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2 - MEZUZÁ ....................................................................................................................................................................................... 27
3 - TEFILIN (FILATÉRIOS)................................................................................................................................................................... 27
4 - TZITZIT – TALIT .......................................................................................................................................................................... 28
5 - KIPÁ .............................................................................................................................................................................................. 28
6 - KASHRUT – AS LEIS DIETÉTICAS JUDAICAS ................................................................................................................................ 29
QUAL A RAZÃO FUNDAMENTAL DAS LEIS DE KASHRUT? ................................................................................................... 29
7 - TEFILOT (ORAÇÕES) ..................................................................................................................................................................... 30
8 - AS BRACHOT (BÊNÇÃOS) ............................................................................................................................................................ 30
9 - A TORÁ ......................................................................................................................................................................................... 30
10 - O TALMUDE - A TORÁ ORAL E AS PRIMEIRAS GERAÇÕES ............................................................................................ 31
11 – MIKVA ....................................................................................................................................................................................... 33
V PARTE - YESHUA NO TANAKH ................................................................................................................................................... 34
1 - YESHUA NO ANTIGO TESTAMENTO. ..................................................................................................................................... 34
A ONDE ENCONTRAMOS O NOME DE YESHUA NO TANAKH? ............................................................................................. 34
2- AS PROFECIAS E YESHUA ........................................................................................................................................................ 35
27 PROFECIAS CUMPRIDAS EM UM SÓ DIA PELO MESSIAS .................................................................................................................. 36
VI PARTE - COMO COMPARTILHAR AS BOAS NOVAS COM OS JUDEUS. ......................................................................... 40
1 - PORQUE OS GENTIOS TEM OBRIGAÇÃO DE LEVAR AS BOAS NOVAS (EVANGELHO) AO POVO JUDEU? ............ 40
2 - COMO DEVO ORAR ENQUANTO ME PREPARO PARA COMPARTILHAR: ....................................................................... 41
3 - PASSAGENS ÚTEIS: .................................................................................................................................................................... 41
4 - PASSAGENS QUE TESTEMUNHAM: ........................................................................................................................................ 41
5 - ALGUNS PONTOS IMPORTANTES: ......................................................................................................................................... 42
6 - O QUE É NECESSÁRIO PARA TESTEMUNHAR PARA UM JUDEU... .................................................................................. 43
7 – PALAVRAS QUE DEVEMOS USAR E PALAVRAS QUE DEVEMOS EVITAR .................................................................... 44
8 - ESCRITURAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO ............................................................................ 44
EZEKIEL 37:15-28 ................................................................................................................................................................................ 45
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MÚSICAS EM HEBRAICO ................................................................................................................................................................. 47
1- HEVENU SHALOM ALEICHEM .......................................................................................................................................................... 47
2- OD AVINU CHAI............................................................................................................................................................................... 47
3- HINEY MA TOV UMA NAIM ........................................................................................................................................................ 47
4- HODU LEADONAI K I TOV ................................................................................................................................................................ 47
5- HAVA NAGILA ................................................................................................................................................................................. 47
6 - OD YAVO SHALOM ALEINU (SALAAM) ........................................................................................................................................ 47
Conhecendo Israel e a Cultura Judaica
Gênesis 12:1-3
Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a
terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas
todas as famílias da terra.
Ezequiel 37:1-14
Veio sobre mim a mão do SENHOR, e ele me fez sair no Espírito do SENHOR, e me pôs no meio de
um vale que estava cheio de ossos.
E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e eis que
estavam sequíssimos.
E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS, tu o sabes.
Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR.
Assim diz o Senhor DEUS a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.
E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em
vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o SENHOR.
Então profetizei como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se
fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso.
E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por
cima; mas não havia neles espírito.
E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o
Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.
E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé,
um exército grande em extremo.
Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos
ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós mesmos estamos cortados.
Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu abrirei os vossos sepulcros, e
vos farei subir das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel.
E sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir os vossos sepulcros, e vos fizer subir das
vossas sepulturas, ó povo meu.
E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu, o SENHOR,
disse isto, e o fiz, diz o SENHOR.
Romanos 11
Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita,
da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias,
como fala a Deus contra Israel, dizendo:
Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha
alma?
Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os
joelhos a Baal.
Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça.
Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é
pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra.
Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram
endurecidos.
Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para
não ouvirem, até ao dia de hoje.
E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, E em tropeço, por sua retribuição;
Escureçam-se-lhes os olhos para não verem, E encurvem-se-lhes continuamente as costas.
Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio
a salvação aos gentios, para os incitar à emulação.
E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a
sua plenitude!
Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, exalto o meu ministério;
Para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles.
Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida
dentre os mortos?
E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são.
E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e
feito participante da raiz e da seiva da oliveira,
Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a
raiz a ti.
Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.
Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te
ensoberbeças, mas teme.
Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também.
Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para
contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás
cortado.
E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus
para os tornar a enxertar.
Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira,
quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que
o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.
E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as
impiedades.
E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados.
Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por
causa dos pais.
Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.
Porque assim como vós também antigamente fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes
misericórdia pela desobediência deles,
Assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela
misericórdia a vós demonstrada.
Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.
O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são
os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Orai pela paz de Jerusalém; prosperem aqueles que te amam. Haja paz dentro de teus muros, e
prosperidade dentro dos teus palácios. Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz dentro
de ti. Por causa da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem. (Psalms 122:6-9)
Quão formosos sobre os montes são os pés do que anuncia as boas-novas, que proclama a paz,
que anuncia coisas boas, que proclama a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! (Isaiah 52:7)
Por amor de Sião não me calarei, e por amor de Jerusalém não descansarei, até que saia a sua
justiça como um resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa. (Isaiah 62:1)
e Jerusalém, sobre os teus muros pus atalaias, que não se calarão nem de dia, nem de noite; ó vós,
os que fazeis lembrar ao Senhor, não descanseis, e não lhe deis a ele descanso até que estabeleça
Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra. (Isaiah 62:6-7)
Pois assim diz o Senhor: Cantai sobre Jacó com alegria, e exultai por causa da principal das nações;
proclamai, cantai louvores, e dizei: Salva, Senhor, o teu povo, o resto de Israel. Eis que os trarei da
terra do norte e os congregarei das extremidades da terra; e com eles os cegos e aleijados, as
mulheres grávidas e as de parto juntamente; em grande companhia voltarão para cá. Virão com
choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito em que não
tropeçarão; porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito. Ouvi a palavra do Senhor,
ó nações, e anunciai-a nas longinquas terras maritimas, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o
congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho. Pois o Senhor resgatou a Jacó, e o livrou
da mão do que era mais forte do que ele. Põe-te marcos, faze postes que te guiem; dirige a tua
atenção à estrada, ao caminho pelo qual foste; regressa, ó virgem de Israel, regressa a estas tuas
cidades. (Jeremiah 31:7-11, 21)
E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado no lugar deles e
feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te
gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. (Romans 11:17-18)
Isto pois lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram
participantes das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais.
(Romans 15:27)
• BENÇÃO OU MALDIÇÃO?
Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas
todas as famílias da terra. (Genesis 12:3)
Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó! as tuas moradas, ó Israel! Agachou-se, deitou-se como
leão, e como leoa; quem o despertará? Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te
amaldiçoarem. (Numbers 24:5, 9)
O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a
bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, (Deuteronomy
30:19)
A palavra do Senhor acerca de Israel: Fala o Senhor, o que estendeu o céu, e que lançou os
alicerces da terra e que formou o espírito do homem dentro dele. Eis que eu farei de Jerusalém um
copo de atordoamento para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra
Jerusalém. E naquele dia, tratarei de destruir todas as nações que vierem contra Jerusalem.
(Zechariah 12:1-2, 9)
1. Jerusalém é a cidade de Davi, onde ele governou como rei durante 33 anos sobre todo o Israel e
Judá (2 Sm 5.5).
2. Jerusalém está situada no centro da terra não apenas geograficamente, mas também tem
importância central quanto ao Plano de Salvação (Ez 5.5).
