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Bases Teóricas
Erikson foi treinado na tradição freudiana por Anna Freud, tendo ampliado o escopo da obra
de Freud e criado um conjunto específico de novos conceitos;
Alguns conceitos freudianos foram preservados, porém com inovações;
Para Erikson, a psicanálise é um ponto de partida;
Tendo em vista seus aprimoramentos da teoria freudiana é considerado um neopsicanalista;
Obteve proeminência sem ter diploma universitário.
Este autor ampliou a teoria freudiana de três maneiras:
1- Aprimorou os estágios de desenvolvimento, ou seja, Freud previa cinco estágios de
desenvolvimento, Erikson sugeria que a personalidade continuava a se desenvolver numa
sucessão de oito etapas durante toda a evolução da vida. Cada estágio tem aspectos positivos e
negativos, é marcado por crises emocionais, afetado pela cultura do indivíduo e influenciado
pelo tipo de interação na sociedade da qual ele faz parte;
2- Enfatizou mais o desenvolvimento do ego do que do id. Para ele, o ego é uma parte
independente da personalidade, não depende do id e nem é submisso a ele;
3- Percebeu o impacto na personalidade das forças culturais e históricas, ou seja, não somos
regidos totalmente por fatores biológicos inatos.
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Estágios Psicossociais do Desenvolvimento e Forças Básicas
Como se dá o desenvolvimento?
As crises surgem nos momentos em que precisamos fazer alguma mudança de comportamento
e de personalidade decisivas em nossa vida;
Podemos responder às crises de maneira positiva ou negativa;
Somente quando resolvemos cada um dos conflitos daquele momento, a personalidade pode
continuar sua sequência normal de desenvolvimento e adquirir forças para enfrentar a próxima
fase;
Conflitos mal resolvidos acarreta menor probabilidade de nos adaptarmos aos problemas que
surgirão. Um resultado favorável é possível sempre, mas será mais difícil de obter.
As forças básicas
Ocorre entre os três e os cinco anos e é semelhante à fase fálica do período freudiano;
A cç, mais desenvolvida, consegue fazer mais coisas por conta própria e expressa um forte
desejo de tomar a iniciativa em várias atitudes;
A iniciativa também pode se desenvolver na forma de fantasias: manifestar o desejo de possuir
o pai (meninas) ou a mãe (meninos);
A reação dos pais, em caso negativo, pode produzir uma inibição das demonstrações de
iniciativa ou permanentes sensações de culpa voltadas para o self durante toda a vida.
Na relação edipiana, a criança inevitavelmente falha, mas se os pais forem compreensivos e
amorosos, ela adquirirá consciência do que é permissível e do que não é;
A iniciativa da cç para metas realistas e socialmente sancionadas prepara o caminho para a
formação da responsabilidade e moralidade adulta;
A força básica chamada objetivo surge da iniciativa. O objetivo envolve a coragem de
conceber e buscar metas.
Ocorre dos 06 aos 11 anos (até a puberdade); e corresponde ao período da fase de latência de
Freud;
Tanto em casa como na escola a cç aprende bons hábitos de trabalho e estudo como meio de
conseguir elogios e obter satisfação extraída da execução bem sucedida de uma tarefa;
A cç tem maiores habilidades de raciocínio dedutivo e a habilidade de seguir as regras que
levam ao refinamento deliberado das habilidades exibidas na construção das coisas.
As atitudes de pais e professores também aqui são determinantes, pois as crianças acham que
estão desenvolvendo e utilizando suas habilidades;
Repreensão, ridicularização ou rejeição provavelmente desenvolverão sentimentos de
inferioridade e inadequação; elogios e reforços produzem a sensação de competência e
incentivam a luta constante;
A força básica que surge da diligência nesta etapa é a competência.
Nesses quatro períodos iniciais, a solução das crises em cada um deles depende de outras
pessoas;
A resolução é uma função do que é feito a ela e não depende daquilo que pode fazer sozinha;
Nos próximos períodos, o controle passará gradualmente à pessoa em desenvolvimento;
Ela estará mais consciente, porém sofrerá influência daquilo que obteve como resultado nos
períodos anteriores.
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Ocorre dos 12 aos 18 anos. A adolescência é o momento que temos de resolver a crise de
nossa identidade básica do ego;
Nesse momento, formamos nossa autoimagem, a integração das idéias sobre nós mesmos e o
que os outros pensam sobre nós;
Uma boa solução dos conflitos levará a uma personalidade consistente, congruente. Porém
este processo não é fácil, e geralmente é vivido com ansiedade.
