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Disciplina: ETG033

Construção de Estradas e Vias Urbanas


Profa. Jisela Aparecida Santanna Greco

Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis


Método Empírico do DNIT
Dimensionar um pavimento significa determinar as espessuras das camadas que o
constituem de forma que estas camadas (reforço do subleito, sub-base, base e revestimento)
resistam e transmitam ao subleito as pressões impostas pelo tráfego, sem levar o pavimento
à ruptura ou a deformações e a desgastes excessivos.

Os métodos empíricos de dimensionamento têm como base o método CBR.

Método CBR:
– utiliza-se do ensaio de penetração CBR
– relaciona a capacidade de suporte do subleito (CBR) e a intensidade do tráfego com
a espessura mínima necessária ao pavimento

Método do DNER (Atual DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de


Transportes)

O processo do DNER roteiriza o dimensionamento de pavimentos flexíveis em função dos


seguintes fatores:
– capacidade do subleito (CBR) e índice de grupo IG;
– número equivalente de operações do eixo padrão (N) e
– espessura total do pavimento durante um período de projeto.

Com base na espessura total determinam-se as espessuras das camadas constituintes,


multiplicando-se as espessuras obtidas para o material padrão (base granular) pelos
coeficientes estruturais parciais correspondentes a cada tipo de material.

Capacidade de Suporte do Subleito

Para a avaliação da capacidade de suporte do subleito e dos materiais que irão compor as
camadas do pavimento é utilizado o ensaio CBR em amostras deformadas ou moldadas em
laboratório, nas condições de serviço e submetidas a embebição por quatro dias.

A fim de uma maior segurança a norma recomenda utilizar o Índice de Suporte (I.S.), que é
um CBR corrigido em função do Índice de Grupo (IG), conforme expressão a seguir:

1
ISCBR + IS IG
IS =
2

Onde
ISCBR = índice de suporte numericamente igual ao Índice de Suporte Califórnia (CBR –
obtido em ensaio e dado em %)
ISIG = índice de suporte derivado do índice de grupo, correspondendo praticamente a uma
inversão de escala, fazendo com que solos de boa qualidade tenham os maiores valores de
ISIG.
Tabela 1 – Valores de IS em função de IG
Índice de Índice de
Grupo Suporte
(IG) (IS IG)
0 20
1 18
2 15
3 13
4 12
5 10
6 9
7 8
8 7
9 a 10 6
11 a 12 5
13 a 14 4
15 a 17 3
18 a 20 2

O método impõe a condição de que o Índice de Suporte máximo seja igual ao valor do
CBR; isto significa que quando o IS for maior que o CBR, o valor adotado para o IS será o
do próprio CBR.

Espessuras das camadas e coeficientes de equivalência estrutural

Os valores dos coeficientes de equivalência estrutural dependem do tipo de material


construtivo utilizado no pavimento.
Cada camada possui um coeficiente de equivalência estrutural (k), que relaciona a
espessura que a camada deve possuir de material padrão (base granular), com a espessura
equivalente do material que realmente irá compor a camada.

Exemplo:
– se o revestimento de concreto betuminoso possui coeficiente k = 2, significa que
10 cm de revestimento de concreto betuminoso têm a mesma capacidade
estrutural que 20 cm de base granular, que por se tratar do material padrão,
possui coeficiente k = 1.

2
Tabela 2 - Coeficientes de equivalência estrutural para alguns materiais
Coeficiente de
Componentes dos pavimentos equivalência
estrutural (K)
Base ou revestimento de concreto betuminoso 2,00
Base ou revestimento pré-misturado a quente, de 1,70
graduação densa
Base ou revestimento pré-misturado a frio, de 1,40
graduação densa
Base ou revestimento por penetração 1,20
Base granular 1,00
Sub-base granular 0,77(1,00)
Reforço do subleito 0,71 (1,00)
Solo-cimento com resistência à compressão a 7 1,70
dias, superior a 45 Kg/cm2
Solo-cimento com resistência à compressão a 7 1,40
dias, entre 45 Kg/cm2 e 28 Kg/cm2
Solo-cimento com resistência à compressão a 7 1,20
dias, entre 28 Kg/cm2 e 21 Kg/cm2
Bases de Solo-Cal 1,20

Os coeficientes de equivalência estrutural para sub-base granular e reforço do subleito


podem ser calculados em função da relação entre o CBR dessas camadas e o CBR do
subleito:
1/ 3
K Re f ou K S =  CBR1 
 3 × CBR2 

Sendo:
KRef = coeficiente de equivalência estrutural do reforço do subleito
KS = coeficiente de equivalência estrutural da sub-base
CBR1 = CBR do reforço ou da sub-base
CBR2 = CBR do subleito

Obs: O coeficiente de equivalência estrutural da sub-base granular ou do reforço do


subleito deverá ser 1,0 toda vez que o CBR desses materiais for igual ou superior a três
vezes o CBR do subleito.

