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1: EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
1.1 Conceitos Básicos
Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função incógnita e suas derivadas. Por
exemplo y ′ + 2y = 0, onde y = fx (y é uma função incógnita dependente de uma outra variável x).
Observação: As derivadas ordinarias (dependentes de uma variável) serão descritas ao longo deste
d 3 y d 2 y dy
curso com a notação de Leibniz 3
, 2
, , ou com a notação linha y ′′′ , y ′′ , y ′ . Também existe a
... .. . dx dx dx
notação ponto de Newton y, y, y, para denotar derivadas com relação ao tempo.
Exemplos:
dy
a) = fx ou y ′ = fx y : função incógnita, onde y = yx, ou seja, por exemplo, y ′ = x + 3
dx
d2y dy 2
b) + 2 =1 y = yx
dx 2 dx
d3y d2y dy
c) 3
+ x + 3 2
+ + xy = 0 y = yx
dx dx dx
d2y 3 dy 7 3 dy
2
d) + y + y + 5x = 0 y = yx
dx 2 dx dx
∂2y ∂2y
e) 2 = c 2 y = yx, t
∂t ∂x
d 2 xt dxt
f) m 2
= F t, xt, (Lei de Newton)
dt dt
1.1.1 Classificação:
1. Tipo:
Eq, Diferencial
↙ ↘
Eq.Diferencial Ordinária(EDO) Eq. Diferencial Parcial (EDP)
- EDO: uma equação diferencial ordinária é aquela cuja função incógnita depende de apenas uma
variável independente.
Exemplos.: a), b), c), d) e f).
- EDP: uma equação diferencial parcial é aquela cuja função incógnita depende de duas ou mais
variáveis independentes.
Exemplo: e).
2. Ordem: A ordem de uma equação diferencial é a ordem da mais alta derivada que nela
aparece.
Exemplos.: a) é equação diferencial de primeira ordem.
b), d), e) e f) são equações diferenciais de segunda ordem.
c) é equação diferencial de terceira ordem.
1
3. Linearidade: Eq. Diferencial
↙ ↘
Linear Não - linear
- Linear: uma equação diferencial ordinária (EDO) de ordem n é linear se for linear com relação a y e
suas derivadas. Uma EDO linear pude ser escrita na forma:
dny d n−1 y
a 0 x n + a 1 x n−1 +. . . +a n xy = gx
dx dx
(Definição semelhante aplica-se a EDP).
- Não-linear: uma equação diferencial que não tenha a forma da equação acima é dita não-linear.
Exemplos.: a), c) e e) são lineares.
b) e d) são não-lineares (potências das derivadas).
Uma solução de uma equação diferencial na função incógnita y e na variável independente x, num
intervalo I, é uma função que verifica a equação diferencial identicamente para todo x em I.
Definição: Uma solução particular de uma equação diferencial é qualquer solução. A solução geral de
uma equação diferencial é o conjunto de todas as soluções.
Exemplo 3: Pode-se mostrar que yx = C 1 sin 2x + C 2 cos 2x é a solução geral de y ′′ + 4y = 0. Isto é, toda
a solução particular da EDO tem esta forma. Por exemplo, são soluções particulares:
y = 5 sin 2x − 3 cos 2x C 1 = 5, C 2 = −3
y = sin 2x C 1 = 1, C 2 = 0
y=0 C 1 = 0, C 2 = 0
Condições Iniciais: Uma equação diferencial acompanhada de condições adicionais sobre a função
incógnita e suas derivadas (todas no mesmo valor da variável independente) constitui um problema de
valores iniciais. Estas condições são chamadas C.I. (condições iniciais).
Exemplo 1: y ′′ + 2y ′ = e x
yπ = 1 , y ′ π = 2 (CI)
Este é um problema de valor inicial, pois as condições adicionais são dadas em x = π.
Condições de Contorno: Se as condições adicionais são dadas para mais de um valor da variável
independente, temos um problema de valores no contorno e as condições são C.C. (condições de
2
contorno).
