A Rússia insiste no retorno das conversações acerca do problema do Kosovo. Sobre isso declarou seu representante na ONU, Vitali Tchurkin ao término da reunião do Conselho de Segurança sobre o Kosovo que foi realizada a portas fechadas. A delegação russa propôs o projeto apresentado pela representação da Sérvia no CS da ONU. Neste documento se assinala a fidelidade à preservação da soberania nacional, a integridade territorial e independência política dos países nos Bálcãs. A saída crise que foi o resultado da proclamação unilateral da independência do Kosovo é vista no reinicio do dialogo “com base e de acordo com as exigências da resolução da ONU numero 1244”. O documento traz ainda a proposta para seja elaborado sob o patrocínio da ONU o roteiro para a solução da crise kosovar. Este roteiro deve levar em consideração os interesses legais das partes conflitantes – kosovares e a Sérvia, determinar os marcos do seu avanço à decisão que seja mutuamente aceitável.
Este desenvolvimento, como considera a delegação russa, faria
possível evitar conseqüências negativas relacionadas com a proclamação unilateral da independência do Kosovo. Conseqüências essas que hoje já são visíveis: desestabilização da situação nos Bálcãs e fora dos seus limites, preocupação de muitos países com sua integridade territorial e soberania.
O debate atual mostrou que muitos membros do CS apóiam as
considerações da Rússia. Alguns expressaram prontidão para estudá-las. Porém os representantes dos EUA e duma série de países europeus deram a entender que o documento russo não lhes agrada. E isso foi particularmente constatado depois da reunião por Vitali Tchurkin:
Não escondo que os nossos colegas norte-americanos e ingleses
e algumas delegações de países membros da União Européia que lhes apóiam tenham expressado certo ceticismo. Eles disseram ter sido criada uma nova realidade que não pode deixar de ser levada em consideração. Foi energicamente que contestamos esta tese, pois de fato uma nova realidade poderia ser criada no Kosovo e em torno dele quando as partes encontrar a solução firme e fundamentada do problema e que terá o apoio do Conselho de Segurança.
Os EUA e seus aliados neste caso tentaram justificar sua política
destrutiva nos Bálcãs que contribuiu para desmembrar a Sérvia. Podemos dizer que esta política vem sendo realizada por eles desde 1999, ou seja, desde o momento da agressão pela OTAN contra a Sérvia.