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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Rio de Janeiro
2002
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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Rio de Janeiro
2002
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pela proteção e iluminação em todos os momentos, pois sem a Sua força, nada seria
possível.
Aos nossos cônjuges, pela cumplicidade e amor, pois vocês estarão sempre em nossos
pensamentos.
Ao diretor do Ginásio Público 470 Dr. Mário Simão Assaf, professor George Max, pelo total
A todos os educadores e professores que lutam por uma sociedade mais humana e digna.
A todos os colegas e amigos, que direta e/ou indiretamente, contribuíram para a realização
deste trabalho.
A todos aqueles que lutam por um Mundo mais justo e digno, em que possamos viver,
independentes de religião, crença, raça, sexo, nível sócio-econômico, ou qualquer outra forma
de discriminação.
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LISTA DE QUADROS
do meio ambiente......................................................................................... 72
Ambiental..................................................................................................... 73
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 Relação das diferentes disciplinas, citadas pelos professores, que estão
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2 Desvio das águas do Rio Macacu, para a estação de captação da CEDAE,
em Imunana................................................................................................. 77
Cachoeiras de Macacu................................................................................. 79
FIGURA 9 Saída de esgoto, sem tratamento, direto para as águas do Rio Macacu...... 81
FIGURA 10 Trecho do rio Boa Vista (afluente do Rio Macacu), mostrando seu leito
FIGURA 13 Localização do Rio Boa Vista (afluente do Rio Macacu), cuja nascente
§...................... Parágrafo.
APA................ Área de Proteção Ambiental.
apud................ Citado por.
art.................... Artigo.
CEDAE........... Companhia Estadual de Águas e Esgotos.
CEPAL........... Comissão das Nações Unidas para a América Latina.
CIBG............... Centro de Informações da Baía de Guanabara.
CONAMA...... Conselho Nacional do Meio Ambiente.
DBO................ Demanda Bioquímica de Oxigênio.
ECO-92........... Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
et al................. E outros autores.
IBAMA........... Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis.
IBG................. Instituto Baía de Guanabara.
IBGE............... Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
ibid.................. Na mesma obra.
IUCN.............. International Union for the Conservation of Nature.
kg.................... Quilograma(s).
km................... Quilômetro(s).
km².................. Quilômetro(s) quadrado(s).
L...................... Litro(s).
L/dia................ Litro(s) por dia.
m..................... Metro(s).
m².................... Metro(s) quadrado(s).
m³/s................. Metro(s) cúbico(s) por segundo.
MEC............... Ministério da Educação e Cultura.
n. p.................. Não paginado.
nº..................... Número.
ONG............... Organização Não Governamental.
p...................... Página.
PCN................ Parâmetros Curriculares Nacionais.
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RESUMO
ABSTRACT
The environmental questions are still treated like obligation just of the
governmental body, by population. However, we know the responsibility belongs everybody,
about maintenance of the ecological balance to preservation of the planet’s like. To this, it’s
necessary to realize programs of Environmental Education that involve all the different
population level of local community. The Boa Vista river (tributary of Macacu river) because
it’s an initial stage of degradation, there’s the necessity of consciousness buy population with
the purpose to reduce the environmental impact in this ecosystem. This work has an important
function to contribute to keep the degree of preservation the region still posses. Through
works of consciousness and practice of Environmental Education, in principle, to teachers of
the community committed in a purpose of improvement of the quality of environmental that
they live, being these the multiplier of the environmental question, in level of the learning and
consequently to population. This work has like general purpose, to enable teachers to actuate
in preservation of the ecosystem of Boa Vista river (tributary of Macacu river), through the
Environmental Education like disciplinary content to teachers of community of Cachoeiras de
Macacu-RJ, promoting and developing the environmental ecological knowledge and
conscience, beyond forming and enabling actives ecological citizen. Like principal specific
purpose, has: to evidence, through theoretical and practices, the principal environmental
problems of the region; to meet the level of commitment of the teachers community of
Cachoeiras de Macacu-RJ about the importance of the Environmental Education like a way of
environmental preservation; to propose multidisciplinary and interdisciplinary alternatives to
the practice of Environmental Education to teachers involved in this work to give continuity
to project proposed, like way to consolidate a culture of interdependence between social
development and environmental; and to use the Environmental Education like tool to
preservation of Boa Vista river (tributary of Macacu river). Like methodology, it was used an
Environmental Education course to teachers of Cachoeiras de Macacu-RJ community
comprehending several topics of extreme necessity in the development of the environmental
question. Therefore, the course is divided in phases: historical of the community of
Cachoeiras de Macacu; history of the Brazilian and world Environmental Education;
environmental legislation; Environmental Education proper and her principal actions in
classroom. Beyond the teachers answer a questionnaire-research to survey data about their
commitment about Environmental Education. Around 78,6% of the teachers already worked
with some theme about Environmental Education in class and 21,4% of the teachers never
worked with it. We expect this work through Environmental Education like disciplinary
contents to teachers of the community of Cachoeiras de Macacu-RJ promoting and
developing the environmental ecological knowledge and conscience, beyond forming and
enabling actives ecological citizen collaborate with the preservation of the ecosystem of Boa
Vista river and consequent, of Macacu river and all your hydrographical basin.
KEY WORDS: Environmental Education; Teachers; Cachoeiras de Macacu; Boa Vista River.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 16
2. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................ 19
2.1.2. Localização.............................................................................................................. 21
3. METODOLOGIA......................................................................................................... 56
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................. 58
5. CONCLUSÃO............................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 66
APÊNDICES...................................................................................................................... 70
ANEXOS............................................................................................................................ 84
16
1. INTRODUÇÃO:
apenas dos órgãos governamentais. Entretanto sabemos que a responsabilidade, no que diz
a todos. Para tanto, há de se realizar programas de Educação Ambiental que envolvam todos
O meio ambiente forma, juntamente com os seres vivos, uma complexa rede de
relações que tem que ser compreendida, pois isso será decisivo para o futuro de todas as
espécies. Nós, humanos, precisamos ter maior consciência dos nossos atos em relação ao
planeta Terra.
imobiliária de áreas urbanas e rurais, além do turismo descontrolado, são as principais causas
soluções para que gerações futuras não sofram com a destruição do meio ambiente,
camadas da sociedade.
margens do Rio Boa Vista (afluente do Rio Macacu), no município de Cachoeiras de Macacu
- RJ, poderá trazer problemas futuros a este ecossistema. Problemas como destruição da mata
importante ecossistema da região, sendo este rio um grande colaborador do volume d’água do
O Rio Boa Vista (afluente do Rio Macacu), por se encontrar em um estágio inicial
Este trabalho tem um papel importante de contribuir para que se mantenha o grau
Devido ao que foi exposto acima, este trabalho tem como objetivo geral, capacitar
professores para atuarem na preservação do ecossistema do Rio Boa Vista (afluente do Rio
ecologicamente ativos. Como principais objetivos específicos, tem: (1) evidenciar, através de
estudos teóricos e práticos, os principais problemas ambientais da região; (2) conhecer o nível
Educação Ambiental, aos professores envolvidos neste trabalho, para darem continuidade ao
2. REFERENCIAL TEÓRICO:
Cachoeiras de Macacu datam no final do século XVI. Aproveitando a fertilidade natural dos
pequeno núcleo agrícola instalado ao redor da antiga capela de Santo Antônio, denominado
Santo Antônio de Caceribu. Este núcleo inicial foi elevado a vila em 15 de maio de 1879, com
o nome de Santo Antônio de Sá, criando-se, ao mesmo tempo, o município do mesmo nome.