Exemplo 2: y ′′ + 2y ′ = e x
y0 = 1 , y1 = 1 (CC)
Este é um problema de valor no contorno, pois as condições adicionais são dadas em x = 0 e x = 1.
Exemplo 3: Determine uma solução do problema y ′′ + 4y = 0 onde y0 = 0 , y ′ 0 = 1 se a solução geral
é yx = C 1 sin 2x + C 2 cos 2x
y0 =
y ′ x =
y ′ 0 =
Solução particular: yx = 12 sin2x
Observação
⋅ Solução geral: conjunto de todas as soluções (família de curvas)
⋅ Solução particular: solução que satisfaz as CI ou as CC (uma única curva)
0.5 y y
2.5
0.25
1.25
0 0
-4 -2 0 2 -4 -2 0 2
x x
-1.25
-0.25
-2.5
-0.5
∂x ∂x∂y ∂y ∂x
d3y d2y d4y d3y d2y dy
1.4 3
+ 3 2
+ y = e x
1.5 4 3 2
=
dx dx dx dx dx dx
n
d y
1.6 y ′′ 2 − 3yy ′ + xy = 0 1.7 x 4 y IV + xy ′′′ = e x 1.8 = y2 + 1
dx n
4 - Determine os valores das constantes, de modo que as funções dadas satisfaçam as condições iniciais
indicadas:
4.1 yx = C 1 e x + C 2 e 2x + 3e 3x ; y0 = 0; y ′ 0 = 0
4.2 yx = C 1 sin x + C 2 cos x + 1; yπ = 0; y ′ π = 0
3
Respostas:
1.1 (a) 1 (b) E.D.O. (c) x (d) yx
1.2 (a) 1 (b) E.D.O. (c) x (d) yx
1.3 (a) 2 (b) E.D.P. (c) x, y (d) ux, y
1.4 (a) 3 (b) E.D.O. (c) x (d) yx
1.5 (a) 4 (b) E.D.O. (c) x (d) yx
1.6 (a) 2 (b) E.D.O. (c) x (d) yx
1.7 (a) 4 (b) E.D.O. (c) x (d) yx
1.8 (a) n (b) E.D.O. (c) x (d) yx
2- (d) e (e) 3- (a), (c) e (d)
4.1 C 1 = 3, C 2 = −6 4.2 C 1 = 0, C 2 = 1.
dy
A forma padrão de uma EDO de primeira ordem é = fx, y. No entanto, podemos escrever fx, y
dx
Mx, y
como , assim,
−Nx, y
dy Mx, y
=
dx −Nx, y
-Nx, ydy = Mx, ydx
e obtemos a forma diferencial para esta equação: Mx, ydx + Nx, ydy = 0
Uma EDO de primeira ordem é uma equação a variáveis separáveis se pode ser escrita como:
Mxdx + Nydy = 0
∫ Mxdx + ∫ Nydy = C
dy 2
Exemplo 2: Determinar a solução geral da equação = x 2 :
dx 1−y
Solução: x 3 + y 3 − 3y = C
Obs.: y = yx implícitamente.
dy
Exemplo 3: Determinar a solução geral da equação = 3x 2 :
dx
Solução: y = x 3 + C
Obs.: dependência explícita ( yx está isolado)
4
dy
Exemplo 4: Determinar a solução geral da equação = 4y :
dx
Solução: y = Ce 4x
Respostas
x+y
1.1 y ′ = −e x y + e −x sin x, onde fx, y = −e x y + e −x sin x 1.2 y ′ =
y2
xy + 3
1.3 y ′ = 1.4 Não pode ser escrita na forma padrão.
y − 2x − 1
2
2 3y − 2x 2 = 58
2
5 3
3.1 y = ce 5x 3.2 y = x +c 3.3 b = Ce 2p 3.4 y = cos x + c 3.5 y = ± k − x 2
3
4.a) x 2 + 2 3 y 2 + 1 = k. 4.b) y = ke 4x +3x . 4.c) (use cos 2 wx = 12 + cos 2wx) y 2 = x + sin 2wx .
