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FICHA DE PREVENÇÃO E SEGURANÇA ID: FPS 26

Edição: 03

TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS Data: 2009-02-16

1 CARACTERIZAÇÃO

É considerado “espaço confinado” uma área de trabalho que reúna o seguinte conjunto de
características:
− É suficientemente grande e constituído para que um trabalhador aí se consiga
introduzir com o intuito de efectuar um determinado trabalho;
− Tem entradas e saídas limitadas ou com acessos difíceis;
− Não está concebida de forma a constituir um posto de trabalho permanente;
− Contém ou é possível que contenha uma atmosfera perigosa;

Incluem-se nesta categoria, designadamente, galerias subterrâneas, fossas, túneis, chami-


nés, caldeiras, silos, tanques, porões, cisternas, incluindo as bocas de verificação respec-
tivas. Considera-se ainda espaço confinado um espaço aberto onde possam acumular-se
gases mais pesados que o ar, por exemplo um poço.

2 RISCOS MAIS FREQUENTES

Nos espaços confinados podem existir diversas condições perigosas com riscos de aciden-
tes de consequências mortais ou particularmente graves para os trabalhadores, normal-
mente divididas em dois 2 grupos: Atmosferas perigosas e riscos resultantes das tarefas /
actividades a executarem:

2.1 Atmosfera perigosa


Os espaços confinados contêm ou podem conter atmosferas perigosas resultantes da insu-
ficiência de oxigénio ou da presença de produtos ou misturas perigosas (inflamáveis, tóxi-
cas e/ou asfixiantes) que podem provocar:

− Asfixia por insuficiência de oxigénio


• pode faltar o oxigénio suficiente para a respiração, antes ou depois do traba-
lhador ter entrado no espaço confinado;
• pode haver infiltrações de fumos perigosos;
• os gases nocivos podem substituir o oxigénio.

Atenção: Qualquer gás pode matar ao substituir o ar e assim reduzir o nível de oxigénio a uma percenta-
gem de concentração abaixo do nível normal vital para a vida humana.

− Misturas inflamáveis ou atmosfera tóxica

Para além da insuficiência de oxigénio, num espaço confinado podem existir contamina-
ções perigosas que se podem agrupar da seguinte forma:
− Gases combustíveis: gás natural, gás fabricado ou gases líquidos do petróleo;
− Vapores de combustíveis e de dissolventes líquidos: nafta, gasolina, petróleo,
benzeno e outros hidrocarbonetos;
− Gases resultantes da fermentação de matérias orgânicas: metano, anidrido car-
bónico, hidrogénio, anidrido sulfuroso;

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− Produtos da combustão: anidrido carbónico e monóxido de carbono proveniente


do escape de motores;
− Gases e substâncias voláteis dentro de condutas industriais;
− Gases formados em consequência de explosões e incêndios;
− Gases provenientes do uso de nitro-explosivos.

Dado que as misturas destas classes de contaminantes se produzem com frequência, no


mesmo espaço confinado podem coexistir os riscos de explosão, de incêndio e de intoxica-
ção.

2.2 Riscos resultantes das actividades / tarefas a executar

− Electrocussão ou electrização
− Exaustão causada por calor excessivo
− Soterramento
− Cortes
− Queda de objectos
− Queda em altura
− Queda ao mesmo nível
− Esmagamento
− Entaladela
− Sobreesforços
− Choque contra objectos imóveis
− Queimaduras por contacto com superfícies / equipamentos quentes
− Exposição ao ruído
− Exposição a vibrações
− Afogamento
− Enclausuramento

O desenvolvimento do trabalho pode também contribuir para aumentar os riscos no espaço


confinado, por exemplo:
− as operações de soldadura ou trabalhos com fogo consomem oxigénio do ar e podem
libertar partículas tóxicas ou inflamáveis que tenham sido anteriormente absorvidas
pelas paredes; contribuem, além disso, para o aumento da temperatura no espaço
confinado;
− o acto de lixar, raspar ou rebarbar pode libertar ou movimentar partículas tóxicas das
paredes;
− a utilização de produtos tais como solventes, tintas e vernizes, colas, etc. libertam
normalmente vapores que são normalmente tóxicos e/ou inflamáveis.

