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NO JARDIM DA SABEDORIA

Pensamentos e
mensagens para
todos os
momentos

Seleção e apresentação de
Almir Ribeiro Guimarães

12ª Edição
Edi tora
Vozes
Ltda. Rua
Frei Luí s,
100
25689-900 Petrópol i s, RJ
Internet: http://www. vozes. com.br
Brasil
Todos os di re i t os re se rv ados. Ne n h u ma part e de st a obra
poderá se r re produzi da ou t ran smi ti da por qual quer forma
e/ou qu ai squ e r m e i os ( e l e t rôn i co ou m e cân i co, i n cluindo
fotocópi a e gravação) ou arqui vada em qual quer si stema ou
banco de dados sem permi ssão escri ta da Edi tora.

FICHA TÉCNICA DA VOZES


DIRETOR EDITORIAL
Avel i no Grassi
EDITOR
Vi tóri o
Mazzuco,
OFM
EDITOR
INDUSTR
IAL José
Lui z
Castro
EDITORA
ÇÃO
Diagramação: Roseni Marques da Si l va
Revisão gráfica: Revi tec S/C

ISBN 85.326.0223-1

Este l i vro foi composto e i mpresso pel a Edi tora Vozes


Ltda.
Dedico estas páginas à minha mãe Maria Thereza. Na
cozinha da casa pobre, nos trabalhos de todos os
momentos, nas horas de exultação e nos instantes de
dificuldades, ajoelhada na igreja vazia balbuciando
preces quase ininteligíveis, ela sempre soube colher
flores de sabedoria no jardim da vida.
APRESENTAÇÃO

É com alegria que apresentamos a todos os n ossos


leitores esta nova col etânea de pensamentos e máxi mas de
todos os h ori zon tes e de t odos os t e m pos. A fi nal i dade
deste buquê de e x pe ri ê n ci as h u m an as prof u n das, de
tantos companhei ros da cami nhada da vi da, é propi ci ar a
muitos ocasião de reflexão, de meditação e de
interiori zação.
Convi do que penetrem comi go num jardi m bem i rri gado e
chei o de fl ores de todos os tons e de todas as qual i dades.
Na manhãzi nha de um novo di a os cantei ros expl odem de
vida. Molhadas pelo orvalho da madrugada, as flores
expl odem de vi da. E os atentos passantes se detêm aqui e
al i . Vi vem a f esta dos ol hos e do coração. Há f l ores com
cores purpúreas e tons de l i l ás fal ando do sofri mento e do
abandono dol oroso. Há outras mai s cl aras que l embram a
esperança. Num cantei ro mai s adi ante estão as bel as fl ores
da sol i dari e dade e da am i zade . Ou t ras se de st i n am aos
anci ãos que, com cajado na mão, ol ham o hori zonte que
se torna cada vez mai s próxi mo. Há uma al ameda cercada
de gram a v e rde on de e st ão pl antadas as di scretas fl ores
que l e m bram o si l ê n cio e o re col h i m e n t o. H á t am bé m
toucei ras de v e rdade e si n ce ri dade. Mai s adi an t e ai nda
estão f l ori ndo, com su as pé t al as v ermel has, as rosas dos
buscadores de Deus.
Gostaria de con v i dá- l os a v i si t ar e sse jardi m m u i t o
especi al . Todos são be m - vi ndos a e st e h ort o de paz, de
tranqüilidade e de m i st é ri o. E st am os No J ardi m da
Sabedoria. Ve n h am con t e m plar e se de i x ar e m be v e ce r
pela bel eza de suas fl ores.
I. CAMINHEIROS NA ESTRADA DA VIDA

Não se faz a cami nhada sozi nho. Há outros cami nhantes


ao nosso l ado. Há cantos de al egri a e l amentos de dor que
chegam aos n ossos ou vi dos. São os companhei ros que se
unem ao nosso destino. Juntos nos entreajudamos.
Enxugamos o suor de mui tas frontes e pal avras de coragem,
de compreensão e de perdão chegam aos nossos ouvi dos. E
um Peregrino misterioso vem se associar ao nosso
cami nhar. J u ntos ol h am os para h ori zontes com gost o de
amanhã.

1
Nada mai s bel o do que a sol i dari edade. Senti r-se só na
cami nhada da v i da pode se r de se spe rador. Sabe r qu e
existem rostos am i gos, m ãos que esperam nossas
mãos, que juntos descobri remos cami nhos novos e que
juntos novas portas abriremos é extremamente
consol ador.

2
Um m an dari m part i u um dia para o além. C h e gou
primeiro ao i n f e rno. Viu m u i t os h om e n s di an t e de
pratos de arroz, m as t odos m orre n do de fome porque
ti nham v aretas com pri das de doi s m e t ros qu e n ão
podi am ser uti l i zadas para comerem o arroz. Depoi s foi
ao céu. Lá tam bé m h av i a m u i t os h om e n s di an t e de
pratos de arroz. Todos estavam contentes e gozavam de
boa saúde. Também el es ti nham varetas de doi s metros,
mas cada u m u t i l i zava su as v are tas para dar al i mento
aos outros.
(Conto chinês)

3
Ser sol i dári o é saber fazer l ugar em nós para os outros. É
ser capaz de e scu t ar aqu i l o qu e o ou t ro qu e r di ze r. É
adi vi nhar a pal avra que ai nda não foi di ta. É anteci par o
gesto que o outro ti nha a i ntenção de nos pedi r.

4
Onde não existe amor, i njetai aí amor e haverei s de
recol her amor.
(Madeleine Delbrêl)

5
Quando tudo parecer obscuro, quando não houver mai s
nenhuma porta para bater, quando a sol i dão se i nstal ar
em n ossa v i da, é pre ci so ai n da t e r e spe ran ça de qu e
corações e mãos poderão nos acol her.
6
No céu não havera mai s ol hares i ndi ferentes.
(Santa Teresa d’Ávila)

7
Amar é ter vontade de conti nuar a cami nhada para
fazer alguém fel i z.

8
Há duas espéci es de amor, e o úni co que merece um A
maiúscul o é o que dá mai s do que recebe.
(Gilberto Cesbron)

9
Não e x i st e e x pe ri ê n cia mais dolorosa que não amar
ni nguém e por ni nguém ser amado. Preci samos do ar
puro do amor para sobrevi ver.

10
Creio qu e n ossa pri n ci pal t are f a n e st a v i da é se rm os
felizes: o cam i n h o m ai s curto e mais ce rt o para a
felicidade é tornar os outros fel i zes.
(Baden-Powell)

11
Amar não é si m pl e sm e n t e u m sentimento mais ou
menos vago. Ama aquele que t e m paci ê n ci a com as
lentidões dos outros. Ama aquele que é capaz de
perdoar. Ama quem aprende a esquecer-se de si
mesmo para pensar no outro.

12
Ama a mul her que cui da do fi l ho da vi zi nha que preci sa
trabalhar. A m a qu e m t e m as an t e n as l i gadas para
saber o que o outro preci sa.

13
Em grego a pal avra “compai xão” quer di zer “ser tocado
nas e n t ranhas”. Na compai xão há um el emento fí si co:
sofro com o outro, i denti fi co-me com el e. Não se trata
somente de fazer al guma coi sa pel a pessoa do outro. É
sofrer com el e seu sofri mento, guardando certa di stânci a
para, se possí vel , oferecer-l he ajuda. A compai xão não é
somente uma ati tude afeti va, mas efeti va.
(Jean Varnier)

14
Ser sol i dári o é ri r com os ri sos dos outros e chorar junto
suas l ágri mas.

15
Nem sempre amar é fazer o que o outro quer, mas
aqui l o que é i ndi spensável e urgente fazer aqui e agora
por ele.

16
O v e rdade i ro am igo n ão e n v e l h ece. A am i zade ( já f oi
dito) é como um vinho: quanto mais velho mais
saboroso.

17
O amor é fi el . Fi el às coi sas de ontem. Fi el a tudo o que
tiver sido com bi n ado. E st á se m pre pron t o para o
servi ço do am i go, n o sol e n a ch u v a, n a al e gri a e n o
infortúni o.

18
O verdade i ro am i go não faz di scu rsos. E st á presente.
Conta-se com el e. Mesmo sua ausênci a momentânea é
presença densa.

19
O v e rdade i ro amigo é aqu e l e do qu al pode m os ace i t ar
presentes sem que tenhamos nada para l he dar.
(Michel Simon)

20
Nas grandes ci dades, no anoni mato das grandes fábri cas,
na m u l ti dão qu e corre pe l os corre dore s do m e t rô, ou
que pe ram bu l a pe l as ruas com o f orm i gas, buscamos
avidamente rostos ami gos.

21
Somos daqu el es qu e son h amos com o di a em qu e as
pessoas não tenham mai s presa. Sonhamos com o di a em
que se sentem ao nosso lado e não olhem
i mpaci entemente para o rel ógi o. Sonhamos com o di a em
que estaremos gratui ta e tranqüi l amente um ao l ado do
outro.

22
Sorri r é e squ e ce r-se e m prov e i to dos ou t ros, é ser
transparente a Deus. Por esse moti vo é que os homens
são tão sensí vei s ao sorri so. Insti nti vamente o homem
sorri quando se debruça sobre o berço de uma cri ança,
um dos m ai ores e spetácul os qu e a t e rra pode of e recer
aos homens, espetácul o que vem di retamente do céu.
(Cardeal Suenens)

23
As grandes solidariedades são fruto de longas
convivências. São o resultado de um e st ar ju n t os.
Juntos são traçados os pl anos da ação. No coração da
ação as mãos se apertam. D á-se e n tão a v i da por uma
causa. Nasce em nós uma i nsuspei tada energi a.
24
Raríssimas vezes existe uma solidariedade total.
Infel i zmente di st an ci am o- nos, ao menos por algum
tempo, de nossos companheiros de caminhada.
Queremos gozar egoistamente a beleza de certas
paisagens da vi agem.