2 1
2 2w
2
4.d) v 2 = 2gt + k. 4.e) (use ∫ dy = arctgy) arctgy = x + x + k.
1
y 2 +1 2
5.a) x 2 + y 2 = 5 5.b) tgx − cot gy = 0 5.c) It = 21 − e 5t 5.d) v 2 − 2gt = v 20 − 2gt 0
Exercícios Extras:
1) Encontre o(s) valor(es) de m para os quais y = e mx seja solução das equações diferenciais que
seguem:
1.1) y ′ + 2y = 0
1.2) y ′′ − 5y ′ + 6y = 0
2) Encontre a solução geral ou uma solução particular para as equações diferencias a seguir, conforme o
caso:
y′
2.1) y ′ = − xy ; 2.2) r ′ + r = 1; 2.3) y ′ = xy; 2.4) = 2; 2.5) yy ′ = x; 2.6) dT = 0, 5T − 10
y−2 dt
satisfazendo T0 = T 0 ; 2.7) y ′ = y 2 satisfazendo y1 = 2; 2.8) r ′ + 2r = 20 satisfazendo r1 = 10;
dy
2.9) x 2 = y − xy satisfazendo y−1 = −1; 2.10) xe −y sin xdx − ydy = 0;
dx
5
1 2
Respostas: 2.1) y 2 + x 2 = C; 2.2) rx = 1 + ke −x ; 2.3) yx = ke 2 x ; 2.4) yx = 2 + ke 2x ; 2.5) y 2 − x 2 = k
− 1x
2.6) Tt = 10 + T 0 − 10e 0,5t ; 2.7) yx = 3−2x
2
; 2.8) rx = 10 − ke −2r ; 2.9) yx = eex ;
2.10) e y 1 − y = −x cos x + sin x + C
N0 = N 0 e N3 = 2N 0
dT = kT − T m
dt
6
y 100
87.5
75
62.5
50
37.5
0 25 50 75 100
x
7
2.5 Equações Diferenciais Lineares:
dy
Quando podemos escrever fx, y == pxy + qx na equação diferencial = fx, y, dizemos que a
dx
equação é linear, ou seja,
dy
+ pxy = qx
dx
Solução: Utilizamos o fator de integração Ix = e .
∫ pxdx
dy
Ix + Ixpxy = qxIx
dx
e
∫ pxdx dy + Ixpxy = qxe ∫ pxdx
dx
d e ∫ pxdx . y = e ∫ pxdx . qx
dx
Integrando em relação a x:
∫ pxdx . y = ∫ e ∫ pxdx . qxdx
e
−∫ pxdx ∫ pxdx . qxdx + C
y=e . ∫e
Exemplo 1: Resolva y ′ + 2y = e −x , y0 = 0. 75
Fator integrante: Ix = e 2x
Solução geral: y = e −x + Ce −2x
Solução particular: y = e −x − 0. 25e −2x
Exemplo 2: Resolva y ′ − 2xy = x , y0 = 0
Fator integrante: Ix = e −x
2
Solução geral: y = − 1 + Ce x
2
2
Solução particular: y = − 1 + 1 e x
2
2 2
2 3
1.d) yx = x + kx
8
i) y ′ = −2y + cos x com y1 = 1 Resposta: yx = 0, 4 cos x + 0, 2 sin x + 4, 5486e −2x
Exemplo: Um tanque contém inicialmente 350 litros de salmoura com 10 kg de sal. No intante t = 0,
água pura começa a entrar no tanque a razão de 20 l por minuto, enquanto a mistura sai do tanque a
mesma taxa. Determine a quantidade de sal no tanque no instante t.
