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AGROECOLOGIA
IRRIGAÇÃO E MEIO AMBIENTE
ALUNA (O):___________________________________Nº______TURMA______
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
3. OBJETIVOS
4. HISTÓRICO
O uso da irrigação não é uma técnica recente, pois há milênios já se tem conhecimento do
seu emprego na agricultura.
Cerca de 20 Séc. a.C. – Sendo considerada a mais antiga obra de irrigação, um canal com
aproximadamente 25 km de extensão unia o Rio Nilo ao Lago de Maeris, no Egito, com o
objetivo de escoar o excesso d’água das chuvas e posteriormente irrigar os campos de cereais;
Os chineses, em épocas remotas, construíram uma rede de canais a partir dos Rios
Amarelo e Azul, essa rede, ainda hoje, distribui água para irrigação, principalmente no cultivo de
arroz;
Na Europa, o uso da irrigação data de cerca de 300 anos a.C. principalmente na Itália e
Espanha;
Na América, os incas no Peru, os astecas no México e os pimas nos E.U.A., já
praticavam a irrigação, embora rudimentar, antes da chegada de Colombo; e
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No Brasil, a irrigação foi usada inicialmente pelos Padres Jesuítas no RJ. Mas seu
desenvolvimento se acentuou no RS. Na cultura do arroz, irrigado por inundação. A irrigação por
aspersão, foi introduzida por cafeicultores em SP., na década de 60. Porém por precariedade
técnica, o resultado foi um desastre, muitos equipamentos foram abandonados e, posteriormente
adquiridos por bataticultores, que impulsionaram a aspersão no país. A irrigação localizada
começou a ser usada no início dos anos 70, em virtude da divulgação de bons resultados nos
E.U.A. e Israel.
Hoje, a irrigação é uma realidade no Brasil, onde se estima uma área irrigada superior aos
quatro milhões de hectare.
A irrigação pode ser uma técnica obrigatória ou suplementar. Trata-se de uma técnica
obrigatória e absolutamente necessária para implantação e exploração de uma agricultura racional
e produtiva, em regiões de clima árido ou semi-árido, nas quais a quantidade e distribuição das
precipitações são insuficientes e irregulares respectivamente, não oferecendo condições de
satisfazer as necessidades hídricas das culturas. Pode ser também, obrigatória, em outras regiões
onde os totais pluviométricos não são limitantes à agricultura, no entanto, isso ocorre quando o
cultivo é exigente em umidade e/ou a distribuição das chuvas seja irregular. A irrigação
suplementar visa corrigir a irregularidade na distribuição das chuvas – ocorrência de veranicos ect
comprometendo o metabolismo das plantas, prejudicando seu desenvolvimento e produção, bem
como, a qualidade dos produtos.
A irrigação proporciona resultados compensadores quando preenche os seguintes requisitos:
1. Projeto bem elaborado, com dados de: solo, terreno, cultura, água, clima e
potencialidades da propriedade;
2. Equipamentos de irrigação de boa qualidade;
3. Manejo eficiente do sistema, pessoal capacitado;
4. Sistema de controle das aplicações d’água;
5. Capacidade e realização de avaliação das instalações.
Quando estes preceitos forem satisfeitos quando da implantação da irrigação, ela
proporciona bons resultados, que podem ser traduzidos nas seguintes vantagens:
a) Estabilidade e garantia de produção;
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Sendo o solo um substrato poroso formado por partículas minerais e orgânicas que, além de
servir de sustentáculo às plantas, é sua fonte de alimento. Como vimos, do solo a planta retira os
nutrientes e água que necessita ao seu metabolismo. No que diz respeito a água, o solo funciona
como um verdadeiro depósito, sendo abastecido de duas maneiras: naturalmente (precipitações) e
artificialmente (irrigação). Portanto, para se irrigar bem, faz-se necessário conhecer os parâmetros
que permitem dimensionar o volume d’água armazenada pelo solo, ou seja, a sua capacidade de
retenção de umidade.
Existem vária maneiras ou métodos para determinar a umidade do solo, sendo os mais
usados em irrigação são:
ou ainda:
Uv = Up x ds x 100, sendo: ds a densidade do solo (g.cm-³).
Logo, para se ter a % umidade em base de volume multiplica-se Up pela densidade do solo
(ds).
A água do solo disponível, classicamente definida como sendo uma característica estática,
representa a quantidade d’água que um solo poderia armazenar ou reter entre a “capacidade de
campo (CC)” e o “ponto de murcha permanente (PMP)”, equivalendo às tensões de 1/3 e 15 atm.,
é considerada disponível às plantas. Em verdade a água que está às tensões de 0 – 1/3 atm. e
acima de 15 atm. pode ser disponível às plantas, pois diferentes culturas possuem diferentes
capacidades de resistência e absorção, a excessos ou deficiências de umidade do solo.
a) Capacidade de Campo: Considerada como a máxima quantidade d’água armazenada
por um solo, bem drenado, contra a força da gravidade. Sendo considerada como a umidade do
solo retida sob tensão de 1/10 a 1/3 atm.