Entre 1831 e 1835, por conta de uma doença, conhecida como “Febre de Macacu”, houve
atividades produtivas e o município entrou numa série crise. Em 1868, a sede municipal foi
Macacu, posteriormente denominada Sant’Ana de Japuíba. Até 1930, além das lavouras de
para a subida da serra. Essa função a cidade iria perder no período pós-guerra, quando o ramal
Antônio de Sá. Esta vila foi criada em 05 de agosto de 1697 pelo Capitão-Geral e Governador
da capitania do Rio de Janeiro, Arthur de Sá Meneses. Santo Antônio de Sá, onde já foram
realizadas diversas alterações territoriais, sendo que estas modificações foram caracterizadas
por subdivisões que viriam acarretar futuramente nos seguintes municípios: Itaboraí, Magé e
Rio Bonito. Após essas subdivisões o território evoluiu até o atual município de Cachoeiras de
Macacu. A antiga sede da Vila de Santo Antônio de Sá foi transferida para a Vila de Sant’Ana
1829 e o advento da ferrovia na região, na década de 60, deste mesmo século. Em 1875, a
antiga Vila de Santo Antônio de Sá, foi anexada ao município de Itaboraí e a parte
remanescente recebeu, dois anos após, o novo nome de Sant’Ana de Macacu. Em 1894, no
município, já com o novo nome, foi criado um 2º Distrito chamado Cachoeiras de Macacu.
Outras alterações dos nomes viriam acontecer em 1898, ficando, definitivamente, denominado
Macacu seria o 2º Distrito e São José da Boa Morte como o 3º Distrito. A sede do município
como 1º Distrito, Japuíba como o 2º Distrito, Subaio (antiga São José da Boa Morte) como 3º
distrito de São José da Boa Morte. Em 1898, o município sofreria nova mudança em sua
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denominação, desta vez, de Sant’Ana de Macacu para Sant’Ana de Japuíba. No ano de 1923,
dezembro de 1929, elevou várias Vilas do Estado do Rio de Janeiro à categoria de Cidade e
Cachoeiras de Macacu não fugiu à regra. Elevada a este título, também sua denominação
com a elevação (criação) da Vila de Santo Antônio de Sá (05 de agosto de 1697); no segundo
2.1.2. Localização:
estado do Rio de Janeiro, estendendo-se por uma superfície de 1055 km numa faixa de
contato entre o litoral e a Serra do Mar. As coordenadas geográficas da sede municipal são
22º27’24’’ de latitude sul e 42º39’24’’ de longitude oeste, numa altitude média de 48 metros.
O município liga-se ao norte com Nova Friburgo e Teresópolis, ao Sul com Itaboraí e Rio
Bonito, ao leste com Silva Jardim e ao oeste com Guapimirim (CACHOEIRAS ONLINE,
2002, n. p.).
movimentado corresponde às diversas cristas da Serra dos Órgãos, área fronteiriça aos
altitudes. Essas linhas de serra recebem denominações locais, Serra dos Garcias, Serra Botija,
Serra Santana, etc. Essas áreas de topografia mais movimentada influenciam na disposição da
rede hidrográfica local orientando os rios que se dirigem para a vertente do Atlântico.
numa grande baixada que domina a porção centro-sul ocidental do território municipal.
nada menos do que 72 leitos maiores e menores escoam das Serras, dia e noite sem parar o
precioso líquido. Além dos seus dois maiores Rios o Macacu e o Guapiaçú, destacam-se o Rio
Sousa por ser o maior coletor de água potável com o reservatório distribuidor e o Rio Boa
Vista (FIGURAS 10, 11, 12 & 13) com suas praias de banho já famosas e água cristalina
mesclado com outros solos. Nas áreas de baixada destacam-se os solos hidromórficos, que
Atlântica. Esta floresta original, que se estendia das áreas serranas até a baixada, hoje, está
diversas áreas do estado do Rio de Janeiro, a floresta foi retirada para a prática agrícola,
utilização da madeira ou produção de lenha. Em seu lugar, surgiu uma vegetação secundária,
caracterizada por campos e capoeiras nas áreas mais baixas, e por uma floresta secundária,
influenciadas pela disposição do relevo. As áreas dominadas por altitudes mais elevadas, ao
norte e ao leste, apresentam temperaturas mais amenas bem como pluviosidade mais
acentuada, em função do obstáculo montanhoso aos ventos úmidos do litoral, que também
permite uma distribuição mais equilibrada das chuvas durante o ano. Na área centro-sul do
município, dominada por uma grande baixada, as médias de temperatura são mais elevadas,
durante todo o ano, identificando-se uma queda no total pluviométrico anual, bem como uma
Estatística (IBGE), o município de Cachoeiras de Macacu apresenta uma área de 955,81 km² e
Segundo o Instituto Baía de Guanabara – IBG (2002, n. p.), o Rio Macacu tem as
nascentes nas encostas florestadas da Serra do Mar, em altitudes que vão a mais de 2.000 m. É
também conhecido como Guapi-Macacu, pois recebe o Guapiaçu pela margem direita
formando o canal de Imunana (FIGURAS 1 & 2), resultado das grandes obras de engenharia
foi então desviado para o Rio Guapimirim e passou a desaguar no manguezal do mesmo
nome, à nordeste da Baía de Guanabara, ficando a bacia do Rio Caceribu isolada, desaguando
pela mesma foz do antigo Rio Macacu. Somado ao Guapimirim, constitui-se no contribuinte
de maior vazão (62,3 m³/s, representando 20,85% do total de 257,47 m³/s) e, também, com
maior área de drenagem para a Baía de Guanabara (1.509,1 km², que representam 37% do
Rio Macacu, que mais contribui para o abastecimento público em toda a região hidrográfica
da Baía de Guanabara: das fontes serranas, descem as águas para os municípios de Cachoeiras
os municípios de Niterói, São Gonçalo e parte de Itaboraí (FIGURAS 3, 4 & 5). Como os
demais rios das margens norte e leste da Baía de Guanabara, a qualidade das águas do Guapi-
Macacu ainda é boa, em comparação com os rios da margem oeste, oriundos de regiões
atividade industrial é pouco significativa também para a qualidade das águas, enquanto a
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pela poluição orgânica dos rios. Ainda assim, as águas do Rio Macacu são enquadradas na
Com seus atuais 381 km² de espelho d’água, a Baía de Guanabara (Guaná-bará –
seio de mar, em tupi) surgiu no período Holoceno, há cerca de dez mil anos, originando-se de
uma depressão entre a serra do Mar, regionalmente conhecida como serra dos Órgãos, e o
relevo costeiro mais antigo, baixo, de morros arredondados, espalhados por toda a região. O
vale, onde surgiu a baía, era um profundo canal, por onde fluíram os rios e as águas vertentes
da serra e do maciço de morretes baixos, que se estendia muito além da barra atual da
Guanabara, talvez por algumas dezenas de quilômetros até alcançar as praias do oceano
Atlântico. Nesta fase geológica, o clima da Terra era consideravelmente mais frio e
genericamente mais seco do que o atual. Havia menos umidade do ar, em função da grande
quantidade de água retida nas calotas polares e nos imensos glaciares que ocupavam grande
parte do planeta. Conseqüentemente, o nível dos mares era mais baixo; as estimativas são de
que estavam há pelo menos cem metros abaixo do atual (GOULART, 2002, p. 38).
