decorrentes das obrigações contraídas pelo
devedor durante a recuperação judicial com
fornecedores de bens ou serviços na forma do art.
67 da Lei nº. 11.101/05.
• definidos em outras leis
9 Créditos quirografários (art. 83, • os que não foram privilegiados pela Lei nº.
VI). 11.101/05
• os saldos dos créditos não cobertos pelo produto
da alienação dos bens vinculados ao seu
pagamento
• os saldos dos créditos derivados da legislação do
trabalho que excedam a 150 salários mínimos
• créditos trabalhistas cedidos a 3ºs (art. 83, VIII, §
4º)
10 Créditos subquirografários. Multas contratuais e penas pecuniárias por
infração das leis penais ou administrativas,
inclusive multas tributárias.
11 Créditos subrodinados Créditos subordinados por previsão legal ou
contratual e os créditos dos sócios e dos
administradores sem vinculo empregatício
12 Devolução ao falido ou rateio entre os sócios (art. 153).
13
O pedido de recuperação judicial com base nesse plano especial não implica na suspensão da prescrição
das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano.
Universidade de Mogi das Cruzes
Direito Comercial e Societário
Prof. Alenilton da Silva Cardoso
(i) a literalidade, pois somente será considerado o que nele estiver escrito;
(ii) a cartularidade, porque o título preciso de um documento em papel para ser
apresentado; e
(iii) a autonomia, haja vista que representa um independência nas relações
obrigacionais que se firmam no próprio título.
Duplicata:
É um título de crédito causal, vinculado à emissão de uma fatura
oriunda de contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços.
Universidade de Mogi das Cruzes
Direito Comercial e Societário
Prof. Alenilton da Silva Cardoso
Regulada pela Lei nº. 5.474/68 (Lei das Duplicatas), é criação do
direito brasileiro representando uma ordem de pagamento que a liga as figuras do
sacador ou vendedor, do sacado ou comprador; e do tomador ou vendedor.
A duplicata deverá ser enviada ao sacado para aceite, reconhecendo
a exatidão das informações e da obrigação de pagar. De qualquer modo, o aceite é
obrigatório, vinculando o devedor ainda que este não assine a letra, salvo se a
mercadoria: (i) foi avariada; (ii) não foi enviada; (iii) foi enviada com divergência em
relação ao contrato ajustado ou com diferenças nos preços e prazos ajustados, dentre
outras especificações.
Letra de Cambio
Regulada pelo Decreto nº. 57.663/66 e pelo Decreto 2.044/08 (Lei
Uniforme de Genebra), é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo pela qual o
sacador dirige-se ao sacado para que este pague determinada importância a uma terceira
pessoa. As partes envolvidas por este título de crédito são: o sacador (aquele que dá a
ordem para pagamento); o sacado (a quem a ordem é dirigida); e o tomador (que é o
beneficiário da ordem).
Nota Promissória
É uma promessa direta de pagamento dada pelo devedor em favor
do credor. Quando emitida, enseja relação jurídica entre o emitente ou sacador (aquele
que se compromete a pagar) e o beneficiário ou tomador (aquele que tem o direito de
receber).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, Fábio Ulhôa. Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 18ª edição,
São Paulo: Saraiva, 2007.
NEGRÃO, Ricardo. Direito Empresarial: Estudo Unificado. 5ª edição. São Paulo:
Saraiva, 2007
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. 27ª edição, São Paulo: Saraiva, 2008.
SILVA, Vander Brusso da. Resumo Jurídico de Direito Comercial. 5ª edição. São
Paulo: Bafisa, 2006.