Atenção: mesmo quando estas operações são efectuadas no exterior, os gases ou vapores
perigosos podem introduzir-se para o interior do espaço confinado e tornar perigosa a
sua atmosfera.

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3 MEDIDAS DE PREVENÇÃO

3.1 Antes de iniciar os trabalhos


− O trabalho em espaço confinado só pode ser executado com pelo menos 2 trabalhado-
res. O trabalhador que entra no espaço confinado deve contar com elementos de aju-
da no exterior, incluindo a vigilância de um trabalhador instruído. Em caso de emer-
gência este deve detectá-la de imediato e promover o resgate rápido do trabalhador.
− Todos os trabalhadores envolvidos no trabalho devem:
• conhecer os perigos que poderão aparecer no local de trabalho;
• estar treinados no uso dos equipamentos para a detecção e controlo dos
perigos.
− Ter em atenção situações em que os trabalhadores possam não estar fisicamente ou
psiquicamente em condições para trabalhar em espaços confinados, por exemplo:

• o corpo do trabalhador não deve ser de um tamanho tal que não possa entrar
ou sair facilmente do espaço confinado, sem ajuda de outros.
• não devem entrar em espaços confinados pessoas que sintam sintomas de
claustrofobia.

− O trabalho deve ser cuidadosamente planeado, de modo a ser realizado no mais curto
espaço de tempo.
− A iluminação deve ser adequada às tarefas que vão ser desempenhadas e não deverá
provocar encadeamento;
− Manter um vigia junto da área de acesso ao espaço confinado.
− Colocação de mais vigias noutras entradas e em locais em que seja necessário realizar
a vigilância de circuitos / sistemas / equipamentos / dispositivos de segurança ou de
analisadores de monitorização permanente;
− Impedir que pessoas estranhas ao trabalho entrem na zona de trabalho delimitada que
inclui o espaço ou o acesso ao espaço confinado.
− Proibido fumar nos espaços confinados e divulgar a proibição de fumar nas áreas deli-
mitadas ou perto dos acessos a espaços confinados.
− Os trabalhos a realizar dentro de condutas de esgotos ou circuitos de rejeição de
águas, deverão ser suspensos sempre que chova com intensidade;
− Em qualquer local de trabalho caracterizado como espaço confinado devem ser sempre
tomadas precauções para evitar uma insuficiência de oxigénio e a presença de gases
tóxicos e vapores inflamáveis.

Atenção: Para efeitos de protecção, qualquer espaço confinado que não pode isolar-se completamen-
te de um processo capaz de desprender gases ou vapores prejudiciais, deve ser tratado como se
realmente os contivesse.

− Todos os trabalhos a realizar em espaços confinados só poderão ter início depois de


ter sido obtida uma Autorização de Trabalho para a correspondente entrada, dada
pelo Responsável de Obra / Exploração da instalação (ou por quem, para tal, tiver
sido autorizado por escrito);

A Autorização deve conter, nomeadamente:

• A localização (em planta) e identificação exacta do espaço confinado;


• Identificação de condicionantes a montante e jusante do espaço confinado,
inerentes ao sistema / circuito (Caudais, fluidos, pressões, temperaturas,
equipamentos, isolamentos, …);

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• A natureza do trabalho e os procedimentos de execução;


• Identificação, classificação e conformidade dos equipamentos de trabalho
(ex: Equipamentos ATEX);
• a identificação dos perigos e as respectivas medidas de segurança para os
controlar, antes da entrada dos trabalhadores e durante a sua permanência
no espaço confinado;
• a identificação dos intervenientes e respectivas funções, incluindo a de
quem autoriza a realização do trabalho (Responsável de Obra / Exploração) e
a de quem autoriza a entrada dos trabalhadores no espaço confinado (Res-
ponsável de Trabalhos).
• Informação sobre acções a tomar em caso de emergência;

A finalidade da Autorização de Trabalho é garantir que foi utilizada e confirmada uma


lista de verificações correspondente ao trabalho específico antes dos trabalhadores
entrarem e para que o cumprimento destas medidas seja uniforme.