Guanabara (CIBG), não é um acidente geográfico autônomo. Isto é, ela não existe sozinha.
Além de precisar do mar, que renova diuturnamente suas águas num trabalho sem fim, é o
corpo receptor final de todos os efluentes líquidos gerados nas suas margens e nas bacias do
26
55 rios e riachos que a alimentam (FIGURA 15). A baía mantém, portanto, uma relação de
interdependência com os vários ecossistemas a que se integra. A qualidade das suas águas não
poderia deixar de ser influenciada pela carga poluidora lançada nos rios de seu entorno e no
seu espelho d’água. Contribuem para este quadro as atividades humanas desenvolvidas, bem
dois portos comerciais, diversos estaleiros, duas refinarias de petróleo, mais de mil postos de
industrializados permeando zonas urbanas altamente congestionadas. A bacia que drena para
a Baía de Guanabara tem 4.000 km². É formada pelos municípios de Duque de Caxias, São
João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis, São Gonçalo, Magé, Guapimirim, Itaboraí, Tanguá e
partes dos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, Cachoeiras de Macacu, Rio
14). Esta região abriga cerca de dez milhões de habitantes, o equivalente a 80% da população
do estado e apresentou, no período 1980/91, a maior taxa de crescimento do país. Mais de 2/3
dessa população, 7,6 milhões de habitantes, habitam na bacia da Baía de Guanabara (CIBG,
2002, n. p.).
A Baía de Guanabara reflete, hoje, o uso indevido do ambiente à sua volta durante
séculos. Ela é o corpo receptor dos despejos de sua região hidrográfica de 4.000 km², em
grande parte coincidente com a região metropolitana do Rio de Janeiro. A configuração atual,
com 381 km² do espelho d’água, é resultante do processo de assoreamento e aterros, acelerado
nos tempos recentes. Na sua orla, foram construídos, sobre aterros, portos, aeroportos,
rodovias, bases militares e conjuntos habitacionais. Os rios a ela contribuintes foram bastante
Além disso, a maior parte do lixo, e dos esgotos da população de 8,2 milhões, vão ter a ela
27
através de 35 rios e, quase sempre, sem nenhum tratamento prévio. Embora a indústria tenha
feito grandes investimentos no controle de seus resíduos, falta muito ainda e a grande
HALFOUN (2001, p. 72), cita que um dos projetos mais antigos é o Programa de
orçado em torno de 5 bilhões de reais. Tendo um objetivo direto de parar de poluir a Baía de
Guanabara, pois assim, em 30 anos a baía se regenera sozinha. Mas ainda falta muito para
começar a contagem. Apenas ¼ da água está recebendo tratamento. Para acabar com o
problema maior, é preciso antes resolver a situação dos rios que vão dar na baía. Isso significa
investir na coleta de lixo em dezenas de bairros da capital e também nos municípios vizinhos,
reduzir a ocupação industrial dessas regiões, fiscalizar as empresas, recuperar a vegetação dos
as bacias hidrográficas dos maiores e menos poluídos rios que drenam para a Baía de
Guanabara. Além disso, é uma das áreas de maior crescimento populacional de toda a região
desmatamentos e poluição dos rios. Entre as peculiaridades dessa parte da baía, destacam-se:
Juntas, as bacias do leste da Guanabara ocupam área de 2.537 km², representando 57,76% de
toda a região hidrográfica da Baía de Guanabara. Três principais rios drenam a área: Guapi-
termo foi proposto em 1886 pelo biólogo Haeckel, e deriva de duas palavras gregas: oikos,
que quer dizer “morada”, e logos, que significa “estudo”. A Ecologia começa como um novo
ramo das Ciências Naturais, e seu estudo passa a sugerir novos campos do conhecimento,
como, por exemplo, a Ecologia Humana e a Economia Ecológica. Mas só na década de 1970
o termo “ecologia” passa a ser conhecido do grande público. Com freqüência, porém, ele é
usado com outros sentidos e até como sinônimo de meio ambiente (BRASIL, 1997, p. 20).
DIAS (2001, p. 75), cita dois autores importantes, como precursores da Educação
dos seres humanos com os demais seres vivos (“Evidências sobre o lugar do homem na
natureza”, 1863) e o diplomata George Perkin Marsh, que publicou o livro “O homem e a
natureza: ou geografia física modificada pela ação do homem” (1864), documentando como
os recursos do planeta estavam sendo esgotados e prevendo que tais ações não continuariam
naturalistas e outros.
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ambiente. O crescimento acelerado desse movimento dito ambientalista, vem sendo atribuído,
por muitos, ao rápido desenvolvimento tecnológico dos meios de produção que tem afastado,
cada vez mais, a população de seu contato com o mundo natural, obrigando-a a repensar sua
traçado ao longo das duas últimas décadas, com base em uma série de eventos, como as
Educação Ambiental. Todavia, a Educação Ambiental, assim como a própria Educação, ainda
com a qualidade ambiental fosse direcionada para as questões de esgotamento dos recursos
naturais e dos níveis de poluição, passando a atrair efetivamente o interesse da opinião pública
e dos governos dos principais países do Primeiro Mundo: o agravamento da poluição nos
Unidas: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Comissão das
Nações Unidas para a América Latina (CEPAL). Na década de 80, a questão ambiental já se
Alemanha Ocidental, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-
Bretanha, Japão, México, Noruega, Holanda, Suécia, Suíça e Repúblicas Soviéticas. Além
2002, n. p.).
derrubada de uma árvore. Com o tronco confeccionaram uma cruz rústica, em torno da qual
humanidade; hoje, porém, uma cruz de madeira nos lembra a morte de um vegetal e simboliza
não eram movidos pela curiosidade de encontrar novas espécies, animais e plantas
especiarias se tornariam homens ricos, comprariam terras e castelos e viveriam, talvez, como
que diz respeito à criação de instituições específicas na área ambiental, remonta ao início da
década de 1970. Até os anos 60, as intervenções nessa área eram dirigidas ao setor da saúde
propriamente dita, passa a constituir objeto de preocupação do Poder Público, quando ligada
aos problemas surgidos com a rápida expansão urbana dos grandes centros os quais, por sua
caráter multidisciplinar, o que implicou sua diluição nas matérias fixadas pelos Conselhos
Estaduais de Educação. Desde então, foi possível observar a inserção da relevância política
a Educação Ambiental aparece na Lei nº 6.938/81, que institui a “Política Nacional do Meio
Ambiente”. Embora esteja inserida nas formas Educação Formal e Não-Formal, ela é limitada
meio ambiente” (art. 225, § 1º, Capítulo VI). A Educação Ambiental foi inserida
conhecimento adequado da população, seus conceitos e objetivos gerais estão, ainda hoje,
A palavra “educação” sugere que se trata de uma troca de saberes, de uma relação
do indivíduo com o mundo que o cerca e com outros indivíduos. O adjetivo “ambiental”
tempera essa relação inserindo a percepção sobre a natureza e a forma como os humanos
interagem entre si e com ela. Em outras palavras, a Educação Ambiental busca a formação de
sujeitos a partir do intercâmbio com o mundo e com outros sujeitos (SEGURA, 2001, p. 43).