3. Em Jerusalém estão os tronos de justiça (Sl 122.5).
4. Jerusalém é a cidade fiel (Zc 8.3).
5. O Senhor habitará em Jerusalém (Zc 8.3).
6. Conforme as palavras de Jesus, Jerusalém é a cidade do Grande Rei (Mt 5.35).
7. Só existe uma cidade no mundo pela qual Jesus chorou: Jerusalém (Lc 19.41).
8. Em Jerusalém ocorreu o maior acontecimento de todos os tempos: ali Deus reconciliou o mundo
consigo mesmo por intermédio de Jesus Cristo (2 Co 5.19; Hb 13.12).
9. Do Monte das Oliveiras em Jerusalém Jesus Cristo subiu ao céu (At 1.9-12).
10. Em Jerusalém aconteceu o primeiro Pentecoste e foi ali que os discípulos ficaram cheios do
Espírito Santo (At 2).
11. Em Jerusalém surgiu a igreja primitiva, quando cerca de 3000 pessoas se converteram. Desse
modo, ali foi fundada a base da Igreja de Jesus (At 2.41-47).
12. A partir de Jerusalém o Evangelho foi espalhado por todo o mundo (At 1.8).
13. Exclusivamente a cidade de Jerusalém é a equivalente terrena da Jerusalém celestial (Gl 4.26;
Hb 12.22; Ap 21.2).
14. Durante quase 2000 anos Jerusalém foi pisada pelos gentios. Desde 1967 esse período
terminou, e Jerusalém é novamente a capital do povo judeu (Lc 21.24).
15. Em Jerusalém aparecerão as duas testemunhas no tempo da Grande Tribulação e
testemunharão durante 1260 dias. No fim desse tempo elas serão mortas pela besta, ressuscitarão
depois de três dias e meio, e de Jerusalém subirão ao céu (Ap 11.3-13).
16. No fim do tempo do anticristo todas as nações da terra se ajuntarão para lutar contra Jerusalém
(Zc 12.2; 14.2).
17. Então Jerusalém se tornará pedra de tropeço para todos os povos, e todas as nações que a
erguerem se ferirão gravemente (Zc 12.3).
18. Jesus Cristo voltará para Jerusalém para salvar o Seu povo, e todo o remanescente de Israel se
converterá ao Senhor (Zc 14.4).
19. A seguir, Jesus Cristo estabelecerá o Seu reino de paz em Jerusalém e será Rei sobre toda a
terra (Is 2.2-4; Zc 14.9).
20. Então, sob o abençoado domínio de Jesus Cristo, Jerusalém será uma cidade donde correrão
águas vivas (Zc 14.8).
21. Depois do Milênio, Satanás tentará mais uma vez conquistar e destruir Jerusalém, seduzindo os
povos para lutarem contra Jerusalém. Fogo do céu consumirá essas nações, e o diabo será lançado
no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 20.7-10).
O ano Judaico consiste, no calendário, de doze meses lunares. Os nomes dos meses são de origem
caldaica e cada um corresponde a uma constelação do zodíaco: Nissan, Yar, Sivan, Tamuz, Av,
Elul,Tishrei, Heshvan, Kislev, Tevet, Shvat, Adar.
A cada dois ou três anos intercala-se após o mês de Adar, um décimo terceiro mês, que se chama
Veadar.
Desde a época bíblica os meses e os anos do calendário Judaico foram determinados pelos ciclos
da lua e do Sol.
A lei tradicional prescreve que os meses têm de seguir o ciclo lunar, desde o molad (nascimento=
lua nova) até o novílúnio seguinte. Mas, ao mesmo tempo os meses lunares têm que corresponder
com as estações do ano que são determinadas pelo ciclo solar. Por exemplo: Pessach (Páscoa) tem
que cair sempre no mês de Nissan e coincidir com o início da primavera, pois é a festa da
primavera.
Pode–se definir o calendário Judaico como luni-solar, ao contrário do calendário Gregoriano que é
puramente solar.
Como o calendário Judaico tem que atender dois requisitos, ser solar e lunar, torna-se uma realidade
complexa na sua estrutura. O dia começa ao aparecer das primeiras estrelas e não após a meia-
noite, eis porque o sábado começa na sexta-feira à noite e acaba ao pôr do sol no dia seguinte.
A noite vem primeiro que o dia, pois na criação do mundo o primeiro dia começou com a escuridão
que foi transformada em luz: "Chamou Deus à luz dia, e às trevas noite. Houve tarde e manhã, o
primeiro dia" (Gn 1:5).
Daí em diante cada período de 24 horas foi indicado sucessivamente como "tarde e manhã" (Gn
1:5,8,13,19,23,31; 2:2).
De acordo com Êxodo 12:2, Javé disse a Moisés que Nissan deveria ser o primeiro mês. Mas o ano
-novo Judaico, Rosh Hashanah (a cabeça do ano), é no outono, em Tshrei.
Logo depois, havia um ano civil, que começava com Tshrei e corria paralelo com o ano agrícola, e o
ano religioso, que começava com Nissan ( na primavera).
Os calendários modernos designam os anos por números ligados a eventos conhecidos. 2002 d.C.,
586 a.C. Mas nos tempos bíblicos os eventos eram datados de acordo com os anos de governo de
um rei, (Ageu 1:1)
Pontos fixos na cronologia bíblica podem ser determinados com base no sincronismo entre a história
da Assíria e a de Israel.
São os Judeus uma raça, um grupo religioso, um grupo lingüístico, uma nacionalidade, ou o
que?
• Raça não é.
Os Judeus são um povo, assim como os Armênios são um povo, um povo inteiramente deferente de
qualquer outro povo.
• Hebreus (Ibriim, heber, eber) na língua hebraica. A palavra ‘eber’ em hebraico significa
lado, costa, margem. Se referia a Abraão como aquele que veio do outro lado, (indicando a
sua origem mesopotâmica), logo, o primeiro hebreu foi Abraão. G(en.14:13)..
Hebreus refere-se aos mais antigos ancestrais, Abraão , Isaque e Jacó, também chamado de Israel.
“Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os
homens, e prevaleceste.”
• Judeus – descendentes de Judá, o quarto filho de Jacó, deu seu nome a um reino, cuja
capital era Jerusalém e, mais tarde, sob o domínio Persa, Grego e Romano, à província da
Judéia. Daí Judeus são os habitantes da Judéia e seus descendentes.
Os livros bíblicos, anteriores ao exílio Babilônico, não usavam a palavra Judeu, que só vai aparecer
no período dos livros de Ester, Malaquias, e no período Helenístico e Romano.
Os livros mais antigos falam dos filhos de Israel (Benei Israel) e Povo de Israel (Am Israel), ou seja,
israelitas.
Após o regresso da babilônia, o pais habitado pelos Judeus (remanescente do Reino do Sul, Reino
de Judá) passou a se chamar Judéia.
Os séculos passaram, o termo Judeu foi se tornando pejorativo pelos gentios, e israelita passou a
ser aplicado mais à religião em si (no ocidente), até que um e outro se confundissem e se
tornassem “sinônimos”. Israelita é o habitante de Israel, e o povo Judeu é o seguidor da religião
judaica.
O SHABAT (SÁBADO)
As origens do Shabat se encontram no Decálogo: "Pois Deus criou o mundo em seis dias e
descansou no sétimo. E Deus abençoou o dia do Shabat e o santificou" (Êxodo 20:11).
O Shabat é, portanto, uma afirmação da Criação Divina: nesse dia deve ser interrompido o trabalho,
pois assim fez o Criador. O dia de descanso conscientiza o homem de que ele não domina o mundo,
e de que ele depende do poder supremo de Deus.
O Shabat é assim uma celebração da liberdade. O escravo não é livre , seu tempo não lhe pertence.
Sómente o homem que é dono do seu tempo é verdadeiramente livre. O homem livre domina a sua
semana, e não se torna subserviente a ela.
O Shabat é iniciado na casa pelo acendimento das velas, dezoito minutos antes do pôr do sol.
As velas são acesas pela mulher da casa (sempre por uma mulher, se não houver mulher na casa,
as velas devem ser acesas por um homem).