V 0 = 350 l. b = 0 kg/l f = 20 l/min
Q0 = 10 kg e = 20 l/min
dQ 20 dQ
+ Q = 0. 20 ∴ + 2 Q = 0 É linear.
dt 350 + 20t − 20t dt 35
2t
Fator integrante: It = e 35
−
2t
Solução geral: Q = Ce 35
−
2t
Solução particular: Qt = 10e 35
Observe que Q → 0 quando t → ∞ , o que esperávamos, pois está entrando água pura.
Casos Particulares:
- Circuito RL: Lei que rege a quantidade de corrente no circuito é dI + R I = E
dt L L
Obs.: Não necessariamente E é constante. É uma equação linear não-homogênea.
dq
- Circuito RC: Lei que rege a quantidade de carga é + 1 q= E
dt RC R
Obs.: A EDO é linear e não-homogênea.
dq
A relação entre q e I é: I =
dt
9
Atenção:
It = corrente transiente + corrente estacionária.
- Estado transiente: Tem forte influência no início do experimento. Vai para zero quando t → ∞.
- Estado estacionário: caracteriza a corrente quando t → ∞ (muito grande).
Exemplo: Um circuito RL tem uma f.e.m. de 5 volts, uma resistência de 50 ohms, uma indutância de 1
henry e não tem corrente inicial. Determine:
a) a corrente no instante t;
b) sua componente no estado estacionário;
c) sua componente no estado transiente.
a) dI + 50I = 5 I0 = 0
dt
1 −50t
Fator integrante: e 50t Solução particular: It = 101 − 10 e .
1 −50t
b) I est = 10 A,
1
c) I trans = − 10 e A
1) Um tanque de 50 litros contém inicialmente 10 litros de água pura. No instante t = 0, começa a ser
despejada uma solução contendo 0,1 kg de sal por litro, a razão de 4 l/min, enquanto a mistura sai do
tanque a razão de 2 l/min. Determine:
a) O instante em que ocorre o transbordamento.
b) A quantidade de sal no tanque neste instante.
2) Um circuito RL tem f.e.m. dada (em volts) por 3 sin 2t , uma resistência de 10 ohms, uma indutância de
0.5 henry e uma corrente inicial de 6 ampères. Determine a corrente em t:
Pesquise, nos livros abaixo indicados, uma aplicação para as equações diferenciais ordinárias de
primeira ordem. Escolha uma aplicação na área que preferir, como por exemplo: biologia (crescimento
populacional e disseminação de doenças), química (decaimento radioativo, misturas e datação por
carbono), física (resfriamento de Newton e corpo em queda livre) e engenharia (circuitos elétricos e
eletromagnetismo).
O trabalho deve conter no mínimo duas páginas com: introdução, descrição do problema de forma
geral (pelo menos uma página), um exemplo resolvido e conclusão, contendo a sua opinião sobre as
aplicações das equações diferenciais e sobre a aplicação escolhida.
Procure pesquisar em mais de um livro da biblioteca, escolhendo a aplicação que achar mais
interessante. Coloque no trabalho a bibliografia utilizada.
Referências
*BOYCE W.E. DIPRIMA R.C.. Equações Diferenciais Elementares e Problemas de Valores de Contorno.
Rio de Janeiro LTC. 1998.
*EDWARDS C.H. PENNEY D.E. Equações Diferenciais Elementares com Problemas de Contorno.
Prentice-Hall, 1995.
*HUGHES-HALLETT, D., GLEASON, A. M. Cálculo v. 2. Rio de Janeiro LTC. 1997.
*ZILL, D. G., CULLEN M. R. Equações Diferenciais com Aplicações em Modelagem. Thomson Learning
2003.
ZILL, D. G., CULLEN M. R. Equações Diferenciais v 1. MAKRON BOOKS.
MATOS, M. P., Séries e Equações Diferenciais. São Paulo, Prentice Hall, 2002.
( * mais indicados )
10
3: EDOs LINEARES DE SEGUNDA ORDEM
3.1 EDO Lineares de Segunda Ordem
Uma EDO linear de segunda ordem é dita com coeficientes constantes se a 1 , a 0 são constantes.
