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CASO CLÍNICO 3
CASO CLÍNICO 4
CASO CLÍNICO 5
Mielograma: medula hipercelular com aumento de formas jovens na série eritroblástica e importantes
alterações megaloblásticas em todas as séries
CASO CLÍNICO 6
Para um homem adulto o valor da hemoglobina está dentro dos valores de referência ou no limite inferior. A
literatura considera que um homem estaria em estado anêmico quando o valor de hemoglobina estiver abaixo
de 13,2. Alguns autores consideram o limite mínimo como 13,9 g/dl. A anemia não chama a atenção neste
eritrograma. A microcitose (VCM 64,0) e a hipocromia (HCM 21,0) chamam a atenção. Esta hipocromia será
difícil de ser visualizada na extensão sangüínea (CHCM 32,8), mas ela está presente porque o HCM está
abaixo do valor de referência (25,0). A hipocromia foi marcada em função do valor do HCM. A anisocitose é
outro achado consistente, o RDW é de 17,6%.
Este eritrograma pode ser classificado como sendo microcítico e hipocrômico e tendo uma população
eritrocitária heterogênea. Pala dosagem da ferritina pode ser afastada a possibilidade de anemia ferropriva. A
anemia ferropriva é afastada, também, pelo fato deste eritrograma apresentar características de hemólise
(policromatofilia++).
Se está frente ao resultado de um eritrograma microcítico e hipocrômico, com população eritrocitária
heterogênea e com características de hemólise.
Em todo eritrograma microcítico e hipocrômico (mesmo que com microcitose e hipocromia discretas) e mesmo
sem anemia (ou anemia discreta) com características de hemólise deve ser feita a investigação de talassemia.
Este paciente é um caso de beta-talassemia heterozigota confirmada pela eletroforese de hemoglobina ( Hb
fetal e A2 estavam aumentadas).
O correto nesta situação é se fazer, também , uma investigação na família quanto a herança da beta-
talassemia e um aconselhamento genético esclarecendo, aos membros desta família, a probabilidade de seus
descendentes serem afetados e as manifestações clínicas possíveis.
Sempre frente a uma anemia microcítica e hipocrômica deve ser feita a dosagem de ferro sérico e ferritina
para caracterizar se a anemia é ferropriva. Nenhuma anemia microcítica e hipocrômica deve ser tratada com
sulfato ferroso antes de ser caracterizada laboratorialmente (ferro sérico e ferritina) como tal.
Este é um quadro de anemia intensa (hemoglobina de 6,9 g/dl) microcítica e hipocrômica com população
extremamente heterogênea e sem características de hemólise. O primeiro pensamento frente a este quadro
eritrocitário é de uma anemia ferropriva e a primeira atitude é a dosagem de ferro sérico e ferritina (o ferro
sérico estava baixo e a ferritina estava em zero).
O que chama atenção, ainda, é o valor dos leucócitos e das plaquetas. Confirmada a anemia ferropriva deve-
se investigar a causa desta anemia, o número de leucócitos e plaquetas falam a favor de sangramento
gastrointestinal.
Este é um quadro eritrocitário de uma anemia (discreta) microcítica e hipocrômica sem características de
hemólise, o cálculo do IPR dá 0,66. O primeiro pensamento é o de uma anemia ferropriva. Foi feita a dosagem
de ferro sérico e ferritina e ambos estavam normais. Estas dosagens afastam a possibilidade de uma anemia
ferropriva. Poderia se pensar em uma anemia de doença crônica, mas esta geralmente é normocítica e
normocrômica e dificilmente atinge valores de hemoglobina tão baixos. Poderia se pensar em anemia
sideroblástica, mas com este VCM (68,0) o histograma eritrocitário deveria mostar dois picos, caracterizando
dupla população eritrocitária, fato que não ocorreu.
Partiu-se para a eletroforese de hemoglobina a qual revelou aumento de Hb fetal (13,6%) e de Hb A2 (2,7%)
com Hb A1 em 83,7% caracterizando um quadro de beta-talassemia em hemólise crônica e compensada, sem
sinais de hemólise na extensão eritrocitária.
O grande feito neste quadro hematológico é que foi feita a dosagem de ferro e ferritina, e como estes deram
dentro de valores normais, se continuou a investigação laboratorial e se caracterizou o quadro clínico. Caso
não fosse feita a dosagem de ferro e ferritina esta paciente poderia estar sendo tratada como ferropênica.
O nível de hemoglobina pode estar mais baixo devido a gestação. Esta paciente continuou sendo monitorada
quanto ao nível de hemoglobina, durante sua gestação, através do hemograma. O parto foi normal a criança
nasceu bem e será investigada, posteriormente, quanto ao quadro de talassemia. Trinta dias após o parto o
nível de hemoglobina da mãe estava em 11,0 g/dl.
Esta é uma anemia (moderada) normocítica e normocrômica, francamente hemolítica (policromatofilia +++) e
que pela análise da extensão sangüínea o diagnóstico laboratorial pode ser feito. A presença de eliptócitos
finos, alongados e terminados em ponta fala a favor de drepanócitos, morfologia que deve ser confirmada pelo
teste de falcização e obrigatoriamente pela eletroforese de hemoglobina. Esta paciente apresentou teste de
falcização positivo o que caracteriza a anemia falciforme. Quando a eletroforese de hemoglobina foi feita
observou-se aumento de Hb fetal e A2, caracterizando uma beta-S-talassemia. Sempre que se estiver frente a
quadros hematológicos sugestivos de hemoglobinopatias deve-se realizar eletroforese de hemoglobina.