Vous êtes sur la page 1sur 11

PUBLICAÇÃO

Referência: Anais do IV Fórum Ambiental da Alta Paulista


Abrangência do Evento: Nacional
Instituição Organizadora: ANAP – Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista
Período de Realização do Evento: 21 a 24 de julho de 2008
Local do Evento: Estância Turística de Tupã/SP

TRABALHO
Categoria do Trabalho: Acadêmico / Artigo Completo
Eixo Temático: Relações de Trabalho, Produção e Ambiente
Forma de Apresentação: Oral
Forma de Publicação: Eletrônica em CD-Rom

PERIÓDICO DO ELETRÔNICO
Nome: Fórum Ambiental da Alta Paulista
ISSN: 1980-0827
Páginas: Será fornecida no CD-Rom
Volume: IV
Ano: 2008

ATENÇÃO – MODELO DO CD-ROM

ESTUDO DOS RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM


COLETORES DE LIXO

Isa Vannucchi de A. Santos 1

1
1) Gradu a d a e m Eng e n h a ri a Elétrica – Universid a d e Estadu al Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP – Ilha
Solteira/SP, Disc e nt e do curs o de Eng e n h a ri a de Segur a n ç a do Trab al h o da Fund a ç ã o Paulista de Te c n o l o g i a Unilins.,
Lins,SP, Brasil. (isa @ d e p a s . c o m . b r ).
RESUMO: O presente trabalho objetiva despertar a atenção para os riscos de acidente de
trabalho ao qual estão expostos os coletores de lixo. A partir de dados levantados na
revisão bibliográfica e considerando os riscos inerentes à atividade dos coletores de lixo,
mais conhecidos como lixeiros, sendo seis esses riscos: mecânicos (cortes, ferimentos,
atropelamentos, quedas graves); ergonômicos (problemas de coluna, torções, cansaço,
dor muscular); biológicos (doenças contagiosas ou não, intoxicação, infecção por tétano) ;
químicos (intoxicação); físicos (virose, insolação, variação da pressão arterial) e sociais
(falta de treinamento para o serviço), foi possível constatar a necessidade de se adotar
medidas de segurança, que visem o bem estar dos trabalhadores envolvidos nesta
atividade. Este trabalho de pesq1uisa tem o propósito de apontar as falhas e deficiências,
bem como indicar sugestões para a melhoria das condições dignas de trabalho desta
classe de trabalhadores.

Palavras-chave: coletor de lixo, acidente de trabalho, lixo.

INTRODUÇÃO

O lixo é definido como sendo todo e qualquer resíduo proveniente das atividades
humanas ou gerado pela natureza em aglomerações urbanas. Definem-se resíduos
sólidos como o conjunto dos produtos não aproveitados das atividades humanas
(domésticas, comerciais, industriais, de serviços de saúde) ou aqueles gerados pela
natureza, como folhas, galhos, terra, areia, que são retirados das ruas e logradouros pela
operação de varrição e enviados para os locais de destinação ou tratamento. Também
podemos definir lixo como: os restos das atividades humanas, considerados pelos
geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Normalmente, apresentam-se sob
estado sólido, semi-sólido ou semilíquido (com conteúdo líquido insuficiente para que este
líquido possa fluir livremente).
Os profissionais encarregados de sua coleta e de seu destino são chamados de
coletores de lixo e garis. No início do século, os serviços de limpeza urbana foram
entregues à iniciativa privada, quando então os Irmãos Garys assumiram a companhia
industrial do Rio de Janeiro, por autorização do governo municipal, para desempenhar os
serviços de coleta, transporte e destino do lixo. Desde então, os trabalhadores da coleta
de lixo passaram a ser denominados pelo nome genérico de seus patrões: garis. No
entanto, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, coletor de lixo ( ou lixeiro ) é
definido como o agente de coleta de lixo e gari como sendo o varredor de rua.