Para DIAS (2001, p. 98), a evolução dos conceitos de Educação Ambiental esteve
diretamente relacionada à evolução do conceito de meio ambiente e ao modo como este era
não permitia apreciar as interdependências nem a contribuição das ciências sociais e outras à
International Union for the Conservation of Nature (IUCN), que enfatizou os aspectos
entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios
biofísicos. A Educação Ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de
decisões e a ética que conduzem para a melhoria da qualidade de vida” (SATO, 2002, p. 23-
24).
consiste em propiciar às pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente, para elucidar
valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição consciente e
dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema
e do consumismo desenfreado.
qual as pessoas aprendem como funciona o ambiente, como dependemos dele, como o
quantidade de pessoas que existe no planeta e que necessita consumir cada vez mais os
recursos naturais para se alimentar, vestir e morar. O problema está no excessivo consumo
determinadas espécies e dos recursos naturais, embora estas questões sejam importantes. O
que deve ser considerado prioritariamente são as relações econômicas e culturais entre a
humanidade e a natureza e entre os homens. A Educação Ambiental deve ser entendida como
Educação Política, no sentido de que ela reivindica e prepara os cidadãos para exigir: justiça
social; cidadania nacional e planetária; autogestão e ética nas relações sociais e com a
natureza.
formação de sujeitos ativos, capazes de julgar, escolher e tomar decisões. Para tanto, a
formação deve inculcar o respeito às leis, ao bem público, aos direitos humanos, o sentido da
a tensividade e o diálogo, recuperando o movimento das mãos e das mentes da cada sujeito
cumprir, pelo menos em parte, os desafios da humanidade. Nossa tarefa ainda está longe de
ser concretizada, mas os sonhos ainda permitem um lugar especial a nossa esperança (SATO,
2002, p. 15).
35
DIAS (2001, p. 83), descreve que a Educação Ambiental teria como finalidade
adquirir conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo e as atitudes necessárias para
proteger e melhorar a qualidade ambiental; induzir novas formas de conduta nos indivíduos,
nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, tornando-a apta a agir em busca de
alternativas de soluções para os seus problemas ambientais, como forma de elevação da sua
qualidade de vida.
conservação da natureza, a Educação Ambiental tem um papel decisivo, uma vez que todos os
esforços para a conservação da natureza serão em vão se o ser humano não tiver real
fundamental para os programas de preservação dos sistemas naturais e das espécies ali
explicar o objetivo de seu trabalho para as comunidades envolvidas, tentando atraí-las para os
esforços de preservação. Neste contexto, o papel do educador não deve se restringir às salas
2002, p. 256).
36
da Educação Ambiental:
(ambiental);
sociedade.
planetários.”
essencial do meio ambiente global, dos problemas que estão a ele interligados
1
SMYTH, J. C. Environmental education: a view of a changing scene. In: Environmental Education
Research. Vol. 1, n. 1. 1995.
37
compreensão de todos.”
O Brasil é o único país da América Latina que tem uma política nacional
específica para a Educação Ambiental. Sem dúvida, foi uma grande conquista política e essa
pelo impulso de sobrevivência da espécie, pelo prazer de fazer o bem e de legar às gerações
presentes e vindouras um mundo melhor, mais justo, mais equilibrado econômica, social e
envolvidas na questão, pois, mais cedo ou mais tarde, todos serão ambientalistas (DIAS,
2001, p 201).
Brasil dispõe de uma lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal
nº 9.795, de 27 de abril de 1999), onde seus artigos descrevem sobre a Educação Ambiental
aprovação da Lei 9.795, que cria a Política Nacional de Educação Ambiental. De acordo com
o Ministério da Educação e Cultura (MEC), as escolas devem tratar o assunto dentro das
ampliar o nível de responsabilidade dos cidadãos diante das questões ambientais passa,
ambiente. Em vista disso, torna-se fundamental saber como o ambiente é interpretado pelos
indivíduos e pelos grupos sociais, pois é esse entendimento que determina suas práticas
ADAMS (2002, n. p.), cita Garret Hardin, no momento em que este ecologista
acadêmicas; precisa e aplica todas elas. Frente a um problema sócio ambiental qualquer, é
uma área nova, super abrangente, que abarca a compreensão da complexidade, da beleza e da
coerência do todo.
com a realidade local possui a qualidade de oferecer um universo acessível e conhecido e, por
isso, passível de ser campo de aplicação do conhecimento. Grande parte dos assuntos mais
significativos para os alunos estão circunscritos à realidade mais próxima, ou seja, sua
comunidade, sua região. E isso faz com que, para a Educação Ambiental, o trabalho com a
realidade local seja de importância vital. Mas, por outro lado, a apreensão do mundo por parte
ambientais oferecem uma perspectiva particular por tratar de assuntos que, por mais
localizados que sejam, dizem respeito direta ou indiretamente ao interesse do planeta como
um todo. Isso determina a necessidade de se trabalhar com o tema Meio Ambiente de forma
inclui, além do ambiente físico, as suas condições sociais e culturais (BRASIL, 1997, p. 48).
