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ZEN / INICIAÇÃO TAOÍSTA

CAMINHO DO TAO

INICIAÇÃO ZEN

No 4º. Quadro – “A Captura do Touro.”

Diz o poema:

“Perdido longo tempo nos campos desertos, o vaqueiro


encontra finalmente o Touro e o pega”.

Comentário:

Compreendeu de forma intuitiva como vagou durante tanto tempo


pelos campos da vida. Pegar o Touro é “compreender apenas um
pequeno satori”.

Diz o poema:

“Ele sente saudade do velho campo de doce aroma”.

Comentário:

Muitas vezes perguntamos por que as pessoas procuram o


caminho da iluminação. A resposta é uma só: saudade,
reminiscência de que algum dia em algum lugar elas já
participaram do “velho campo de doce aroma”.

Diz o poema:

“A natureza selvagem é ainda indômita, e rejeita por


completo a opressão”.

Comentário:
A natureza selvagem é o nosso próprio instinto, nossas próprias
tendências, ou o carma manifesto através da nossa
personalidade. Tentar controlar a nossa natureza é uma tarefa
árdua e perigosa, porque em qualquer tipo de disciplina que
tentamos desenvolver, imediatamente nossa personalidade
encontrará uma forma de nos desviar de nossa proposta original.

Diz o poema:

“Se o pastor deseja ver o Touro em total harmonia com ele,


com segurança terá que usar generosamente o chicote”.

Comentário:

O chicote aqui é a perseverança, além de qualquer sacrifício.

Diz o poema:

“Com toda a energia do seu ser, o vaqueiro pegou por fim o


Touro. Porém que selvagem é a vontade deste, que
ingovernável é o seu poder! Ocasionalmente, marcha arrogante
pelos morros, quando prontamente perde-se novamente num
nebuloso e impenetrável passo na montanha”.

Comentário:

Querer se disciplinar, tornar-se modesto, não é um fim em si


mesmo; ninguém “chega a ser” modesto, ou bondoso, na medida da
prática; ou se é ou não se é, nunca se chega a ser. Em alguns
momentos, em nossa pouca luz, pensamos que “já somos”
modestos. Diz um sutra: “aquele que pensa que é já não é. Aquele
que se diz louco não é tão louco assim. Aquele que se diz honesto
não é tão honesto assim”. Nesse momento, o Touro novamente
perde-se num “nebuloso passo na montanha”, por isso, para ele
continuar realmente seu caráter tem de ter:
INICIÃO TAOISTA

A iniciação Taoísta chama essa fase de desenvolvimento


espiritual, de 32. Heng – Duração.

O Livro das Mutações – I Chig

Julgamento:

“Sucesso. Nenhuma falha.

“A perseverança é favorável”. “É vantajoso ter aonde ir”.

A Duração é um estado em que obstáculos não conseguem


esgotar o movimento. É o movimento que está sempre se
renovando. Ele se realiza segundo leis imutáveis e cada término
dá lugar a um novo começo. O movimento é interno: a inspiração,
a sístole, a contração. Esse movimento se transforma num novo
começo tomando a direção externa: a expiração, a diástole, a
expansão. Assim o caminho do homem que segue o seu destino
tem um sentido duradouro, o mundo se estrutura e ganha forma.

Imagem:

“Trovão e vento: a imagem da Duração”.

“Assim, o homem superior permanece firme e não altera seu


rumo”.

A força do trovão incita o movimento e vai elucidando todas as


etapas de longo percurso. Ao mesmo tempo, os ventos
imperceptíveis vão se impregnando na interioridade e, pouco a
pouco, vão exercendo sua influência poderosa no mundo externo.

Nuclear:

43. Guai – Irromper (A Determinação).


Sem uma Determinação firme no cerne, não se consegue
Perdurar num compromisso. Ao decidir percorrer um longo
caminho junto, se necessita muita clareza e força, como
assinalam as cinco linhas yang. A constância requer uma
determinação partilhada.

Céu Anterior:

38.Kui – Oposição.

