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Algemas dezoito quilates

Algemas de ouro nos anelares


Nas mãos de quem não soube ostentar aliança
Onde o sobejo é resmungos, que mais nada alcança
Onde se hospedou pobreza, levando os quilates.

Neste quarto escuro, com textos escusos.


Assolada e esbofeteada esteve a coragem
Algemas roubando-lhe o porto seguro ante a viagem
Na prisão onde tudo foi cinza, e o nada, foram altos muros.

Recebendo visitas da dona vergonha


Trazendo com ela, o seu macho, chamado rancor.
Num gélido grito de dor, num inverno incolor.
Quanto mais gorda a vergonha, mais alta a montanha.

Libertai-vos e ide com fome aos seios da primavera


Enquanto insiste Deus em restaurar os trapos
Que forraram corações surrados, sangrados.
Ides, que a esperança ainda é fogo por nova quimera.

Por quais brechas deixareis brilhar faíscas ensolaradas?


Trazendo e estampando o rosto de um novo Amor
Fazendo de ti, ex-algemado, humilde servo desse *Senhor.
Deixais que *Ele desmorone estes muros e acendais em ti tuas
brasas.

Celebrai a saída deste calabouço


Contemplai aqui fora os sábias e tico-ticos
Cantando nos ramos, como são lindos!
Pulais pela liberdade, a vida é tudo isso e mais um pouco.

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* Senhor - * Ele: referindo ao próprio Amor

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