25
Ser sol i dári o n ão si gn i fi ca e star fi si camente ao l ado de
al guém. Si nto-me sol i dári o do mai s i gnoto habi tante do
Pól o Nort e, e m bora n u n ca v e n h a a con h e cê -l o. Temos
um desti no comum.

26
Na vi agem da vi da há sempre novos sembl antes que se
associ am à nossa peregri nação. Há cri anças que nascem,
forasteiros que chegam e náufragos da vida que nos
estendem as mãos preci sando de nosso amor.

27
Mai s do que o ouro e a prata, as contas bancári as e
as letras de câm bi o, v al em nossos amores e n ossas
ami zades.

28
O pi or pe cado con t ra n ossos se m el hantes n ão é o de
odiá-los, mas de sermos i ndi ferentes para com el es.
(Bernard Shaw)
29
O fundamento de todo re l aci on am e n to fraterno é a
justi ça. Quem não é justo mata o amor do coração.

30
Quando al guém bat er à t u a port a, de sl i ga a tel evi são,
senta-te com el e num canto, busca-l he um copo de água,
abre-lhe teu coração e de i x a qu e ele t e re v e l e seu
i nteri or. Convi da-o para t omar uma refei ção. Acol he a
fal a que vem da al ma de teu i rmão. O hóspede que bate
à tua porta pode ser um mensagei ro do céu.

31
Quando no m u n do e x i st i r ai n da alguém qu e é odi ado,
desconheci do e não reconheci do, haverá al guma coi sa a
fazer na vi da: acercar-se desse homem.
(Pavese)

32
O homem sol i dári o não toma i medi atamente o pri mei ro
l ugar. O homem fraterno sempre se preocupa em oferecer
a outrem o mel hor l ugar.

33
Não col oqu es rót u l os, n e m e t i qu e t as na front e dos
outros. Acol he os que chegam a ti tai s quai s são. Não
importa que tenham sido assassinos ou ladrões,
déspostas ou poços de orgul ho. Convi ve com el es. Quem
sabe a partir de então suas v i das se t ran sf orm arão
porque esti veram conti go!

34
Meu ami go, junto a t i , n ão tenho que pedi r descul pas,
nem apresentar defesa ou provas. Por detrás de mi nhas
pal avras de saje i tadas, para al é m de m e u s raci ocí n i os
que podem não ser justos, consi dera em mi m apenas o
homem. Se di vi rjo de ti , l onge de te l esar, faço com que
cresças. Tu me interrogas como se questiona a um
estrangei ro. Que tenho a fazer com um ami go que me
jul ga? Se acol ho um ami go à mi nha mesa, peço que se
assente e, se é coxo, não peço que comece a dançar.
(Antoine de Saint-Exupéry)

35
Preci sam de ti o órfão sem pai s, a mul her abandonada
pelo mari do, o doente sem cura, o sol i tári o amargo, o
jovem que se droga, o homem que se embri aga, o vel ho
que não t em forças. Estes carecem de teu apoi o e de
tua ami zade.

36
Admiro os h om e n s qu e deram sua v i da pe l a cau sa da
sol i dari edade. Admi ro e respei to quem tomou a defesa
dos pe qu enos, m e smo com ri sco de pe rde r os própri os
bens ou mesmo a vi da. Não exi ste mai or amor do que
dar a vi da pel os seus.

37
O sorriso cria laços entre os h om e n s, l an ça pon t e s,
torna-os familiares, faz da comunidade humana uma
grande f amí l i a e arranca o h om e m, se ja por qu e stão de
segundos, do anoni mato gl aci al e hosti l .
(Cardeal Suenens)

38
Gostari a de reuni r numa das sal as de meu coração todos
os qu e f oram part i cul armente m eus i rmãos. G ostari a de
rever seus semblantes e reencontrar a energi a qu e
juntos ti vemos ontem. Gostari a de escutar suas novas
experiências e sabe r o qu e an dam i n v e n t an do para
mel hor amar. Juntos fol hearí amos as pági nas do ál bum
da vi da.

39
O am or é paci e n t e . Sabe e sperar o am an h ã para dar
uma resposta. Sabe esperar para amanhã a
compreensão de um gesto mal compreendi do hoje.

40
O se gre do do am or e st á e m si m pl e sm e n t e am ar se m
esperar qualquer tipo de retribuição. Consiste em
conti nuar a querer bem, mesmo na certeza de que não
haja retribuição. Nunca nos arrependeremos do ter
queri do bem.

41
O am or dos e sposos am adurece ao l ongo dos an os. É
bel o ver o eufóri co encontro de jovens na pri mavera dos
pri mei ros anos de casamento. É encantador acompanhar
sua união ao longo dos embates da vida. É
enternecedor v e r doi s an ci ãos que festejam suas bodas
de ouro saboreando em toda si mpl i ci dade a vi tóri a do
amor.

42
O amor é fi el ou não é amor. Se for passagei ro é emoção
ou pai x ão. E m oçõe s e pai xões pode m h oje e x i st i r e
amanhã desaparecer. O verdadei ro amor tem sabor de
eterni dade.

43
Dize-me com quem andas e di r- t e - e i qu e m és. Se
freqüentares pessoas que sabem doarse poderás ter um
benéfico contági o.

44
O am or n asce do con v í vi o e do conheci mento mútuo.
Fortalece-se na compreensão e na aceitação das
di ferenças. É regado pel a chuva benfazeja do respei to e
da fidelidade.

45
O f i l ho qu e n ão e st av a program ado, o com pan h ei ro que
tem de f e i t os qu e n os de sagradam , o h om e m f rágil e
i nseguro que n os m agoa, t odos e stes estendem a mão
pedi ndo nosso amor.

46
O amor manda que eu si l enci e os defei tos de outrem,
mesmo se estes forem verdadei ros.

47
Quase todos andamos no mundo como se f ôsse m os
desconhecidos uns dos outros. Não quero que haja
desconhecidos. Quero o amor, a mesa aberta, a
si nceri dade do abraço.
(Sebastião da Gama)

48
Ama não somente quem dá esmola ao m e n di go, m as
também e pri n ci pal m e n te quem prepara jovens para
construí rem um mundo mai s fraterno e mai s verdadei ro,
quem de rru ba prof e t i cam e n t e barrei ras e estruturas
que ameaçam matar a esperança de amanhã dos
pequenos da face da terra.

49
Quem não tem mais capacidade de am ar ch e gou
efetivamente à terra da vel hi ce espi ri tual .

50
Creio no am or. C re i o n os ge st os con cre t os. C re i o n os
atos desi nteressados. Crei o na capaci dade l atente em
todo homem reto de sai r do centro da cena e preocupar-
se com hi stóri as di ferentes da sua.

51
O amor pede que eu descul pe os gestos i ngratos e as
negligências repeti das.

52
Cada u m t i n h a n e ce ssi dade para v i v e r daqu i l o que o
outro reservou para si, que lhe era inútil e se
desperdi çou por fal ta de uso.
(Isabelle Rivière)

53
Saborei am os del i ci osos frutos do amor e da ami zade os
que juntos sofreram, os que juntos vi veram momentos de
provação e de i ntensas preocupações.

54
Maxi mi l i ano Kol be de u su a v i da para sal v ar u m pai de
família; Martin Luther King morreu pela causa da
fraternidade; Oscar Romero tombou celebrando a
Eucari sti a e defendendo os i rmãos pequenos e opri mi dos.
Morreram como Jesus de Nazaré.

55
Ao verdadeiro amigo não precisamos e x por n ossas
necessi dades. E l e n os con h e ce am orosamente. Ao nos
aproxi marmos de l e gan h amos pão se esti vermos com
fome e al ento se esti vermos desencorajados.

56
Nada m e i m pe dirá de col ocar meu am or e m at i v i dade :
prisioneiro num qu art o, e st e n dido numa cama, pe n so
i ncendi ar o mundo e se morrer estarei mai s perto do que
nunca do mundo, de meus i rmãos, os homens.
(P. Lyonnet)

57
As grandes amizades perduram. Mesmo sem se
encontrarem, mui tas vezes os ami gos retomam facilmente o
fio da meada interrompido quando se deixaram. A
verdadeira amizade vai mesmo para al ém da morte.

58
O ami go não di z ao ami go: “Tu tens que me pagar!” Faz
uma pergunta: “Quanto preci sas ai nda?”

59
O amor é i nventi vo. A i magi nação dos ami gos é capaz de
cri ar si tuações e arqui tetar projetos qu e f arão o outro
mais fel i z.

60
A chave de toda pl eni tude é o amor.
(Georges Roux)

61
O am or n ão é e x cl u si v i sta. T e n de a di f u n di r-se. Quem
ama deseja que muitos outros partilhem de sua
felicidade.

62
Se não tomares a deci são de vi ngar-te dos que te
fi zeram mal , estarás em paz.
(Guigues I).

63
Onde e x i st e am or, D e us aí e st á. On de são col ocados
gestos puros de doação é a casa de Deus. A morada de
Deus é o amor.

