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Introdução
As técnicas de análise de circuitos CC são de grande valia quando se quer calcular parâmetros de
circuitos que possuem mais de uma fonte de energia, como é o caso de vários sistemas eletrônicos e
elétricos de potência.
Um circuito genérico possui nós e ramos. Um nó é um ponto de junção de dois ou mais elementos de
circuitos. O nó principal é aquele que conecta pelo menos três elementos de circuitos e possui uma
equação nodal considerável (BARTKOWIAK, 1994). O nó secundário conecta apenas dois elementos e é
um nó trivial. Qualquer caminho entre dois nós é chamado de ramo.
Então, baseados nas definições acima, nós podemos dizer que um circuito é complexo se há duas ou mais
fontes de energia em ramos diferentes do circuito.
A seguir serão descritos os principais métodos de análise de circuitos, ferramentas importantes para a
simplificação de redes e cálculo dos principais parâmetros das mesmas.
As leis de Kirchhoff, devidas ao físico alemão Gustav Robert Kirchhoff são a base do estudo de circuitos
elétricos.
A Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT), ou Lei das Malhas, pode ser escrita como (GUSSOW, 1996)
(BARTKOWIAK, 1994):
"a tensão aplicada a um circuito fechado é igual à soma das quedas de tensão naquele circuito", isto é:
Para o circuito da Figura 1, por exemplo, onde temos três resistores conectados em série, pode-se
escrever, de acordo com a LKT:
onde V é a tensão aplicada e V1, V2 e V3 são as quedas de tensão ao longo do circuito fechado.
(1)
(2)
Figura 1 – Ilustração da fórmula
A Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC) nos diz que "a soma das correntes que entram em um nó deve
ser igual à soma das correntes que saem deste mesmo nó".
Uma malha é qualquer percurso fechado de um circuito (GUSSOW, 1996). Ao se resolver um circuito
utilizando as correntes nas malhas, é preciso escolher previamente os percursos que formarão as mesmas.
Em seguida, para cada malha é designada a sua corrente, sendo utilizado, por conveniência, o sentido
horário. Aplicando-se a LKT ao longo dos percursos de cada malha, encontra-se as equações que
determinarão as correntes de malha desconhecidas.
Na Figura 2 tem-se um circuito com duas malhas (1 e 2). O procedimento para se determinar as correntes
I1 (malha 1) e I2 (malha 2) é:
- 2o passo: aplicar a LKT ao longo de cada malha, percorrendo cada malha no sentido da corrente da
malha. Pelo fato de haver duas correntes diferentes que fluem em sentidos opostos num mesmo resistor,
aparecem dois conjuntos de polaridades para o mesmo (no caso da Figura 1, no resistor R2).
Um outro método para se resolver um circuito com correntes de malhas utiliza as quedas de tensão para
determinar as correntes num dado nó. Escreve-se as equações dos nós para as correntes, satisfazendo a
LKC (Lei de Kirchhoff das Correntes). A cada nó, num circuito, se associa uma letra ou um número.
Na Figura 3, A, B, G e N são nós, e G e N são nós principais ou junções. Uma tensão de nó é a tensão de
um dado nó com relação a um determinado nó chamado de nó de referência, o qual é o nó onde está
representado o terra do circuito.
Assim:
VAG é a tensão entre os nós A e G; VBG é a tensão entre os nós B e G e VNG é a tensão entre os nós N e G.
Como o nó G é um nó de referência comum, pode-se identificar simplesmente estas tensões como VA, VB
e VN.
Figura 3
O número de equações necessárias é igual ao número de nós principais (n) menos 1, isto é:
Equações necessárias = n – 1.
Os passos necessários para se escrever as equações tendo como base a Figura 3 são:
- 1o passo: adotar o sentido das correntes como mostrado e indicar os nós (A, B, N e G). Identificar a
polaridade da tensão em cada resistor de acordo com o sentido considerado para a corrente.
- 2o passo: aplicar a LKC para o nó principal e resolver as equações para resolver VN.
→ (7)
(8)
Figura 4 Figura 5
RTH: é a resistência vista por trás dos terminais da carga O teorema de Norton é utilizado para
quando todas as fontes são curto-circuitadas. simplificar uma rede em termos de correntes
em vez de tensões.
VTH: é a tensão que aparece nos terminais da carga (AB)
quando se desconecta o resistor RL. É chamada também de A Resistência RN é obtida da mesma forma
tensão de circuito aberto. que RTH.
3. Teorema da Máxima Transferência de Potência
"A potência máxima é fornecida pela fonte de tensão e recebida pelo resistor de carga, se o valor do
resistor de carga for igual ao da resistência interna da fonte de tensão".
Seja o circuito de uma fonte de tensão V, cuja resistência interna é Ri , mostrado a seguir:
Para a máxima transferência de potência,
4. Teorema da Superposição
"Numa rede com duas ou mais fontes, a corrente ou a tensão para qualquer componente é a soma
algébrica dos efeitos produzidos por cada fonte atuando independentemente." A fim de se usar uma
fonte de cada vez, todas as outras fontes são retiradas do circuito. Ao se retirar uma fonte de tensão, faz-
se no seu lugar um curto-circuito; ao se retirar uma fonte de corrente, esta é substituída por um circuito
aberto.
Passos (veja o circuito com duas malhas ao lado)
Dividindo (1)
por (2):
Figura 8 - Circuito da ponte de Wheatstone.
Figura 10
b) Conversão Y em Delta (∆ ):