como as atividades artísticas, experiências práticas, atividades fora da sala de aula, produção
de matérias locais, projetos ou qualquer outra atividade que conduza os alunos a serem
reconhecidos como agentes ativos no processo que norteia a política ambientalista. Cabe aos
depende do que ele aceita como objetivo da Educação Ambiental, seu interesse e sua
específicos, já que não existe um conteúdo único, mas sim vários, dependendo das faixas
conteúdo mais indicado deve ser originado do levantamento da problemática ambiental vivida
cotidianamente pelos alunos e que se queira resolver. Esse levantamento pode e deve ser feito
conjuntamente pelos alunos e professores. Conteúdos diversos são encontrados nas atividades
democrática e, para isso, deve capacitar os indivíduos, através de postura crítica, dialética e de
TOMÉ (2002, n. p.), descreve que a Educação Ambiental não vai resolver os
problemas da escola brasileira, não pode ser uma imposição de temas e materiais didáticos, e,
principalmente, não deve dissociar o meio natural das questões sociais. Que a Educação
Ambiental não seja tratada de forma autoritária, sectária, que não chegue às escolas como um
sucedido no “primeiro mundo”, mas seja um movimento com bases reais, que surja da
participação e consideração das angústias dos educadores e educandos. Que seja construído a
partir da leitura que a comunidade faz da realidade em que se insere. Que traga realmente o
Para PENTEADO (2001, p, 53), uma coisa é ler sobre o meu meio ambiente e
ficar informado sobre ele, outra é observar diretamente o meu meio ambiente, entrar em
contato direto com os diferentes grupos sociais que o compõem, observar como as relações
sociais permeiam o meio ambiente e o exploram, coletar junto às pessoas informações sobre
as relações que mantêm com o meio ambiente em que vivem, enfim, apreender como a
sociedade lida com ele. Agir assim é experimentar comportamentos sociais em relação ao
meu meio ambiente que permitem constatar suas características e as reações dele à nossa
A natureza conservada não deve ser apresentada como modelo, já que o que existe
ambos. Claro que devemos preservar determinados locais de interesse ecológico, histórico e
artístico, conhecê-los e admirá-los, porém não devemos tê-los como modelo extensivo a todo
42
meio natural e/ou construído. Toda a prática de Educação Ambiental pode ser feita em vários
locais como modelo. Pode ser na cozinha observando a presença ou não dos agrotóxicos nos
escola pode-se estudar a sua rica ou pobre biodiversidade. Nas imediações da escola estudar
população, a rede de saneamento básico, entre muitos outros (REIGOTA, 2001b, p. 27-29).
senso comum e que os alunos estão captando e trazendo para a escola, ele não determina qual
o melhor conteúdo ambiental a ser estudado em sala de aula, antes, esses serão constituídos a
partir das representações sociais dos alunos. Além disso, devemos lembrar que falar de meio
ambiente hoje se tornou pauta obrigatória, não por um mero modismo, mas por uma
planeta e que tem a ver com a forma de como a humanidade vem se relacionando com a
natureza e com os outros seres vivos e como será, a partir dessas novas realidades, a relação
se, de relacionar-se com animais, rios, mares, florestas e com o seu semelhante.
realidade e pelas experiências dos próprios alunos, que são a família, os locais preferidos de
arredores das escolas, entre outros. Técnicas como jogos, atividades fora da sala de aula,
avaliados por suas atitudes, seus comportamentos ou suas atuações participativas. É preciso
áreas que compõem o currículo. Embora a Educação Ambiental possa ser desenvolvida nas
diversas disciplinas, é recomendável repensar o conteúdo que cada uma se propõe a oferecer.
Algumas técnicas e metodologias em Educação Ambiental são recomendáveis, tais como: (1)
a coerência e a boa seleção dos materiais didáticos, particularmente dos livros didáticos; (2) a
ignora-los; (3) o respeito às diversas formas de opiniões dos alunos, centralizando o tema e
não a figura do professor; (4) a não neutralidade da Educação, uma vez que não existem
jogos, simulações, teatros e outras novas metodologias que auxiliam na familiarização dos
ecologia tomando-se como objeto de estudo prioritário o buraco de ozônio, o efeito estufa ou,
ainda, florestas distantes, por exemplo. Negligencia-se o fato de que cada indivíduo está
próxima, além do ganho qualitativo em trabalhar com algo que possua real significado para o
vida nele praticadas. Isto é verdadeiro para as mais distintas realidades sócio-econômicas. Em
escolas de favelas ou de periferias de baixa renda, poderiam ser desenvolvidas atividades que
disposição adequada dos esgotos e do lixo. Em se tratando de escolas que tivessem por
doméstica do lixo e o desperdício gerado pelo consumo desenfreado. Desta forma, a Educação
Ambiental e a educação em saúde assumem um caráter muito mais amplo do que a mera (mas
202).
REIGOTA (2001b, p. 37-38), conclui que muitos são os métodos possíveis para a
realização da Educação Ambiental. O mais adequado é que cada professor estabeleça o seu, e
que o mesmo vá ao encontro das características de seus alunos. As aulas expositivas não são
muito recomendadas na Educação Ambiental; mas elas podem ser muito importantes quando
bem preparadas e quando deixam espaço para os questionamentos dos alunos. Para a
realização da Educação Ambiental podemos empregar os seguintes métodos: passivo (em que
só o professor fala), ativo (em que os alunos fazem experiências sobre o tema), descritivo (em
que os alunos aprendem definição de conceitos e descrevem o que eles puderam observar, por
exemplo, numa excursão) e analítico (em que os alunos completam sua descrição com dados
que visa a participação do cidadão na solução dos problemas deve empregar metodologias que
permitam ao aluno questionar dados e idéias sobre um tema, propor soluções e apresentá-las.
conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia disponível. Nos
nas cidades. À medida que tal modelo de desenvolvimento provocou efeitos negativos mais
população sobre o perigo que a humanidade corre ao afetar de forma tão violenta o seu meio
JESUS & MARTINS (2002, p. 172), descrevem que nos últimos 20 anos, a
questão ambiental tem constituído tema de reflexões, críticas e debates, por se tratar de uma
necessidade premente que visa a adoção de novas práticas, novos estilos de vida, nova
concepção de ser humano e de natureza, diferentes dos sistemas de valores que nos foram
Ambiental vem sendo bastante discutida como uma das possibilidades de superação dos
problemas ambientais atuais, onde a questão da cidadania ocupa o cerne dos debates.
dos recursos naturais. Isso exige um cuidadoso planejamento, que considere os vários
156).
estar submetido, tanto o ambiente natural (sem o homem) como o meio social humano (sem a
natureza não humana), pois este não sobrevive sem aquele. Buscar, portanto, conceber um
46
mundo viável para esta e as próximas gerações, sendo partícipes esclarecidos do presente e
considera um elemento da natureza, mas como um ser à parte, observador e/ou explorador da
por si só, porém poderá influir decididamente para isso, ao formar cidadãos conscientes de
Vários são os decretos e leis, tanto federais, estaduais como municipais, no Brasil
que de alguma maneira tentam otimizar o meio ambiente. Os principais decretos e leis, que
aspecto até hoje considerado básico no controle ambiental. O Código Penal, de 1940, em seus
abastecimento, com sanções inafiançáveis, prevendo reclusão de até 15 anos. O Decreto Lei
sanção para quem emitir, abusivamente, fumaça, vapor ou gás, que possa oferecer risco ou
molestar alguém. O Código Florestal, de 1965, pode ser considerado a primeira lei brasileira
47
regular a caça e a pesca. Antes dela, já havia o antigo Código Florestal, de 1934. Em 1981, foi
criada a Lei 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, impondo ao
dedica o Capítulo VI, Artigo 225, ao meio ambiente, impondo ao poder público e à sociedade
Foi a partir da Lei 6.938, de 1981, que a Educação Ambiental se tornou oficial no
Brasil, com a criação da Política Nacional do Meio Ambiente. No entanto, somente em 1996
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) criou
Ministério da Educação e Cultura (MEC) e técnicos da Organização das Nações Unidas para a
Ao longo dos últimos anos, a Educação Ambiental tem sido cogitada e adotada
como uma das ações capazes de colaborar na transformação do padrão de degradação sócio-
ambiental vigente na nossa sociedade. A escola foi um dos primeiros espaços a absorver esse
Ministério da Educação e Cultura (MEC), cerca de 70% das escolas do país oferecem a
números, divulgados em junho, tiveram como base o Censo Escolar 2001 e mostram que
71,2% dos estudantes têm a disciplina no currículo. Entre os alunos de 5ª à 8ª série, esse
4ª série, 70% estudam o assunto, ou seja, 13,8 milhões de crianças. Por mais que os números
quando os trabalhos resultam em atividades práticas, pois dos trabalhos realizados nas
conhecimentos científicos de que a sociedade já dispõe são colocados ao alcance dos alunos.
