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FAM – TRIP gastronómico aos Açores,

Um dia a Satã, companhia aérea que voa para as ilhas que fazem
parte do território Tugalândia resolveu promover uma aventura a
que os brancos chamam em linguagem do turismo: fam trip (ou
como se diz em americano family trip com esgares da boca para a
direita e falando com às vógáis abértás como se diz em preto).

E sem fazer qq tipo de selecção, "assim tipo ó calhas", à boa


maneira portuguesa, confiando na sorte, misturou uns sem
neurónios do centro, outros não menos prontos do sul outros
passados a norte do centro, não esquecendo de apimentar o grupo
com uma passada das ilhas e uma preta maluca, atou-os no mesmo
ramalhete, imaginem, no mesmo avião e a caminho dos Açores. Foi
a fam trip mais divertida e irregular que se possa imaginar.

Eu, preta, habituada ao cinzentismo, falta de cor e falta de


boa disposição dos tugas vi “áfenal” um conjunto de profissionais
deste “trade” que mais se assemelha à mais velha profissão do
mundo: a contentar o cliente, à hora e quando o cliente quer, estar
sempre à disposição do cliente, etc etc, se calhar vindo daí a falta
de cor, grp esse que soube desfazer a imagem e pintar a manta de
um colorido perfeito em apenas 3 dias de convívio.

O resultado não podia ser pior. Começando a aventura pelos


atrasos: não havia pessoa que se prezasse que não chegasse
atrasada, ou porque adormecia ou porque não sabia que o
autocarro já estava à espera, ou porque alguém se entretinha nas
passagens de controlo da policia (gajas a pedir que as apalpassem,
mas só se fosse por policias giros tipo gianechini), houve de tudo, o
que fazia atrasar sempre os restantes e bons cristãos que
aguentavam firme pelo colega atrasado.

O verniz começou logo a estalar na ida para Sta Maria com a preta
maluca e a açoriana que ficaram lado a lado, a trocarem mimos e
logo instaladas no tintol. À chegada a Santa Maria, saciados e
felizes com o faustoso repasto da SATA, aquela sande maravilhosa
e já meio embrutecidos por 2 aterragens e quase 4 horas fechados
dentro de uma cabine pressurizada (que é sempre saudável e ainda
mata os poucos neurónios existentes) somos presenteados com um
lanche de biscoitos locais e licores típicos.

Eu francamente agradeço e adorei, mas estávamos todos já com os


estômagos dilatados qual sub nutridos e não víamos hora de ir
comer. Claro que logo ali na sala Concorde (que eu julgava que era
o próprio do avião já morto) com os representantes oficiais da Ilha e
da SATA, começou tudo a descambar para o torto.

Fotos da praxe, discursos oficiais tmb da praxe, ofertas típicas e lá


arrancámos no minibus da Câmara para nos transportar ao Hotel. À
chegada a seguinte mensagem: agora podem ir descansar até á
hora do jantar!!!!! Sim sim, ó pra eles ali perdidos e apenas com a
água da piscina, muito mar, pasto e vacas vivas e não em forma de
churrasco p ver/comer.

Unanimemente se decidiu arrancar para o centro da vila a pé.


Quando demos conta o centro da vila era como se diz em África ou
até no Alentejo: lááááááá, logo ali!!!!!!distava "já entáo maningue."

E toca de esticar o dedo e pedir boleia foi rápido com a


característica boa vontade, simpatia e amabilidade dos açorianos
logo uma carrinha de cabine dupla e caixa aberta parou (com um
casal e um filho pequeno) e a pedido de umas caras famintas e
meio loucas lá o sr nos deu boleia - recomendando ao filho, para
nunca se misturar com gente daquela lá do “contenente.”

Chegámos finalmente a um bar maningue escuro, com uma dona


que foi emigrante nos states e que nos assegurou que havia tostas
mistas e pizzas variadas: SURE que sim!!!! (expressão que de resto
foi constantemente repetida pelos participantes )
Mas, de repente informa que "áfenal" não havia pão para todos,
apenas as tais pizzas variadas (vieram várias pizzas mas todos de
igual conteúdo). Que viessem prq a fome era de bradar aos céus.

E depois de mta cerveja VIRADA, mtas fatias de pizza à frente e


mta galhofa pelo meio - já todos falando americano corrente à
emigrante açoriano, voltamos do mesmo modo ao hotel à boleia
pedida e apanhada em frente à própria policia - benditos açorianos.
Seguindo-se então um jantar típico com as entidades oficiais
acompanhado por um rancho folclórico que obviamente não é
entendido por pretos habituados ao kwassa-kwassa, kizomba e
outros ritmos de batuque. Logo, aqui não serão feitos comentários
politicamente incorrectos sobre o folclore português mas que foram
feitos no local (cada elemento do grupo analisado à lupa),foram!!!.
Mas valeu, a refeição e o resto.

Já praticamente mortos, recebemos um convite para nos


deslocarmos a um bar local que tinha aberto propositadamente para
nos receber. Aí vão eles, já soltos dos licores e vinhos e quentes e
cheiinhos com a culinária local. Foi de chorar por mais: a sessão de
anedotas da açoriana doida, o canal 13 num ecran gigante e as
palavras de açoriano que a preta maluca aprendeu: blikas(c.o) e
xixonas (c..a) e que não se cansava de repetir para qq cristão,
mouro ou judeu que ali aparecia.