64
A com pai xão é u m a com u n i cação e scon di da e di scre t a.
Quem está na afl i ção corre o ri sco de cai r em desespero
e sentir o gosto da morte. O am i go com passiv o e st á
presente para ajudar a conti nuar a cami nhada, a vi ver
este momento de l uto ou de abandono com uma pequena
chama de esperança.
(Jean Varnier)

65
Regras para o di ál ogo:
• Saberás escutar o outro. Escutarás mui to antes de
fal ar.
• Procurarás compreender o teu i nterl ocutor de todo o
coração e com toda paci ênci a.
• O outro preci sará encontrar em t i u m i nterl ocutor
disposto para que se e st abe l e cerá o diálogo: os que
di al ogam procurarão se si tuar na mesma onda para que
não haja di ál ogo de surdos.
• Procurarás fazer com que o outro se si nta l i vre e nunca
coagi do.
• Às tuas pal avras acrescentarás gestos concretos para
que teu fal ar não seja hi pócri ta.

66
O mi stéri o do homem se i l umi na quando percebe que a
marcha de seu destino vai na linha de perspectivas
fraternas.
(Georges Roux)

67
Só o amor sal va da morte.
(Roger Garaudy)

68
Não podemos ser pai s ou mães de al guém senão
pregados na cruz.
(Chiara Lubich)

69
Quando meus i rmãos vão pel o mundo, eu l hes aconsel ho
e l h e s re com endo em Nosso Senhor J e su s C ri st o que
evitem as di scu ssões e bri gas, n ão ju l gu e m os outros,
mas qu e sejam afávei s, pací fi cos, modestos, chei os de
mansidão e h u m i l dade , f al an do h on e stamente a t odos
como convém.
(2ª Regra de São Francisco de Assis)

70
Seja si ncera a vossa cari dade. Aborrecei o mal , atende-
vos ao bem. Sede cordi ai s no amor fraterno entre vós.
Rivalizai em honrar-vos reci procamente.
(São Paulo aos Romanos 12,9-10)
II. A FLOR DISCRETA DA SABEDORIA

Sábi o não é aquel e que sabe mui tas coi sas. Nem sempre
os que acumularam conhecimentos sãos humildes e
profundos. Pode ser que o orgul ho os tenha cegado. Sábi o é
aquele que v ai ao f u n do das coi sas. A pobre m u l her qu e
mostra o be m a se u f i l h o é sábi a. Sábi o é aqu e l e qu e
toma as deci sões depoi s de madura refl exão. Os sábi os são
humi l des, mas fortes. Choram, mas nunca desesperam. Por
detrás del es há qual quer coi sa da Sabedori a do Senhor.

1
Acontece al gumas v e zes qu e n ão ach amos bom o chá.
Descobre-se a cau sa qu an do se ch e ga ao f u n do da
xí cara: era o açúcar. Não estava fal tando, mas estava
no fundo. Teri a si do necessári o mexer. Tal vez o que
esteja f al tando à nossa vi da também tenha fi cado no
fundo. Nossa vi da tal vez não tenha sabor porque não
temos a coragem de ir ao fundo das coisas ou porqu e n ão
queremos. O progresso nos cumul a de seus benefí ci os e
nos pe rm i te v i ver e m i n crí vel con f orto. E , n o e n t anto,
nossa ci v i l i zação tem um gost o e st ran h o... Fazemos
caretas com o ao t om ar ch á se m açú car. Pre ci sarí amos
fazer o esforço de mexer a vi da, de tocar nos segredos
de Deus em nós.
(Philippe Zeissig)

2
O coração tem razões que a razão desconhece.
(Pascal)

3
Mel hor acender uma vel a, por menor que seja, do que
amal di çoar as trevas.
(Provérbio chinês)

4
Meu segredo? Mu i t o si m pl e s: só se vê bem com o
coração. O essencial é i nvi sí vel aos ol hos.
(Antoine de Saint-Exupéry)

5
Obrigado por tudo que passou. Ao que vi rá? Si m!
(Dag Hammarskjöeld)

6
Sorri ndo para os outros o homem vai ao encontro do
que el es têm de mel hor, desperta a cri ança que jaz no
homem fei to, faz ressal tar a espontanei dade por detrás
de rí gi dos con f ormi smos e a l i be rdade por de t rás das
pressões.
(Cardeal Suenens)

7
Importante que não te faças pri si onei ro de teu mundo
particul ar ou do fi o de tua hi stóri a pessoal . De quando em
vez é preci so del i beradamente suspender tua atenção a
respeito de t i m e sm o. F i carás i m pre ssi on ado ao t om ar
conheci mento daqui l o que acontece a t an t as pe ssoas e
em tantos l ugares enquanto tu estavas preocupado com
teus assuntos parti cul ares, mesmo se tai s assuntos não
tivessem sido egoí stas e vi sassem o i nteresse dos outros.
(Albert-Marie Besnard)

8
A vaidade consi ste em ti rar gl óri a de coi sas desti tuí das de
val or e fazer depender dos outros o jul gamento sobre o
que fazemos e assi m de nossa ati tude di ante da vi da
da opi ni ão de pessoas que não têm tí tul o al gum sobre
nós. A vai dade é estado de dependênci a face às reações
dos outros frente à nossa própri a personal i dade.
(A. Bloom)

9
Aceitar tudo com amor é ser l i vre. Apenas resi gnar-se é
ser escravo.
(Germain Barbier).

10
A al egri a é fi l ha da ocupação.
(John Lubboch)

11
Infeliz de quem se dei xa l evar pel as coi sas fácei s.
(Frison-Roche)

12
Sou al uno da
dor. (Beethoven)

13
O lago não de v e gl ori ar- se da abundância de suas
águas, porque el as provêm da fonte. Da mesma forma
quanto à paz que há em ti. É se m pre al gu m a coi sa
di ferente de ti mesmo que causa a paz. El a será doenti a
e enganadora se i nstável for a fonte de que procede.
(Guigues I)
14
A felicidade é, sem dúvi da, acei tar corajosamente a vi da.
(H. Bordeaux)

15
Ser humilde não significa de modo algum procurar
humilhações. Nisto vai muito de imprudência e de
orgulho. Basta ser o que se é, sem mai s nem menos, sob o
olhar de Deus.
(Georges Bernanos)

16
Que eu reze não para ser preservado dos peri gos, mas
para encará-l os de frente.
(Tagore)

17
O que é a sabedori a? É o conheci mento das coi sas em seu
princípio supremo, que dizer, através do próprio
pensamento de Deus. Pela sabe dori a con h e ce m os a
verdade como se tivéssemos em nós o próprio
pensamento de Deus.
(Germain Barbier)

18
A dor é como uma decomposi ção necessári a ao
nascimento de uma obra mai s pl ena.
( Maurice Blondel)

19
Nascer é começar a morrer.
(Francisco Quevedo)

20
Ao que tem fome dá de teu pão, mas ao tri ste dá-l he
o coração.
(Provérbio chinês)

21
Que tua esmol a transpi re nas mãos até que sai bas a
quem dar.
(Didaqué)
22
Crustáceo ou v e rt e brado? U m cru st áceo é o se r qu e
procura antes de m ai s nada se proteger dos ou t ros.
Por medo, por pregui ça ou e goí smo faz funci onar o que
tem de m ai s sól ido, su a carcaça, e n t re e l e e se u s
semelhantes. Quanto mais se torna resistente
exteri ormente, mai s frági l e i nconsi stente é no i nteri or.
O v e rt e brado, ao con t rári o, ace i t a o ri sco de v i v e r. É
vul nerável exteri ormente e oferece a se us semel hantes
a parte mai s se n sí v el de seu ser. Mas é forte e
resistente interiormente devi do ao seu esquel eto.
(E. Burnier)

23
Quatro qual i dades de caráter pode ter o homem. O que
diz: “o que é meu é meu e o que é teu é teu” tem
qual i dades medí ocres. O que di z: “o que é meu é teu e o
que é teu é meu” tem qual i dades comuns. O que di z: “o
meu é teu e o teu é teu” é um santo. Mas o que diz: “o teu é
meu e o meu é meu” é um mal vado.
(Sabedoria judaica)

24
Alguém é aqui l o que é di ante de Deus, nem mai s nem
menos.
(Cura d’Ars)

25
Sê o que qui seres, mas procure sê-l o total mente.
(Tomás More)

26
Se al guém não renunci a a nada, o ol har permanece
turvo e o coração vazi o.
(Maurice Blondel)

27
Durante toda a mi nha i nfânci a vi pessoas empal harem
cadei ras com a mesma dedi cação e as mesmas mãos com
que construí rem catedrai s.
(Péguy)

28
Quão amável é o homem se real mente é homem.
(Menandro)

29
Deixa que te persi gam. Tu não persi gas a ni nguém.
(Isaac, o Sírio)
30
É preci so senti r-se perdi do para desejar ser sal va.
(Madeleine Delbrêl)

31
Onde mel hor se conhece o homem é quando trata de
dinheiro, comi da e na sua i ra.
(Talmude)

32
O homem é a úni ca cri atura que deve ser educada.
(Immanuel Kant)

33
Nunca fiz nada contra a mi nha consci ênci a.
(Tomás More)

34
Creio no Deus que fez os homens e não nos deuses que os
homens fazem.
(A. Karr)

35
A vi da é uma aventura aberta, exposta. Não protejam as
crianças. Fortifiquem-nas interiormente para que
brinquem bem com qual quer espéci e de bri nquedo.
(E. Mounier)

36
O sacri fí ci o agi ganta as al mas.
(René Bazin)

37
Devorei prazeres e fi quei fami nto; bebi i l usões e conti nuei
sedento.
(Bertold Brecht)

38
É preci so l ançar-se na aventura da vi da. Quem qui ser
guardá-la há de perdê-l a.
(Santa Teresa d’Ávila)

39
É a febre da juventude qu e con serva o mundo na
temperatura norm al . Qu an do a ju v e n t u de arre f ece, o
resto do mundo bate os dentes.
(Georges Bernanos)

40
Para com e çar, f are m os coi sas f áce i s; pouco a pou co
defrontar-nos-emos com as maiores; e, quando
ti vermos v e n ci do as coi sas gran de s, e m pre e n de re mos
aquilo que é i mpossí vel .
(São Francisco de Assis)

41
Todo homem se torna i magem do deus que adora. Quem
adora coi sa morta, t orna-se coi sa m orta. Quem ama a
corrupção, apodrece. Quem ama as coi sas perecí vei s, vi ve
no recei o de perdê-l as.
(Thomas Merton)

42
Dei xa que te cal uni em, tu não cal uni es. Al egra-te com
aquel es que se rejubi l am e chora com os que choram. Aí
está um si nal de pureza. Sol i dari za-te com os que sofrem.
Derrama l ágri mas com os pe cadore s. Al e gra-te com os
que se arre pe n dem. Sê am i go de t odos, m as guarda a
soli dão com o Senhor.
(Isaac, o Sírio).

