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A Letra Escarlate

A Letra Escarlate apresenta-se como um clássico da literatura, a respeito de uma


sociedade fortemente influenciada pelos ideais vitorianos ingleses de moral e
sexualidade, com uma dose paradoxal de relativização e tolerância. A história se passa
na Nova Inglaterra, no ano de 1666 envolvendo uma mulher chamada Hester Prynne. Ela
é totalmente submetida à vergonha por haver cometido adultério contra seu marido, que
supostamente havia morrido em sua viagem da lnglaterra para América. Hester é presa e
logo após é retirada da cadeia e elevada a outra cidade. Lá, ela é obrigada a usar a letra
de cor escarlate, que a identifica como adúltera. Essa obra nos permite observar quão
severo eram os castigos aplicados a mulheres que cometiam adultério naquela
época,com Hester não foi diferente, pois aquelas pessoas a condenaram com o castigo
mais cruel já visto. E a letra A bordada em suas vestes a diferenciava de seus
acusadores, que a insultavam nas ruas. Nessa obra o autor salienta em seus primeiros
capítulos um julgamento social, totalmente humilhante e vergonhoso, é uma atitude que
revela características do autor, totalmente puritano e tradicionalista. Julgando o ato de
Hester imperdoável, como se nem mesmo todo sofrimento do mundo inocentaria aquela
mulher. A multidão se comprimia, pois todos queriam proferir alguma palavra de
hostilidade àquela mulher. Ela foi levada a praça pública, com a finalidade de ser
humilhada, de servir de exemplo para outras mulheres, mas um dos principais objetivos
naquela ocasião era que Hester revelasse o nome do pai da filha que ela carregava nos
braços. O nome ela jamais revelaria, pois levaria esse segredo para o túmulo, carregaria
consigo, pois ela era uma mulher forte, possuia seus ideais, e por amor, não revelaria
que o pai de Pérola, sua filha, era o Reverendo Arthur Dimmesdale. No mesmo dia que
Hester é exposta nas ruas, com sua filha nos braços, no momento se seu julgamento,
entre tantos rostos estranhos ela reconhece um que chama sua atenção, se tratava de
seu marido que voltara de suas viagens, Roger Chillingsworth, um médico muito
perspicaz, dotado de um sexto sentido único. Ele apenas observa em silêncio toda cena
humilhante que envolvia sua esposa. Depois, vai a cadeia, enviado para medicar mãe e
filha, que devido ao tumulto daquele dia se encontravam adoentadas. Ali, ele tenta
entender o motivo da traição, e tenta extrair de Hester o nome do homem que o traira,
mas foi em vão. O médico implora, porém que Hester, jamais conte as pessoas do
vilarejo que ele é seu marido, já que ali ninguém sabia quem ele era. Pediu para que ela
guardasse esse segredo assim como ela guardava o nome do pai daquela criança.
Saindo da cadeia, Hester é forçada a ganhar a vida como costureira para sustentar a si e
a filha Pearl (pérola), que conforme cresce é evitada por todos, pelos pecados de sua
mãe, elas vão morar em uma cabana nas proximidades da cidade. Ela poderia ir embora
dali, para qualquer lugar que quisesse, começar uma vida nova, em um lugar que
ninguém a conhecia, porém Hester fica ali, a voz de Hester na obra explica "foi o cenário
de sua culpa, e aqui deveria ser o cenário de sua punição terrena; e então, talvez a
tortura que seria sua vergonha diária acabaria por purgar sua alma, e gerar uma outra
pureza além da que ela havia perdido, uma mais beatífica, porque resultado de um
martírio". Com essas palavras extraídas da obra entendemos os motivos que levaram
Hester a permanecer naquele lugar. Na cabana, sua nova morada, ela se dedica a
costura e bordado, com o dinheiro que lhe sobra ajuda os mais carentes, que sem saber
que são ajudados por ela, também a ofende quando ela passa nas ruas, mas sempre
quieta ela absorve as palavras de descaso sem jamais ao menos retrucar. Ela sobrevive
bem com as costuras, pois suas clientes são as madames da época, e pagavam muito
bem pelos seus serviços de alta qualidade. Nesse ínterim seu ex-marido Roger
Chillingsworth se torna conhecido do reverendo Dimmesdale, freqüentando
regularmente seus cultos e de uma forma nem tanto pessoal, passam a ser amigos, pois
o reverendo se torna paciente do médico, acabam morando na mesma casa. O médico
tenta diagnosticar e descobrir o mau do reverendo, que vive pálido, com um expressão
mórbida, e um olhar vago. Imediatamente o médico percebe que o reverendo carrega
consigo uma dor tremenda, uma dor que vem da alma, dor essa que é a causa de sua
enfermidade, mas não sabe o que é, porém por ser curioso e astuto o médico faz de tudo
para saber o que aflige a alma do reverendo, qual a amargura que o seca por dentro. Em
uma noite enquanto o reverendo Dimmesdale adormece, o médico descobre que ele
possui uma letra "A" marcada de ferro em sua carne e imediatamente faz uma conexão
entre os amantes. A partir daí ele tenta a todo custo se vingar no reverendo. Dimmesdale
acaba revelando-se como adúltero. O cenário que se inicia a obra com Hester sendo
julgada pelo povo, é o mesmo que o reverendo morre, onde assume ser pai de Pearl, e
mostra para todos a Letra "A" que carregara em seu peito ao longo daqueles 7 anos, em
seguida morre enquanto se despede de Hester e da pequena Pearl. Hester e Pearl
deixam a cidade após a revelação dos fatos. Pearl herda uma grande fortuna, se casa
com um aristocrata e inicia sua própria família. Hester volta a viver na antiga cabana,
com a Letra Escarlate em seu peito, recebe cartas da filha, morre algum tempo depois e
é enterrada ao lado se seu grande amor, Dimmesdale. Na tumba dividida pelos dois é
gravada a legenda, destacado por um toque sempre presente de luz mais desolada do
que a sombra - que pode servir de fecho à nossa história, que aqui termina, "NUM
CAMPO SEVERO, IMENSO, NEGRO E TRISTE, GRAVADA A VERMELHO, A LETRA A
SUBSISTE!"