Devem ser acesas duas velas, a mulher que diz a bênção das velas deverá cobrir a cabeça com um
lenço.
“Baruch Atá Adonai, Eloheinu Melech HáOlam, Asher Kidushanu b’mitzvotav V’tzivanu l’hadlik
ner shel Shabat.“
“Bendito és Tu, Senhor, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste em teus mandamentos e
nos recomendaste acender a luz do Shabat.”
A mulher movimenta as mãos em torno das velas, ou em frente a elas, com movimentos ondulantes.
O Kidush é a prece de santificação do sábado, é recitada pelo homem, com o copo de vinho e
depois a bênção do pão sobre duas Chalot.
A BENÇÃO DO VINHO:
“Baruch Atá Adonai, Eloheinu Melech HáOlam, boré pri haagafen. Amém.“
A BENÇÃO DO PÃO:
“Baruch Atá Adonai, Eloheinu Melech HaOlam, hamotzi lechem
min haaretz. Amém.“
Os dias das Grandes Festas não têm um significado agrícola, contudo, seu apelo é de caráter
universal.
Muitos Judeus indiferentes quanto às suas responsabilidades para com o Judaísmo e a Comunidade
Judaica lotam as sinagogas nestes Dias de Temor. Talvez um senso inato de pertinência desperta
nestes Judeus para participar dos rituais destes grandes dias.
Este também é o sentido do significado histórico deles: Rosh Hashana como o aniversário da
Criação; Yom Kipur em termos do Fim de Dias.
O nome Shalosh Regalim deriva-se do verso Bíblico: "Três vezes manterá um banquete para
mim ao longo do ano" (Êxodo 23,14) Dentro da palavra "regalim", porém, também é expressa a
idéia de uma viagem a pé ou uma peregrinação, um elemento importante na celebração destes três
festivais.
"Três vezes todos os anos devem seus homens aparecer diante do Senhor seu Deus no lugar
que Ele escolherá, no banquete de Pessach, no banquete de Shavuot, e no banquete de Sucot
".
(Deuteronômio 16:16)
Páscoa no hebraico é Pessach que significa passagem ou passar por cima: "... é a Páscoa do
Senhor" (Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para ferir os egípcios..." (Ex.12:23), "É o sacrifício da
Páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos filhos de Israel..." (Ex.12:27)
O nome Pessach e´ inexato para designar a festa que é celebrada no dia 14 do mês de Nissan. Isto
se deve ao fato de que o nome Pessach se refere a um corban, ou seja, um sacrifício, que o povo
de Israel oferecia no Templo de Jerusalém, na véspera da festa, a fim de lembrar a salvação dos
primogênitos Judeus no passado, no Egito. Êxodo 12:1-8, 13, 14.
A festa ainda tem outro significado. A libertação do povo Judeu da escravidão egípcia para a plena
liberdade na terra prometida de Israel, como resultado direto deste ato de Deus, o qual passou por
cima das casas judias nas quais havia a marca do sangue, na hora que Ele feriu os primogênitos do
Egito.
A festa da Páscoa hoje reflete principalmente este significado, representa um valor Judaico que é
muito preservado: o amor à liberdade.
Assim, quando tomam a primeira taça do vinho na noite do Pessach, e é entoado o solene Kiddush
(a santificação da festa), dizem: “Bendito és tu, ó Senhor nosso Deus, Rei do Universo, o qual nos
escolheu dentre os povos, e nos exaltou acima das línguas, e nos santificou por Teus mandamentos.
E nos deste em amor, ó Senhor nosso Deus, estações de alegria, festivais e tempos de alegria, este
dia da Festa dos Pães Asmos, os tempos da nossa liberdade, uma santa convocação, como um
memorial da saída do Egito; pois tu nos escolheste e nos santificaste sobre todos os povos, e nos
fizeste herdar as solenidades em alegria e gozo. Bendito és Tu, Senhor, o qual santifica Israel nas
festas solenes “(Siddur)
A festa começa com a morte de um cordeiro como oferta pelo pecado (Ex.12:2,6), no dia 14 do mês
de Aviv (Lv.23:15; Ex.13:4), que significa espigas verdes.
Durante o exílio foi substituido pelo nome Nisan (Ne 2:1) que significa começo ou abertura.
Corresponde a março-abril em nosso calendário.
Os Judeus distinguiam duas tardes no dia: a primeira ia das 15:00 às 18:00 h., e a segunda se
iniciava ao pôr do sol (18:00 h.), indo até a escuridão da noite, aproximadamente às 19:00 h. (Mt
14:15 e 23).
O sacrifício da Páscoa era oferecido "no crepúsculo da tarde" (Lv.23:5; Nm.28:4,8). A passagem faz
referência à primeira tarde (15:00 às 18:00 h.). A segunda tarde, que se iniciava às 18:00 horas, e a
manhã, que tinha início às 06:00 horas, juntos formavam um dia (Gn 1:5).
Posteriormente Deus requereu que a Páscoa só fosse realizada em um local por Ele determinado
"Então sacrificarás como oferta de Páscoa ao Senhor teu Deus, do rebanho e do gado, no lugar que
O SEDER DO PESSACH
Nas duas primeiras noites de Pessach as famílias se reúnem para recitar a Hagadá, ao redor da
mesa do Seder. A Hagadá não é sómente o conto do êxodo dos Judeus do Egito, mas também a
encenação simbólica dos feitos históricos e os ensinamentos que deles se depreendem. A palavra
seder quer dizer em ordem.
O SEDER:
São os quatro copos de vinho (e mais um para Elias, o que há de anunciar a vinda do
Messias).
O prato (Keará) com os seis itens (e mais o sétimo, ou seja, a água salgada, fora do prato).
As três Matzot .
E a Hagadá.
Segundo a tradição, lembram os quatro verbos hebraicos que Deus usou quando ele prometeu a
libertação do povo Judeu do Egito: “Eu vos tirarei... vos livrarei... vos remirei... vos trarei para mim...”
(Êxodo 6:6-7).
1º copo - O copo da Santificação – Relembra aos israelitas que eles foram separados por Deus
como um povo santo, e que foram libertos da opressão do Egito, e livres para servirem o seu Deus,.
4º copo - Copo da Esperança - quando este copo é tomado, é cantado do Salmo 115 ao 118 (Hillel
= louvor) e também o Salmo 136. Este é o momento da esperança da vinda do Messias.
• Zeroá- osso da coxa do cordeiro ou de galinha, simboliza o cordeiro Pascoal e não é para ser
comido.
• Karpás – Salsão ou salada de verduras secas cortadas (rabanete, alface, almeirão e cebolão
sem tempero, para representar o trabalho árido do povo Judeu escravo.
• Chazeret- mais folhas amargas, com o mesmo significado do Maror, e será comido em
sanduíche
As ofertas de pães asmos não poderiam conter sangue, porque o sangue era
derramado pelo pecado (Ex.23:18; 34:25) e esta oferta deveria ser
apresentada como "aroma agradável ao Senhor" (Lv 23:13).
Os Hebreus deveriam celebrar a festa dos pães asmos durante sete dias, nos quais deveria comer
pão não levedado, pão sem fermento, para lembrarem o livramento do povo de Israel das mãos dos
egípcios.(Ex.12:15-20; Nu 28:17- 25).
Em todo Israel não se encontra qualquer tipo de alimento que contenha fermento para se comprar ou
em restaurantes para se comer. Durante os 7 dias da Festa dos Pães Asmos os pães são
substituídos por matza.
A palavra Primícias no hebraico é bicurim. A Festa das Primícias era comemorada três dias e três
noites depois da Páscoa (Lv.23:12), quando as primícias da terra eram ofertadas ao Senhor, e 49
dias antes do Pentecostes.
Deus requeria apenas um molho de cevada. A Festa das Primícias é também designada "... festa
das segas dos primeiros frutos (Ex.23:16)."
O uso do fermento era proibido na Festa dos Pães Asmos e na Festa da Páscoa, porém esrava
liberado na Festa das Primícias (Lv 23:17,18).