− Para que seja autorizada a entrada e permanência de trabalhadores em locais confi-


nados devem ser garantidas e avaliadas as seguintes acções de mitigação:
• Monitorização e controlo da atmosfera
• Purga e ventilação do espaço confinado
• Isolamento do espaço confinado
• Isolamento e imobilização de máquinas e equipamentos
• Protecção dentro do espaço confinado
• Procedimentos de resgate em caso de emergência

− No local o Responsável de Trabalhos, juntamente com os trabalhadores que vão traba-


lhar no espaço confinado, procede às confirmações e verificações indicadas na Autori-
zação e anota os resultados de todas as medições feitas, comparando-os com os valo-
res limites indicados; só depois de assegurar que os perigos não existem ou estão
devidamente controlados o Responsável de Trabalhos autoriza a entrada dos trabalha-
dores.
3.2 Monitorização e controlo da atmosfera
− Proceder ao levantamento da atmosfera do espaço confinado. Previamente à entrada
dos trabalhadores, proceder à monitorização da atmosfera do espaço confinado, iden-
tificar e avaliar a concentração correspondente, de cada um dos agentes químicos que
possam estar presentes e efectuar o registo dos valores detectados.
− Durante os trabalhos monitorizar, permanentemente, a atmosfera do espaço confinado
(insuficiência de oxigénio e a presença de gases tóxicos e vapores inflamáveis) e
registar os valores obtidos sempre que existam alterações dos valores, verificando
que:

• O nível de oxigénio deve estar compreendido entre 18% e 22%


• O nível de concentração de gases/vapores inflamáveis não deve exceder 10%
do Limite Inferior de Inflamabilidade (LII).
• Se houver partículas combustíveis em suspensão o nível de concentração não
pode atingir nem exceder o Limite Inferior de Inflamabilidade.
• As concentrações das substâncias tóxicas devem ser inferiores aos respecti-
vos Valor Limite de Exposição (VLE ou TLV), dados pela Norma NP 1796, de
2004.
• Se durante a realização dos trabalhos algum dos valores limites fixados for
atingido, os trabalhos devem ser suspensos e todos os trabalhadores devem
imediatamente abandonar o local.

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− Alguns aparelhos que podem ser utilizados para monitorizar o espaço confinado:

Indicador de insuficiência de oxigénio: este aparelho está preparado especialmente


para medir o conteúdo de oxigénio em locais confinados, com a finalidade de determi-
nar se há oxigénio em quantidade suficiente para sustentar a vida humana e para con-
trolar o conteúdo de oxigénio de uma atmosfera inerte.

Indicador de gás combustível (explosímetro): aparelho que regista a concentração de


gás inflamável no ar (mas não indica a presença de monóxido de carbono em baixas
concentrações nem a insuficiência de oxigénio);

Detector de monóxido de carbono: este aparelho mede normalmente apenas as con-


centrações de monóxido de carbono, mas não indica a presença de gás natural ou de
outras misturas gasosas que não contenham monóxido de carbono.

Detector de Sulfureto de hidrogénio: aparelho que consiste numa ampola detectora


que se pode atar à extremidade de um cordel que pode fazer descer-se dentro de uma
boca de inspecção enquanto o trabalhador permanece no exterior, comparando-se
depois a cor da ampola exposta com uma carta cromática.