43
O homem bom é l i vre, di stanci ando-se de suas própri as
frontei ras e l ançando-se a espaços i nfi ni tos. Degusta
toda a real i dade em seu sabor ori gi nal . Dei xa todas as
coi sas penetrarem em seu coração porque tomou a pei to
todas essas coi sas.
(Peter Lippert)

44
A menti ra é sempre grave por ser a perversão de um ser
que é fei to para di zer o que é.
(Germain Barbier)

45
Devemos experi mentar al egri a em morrer se não
pudermos ser homens e mul heres l i vres.
(Gandhi)

46
É preci so amar somente a verdade com a paz que
advém del a.
(Guigues I)

47
O que torna di fí ci l a descoberta da verdade a respei to de
nós m e sm os é n ossa v ai dade e a m an e i ra com o e sta
di ta nosso comportamento.
(A. Bloom)

48
Quando al guém feri r tua vai dade, não penses que tua
honra foi atacada.
(Provérbio persa)

49
Não di ssi mul es nunca a verdade. Di zer a verdade pode
trazer dor, m as n u n ca arre pe n di m e n t o. Mas, com o a
verdade é uma pérol a, não a l ances aos porcos.
(Theodor Storm)

50
Fraude da pal avra dada é pi or do que fraude de di nhei ro.
(Talmude da Babilônia)

51
A verdade é um remédi o repugnante. Al guns preferem
ficar doentes a tomá-l o.
(August von Kontzebue)

52
É preci so ter a coragem de expri mi r seu pensamento e
a paci ênci a de dei xar que os outros expri mam o seu.
(Germain Barbier)

53
A partir do momento em que me outorgo o di re i t o
excl usi vo de ter razão, usurpo uma função que pertence
à Divi ndade.
(Gandhi)

54
Quem tem coração de pobre acei ta-se como é, com seus
limites, defi ci ênci as e pecados.
(Alfred Ancel)

55
Permanecer cri ança, reconhecer seu nada, esperar tudo
de D eus, como u m a cri anci nha e spera t u do de se u pai ,
não i nqui etar-se de nada, não buscar fortuna al guma.
(S. Teresinha)

56
A humi l dade é a chave do amor: com pouqui nho poder
al guém pode aparecer, mas para desaparecer é preci so
mui to.
(François Varillon)

57
Acei tando de não ser mai s o mestre de sua fortuna, de
sua ci ênci a e de se u poder, sendo di spensei ro de
Cri sto para col ocar sua fortuna, sua ci ênci a e seu poder
a se rv i ço de se u s i rm ãos, o ri co e n t ra n o cam i n h o da
sal vação.
(Alfred Ancel)

58
A monotoni a é uma pobreza. Acei ta-a.
(Madeleine Delbrêl)

59
Quem tem al ma de pobre tem senso para com os pobres.
Ele os respeita depois de descobri -l os. Tem quase inveja deles
por serem mais pobres do que el e.
(Alfred Ancel)

60
Ser pobre, segundo o Evangel ho, n ão é somente se
obri gar a f aze r o qu e f az o ú l t i m o, o e scrav o, mas
fazê-l o com a al ma e o espí ri to do Senhor. Isso muda
tudo. Onde está atuando o Espí ri to do Senhor o coração
não é amargo. Não há lugar para qualquer
ressentimento.

61
Quem tem al ma de pobre é doce. Não quer i mpor-se aos
outros e mui to menos domi ná-l os. Compreende-os e não
os condena.
(Alfred Ancel)

62
Na m e di da e m qu e v am os e n v e l h e ce n do, pe rcebemos
que a úni ca coi sa que enche nossas mãos não é o que
tomamos, mas o que demos.
(Catherine Paysan)

63
A vel hi ce é a vi da em marcha l enta. Não deveri a exi sti r
para o homem. Há velhos que vivem em constante
renovação.
(D. Baunard)

64
Vem chegando o entardecer... Chega com suas sombras.
Vejo muitas e bem espessas. Mas há também
luminosidade e, por vezes, o poente é mesmo mui to bel o.
(Eugène Groult)

65
A idade n orm al m e n t e de v e ri a fazer com que
crescêssemos na caridade. A característica do velho
deveri a ser a bondade.
(Germain Barbier)
66
Não gost ari a de m orre r su bi t am ente. T al vez por uma
doença de al gu m as se manas para m e pre parar. Não
mui to l onga para não ser peso para os outros. Depoi s a
morte vi ri a ao meu encal ço. Vejo-a descendo a col i na,
subindo a e scada, av an çan do pe l o corre dor, bat e n do
então à porta de meu quarto. Não tenh o m e do.
Esperava por ela. Digo: “Entra. Mas não partamos
i medi atamente. Senta-te u m i n stante. E st ou pron t o ” .
Que ela, então, m e l e v e n a mi seri córdi a de
Deus.
(Patriarca Atenágoras)

67
O desejo dos justos só produz o bem, mas o que os
ímpi os esperam é cól era.
(Provérbios 10,23)

68
Não v os pre ocu peis com o dia de amanhã. O dia de
amanhã terá suas própri as di fi cul dades. A cada di a basta
o seu fardo.
(Mateus 6,34)

69
Quem ama a correção, ama o saber; mas quem detesta
a repreensão, embrutece.
(Provérbios 12,1)

70
Tudo quanto desejai s que os homens vos façam, fazei
vós a el es.
(Mateus 7,12)
III. SABER ENVELHECER

A velhice é o cume da caminhada. Passaram as


pl aní ci es, v al e s f oram e scal ados, ram pas í n gre m es foram
venci das. No al to da col i na se con templ a a pai sagem que
fi cou para trás e ai nda há al guma coi sa a ser fei ta. Há certas
regras que tornam a vel hi ce um saboroso e abençoado
período da v i da. O i m port an t e é ter a ce rt e za de qu e o
Amor nunca abandona o homem, mormente quando a
estrada está quase no fi m.

1
Tenhamos al guém para querer bem e al guma coi sa para
fazer. Este é o segredo de uma vel hi ce sempre jovem.
Quem ama não envel hece.

2
Não se jam os di spl i ce n tes. É preciso manter a forma
fí si ca, e spi ri tual e i n t el ectual . T e remos assi m m e n os
“i ncômodos” e seremos menos pesados para os outros.

3
Com coragem e sem gemi dos suportamos as di fi cul dades
que não podemos supri mi r ou evi tar. Procuremos oferecê-
las a Deus, generosamente, para que possam ser
plenamente útei s porque custam mui to caro.

4
Procuremos ter be m e m m e n t e qu e h á se m pre pe ssoas
que são mai s i nfel i zes do que nós e que o mel hor modo
de aliviar n osso sof ri m e n t o é de tornar leve o dos
outros.

5
Estejamos bem atentos às pequenas coi sas que poderão
se transformar em rai os de sol para nós: andar, escutar,
l er, conversar, servi r, sorri r, descul par, perdoar e rezar.

6
Afastemos de nós tudo aquilo que nos impede de
envelhecer bem: ociosidade, egoísmo, isolamento,
rancores, inveja e ci úme.

7
Não nos prendamos doentiamente às alegrias do
passado. Lembremo-nos que el as nos foram concedi das
e agradeçamos a Deus de no-l as ter dado.
8
Não v i v amos n o passado, n e m n o f u t u ro. Vi v amos da
melhor man e i ra possí v el o m i n u t o pre sente com t oda
novi dade e chei os de esperança.

9
Não quei ramos nos i mpor. Também não busquemos nos
ani qui l ar. Conservemos u m a at i tude de di sponi bi l i dade
para o que pudermos e devermos fazer.

10
Emprestemos nosso apoi o efeti vo a tudo o que é promovido
e organizado para os anci ãos.

11
Procuremos n os i n t e re ssar pe l os jov e n s, sobre t u do por
seu f u t u ro. D e i x e mos qu e e l e s e x pon h am su as i dé i as.
Parti l hemos de suas al egri as l embrando-nos das al egri as
e desejos de nossa própri a juventude.

12
Se não podemos dar entusiasmo aos jovens,
procuremos i nspi rar-l hes confi ança e ser i nstrumentos de
concórdia. Já é uma grande mi ssão.

13
Reconheçamos as l i m i t ações da i dade . T e n h am os bem
em mente as con se qü ê n cias dos anos que se f oram
passando. Coloquemos em destaque as v i rt u de s da
Terceira Idade: sabedoria, be n e v ol ê n ci a, bon dade ,
paciênci a, sereni dade e paz.