3
Tabela 3 – Alguns valores de coeficiente de equivalência
estrutural para sub-base granular e reforço do subleito
CBR1/CBR2 KRef ou KS
1,1 0,72
1,2 0,75
1,3 0,76
1,4 0,78
1,5 0,80
1,6 0,82
1,7 0,83
1,8 0,85
1,9 0,86
2,0 0,88
2,1 0,90
2,2 0,91
2,3 0,92
2,4 0,94
2,5 0,95
2,6 0,96
2,7 0,97
2,8 0,98
2,9 0,99
3,0 1,00

Com o número de solicitações N, o CBR das camadas, e os coeficientes de equivalência


estrutural (k), mediante a análise do ábaco de dimensionamento forma-se o sistema de
inequações para a obtenção das espessuras das camadas.

Espessuras mínimas de revestimentos


– são dadas em função de N e do tipo de material do revestimento
– finalidade: proteger a camada de base dos esforços impostos pelo tráfego e
preservar o revestimento de uma ruptura

Tabela 4 - Espessuras mínimas de revestimento betuminoso em função de N


Espessura mínima de
N
revestimento betuminoso
Tratamentos superficiais
N ≤ 106 betuminosos
Revestimentos betuminosos com
106 < N ≤ 5 · 106 5,0 cm de espessura
Concreto betuminoso com 7,5 cm
5 · 106 < N ≤ 107 de espessura
Concreto betuminoso com 10,0
107 < N ≤ 5 · 107 cm de espessura
Concreto betuminoso com 12,5
N > 5 · 107
cm de espessura

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Figura 1 - Espessura total do pavimento, em função de N e de IS ou CBR, em termos de
material com k = 1,00, isto é, em termos de base granular

Uma vez determinadas as espessuras Hm, Hn, H20, pelo gráfico anterior, e R pela Tabela4 de
espessura mínima de revestimento betuminoso, as espessuras da base (B), sub-base (h20) e
reforço do subleito (hn) são obtidas pela resolução sucessiva das seguintes inequações:

KR · R + KB · B ≥ H20
KR · R + KB · B + KS · h20 ≥ Hn
KR · R + KB · B + KS · h20 + Kref · hn ≥ Hm

5
R KR REVESTIMENTO R H20

B KB BASE Hn

KS SUB-BASE Hm
h20

hn KRef REFORÇO DO SUBLEITO

Obs1: as espessuras máxima e mínima de compactação das camadas granulares são de


20cm e 10cm, respectivamente.

Obs2: espessura construtiva mínima (base + sub-base) = 15 cm

Onde:
KR: coeficiente de equivalência estrutural do revestimento
R: espessura do revestimento
KB: coeficiente de equivalência estrutural da base
B: espessura da base
H20: espessura de pavimento sobre a sub-base
Ks: coeficiente de equivalência estrutural da sub-base
h20: espessura da sub-base
Hn: espessura do pavimento sobre a camada com IS = n
Kref: coeficiente de equivalência estrutural do reforço de subleito
hn: espessura do reforço do subleito e
Hm: espessura total do pavimento necessária para proteger um material com CBR ou IS
igual a m

Considerações sobre o controle tecnológico dos materiais

ƒ Características desejáveis para material do subleito


– CBR ≥ 2%
– Expansão ≤ 2 % (medida com sobrecarga de 10lb)
ƒ Características desejáveis para materiais a se utilizar em reforço de subleito
– IS ou CBR > CBR subleito
– Expansão ≤ 1 % (medida com sobrecarga de 10lb)
ƒ Características desejáveis para materiais a se utilizar em sub-base
– IS ou CBR ≥ 20
– IG = 0
– Expansão ≤ 1 % (medida com sobrecarga de 10lb)

6
ƒ Características desejáveis para materiais a se utilizar em base:
– IS ou CBR ≥ 80 ( para N ≥ 5 × 106)
– IS ou CBR ≥ 60 (para N < 5 × 106)
– Expansão ≤ 0,5 % (medida com sobrecarga de 10lb)
– Limite de liquidez ≤ 25 %
– Índice de Plasticidade ≤ 6
ƒ Casos especiais:
– Para o caso de solos com limite de liquidez e/ou índice de plasticidade
superiores àqueles recomendados previamente, o material pode ser
empregado como base (satisfeitas as demais condições), desde que o
equivalente de areia seja superior a 30%
– Para N < 5 × 106, podem ser empregados materiais para base com CBR ≥ 60
e as faixas granulométricas E e F da AASHTO
– A fração que passa pela peneira nº 200 deve ser inferior a 2/3 da fração que
passa pela peneira n.º 40. A fração graúda deve apresentar um valor de
abrasão Los Angeles igual ou inferior a 50%, podendo ser utilizado um
desgaste maior, desde que já se tenha experiência no uso do material.

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