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ENGENHARIA SIMULTÂNEA
NO PLANEJAMENTO DE EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS
CURITIBA – PR
2010
CARLOS FREDERICO RIECK ZANDER
ENGENHARIA SIMULTÂNEA
NO PLANEJAMENTO DE EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS
Área de Concentração:
Construção Civil
Orientador:
Prof. Msc. Giuliano Nacarato Moretti
CURITIBA – PR
2009
i
AGRADECIMENTOS
Ao Giuliano, que com sua orientação precisa, sua competência e sua paixão
pelos assuntos socioambientais possibilitou a conclusão desta pesquisa e se tornou
em um querido amigo.
À Rita Ferreira, que de maneira tão gentil disponibilizou seu profundo e amplo
conhecimento de coordenação de projetos, despertando meu interesse por tais
teorias e também por ter sido tão disponível em me conceder informações
complementares de fundamental importância à execução desta pesquisa.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................1
1.1 Tema ................................................................................................................3
1.2 Linha de pesquisa ............................................................................................3
1.3 Definição do problema......................................................................................3
1.4 Justificativa .......................................................................................................3
1.5 Objetivos da pesquisa ......................................................................................3
1.5.1 Objetivo geral................................................................................................3
1.5.2 Objetivos específicos ....................................................................................4
2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................5
2.1 A Urbanização, a construção civil e o meio ambiente ......................................5
2.2 Desenvolvimento sustentável ...........................................................................6
2.3 Arquitetura sustentável .....................................................................................9
2.3.1 PROCEL nas edificações............................................................................12
2.3.2 Uso racional da água - economizadores.....................................................16
2.3.3 Painéis de aquecimento solar .....................................................................17
2.4 Gestão da Qualidade nos projetos de edificações .........................................19
2.4.1 Sistemas de gestão da produção................................................................19
2.4.2 O projeto para produção .............................................................................20
2.4.3 Gerenciamento de projetos.........................................................................21
2.4.4 O Mercado da construção civil no Brasil .....................................................24
2.4.5 O Mercado de projetos de edificações no Brasil.........................................25
2.4.6 A gestão da qualidade do projeto para a produção de edificações.............26
2.5 Engenharia simultânea ...................................................................................29
2.6 Projeto simultâneo ..........................................................................................30
2.7 BIM e Ambientes Colaborativos Virtuais na implementação do PS no processo
de produção de edificações.......................................................................................31
2.7.1 BIM – Building Information Modeling...........................................................33
2.7.2 Ambientes colaborativos virtuais.................................................................34
3 METODOLOGIA ....................................................................................................39
3.1 Considerações metodológicas........................................................................39
3.2 Estruturação da pesquisa ...............................................................................39
3.2.1 Urbanização................................................................................................40
3.2.2 Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável........................................40
3.2.3 Gestão da qualidade ...................................................................................41
3.2.4 Mercados da construção civil e de projetos de edificações no Brasil .........41
3.2.5 Engenharia simultânea ...............................................................................41
3.3 Instrumentação da pesquisa...........................................................................42
3.4 Estudo de caso...............................................................................................43
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................53
5 CONCLUSÕES ......................................................................................................54
6 REFERÊNCIAS......................................................................................................56
vi
RESUMO
ABSTRACT
For the development of the research it’s been used some literature, focusing on the
domestic titles and contemporary academic researches, in order to better
contextualize this paper to the current Brazilian context. There were collected
historical data factors that led the demand for the management system in production
and also the changes in technology that influenced the growth in exploitation of
natural resources, the extrapolation of the assimilative capacity of the environment
and the climate change.
1 INTRODUÇÃO
Assim como vem acontecendo de maneira geral por todo o planeta, também
no Brasil tal preocupação vem sendo promotora de uma série de iniciativas dos mais
diversos níveis da sociedade, na busca por criar processos que produzam uma
edificação o mais ambientalmente neutra possível, buscando a geração zero de
resíduos – tanto na produção, como no uso e no descarte; emissão zero de CO2 e
gases impactantes ao ambiente; auto-suficiência energética com apoio da geração;
zero desperdício de água através do reuso, reciclagem e tratamento de efluentes.