3.3 Purga e ventilação do local


− Se os resultados da avaliação indicam que existem contaminantes perigosos na atmos-
fera do espaço confinado, é necessário purgar o espaço para eliminar os agentes peri-
gosos, para que o trabalhador possa entrar sem perigo. Deve haver o cuidado de asse-
gurar que a purga foi feita em todas as partes do espaço, incluindo as tubagens.

Nota: a purga pode eventualmente não ser feita se o perigo da presença desses contaminantes puder ser
controlado com equipamentos de protecção apropriados, por exemplo, máscaras de protecção respiratória
com tomada de ar fresco, à distância ou autónomas, equipamentos anti-deflagrantes, etc.

− Se a atmosfera no interior do espaço confinado não contém ou poderá deixar de con-


ter a percentagem de oxigénio vital é necessário, ou usar equipamento de protecção
respiratória autónomo / com tomada de ar exterior, ou fazer a ventilação do local.
Neste caso, o espaço deve ser ventilado antes da entrada dos trabalhadores, manten-
do-se a ventilação enquanto durar o trabalho, tendo em atenção que o ar que se faz
circular chegue a todos os lugares dentro do espaço.
− No caso de poderem existir vapores inflamáveis deve haver muito cuidado para preve-
nir a acumulação de electricidade estática. Entre as medidas preventivas incluem-se
uma adequada ligação equipotencial e à terra dos equipamentos utilizados para pur-
gar e ventilar o espaço, bem como o uso de vestuário e calçado anti-estático.
− Os trabalhos em que são libertados gases nocivos, é obrigatório o uso de máscara de
protecção respiratória com filtro contra partículas e gases tóxicos ou a utilização de
máscara com tomada de ar fresco ou aparelho de respiração autónomo.
Atenção: a máscara de protecção respiratória com filtro contra partículas e gases tóxicos
não torna o ar puro em caso de falta de oxigénio. Neste caso deve ser sempre utilizada
uma máscara com tomada de ar fresco.

− Os equipamentos de extracção / ventilação deverão ser instalados fora do espaço con-


finado e a manga de compressão ser direccionada para uma zona em que não permita o
retorno dos gases para o espaço confinado;
− Os ventiladores / extractores devem ser classificados e cumprir as medidas de seguran-
ça exigíveis para as zonas 0, 1 e 2 da Directiva ATEX (se aplicável).
− Quando se efectuarem trabalhos de soldadura devem ser instalados extractores, em que
a manga de aspiração é colocada junto aos locais de soldadura;

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− Não utilizar motores de combustão interna, dentro dos espaços confinados. Se não hou-
ver alternativa e for mesmo necessário, deve ser instalado um sistema de ventilação
forçada com caudal calculado tendo em conta o “consumo” de oxigénio dos motores e a
densidade relativa de concentrações de dióxido de monóxido de carbono;
− A utilização de solventes no interior do espaço confinado, origina a formação de vapo-
res combustíveis que dão origem a uma atmosfera tóxica e explosiva. Neste caso deve-
rão ser aplicadas todas as medidas para atmosferas nocivas, tóxicas e explosivas, sendo
necessária a ventilação desse local ou espaço confinado;

3.4 Isolamento do espaço confinado


− Entre os métodos utilizados para isolar o espaço confinado das canalizações incluem-
se:
1) Retirar uma secção de todas as tubagens que ligam ao espaço confinado;
2) Colocar uma placa suficientemente forte para resistir à pressão do fluido que possa
eventualmente surgir;
3) Desalinhar as tubagens de ligação de diâmetros menores e fechar as extremidades
abertas com tampas ou bujões roscados.
4) Nas condutas de maior diâmetro, em que não é possível aplicar as medidas acima
descritas, deverá ser aplicado um obstrutor físico, calculado para resistir à pressão
do fluido que possa, eventualmente, circular intempestivamente nesse espaço con-
finado (ex. Barreiras físicas com sacos de areia ou outra matéria resistente ao flui-
do desse circuito e que não seja reagente; balões pneumáticos ou de borracha
extensível resistente às pressões máximas desse circuito);