Caso contrário, a equação é com coeficientes variáveis.
Exemplos.:
a) y ′′ + 4y = e x − sin x a 1 = 0, a 0 = 4 gx = e x − sin x
EDO linear de segunda ordem com coeficientes constantes não-homogênea.
x 2 − 1 1 , a 0 x = x − 1 gx ≡ 0
2
b) x 2 y ′′ + xy ′ + x 2 − 1y = 0 ou y ′′ + 1x y ′ + y = 0 a 1 x = x
x2 x2
EDO linear de segunda ordem com coeficientes variáveis homogênea.
c) yy ′′ − y ′ = 0; O produto yy ′′ indica a não linearidade da EDO.
d) y ′′ − y = 0; A potência indica a não linearidade da EDO.
CASO 1:
λ 1 e λ 2 são raízes reais distintas.
Como e λ 1 x e e λ 2 x são soluções L.I., então a propriedade 2 nos garante que a solução geral é
yx = C 1 e λ 1 x + C 2 e λ 2 x
Exemplo 1: y ′′ + 5y ′ + 6y = 0
λ 2 + 5λ + 6 = 0 → λ + 2λ + 3 = 0
Solução geral: y = C 1 e −2x + C 2 e −3x
11
λ 1 = λ 2 (raízes reais e iguais).
Solução L.I. e λ 1 x e xe λ 1 x
A solução geral é yx = C 1 e λ 1 x + C 2 xe λ 1 x .
Verifique se e λ 1 x e xe λ 1 x são soluções L.I. W ≠ 0
Exemplo: y ′′ + 2y ′ + y = 0
Solução geral: y = C 1 e −x + C 2 xe −x
CASO 3:
λ 1 = a + bi , λ 2 = a − bi (aparecem aos pares complexos conjugados).
Solução L.I.: e a+bix e e a−bix .
Solução geral: y = C 1 e a+bix + C 2 e a−bix
Mas, pela propriedade 6, podemos equivalentemente escrever a solução geral como
y = C 1 e ax cos bx + C 2 e ax sin bx
Soluções L.I.:
- Se λi é raiz real simples: y i = C i e λ i x
- Se λi é raiz real de multiplicidade p: e λ 1 x ; xe λ 1 x ; . . . ; x p−1 e λ 1 x
- Se λi = a + bi e λi ∗ = a − bi são raízes complexas conjugadas: e ax cos bx; e ax sin bx
3.5 EDOL Não Homogênea com Coeficientes Constantes: Método dos Coeficientes
a Determinar:
Propriedade 1:
Se y h é a solução geral de Ly = 0 e y p é a solução particular de Ly = gx então: yx = y h + y p é a
solução geral de Ly = gx.
Exemplo: y ′′ − y = e 2x
Equação homogênea associada y ′′ − y = 0 cuja solução geral é yx = c 1 e x + c 2 e −x .
y p = ? Supõe que y p = Ae 2x onde A é uma constante. Derive y p e substitua na EDO para encontrar
A = 13 .
∴ y p = 13 e 2x e a solução geral yx = y h + y p será yx = c 1 e x + c 2 e −x + 13 e 2x
Propriedade 2:
Se y h é a solução geral de Ly = 0, y p1 é uma solução particular de Ly = g 1 x e y p2 é uma solução
particular de Ly = g 2 x, então, pelo princípio da superposição, y = y h + y p1 + y p2 é a solução de
Ly = g 1 + g 2 .
Exemplo: y ′′ − y = e 2x + 1
13
y h = c 1 e x + c 2 e −x solução de y ′′ − y = 0
y p1 = 13 e 2x solução particular de y ′′ − y = e 2x
y p2 = ? Supõe y p2 = A constante, deriva e substitui na EDO para encontrar A = −1. ∴ y p2 = −1
∴ y = y h + y p1 + y p2 y = c 1 e x + c 2 e −x + 13 e 2x − 1 é a solução geral de y ′′ − y = e 2x + 1.