O fermento é considerado pelas Escrituras como tipo da presença da impureza e do mal (pecado)(Ex
12:15,19; 13:7; Lv.2:11; Dt.16:4; Mt.16:6,12; Mc.8:15; Lc.12:1; ICo.5:6-9; Gl.5:9). Portanto os dois
pães levedados a serem movidos representam Israel e os gentios formando a Igreja.
Comemorada após cinquenta dias ou sete semanas, recebeu também o nome de Festa das
Semanas = Hag Shavuot (Ex.34:22; Dt.16:10), ou Dia das Primícias = Yom HaBikurim (Ex.23:16;
Nm.28:26). Shavuot é a festa do recebimento da Torah, festa judaica que comemora o dia em que
Moises recebeu os 10 Mandamentos no Monte Sinai (Compare Ex.19:1,11 com Ex.12:6,12).
Enquanto os pães asmos eram sem fermento, os pães desta oferta continham fermento (Lv 23:16-
18), e deveriam ser movidos com os pães das primícias perante o Senhor (Lv.23:20).
Pentecostes comemora então a vinda do Espírito Santo, que foi dado cinquenta dias após a
ressurreição de Cristo (A Palavra Viva).
Assim como a lei foi dada nesse período, no tempo do Antigo Testamento, para o povo de Israel, o
Espírito Santo foi dado, também nesse período, para a Igreja (IICo.3:3-11).
Os 120 discipulos (At.1:15) reunidos no dia de Pentecostes, sobre os quais caiu o Espirito Santo,
representavam a colheita dos primeiros frutos (Rm.8:23; Tg.1:18; Ap.14:4; Mt.13:30; 21:34).
Era comemorada no sétimo mês, o mês de Etanim (IRs.8:2), que mais tarde passou a chamar-se
mês de Tishri, e corresponde a Setembro ou Outubro.
Na festa de Rosh Hashanah toca-se o Shofar (chifre de carneiro), o tocar do Shofar é o anúncio do
agir de Deus, algo vai acontecer , um dia perante o Senhor estaremos por isso é necessário
estarmos preparados, é uma festa escatológica. O seu nome será escrito no Livro da Vida. Êxodo
32:31-33; Salmos 56:8; Apocalipse 3:5; Apocalipse 21:27.
O dia do Ano Novo Judaico não é apenas uma ocasião de alegria, mas um dia dedicado à oração. É
chamado Yom Teruá (dia do toque do Shofar) quando todas as criaturas são julgadas pelo
Criador de acordo com seus méritos.
Da mesma forma que o sétimo dia é santificado pelo descanso e pela adoração, assim também o
sétimo mês do ano é santificado por três festas: FESTA DAS TROBETAS, DIA DA EXPIAÇÃO E
FESTA DOS TABERNÁCULOS.
A Festa das Trombetas era um dia de descanso solene, no qual as trombetas eram tocadas a fim de
reunir Israel (Nm.10:10). Neste dia comem-se coisas doces em antecipação de um ano doce
(tradicionalmente maçãs com mel).
Entre Rosh Hashaná e Yom Kipur, segundo a tradição Judaica, Deus julga o mundo. É um período
marcado por profunda reflexão e arrependimento e pelo compromisso de adotar condutas e posturas
que nos tornem seres humanos melhores.
O Dia da Expiação era comemorado anualmente para fazer purificação dos pecados
(Lv.16:16,30,33).
O sacerdote entrava no Santuário apenas uma vez por ano (Lv.16:2; Ex.30:10; Hb.9:7,25).
O texto de Levítico dá ênfase à maneira como Israel deveria observar este dia: "...afligireis as
vossas almas..." (Lv.23:27). No Yom Kipur todos os Judeus fazem jejum por 24 horas para afligir o
corpo e a alma. Certamente, está em evidência nesta passagem, o caráter profético que prevê o
futuro arrependimento de Israel.
Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê (Moisés) orou e, no dia dez do mês hebraico de Tshrei,
Deus concedeu pleno perdão ao povo Judeu.
Yom Kipur – o Dia do Perdão – é celebrado no décimo dia do mês Judaico de Tishrei. É o dia mais
sagrado do calendário Judaico, uma data mencionada na Torá como o “Sábado dos Sábados”,
Shabat Shabaton. A Torá ordena guardá-lo de acordo com todas as leis que estipula, “ ... porque
naquele dia se fará expiação por vós, para purificar-vos ; e sereis purificados de todos os vossos
pecados perante o Eterno” (Levítico 16:30)
Segundo o Talmude (doutrina e jurisprudência da lei mosaica escrito por antigo rabinos), o poder de
perdão para os erros cometidos não se aplica às ofensas cometidas contra o próximo: “As
Quando uma pessoa perdoa outra, isto se deve a um sentimento de amizade e amor que anula o
efeito de qualquer mal que tenha praticado. Do mesmo modo, o amor Divino é expressão de Seu
amor eterno e incondicional.
Os Judeus crêem que o Yom Kipur é o único dia em que Deus se revela mais claramente e que a
essência judia e a de Deus são uma só.
É costume os pais abençoarem os filhos, pedindo que estejam selados no Livro da Vida, e que em
seus corações permaneça sempre o amor a Deus.
Nesta festa os Israelitas habitavam em cabanas ou tabernáculos (Lv.23:42) durante uma semana
(Lv.23:42). Essas cabanas eram feitas de ramos de árvores (Ne. 8:14-18).
A Festa dos Tabernáculos, também conhecida como Festa das Colheitas porque marcava o início
da colheita do outono de frutas e azeitonas (Ex.23:16), durava do 15° ao 22° dia do sétimo mês
(setembro-outubro), e era comemorada uma vez por ano (Lv.23:41).
Ainda hoje todos os Judeus fazem cabanas no lado de fora de suas casas e estabelecimentos
comerciais. Se moram em apartamentos, as varandas são fechadas para se tornarem tendas.
Durante os dias de Sucot é costume fazer as refeições dentro das sucot (tendas/cabanas) e até
dormir dentro delas.
Durante a Festa dos Tabernáculos, peregrinos do mundo todo, Judeus e Cristãos, enchem as ruas
de Jerusalém todos os anos.
O livro do profeta Zacarias nos ensina que durante o milênio todas as naçãos da Terra participarão
desse festival anual.
“Então todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em
ano para adorarem o Rei, o Senhor dos exércitos, e para celebrarem a Festa dos Tabernáculos. E se
alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos exércitos, não
cairá sobre ela a chuva. E, se a família do Egito não subir, nem vier, não virá sobre ela a chuva; virá
a praga com que o Senhor ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.
Esse será o castigo do Egito, e o castigo de todas as nações que não subirem a celebrar a Festa dos
Tabernáculos.” (Zec 14:16-19)
CHANUKÁ
Desde a histórica vitória dos macabeus , que ocorreu em 165 antes da Era Comum
, celebra-se a Chanuká. Após três anos de guerra, os macabeus conseguiram
derrotar aqueles que queriam impor restrições às práticas religiosas judaicas,
reconquistaram o Templo Sagrado de Jerusalém, que havia sido profanado por
imagens e práticas pagãs, e restauraram as tradições de seus ancestrais.
Esta festa dura oito dias. Nesta ocasião celebram-se ações de Graças.
Costumes:
PURIM:
A festa de Purim, celebrada no décimo quarto dia de Adar, é o dia mais alegre do calendário
Judaico.
Em Purim celebram a milagrosa salvação dos Judeus da Pérsia, que lá foram exilados após a
destruição de Jerusalém por Nabucodonozor. O nome da festa advém da palavra persa “pur”, que
significa “sorte”. Comemorando assim o livramento do povo Judeu nos dias da Rainha Ester
(Hadassah).
No tempo do Rei Assuero, os Judeus que viviam no império Persa correram perigo de morte, por
culpa do ministro Haman. Eles foram salvos, pela rainha Ester e por Mordecai, o justo.