Dependendo da situação devem ser tomadas as seguintes precauções adicionais:


5) As bombas existentes nas tubagens que estão ligadas ao espaço confinado devem
ser imobilizadas e bloqueadas com um cadeado, ainda que tenham sido tomadas as
medidas referidas acima; algumas bombas são suficientemente potentes para rom-
per as válvulas ou placas colocadas na tubagem.
6) As tubagens que contêm líquidos perigosos (ex: ácidos ou cáusticos) devem ser
lavadas com água e ventiladas, antes de serem isoladas, para evitar que possam
gotejar produtos perigosos sobre os trabalhadores ou eventual libertação de gases
nocivos;
7) Criar vias alternativas para circuitos que não podem ser interrompidos, garantindo
o isolamento dos circuitos que ligam ao espaço confinado;

3.5 Isolamento e imobilização de máquinas e equipamentos


− Todos os equipamentos (eléctricos, mecânicos, electromecânicos, pneumáticos,
hidráulicos, …) que directa ou indirectamente possam estar correlacionados com o
espaço confinado onde ocorram actividades, devem ser isolados eléctrica e mecani-
camente:
• ou cortando a alimentação e bloqueando os interruptores eléctricos do cir-
cuito de alimentação (caso de máquinas eléctricas),
• e/ou retirando um componente mecânico essencial do circuito propulsor (por
exemplo com recurso a sistemas de travamento, bloqueio e sinalizados ade-
quadamente).
− Todos os espaços confinados, não estáticos (ex: misturadores, moinhos, tambores)
contêm o perigo acrescido de poderem começar a rodar com alguém dentro. Neste
caso, para além das condições inerentes à atmosfera de trabalho, deverão ser imobili-
zados através de dispositivos mecânicos e isolados eléctrica e mecanicamente de
acordo com o parágrafo anterior;

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3.6 Protecção dentro do espaço confinado


− Os trabalhadores que executam actividades dentro de espaços confinados devem rece-
ber formação adequada para o efeito, a qual deverá focar os seguintes aspectos:
• Procedimentos de emergência;
• Procedimento de evacuação;
• Utilização, paragem de emergência e riscos inerentes aos Equipamentos de
trabalho;
• Conhecer perfeitamente o plano de trabalhos;
• Ser informado dos riscos inerentes ao local de trabalho e quais as medidas
implementadas para os anular ou minimizar;
• Serem informados de todos os riscos não completamente controlados e quais
os perigos remanescentes;
• Efectuar um reconhecimento, após autorização, do local de trabalho e pro-
nunciar-se se estão reunidas as condições para que se dê início aos traba-
lhos;
• Conhecer todos os meios disponíveis de comunicação e as metodologias apli-
cadas para os diferentes tipos de situações (Comunicação entre trabalhado-
res durante o trabalho, comunicação em caso de emergência, vozes de alar-
me / alerta, Comunicação em caso de resgate, frequência de comunicação,
periodicidade de comunicação, interlocutores directos, …);
− Antes da entrada dos trabalhadores para o espaço confinado deverão estar implemen-
tadas as seguintes medidas de protecção:
• Isolamento físico dos circuitos;
• Isolamento eléctrico e mecânico dos equipamentos / máquinas;
• Identificação de perigos, avaliação dos riscos e implementação de medidas
preventivas correctivas;
• Avaliação e monitorização da atmosfera do espaço confinado;
• Extracção ou ventilação da área e do espaço confinado;
• Fornecimento de equipamentos de trabalho adequados (ex. ATEX, Antidefla-
grantes, anti-estáticos, …);
• Sistemas / equipamentos de purga e/ou extracção de fluidos, em funciona-
mento contínuo (se aplicável);
• Delimitação da área e do acesso ao espaço confinado;
• Permanência dos vigias e outros colaboradores para efectuarem monitoriza-
ções contínuas de outros espaços / equipamentos;
• Equipamento /sistemas de resgate e 1º socorros disponíveis;
• Meios e sistemas de emergência testados e disponíveis;
• Meios de comunicação testados e disponíveis;
• Iluminação artificial adequada e intrinsecamente segura;
• Sinalização de segurança das áreas delimitadas e circundantes;
• Utilização de meios de Protecção Individual (ex: O trabalhador deve contar
com iluminação adequada para trabalhar no local. Deve ter à mão uma lan-
terna portátil para o caso de não existir ou falhar a iluminação normal).
− O equipamento de protecção individual depende da natureza do trabalho e deve
incluir:
• Fato de trabalho com protecção apropriada;
• Capacete de protecção;
• Luvas de protecção apropriadas;
• Óculos ou Viseira de protecção apropriados;
• Se necessário, aparelho de protecção respiratória apropriado;
• Equipamento de monitorização contínua da atmosfera.