no saber. As disciplinas que com maior freqüência têm incluído em seus programas as
questões ambientais são Ciências (Ciências Naturais) e Geografia Física. Ainda são raras as
incursões sobre o assunto feitas pelas disciplinas que trabalham com o saber produzido pelas
educacionais, onde se discutia se a Educação Ambiental deveria ser ou não uma disciplina a
mais no currículo escolar. O Conselho Federal de Educação optou pela negativa, assumindo
Educação Ambiental como uma perspectiva de educação que deve permear todas as
disciplinas. Embora a Ecologia, como ciência, tenha uma importante contribuição a dar à
Educação Ambiental, ela não está mais autorizada que a História, o Português, a Química, a
flexível para que os professores possam implementar a dimensão ambiental em suas aulas. No
sempre consomem muito tempo, deixando uma grande lacuna em outras disciplinas. No
Ensino Superior, a estrutura departamental não permite que os docentes desenvolvam suas
A Educação Ambiental não deve ser uma disciplina específica do currículo, mas
SATO (2002, p. 24), afirma que o ambiente não pode ser considerado um objeto
de cada disciplina, isolado de outros fatores. Ele deve ser abordado como uma dimensão que
dos seres humanos. A Educação Ambiental tem sido identificada como transdisciplinar, isto é,
precisam incentivar a ruptura com esses pressupostos da educação da modernidade, sob pena
sujeitos, e que está inviabilizando a realização da Educação Ambiental como uma prática que
dimensão ambiental nos currículos do ensino fundamental e médio nos impulsionam a refletir
elementos biofísicos dependem do sociais. Porém, no que diz respeito à Educação Ambiental
o processo. Como fazer? Qual a metodologia a ser utilizada? Quais recursos podem ser
Ambiental?
domínios da Educação Ambiental e da educação em saúde é muito deficiente. Claro está que
existem gradações nesta falta de preparo, mas, de maneira geral, podemos verificá-la tanto no
professor oriundo das escolas de formação de professores, a nível médio, quanto naquele que,
lhe conhecimentos teóricos e/ou práticos sobre procedimentos didáticos ou, ainda que estes
de sua classe. Os professores, via de regra, não se encontram preparados para organizar
em relação ao trato adequado do ambiente. Para que isto seja efetivado, a proposta
metodológica eleita para inserir a Educação Ambiental no currículo da escola deve ser
assumida por toda a comunidade escolar, partindo dela própria, como fruto do anseio da
própria comunidade, indo ao encontro da solução dos problemas, fazendo uso das
colocadas por se saber que as políticas que vêm de instâncias superiores tendem a não se
consolidar. Na maioria das vezes encontra apenas forças de resistência, que se posicionam
diálogo e dos anseios de um grupo, tende, num esforço conjunto deste próprio grupo a ter
A escola precisa estar refletindo suas representações sociais, para, a partir delas, ir
uma nova disciplina, mas de práticas escolares que busquem contribuir para a formação
sadio, limpo, com menos violência, mais justiça social, onde os seres humanos possam
relacionar-se sem medos, respeitando-se e respeitando outras formas de vida; que uma nova
escola, por exemplo, a percepção ambiental dos educadores não servem de modelo para as
conhecer como elas percebem o meio ambiente para em seguida intervir (SILVA & LEITE,
2000, p. 1).
Rio de Janeiro em junho de 1992, a RIO-92 (ou ECO-92), organizada pelas Nações Unidas e
que trouxe ao Brasil mais de uma centena de chefes de Estado e de governo, representou o
mais sustentável do mundo para o Século XXI (daí a razão do nome, “Agenda 21”). Esse
documento histórico contém 700 páginas e representa o acordo internacional das ações que
integral e interdependente da Terra (NEIVA et al., 2001, p. 12 & SATO, 2002, p. 55).
1992 no Rio de Janeiro. Graças às suas proposições de contemplar tanto o curto quanto o
médio e longo prazos, vem estabelecendo uma síntese entre as duas visões sustentabilistas já
descritas, cunhando uma nova tendência que podemos denominar de “educação orientada para
ambiente. Mas, para atingir essa meta, tornava-se necessário definir um elenco de
sustentável no correr do novo século. Para isso, cada país saiu da conferência do Rio de
Janeiro com a missão de definir suas obrigações, a partir de suas realidades, em busca do
traçam um caminho e sugerem um papel aos educadores que só a educação orientada para a
sustentabilidade pode cumprir. Ao aproveitar o que há de melhor, em termos dos valores que
54
foram sendo nas várias tendências do ambientalismo e que rebateram na educação (tais como
enfatizador das soluções dos problemas, tem toda a chance de ser o novo marco referencial da
Porém, NEIVA et al. (2001, p. 13), descrevem que, ignorada pelos países mais
ricos, a Agenda 21, protocolo de intenções assinado pelos dirigentes dos Estados que
Mundo, porque ela pressupõe uma mudança total no modelo de desenvolvimento econômico e
social. Conclui-se, assim, que a principal dificuldade de adoção dos itens da Agenda 21 se
Os comitês de bacias hidrográficas foram criados pela lei que instituiu a política
vida da região e no desenvolvimento sustentado da bacia. Por isso, os comitês de bacia são
considerados “o parlamento das águas”. Antes de sua criação, o gerenciamento da água era
55
feito de forma isolada por municípios e Estado. As informações estavam dispersas em órgãos
técnicos ligados ao assunto e os dados não eram compatíveis. Era muito difícil obter acesso a
obras, concebidas de forma isolada, muitas vezes com desperdício de dinheiro público.
recursos naturais provocou a degradação de muitos rios (REDE DAS ÁGUAS, 2002, n. p.).
