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Analise o caso abaixo e exponha os argumentos que podem ser utilizados para a
defesa das posições do Fisco e do contribuinte. Na sua resposta, devem ser
identificados e explicados os institutos jurídicos pertinentes para a análise da
questão. Após, tais institutos devem ser explorados na defesa dos pontos de vista
do Fisco e do contribuinte. Note que tanto o ponto de vista do Fisco quanto o ponto
de vista do contribuinte devem ser explorados, mas o aluno deve sustentar uma
solução, fundamentando a sua preferência.
Caso prático:
Institutos jurídicos
a) Definição do tributo
b) Preço público
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CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 23ª ed. São Paulo:
Editora Malheiros, 2007, p. 516 e 517
Ocorre que os serviços públicos também podem ser
renumerados por preços públicos (tarifas), o que poderia gerar uma
confusão conceitual entre as taxas de serviço e os preços públicos. Ambos
possuem caráter contraprestacional, remunerando uma atividade
prestada pelo Estado. Nos dois casos, há a exigência da referibilidade,
ou seja, há de ser possível a perfeita identificação do beneficiário do serviço,
que é devedor da taxa ou do preço público.
c) Tributos em espécie
• Impostos;
• Taxas;
• Contribuições de melhoria;
• Empréstimos compulsórios;
O que nos interessa para o caso em tela são as taxas, que se dividem
em taxa de serviço e taxa de polícia, estando o tributo em comento
enquadrado nesta última espécie.
O que é exercício do poder de polícia? Isso está definido no art. 78, do CTN:
Observe-se que a redação do art. 145, inciso II, da Constituição deixa claro
que a possibilidade de cobrança de taxa por atividade estatal potencial ou efetiva
refere-se apenas às taxas de serviço, de forma que só se pode cobrar taxa de
polícia pelo efetivo exercício desse poder. Todavia, o STF tem entendido
diferente disto, como se verá abaixo.
e) Competência
f) Princípios
Quando se fala que um tributo deve ser aumentado ou exigido mediante lei,
pergunta-se: Qual tipo de lei?
Portanto, tributo tem que ser exigido ou aumentado mediante lei e o padrão
é lei ordinária. Mas e esses instrumentos que têm força de lei ordinária, podem
exigir ou aumentar tributo? Resposta do STF: SIM! Por quê? O fundamento
constitucional está, no que se refere à lei delegada está no § 1º do art. 68, da CF.
E no caso da medida provisória, no § 1º, do art. 62. Tanto num caso, quanto no
outro, os dispositivos respectivos vão estabelecer quais são as vedações, quais
são as matérias que não poderão ser criadas por lei delegada e por medida
provisória. E dentro dessas vedações, não encontramos o direito tributário. E se o
direito tributário não está lá, é porque não há impedimentos Então, esses
instrumentos podem, validamente, criar ou aumentar tributos.
Então, tanto lei delegada quanto medida provisória podem criar tributos
porque têm força de lei ordinária. Se a regra é a criação de tributo por lei
ordinária e aí eu vou ter a regra da lei ordinária observada, seja pela lei ordinária
em sentido estrito, seja por um desses dois instrumentos, necessariamente eu
chego à conclusão que se eu tiver lei delegada que cria tributo ou medida
provisória que cria tributo, esses instrumentos vão fazer as vezes de lei ordinária.
Se é assim, se esses instrumentos, no final das contas, vão se refletir como lei
ordinária, nos casos em que eu tenho um tributo cuja criação deve ser feita por
lei complementar (são exceções que podem existir), obviamente que nenhum
desses instrumentos podem ser utilizados. Esses instrumentos têm força de lei
ordinária e a regra é que eu crie tributo mediante lei ordinária. Se eu estiver
diante de uma situação excepcional é que meu tributo será criado por meio de lei
complementar. Evidente que não se pode utilizar medida provisória para criar um
tributo cuja criação se exige que seja feita por lei complementar.
• Empréstimos compulsórios
I. Contribuinte
II. Fisco
A lei em questão não fixa uma taxa, mas a cobrança de um preço público
que se paga por serviço prestado a determinada e certa situação,
disponibilizado a quem dele necessitou. Ademais, não há compulsoriedade no
caso, pois é possível ao organizador do evento utilizar de outras maneiras
para não alterar o tráfego local.
Por fim, não se demonstra razoável que a população deva, então, arcar,
sozinha, com os custos da CET advindos de um evento particular.
O objeto do caso em tela está para ser decidida pelo STF, possuindo
como relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o qual já deferiu uma
liminar pra suspender uma decisão uma decisão do TJ-SP que tinha
julgado a favor da CET2.
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http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=28019144