Durante o dia de Purim as pessoas saem as ruas fantasiadas com máscaras, perucas ou com o
rosto pintado, para comemorar a liberdade do povo Judeu com dança, música, confeti e serpentina,
cornetas, etc. O Purim relembra muito o antigo carnaval de rua no Brasil.
OUTRAS FESTAS:
YOM HÁ-ZICARON – O dia da Recordação , quando são lembrados os civis e militares que
morreram na Guerra da Independência de Israel, em 1948, é comemorado um dia antes do
Dia da Independência.
AS FESTAS BÍBLICAS
1 - BRIT MILÁ
Todo pai deve seguir o preceito bíblico de circuncidar o seu filho no oitavo dia de nascimento, tal
como Deus ordenou a Abraão.
Foi praticada pela primeira vez por Abraão, em si próprio, em seu filho Ismael e em todos os homens
de sua casa como Deus lhe ordenou:
"Guardarás a Minha Aliança tu e tua posteridade nas gerações futuras... Todo homem entre vós será
circuncisado no oitavo dia do seu nascimento" (Gênesis 17:9-12).
Através da Brit Milá um menino se identifica como Judeu logo no início de sua vida e permanece ,
por toda ela, ligado à sua fonte.
O ritual da Brit Milá "pacto da circuncisão", é executado dentro das mais perfeitas normas de
higiene por uma pessoa especializada, o mohel, o qual, de acordo com a lei judaica, deve ser um
Judeu rigorosamente praticante. Além da criança e do mohel, participam da cerimônia, o pai que
recita uma benção especial e o sandak (padrinho), que segura a criança no colo durante a
circuncisão. Nesta ocasião dá-se ao menino o nome hebraico.
A Brit Milá marca o ingresso do menino na comunidade dos filhos de Israel. É o primeiro passo para
a integração da criança na tradição religiosa de seus pais.
A prática tem sido mantida pelos Judeus através dos séculos, mesmo nas circunstâncias mais
adversas. É um dos preceitos que mais contribuiu para preservar a unidade e a particularidade do
povo Judeu.
• O Kvater (acompanhante) pega o bebê e o entrega aquele que levará até ao Kissê shel
Eliahu ( a cadeira do profeta Elias, espiritualmente presente à cerimônia)
essa ocasião o jovem é chamado pela primeira vez para ler um trecho da Torá e/ou recitar as
bençãos antes e depois da leitura.
Cada Bar-Mitzvá constitui um renascimento simbólico da fé judaica, uma reafirmação dos valores e
das tradições sobre os quais repousa o futuro do povo Judeu.
Para assinalar a passagem de status do rapaz, para a maioridade religiosa, ele é convocado à leitura
da Torá. No ínicio da cerimônia, ele coloca o seu talit, recitando a bênção apropriada seguida de
Shehe’heianu; coloca o Tefilin no braço esquerdo, com a bênçao e, finalmente, o tefilin da cabeça.
3 - PIDION HA-BEN
No princípio Deus instruiu a Israel que os filhos primogênitos fossem consagrados ao sacerdócio
(Nm .8:17), como parte do conceito de que todas as primícias pertencem a Deus.
É realizado no trigésimo primeiro dia após o nascimento do primogênito, filho varão nascido de uma
mãe que não seja filha de um Cohen ou Levi.
4 - CASAMENTO
Os casamentos Judaicos também não são celebrados no Shabat por dois motivos básicos. Primeiro,
a cerimônia nupcial é uma espécie de contrato, através do qual os noivos assumem uma série de
compromissos mútuos, e a lei judaica não permite nenhum tipo de "transação comercial" no Shabat.
Depois porque a tradição proíbe que sejam comemoradas duas alegrias no mesmo dia. Como o
Shabat em si já é considerado uma simchá (uma alegria), não se pode acrescentar a este dia festivo
a alegria do casamento. O mesmo é válido para os principais feriados Judaicos.
Também não se celebram casamentos durante o Omer, o período entre Pessach e Shavuot porque
no século 11 da Era Comum, no período entre Pessach e Shavuot, Bar Kochba e os discípulos de
Rabi Akiva que o apoiavam sofreram uma grave derrota em sua rebelião contra os exércitos
Romanos. O Talmud descreve esse episódio não como uma derrota militar, mas sim como uma
A família representa o núcleo da sociedade judaica. Por isso os sábios fizeram leis relacionadas com
a vida familiar, cujos fundamentos dizem respeito à integridade,
individualidade e sentimentos de cada família.
5- MORTE E LUTO
De acordo com a tradição mística judaica, a pessoa quando morre encontra-se com o Criador. E
seria indecoroso contemplar a Presença Divina ao mesmo tempo em que se observa nas coisas
mundanas. Fechando os olhos do falecido para o mundo físico, permitimos que ele os abra para a
paz do mundo espiritual. Geralmente é o filho quem pratica este ato, em lembrança das palavras
confortantes de Deus ao patriarca Jacob: "Teu filho José colocará as mãos sobre teus olhos"
(Gênesis 46:4).
Logo após o falecimento, o corpo é coberto, pois segundo a tradição judaica considera que deixar o
corpo à vista uma violação do princípio de "kevod ha'met", respeito pelos mortos.
Mais ainda, se deixassem os corpos expostos, estariam limitando a perspectiva deles a realidade
física da morte. Cobrindo-o, tentam conservar na memória a imagem da pessoa em vida, e alargam
a visão para abranger uma dimensão espiritual.
A lei Judaica ordena que o corpo seja sepultado o mais breve possível, de preferência no mesmo
dia. Esta regra deriva de uma injunção bíblica no caso de um criminoso ser condenado a pena de
morte e enforcado numa árvore: "Seu cadáver não poderá permanecer ali durante a noite, mas tu o
sepultarás no mesmo dia" (Deuteronômio 21:23). Uma exceção é feita no Shabat, durante o qual não
se pode realizar o enterro. Adiar o sepultamento é visto como um desrespeito para com o morto e
uma interferência nos planos do Criador. Segundo as fontes místicas judaicas, a alma só descansa
depois que o corpo é enterrado.
O morto deve ser envolto por um sudário branco (tra’hrihim) depois de ser lavado e purificado.
A instituição da Shivá tem como finalidade dar à família forças psicológicas e espirituais para
continuar depois da perda de um ente querido. O enlutado não está só; muito pelo contrário, ele faz
parte da 'comunidade' dos "enlutados de Sion". É esta consciência de grupo que lhe dá conforto, que
lhe permite emergir fortalecido, preparado para enfrentar as vicissitudes da vida, e pronto para
reassumir suas responsabilidades perante o seu povo.
Trata-se de um costume relativamente recente (datando da Idade Média), que pode ser explicado de
várias maneiras:
Outra razão é que a função básica do espelho relaciona-se diretamente com a vaidade pessoal, e
esta contraria o espírito do luto, especialmente durante os primeiros dias, quando o enlutado deve se
abster de fazer a barba, cortar o cabelo, enfeitar-se, etc.
Finalmente, o espelho reflete a imagem da pessoa sómente se ela estiver físicamente presente
diante dele. Ao cobrirem os espelhos na casa dos enlutados, demonstram simbolicamente que
mesmo sem a presença física daquele ente querido que partiu, sua imagem continua real e viva.
Longe dos olhos, não longe do coração.
O Shemá é dito diáriamente, três vezes ao dia, nas rezas de Shacharit, Arvit e antes de dormir.
• O primeiro de Deuteronômio 6:4-9. “Ouve ó Israel, o Senhor é nosso Deus, Deus é Um.”
Continua dizendo que se deve amar a Deus e dedicar a vida ao cumprimento de Sua
Vontade.
2 - MEZUZÁ
Fixa-se a Mezuza no lado direito dos portais de todas as habitações em que vivem os Judeus.
Fazendo lembrar aos moradores e visitantes, logo na entrada, quem é o Criador de tudo o que
somos e possuímos, e recordar o mandamento de se observar a Toráh tanto em casa como fora
dela.
Tefilin, ou filatérios, são duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira de couro, e dentro
das quais está contido um pergaminho com os quatro trechos da Torá que deram origem ao uso
dos filatérios.