O céu anterior sendo a Oposição pressupõe que toda evolução


duradoura decorre de potenciais unidos que logram vencer as
divergências. Tudo perdura no tempo em ciclos, como as estações
e rotações planetárias decorrentes da contínua sucessão de
oposições.

Atuação no Contexto:

As linhas do Hexagrama do Grande Tratado – I Ching


apontam sobre cada momento desta transição e como vivê-lo.

Seis na primeira posição:

“Buscar a Duração de modo precipitado. Infortúnio”.

“Nada é favorável”.

O duradouro só pode ser criado gradualmente, através de longo


trabalho e cuidadosa reflexão. Lao-tse comenta a respeito:
“Quando se quer comprimir algo, deve-se primeiro deixá-lo
expandir-se plenamente”. Este contexto deve ser abordado com
suavidade. O verdadeiro querer ocorre num diálogo de
maturação.

Mutação:

34. Da Huang – O Poder do Grande.


A mutação para o Poder do Grande denota um esforço
contraproducente. A construção duradoura é lenta e se logra
através da perseverança, de uma resistência que faz do tempo o
seu aliado. Apressar o processo só gera decepções.

Nove na segunda posição:

“Os arrependimentos desaparecem”.

Esta é uma situação anormal. A revisão cuidadosa dos objetivos


denota equilíbrio e evita arrependimentos.

Mutação:

62. Xiao Guo – A Preponderância do Pequeno.

A alternância comprova a atenção voltada para os detalhes.


Quando se deseja algo que perdure, é preciso andar devagar, ser
cauteloso nas minúcias, mesmo se à primeira vista parecem
irrelevantes. Para ir longe, tudo se reveste de importância.

Nove na terceira posição:

“Quem não é constante em sua posição sofre vergonha.


Persistente humilhação”.

A pressa no agir, mudando de postura com freqüência, comprova


um caráter fraco. Enquanto agir assim, não encontra
companheiro, nem um lugar próprio em parte alguma. Falta
persistência quando se deixa levar por estados de ânimo ou
circunstâncias externas transitórias, e essa atitude afasta as
relações verdadeiras.

Mutação:

40. Jie – A Liberação.


A perspectiva da Liberação representa uma atitude
descompromissada que esbarra com dinâmica da Duração. A
vontade de novidades não cimenta raízes.

Nove na quarta posição:

“Não há pássaros nos campos”.

Se não há o que queremos onde se procura, é conveniente


procurá-lo em outro lugar. Convém aprofundar a busca, sem
pretender resultados imediatos. Consolidar relacionamentos
implica em fazer esforços no sentido de conhecer bem a pessoa
ou o terreno que queremos enraizar.

Mutação:

46. Sheng – Ascensão.

A mutação aqui incorre num esforço paciente e penetrante de


longa Duração.

Seis na quinta posição:

“Dar Duração à sua posição traz boa fortuna para a esposa e


infortúnio para o marido”.

A suavidade das mulheres, símbolo yin de adaptabilidade, não é


suficiente para o marido, - a atitude de iniciativa yang requer
decisão no cumprimento do dever. Essa mensagem revela que
para que algo perdure, não basta à receptividade, porém, também
é preciso ter consciência das obrigações, aliada à firmeza e
constância de propósitos.

Mutação:

28. Da Guo – A Preponderância do Grande.


A alternância para o Grande Acúmulo aponta para a
responsabilidade implicada numa relação de longa Duração. Para
ter sucesso, é preciso ir descartando os fatores ultrapassados e
os encargos demasiado pesados, para melhor acolher novos
desafios.

Seis na sexta posição:

“Inquietude de longa Duração. Infortúnio”.

Quando a agitação se prolonga, reverte em infortúnio. Na posição


mais elevada, na maturidade da Duração, as inquietudes não
devem persistir, pois estariam fora de lugar. Seriam empecilhos
para a serenidade interna alcançada no decorrer da Duração, e só
prejudicariam o bom andamento da longa caminhada.

Mutação:

50. Ting – Caldeirão.

A perspectiva do Caldeirão indica a culminância da Duração e, ao


mesmo tempo, uma mudança de nível. A esta altura, as aspirações
deveriam ser de outra ordem.

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