A equipe da coleta de lixo, em geral, é composta pelo motorista do caminhão e


mais três coletores, e os garis,geralmente trabalham em grupo de quatro pessoas, que
fazem as varreções de vias públicas e calçadas.
A visão social desse grupo de trabalhadores e sua própria auto-imagem são
problemáticas do ponto de vista de nossa sociedade. Ocorre que há um menosprezo pela
referida ocupação que se origina dos próprios lixeiros, de suas condições econômicas e
de trabalho adversas, que dinamicamente interagem com a imagem social da própria
profissão.
Os coletores de lixo vêem-se obrigados, diariamente, a ter que lidar com uma
realidade tão universalmente abjeta, sem receberem salários condignos, socialmente
eqüitativos, até mesmo quando comparados aos de outras categorias pertencentes ao
setor terciário, no qual se inserem. Não existem, portanto, condições em que qualquer
negociação social de prestígio profissional pudesse superar ambas as fontes de mal-estar
psíquico em relação à vida e identidade profissional dos lixeiros.
Muitas vezes os coletores de lixo podem parecer incômodos para a população,
atrapalhando o trânsito, gritando, correndo, etc. Problemas que são infinitamente menores
se comparados com o resultado do seu trabalho. O lixo exposto favorece a criação de
moscas e insetos, que estimula o surgimento de doenças.O acondicionamento
inadequado do lixo pode provocar acidentes e doenças graves nos coletores. Entre os
riscos identificados no processo da coleta de lixo, destacam-se: mecânicos (cortes,
ferimentos,perfurações nas mãos, atropelamentos, quedas graves), ergonômicos (esforço
excessivo), biológico (contato com agentes biológicos patogênicos), químico (substâncias
químicas tóxicas) e sociais (falta de treinamento para o serviço). Cada acidente de
trabalho do coletor implica o seu afastamento, além da diminuição do salário e aumento
de custo para a empresa.

PROBLEMA DA PESQUISA

O objetivo deste artigo é desenvolver algumas reflexões sobre os acidentes de


trabalho na coleta do lixo domiciliar, uma vez que o crescimento acelerado das cidades e,
ao mesmo tempo, as mudanças no consumo dos cidadãos, também são fatores comuns
aos municípios, vem gerando um lixo muito diferente daquele que as cidades produziam
no passado. O lixo atual é diferente em quantidade e qualidade, em volume e em
composição.

Com o crescimento da população nas cidades, os serviços realizados por equipes


de limpeza pública tendem a se tornar cada vez mais complexo. O contato freqüente com
agentes nocivos à saúde torna o recolhimento do lixo um trabalho arriscado e insalubre,
executado normalmente por pessoas humildes, que recebem pouca consideração por
parte da sociedade.

Este projeto final versa sobre as condições de segurança e higiene nas atividades
de coleta de lixo urbano, no que diz respeito aos serviços de coleta de lixo domiciliar,
mostrando as particularidades desse ramo no aspecto da Higiene e Segurança do
Trabalho.

AS POPULAÇÕES EXPOSTAS

A principal dificuldade na definição das populações expostas aos efeitos diretos e


indiretos do gerenciamento inadequado dos resíduos sólidos municipais está no fato de
os sistemas de informação e monitoramento sobre saúde e meio ambiente não
contemplarem, em geral, o aspecto coletivo das populações, não dispondo de dados
epidemiológicos suficientes e confiáveis. Existem poucos estudos epidemiológicos sobre
saúde dos trabalhadores dos sistemas de gerenciamento de resíduos sólidos municipais,
mesmo nos países desenvolvidos. Apesar disso, algumas populações podem ser
identificadas como suscetíveis de serem afetadas pelas questões ambientais, com
redução da qualidade de vida e ampliação dos problemas de saúde.

A primeira população a ser considerada é aquela que não dispõe da coleta


domiciliar regular e que, ao se desfazer dos resíduos produzidos, lançando-os no entorno
da área em que vive, gera um meio ambiente deteriorado com a presença de fumaça,
mau cheiro, vetores transmissores de doenças, animais que se alimentam dos restos,
numa convivência promíscua e deletéria para a saúde (Ruberg & Philippi Jr., 1999). Em
geral, constituem esta população os segmentos pobres da sociedade. Entretanto,
dependendo das condições e localização das suas moradias, os ricos se estendem às
populações próximas de baixa renda, seja pelo alcance dos efeitos do mau cheiro e da
fumaça, seja pela mobilidade dos vetores, como também pela invasão de áreas
consideradas mais nobres, pelos resíduos arrastados por chuvas fortes, podendo
propiciar condições favoráveis a epidemias de leptospirose e dengue, por exemplo.