Um deles diz: "Escuta, ó Israel, o Eterno e nosso Deus, o Eterno é único. Amarás
ao Eterno, teu Deus, de todo teu coração, de toda tua alma e de todas tuas forças.
E estas palavras que hoje te ordeno serão gravadas no teu coração (...) E as
atarás à tua mão como sinal, e as colocarás diante dos teus olhos" (Deuteronômio
6:4-8).
Desta forma, é mostrado simbolicamente que a devoção a Deus está presente em nossos atos, em
nossos sentimentos e em nossos pensamentos.
4 - TZITZIT – TALIT
Nos tempos bíblicos, o talit era um manto retangular de lã ou linho, com franjas nos
quatro cantos, usado diariamente pelos homens Judeus, em cumprimento ao
mandamento divino:
"E dirás aos Filhos de Israel que façam franjas (tzitzit) nas bordas de suas vestes,
por todas as gerações" (Núm. 15:38).
Após o exílio dos Judeus da terra de Israel e sua dispersão, o talit deixou de ser uma
parte do vestuário cotidiano e passou a ser usado apenas na hora das orações. Os
ortodoxos, em cumprimento a injunção bíblica, usam permanentemente sob a camisa
um pequeno talit (talit katan).
Orar envolto no talit denota simbolicamente uma sujeição à Vontade Divina e aos sagrados
mandamentos da lei judaica, e a consciência de que Deus está em toda parte, nos quatro cantos do
mundo, assim como os "fios visíveis" nos quatro cantos do talit.
No passado, quando o talit se tornou um xale de orações, a lei determinou que seu uso só seria
obrigatório para os homens casados. Mas na época moderna, é costume os rapazes começarem a
usá-lo na oração da manhã ou ao celebrarem o Bar Mitzvah.
5 - KIPÁ
Kipá é um solideu que os Judeus usam tanto dentro como fora da Sinagoga.
O homem foi criado "à imagem de Deus". Portanto, ele deve vestir-se com dignidade. A cabeça,
como fonte da moral, representa a parte mais importante do corpo humano. Cobrindo a cabeça,
somos lembrados da onipresença divina, e conscientizamo-nos de que a humildade é a essência da
religião.
A verdade é que ninguém sabe ao certo como, quando e por que surgiu o costume. Durante muito
tempo, as autoridades religiosas não consideravam obrigatório o uso da kipá.
Somente no século XIX, face ao perigo da assimilação, os Judeus ortodoxos
adotaram a kipá como símbolo da particularidade judaica, e fizeram do costume
uma lei.
Cobre -se a cabeça com a kipá em sinal de respeito a Deus. E tal respeito não
se restringe apenas àqueles momentos esporádicos na sinagoga. Deus deve
estar sempre presente em nossos pensamentos e ações no dia-a-dia, no lar, na
escola, no trabalho.
É por isto que os Judeus ortodoxos mantêm a cabeça sempre coberta: como lembrança de que a
presença de Deus paira constantemente sobre nós.
A palavra "Kidush" significa "santificação". No contexto do Shabat e outros dias festivos, refere-se a
uma benção especial recitada sobre o vinho.
O Quarto Mandamento nos ordena "lembrar o Shabat, para santificá-lo". E como santificamos o
Shabat? Recordando os dois eventos com os quais a observância do Shabat está relacionada na
Torá: a Criação e o Êxodo.
A bênção é recitada no lar antes das refeições festivas. É também cantada na sinagoga, para que os
forasteiros que estejam passando o Shabat ou o feriado longe de seus lares também tenham a
oportunidade de escutá-la.
O vinho, como símbolo de vida e alegria, é o elemento mais apropriado para a santificação do
Shabat. Entretanto, por uma questão de sensibilidade para com aqueles que não podiam se dar ao
luxo de comprar vinho, os rabinos declararam que o Kidush também pode ser recitado sobre as
chalot, os pães de Shabat.
A própria Torá explica, em linguagem simples e direta, a razão das leis alimentares: "Pois Eu sou o
Senhor, vosso Deus. Vós vos santificareis (...) e não vos contaminareis (...) Sereis santos porque Eu
sou santo" (Levítico 11:44-45).
O Judeu tem que se abster de comê-los simplesmente porque a lei divina é suprema, mesmo que
esteja além dos limites da compreensão humana.
A única razão para as leis de kashrut é o conceito ético de santidade, e a santidade pode e deve ser
ressaltada mesmo nos aspectos mais mundanos do dia-a-dia. Nenhum ato é insignificante.
Isto é Kedushá, santidade: "Farás da tua mesa um altar ao Senhor" (Talmud Brachot 55a).
7 - TEFILOT (Orações)
Nas sinagogas, fora de Jerusalém, os Judeus se reuniam para a leitura da Torá, após a leitura cada
um dirigia a Deus suas orações particulares.
Após a destruição do Templo (nos anos 70 da nossa era, pelos romanos), a oração substituiu os
sacrifícios. Certas orações só podem ser ditas em público.
8 - AS BRACHOT (Bênçãos)
Além das preces fundamentais, uma série de bênçãos (Brachot) acompanha os diferentes atos da
vida social e particular dos Judeus.
Todas as brachot começam do mesmo jeito: Baruch atá Adonai Eloheinu Melech ha-olám
(Bendito sejas Tu, Senhor nosso Deus, rei do universo), afirmando assim que Deus, ao qual se dirige
como um pai, chamando-o de “Tu”, é nosso Deus, de Israel, e rei do universo e dele provem tudo
aquilo que nós temos e damos graças por.
A maioria das brachot seguem dizendo: She asher kidushanu b’mizvotav ve tzivanu... (Que nos
santivica através dos Seus mandamentos e nos comanda à...) afirmando que a nossa santificação
acontece conforme nós buscamos e aplicamos a Palavra de Deus nas nossas vidas.
9 - A TORÁ
A Torá é composta dos cinco livros de Moisés (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio).
Os primeiros dois mandamentos foram pronunciados por Deus, mas o povo não aguentou o
tremendo impacto; era como se suas almas fossem abandonar seus corpos, e então Moshê, o líder
que guiou o povo Judeu do deserto até se aproximar da terra de Israel, prosseguiu com os outros
mandamentos.
A Torá é dividida em 54 parashot, que se lê no decurso de um ano, em cada sábado é feita uma
leitura.
Desde tempos remotos, as leis de Moisés constituíram o sistema jurídico, segundo o qual o povo de
Israel vivia. De fato, durante muitas gerações, no tempo dos Juizes e na época do Primeiro Templo,
o povo nem sempre observou todas essas leis, porém esse fato não significava a substituição deste
código de leis por outro.
O estudo da Torá e o seu cumprimento nunca foi interrompido, mesmo em épocas de sofrimento ou
miséria. E paralelamente à Lei Escrita, desde o princípio, surgiu a Lei Oral.
Sobre o início e o desenvolvimento da Lei Oral temos pouco conhecimento, pois sabemos muito
pouco sobre a vida espiritual na época do Primeiro Templo e nas épocas que o antecederam. No
entanto, através de vários indícios que se encontraram no texto bíblico, podemos perceber que
existia paralelamente com a Lei Escrita, também a Lei Oral, cujo objetivo era esclarecer, explicar e
complementar.
Em primeiro lugar, a Lei Oral existe pela própria transmissão das palavras, pela conservação do
estilo e o estudo da sua linguagem. Qualquer coisa que se encontra na Lei Escrita, qualquer palavra
tem que ser explicada às pessoas da geração seguinte.
Em relação às palavras comuns ou corriqueiras, isso é feito naturalmente pela própria transmissão
da linguagem falada de uma geração a outra.
Palavras mais raras, nomes de objetos, plantas e animais nem sempre seriam compreendidas se a
tradição oral não os tivesse preservado.
Se nos Dez Mandamentos é dito: "E o sétimo dia o descanso para o teu Deus, não farás, nenhum
trabalho" (Êxodo: 26), sempre se levanta à questão: o que pode ser incluído na categoria de trabalho
Porém, em cada geração, são levantadas questões em relação a coisas sobre as quais o indivíduo
não recebeu instruções de seus pais e mestres, então existe a necessidade de saber qual é a
definição adequada para cada tópico.