Solução geral: yx = y h x + y p x
Para determinarmos y p x, vamos utilizar o método dos coeficientes a determinar:
CASO 1:
Quando y = ke ax a, k ∈ ℜ, devemos supor y p = Ae ax .
Observação: Sse a é raiz simples ou raiz dupla da equação característica λ 2 + a 1 λ + a 0 = 0, devemos
supor y p = Axe ax ou y p = Ax 2 e ax .
Exemplo : Resolva y ′′ + 5y ′ + 4y = 5e −4x
A solução particular y p = Ae −4x não deve funcionar, pois -4 é raiz da equação característica. Supõe,
então, y p = Axe −4x , que derivando e substituindo na EDO, obtém-se A = − 5 .
3
CASO 2:
Ly = k sin αx ou k cos αx : devemos supor y p = A cos αx + B sin αx.
Observação: Se esta solução particular coincidir com a solução homogênea devemos supor
y p = Ax cos αx + Bx sin αx.
Exemplo : Resolva y ′′ + 4y = − sin 2x + cos x
y h = C 1 cos 2x + C 2 sin 2x
Solução particular 1 (para y ′′ + 4y = − sin 2x)
y p1 = Ax cos 2x + Bx sin 2x . Deriva e substitui na EDO,
encontra: A = 1 e B = 0. y p1 = 1 x cos 2x
4 4
Solução particular 2 (para y ′′ + 4y = cos x)
y p2 = A cos x + B sin x . Deriva e substitui na EDO,
encontra: A = 1 e B = 0. y p2 = 1 cos x
3 3
CASO 3:
Ly = ke αx cos βx ou Ly = ke αx sin βx
Vamos considerar w p = ke α+iβx que equivale à w p = Ae αx cos βx + Be αx sin βx.
Observação: Se esta solução particular coincidir com a solução homogênea devemos supor
w p = Axe αx cos βx + Bxe αx sin βx.
Exemplo : Resolva y ′′ + 2y ′ + 5y = −2e x cos 2x
y h = C 1 e −x cos 2x + C 2 e −x sin 2x
w p = Ae 1+i2x . Deriva e substitui na EDO
y p = − 1 e x cos 2x − 1 e x sin 2x.
10 5
CASO 4:
Ly = b 0 + b 1 x +. . . +b n x n supõe y p = A 0 + A 1 x +. . . +A n x n .
Observação: Se esta solução particular coincidir com a solução homogênea devemos supor
y p = xA 0 + A 1 x +. . . +A n x n ou y p = x 2 A 0 + A 1 x +. . . +A n x n
Exemplo 1: Resolva y ′′ + 3y ′ = 2x 2 + 3x
y h = C 1 e −3x + C 2
y p = xA 0 + A 1 x + A 2 x 2 . Deriva e substitui na EDO,
obtém: A 0 = − 5 , A 1 = 5 e A 2 = 2 yp = − 5 x + 5 x2 + 2 x3
27 18 9 27 18 9
14
CASO 5:
Ly = b 0 + b 1 x +. . . +b n x n e αx , supõe y p = A 0 + A 1 x + A 2 x 2 e αx
Observação: Se esta solução particular coincidir com a solução homogênea devemos supor
y p = xA 0 + A 1 x +. . . +A n x n e αx ou y p = x 2 A 0 + A 1 x +. . . +A n x n e αx
Exemplo: Resolva y ′′ + 2y ′ + 4y = −xe 2x + 3e 2x
y h = C 1 e −x cos 3 x + C 2 e −x sin 3 x
y p = A 0 + A 1 xe 2x . Deriva e substitui na EDO:
A0 = 7 , A1 = − 1 yp = 7 − 1 x e 2x
24 12 24 12
RESPOSTAS
1.1) y = c 1 e x + c 2 e 2x − − 52 x 2 − 5xe x
1.2) y = c 1 e 2x + c 2 xe 2x + 32 x 2 e 2x
1.3) y = c 1 e −3x + c 2 e −4x + 656 cos 2x + 130 21
sin 2x
1.4) y = c 1 cos 2x + c 2 sin 2x + 4 x 1
yH y P1 y P2 y P3
2)Encontre uma solução particular para as seguintes equações diferenciais:
2.1. y ′′ − 7y ′ + 12y = 3e −x ; 2.2. y ′′ − 5y ′ + 4y = 8e x ; 2.3. y ′′ − 5y ′ + 6y = 2x 2 − 1
2.4. y ′′ − y ′ = x; 2.5. y ′′ − 3y ′ + 2y = 2 sin x; 2.6. y ′′ − 4y = 5 cos 2x
e −x
2
Respostas: 2.1. y p x = 3
20
2.2. y p x = − 83 xe x 2.3. y p x = x3 + 5x9 + 275
2.4. y p x = −x − 0, 5x 2 2.5. y p x = 15 sin x + 35 cos x 2.6. y p x = − 58 cos 2x
Considerações:
- Desprezamos a massa da mola.