Para Cavalcanti; Matoski e Catai (2008) uma das barreiras existentes para
os projetistas na adoção de métodos sustentáveis na execução de obras é o
desestímulo dos clientes diante da perspectiva de um aumento inicial de
custos.
1.1 Tema
1.4 Justificativa
Esta pesquisa tem por objetivo buscar entender o que são e quais os
4
elementos a serem agregados às edificações para que elas sejam qualificadas como
sustentáveis e estudar de que maneira a Engenharia Simultânea, operacionalizada
através do Gerenciamento de Projetos, pode ser implementada na fase de
planejamento do empreendimento.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Pereira (2009) faz a distinção entre a cidade real e a cidade formal. Na cidade
6
real está compreendida a sua totalidade, incluindo o que está na malha urbana e
também próxima a ela, como as ocupações de parcelamentos do solo estabelecidas
sem a implantação da devida infraestrutura. A cidade formal é aquela composta por
edificações que abrigam residências, indústrias, estabelecimentos comerciais e da
administração pública que, para o seu funcionamento, são devidamente servidas por
infraestrutura construída para o fornecimento de energia elétrica, água, telefonia,
cabos de fibra ótica, esgotamento pluvial e sanitário, iluminação pública,
pavimentação de vias públicas, entre outros.
1
SACHS, Ignacy. Estratégias de transição para o século XXI, desenvolvimento e meio
ambiente. São Paulo: Studio Nobel / FUNDAP, 1993.
8
2
IZUMI, H. Policy Design for Environmental Issues in the Building Sector. In: Susatinable
Building and Policy Design. Institute of International Harmonization for Building and Housing. Edited
by MURAKAMI, S.; IZUMI, H.; YASHIRO, T.; ANDO, S.; HASEGAWA, T. Tokyo, Japan, 2002.
9
Até que ponto e de que forma a arquitetura contribui na busca por uma
sociedade sustentável? Entende-se como desenvolvimento sustentável,
aquele capaz de atender às necessidades das atuais gerações sem
comprometer os direitos das futuras gerações. As questões ambientais e
escassez de recursos energéticos fazem parte desse discurso; é na forma
como arquitetos e engenheiros se inter-relacionam com esses temas que se
dá a contribuição da arquitetura na sustentabilidade. (MEIRIÑO, 2009).
a racionalização;
11
a pré-fabricação;
a automação;
a pré-moldagem;
a construção enxuta.
i. Dificuldades de financiamento.
Áreas de janelas;
Existência e dimensões de proteções solares;
Tipo de vidro;
Dimensões da edificação;
Zoneamento bioclimático.
Para fins de exemplificação, podem ser elencados alguns requisitos para que
a edificação atinja o nível A:
(WEINBERG, 2009);
Ducha com controle de vazão (Modelo Piccolo Light Fabrimar): permite
escolher duas intensidades de água, sendo que a mais baixa libera 9
litros de água por minuto, representando metade do volume de uma
ducha convencional, consumindo 50% menos que o banho em uma
ducha normal, sem grande prejuízo à força do jato (WEINBERG, 2009.
Caixa de descarga sanitária acoplada: enquanto que uma válvula de
descarga utiliza entre 10 e 30 litros de água por descarga, a caixa de
descarga acoplada libera somente 6 litros de água, representando uma
economia média de água na ordem de 30% (Prefeitura de São Paulo,
2006).
Com uma instalação solar térmica, é possível atender até 70% das
necessidades de aquecimento de água em uma residência. Se for utilizada também
para dar apoio, pode cobrir até 30% do total de energia necessária para aquecer os
ambientes. Isso significa um grande passo em direção à redução da dependência do
petróleo e do gás natural, que agravam as emissões de CO2 no planeta
(MEDEIROS [1], 2009).
18
1. Serpentina
2. Chapas de transferência de calor embutidas
3. Revestimento seletivo do absorvedor
4. Vidro incolor
5. Caixilhos de alumínio
6. Isolamento térmico
Figura 05 – Detalhe de painel com tecnologia de transferência de calor
19
detectados antes do início da fase subseqüente. O projeto tem seu fim quando o
resultado é alcançado, ou quando fica evidente que o resultado pretendido não pode
ser alcançado, ou ainda quando o resultado anteriormente desejado não mais seja
necessário.