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• Se o espaço confinado tem abertura superior, o trabalhador deve estar equi-


pado com um arnês anti-quedas e uma corda linha de vida;
• Equipamentos de iluminação fixos ao capacete ou portáteis, adequados às
condições físicas e de atmosfera (em caso de atmosferas explosivas, todos os
equipamentos terão que ser classificados ATEX e intrinsecamente seguros
cada tipo de ZONA ATEX);
• Colete de salvação nos trabalhos com risco de queda em zonas com água com
alguma profundidade, que poderá ser integrado com sistema de arnês;

3.7 Procedimentos de resgate


− Devem estar previamente definidos os
procedimentos de resgate para situações de
emergência e os equipamentos necessários devem
estar disponíveis junto do acesso ao espaço
confinado. O equipamento de resgate deve incluir,
nomeadamente, um aparelho de protecção
respiratória autónomo, um arnês adicional e uma
corda linha de vida para retirar um trabalhador
inconsciente.

− Conforme aplicável também devem ser considerados


os equipamentos abaixo mencionados:
• 1 Tripé com dispositivo de
desmultiplicação (roldanas, tambor de
gornos), para içagem do acidentado, em
maca de resgate;
• 1 Cabo de resgate, com o comprimento
adequado entre a abertura e o local
onde se realizam os trabalhos;
• 1 Maca de resgate;
• 1 Garrafa de oxigénio disponível;
• Aparelhos filtrantes disponíveis em nº
suficiente para os trabalhadores que
estão no espaço confinado bem como
para os vigias e equipa de resgate;
• 2 Aparelhos de tomada de ar à distância
ou aparelho de respiração autónomo
disponível para entrada da equipa de
resgate;
• 1 Arnês e uma cabo (linha de vida) para
cada um dos elementos (2) da equipa de
resgate, que entrarem no espaço
confinado;
• 1 Lanterna portátil disponível;
• 1 Analisador de atmosferas (múltiplo);
• Meios de comunicação disponíveis (ex. rádio, …);
− O resgatador não deve nunca entrar no espaço confinado se não tiver outra pessoa no
exterior (vigia) para ajudá-lo se for necessário.
− Os procedimentos de resgate devem contar com meios de comunicação que permitam
um auxílio imediato.

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3.8 Exemplos de erros que podem levar a situações de emergência


− Voltar a entrar no espaço confinado por qualquer razão depois de ter sido completado
o trabalho. Isto só deve acontecer com autorização do responsável de trabalhos,
depois de verificar que a atmosfera não se tornou perigosa e que o trabalhador que
entra usa dispositivos de protecção respiratória e de escape adequados.
− Não tomar as precauções adequadas antes de tentar resgatar uma vítima no interior
do espaço confinado, por exemplo não usar uma máscara de respiração autónoma, um
arnês com a corda linha de vida.
− Supor que consegue, sustendo a respiração, entrar num espaço confinado sem ventila-
ção por um curto espaço de tempo, sem usar a protecção respiratória adequada.
− Utilização de solventes no interior do espaço confinado, que deu origem a uma atmos-
fera tóxica e combustível.
− Utilização de uma máscara apenas filtrante (com filtro antipartículas e anti-gases) em
vez de uma máscara isolante da atmosfera local (com tomada de ar fresco à distância,
ou autónoma) num espaço confinado com insuficiência de oxigénio.