- Resistência do ar é proporcional à velocidade do corpo.
- Forças sobre o corpo no instante t são: força da resistência do ar: −ax ′ a > 0
força restauradora: −kx k > 0 Lei de Hooke
Obs.: A resistência do ar é sempre no sentido oposto ao da velocidade do movimento.
Segunda Lei de Newton: F R = mx ′′
Ft − ax ′ − kx = mx ′′ ou x ′′ + ma x ′ + k x = Ft C.I. x0 = 0 e x ′ 0 = 0
m m
a
Obs.: Se a gravidade for considerada: x + m x ′ + m
′′ k x = g + Ft
m
Exemplo: Uma massa de 2 kg. está suspensa em uma mola cuja constante é 10 N/m e permanece
em repouso. É, então posta em movimento, imprimindo-lhe uma velocidade inicial de 150 cm/s. Determine
a expressão da posição da massa, desprezando a resistência do ar:
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xt = 0. 671 sin 5 t
- Problemas de Circuitos Elétricos:
Seja um circuito RCL (resistência-capacitância-indutância).
Lei de Kirchhoff: A soma algébrica das quedas de tensão em um circuito elétrico fechado simples é
zero.
QT(resistência)+QT(capacitância)+QT(indutância)-E(t)=0
Et
Rq ′ + Lq ′′ + 1 q = Et ou q ′′ + R q ′ + 1 q = com C.I. q0 = q 0 e q ′ 0 = I0 = I 0
C L LC L
que é a equação da carga q com o tempo t.
Por outro lado, a equação da corrente I com o tempo t, é dada por:
dEt
I ′′ + R I ′ + 1 I = 1 com C.I. I0 = I 0 e I ′ 0 = 1 E0 − R I 0 + 1 q 0 ,
L LC L dt L L LC
dq
onde I = .
dt
Exemplo: Um circuito RCL tem R = 10 ohms, C = 10 −1 farad, L = 0. 5 henry e uma tensão aplicada de
12 volts. Admitindo que não haja corrente inicial nem carga inicial em t = 0 , quando a tensão é aplicada
pela primeira vez, determine a corrente subseqüente no sistema:
Equação diferencial: I ′′ + 20I ′ + 200I = 0
Condições iniciais: I0 = 0 e I ′ 0 = 24
Solução: It = 12 e −10t sin 10t
5
q
3) Considere o modelo de um circuito RCL dado por Lq ′′ + Rq ′ + C = Et.
Calcule a carga máxima e a carga estacionária no capacitor se L = 5/3 henry, R = 10 ohms, C = 1/30
farad e Et = 300 volts, sabendo que a corrente inicial é de 2 amperes e carga inicial nula. Resposta:
qt = e −3t −10 cos 3t − 28
3
sin 3t − 10 ; It = 58e −3t sin 3t + 2e −3t cos t.
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