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BANCO GMAC S/A, pessoa jurídica de direito privado com sede em São
Paulo-SP, na Avenida Indianópolis, 3096, bloco B, inscrito no CNPJ sob nº. 59.274.605/0001-13,
por intermédio de seus advogados ao final assinados, conforme instrumento particular de
Procuração anexa, com escritório profissional no endereço consubstanciado no rodapé da
presente, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar
CONTESTAÇÃO,
com fundamento no artigo 30 da Lei nº. 9.099, de 26.9.1995, aos termos da Ação de
Repetição de Indébito c/c danos morais nº. 25320-89.2010.8.16.0031 promovida por JOSIMA
TOSSIN, nas razões de fato e de direito adiante expostos.
DA INICIAL
O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 26, inciso II, prevê o prazo
de 90 (noventa) dias para a ocorrência da decadência do direito de reclamar os vícios com
a mencionada natureza.
DA CARÊNCIA DA AÇÃO
Ademais, se houve quitação do valor devido, não possui o Autor qualquer débito
em face do Banco Requerido, relativamente ao contrato de financiamento celebrado entre as
partes, não tendo a quitação ocorrido por erro, resta inviável a revisão da avenca, já que se trata
de contrato quitado e findo. A jurisprudência vem decidindo no sentido da impossibilidade jurídica
do pedido de revisão de contratos findos, o que deve levar a extinção do presente feito, sem
julgamento de mérito, por carência de ação, para que o feito seja extinto sem resolução de
mérito, com base no art.267, inciso VI do CPC. Nesse sentido:
NO MÉRITO
Referida Tarifa não deve compor a taxa de juros praticada pela instituição,
uma vez que o custo de tal atividade tem a tarifação específica regulamentada pela
autoridade governamental competente, não sendo devida a restituição do valor pago.
RESOLUCAO 3.518
DA TAXA DE RETORNO
Não figurou no presente contrato a tarifa de terceiro dita como abusiva pelo
reclamante, tanto o é que o autor não comprovada referida cobrança. O reclamante em
termos genéricos requer a declaração de abusividades bem como a restituição em dobro,
todavia deixa de comprovar tal pagamento, bem como o valor cobrado de forma abusiva.
Pelo contido nos autos, temos que resta por improcedente a demanda ora
interposta. Pela simples leitura do Art. 186 do Código Civil, não podemos chegar a
conclusão diferente, senão vejamos:
O artigo supracitado é claro quando diz que somente comete ato ilícito aquele
que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, o que não se verificou nos presentes
autos, pois como dito, o Requerido em nenhum momento praticou ato ilícito ou então foi
omisso, negligente ou imprudente em relação ao Requerente, tão pouco agiu de má fé.
Ressaltando que nos autos, não restou comprovado qualquer tipo de dano, seja ele de
ordem material ou moral.
Da Repetição de Indébito
Nesse passo, importante destacar que o primeiro requisito exigido para que
seja invertido o ônus da prova, qual seja, a verossimilhança, está relacionado ao
convencimento do Juiz a ser formado em conformidade com a causa debendi invocada
pelo consumidor, que pretende a inversão do ônus da prova.
Requerimentos
Nesses termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 30 de março de 2011.