No dia seguinte seguiu-se o passeio na Ilha que deu para enjoos


vários, sustos com as estradas e sobretudo apreciar a beleza da
ilha (redundante chamar-lhe bela). Foi o momento dos disparates
também - era vê-los a começarem a soltar a mulher que havia em
cada um (como o discurso brilhante e inspirado da Olga- uma moça
do trade mas que alguém disse que tinha ar de doméstica prq até
queria levantar a mesa num hotel ) e as loucuras da açoriana que
fazia rir a cada minuto que passava.

Caldeirada fantástica com vista para o mar, fomos todos armados


cavaleiros com uns aventais maningue fashion da SATA. Eu fui
indecentemente apalpada pelo representante oficial que nos
acompanhava e deixei! Pelo que fiquei mto mal vista- se é q alguma
vez tive boa fama junto daquela gente.

E daí para o aeroporto e seguiram-se mais uns licorzinhos e umas


cavacas do tamanho de um vulcão, mais uns discursitos light e os
beijinhos de despedida. E convinha comermos bem sim, porque no
voo até Ponta Delgada não íamos ter a tal sande.

Particularidade: conhecemos uma açoriana que tinha, como foi por


lá dito, umas 5 gémeas - estava em todo o lado - ou seja o dom
divino da omnipresença estava encarnado naquela loirinha que ora
nos servia licores, como o almoço, como o jantar, enfim só mesmo
nos Açores.
E este bando de malucos sem eira voltou aos disparates habituais
de tentar ser apalpado pela policia alfandegária, outros foram
mesmo, e entramos todos na minúscula aeronave de aventais
vestidos - só visto - todos alinhavam na bagunça e era preciso ver
as caras dos policias: uns faziam de conta que não era com eles
para manter a autoridade e outros, desmanchavam-se a rir.

Ponta Delgada, e, a preta conseguiu ir de boleia para o hotel com


um motorista branco (maior experiência que um preto pode ter).- o
nosso fotógrafo - que ao longo de todo o passeio adorava colocar
em prática o seu fetiche- tirar fotos em escadas.

Nessa noite apenas um pequeno grupo decidiu ir partir a cidade e


assim foi – encontrámos pretos e a tocar, foi vê-los soltar a franga
dentro deles e curtir. No fundo e depois de feitas as contas, uma
grande parte do grupo era ou nascido ou descendente ou tinha
estado em África. Somos assim nós, os tugas.

Ultimo dia com grande pena de todos e, lançamo-nos à estrada


para conhecer a Ilha de S.Miguel – tarefa difícil mas possível com a
ajuda de dois belíssimos guias locais que nos divertiram e deixaram
fazer o que queríamos, mas sobretudo que nos aturaram sobretudo
no mini bus que esta que vos escreve teve a sorte de andar. Houve
de tudo, anedotas, ditos estúpidos, ditos hilariantes e claro como
nos chamou a organizadora e acompanhante desta viagem,
portámo-nos como “animais estúpidos”. Alguém pensa que ficámos
ofendidos como seria normal em gente sensível???? Qual quê!!!-
adorámos e passámos a tratar-nos uns aos outros por essa querida
e amorosa designação: animais estúpidos

agora francamente só cá entre nós: isto não é normal!!!!!!!

Claro está que visitámos lugares magníficos, tivemos um almoço


em grande, onde houve momentos de jogos de berlinde com os
mini tomates que decoravam os pratos e mto disparate próprio de
animais estúpidos. Visitámos museus locais, portámo-nos
pessimamente e deu-nos uma “douda” ao longo de toda a viagem.

E chegámos ao hotel onde iríamos à prova dos queijos e foi vê-los a


comer como se não tivessem almoçado ajuntando-lhe os disparates
- uma vergonha. Com tanto disparate, o director já não aguentava o
ar sério que tentou colocar junto de gente que ele julgava
profissional do turismo. Enfim, em particular a Guedes, a Olga, o
António a Arleen e a preta excederam-se na loucura e fizeram com
que toda a gente se sentisse o melhor possível. Tudo foi pretexto
para a brincadeira, desde as manobras de segurança dentro de um
avião, à tripulação propriamente dita, anedotas de pretos (com
expressões que se repetiram ao longo da viagem), de açorianos, a
cada um de nós - fomos todos um pouco o alvo do humor que uniu
este grupo.

Outras curiosidades: estivemos sempre acompanhados pela família


real inglesa: a duquesa da Cornualha e o príncipe consorte
(perceberam?????) que foram o alvo dos piores disparates da fam-
trip e q não podem ser reproduzidos por simples decoro.

E lá chegámos à hora do embarque do voo de regresso, das


despedidas e à saudade de deixar terra tão encantadora para trás e
uns poucos dias tão bem passados com gente que para esta que
vos escreve, lhe vai deixar marcas no coração.

Não duvido que se fizeram amizades, cimentaram-se outras, e a


cachupa é o próximo passo para nos vermos, seguida dos caracóis
em Sesimbra.

E ainda faltam as fotos do evento que se calhar deverão ser


censuradas (muitas delas), mas representativas daquilo que se
passou nesta atípica fam trip. Curiosamente toda a gente veio de lá
a fálárr com às vogais aberrtas com prronuncia de prreto (sem
caregar no rê), não pérrcebi porqué!!!!

Beijos gordos


2006-03-20

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