Hídricos – Lei das Águas), a criação dos comitês pretende descentralizar gestão dos usos das
águas por bacias hidrográficas e gerar recursos financeiros a serem empregados na própria
bacia, através do “usuário pagador”, que utiliza água advinda de qualquer parte da natureza; e
do “usuário poluidor”, onde qualquer uso da água a polui. Além disso, compete aos comitês
3. METODOLOGIA:
de Cachoeiras de Macacu – RJ), sendo então, determinado o tipo de ação proposta, além de
determinar o tipo de auxílio que estes puderam oferecer ao longo do processo deste trabalho,
de acordo com o nosso plano de ação e nossa matriz analítica para montagem e avaliação do
Ainda nesta fase, também foi feito um reconhecimento visual do trecho do Rio
Boa Vista (afluente do Rio Macacu) e do próprio Rio Macacu no trecho em que passa pela
região urbana da cidade, com análises de fotografias tiradas no local e constatação das ações a
visitarmos lugares significativos no percurso dos Rios Boa Vista e Macacu (captação de água,
de Laranjal, com seu tratamento em todas as fases), foram definidos os modos de abordagem
próprios pesquisadores responsáveis deste projeto (Professores Marco Antônio, Jorge Luiz e
Ana Paula), mas ficou claro entre nós, que os professores e membros da comunidade das
57
Após o encontro com o Diretor do Ginásio Público 470 Dr. Mário Simão Assaf,
professor George Max, e a sua colocação à nossa disposição, sendo isto um fator
importantíssimo para o desenvolvimento deste projeto, foi traçado como estratégia, um curso
Macacu – RJ. Este curso, composto por ciclos de palestras, proferidas por nós (Professores
Marco Antônio; Jorge Luiz e Ana Paula), foi amplamente divulgado em toda a rede de ensino
subsídios suficientes para que todos tenham uma base para o desenvolvimento de qualquer
projeto relacionado sobre a Educação Ambiental (QUADROS 5 & 6), sendo, por isso, o curso
aula. Durante a semana do curso foram distribuídos, para cada professor, questionário-
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
formação acadêmica: 28 (100%) apresentam Licenciatura Plena, sendo que destes, além da
Licenciatura Plena, dez (35,7%) têm pós-graduação (lato sensu); três (10,7%) também
fizeram curso Normal; dois (7,1%) apresentam Licenciatura Curta; dois (7,1%) têm
instituições de ensino, tais como, três (10,7%) também atuam em escolas particulares; dois
professores que responderam o questionário-pesquisa, sendo todas aceitas, já que não existe
um conceito fechado para um tema amplo como este. As palavras chaves que apareceram com
Ambiental, eles se dividem em dois grandes grupos: os que associam Educação Ambiental a
disciplinas que apresentam relação com a Educação Ambiental. Dos 28 (100%) professores,
que têm relação com a Educação Ambiental. As disciplinas citadas por estes professores
foram: Ciências (39,3%); Biologia (35,7%); Geografia (28,6%); História (21,4%); Educação
observar que as disciplinas de Língua Estrangeira, Física e Química não foram citadas
nenhuma vez como tendo alguma relação com a Educação Ambiental (GRÁFICO 1).
Educação Ambiental, ela não está mais autorizada que a História, o Português, a Química, a
Geografia, a Física, etc. A Educação Ambiental, como perspectiva educativa, pode estar
presente em todas as disciplinas, quando analisa temas que permitem enfocar as relações entre
1992, alguns professores comentaram que a Educação Ambiental provocou nos alunos um
grande interesse pelos temas abordados e participação nas atividades propostas, elevando
professores de várias disciplinas e entre eles e os alunos, não só na escola, mas também na
sentido, já que o que se baseia é o conhecimento integrado de todas elas para a solução dos
questões ambientais são Ciências (Ciências Naturais) e Geografia Física. Ainda são raras as
incursões sobre o assunto feitas pelas disciplinas que trabalham com o saber produzido pelas
informações destas disciplinas com o tema de Educação Ambiental: “Porque está ligada com
os seres vivos que compõem o ambiente”; “Porque fornecem subsídios para se entender a
científico”; “Porque são matérias que interagem entre si”; “Porque nos dão as informações
SATO (2002, p. 24), afirma que o ambiente não pode ser considerado um objeto
de cada disciplina, isolado de outros fatores. Ele deve ser abordado como uma dimensão que
dos seres humanos. A Educação Ambiental tem sido identificada como transdisciplinar, isto é,
algumas disciplinas e sim de todas por complexas razões: “Porque todas conscientizam a
61
dos educandos”; “Porque vejo uma correlação entre todas as disciplinas e o ambiente”;
“Porque faz parte do tema transversal”; “Porque não é possível dicotomizar a Educação
Ambiental”.
em relação ao trato adequado do ambiente. Para que isto seja efetivado, a proposta
metodológica eleita para inserir a Educação Ambiental no currículo da escola deve ser
assumida por toda a comunidade escolar, partindo dela própria, como fruto do anseio da
própria comunidade, indo ao encontro da solução dos problemas, fazendo uso das
colocadas por se saber que as políticas que vêm de instâncias superiores tendem a não se
consolidar. Na maioria das vezes encontra apenas forças de resistência, que se posicionam
diálogo e dos anseios de um grupo, tende, num esforço conjunto deste próprio grupo a ter
(78,6%) professores já trabalharam algum tema sobre Educação Ambiental em aula e seis
(21,4%) professores nunca trabalharam com o tema de Educação Ambiental (GRÁFICO 2).
Ministério da Educação e Cultura (MEC), cerca de 70% das escolas do país oferecem a
números, divulgados em junho, tiveram como base o Censo Escolar 2001 e mostram que
62
71,2% dos estudantes têm a disciplina no currículo. Entre os alunos de 5ª à 8ª série, esse
4ª série, 70% estudam o assunto, ou seja, 13,8 milhões de crianças. Por mais que os números
quando os trabalhos resultam em atividades práticas, pois dos trabalhos realizados nas
descreveram que a principal razão era a falta de tempo e/ou de oportunidade: “Não tive
da Educação Ambiental, descrevem que fazem uso de textos, datas envolvendo o tema ou
aplicado”; “Porque está ligado ao texto em que eu trabalhava”; “Porque estava trabalhando
necessidade de esclarecer meus alunos a respeito da importância do tema citado”; “Visto ser
de extrema importância dos alunos interagirem com o meio de forma saudável para ambos”;
“Porque compete a todos os que lidam com Educação, abordar este tema”.
Segundo BARCELOS & NOAL (2000, p. 108), constata-se com freqüência que a
participação dos professores se dá muito mais em função de uma certa obrigação, já que a
prioridade pelas instituições oficiais que tratam do planejamento escolar. Por outro lado, não
de Educação Ambiental. Não foram em muitos casos nem consultados, por exemplo, sobre
quais os problemas ambientais que eles acham mais graves na sua escola, ou na comunidade
escolar. Nem sequer quem planejou estes projetos tentou se aproximar do imaginário desses
63
professores em relação à questão ambiental. Isso faz com que os professores não se sintam
atores importantes do projeto. São na verdade coadjuvantes, quando não meros espectadores.
específicos, já que não existe um conteúdo único, mas sim vários, dependendo das faixas
conteúdo mais indicado deve ser originado do levantamento da problemática ambiental vivida
cotidianamente pelos alunos e que se queira resolver. Esse levantamento pode e deve ser feito
5. CONCLUSÃO:
transversal e com o maior interesse pelas questões ambientais em todas os âmbitos, nos leva a
uma reflexão a respeito das mudanças na forma de ensinar e conscientizar as pessoas ligadas a
integrando-a em um novo contexto estabelecendo uma ponte entre ação e a reflexão, entre a
teoria e a prática.
novas práticas que surgirão a partir das novas relações estabelecidas neste processo de
mudanças.
parte dos educadores aumentou, visto que, após a apresentação do curso sobre Educação
Ambiental, surgiram convites para apresentação no Colégio Estadual Maria Zulmira Torres
encontros para debates sobre o Plano Político Pedagógico referente ao ano de 2003, e
ecossistema do Rio Boa Vista e, conseqüentemente, do Rio Macacu e de toda sua bacia
hidrográfica.