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CARACTERÍSTICAS DE INFLAMABILIDADE DE ALGUNS GASES E VAPORES

Limites de Inflamabilidade da
Temperatura de Temperatura de
mistura gás/vapor - ar
Inflamação Ignição
SUBSTÂNCIAS Inferior (LII) Superior (LSI)
º.C º.C % %
ACETILENO Gás 300 2,5 81
ACETONA -17 535 2,6 12,8
ÁLCOOL METÍLICO 11 460 7,3 36
BENZENO -11 560 1,4 7,1
BUTANO Gás 405 1,9 8,5
ÉTER ETÍLICO -45 160 1,9 36
ÉTANO Gás 515 3 12,5
ÉTILENO Gás 490 2,7 36
HIDROGÉNIO Gás 400 4 75
n-HEXANO -21 230 1,1 7,5
METANO Gás 5 5 15
MONOXIDO DE CARBO- 605 12,5 74
Gás
NO
PROPANO Gás 450 2,2 9,5
GASOLINA -42 280 1,4 7,6
TEREBENTINA (Aguar- 253 0,8
35
rás)

Temperatura de Inflamação: (para os vapores) é a mínima temperatura à qual uma mistura (vapor - ar)
nas condições normais de pressão pode ser inflamada.
Temperatura de ignição (ou auto-inflamação): temperatura mínima à qual uma mistura (gás/vapor - ar)
se inflama espontaneamente.
Limite Inferior de Inflamabilidade (ou de Explosividade) (LII): de um gás ou vapor no ar é a sua concen-
tração mínima em volume na mistura (gás/vapor - ar) acima do qual pode haver inflamação.
Limite superior de Inflamabilidade (ou de Explosividade) (LSI): de um gás ou vapor no ar é a sua concen-
tração mínima em volume na mistura (gás/vapor - ar) abaixo do qual pode haver inflamação.

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VALORES LIMITES DE EXPOSIÇÃO PARA ALGUNS GASES VAPORES E PARTÍCULAS


(Norma NP 1796, 2004)

Valor Limite de
Exposição
SUBSTÂNCIAS (VLE)
ppm ppm
mg/m3 Notação Efeitos Críticos
(VLE-MP) (VLE-CD)

ACETILENO Asfixiante simples - - Asfixia

ACETONA 500 750 1780 A4; IBE Irritação


Irritação, corrosão,
ÁCIDO NÍTRICO 2 4 5 -
endema pulmonar
ÁLCOOL ETÍLICO 1000 1900 -

