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Respondendo a isso, C. H. Payne, da American Bantam Car Co., contatou oficiais do exército no
verão de 1939 e apresentou um projeto de onde nasceram 3 veículos de 580 kg cada, que foram
entregues em setembro de 1939. Depois de testados, todos foram recusados, por não possuírem
nenhuma utilidade militar.
Os oficiais do exército foram nos dias 20 e 21 de junho de 1940 até a fábrica da Bantam, em Buter,
Pensilvânia, para examinar um segundo projeto de veículo de reconhecimento, que também foi
recusado por ser muito leve.
No inicio de 1940, porém, como o Eixo tendo vitórias na Europa e África do Norte, a necessidade para
desenvolver rapidamente este veículo ficou ainda mais urgente. Em 11 de julho de 1940 o Exército
aumentou a pressão, ao enviar um pedido a 135 fabricantes de automóveis. O pedido estipulava um
prazo de entrega de um protótipo deste veículo em somente 49 dias e um total de 75 dias para a
entrega de 70 veículos.
A Bantam Car Company e a Willys foram as duas únicas companhias que responderam ao pedido do
Exército. Porém, o prazo final de 49 dias era problemático para a Willys que pediu 75 para o
protótipo e 120 para a entrega total. A Bantam só espera a definição do prazo final para trazer ajuda
externa. Com os prazos mantidos a Bantam ganha o pedido.
Roos, da Willys, perdeu a concorrência, mas não estava disposto a abandonar seus estudos relativos
ao tipo de veículo que o exército havia solicitado. Na oferta da Willys figurava a seguinte menção de
Roos: "nenhum veículo digno deste nome pode ser construído com o peso específico de 600 kg".
Roos também expôs, ao Major H.J. Lawes, o oficial encarregado das compras e dos contratos de
material em Camp Holabird, suas objeções referentes à data de entrega e às limitações de peso. Lawes
sugeriu, então, que a Willys construísse seu próprio protótipo para os testes. O mesmo conselho foi
dado a Ford Motor Co., que também tinha perdido batalha com a concorrência. Estava claro que o
governo queria reunir o maior número possível de projetos. O plano de Roos consistia em construir
um veículo o mais sólido possível, sem considerar a especificação de peso, tendo porém, sempre em
mente essa exigência. A Willys conseguiu aprovar imediatamente os fundos necessários para o
desenvolvimento de 2 protótipos.
O salvador da Bantam foi Karl Probst, um engenheiro de Detroit que tinha trabalhado para várias
empresas automotivas. Recrutado no Comitê Aconselhador da Defesa Nacional encabeçado por
William S. Knudsen (o presidente anterior da General Motors), Probst aceitou o desafio patriótico
sem salário e foi trabalhar em 17 de julho de 1940. Em somente dois dias, ele tinha feito projetos
completos para o protótipo Bantam, o precursor do Jeep ®. No dia 22 de julho, foi submetida à oferta
da Bantam, completa com projetos deste novo veículo. A oferta reivindicava que o veículo satisfazia o
limite de peso de 650 quilos, embora fosse realmente muito mais pesado.
Entre as pessoas que assistiam aos testes, figuravam Roos e Gene Rice, do escritório de estudos da
Willys. Supressos com a agilidade, resistência e com a linha compacta do veículo da Bantam, Rice
retornou a Toledo para estimular o grupo de engenheiros que dirigia. Esse grupo já trabalhava num
protótipo, mas o que Rice tinha visto em Holabird tinha despertado algumas idéias novas.
Isto no final das contas foi à vantagem do Willys quando o limite de peso foi aumentado: a força no
Willys - motorizado pelo seu motor "Go Devil" de cilindrada maior - era o único que satisfazia as
especificações de potência do Exército. Na realidade, os 60 hp do Willys não só excediam a potência
exigida, mas ridicularizava os 45 hp do Bantam e o 46 hp do Ford. Tanto o motor, como 65% das
peças do protótipo, foram testadas e colocadas à prova durante anos no Willys Americar, onde
tiveram origem. Já os modelos da Bantam e Ford eram ao mesmo tempo, completamentes novos e
diferentes dos produtos de linha desses fabricantes.