Outra população sujeita à exposição aos resíduos municipais é a de moradores


das vizinhanças das unidades de tratamento e destinação de tais resíduos. Por melhor
que seja o padrão técnico da unidade - projeto, construção e operação – a questão do
mau cheiro está sempre presente quando se manuseiam grandes quantidades de
resíduos domiciliares, face ao processo de decomposição da matéria orgânica, e tem sido
um dos fatores para o fechamento de usinas de reciclagem e compostagem no Brasil
(Lua, 1999).

Na maioria das cidades da América Latina a situação se agrava pelo fato de os


resíduos sólidos municipais serem dispostos no solo, de forma inadequada, em
vazadouros a céu aberto (lixões).

A necessidade de vias de melhor padrão, para acesso aos aterros e vazadouros,


acaba por atrair moradores para as proximidades dos mesmos, sobretudo pela
possibilidade do surgimento de linhas de ônibus, e essas pessoas constituem, em geral,
uma população bastante exposta, pela total ausência de saneamento básico. São
populações que, além dos incômodos do mau cheiro, convivem com a presença de
vetores e sofrem os efeitos da poluição/contaminação dos lençóis freáticos dos seus
poços d’água, pelo chorume gerado nos vazadouros de lixo. Ainda que seja difícil
estabelecer uma relação de interferência na saúde desta população pelos resíduos
sólidos municipais, diante da ausência de qualquer tipo de saneamento, não há razões
para se imaginar que não haja uma contribuição significativa dos mesmos neste quadro
negativo.

Além disso, uma parcela dessa população constitui os chamados catadores, que
existem em praticamente todos os vazadouros de resíduos. Ao remexerem os resíduos
vazados, à procura de materiais que possam ser comercializados ou servir de alimentos,
os catadores estão expostos a todos os tipos de contaminação presentes nos resíduos,
além dos riscos à sua integridade física por acidentes causados pelo manuseio dos
mesmos e pela própria operação do vazadouro. Esta população, que normalmente vive
próxima aos vazadouros, serve de vetor para a propagação de doenças originadas dos
impactos dos resíduos, uma vez que parte da mesma trabalha em outras localidades,
podendo transmitir doenças para pessoas com quem mantém contato.

Os impactos provocados pelos resíduos sólidos municipais podem estender-se


para a população em geral, por meio da poluição e contaminação dos corpos d’água e
dos lençóis subterrâneos, direta ou indiretamente, dependendo do uso da água e da
absorção de material tóxico ou contaminado. A população em geral está ainda exposta ao
consumo de carne de animais criados nos vazadouros e que podem ser causadores da
transmissão de doenças ao ser humano. Estima-se que mais de cinco milhões de
pessoas morrem por ano, no mundo inteiro, devido a enfermidades relacionadas com
resíduos (Machado & Prata Filho, 1999).

Os trabalhadores diretamente envolvidos com os processos de manuseio,


transporte e destinação final dos resíduos, formam outra população exposta. A exposição
se dá notadamente; pelos riscos de acidentes de trabalho provocados pela ausência de
treinamento, pela falta de condições adequadas de trabalho e pela inadequação da
tecnologia utilizada à realidade dos países em desenvolvimento; e pelos riscos de
contaminação pelo contato direto e mais próximo do instante da geração do resíduo, com
maiores probabilidades da presença ativa de microorganismos infecciosos (An et al.,1999;
Ferreira,1997; Sivieri,1995; Velloso et al.,1998).

Os mais freqüentes agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos resíduos


sólidos municipais e nos processos dos sistemas de gerenciamentos, capazes de
interferir na saúde humana e no meio ambiente são (Colombi et al., 1995; Ferreira, 1997;
Velloso, 1995):