A seguir, monta-se a rede de caminho crítico (figura 07) onde são lançados os
tempos de cada atividade, priorizando-se atividades necessárias à continuidade do
processo. Com o estabelecimento do tempo em cada caminho possível, tem-se o de
maior duração; o caminho crítico:
Fabrício (2002) propõe que o Projeto Simultâneo (PS) parte dos conceitos da
31
trabalhos e tempos de mão de obra, desde a fase inicial do projeto, até a conclusão
da obra e o uso da edificação, automaticamente associados a cada um dos
elementos constituintes (MEDEIROS [2], 2009).
Segundo Medeiros [2] (2009), algumas das principais vantagens do BIM são:
Distribuição de informações
Indexação e extração de documentos
Agendamento de atividades
Planejamento das atividades
36
3 METODOLOGIA
construção civil.
Para atingir seus objetivos, esta pesquisa foi estruturada no estudo por
divisão de temas organizados em uma linha vertical, em cuja base estão os
processos de urbanização e construção civil e os impactos ambientais por eles
causados.
40
3.2.1 Urbanização
(a) (b)
(c)
Figura 23 – Configuração dos elementos estruturais (a) pilar, (b) viga e (c) laje
47
ponto de origem
Figura 28 - Visualização das Interferências Físicas 1
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5 CONCLUSÕES
3
Anexo 01.
55
6 REFERÊNCIAS
LEONARD, Annie. The Story of Stuff (A História das Coisas, em português). Vídeo
disponível em <http://www.unichem.com.br/videos.php> Acesso em 12 mai. 2009.
eb.com.br/construcao/noticias/invasao-estrangeira-86702-
1.asp+revista+construção+1997+edison+musa&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>,
acessada em 13 abr. 2010.
ANEXOS
Anexo 01
From: eduardo ma
Sent: Wednesday, November 11, 2009 9:25 AM
To: zander_arqui@ymail.com
Subject: RE: Por: carlos zander
Carlos,
É isso aí. A ES aplicada de forma sistemica e planejada é um dos principais caminhos para a Sustentabilidade.
A questao do custo é mesmo uma grande dificuldade inicial. Contudo, quem a utiliza consegue perceber a ES
como investimento.
Com relação ao primeiro item, tivemos recentemente a defesa de dissertacao de mestrado de um orientado
meu (Homero Silva Junior)
O trabalho está em fase de revisao final.
No que se refere aos outros dois itens, trata-se do desenvolvimento do sistema SISAC (um trabalho ENORME,
pois temos uma equipe que está criando tecnologia a partir dos recursos das empresas que a utilizam).
Estamos iniciando trabalho de pesquisa (com uma aluna de mestrado) que pretende analisar uma grande
massa de dados das empresas que estao utilizando o SISAC (gestao de projeto e integracao projeto-obra) para
constatar os beneficios.
Além disso e com alguns desdobramentos nesta linhas, co-orientei um trabalho de mestrado da UFSCAR do
aluno Sergio Salles.
No mais, um abraço.
From: zander_arqui@ymail.com
To: em.arantes@hotmail.com
Subject: Re: Por: carlos zander
Date: Wed, 11 Nov 2009 08:32:51 -0200
Volto a lhe agradecer por sua resposta e me desculpo por lhe estar importunando. Mas a ES tem me
despertado mto interesse.
Vc me colocou q atualmente a ES teve seu sentido ampliado. Mas, em troca de email's com a Prof. Rita há
alguns dias, ela me contou q a ES tem sido utilizada quase q somente para construção de obras rápidas de
shoppings e supermercados, por trabalhar projeto e produção simultaneamente. Ou seja, amplia-se o sentido,
mas restringe-se a aplicação.
Talvez me falte ainda conhecimento suficiente, mas não vejo porq não aplicar a ES em obras q de fato
pretendem ser edificações sustentáveis, seja para qualquer finalidade. Meu desempenho como arquiteto tem se
dado principalmente em projetos de edificações residenciais unifamiliares de alto padrão e corporativas
pequenas e médias, onde há mta resistência qto à inclusão de ítens de sustentabilidade por ser visto como um
custo. Quero tentar modificar esse paradigma tirando proveito da TI, q aí está, na tentativa de facilitar aquela
inclusão de maneira mais eficiente, procurando reduzir custos, tempo e criando uma percepção da necessidade
urgente de buscarmos não impactar o meio ambiente a partir do nosso espaço particular.