ÁLCOOL METÍLICO 200 260 P

BENZENO 0,5 2,5 30 P; A1; IBE Cancro

BUTANO 800 - 1900 - Narcose


3
CIMENTO PORTLAND 10mg/m Irritação, dermatose

ÉTER ETÍLICO 400 500 1200 - Irritação, narcose


3
FUMOS DE SOLDADURA 5mg/m B2 Irritação

GASOLINA 300 500 900 A3 Irritação

SF6 (Hexafluoreto de enxofre) 1000 - 6000 - Asfixia


Neuropatia, irrita-
n-HEXANO 50 - 180 P; IBE
ção, SNC

HIDRÓXIDO DE CÁLCIO 5mg/m3 - 5 - Irritação

MONOXIDO DE CARBONO 25 - 55 IBE Anóxia, SNC

PROPANO 2500 - 1800 - Asfixia

TEREBENTINA (Aguarrás) 20 100 560 S; A4 Irritação

Valor Limite de Exposição (VLE): concentração de agentes químicos à qual se considera que praticamente todos os
trabalhadores possam estar expostos, dia após dia, sem efeitos adversos para a saúde.
Valor Limite de Exposição – média ponderada (VLE-MP): concentração média ponderada para um dia de trabalho de
8 horas e uma semana de 40 horas, à qual se considera que praticamente todos os trabalhadores possam estar
expostos, dia após dia, sem efeitos adversos para a saúde.
Valor Limite de Exposição – média ponderada (VLE-CD): concentração à qual se considera que praticamente todos
os trabalhadores possam estar repetidamente expostos por curtos períodos de tempo, desde que o valor de VLE-MP
não seja excedido e sem que ocorram efeitos adversos, tais como:
1. Irritação;
2. Lesões crónicas ou irreversíveis dos tecidos;
3. Narcose que possa aumentar a probabilidade de ocorrência de lesões acidentais, comprometer o
seu nível de consciência vigil ou reduzir a sua capacidade de trabalho

O VLE-CD é definido como uma exposição do VLE-MP de 15 min. que nunca deve ser excedida durante o dia de traba-
lho, mesmo que a média ponderada seja inferior ao valor limite. Exposições superiores ao VLE-MP e inferiores ao
VLE-CD não devem exceder os 15 min. e não devem ocorrer mais do que 4 vezes por dia. Estas exposições devem
ter um espaçamento temporal de 60 min., pelo menos.

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TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS Data: 2009-02-16

A – Carcinogenicidade
A1 – Agente carcinogénico confirmado no Homem
A3 - Agente carcinogénico confirmado nos animais de laboratório com relevância desconhecida no Homem
A4 – Agentes não classificáveis como carcinogénicos no Homem
B2 – Fumos de soldadura – Partículas Totais (não classificadas de outro modo) VLE-MP – 5 mg/m3
IBE – identifica substâncias para as quais existem índices de exposição biológicos (ver Norma)
P – Perigo de absorção cutânea
S – Sensibilizante
SNC – Sistema Nervoso Central

3.9 Actuação em caso de emergência

INCIDENTE EFEITOS ACTUAÇÃO


Retirar o indivíduo da zona
Sono, tonturas, dores de
Inalação contaminada e conduzi-lo para
cabeça, etc.
o ar livre.
Ardor e/ou irritação na zona Lavar a zona contaminada com
Contacto com a pele
atingida água corrente e sabão.
Lavar os olhos com água abun-
Contacto com os olhos Irritação da zona atingida
dante durante 15 minutos.
Não fornecer ao acidentado
Ingestão acidental Indisposição álcool ou gorduras.
Não provocar o vómito

EM QUALQUER SITUAÇÃO CONDUZIR O ACIDENTADO A UM MÉDICO

4 EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

− Capacete de protecção
− Botas de protecção mecânica
− Botas impermeáveis
− Sistema de amarração ao posto de trabalho
− Sistema anti-quedas (para desníveis superiores a 3 metros)
− Luvas de protecção mecânica
− Protectores ou obturadores auriculares
− Máscara com respiração autónoma
− Luvas de protecção química (adequadas para o solvente que se manipula)
− Máscara com filtro para vapores orgânicos (em situações em que a contaminação do
ar seja elevada, por exemplo em recintos fechados)
− Aparelho de protecção respiratória (filtros de gases e partículas)
− Fato de trabalho anti-estático e ignífugo (obrigatório em atmosferas explosivas);
− Aparelho de tomada de ar à distância ou de respiração autónomo (atmosferas com
gases nocivos ou isentas de oxigénio)
− Equipamentos de iluminação fixos ao capacete ou portáteis, adequados às condi-
ções físicas e de atmosfera
− Colete de salvação (obrigatório para trabalhos em espaços confinados com risco de
queda em zonas com água com alguma profundidade)
− Óculos ou viseira de protecção.

FPS 26 - Trabalhos em Espaços Confinados Ed03 12/12

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