Para Erikson, a adolescência é um hiato entre a infância e a idade adulta;
As pessoas que saem dessa fase com um forte senso de autoidentidade estão equipadas para
enfrentar a vida adulta com certeza e confiança; as que não conseguem atingir uma identidade
coesa, terão uma crise de identidade e confusão de papéis;
Nesses casos parecem não saber quem são ou qual é o seu lugar e o que querem se tornar,
podendo afastá-las do curso comum da vida (educação, trabalho e casamento)
O resultado de uma crise de identidade pode ser a formação de uma identidade negativa –
crime ou drogas – mas é preferível, segundo Erikson a nenhuma formação;
O papel de grupos é decisivo neste período podendo resultar numa limitação do
desenvolvimento do ego, nos casos de identificação obsessiva;
A força básica que deveria se desenvolver neste período é a fidelidade que surge de uma
identidade coesa e engloba a sinceridade , genuinidade e um senso de dever nos
relacionamentos.
Estende-se dos 35 aos 55 anos. É a fase da maturidade na qual precisamos estar envolvidos no
ensino e na orientação da próxima geração. As preocupações tornam-se mais amplas e de
maior alcance envolvendo as gerações futuras e o tipo de sociedade na qual viverão;
Qualquer atividade em que estejamos envolvidos nesta idade nos permite encontrar uma forma
de nos tornarmos mentores, professores. No caso de pessoas que não conseguem ou não
procuram uma vazão para a preocupação com as próximas gerações podem ser observados o
tédio, a estagnação e o empobrecimento interpessoal;
A força básica resultante de uma boa resolução da crise deste período é o cuidar que surge da
preocupação com aqueles que vêm depois.
Desenrola-se a partir dos 55 anos. Na maturidade e na velhice nos deparamos com a opção
entre a integridade do ego e o desespero. Essas atitudes regem a forma como avaliamos nossa
vida como um todo. Se olhamos a vida com sentimento de realização e satisfação acreditando
que lidamos de maneira adequada com vitórias e falhas pode-se dizer que temos integridade
do ego.
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A pessoa aceita o seu lugar e o seu passado. De outro lado, quando a avaliação da vida resulta
num sentimento de frustração, aborrecimento pela perda de oportunidades e arrependimento
pelos erros que não pode corrigir, ficamos desgostosos conosco, desdenhamos dos outros e
ficamos amargos. As pessoas mais velhas precisam mais do que refletir sobre o passado,
precisam continuar ativas, participantes e vitais, buscando desafios e estímulos no ambiente,
assim como novas habilidades;
A força básica dessa fase final do desenvolvimento é a sabedoria.
Fraquezas Básicas
O mau desenvolvimento
Erikson tinha uma visão otimista da natureza humana, portanto, se nem todos fossem bem
sucedidos na obtenção de esperança, objetivo, sabedoria, dentre outras, todos teriam o
potencial para obter isso;
Nada na natureza nos impede neste processo, nem temos que sofrer inevitavelmente com
conflitos, neuroses, ansiedade, devido a forças biológicas instintivas;
A teoria de Erikson permite otimismo e traz a idéia de que somos capazes de resolver cada
situação de maneira ajustada e fortalecedora.
Diferentemente de Freud, Erikson não trabalhava com o divã, preferia uma relação mais
pessoal e que vissem um ao outro; por vezes usava a associação livre, mas raramente analisava
um sonho;
As técnicas de avaliação deveriam ser ajustadas e modificadas de acordo com a necessidade
do paciente;
Ao trabalhar com crianças criou a ludoterapia;
A técnica mais incrível foi a análise psico-histórica que é basicamente um estudo biográfico;
Não usou testes psicológicos, mas vários deles foram criados a partir de suas formulações:
Escala de Desenvolvimento do Ego, Questionário do Processo de Identidade do Ego e a Escala
de Preocupação com as Próximas Gerações.
Diferentemente de Freud não trabalhava com o divã, preferia uma relação mais pessoal e que
vissem um ao outro, por vezes usava a associação livre, mas raramente analisava um sonho;
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As técnicas de avaliação deveriam ser ajustadas e modificadas de acordo com a necessidade
do paciente;
Ao trabalhar com crianças criou a ludoterapia;
A técnica mais incrível foi a análise psico-histórica que são basicamente estudos biográficos;
Não usou testes psicológicos, mas vários deles foram criados a partir de suas formulações:
Escala de Desenvolvimento do Ego, Questionário do Processo de Identidade do Ego e a Escala
de Preocupação com as próximas Gerações
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Referência:
Schultz, Duane P.; Schultz, Sydney Ellen. Teorias da Personalidade. São Paulo, Cengage Learning,
2008.