Outro aspecto da Lei Oral que acompanha a Lei Escrita, e que deve ser salientado, pertence às leis
que e baseiam sobre algum costume conhecido, ou coisas conhecidas pelo público em geral, mas
que não se encontram de maneira alguma no próprio texto, e sim na tradição oral.
Por exemplo, sobre o abate dos animais é dito: "E sacrificarás... como te ordenei'' (Deuteronômio
12:21), estes preceitos são restabelecidos pela própria tradição oral transmitida de geração a
geração. Ou ainda, se dito na Torá que aquele que se divorcia da mulher "deve-lhe escrever um
termo de divórcio” (Deuteronômio 24;3), fica claro que existem certas maneiras de lavrar esse
divórcio e que esse "termo de divórcio" é um procedimento aceito. Todas essas coisas pertencem ao
âmbito da Lei Oral, e que deve ser transmitida e lembrada a fim de que a pessoa saiba o que deve
ser feito para cumprir a Lei Escrita.
O aluno que aprende do seu pai, ou do seu mestre, recebe junto com as leis escritas, também os
esclarecimentos e as explicações de como aplicar as leis e qual é o significado de todos os conceitos
e palavras que por si só não são compreensíveis. Assim como todas as outras leis, as leis da Torá
também requerem contextos nas quais elas serão esclarecidas e explicadas.
Na própria Torá é dito que, em todas as épocas serão levantadas questões que não poderão ser
respondidas por pessoas simples através da mera leitura da Torá, mas que necessitaria de
orientação de pessoas encarregadas de ensinar todo o povo.
"Quando alguma coisa te for difícil demais para julgar, casos de homicídio, impurezas, demandas,
outras questões de litígio, então te levantarás e subirás ao lugar que o Senhor teu Deus escolher.
Virás aos levitas sacerdotes, e ao juiz que houver nesses dias; inquirirás e te anunciarão a sentença
do juízo" (Deutoronomio 17:8-9).
Esdras, o escriba, é o primeiro de cujo nome tomamos conhecimento, de uma longa lista de sábios
da Torá, cuja função era estudar e entender a Torá. Conhecê-la e explicá-la a todo o povo. Sobre
Esdras, o escriba, há o seguinte testemunho: “E ele, um escriba ágil na Lei de Moisés dada pelo
Deus de Israel". A missão da qual ele se incumbiu, é a mesma de todos os mestres da Torá das
gerações seguinte: “pois Esdras preparou o seu coração para estudar a lei do Senhor, para cumprir
e ensinar em Israel os estatutos e os juízos" (Esdras 7,10). Esdras então representa, o início de uma
época, a época dos escribas anônimos, período chamado na história de Israel de "Época da Grande
Assembléia".
A obra dos homens da Grande-Assembléia está relacionada com a atividade dos sábios daquele
tempo, os quais eram chamados de "enumeradores", "escribas" e, segundo o Talmude, eles se
denominavam assim "porque contavam todas as letras da Torá" (Sanehedrin 106, b). Essa
enumeração não deve ser compreendida no seu sentido literal restrita aos homens da Grande
Assembléia, que foram aqueles que coletaram as escrituras sagradas, e foram eles que
determinaram que livros entrariam no Cânon, que capítulos entrariam em cada livro e qual a versão
exata de todos os livros sagrados.
A fixação final do texto do Antigo Testamento, pelos homens da Grande Assembléia marca o
começo da época do domínio da Lei Oral e do seu desenvolvimento.
Foram os escribas que fixaram os métodos básicos do "estilo da Halakhá” (Talmud Jerusalemita/
Shededuzir, 5;A) ou seja, o procedimento e métodos pelos quais se podia deduzir as leis práticas a
partir das escrituras, tais como: conciliar textos aparentemente contraditórios entre si, como
compreender passagens herméticas e como se deve analisar e resolver problemas novos através do
estudo das escrituras. E, sobretudo, estabeleceram as diversas formas, de organização do imenso
material oral a fim de possibilitar a sua transmissão de forma correta e seu estudo de maneira
metódica.
Os homens da Grande Assembléia estabeleceram formulas fixas de oração (a reza das “dezoito"
bênçãos, que é a principal oração da liturgia judaica até hoje, foi formulada essencialmente pelos
homens da Grande Assemb1éia), bênçãos e muitos outros costumes.
A época da Grande-Assembléia foi então a grande fase do estabelecimento de bases da Lei Oral e
da formação do modelo espiritual do povo de Israel para as gerações vindouras.
O anonimato dos sábios daquela época prova que, no fundo, os escribas agiam como um corpo
único sendo que seu objetivo era chegar a conclusões que fossem aceitas por todos sob a
autoridade de uma instituição espiritual superior(A própria Grande-Assembléia, o Sinédrio ou o
Conselho de Setenta Anciãos). A sua edição foi preparada pelo Rabino Yehuda Ha Nassi e seus
colegas. A preparação foi terminada por volta de 219 d.C.
11 – MIKVA
O que é TaNakh ?
Torá (Pentateuco)
Neviim (Profetas)
Ketuvim (Escritos)
Em João 8:58 lemos: “Disse-lhe Yeshua: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse, eu sou”.
Esta declaração de Yeshua prova que na eternidade Deus o Pai não estava só, pois Yeshua também
existiu em toda a eternidade. Vamos encontrá-lo, na Bíblia, desde o primeiro capítulo de Gênesis,
onde, com o Pai toma parte na criação do homem. E disse Deus:
Toda vez que o Antigo Testamento usa a palavra SALVAÇÃO (especialmente com o sufixo hebreu
significando, meu, teu ou seu., e muitas vezes quando a palavra é impessoal, é exata e
absolutamente a mesma palavra YESHUA (Jesus) usada em Mateus 1:21.
Lembremo-nos de que o anjo falou a Maria. Ele falou em hebraico, ou aramaico, mas nem Maria
nem José foram tardios em perceber o significado do NOME deste FILHO divino e o relacionamento
com o Seu caráter e a Sua obra de salvação, pois no TaNaKh todos os personagens importantes
tinham nomes com significado específico e especial. Portanto, quando o anjo falou a José, marido de
Maria, ele entendeu realmente o que o anjo disse:
“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Yeshua (Salvação), porque Ele salvará o seu povo
dos pecados dele”.
Isaías 62:11 - Literalmente: “Eis que Iavé fez ouvir até as extremidades da terra: Dizei à filha de Sião:
eis que vem o Yeshua (Jesus); vem com ele a recompensa, e diante dele o seu trabalho.” Salvação
neste texto é uma pessoa e não uma coisa, nem um acontecimento.
“E chamarás o Seu nome SALVAÇÃO (YESHUA = JESUS), pois Ele salvará o Seu povo dos
pecados dele” (Lucas 2:29- 30).
2- AS PROFECIAS E YESHUA
O povo Judeu que aceita Yeshua como o seu Messias se completa ( Rm 9:4,5; 11:1).
A Bíblia prova que Yeshua é o Messias, mas Ele continua somente sendo aceito pela fé. (Rm 10:9)
1 A traição ao Messias pelo Sal 41:9 Até o meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto
seu próprio amigo confiava, e que comia do meu pão, levantou contra mim o seu
calcanhar.
Mar 14:10 Então Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os
principais sacerdotes para lhes entregar Jesus. (Ler tb o verso
11)
2 O Messias abandonado Zac 13:7 Ó espada, ergue-te contra o meu pastor, e contra o
pelos seus díscipulos varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos exércitos;
fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a
minha mão para os pequenos.
Mar 14:50 Nisto, todos o deixaram e fugiram. (Ler a partir do
verso 42)
3 O preço pago pela traição Zac 11:12 E eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos,
dai-me o que me é devido; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois,
por meu salário, trinta moedas de prata.
Mat 26:14-15 Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes,
foi ter com os principais sacerdotes, (15) e disse: Que me
quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta
moedas de prata.
