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Por que reescrevemos a história?

Cristiane da Cunha

Desde pequenos ouvimos e aprendemos história, seja aquela nos contada por
nossos pais e avós, num ciclo de transmissão de conhecimento, costumes e tradições, ou
a que aprendemos nos bancos das escolas. Onde nos ensinam aquela historia baseada
em fontes históricas, envolvida em toda uma metodologia com ar de cientificidade que
trabalha com documentos considerados verídicos e insere-os como conhecimento
histórico. Um conhecimento que vem sendo continuamente reescrito diante de novas
perceptivas de abordagens e descobertas.
A História é produzida através de acontecimentos e fatos passados que
constituem relevância no presente. A História é a escrita da história, é o discurso do
passado, uma interpretação de fatos históricos. A História não é perfeita e acabada. Ela
está em constante construção e interpretação assim como o conhecimento histórico.
Schaff diz:

Que o processo de conhecimento é infinito, que cada verdade parcial


atualmente atingida nesse processo é apenas parcial e neste sentido relativa,
condenada portanto a “envelhecer” e a ser ultrapassada por uma verdade mais
completa. (Schaff, 1991, pg. 204)

Dessa forma novos conhecimentos e interpretações podem surgir de um determinado


fato, isso dependerá da maneira como o historiador analisará a fonte. Nesse sentido, a
“construção histórica” se dá a partir da analise historiográfica que pode ou não seguir
uma tendência ou corrente própria do historiador, e dependendo dos critérios de seleção
poderá interferir no resultado final da pesquisa.
Essas diferentes interpretações surgem porque a sociedade está sofrendo diversas
transformações, que provoca a mudança de pensamento, que é caracterizada pelo ponto
de vista diferente acerca de um mesmo conteúdo ou tema. Hall (2005, pg. 9-10) afirma
que: “esses processos de mudança, tomados em conjunto, representam um processo de
transformação tão fundamental e abrangente que somos compelidos a perguntar se não é
a própria modernidade que está sendo transformada.”
Reescrevemos história a fim de fornecer explicações à sociedade, diante de
momentos e situações pelas quais atravessamos, tentando compreender esse momento e
suas influencias no cotidiano. Pois segundo Schaff (1991) só conseguimos compreender
o passado diante dos efeitos provocados no futuro. Para ele “quanto mais afastados no
tempo estivermos de um dado acontecimento, mais vasta e profunda é a nossa
percepção deste (...)”. ( Schaff, 1991, pg. 273).
Conforme reescrevemos a historia, somos levados a novas perspectivas de
interpretações, proporcionando, de certa forma, um resgate histórico, uma reconstrução
do fato histórico.

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