Aula 26. Aceleração Vetorial (II) 2. Análise Vetorial de Movimentos
1. Aceleração Vetorial Instantânea Vamos, agora, identificar a aceleração vetorial em certos tipos de movimento e sua orientação com o vetor Sabemos que a velocidade ( ) pode variar em velocidade. intensidade e em direção. Por esta razão, o vetor Movimento Retilíneo Uniforme aceleração ( ) de um móvel num certo instante é É o único movimento que não possui aceleração vetorial, decomposto em duas acelerações perpendiculares: a pois sua velocidade mantém-se constante em intensidade (uniforme) e em direção (trajetória retilínea). Ou seja: aceleração tangencial , que indica a variação da intensidade de e a aceleração centrípeta , que indica a variação da direção de . Desse modo, a aceleração instantânea ( ) fica definida pela adição vetorial dessas componentes: Movimento Retilíneo Uniformemente Variado A velocidade varia apenas em intensidade, pois é variado em trajetória retilínea. Logo, não possui aceleração centrípeta, ou seja, sua aceleração vetorial é tangencial (apenas para acelerar ou retardar).
A aceleração tangencial possui as seguintes
características:
Movimento Circular Uniforme
A velocidade tem intensidade constante, pois o movimento é uniforme. Logo, não possui aceleração tangencial. Entretanto, sua velocidade varia em direção (pois a trajetória é curva), ou seja, sua aceleração vetorial é centrípeta.
Nos movimentos uniformes, a intensidade da velocidade
não varia e, portanto a aceleração tangencial é nula. A aceleração tangencial só existe em movimentos variados (acelerados ou retardados) e independe do tipo de Mov. Circular Uniformemente Variado trajetória (retilínea ou curvilínea). Pelo fato de a velocidade variar tanto em intensidade quanto em direção, esse movimento possui aceleração A aceleração centrípeta possui as seguintes tangencial e aceleração centrípeta, sendo a aceleração características: vetorial do movimento a resultante de e . Ou seja:
Como é perpendicular a , temos:
Nos movimentos retilíneos, a direção da velocidade não
varia e, portanto, a aceleração centrípeta é nula. A aceleração centrípeta só existe em movimentos de trajetórias curvas e independe do tipo de movimento (uniforme ou variado).
Paulo Victor Araujo Lopes 1
Parte 1 – Mecânica
Resumo 03. Com relação à aceleração vetorial de uma partícula,
Vetor Aceleração assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as frases abaixo. 01 – Num movimento com trajetória retilínea, a aceleração é constante. 02 – Nos movimentos retilíneos e uniformemente variados, a aceleração é nula. 04 – Nos movimentos circulares e uniformes, o vetor aceleração é constante. Tipos de movimento 08 – Nos movimentos curvos, a aceleração é nula MRU : = 0 16 – Quando o módulo da aceleração centrípeta é MRUV : = = constante, o movimento é retilíneo. 32 – Todo movimento uniforme é desprovido de aceleração. MCU : = = Resolução 01 – (F) – Nos movimentos retilíneos, a aceleração MCUV : = centrípeta é nula e, portanto, a aceleração vetorial resume-se à aceleração tangencial. Se o movimento for Exercícios Resolvidos 1. Uma partícula move-se em trajetória circular de raio 2 uniforme, a aceleração será constantemente nula. Se o m, com velocidade angular constante de 2 rad/s. movimento for uniformemente variado, a aceleração será a) Qual o ângulo entre os vetores velocidade e aceleração constante e diferente de zero. Se o movimento for da partícula num certo instante? variado, a aceleração vetorial não será constante. b) Quais as intensidades dos vetores velocidade e 02 – (F) – Nos movimentos uniformemente variados e aceleração da partícula? retilíneos, a aceleração vetorial resume-se à aceleração Resolução tangencial, que é constante e não-nula. a) Como se trata de um movimento circular uniforme, a 04 – (F) – Nos movimentos circulares, a aceleração sua aceleração é centrípeta. Logo, o ângulo entre os centrípeta varia em direção. vetores velocidade (tangente à trajetória circular) e 08 – (F) – Nos movimentos curvos deve existir aceleração aceleração (radial) é 90°. centrípeta. b) · V = ·R=2·2 16 – (F) – Para que o movimento seja retilíneo, a aceleração centrípeta deve ser constantemente nula. 32 – (F) – No movimento uniforme em trajetória circular (MCU) a aceleração vetorial é não-nula ( ). Para não 02. Um ponto material move-se em trajetória circular de haver aceleração, o movimento uniforme tem que ser raio igual a 20 m, em movimento uniformemente acelerado. No instante t = 0, o módulo de sua velocidade retilíneo. vale 5,0 m/s e, 1,0 s após, vale 10 m/s. Determine o módulo do vetor aceleração no instante t = 1,0 s. Resolução Vamos, inicialmente, obter as intensidades das componentes da aceleração vetorial para t = 1,0 s: 1) O módulo do vetor aceleração tangencial é constante e dado por:
2) O módulo do vetor aceleração centrípeta, no instante t
= 1,0 s, é dado por:
O módulo do vetor aceleração instantânea é dado por: