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Teoria dos Signos

FIORIN, José Luiz. Introdução à Lingüística I: objetos teóricos. 4 ed. São Paulo: Contexto,
2005.p.55-74

Para José Luíz Fiorin os signos são uma forma de apreender a realidade, ou seja, só percebemos no
mundo o que nossa língua nomeia. Para ele, a lingüística é uma atividade simbólica em que as
palavras criam conceitos e estes conceitos ordenam a realidade e categorizam o mundo. Segundo ele
as palavras formam um sistema independente do que nomeiam. Isso quer dizer que cada língua pode
categorizar o mundo de forma diferente. E por a língua não ser apenas um sistema de amostragem
pode diferir de país para país de cultura para cultura.

O autor finaliza o tópico demonstrando que o valor de um signo é dado por outro signo e que um
signo pode ter várias dimensões e seu significado é composto de traços funcionais como morde/não
morde e qualificacionais como corpo grande/corpo pequeno.

Composição e valor dos signos

Nesse tópico o autor informa que existem outras formas de linguagens além da verbal, dentre elas as
linguagens pictórias, gestuais e outras. E por isso a necessidade de ampliar a definição de
significante para que possa ser usada em todas as linguagens podendo-se afirmar que significante é o
veiculo do significado, que é o que se entende quando se usa o signo.

Faz também referência a definição de signo dada por Saussure que imprimi noção de valor ao signo
quando afirma que na língua não há senão diferenças. Assim um signo lingüístico se define por seu
caráter negativo, que advém de sua relação com os outros signos naquilo que eles não são. Tanto em
referencia ao significante quanto ao significado do signo. Um exemplo do conceito saussuriano de
valor pode ser obtido a partir da comparação do português com o grego, conforme o uso do plural:
“O grego tem três números, o singular, o dual e o plural. Assim, o plural nessa língua tem um valor
diferente do plural em português” (Fiorin, 2005:58). Dessa forma, no português o plural significa
“mais de um”, enquanto para o grego, “mais de dois”. Com o conceito de valor, Saussure mostra que
o importante na língua são as diferenças existentes entre conceitos e sons.

Com base em Hjelmeslev o autor demonstra que no ato de falar produz-se significação não somente
quando são enunciados os signos mínimos (morfemas), como também quando se produz frases ou
textos. Assim conclui-se com o autor que toda produção humana dotada de sentido é um signo.

Características do signo lingüístico.

Aqui o autor enfatiza basicamente questões teóricas envolvendo o estudo do signo lingüístico
direcionando para dois aspectos essenciais: a arbitrariedade do signo (Para Saussure, o signo
lingüístico é arbitrário e portanto cultural, ou seja, ele não é motivado, não há nenhuma relação
necessária entre o som e o sentido), e a linearidade do significante (que é uma característica das
línguas naturais segundo a qual os signos, uma vez produzidos, dispõe-se uns depois dos outros em
sucessão temporal ou espacial. A escrita, ao representar a fala, representa essa linearidade no
espaço). O próprio Saussure atenua o principio de arbitrariedade do signo, fazendo distinção entre o
que é absolutamente arbitrário e o que é relativamente arbitrário. Um signo como mar é
absolutamente arbitrário, porque não há nenhuma motivação que une o significante ao significado. Já
um signo com dezenove lembra os dois signos que o compõe o dez e o nove. Como o significado de
dezenove é “dez + nove” e o significante é composto dos signos dez e nove, ele é relativamente
arbitrário.

Em "Denotação e Conotação" Fiorin apresenta alterações de significados com maior foco no signo,
(signo é a união de um plano da expressão a um plano do conteúdo) juntando um plano de expressão
a um plano de conteúdo. Para o autor, a forma usada é a existência da motivação da língua. Partes de
sintaxe e morfologia aparecem mostrando que o autor se preocupa com o dicionário e essencialmente
com a poesia, em que a motivação do signo aparece com maior desenvoltura. O autor conclui com a
apresentação de dois mecanismos principais que dão conotação que são: a metáfora e a metonímia. A
metáfora que foca mais a relação de semelhança, e a metonímia onde existe uma interdependência de
um a outro, onde usa-se a parte para denominar o todo.
Classificação dos signos

Em “Classificação dos signos”, baseado em estudos realizados por Adam Schaff sobre classificação,
Fiorin apresenta o conceito de classificação de signo. O autor, com base em Schaff, afirma que a
classificação dos signos abrange todo tipo de signo, ou seja, a junção de um plano de expressão a um
plano de conteúdo e ao mesmo tempo busca respeitar as noções correntes dos termos utilizados para
dar nomes aos tipos de signos, como símbolo, sinal, etc. Neste tópico, Fiorin classifica os signos em
naturais e artificiais (ou signos propriamente ditos) e apresenta a função que os signos artificiais
possuem nas linguagens, ou seja, os signos verbais (interpretantes de linguagens) e os com expressão
derivativa (signos lingüísticos). Naturais – são os fenômenos da natureza que servem de veículos
para nos fazer perceber um outro fenômeno natural. Ex: fumaça (expressão) indica a existência de
fogo (conteúdo). Artificial – são produzidos para fins de comunicação. Ex. sinais de trânsito.

Concluindo, o autor quer que entendamos que a área lingüística é uma particularidade simbólica,
onde, as palavras criam conceitos e estes criam a realidade reafirmando assim o poder criador da
linguagem que dá ao homem a capacidade de ordenar o mundo e categorizá-lo. E que a línguas são
modos diferentes de interpretar este mundo. Por isso, estudar a linguagem é a forma de entender a
cultura e compreender o homem no seu percurso sobre a terra.

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