Tensão
Figura 1. Curva característica de umidade de um solo. (atmosferas)
b) Ponto de Murcha Permanente: Em condições de campo é comum notar que pela tarde
alguns vegetais murcham, mesmo estando o solo com teor de umidade relativamente alto. Eles
recuperam sua turgidez durante a noite e permanecem túrgidos até a tarde do dia seguinte. Este
caso é chamado de “murchamento temporário” e, é mais comum durante dias quentes. No entanto
ocorrem situações em que as plantas murcham à tarde e não recuperam mais sua turgidez, mesmo
no dia seguinte. Somente recuperará sua turgescência após uma chuva ou irrigação, neste caso
diz-se que o solo está no ponto de murchamento das plantas, e corresponde ao limite mínimo de
umidade disponível do solo às plantas.
Este conceito é muito importante mas, convém lembrar que seu valor depende do tipo de
solo e que diferentes plantas têm capacidades diferentes de extrair água do solo até diferentes
limites. Sua determinação pode ser feita da seguinte maneira:
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OBSERVAÇÕES:
2. Em irrigação normalmente não se considera o perfil do solo explorado por todo o sistema
radicular da cultura, mas apenas a profundidade efetiva, que corresponde a 80 – 90 % do sistema
radicular estejam nela contido. Sua determinação para fins de manejo de irrigação torna-se
fundamental, visto que, a adoção de valores maiores que os reais pode implicar na aplicação de
grandes volumes d’água com conseqüências indesejáveis, enquanto valores menores podem
resultar em aplicações deficientes e em turnos de rega muito pequenos.
1. Disponibilidade total d’água do solo (DTA): Corresponde à quantidade d’água que o solo
pode reter por determinado tempo, é dada por:
2. Capacidade total d’água do solo (CTA): Corresponde à água armazenada dentro do perfil
do solo ocupado pelo sistema radicular da cultura, é dada por:
3. Capacidade Real d’água do solo: Não se deve permitir que o teor de umidade do solo
alcance o ponto de murcha permanente, isto é, entre duas irrigações sucessivas apenas uma
parcela d’água seja retirada do solo pela cultura sem o gasto de energia.
CRA = CTA x f , onde:
CRA = Capacidade real d’água no solo (mm)
CTA = já descrito em equação anterior
f = Fator de disponibilidade d’água no solo (0,2 < f < 0,8)
4. Irrigação Real Necessária (IRN): É a quantidade d’água que se necessita aplicar em cada
irrigação, considerando-se dois casos:
5. Irrigação Total Necessária ITN: Corresponde ao total necessário d’água que se deve
aplicar cada vez que se irriga. Levando-se em consideração todas as possíveis perdas (estas
embutidas na eficiência do sistema de irrigação utilizado) inclusive a necessidade de uma lâmina
para lixiviar possível excessos de sais. É dada Por:
Exercícios
1. Calcular a umidade do solo...
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caso da irrigação por aspersão ou inundação, a VI pode ser determinada pelos métodos: “das
bacias”; “infiltrômetro de aspersor” ou “infiltrômetro do anel.”
Dentre os diversos métodos de determinação da VI, pela generalização e uso freqüente,
destaca-se o “Método do Infiltrômetro do Anel”, que consiste em: Dois anéis, de tamanhos
diferentes, o menor com diâmetro de 25 cm e o maior com diâmetro de 50 cm, ambos com 30 cm
de altura, devendo ser instalados concêntricos e enterrados 15 cm no solo. Para isso, as bordas
inferiores dos anéis devem ser finas e em bisel. Coloca-se água nos dois anéis ao mesmo tempo,
sendo coletadas leituras com uma régua graduada no cilindro interno, acompanhando a infiltração
vertical (o cilindro externo, funciona como bordadura, evitando-se assim, o movimento lateral
d’água do cilindro externo), em intervalos de tempo 5, 10, 15, 20, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos.
05
10
15
20
30
45
60
90
120
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A infiltração d’água no solo pode ser representada ou descrita por vários tipos de equações
ou gráficos. Dentre as equações, a mais usada tem sido a Equação do Tipo Potencial:
I = a Tn , onde:
I = Infiltração acumulada (cm)
T = Tempo de infiltração (min)
a e n = Constantes dependentes do solo e 0 < n < 1.
VI = dI / dT
10
20
30
45
60
90
120
Somatório
Médias
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B = xy - ( x . y / N )
x² - ( x)²
A = y - Bx
12. BIBLIOGRAFIA