14
Al i mentemos em nós a convi cção de que envel hecer é
uma grande graça e que assi m podemos parti ci par cada
vez mai s na mi ssão redentora do Sal vador. Que conforto
e que al egri a!

15
Não nos inqui etemos. Deus há de nos prover do essenci al :
o Amor jamai s nos há de fal tar.
IV. ESCUTAR O SILÊNCIO

É terrí vel o si l ênci o forçado. A sol i dão forçada de um


pri si onei ro ou de um doente sempre nos i mpressi ona. E no
entanto é ú t i l , sal utar, provei toso, necessári o a todos nós
que falamos empreender uma viagem no coração do
recolhimento. Só desta forma deixaremos de ser
superfi ci ai s. Deus costuma habi tar os si l ênci os buscados
e desejados.

1
Se tens palavras mai s fortes que o si l ênci o, fal a. Se não
tiveres, então guarda o si l ênci o.
(Eurípedes)

2
A sabedoria sempre convidará os homens de boa
vontade a fazerem a experi ênci a do si l ênci o e consi derar
esta e xperi ênci a como a pri mei ra tentati va de acesso à
felicidade.
(Georges Roux)

3
Recolhemo-nos no si l ênci o para aí reconhecermo-nos a
nós mesmos.
(J. Urteaga)

4
O deserto é uma etapa normal do i ti nerári o da fé. Horas
há em que o mundo parece vazi o e i nabi tável . Vazi o
de tudo o que preci samos, vazi o de todo senti do. Nada
mais que comer, nada para m an t e r nossas forças e
entreter o gosto de vi ver.
(Jacques Gillet)

5
É no silêncio que podemos nos liberar de nossa
superficialidade. O peregrino da vida avança
al egremente no cami nho da Luz quando se despojar de
tudo o que é i núti l .
(Georges Roux)

6
No mui to fal ar não fal tará o pecado, mas quem refrei a
seus lábios é sensato. A língua do justo é prata
escolhi da, mas o coração dos í mpi os val e bem pouco.
(Provérbios 10,19-20)

7
A sol i dão é necessári a tanto para o i ndi ví duo como para
a soci edade, de t al f orm a qu e , se e st a n ão con se gu i r
espaços su f i ci entes para de senvol ver a v i da i nteri or de
seus membros, estes se revoltam e bu scam f al sas
solidões.
(Thomas Merton)

8
O verdadei ro si l ênci o para o homem é a busca de
Deus.
(Catherine de Hueck Doherty)

9
No silênci o só se escuta o essenci al .
(Camille Berguis)

10
A f al sa sol i dão é u ma posi ção v antajosa do i ndi ví duo ao
qual se recusou o di rei to de ser pessoa e que se vi nga da
soci edade tornando-se destrui dor. A verdadei ra sol i dão
se e n con t ra n a h u m i l dade qu e é i n f i n i t am e n t e ri ca. A
falsa solidão é refúgio do orgulho e é i n f i n i t am e n t e
pobre.
(Thomas Merton)

11
Quando prati cas o recol hi mento, compreendes que uma
grande aventura começa a parti r do si l ênci o em ti ; e que
este si l ênci o não é fi m, porque avanças através desse
vazio interi or na di reção da al egri a i nteri or.
(Georges Roux)

12
O silênci o é um ami go que nunca trai .
(Confúcio)

13
O si l ênci o é mai s angusti ante que a agi tação barul henta
quando não l eva a mai or recol hi mento.
(M. Tamboise)

14
O silênci o é um pouco do céu que desce até o homem.
(Psichari)

15
Haverá sempre sol i dão para aquel es que del a serão
di gnos.
(Villiers de l’Isle Adam)
16
Há momentos i nfel i zes em que a sol i dão e o si l ênci o
tornam-se mei os de l i berdade.
(Valéry)
V. PARA ALÉM DAS SOMBRAS HÁ UMA CLARIDADE

O condenado sabe di sso. O doente sem cura al i menta essa


esperança. Os qu e f oram f orçados a convi ver com a dor o
repetem. Para al ém do caos presente há uma harmoni a e
uma ordem i nsuspei tadas. Por i sso os cami nhei ros da vi da
cantam canti gas de esperança.

1
O homem tem regi ões em seu pobre coração que ainda não
existem. Só começarão a tomar forma quando nel as entrar o
sofrimento.
(Léon Bloy)

2
O sofrimento é a l ei de ferro da natureza.
(Eurípedes)

3
O náufrago do mar, perdi do nas trevas da tempestade,
não recusa a mão que lhe vem e m socorro... mas o
náufrago da vi da recusa, por vezes, a sabedori a que l he
abre as portas da salvação.
(Georges Roux)

4
Padeço de u m a e n f e rm i dade há m u i tos anos. E st ou
cercado de competênci a, devotamento e presença ami ga.
Fico, no entanto, perplexo diante do problema da
tortura: v ol untari amente homens f aze m se u s i rm ãos
sofrer e uti l i zam os mai s avançados recursos da ci ênci a
para m ai s av i l t á-l os. Si nto-me total mente i mpotente
di ante de t al h orror. Qu an do o sof ri m e n t o m e parece
quase i nsuportável , procuro entrar em comunhão com os
torturados. Que outra coi sa posso fazer?
(Um doente gravemente enfermo)

5
O paí s onde fl oresce o nascer e o morrer é o paí s do
sofrimento.
(Santo Agostinho)

6
Deus não v e i o su pri m ir o sof ri m e n t o. Não veio n e m
mesmo dar-l he uma expl i cação. Vei o, si m, enchê-l o de
sua presença.
(Paul Claudel)
7
Um homem que não foi experi mentado pel a dor nada
sabe e nada val e. Não é cri ança e não chega a ser
um homem de estatura adul ta.
(Jacques Maritain)

8
Nunca se esquecem as l i ções aprendi das na dor.
(Provérbio africano)

9
O homem é um aprendiz e a dor é seu m e st re .
Ninguém conhece a si mesmo enquanto não ti ver sofri do.
(Alfred de Musset)

10
É pe l a qu al i dade com o acol h e m os o sof ri m e n t o que se
mede o coração do homem, porque o sofri mento é um
si nal do outro, di ferente de si , que chega ao homem.
O sof ri mento mata al guma coi sa e m n ós e col oca aí
uma outra coi sa que não nos pertenci a.
(Maurice Blondel)

11
É necessári o afi rmar fi rmemente com toda a Escri tura e
a Tradição da Igreja que não temos que amar o
sofrimento. Num primeiro momento cabe-n os l u t ar
contra ele. Prever e evitar as cat ást rof e s n at u rai s,
trabal har pe l a ju st i ça, pe l a paz e pe l o be m e st ar dos
homens, curar e reconfortar os doentes é agir na
di reção da Bí bl i a, sobre t u do do E v an ge l h o. C ri st o não
ensinou e prati cou tudo i sto?
(Jean Laborrier)

12
Nada existe de tão i nfel i z do que um homem que nunca
tenha sofri do.
(Joseph de Maistre)

13
O m al n ão é f e i t o para se r com pre e n di do, m as para ser
combatido. O mal no mundo é u m con v i t e para qu e
arregacemos as mangas...
(Varillon)

14
A Igreja não tem ouro para ser guardado, mas para al i vi ar
as necessi dades dos pobres.
(Santo Ambrósio)
15
A cari dade é o motor da justi ça.
(Jean Lacroix)

16
Carrego no coração o peso das ri quezas que não dei .
(Tagore)

17
O aborto l egal i zado já matou nos Estados Uni dos mai s
do que as guerras nas quai s parti ci param.
(Ronald Reagan)

18
Será o h om e m u m a pe ssoa ou u m a coi sa? Será u m a
peça i nsi gni fi cante da roda do Estado ou um ser l i vre e
cri ador, capaz de responsabi l i dade? Esta i nterrogação é
vel ha como a humani dade e nova como o jornal desta
manhã e, embora haja mui ta concordânci a na pergunta,
a resposta é mui to di versi fi cada.
(Martin Luther King)

19
Nada é mai s sem razão e mai s covarde no cri stão do que
o temor servi l e mercenári o que se pode ter di ante dos
grandes da terra.
(Jean-Élie Avrillon)

20
Para que a paz rei ne numa ci dade é necessári o garanti r
a seus membros as coisas essenciais para uma
verdadei ra e di gna v i da. Qu e coi sas são e ssas? Uma
casa para morar, uma fábri ca para trabal har, uma escol a
para apre nder, u m h ospi tal para cu rar, uma prefei tura
para governar e uma i greja para rezar.
(Giorgio La Pira)

21
A fome e a mi séri a de um homem são a fome e a
mi séri a de todos os homens.
(M. Sen)

22
Certamente o h om e m pode organi zar a t e rra sem Deus,
mas, n o f i n al das con t as, se m D e u s n ão pode se n ão
organizá-l a contra o própri o homem.
(Henri de Lubac)

23
Sonho com o di a e m qu e m e u s doi s fi l hi nhos vi verão
numa nação em que não serão jul gados pel a cor da pel e,
mas pel a qual i dade de seu caráter.
(Martin Luther King)
24
O progresso não está nas coi sas, mas nos homens. A
fel i ci dade não está nos bens materi ai s, mas em nós. O
verdadei ro probl ema não está na conqui sta do mundo,
mas na conqui sta do homem.
(Longás)

25
Cada geração tem uma preocupação domi nante, quer se
trate de acabar com as guerras, de el i mi nar a i njusti ça
soci al ou de mel horar a condi ção soci al dos operári os.
Os jovens de nosso tempo parecem t e r e scon di do a
dignidade humana.
(Robert Kennedy)