Com os três protótipos à disposição, o exército encomendou 4.500 veículos, sendo 1.500 a cada
empresa, com o objetivo de testar os três em condições reais. A encomenda era acompanhada de uma
menção do exército, reconhecendo que a exigência de 600 kg não era razoável, muito menos realista, o
que legitimava as primeiras objeções de Roos. A nova especificação de peso era de 980 kg, ou seja, 110
kg a menos que o protótipo da Willys.
A entrega dos 4.500 veículos começou em julho de 1941. Depois de ter estudado os modelos de pré-
produção, o exército decidiu-se por padronizar apenas um. Foi selecionado o modelo da Willys,
incorporando algumas das características dos modelos da Bantam e da Ford, julgadas superiores.
Na Guerra.
Levando em conta a pequena produção da Bantam, sua situação financeira e as vantagens do veículo
da Willys; o contrato do Exército foi vencido pela
Willys.
O Jeep ® serviu em todas as frentes da Segunda Guerra Mundial se tornaram uma parte vital de toda
a ação em terra. Eles foram usados como veículos de reconhecimento, pick-up, para comunicações
telefônicas, transportar feridos e como táxi para levar os Comandantes, Generais, Primeiros-
Ministros e Presidentes.
O Jeep Civil.
Já em 1942, antes da guerra da Europa ou do Pacífico acabar, a Willys-Overland reconheceu que os
populares veículos Jeep ® podiam servir o mercado de civil. A frase "O Jeep ®
em trajes civis" freqüentemente apareciam na revista da Willys-Overland e em
anúncios de jornal publicados na frente de batalha durante e logo após à Segunda
Guerra Mundial.
O nome Jeep ®
deveria estar
presente na porta traseira, nos vidros e no capô desses
modelos. Mas no início da produção, a Willys-Overland
ainda estava em disputa judicial sobre a origem do nome
comercial Jeep ®, com a American Bantam Car Co. e com a
Minneapolis Moline Power Implement Co, perante a
Comissão Federal do Comércio. Desta forma, os modelos de
produção do CJ2A saíram das linhas de montagem de
Toledo, com o nome Willys. Um total de 214.202 CJ2A
foram construídos.
Em 1949 é lançado o CJ3A. Muito similar ao CJ2A em aparência, mas com transmissão e caixa de
transferência mais robustos. Um total de 131.843 CJ3A foram construídos.
Em 1950, Willys obtêm a Marca Registrada Americana para a marca Jeep ®. Desde então, a
propriedade da marca registrada Jeep ®, também registrada internacionalmente, passou da Willys-
Overland para Kaiser, desta para American Motors Corporation e finalmente para a Chrysler, e
recentemente com a fusão da Daimler-Bens com a Chrysler, para Daimler-Chrysler. Hoje, Daimler-
Chrysler, possui mais de 1.100 registros para a marca registrada Jeep ® em todo mundo.
O modelo CJ foi atualizado em 1953, tornando-se o CJ-3B. Foi o primeiro Jipe CJ com mudanças
notáveis na carroceria de seu antecessor militar. Com um capo e grade dianteira mais altos para
acomodar o novo 4 cilindros Hurricane F-Head. Embora com o mesmo deslocamento do original "Go
Devil", o motor "Hurricane" tinha um trem de válvula revisado. O CJ-3B permaneceu em produção
até 1968 e um total de 155.494 foram fabricado nos E.U.A.
Kaiser introduziu o CJ-5 em 1955 cuja produção e popularidade alcançaria até os anos oitenta. Teve
aumento no entre eixos, comprimento total e na largura.
Melhorias constantes no motor, eixos, transmissões e
conforto de assento fizeram do Jeep CJ-5 o veículo ideal
para o público, aumentando o interesse em atividades fora
de estrada. Embora bem parecido ao CJ-3B que substituiu,
caracterizou por linha mais suaves, incluindo
arredondamento nas formas.