66
REFERÊNCIAS:
DIAS. G. F. Educação Ambiental. Princípios e Práticas. 7ª edição. São Paulo: Gaia. 2001.
551 p.
MEROLA, E. Aulas para o futuro da Terra. Planeta Terra (O Globo). Setembro, n. 4. 2002,
p. 22.
MOHR, A. & SCHALL, V. T. Rumos da educação em saúde no Brasil e sua relação com a
Educação Ambiental. Cadernos de Saúde Pública. Vol. 8, n. 2. Abril/Junho. 1992, p.
199-203.
NEIVA, A.; MOREIRA, M.; COZETTI, N.; MEIRELES, S.; NORONHA, S. & MINEIRO,
P. Agenda 21. O futuro que o brasileiro quer. Ecologia e Desenvolvimento. Ano 11, n.
93. Junho. 2001, p. 10-13.
REDE DAS ÁGUAS. Comitês de bacias. Rede das Águas. [online]. Disponível:
<http://www.rededasaguas.org.br/comite> [capturado em 06 de nov. de 2002].
VERDE GAIA. Você sabia. Verde Gaia – Você Sabia. [online]. Disponível: <http://www.
verdegaia.com.br/noticias/vocesabia.htm> [capturado em 22 de jan. de 2002].
70
APÊNDICE A
PLANO DE AÇÃO
TEMA: Educação Ambiental.
PROBLEMÁTICA:
O desmatamento, a exploração imobiliária, além do turismo descontrolado, às margens
do Rio Boa Vista (afluente do Rio Macacu), no município de Cachoeiras de Macacu – RJ,
poderá trazer problemas futuros a este ecossistema. Problemas como destruição da mata ciliar,
descargas de esgotos clandestinos e de fertilizantes de plantas para o interior do rio, causando
eutroficação do mesmo.
NOME DA ESCOLA ENVOLVIDA:
Ginásio Público 470 Dr. Mário Simão Assaf.
GRUPO RESPONSÁVEL:
Marco Antônio Duarte Espíndola
Jorge Luiz Fortuna
Ana Paula Mançano Guimarães
DURAÇÃO DO PROJETO:
Uma semana.
PÚBLICO ALVO (PESSOAL ENVOLVIDO):
Professores e educadores do município de Cachoeiras de Macacu.
OBJETIVOS:
Capacitar professores para atuarem na preservação do ecossistema do Rio Boa Vista
(afluente do Rio Macacu), através da Educação Ambiental como conteúdo disciplinar para
professores do município de Cachoeiras de Macacu – RJ, promovendo e desenvolvendo o
conhecimento ecológico ambiental e a consciência ecológica, além de formar e capacitar
cidadãos ecologicamente ativos.
PROCEDIMENTOS ADOTADOS:
Capacitação dos professores por meio de palestras, durante a semana, enfocando o
engajamento destes educadores, através da história do município, história da Educação
Ambiental, nacional e brasileira, além de demonstrar possíveis práticas e ações de Educação
Ambiental em sala de aula de modo formal e informal.
RESULTADOS ESPERADOS:
Os pesquisadores, juntamente com todos os envolvidos neste projeto, a partir das
conclusões, elaborarão um plano de atuação para colocar em prática a Educação Ambiental
como método de preservação ambiental deste ecossistema local, além de apontar
procedimentos a serem adotados para assegurar a continuidade do projeto junto às escolas
envolvidas na pesquisa-ação.
Capítulo VI
05.10.1988 Constituição Brasileira.
(Art. 225)
APÊNDICE D
1. Formação:
Curso Normal (Formação de Professores).
Licenciatura Curta. Qual?__________________________________.
Licenciatura Plena. Qual?__________________________________.
Outros. Qual?___________________________________________.
2. Escola em que trabalha:
Federal Estadual Municipal Particular
3. Ensino da sua regência:
Fundamental Normal (Formação de Professores)
Médio Técnico/Profissionalizante
4. Disciplinas em que atua:
Matemática Literatura Ciências Ed. Física
L. Portuguesa História Biologia Religião
L. Estrangeira Geografia Ed. Artística Sociologia/Filosofia
Física Química Outras:__________________________________.
5. O que você entende por Educação Ambiental?
...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
6. Qual(is) disciplina(s) está(ão) ligada(s) à Educação Ambiental?
Matemática Literatura Ciências Ed. Física
L. Portuguesa História Biologia Religião
L. Estrangeira Geografia Ed. Artística Sociologia/Filosofia
Física Química Outras:__________________________________.
7. Por que?
...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
8. Você já trabalhou algum tema de Educação Ambiental em aula?
Não Sim
9. Por que?
...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
10. Caso você já tenha trabalhado com algum tema de Educação Ambiental, descreva esta sua
experiência.
...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
74
APÊNDICE E
APÊNDICE F
QUADRO 6 Dados e curiosidades relevantes no que diz respeito aos problemas
ambientais, apresentados aos professores.
APÊNDICE G
GRÁFICO 1. Relação das diferentes disciplinas, citadas pelos professores, que estão
ligadas com o tema sobre Educação Ambiental.
80
60,7%
60 39,3%
35,7%
40 28,6%
21,4% 14,3%
17,9% 14,3%
20 10,7% 10,7%
17,9% 7,1%
21,4%
78,6%
APÊNDICE H
APÊNDICE I
APÊNDICE J
APÊNDICE L
APÊNDICE M
FIGURA 9. Saída de esgoto, sem tratamento, direto para as águas do Rio Macacu.
FIGURA 10. Trecho do Rio Boa Vista (afluente do Rio Macacu), mostrando seu
leito pedregoso e suas águas cristalinas.
82
APÊNDICE N
APÊNDICE O
ANEXO A
FIGURA 13. Localização do Rio Boa Vista (afluente do Rio Macacu), cuja
nascente localiza-se na Serra da Botija, entre os municípios de
Nova Friburgo, Silva Jardim e Cachoeiras de Macacu.
ANEXO B
FONTE: <http://www.cibg.rj.gov.br/detalhenoticias.asp?codnot=287&codman=34>
F745 Fortuna, Jorge Luiz.
Educação ambiental: conteúdo disciplinar como prática de
preservação do Rio Boa Vista (afluente do Rio Macacu), nas
instituições de ensino do município de Cachoeiras de Macacu-RJ /
Jorge Luiz Fortuna, Marco Antônio Duarte Espíndola e Ana Paula
Mançano Guimarães. – 2002.
86 p. : il.
CDU 504.06:372.32