Dei uma olhada na sua vasta produção científica, no site do cnpq e, encontrei os títulos de algumas pesquisas,
no entanto, não consegui encontrá-las e gostaria de saber se vc pode me orientar com relação a isso. Elas são:
3/2006 - 12/2007 Atividades de Participação em Projeto, Escola de Engenharia, Departamento de Engenharia de Materiais e
Construção Civil.
Projetos de pesquisa
Desenvolvimento e Implementação de Ambiente Colaborativo para a Gestão de Projetos de Edifícios
Penso q são bastante interessantes para minha linha de pesquisa e me dariam um suporte mto importante.
Novamente lhe agradeço por sua disposição e lhe desejo um ótimo dia!
Abrç,
Carlos Zander.
From: eduardo ma
Sent: Tuesday, November 10, 2009 6:50 PM
To: zander_arqui@ymail.com
Subject: RE: Por: carlos zander
Ok, Carlos.
From: zander_arqui@ymail.com
To: em.arantes@hotmail.com
Subject: Re: Por: carlos zander
Date: Tue, 10 Nov 2009 16:59:59 -0200
Na verdade já tenho um bom material sobre a ES, incluindo a tese do Prof. Fabrício, q aborda o Projeto
Simultâneo como adaptação da ES para a construção civil e suas vantagens sobre o método tradicional
sequencial e hierarquizado. O q tenho encontrado dificuldade é literatura q aborde a relação entre ES e
sustentabilidade. Meu interesse se deu a partir da aulas de "Coordenação de Projetos" com a prof. Rita Ferreira,
colega do prof. Melhado, q já desenvolveu diversos trabalho com o prof. Fabrício. E decidi estudar a ES pelo
prisma da sustentabilidade, por ser assunto do meu interesse.
Hj, encontrei o site do SISAC e achei bastante interessante e, os tópicos da pag inicial na verdade me foram
até norteadores no estabelecimento dessa relação. O site fala de como o aumento da eficiência dos processos
diminui o uso de reuinões, deslocamentos, telefonemas, elimina retrabalhos e desperdícios e agiliza as
operações. Certamente, ao final de tudo isso, a conta fecha com um ganho considerável na diminuição do
consumo de recursos financeiros, materiais e de tempo.
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O q quero estudar é como tudo isso pode colaborar, além da economia daqueles recursos e da redução de
resíduos na construção, também para a inclusão de profissionais da área das tecnologias redutoras do impacto
ao meio ambiente no mesmo "ambiente colaborativo", articulando-se mais eficientemente com o processo de
projeto e produção da edificação. Foi por tal motivo q eu lhe escrevi. Para ter maior conhecimento desse
sistema, como o seu funcionamento prático e em q ponto ele poderia facilitar a inclusão dessas tecnologias
redutoras do impacto ao meio ambiente - como reuso de água, painéis fotovoltaicos, telhados verdes, etc. - nas
edificações.
Att.
Arq. Carlos F. R. Zander
zander_arqui@ymail.com
From: eduardo ma
Sent: Tuesday, November 10, 2009 4:09 PM
To: zander_arqui@ymail.com
Subject: RE: Por: carlos zander
Sobre seu pedido, na verdade, a ES existe há muito tempo (> 20 anos) e seus métodos tem intima associação
com o que hoje se intitula sustentabilidade.
O sistema SISAC é TI que utiliza a rede mundial para efetivar os principios da ES.
Então, recomedaria para seu trabalho primeiramente investir na ES e a situar no contexto atual cuja palavra de
ordem é Sustentabilidade.
Para facilitar, leia a tese do prof. Marcio Minto Fabricio da USP de Sao Carlos que acredito ser uma sintese
importante para sua monografia.
Att,
Prof. Eduardo
Laboratorio de Ambientes Colaborativos Computacionais
Escola de Engenharia da UFMG