Em 1970, depois de duas décadas de crescimento e expansão internacional, Kaiser Jeep foi comprada
pela American Motors Corporation. A primeira decisão foi dividir a produção civil e militar, e isto
provou ser uma decisão correta, pois, os veículos 4x4 se tornaram mais popular no mercado de civil.
Em 1978, a produção total do Jeep estava em 600 veículos por dia, mais de três vezes o que tinha sido
no começo da década.
A partir de 1972 a American Motors vendia os Jeeps com o tema, "com sendo mais forte que
sempre". Todos os Jeeps CJs vinham equipados com motores AMC (antes muitos motores eram
comprados da GM), e estava disponível para todos os modelos, os motores V8 com 304 até 401
polegadas cúbicas (infelizmente os motores V8 só
equiparam os CJs até 1981). AMC equipou ambos, o CJ-5
e CJ-6 com eixos mais fortes, freios melhores e
aquecedores/descongelantes de alta capacidade, com um
novo tema para esta lenda, "Se um Jeep novo não o puder
leva-lo lá, talvez você deva pensar duas vezes antes de ir".
Os primeiros freios a disco aparecem em 1977. Nos anos 50 e 60 os CJs eram considerados como
veículos utilitários para o trabalho, mas a partir dos anos 70 cada vez mais a ênfase é de um veículo
divertido e destinado ao lazer. Assim itens de conforto são progressivamente incorporados como;
direção com assistência hidráulica, carpete e ar condicionado.
Já em 1970 apareceu um modelo mais luxuoso o Renegade. Em 1978 o luxuoso Golden Eagle e em
1980 o Laredo. E o mais luxuoso CJ foi lançado em 1982 o Limited.
Muitos puristas do Jeep ® entende que o último Jeep ® verdadeiro foi o CJ-7 feito até 1986. Foram
construídos 379.299 CJ-7.
Ansiosa para capitalizar o sucesso e aceitação do Jeep ® durante o tempo da guerra, a Willys-
Overland decide construir um veículo de passageiros mantendo o estilo do Jeep ® sempre que
possível.
Em 1947, chega o veículo de entregas baseado no Jeep ® Station Wagon, o Jeep ® Sedan Delivery. As
diferenças básicas entre os dois é que Jeep ® Sedan Delivery não tinha janelas nas laterais nem os
bancos traseiros e suas portas traseiras eram de
abertura lateral, enquanto que o Jeep ® Station
Wagon tinha portas traseiras que abriam para cima e
para baixo.
A última mudança de motor ocorre no meio de 1962 quando é introduzido o 6 cilindros "Tornado".
No Brasil, este veículo veio pelas mãos da Ford. É a nossa conhecida Rural.
No fim de 1965 um novo motor, o V8 "Vigilante" foi introduzido como uma opção mais potente, com
5.4 litros e 250 cv tinha potência capaz de enfrentar
qualquer situação de fora de estrada. O motor padrão 6
cilindros foi substituído pelo 232 Hi Torque-6 da AMC.
Ficou também disponível como opcional uma nova
transmissão manual de 4 marchas.
O Jeep Wagoneer de 1972 incluiu o maior motor padrão em uma Station Wagon 4x4 com o motor
AMC 6 cilindros OHV de 258 polegadas cúbicas (4.2
litros).
Em 1974 fica disponível o gigantesco V8 AMC de 401 polegadas cúbicas (6.6 litros).
Em 1980 é lançada a transmissão Selec-Trac, que uma transmissão automática full-time (integral),
mas que permite também selecionar para o modo de tração 4x2.
Rebatizada em 1983 para Grand Wagonner, a Wagonner foi produzida até 1991, depois de quase 30
anos de vida.
Em 1974 aparece pela primeira vez o nome Cherokee, que se torna à versão de duas portas da
Wagoneer. Um modelo quatro portas da Cherokee estava disponível em 1977.
Freios a Disco (só na frente) e direção com assistência hidráulica eram opcionais.
A linha do modelo continuou praticamente inalterada nos anos 90, embora forem feitas muitas
revisões e melhorias na Cherokee.
