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Messenger, Twiter, Orkut, Facebook, Linkedin. Atualmente, vivemos cercados de profiles por todos os lados. Nestes cardpios humanos, tambm conhecidos como sites de relacionamentos, nos deparamos diariamente com o espetculo deprimente da exposio exacerbada de vidas, muitas vezes em poses ridculas. Tudo em prol de se arrebanhar a maior quantidade de amigos, fs, seguidores, etc. Conhecer gente, se relacionar, ter um milho de amigos, antes uma obsesso adolescente, virou uma competio neurtica que independe de sexo, idade, crena ou classe social. Hoje, para ser algum preciso estar em rede, conectado, plugado, ligado, disponvel 24 horas por dia, 7 dias por semana. No podemos mais acordar sem dar uma olhada em nossos e-mails no Iphone. No conseguimos dormir sem antes jogar conversa fora no MSN. No nos permitimos ir praia descansar sem levar o notebook e o modem 3G. No podemos ir a um boteco sem deixar o celular em cima da mesa. Hoje em dia, no basta viver preciso estar on-line sempre. Tornamo-nos pobres vampiros sedentos por gente. Necessitamos consumir pessoas para elevar nossa auto-estima, para parecermos mais novos, bem sucedidos, felizes. Refns da nossa prpria carncia, do medo insuportvel de estar sozinho, da vontade de parecer mais do que ser, expomos nossas vidas de forma exacerbada, sem nenhum critrio ou bom senso. Ironia do destino ou no, parece que quanto mais disponveis on-line estamos, mais sozinhos off-line nos sentimos. Atualmente, conhecer pessoas tornou-se muito fcil. To fcil que nem nos preocupamos mais em cultivarmos relacionamentos verdadeiros, seja na vida real, seja na virtual. Afinal, caso aquela pessoa que conhecemos ontem em www.qualquercoisa.com.br apresente qualquer problema possvel substitu-la em um passe de mouse. A era das relaes fast-food est transformando o ser humano em artigo banal, substituvel, descartvel, ausente de sentimentos e alheio ao que realmente importante. s vezes me pergunto: Quando ser que vamos aprender a dar valor quilo que realmente tem valor?