26
A i dade de ouro do ser humano não está atrás, mas
di ante de nós.
(Duque de Saint-Simon)

27
Não desani memos no momento em que perdermos uma
batal ha. R esta-nos se mpre a f orça da oração de onde
podem nascer a esperança e u m e spí ri t o de resoluta
resistênci a.
(Lutero)

28
Somos assassi nos de n ossa própri a v i da e n quanto não
ti vermos descoberto em nós razões de esperança.
(Georges Roux)

29
Quem espera na paci ênci a já recebeu a força que
preci sava.
(Paul Tillich)

30
O homem n ão e x i st e ai n da. C om eça mal e mal a se
desprender da m i st u ra an i m al e se u di f í ci l n ascimento
certamente ainda exi gi rá mui tos mi l êni os.
(André Bodart)

31
É necessári o afi rmar nosso compl eto desacordo com os
profetas da desgraça, que vi vem sempre anunci ando
catástrofes como se o mundo esti vesse perto de seu fi m.
(João XXIII)

32
Mesmo na noi te mai s obscura há sempre uma estrel a no
horizonte de teu ol har.
(Georges Roux)
33
Quando o homem espera, vence o medo, compreende o
sentido das provações, confia em Deus, crê no
i mpossí vel , percebe Deus presente no coração da noi te,
aprende a rezar.
(Carlo Caretto)

34
Cada passo que dou me l embra que estou sempre em
marcha para a eterni dade.
(Hélder Câmara)

35
Não é bat e n do n a e rv a qu e se f az o t ri go cre scer.
Importa saber esperar paci entemente, ol har di a após di a
os pequenos avanços, a l enta progressão de cada pl anta
de tri go.
(Abbé Pierre)

36
Quando o homem é habi tado pel a esperança, vence as
contradi ções nas quai s se debate.
(Carlo Caretto)

37
Nenhum homem pode f racassar t ot al m e n te na vida se
uma só pessoa esti ver esperando em seu sucesso.
(Georges Roux)

38
Creio que Deus quer nos dar, cada vez que nos
encontramos numa si tuação di fí ci l , a força da resi stênci a
de que temos necessi dade.
(Dietrich Bonhoeffer)

39
O h om e m se f az, f aze n do al gu m a coisa. Na v e rdade o
homem tem mai s n e ce ssi dade de trabalho do qu e de
salári o.
(Lanza del Vasto)

40
Prepara-se o futuro não com preocupações esmagadoras,
mas fazendo-se hoje o que se pode. É sobre a fi del i dade
de hoje que se constrói o amanhã.
(Germain Barbier)

41
Ni nguém é abandonado, se não se abandona a si mesmo,
se el e mesmo não renunci a à esperança.
(Georges Roux)

42
Homem é aquel e que tem em si mesmo um pouco mai s de
âni mo do que de desesperança.
(Günther Weisenborn)

43
Naquel e di a o l obo habi tará com o cordei ro e o l eopardo
se deitará com o cabrito, (...) a criança de peito
bri ncará sobre a toca da áspi de e sobre a cova da serpente
a cri ança pequena estenderá a sua mão. Não se fará mal
nem destrui ção em todo meu santo monte.
(Isaías 11,6-9)

44
Não sou Col ombo, não posso descobri r a Améri ca. Mas
quero buscar a verdade. Pel a verdade darei mi nha vi da,
meu tempo e mi nha força. Não sou Al ber Schwei tzer.
Não posso construi r um hospi tal na sel va vi rgem. Mas
quero buscar o homem que de mi m necessi ta, de mi m e de
meu am or. Não sou u m ast ron auta. Não pi sarei na l ua
nem expl orarei pl anetas. Mas quero buscar o Rei no de
Deus que está tão l onge e tão perto, tão di sti nto, tão
gl ori osamente di ferente de todos os paí ses e de todas as
estrelas deste mundo.
(J. Zink)

45
O homem é um mi stéri o porque aparece como estado-
l i mi te entre doi s m undos. E st á m e rgu l h ado na carne,
mas é constituído de espírito; debruçado sobre a
matéri a, mas atraí do por Deus; crescendo no tempo, mas
já respirando eterni dade.
(J. Mouroux)

46
Quando o homem espera, morre já vendo seu corpo na
l uz da ressurrei ção.
(Carlo Caretto)

47
Não sei o que o futuro me reserva, mas também não
i mporta mui to. Crei o na vi da, acredi to em mi m e, aci ma
de tudo, acredi to em Deus. Ni sto se basei a mi nha l uta
e minha vi tóri a.
(Dietrich Bonhoeffer)

48
Coloquemos nossa esperança no Deus vi vo.
(1ª Carta de Paulo a Timóteo 4,10)

49
A alegri a é si nal de que a vi da venceu.
(Henri Bergson)

50
Crei o no sol , mesmo quando el e não bri l ha mai s; crei o
no amor, mesmo quando el e parece não me envol ver;
creio em Deus, mesmo quando El e se cal a.
(Palavras escritas numa cela de prisão em Colônia,
Alemanha Ocidental)
VI. BEM-AVENTURANÇAS DO SÁBIO

Alguns pensam que a felicidade está em coisas


complicadas. Ou t ros pe rce be m sua presença em coisas
pequenas e em mi gal has i nsi gnificantes de nada. Talvez alguns
os cl assi fi cassem de i ngênuos e quem sabe até mesmo de
tol os. Quem sabe, estes são os verdadei ros sábi os. Fel i zes
dos sábi os de coração.

1
Fel i zes os que sabem ri r de si mesmos. Terão sempre
tema para diversão. Felizes aqueles que sabem
distinguir u m a m on t an ha de u m m on t í cu l o de t e rra.
Serão poupados de mui tos aborreci mentos.

2
Fel i zes os que são capazes de descansar e dormi r sem
buscar mui tas descul pas. São sábi os.

3
Felizes os que sabem cal ar e escutar. Aprenderão
coi sas novas.

4
Felizes os que são sufi ci entemente i ntel i gentes para não
se l evarem por demai s a séri o. Serão apreci ados em seu
ambiente.

5
Fel i zes os que são atentos aos apel os dos outros, sem
se con si derarem i ndi spensávei s. Se rão se m e adores de
alegri a.

6
Felizes vós que sabeis olhar seriamente as coisas
pequenas e cal mamente as coi sas séri as. Irei s l onge na
vida.

7
Fel i zes se souberdes admi rar um sorri so e esquecer uma
“careta”. Vossa estrada será ensol arada.

8
Fel i zes serei s vós se fordes capazes sempre de i nterpretar
com be n evol ênci a as at i t udes dos ou t ros, m esmo se as
aparênci as f ore m con t rári as. Pode rei s f azer passar por
ingênuos, mas a cari dade tem esse preço!

9
Felizes os que pensam antes de agir e que rezam antes
de pensar. Evitarão muitas tol i ces.

10
Fel i zes, sobretudo, v ós qu e sabe i s re conhecer o Senhor
em todos aquel es que encontrardes. Encontrarei s então
a verdadei ra Luz e a verdadei ra Sabedori a!
VII. DIANTE DE TI, CUBRO MINHA FACE

Seu nome é Mi st é ri o. É Oce an o In f i n ito e Port o dos


náufragos. E st á pre se n te n o coração de su a au sê n ci a. É
mai s í nti mo a nós mesmos do que tudo. Ao mesmo tempo é
o todo Outro. É o Grande, o Consol ador, o Mi seri cordi oso, o
Si l enci oso, o Forte e o Insondável . Homens de coração reto
buscam-no de dia e de n oi t e . Qu an do v i sl u m bram uma
nesga de sua C l ari dade , cobrem a f ace e m h u m i l de
adoração.

1
Pouco a pou co pe rce bemos qu e D e u s foi nos gui ando
tanto pel os fracassos, como pel os sucessos, tanto por
provações como por oportuni dades, fechando portas de
um lado e abri ndo outras mai s adi ante.
(Paul Tournier)

2
Que n ada m e pe rturbe, n ada m e amedronte. Tudo tem
um f i m , som e n t e Deus não muda. A paci ê n ci a t u do
consegue. Quem possui a Deus não tem necessidade de nada:
Deus basta.
(Santa Teresa d’Ávila)

3
Cremos que Deus nos fez para el e. Que outro moti vo
haveria que pudesse dar senti do à vi da da humani dade?.
(René Voillaume)

4
O uni verso é apenas uma sombra de Deus.
(Stanislas Fumet)

5
Um estilo de vi da pobre tem i mpacto de testemunho
irrefutável.
(Pedro Arrupe)

6
Por detrás de todo sembl ante humano, mesmo manchado
pel o pe cado, e n du re ci do pe l o e goí sm o, em todo se r
humano há sempre u m a l on gí nqua promessa ou v agos
traços de pensamento e de amor. Deus aí está presente.
(Cardeal Garrone)

7
Senhor, dá-me um coração de cri ança e a i mbatí vel
coragem de vi ver como adul to.
(Catherine de Hueck Doherty)

8
Os braços do Sal vador cobertos de sangue recebem toda
alma que se di ri ge a El e.
(Zózimo)

9
Quando se am a, de se ja- se f al ar se m parar a qu e m se
quer bem, ou ao menos olhá-l o i ncessantemente. Outra
coi sa não é a oração.
(Charles de Foucauld)