Em 1997 a Cherokee foi redesenhada e refinada. Em reconhecimento disto, a revista Four Wheeler
nomeou a Cherokee como "4x4 do Ano".
No inicio dos anos 90 um novo modelo estava sendo criado para manter o Jeep no topo da hierarquia
mundial.
Para permitir que o Grand Cherokee pudesse alcançar objetivos ambiciosos, a Chrysler decidiu
transpor todas as barreiras relativas ao local em que o veículo seria fabricado. A esse respeito, a
empresa investiu um bilhão de dólares para construir e equipar a fábrica de Jefferson North, no
coração de Detroit, Michigan. Ultramoderna, essa unidade foi construída ao lado da antiga fábrica de
montagem Jefferson Avenue da Chrysler. Com uma superfície inferior à metade da superfície da
fábrica anterior, Jefferson North tinha capacidade de produção similar (mais de 300.000 unidades),
de veículos bem mais complexos.
Quando foi apresentado para à imprensa, em 7 de janeiro de 1992, o novo Jeep Grand Cherokee
estava destinado não somente a conquistar o mercado dos utilitários esportivos, mas também a torna-
se o assunto principal das conversas, já que o presidente da Chrysler, Robert A. Lutz, dirigiu o
primeiro veículo da fábrica Jefferson North até os degraus de granito, passando pelas janelas de vidro
do Cobo Center, onde acontecia o Salão Internacional do Automóvel de Detroit. "Era justamente uma
experiência infernal", declarou Lutz às centenas de jornalistas presentes. "Mas deveríamos prever
isso, porque o Grand Cherokee é um veículo infernal!" Pouco tempo depois do lançamento, a
Chrysler constatou que o Grand Cherokee havia alcançado realmente o sucesso previsto: recebeu o
título de "Veículo do Ano", da revista Motor Trend, o prêmio "4x4 do ano ", da revista Four Heeler e
da revista Wheel & Off-road. No entanto, como era imaginado, o Grand Cherokee atraiu um público
diferente daquele de seus concorrentes. Atingiu a uma parcela significativa de proprietários de
veículos importados e se tornou preferência absoluta entre as mulheres. Um público particularmente
importante que optava cada vez mais em veículos deste tipo.
Traçado o objetivo de reafirmar a posição do Grand Cherokee como referência no mercado dos
utilitários esportivos compactos, para o ano-modelo 96 o Grand Cherokee foi praticamente
remodelado em termos de motor, chassis, sistema de direção, sistemas elétricos e eletrônicos e design
interior. As novidades mais evidentes foram feitas na cabina, com a criação de um painel de
instrumentos completamente novo.
A imprensa americana mexeu com os sentimentos patrióticos quando informou que AMC estava
planejando aposentar o venerável CJ.
Apesar de todas as melhorias, o Wrangler não é nenhuma substituição para um carro de passageiros
normal. Porém, a AMC fez muitas pesquisas para projetar o
Wrangler. Por exemplo, em 1978 a AMC verificou que 35 %
dos donos de CJ usavam o seu Jeep no fora de estrada, 17 %
eram usados como transporte pessoal e só 7 % nunca
tinham ido para o fora-estrada. Porém em 1984 a situação
tinha mudado dramaticamente; 7 % eram usados no de
fora-estrada, 20 % nunca tinham sido usados no fora de
estrada e 95 % era usados para o transporte pessoal. O
gosto das pessoas tinha mudado e embora elas não
praticassem fora de estrada tão freqüentemente quanto
antes, elas ainda queriam a imagem de uma máquina fora
de estrada. Ao mesmo tempo, as vendas do CJ tinham caído
e assim o Wrangler foi projetado com tudo isso em mente.
O ano-modelo 1991, foi marcado pela reaparição de um nome do início dos anos 70: o Jeep Renegade
91, que constituía a forma mais bem acabada do Wrangler. Seu motor 6 cilindros de alta performance
com 180 cv, disponível como opcional nos modelos
Wrangler, era o mais potente de sua categoria.