• Agentes físicos, mecânicos e ergonômicos – O odor emanado dos resíduos pode


causar mal estar, cefaléias e náuseas em trabalhadores e pessoas que se
encontrem proximamente a equipamentos de coleta ou de sistemas de manuseio,
transporte e destinação final. Ruídos em excesso, durante as operações de
gerenciamento dos resíduos, podem provocar a perda parcial ou permanente da
audição, cefaléia, tensão nervosa, estresse, hipertensão arterial. Um grande
agente comum nas atividades com resíduos é a poeira, que pode ser responsável
por desconforto e perda momentânea da visão, e por problemas respiratórios e
pulmonares. Em algumas circunstâncias, a vibração de equipamentos, bem como o
peso dos lixos recolhidos (na coleta, por exemplo) pode provocar lombalgias e
dores no corpo, além de estresse. Responsável por ferimentos e cortes nos
trabalhadores da limpeza urbana, os objetos perfurantes e cortantes são sempre
apontados entre os principais agentes de riscos nos resíduos sólidos. Nem sempre
lembrada, a questão estética é bastante importante, uma vez que a visão
desagradável dos resíduos pode causar desconforto e náuseas;
• Agentes químicos – Nos resíduos sólidos municipais pode ser encontrada uma
variedade muito grande de resíduos químicos, dentre os quais merecem destaque
pela presença mais constante: pilhas e baterias; óleos e graxas;
pesticidas/herbicidas; solventes; tintas; produtos de limpeza; cosméticos; remédios;
aerossóis. Uma significativa parcela destes resíduos é classificada como perigosa
e pode ter efeitos deletérios à saúde humana e ao meio ambiente. Metais pesados
como chumbo, cádmio e mercúrio, incorporam-se à cadeia biológica, têm efeito
acumulativo e podem provocar diversas doenças como saturnismo e distúrbios no
sistema nervoso, entre outras. Pesticidas e herbicidas têm elevada solubilidade em
gordura que, combinada com a solubilidade química em meio aquoso, pode levar à
magnificação biológica e provocar intoxicações agudas no ser humano (são
neurotóxicos), assim como efeitos crônicos (Kupchella & Hyland, 1993);
• Agentes biológicos – Os agentes biológicos presentes nos resíduos sólidos podem
ser responsáveis pela transmissão direta e indireta de doenças. Microorganismos
patogênicos ocorrem nos resíduos sólidos municipais mediante a presença de
lenços de papel, curativos, fraldas descartáveis, papel higiênico, absorventes,
agulhas e seringas descartáveis e camisinhas, originados da população; dos
resíduos de pequenas clínicas, farmácias e laboratórios e, na maioria dos casos,
dos resíduos hospitalares, misturados aos resíduos domiciliares (Collins & Kenedy,
1992; Ferreira, 1997). Alguns agentes que podem ser ressaltados são: os agentes
responsáveis por doenças do trato intestinal (Ascaris lumbricoides; Entamoeba
coli; Schistosoma mansoni); o vírus causador da hepatite (principalmente do tipo
B), pela sua capacidade de resistir em meio adverso; e o vírus causador da AIDS,
mais pela comoção social que desperta do que pelo risco associado aos resíduos,
já que apresenta baixíssima resistência em condições adversas. Além desses,
devem também ser referidos os microorganismos responsáveis por dermatites. A
transmissão indireta se dá pelos vetores que encontram nos resíduos condições
adequadas de sobrevivência e proliferação;
• Agentes Sociais: que implica no treinamento e orientações adequadas dos
coletores de lixo, bem como a discriminação por parte da sociedade;

Alguns dos acidentes mais freqüentes entre trabalhadores que manuseiam


diretamente os resíduos municipais (Ferreira, 1997; Velloso et al., 1997) são descritos a
seguir:

• Cortes com vidros: caracterizam o acidente mais comum entre trabalhadores da


coleta domiciliar e das esteiras de catação de usinas de reciclagem e
compostagem, e também entre os catadores dos vazadouros de lixo;
• Cortes e perfurações com outros objetos pontiagudos: espinhos, pregos, agulhas
de seringas e espetos;
• Queda de veículo: devido a inadequação dos veículos para tal transporte, onde os
trabalhadores são transportados dependurados no estribo traseiro, sem nenhuma
proteção; e a elevada presença de alcoolismo entre trabalhadores da limpeza
urbana (Robazzi et al., 1992);
• Atropelamentos: além dos riscos inerentes à atividades, contribuem para o
atropelamento a sobrecarga e a velocidade de trabalho a que estão sujeitos os
trabalhadores e o pouco respeito que os motoristas em geral têm para os limites e
regras estabelecidas para o trânsito. Também deve ser lembrada a ausência de
uniformes adequados (sapatos resistentes e antiderrapantes e roupas visíveis); e
• Outros ferimentos: ferimentos e perdas de membros por prensagem em
equipamentos de compactação, mordidas de animais (cães e ratos).