10
Há duas manei ras de rezar e é i mperi oso conservar as
duas. A oração habi tual que se faz de manhã, à tarde, à
mesa e a oração di reta. Quando você se encontra numa
si tuação di fí ci l sua oração não será mai s l onga do que um
suspiro, que uma exclamação, um pensamento de
agradecimento, ou então gritos de dor, de
arrependimento, de esperança, uma espécie de
instantâneo, sem pal avras, quase sem pal avras...
(Karl Barth)

11
Senhor, se quiseres que eu descanse, por amor,
descansarei . Se me qui seres trabal hando, morrerei no
trabal ho. D i ze-me onde e com o, f al a qu e e spe ras de
mi m, tu a quem tanto amo, Senhor!.
(Santa Teresa d’Ávila)

12
O homem de oração nada procura a não ser aprofundar-se
cada vez mai s no deserto mai s denso e no mai s í nti mo
segredo de seu própri o coração.
(André Louf)

13
Fico admi rado ao ver Deus, gêni o da cri ação, ao mesmo
tempo ser a pobreza em pessoa.
(René Habachi)

14
Gostari a de di zer a todas as pe ssoas qu e fontes de
força, de paz e t am bé m de f e l i ci dade e n contrari am se
consentissem em vi ver na i nti mi dade de Deus.
(Elisabeth da Trindade)

15
A descoberta do amor, a recepção em nós do Amor
Infinito será uma nova criação. O amor quer, a cada
instante, cri ar no mei o de nós mai s amor.
(Um monge anônimo)

16
Não faças de Deus teu travessei ro e nem da oração teu
cobertor.
(Hélder Câmara)

17
Quando leio o Evangel ho, si nto-me cri stão.
(Gandhi)

18
A eterni dade é Al guém que me encontra a cada momento
da vi da, em cada momento deste futuro que vem a mi m,
que me é dado.
(J. Thomas)

19
Em vão t e n t are m os con st ru i r se Deus não estiver
conosco, se não for El e o arqui teto, se não conduzi r os
trabal hos, se não fi zer os pl anos, escol her os operári os e
comandar tudo. Uma pedra i nadequada ou mal col ocada
pode abal ar todo o edi fí ci o.
(Antoine Chevrier)

20
Como um mendi go à tua porta estou de pé e te i mpl oro.
Dá-me uma e smol a, ó m eu D e us... U m pou co de am or
que re ce berei de t u as m ãos am orosas. Não me dei xes
chamar e m v ão: n ão t e n h o m é ri to al gum, nada possuo,
nada recl amo e te peço somente um dom gratui to. Não
dei xes cai r sobre m i m o pe so e sm agador de todas as
mi nhas f al tas. Col oco em tuas amorosas mãos meus
incontávei s pecados.
(Tukaram)

21
Sem a oração, todas as vi rtudes são como árvore sem
terra.
(Testemuno da Igreja Oriental)

22
Abre as jan e l as. Deus não se dá pe l a m e t ade , dá- se
totalmente. Abre tudo. Deus não se vende. El e se doa.
(P. Monier)

23
Toda cri atura, por mai s i nsi gni fi cante que seja, sempre
reflete alguma i magem da bondade de Deus.
(Imitação de Cristo)

24
Nesta vida tu não podes se r f e l i z, n i n gu é m o pode .
Procuras uma boa coi sa, mas esta terra não é o paí s que
procuras. Que procuras? A fel i ci dade? El a não é daqui . Se
Cristo ti vesse encontrado a fel i ci dade aqui , tu também a
encontrari as. El e, no entanto, encontrou aqui a morte...
Mas depoi s te convi dou para sua magní fi ca mesa onde
ele mesmo é o pão. Descendo até a ti, encontrando
sofri mentos em tua pobre casa, não recusou sentar-se à
tua mesa, tal qual é, e te prometeu a sua.
(Santo Agostinho)

25
Fazei , Senhor, com que me esqueça dos sofri mentos
de ontem e não me i nqui ete com os que vi rão amanhã.
(Leguay)

26
Quem entrega sua l i berdade ao Senhor, o adora e
recebe a li berdade dos fi l hos de Deus.
(Thomas Merton)

27
A oração é o
fi o da fé. (Stanislas Fumet)

28
Não h á l i mi tes à sú pl i ca: t u do de pe nde da maturi dade
ati ngi da pe l a fé e da con f i an ça absol u t a n o pode r de
Deus. O pobre é pobre , m as o pobre do Se n h or t e m o
Senhor à sua di sposi ção. Ei s uma tomada de consci ênci a
que cau sa v e rt i gem: D e u s à di sposi ção de m i n h a fé...
que coi sa terrí vel !
(Carlo Caretto)

29
O coração con t ri to é a bre ch a í n t i m a por on de pode
ai nda entrar qual quer coi sa de novo. É uma abertura ao
Deus vivo e imprevi sí vel : o Deus que vem.
(Eloi Leclerc)

30
No que se refere à vi são de Deus, o esti l o de vi da é mai s
importante do que a manei ra de fal ar.
(Guillaume de Saint Thierry)

31
Situamo-nos na fé ou fora del a. A fé é um terri tóri o, um
reino.
(Stanislas Fumet)
32
Senhor, deposi tamos em ti nossas preocupações para
que
te ocupes del as;
nossa inqui etação para que a acal mes;
nossas esperanças e nossos desejos
a fi m de que seja fei ta a tua e não a nossa vontade;
nossos pecados para
que os perdoes;
nossos pensamentos a fi m de que os puri fi ques;
toda a nossa vi da terrestre a fi m de que
a l eves à ressurrei ção e à vi da eterna.
(Karl Barth)

33
Cada homem deve descobri r por si mesmo o segredo de
Jesus.
(Monge do Oriente)

34
Integrar-se em Deus é aprender que a vi da está no
amor.
(Germain Barbier)

35
As mãos de meu pai e os lábios de minha mãe
ensinaram-me mai s sobre Deus do que meu cateci smo.
(Aimé Duval)

36
Deus pode tudo, menos forçar o homem a amá-l ’O. Todo
grande amor é necessari amente cruci fi cado.
(Paul Edvokimov)

37
Na v e rdade f u i con ce bi do, Se n hor, para can t ar t e u
nome e fui cri ado para anunci ar tua grandeza.
(Bahya ibn Paqûda)

38
Senhor, vamos procurar abri r a porta para vós, sabemos
que vos desagrada fi car batendo.
(Paul Claudel)

39
Hoje não há ambi ente protegi do. Desde a sua i nfânci a o
homem é l an çado n o mundo, onde t odas as opi n i õe s,
todas as crenças e todos os si st e m as de v al ore s se
combatem abertamente. Neste mundo pl ural i sta a fé não
pode ser somente uma l i ção aprendi da. El a exi ge escol ha
de val ores e aprofundamento da exi stênci a. Está portanto
l i gada ao cami nhar do homem. E ni nguém pode fazer
essa experi ênci a em nosso l ugar.
(Eloi Leclerc)

40
Perdoa-me, Senhor, este semblante fechado, esse riso mau
que deforma minha boca, esse desgosto de viver, esse cansaço
e esse abatimento.
(L. Chancerel)

41
Mui tas vezes Deus se ocul ta a nossos ol hos, não quer nos
ouvir e não permite que O encon t re m os. Ne sse
momento é necessári o andar a seu encal ço, o que quer
di zer, perseverar na oração.
(Lutero)

42
Enquanto aquel e que não abre seu coração à i l umi nação
da fé vê este mundo apenas como um objeto confuso e
escandal oso, quem cresce na fé vê uma l uz i nvi sí vel
ilumi nar seus passos. Cri sto é sua l uz.
(Jean Laplace)

43
Dos átomos deste mundo Deus fez um espel ho e projetou
em cada um del es um rai o de seu espl endor.
(Djami)

44
Rezar é permanecer abraçado ao pai tocado de compai xão
por causa de nossa mi séri a.
(Jean Lafrance)

45
Meu Deus, eu te supl i co, depõe tua l uz em nossa vi da,
tua cl ari dade em nossa morte e que a tua l uz esteja em
nossos túmul os no di a da Ressurrei ção.
(Oração da peregrinação a Meca)

46
Somos um povo que caminha e ju n t os cam i n h am os.
Assim pode re m os al cançar uma cidade que n ão se
acaba, sem sofrimentos e sem tristezas, cidade de
eterni dade. Somos um povo que cami nha, que marcha
através do mundo buscando outra cidade. Somos
errantes, peregri nos na busca de um desti no, desti no de
unidade. Sempre se re m os cam i n h antes, pois som e n t e
cami nhando poderemos al cançar uma ci dade que não
se acaba, se m sofri mentos e se m t ri stezas, ci dade de
eterni dade.
(E.V. Mateu).
47
Aqui nasce para o céu um povo de al ta l i nhagem e o
Espí ri to l he dá a v i da n as águ as f e cu n das. Pe cador,
desce à fonte sagrada para l avar teu pecado. Descerás
vel ho e subi rás com nova juventude. Nada separa os
renascidos porque formam uma unidade: há um só
bati smo, um só E spí ri to e uma só f é. Nas águ as a Mãe
Igreja e n gendra com f e cu ndi dade v i rgi nal os que col oca
no m u n do pe l a força do E spí ri t o. Se qu e re s se r puro,
l ava-te n estas águ as qu al quer qu e se ja t ua fal ta, teu
pecado, de ori gem ou pessoal . Esta é a fonte da vi da
que banha o uni verso i ntei ro. Brotou da feri da de Cri sto.
Os qu e n asce ram de sta f onte e speram o R e i no. Não
basta nascer para chegar ao paí s de Deus. Que ni nguém
se assuste nem do número nem do peso de suas fal tas.
Santo será aquel e que nascer destas águas.
(Inscrição no Batistério da Basílica do
Latrão em Roma)

