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Argumentação

Para Foulquié (apud Vignaux, 1988), “toda argumentação é índice de uma dúvida
porque ela supõe que é necessário precisar ou reforçar o acordo sobre uma posição
determinada que não seria bastante clara ou não se imporia com força suficiente”.
A argumentação, segundo Vignaux (1973), ocorre em discursos que apresentam ao
menos duas características: a) contêm teses que traduzem direta ou indiretamente a posição do
locutor; b) remetem sempre a um outro, indivíduo ou grupo, explicitado ou não no texto.
Para Charolles (1980), “há argumentação toda vez que um agente (individual ou
coletivo) produz um comportamento destinado a modificar ou reforçar as disposições de um
sujeito (ou um conjunto de sujeitos) em relação a uma tese ou conclusão”. Segundo esse
pesquisador, uma conduta de argumentação tem as seguintes características:
1. ocorre numa situação que a argumentação transforma em situação de
argumentação;
2. envolve participantes (individuais ou coletivos) que assumem papéis específicos de
agente e paciente da argumentação;
3. envolve um campo problemático (um domínio de interrogação ou de preocupação);
4. visa a um objetivo, que é conquistar a adesão do interlocutor a uma tese (ou
conclusão) ou, mais modestamente, fazer com que este compreenda as razões que
levam o argumentador a pensar de uma determinada maneira;
5. exige, da parte do argumentador, o emprego de meios, que são os argumentos.

A estrutura dos textos argumentativos é constituída de categorias como tese, premissa


e argumento.
A tese é uma proposição passível de ser provada, digna de ser aceita como verossímil.
É uma afirmação que o argumentador submete à aprovação de um interlocutor (Vignaux,
1988).
O argumento é uma proposição ligada a outra de tal modo que, pelo elo que se
estabelece, a primeira seja a razão da segunda (Angenot, 1982). A ordem dos argumentos tem
papel importante na argumentação. Há três seqüências possíveis: a decrescente (do argumento
mais forte ao mais fraco); a crescente (do mais fraco ao mais forte) ; e a nestoriana (o
discurso começa e termina pelos argumentos mais fortes). É importante lembrar que a força
dos argumentos varia com o auditório e o objetivo da argumentação.
Os argumentos são ancorados em premissas. Estas são as duas primeiras proposições
de um silogismo, que servem de base à conclusão. No discurso argumentativo, podem ser
encontradas premissas retiradas da opinião corrente, isto é, dos valores aprovados por todos
ou quase todos os homens, ou pelos mais conhecidos. É uma questão de “autoridade”, que
provém tanto do grande número de pessoas que compartilham uma mesma opinião quanto da
qualidade dessas pessoas (especialistas, sábios). Premissas dessa natureza tornam possível o
acesso à conclusão. É também por meio delas que o argumentador busca a adesão de seu
interlocutor, que é colocado na situação de não poder recusá-las.

Referências bibliográficas:
1. ADAM, Jean-Michel. Types de séquences textuelles elémentaires. Pratiques, n. 56, déc. 1987
2. ANGENOT, Marc. La parole pamphlétaire: contribution à la typologie des discours. Paris: Payot, 1982.
3. CHAROLLES, Michel. Les formes directes et indirects de l’argumentation. Pratiques, n. 28, oct. 1980.
4. VIGNAUX, Georges. Le discours argumenté écrit. Communications, n. 20, 1973.
5. --------------. Le discours, acteur du monde; énonciation, argumentation et cognition. Paris: Ophrys, 1988.

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