Com relação a doenças ocupacionais relacionadas às atividades com resíduos


sólidos municipais, as micoses são comuns, aparecendo mais frequentemente nas mãos
e pés, onde as luvas e calçados estabelecem condições favoráveis para o
desenvolvimento de microorganismos. Há também índices de doenças coronarianas e
hipertensão arterial, apesar de não comprovar uma relação definitiva de causa-efeito.

A exposição a poeiras orgânicas e microorganismos pode ser causadora de


doenças do trato respiratório.

Os trabalhadores dos sistemas de limpeza urbana estão expostos a poeiras, a


ruídos excessivos, ao frio, ao calor, à fumaça e ao monóxido de carbono, à adoção de
posturas forçadas e incômodas e também a microorganismos patogênicos presentes nos
resíduos municipais. Também deve-se fazer referência ao estresse, como resultado das
tensões a que os trabalhadores estão sujeitos, dos longos períodos de transporte casa-
trabalho-casa, dos problemas de sobrevivências e agravos nutricionais (tanto desnutrição
quanto obesidade) resultantes dos baixos salários e dos desgaste que a carga fisiológica
do trabalho pode produzir.
CONCLUSÃO

No levantamento bibliográfico verificamos que os coletores ficam expostos a seis


tipos diferentes de risco (físicos, químicos, mecânicos, ergonômicos, biológicos e sociais)
estando sujeitos a ferimentos, quedas, entorses, atropelamentos, fraturas, infecções,
esforço excessivo (por não possuir pausas oficializadas para descanso), ruídos,
intoxicações e falta de treinamento para o serviço, conscientizando o coletor de lixo para
os riscos aos quais fica sujeito durante a realização de suas tarefas. A grande
porcentagem dos acidentes envolvendo os trabalhadores da limpeza urbana é referente a
objetos cortantes/perfurantes não protegidos nos recipientes a serem recolhidos, apesar
disto, as torções e quedas do estribo do veículo coletor também são relevantes. Ver
tabelas 1, 2 e 3.

A partir do levantamento bibliográfico concluímos que uma alternativa simples são


campanhas educativas direcionadas a todas as camadas da sociedade, esclarecendo
sobre a maneira correta do acondicionamento do lixo e suas conseqüências e os
problemas que poderia ser evitados juntamente com a implementação da coleta seletiva
do lixo. Os coletores deveriam receber orientações e treinamentos internos referentes à
operacionalização do trabalho, evitando problemas ergonômicos por causa do esforço
repetitivo, do levantamento de peso e posições incômodas a que ficam sujeitos no estribo
do veículo coletor; orientações e uso adequado de EPI’s e atividades laborais a fim de ter
um alongamento e um aquecimento leve antes do trabalho, ministrados diariamente por
um profissional qualificado.

REFERÊNCIAS
FERREIRA, J. A.., 1997. Lixo Hospitalar e Domiciliar: Semelhanças e Diferenças –
Estudo de Caso no Município do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado, Rio de Janeiro:
Escola Nacional de saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz.

SIVIERI, L. H., 1995. “Saúde no trabalho e mapeamento de riscos”. In: Saúde,Meio


Ambiente e Condições de Trabalho – Conteúdos Básicos para uma Ação Sindical. São
Paulo: Central única dos Trabalhadores/Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança
e Medicina no Trabalho.

VELLOSO, M. P., 1995. Processo de Trabalho da Coleta de Lixo Domiciliar na Cidade do


Rio de Janeiro: Percepção e Vivência dos Trabalhadores. Dissertação de Mestrado, Rio
de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz.

VELLOSO, M. P.; SANTOS, E. M. & ANJOS, L. A., 1997. “Processo de trabalho e


acidentes de trabalho em coletores de lixo domiciliar na cidade do Rio de Janeiro, Brasil”.
Cadernos de Saúde Pública, 13: 693-700.

VELLOSO, M. P.; VALLADARES, J. C. & SANTOS, E. M., 1998. “A coleta de lixo


domiciliar na Cidade do Rio de Janeiro: Um estudo de caso baseado na percepção do
trabalhador”. Ciência & Saúde Coletiva, 3: 143-150.

Vous aimerez peut-être aussi