A obra de Nathaniel Hawthorne "A Letra Escarlate" foi adaptado para o cinema e em
1995 foi lançado um Filme, e muitos se questionam sobre as diferenças no final de
ambas as obras, porém se mantem a essência, que é o fanatismo desenfreado da
religiosidade daquele povo e o puritanismo exagerado da época. Estrelado por Demi
Moore (Hester Prynne), Gary Oldman (Arthur Dimmesdale) e Robert Duvall (Roger
Chillingsworth).
Hawthorne (1804-1864) é bisneto de um dos maiores juízes de feiticeiras de Salem, na
Nova Inglaterra, foi responsável por injetar decisivamente o puritanismo americano no
rol de temas centrais da tradição gótica. Em seus romances, cuja delicada escrita
(dotada de um pudor que pintava até os mais insignificantes pecados como máculas
formidáveis). Sempre teve como tema em seus trabalhos a moral, conferindo-lhe ares de
única salvaguarda contra a crueldade humana. Dentre suas obras, "A Casa das Sete
Torres" (1851) é aquela que melhor assimila (e reformula) a estética gótica.

A Letra Escarlate, Nathaniel Hawthorne faz o confronto mais íntimo no homem com a
sociedade puritana é o tema do “romance psicológico” (como o autor o classificava, em
um tempo em que o mundo ainda não cogitava de psicologia na literatura). É a história
de três pecadores e de tudo o que decorreu de seus erros na cidade de Boston, no
século XVII. Todos os personagens carregam muita dor e vivem deprimidos. O romance
"A Letra Escarlate"é uma mistura de alegoria e romance histórico e é considerado por
muitos críticos o maior romance da literatura norte-americana. Hawthorne viveu no
século XIX, situava sua ficção no passado distante e influenciou praticamente todos os
escritores da sua geração.

É interessante observar com a leitura da obra que Hawthorne apresenta, como narrador,
a filha de Hester, agora mulher, narrando uma história vivida por seus pais
THE SCARLET LETTER, de Nathaniel Hauwthorne é um romance psicológico histórico
que trata da interpretação da alma humana, características típicas do romantismo que
apresenta marcas de uma época medieval em que a Inglaterra estava sob o domínio do
rei Carlos II, que conservava as tradições do reinado de Carlos I, no qual os defensores
do rei combateram para uma igreja e um poder tradicional. Os partidários do parlamento
defenderam reformas na religião, na política econômica e na repartição dos poderes.
Portanto, a Inglaterra vivia num momento de grandes lutas sociais, e em meio a essas
confusas lutas esta o movimento dos puritanos herdeiros das idéias calvinistas. Ao
mesmo tempo o romance histórico faz uma critica ao movimento que perdura por
décadas.O movimento dos puritanos foi claramente influenciado por João Calvino em
1509 e 1564, com os problemas da reforma religiosa, muitos dos puritanos emigraram
para as colinas a fim de formarem comunidades que representassem as doutrinas
calvinistas, tornando-se grupos extremamente conservadores, para eles a única regra de
fé era a bíblia, quem ousasse ter idéias contrarias eram severamente punidos. O
puritanismo foi a principal matriz do protestantismo Norte Americano, estes estavam
entre os primeiros colonizadores do futuro EUA, chegaram a Nova Inglaterra a partir de
1620, estabelecendo-se inicialmente em Massachusetts.Esta é a figura típica da mulher
que faz parte do movimento dos puritanos de 1609, roupas que retratam Hester de A
Letra Escarlate, percebe-se que o autor busca nas historias religiosas e nos conflitos
internos dos seres humanos, a matéria prima para escrever sua obra.Os puritanos
calvinistas davam muita ênfase à experiência religiosa, somente se tornavam membros
plenos da igreja aqueles que eram purificados por John Winthrop. Foram influentes
pessoas na vida política do país, até que o rei Charles não tolerou mais suas tentativas
de reformar a Igreja na Inglaterra, por esta razão começa uma perseguição aos fanáticos
fazendo com que estabelecessem colônias onde poderiam defender suas idéias, cujo
governo, sociedade e igreja fossem totalmente baseados na bíblia, mantendo-se firmes
às idéias de Calvino a mais de 100 anos. Em 1850, o movimento literário se expande, na
França, Alemanha, ¨ na mesma época intensificam-se na Inglaterra as lutas sociais
emergentes do crescimento de um proletariado, que reclama direitos políticos com
apoio da burguesia radical¨. Momento em que o romance histórico psicológico A Letra
Escarlate, relembra os problemas de outrora, na historia da repressão humana, fazendo
uma apologia aos problemas religiosos na Inglaterra que se estende por muito mais
tempo

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