48
Aprendamos a não temer e a di scerni r nas forças cegas a
proximidade do Se n h or. Tem os qu e re cu sar de f i car
i mpressi onados para al é m do n e ce ssári o n o m om e n t o
das av al anches e da ch egada do caos. Nosso ol h ar
i nteri or, h umi l de e de se speradamente, f i x ará u m pon t o
no h ori zonte onde há de se n os m an i f e st ar a F ace do
Senhor.
(Albert-Marie Besnard)

49
A fi nal i dade da oração é menos obter o que pedi mos e
mai s tornar-nos outros.
(J. Green)

50
Deci di col ocar m i nha confi ança em Deus como e onde
estiver. El e nunca poderá me rejei tar.
(Newman)

51
Quando tudo me parece absurdo, quando estou
angusti ada, quando a sensação de i nfi ni to (no tempo e
no espaço) me atormenta, si nto a presença de Deus sem
poder comunicar-me com Ele. Então volto-me
resolutamente para o Cruci fi xo.
(Carmen Tessier)

52
A vi da não é si mpl esmente o passar do tempo. O tempo
nos é dado para que nel e real i zemos um certo número de
vontades di vi nas. Quanto mai s nossa vi da esti ver pl ena
dessas vontades di vi nas, mai s será real i zada.
(Germain Barbier)

53
Só se obtém o Rei no de Deus renunci ando a tudo o mai s.
(Yves de Montcheuil)

54
Não quero, Senhor, nem ouro, nem prata. Dá-me uma fé
firme e i nabal ável . Não procuro, Senhor,
os prazeres e as al egri as deste mundo.
Consola-me e forti fi ca-me pel a tua Pal avra.
Não peço honras
e a consi deração do mundo, que em nada podem me
aproximar de Ti .
Dá-me teu santo Espí ri to para i l umi nar meu coração.
Fortifica-me e consol a-me
em minha mi séri a e em mi nha angústi a.
Guarda-me até à morte na verdadei ra fé
e na fi rme confi ança em tua graça.
(Lutero)

55
Sede de Deus... conhecemos a sede fí si ca quando fal ta
água. C on h e ce m os t am bé m a se de e m bri agadora de
fel i ci dade de vi da. Será que nossa al ma sabe o que é ter
sede de Deus?
(Dietrich Bonhoeffer)

56
Para rezar não é necessári o ser i ntel i gente, mas estar
em oração.
(Madeleine Delbrêl)

57
Abandonar-se a Deus não é si nal de fraqueza, mas de
coragem.
(Bernard Gavoty)

58
Não há maturi dade de fé naquel e que crê porque recebe
uma ce rt a f orça m oral . Não re za m adu ram e n t e aqu e l e
que o faz no momento de n e ce ssi dade. Não é cri st ão
maduro aquel e que vai à i greja porque i sso pode servi r.
Cremos porque nos foi proposto crer e por ser di gno de
fé. R ezamos porque é pri v i l égi o de h om e ns l i vres fal ar
com D e u s. Vamos à i gre ja porqu e som os f e l i ze s de o
fazer e porque a l i turgi a é fonte de al egri a.
(J. Moltmann)
59
Exi ste al guém, meu Deus, que te pedi u hospi tal i dade
e n ão f oi at e n di do? Que se postou à tua port a com
esperança que l he abri sse e dei xou de ser recebi do?
(Prece muçulmana)

60
Para a comuni dade cri stã de nossa época há doi s peri gos
opostos: o pe ri go de procu rar a san t i dade somente no
deserto (na oração) e o perigo de se e squ e ce r da
necessi dade do deserto (da oração) para a santi dade.
(Jacques Maritain)

61
Senhor, toma todo l ugar em mi m. Senhor, expulsa-me de
mim mesmo.
(Stanislas Fumet)

62
Como vi ajantes perdi dos num ardente deserto sem água,
clamamos a Ti , Senhor.
Como náufragos numa costa estéri l , cl amamos a Ti ,
Senhor.
Como o pai de quem foi roubado o pedaço de
pão que levava aos fi l hos fami ntos, cl amamos a Ti ,
Senhor.
Como o pri si onei ro que o poderoso i njusto
jogou numa cel a úmi da e tenebrosa,
cl amamos a Ti , Senhor. Como o escravo rasgado pel o
chi cote do mestre,
clamamos a Ti , Senhor. Como o i nocente que se l eva ao
suplíci o,
cl amamos a Ti , Senhor. Como todas a nações da terra
antes que
houvesse a aurora da l i bertação, cl amamos a Ti , Senhor.
Como o Cri sto na cruz que di zi a
“meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”,
clamamos a Ti , Senhor.
(Lamennais)

63
O cri sti ani smo não é somente uma rel i gi ão vol tada para
o passado. Seu ol har se vol ta também para avante, na
di reção do futuro: sua fé é ao mesmo tempo esperança,
porque Cristo não é somente aquele que morreu e
ressuscitou, mas Aquel e que vem.
(Joseph Ratzinger)

64
Assi m fal a o Senhor: “Conheço tua mi séri a, os combates
e as tribulações de tua alma, a fraqueza e as
enfermi dades do t e u corpo, t u a f al ta de coragem, teus
pecados, tua fraqueza... e apesar di sso di go-te: Dá-me
teu coração, como tu és”.
(Obra beneditina)

65
Durante tri nta anos cami nhei na busca de Deus. Quando
abri os ol hos descobri que era El e que me procurava.
(Bayazid de Bristhan)

66
O val or de uma vi da está no peso da adoração.
(P. Monchanin)

67
Quanto mai s al guém reza, mai s quer rezar. É como um
pei xe que n ada n a su perfí ci e da água e vai em segui da
mergul har nas profundezas do mar.
(Cura d’Ars)

68
Assim como a águia ensina seus filhotes a voar, voando sobre
el es e os at rai ndo, da m e sm a f orm a D e u s nos ensi na
pel as sol i ci tações de sua graça a vi ver em sua presença.
Na medida em que o ouvido se torna atento, sua
delicadeza aumenta e a al ma segue a Deus cada vez mai s:
vive então em sua presença.
(Germain Barbier)

69
Senhor, dá-me tudo o que me l eva a ti . Senhor Deus,
afasta de mi m tudo o que me desvi a de ti . Senhor Deus,
faze com que eu não me pertença mais, mas seja
inteiramente tua.
(Edith Stein)

70
Os santos eram h om e n s se m e l h an tes a todos nós.
Mui tos dentre el es foram mesmo grandes pecadores, mas
por seu arrependi mento chegaram ao Rei no dos céus.
(Starets Silouane)

71
Assi m como o sol espal ha por todos os cantos seus
raios de luz, da mesma forma Deus está pron t o a
di fundi r as de l í ci as de seu amor, se n ão f e ch arm os o
acesso de nossa al ma por espessas nuvens de pal avras.
(John Fischer)

72
Não me abandones, Senhor, porque em Ti coloquei
mi nha esperança. Não permi tas que mi nha esperança
seja confundi da. Que eu Te si rva e farás de mi m o que
qui seres.
(Santa Teresa d’Avila)

73
Orar significa abrir com ilimitada confiança o seu coração a
Deus, ao seu amor paternal e depois sair alegre correndo como
uma cri ança.
(Basiléa Schlink).

74
Depoi s dos sof ri m e n t os, dos e sf orços, das pe n as, das
tribulações e de ce pções da v i da, depois das dú v i das
todas e m e sm o das f raqu e zas da al m a... de poi s de
tudo i sto exi ste o Cri sto, rocha fi rme à qual se agarram
todas as nossas angústi as. É Cri sto e a fé nel e que dá aos
cri stãos a razão de suportar tudo i sto.
(Y. Azema)

75
Vós não semeai s e nem col hei s e Deus vos al i menta. O
Senhor v os de u f on tes e ri os para be be r, montanhas,
col i nas e rochedos para buscar abri go, árvores al tas para
construir vossos ninhos e, mesmo sem saber fi ar ou
costurar, é Deus que fornece a vós e vossos fi l hos a
veste necessári a.
(Sermão de São Francisco de Assis aos pássaros,
segundo os Fioretti)
VIII. SUSSURROS E GEMIDOS DA ALMA

Na t ri l h a da v i da, n a cam i n h ada dos cam i n h e i ros, h á


momentos em que o coração tem vontade de fal ar com o
Senhor. Não adi anta fazer grandes di scursos. Basta uma
breve el evação do pe n samento, u m su ssurro e um dol ente
gemi do.

1
Senhor, faze com que mi nha jornada seja boa e sem
pecado.
2
Senhor, estende sobre mi m tua mão protetora e reforça-
me no teu temor.
3
Senhor, dá-me paci ênci a e di scerni mento das provações.
4
Li vra-me da i gnorânci a, da cól era e da dureza, Senhor.
5
Senhor, poupa-me do endureci mento do coração.
6
Senhor, l i vra-me de toda tentação.
7
Senhor, inscreve meu nome no l i vro da
Vida e dá-me um bom fi m.

8
Senhor, acol he-me no meu arrependi mento.
9
Senhor, não me abandones.
10
Senhor, dá-me a sabedori a e a humi l dade.
11
Senhor, dá-me a paci ênci a e a doçura.
12
Senhor, l i vra-me de todos os fal sos
c ompromissamentos.
13
Senhor, expul sa de mi m o esqueci mento e a
insensibilidade.
14
Senhor, que meu coração receba o orval ho da tua graça.
(Tradição ortodoxa grega)

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