4 No que o dinheiro da Zac 11:13 Ora o Senhor disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse
traição seria usado belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta
moedas de prata, e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor.
Mat 27:3-10 Então Judas, aquele que o traíra, vendo que Jesus
fora condenado, devolveu, compungido, as trinta moedas de
prata aos anciãos, dizendo: (4) Pequei, traindo o sangue
inocente. Responderam eles: Que nos importa? Seja isto lá
contigo. (5) E tendo ele atirado para dentro do santuário as
moedas de prata, retirou-se, e foi enforcar-se. (6) Os principais
sacerdotes, pois, tomaram as moedas de prata, e disseram: Não
é lícito metê-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.
(7) E, tendo deliberado em conselho, compraram com elas o
campo do oleiro, para servir de cemitério para os estrangeiros.
(8) Por isso tem sido chamado aquele campo, até o dia de hoje,
Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão
escritos neste livro; estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (João 20:30-31)
Nós precisamos conhecer bem qual a intenção do nosso coração. A boca fala do que o coração está
cheio. Queremos realmente levar a Salvação (Yeshua) aos Judeus?
• É uma questão sincera (devemos responder apenas o que é perguntado e não mais).
“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra
que eu te mostrarei. E Far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e
tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem;
e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
Romanos 1:16
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê; primeiro do Judeu, e também do grego.”
Isaías 56:6-8
“E aos filhos de estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do
Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que
abraçarem a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de
Importante!!!
Durante a história de quase dois mil anos os Judeus sofreram grandes atrocidades, durante a
diáspora (exílio de sua terra natal), e não foram executadas por mulçumanos, ateus ou comunistas,
mas foram afrontas desencadeadas em nome de Cristo e sob o sinal da cruz.
O domínio dos cristãos (cruzadas) em Jerusalém deixou a marca do extermínio de Judeus, sem
distinção de idade e sexo. Os horrores da inquisição foram praticados com o pensamento de
“destruir os corpos e salvar as almas”.
Os Escritos de Lutero contra os Judeus inspiraram os alemães no seu infame holocausto de seis
milhões de Judeus. “Morte aos assassinos de Cristo” é um grito gravado na memória dos Judeus, de
todos os lugares de geração em geração.
- Primeiramente tenho que ter um coração puro cheio de compaixão e amor pela pessoa
com quem estarei compartilhando as Boas Novas.
- Devo orar diariamente para que Deus através de Yeshua HaMashiach, revele a
verdadeira paz ao povo Judeu.
- Orar para que Deus nos mostre pessoas com corações sedentos e famintos; devemos
orar para que Deus prepare estas pessoas para que a semente seja lançada em terra
fértil.
Importante...
Precisamos ser pacientes se a pessoa demonstrar algum interesse, e não devemos bombardeá-la
com excesso de informações sem amor, para que possamos ganhar esta alma para o reino.
3 - PASSAGENS ÚTEIS:
Estas passagens falam sobre a salvação dos gentios para que este provocasse ciúmes no povo
Judeu e a exclusão parcial do povo Judeu a fim de reconciliar os gentios com Deus.
Como compartilhar o novo nascimento (esta expressão não é entendida pelos Judeus, portanto é
melhor que usemos “um relacionamento íntimo e pessoal com Deus”)
Ez.36:25-27: “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas as vossas
imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro
de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de
carne. E Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os
meus juízos e os observeis.
Jeremias 31:34, Jeremias 32:38-40, Isaías 54:13, Ezequiel 11:19-20;36:25-27; Efésios 3:12;
Hebreus 4:16;10:19-22 compare com: Hebreus 10:14-17
Nota: Precisamos entender que todos nós crucificamos Yeshua com os nossos pecados.
Os Judeus não precisam mudar suas tradições a fim de se tornarem seguidores de Yeshua. Quero
dizer, eles podem continuar a celebrar e guardar o Shabat e toda a tradição judaica. Diferente das
tradições de outros povos, as tradições judaicas são baseadas na Bíblia. Claro que há muita mistura
de fontes rabínicas, portanto qualquer tradição que tenha raiz bíblica pode ser mantida pelo Judeu se
ele quiser.
Um Judeu nunca deixa de ser Judeu (sua descendência sanguínea desde Abraão.)
Um Judeu nunca deixa de ser Judeu mesmo quando aceita o Mashiach, contudo, como Pedro e
todos da Bíblia, eles se tornam Judeus completos, espiritualmente unidos ao Deus de Israel por uma
aliança de sangue através do Mashiach.
Quando ele aceita a promessa da salvação através do Mashiach, ele não só é um Judeu por
descendência Abraãmica, mas se completa, porque participa da aliança de Deus pela promessa de
Yeshua e pela ação do Espírito Santo.
É preciso convencer ao Judeu que quando encontra o Messias, ele se torna mais Judeu que antes.
Ele não abandona, nem joga fora os valores do judaismo, nem perde a sua identidade. Ele agora
pode, pelo contrário, se considerar mais Judeu que antes, porque agora ele aceitou o maio valor do
Judaísmo: O Messias Judeu.
Precisamos esclarecer (se necessário) a diferença entre o cristão nominal (católico, protestante, etc.)
e o verdadeiro seguidor de Yeshua, pela aliança do sangue através da fé (Nascido de Novo), aquele
que segue o Messias em Espírito e em Verdade, e não aquele que é meramente freqüentador de
Igreja.
Procure ganhar a sua confiança. Demonstre sempre amor desinteressado e compreensão. O amor
derruba qualquer preconceito. O amor vence qualquer barreira.
Nunca diga que o Judaísmo é uma religião errada, e o Cristianismo é superior. Sem Judaísmo, não
haveria Cristianismo! (Romanos 11:16-18)
Mostre que o Messias não veio abolir as leis e os costumes Judaicos, porém desenvolvê-los. Shemá
Israel ( Marcos 12:28-34)
Leve a mensagem com amor, oração e perseverança. Evite discussão. Evite levantar preconceito.
Procure ganhar amizade e confiança do seu interlocutor.
• Uma experiência pessoal de um novo nascimento pelo Espírito de Deus através da Salvação
pelo sangue da aliança (A nova aliança – Brit Hadashá) em Yeshua, o Messias; o Cordeiro
sacrificial de Deus.
• Muita oração por um amor genuíno e sincero pelo povo escolhido, discernimento, prudência,
paciência, sabedoria.
• Por quê? Porque muitos Judeus estão à procura de suas raízes e de sua identidade, e
precisam encontrá-las na única fonte de verdades que é a Bíblia (Antigo e Novo
Testamentos).
• Preciso compartilhar minhas experiências com Deus com um coração humilde (o orgulho é
pecado).
• Por um lado precisamos mostrar um coração contrito e humilde e por outro lado precisamos
compartilhar as Escrituras com ousadia e sem temor.
• A maioria do povo Judeu tem um conceito errado da palavra cristão. Explique a diferença,
como mencionado anteriormente.
• Sempre que possível é importante estabelecer uma amizade sincera, fazendo perguntas que
nos permita conhecer as pessoas. A obra é de Deus.
• Nós devemos ser sensíveis às reações e respostas ao compartilhar, isto nos dará condições e
nos esclarecerá sobre as suas convicções.
• Qual a sua concepção sobre Deus, ressurreição, etc. É interessante falar sobre o temor ao
Senhor usando as Escrituras.
Ao falar com um Judeu há certas palavras que jamais devem ser empregadas, pois para ele têm
uma conotação diferente:
Igreja – Templo
Batizar – Imergir
Cristão – Crente
Missões –Obras
Conversão – Convictos
Em I Coríntios 9:20-22 Paulo nos diz: “Procedi, para com os Judeus, como Judeu, a fim de ganhar os
Judeus... fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.”
Também temos:
II Crônicas 24:20
Também podemos comparar os sinais quando a Torá foi dada em Êxodo 20:18 com Atos 2:2-3
Ezekiel 37:15-28
2- Od Avinu Chai
5- Hava Nagila
Professora do Seminário Batista de New Orleans, na Florida, e de outros Seminários ,na Florida.