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COMBUSTÃO E COMBUSTÍVEIS
Apostila Química Tecnológica Geral
Agosto 2004
ÍNDICE
1 Combustão
1.1 Introdução 1
1.2 Definições Fundamentais 2
1.2.1 Reagentes da Combustão 4
1.2.2 Composição do Ar e Definições 4
1.2.3 Alguns Compostos e Elementos Químicos 6
1.3 Combustão Espontânea 7
1.4 Ponto de Fulgor, Combustão e Ignição 8
1.5 Chama 8
1.5.1 Estrutura da Chama 9
1.6 Energia Liberada na Combustão 9
1.6.1 Determinação do Poder Calorífico 9
1.6.2 Número de Wobbe 12
1.7 Produtos da Combustão 12
1.7.1 Monóxido de Carbono 13
1.7.2 Material Particulado 13
1.7.3 Óxidos de Enxofre 15
1.7.4 Óxidos de Nitrogênio 16
1.7.5 Compostos Orgânicos Voláteis 19
2 Combustíveis
2.1 Introdução 20
2.2 Combustíveis Industriais 20
2.2.1 Combustíveis Fósseis 21
2.2.2 Biomassa 32
2.3 Análise de Combustíveis 35
2.3.1 Combustíveis sólidos 35
2.3.2 Combustíveis Líquidos e Gasosos 35
3 Bibliografia 37
ii
1 Combustão
1.1 Introdução
3
Carbono, hidrogênio, nitrogênio, enxofre, e outros elementos químicos
que compõe os combustíveis, geralmente não se encontram livres, mas unidos
através de ligações químicas. Assim, os combustíveis possuem diversos
compostos químicos, sendo que os principais compostos são formados por
carbono e hidrogênio, chamados de hidrocarbonetos. Por isso, as reações (R1)
a (R5) representam simplificações do processo de combustão, sendo que
normalmente estão envolvidas reações de oxidação e decomposição dos
compostos encontrados nos combustíveis.
Os principais produtos das reações envolvidas na combustão são os
gases liberados, que em equipamentos industriais são chamados de gases de
exaustão. Os produtos das reações (R1) a (R5) são exemplos de gases de
exaustão. No caso de combustíveis sólidos, além dos gases, tem-se como
produtos os resíduos sólidos, normalmente denominados de cinzas.
4
extensão do sistema) e do volume do sistema. Exemplos de propriedades
intensivas são:
p ⋅V = n ⋅ R ⋅ T (E1)
Solução:
1. Frações molares:
xN 2 = 0,78 xO2 = 0,21 x Ar = 0,01
2. Frações mássicas:
xi Mi xi Mi wi
O2 0,21 32,0 6,72 0,232
N2 0,78 28,0 21,84 0,754
Ar 0,01 40,0 0,40 0,014
xO2 ⋅ M O2 6,72
wO2 = = = 0,232
∑x ⋅Mi i 28,96
xN 2 ⋅ M N 2 21,84
wN 2 = = = 0,754
∑x ⋅Mi i 28,96
x Ar ⋅ M Ar 0,40
wAr = = = 0,014
∑ xi ⋅ M i 28,96
3. Peso molecular da mistura – ar atmosférico:
5
M ar = ∑ xi ⋅ M i = 28,96
a) Combustível
É um material que participa da combustão e normalmente formado por
vários compostos. O combustível possui o elemento que sofre a oxidação.
b) Comburente
É a substância, participante da combustão, cujo elemento sofre redução.
-Existe O2 suficiente e
-O combustível atinge a temperatura de ignição
Combustão completa
¨ Combustão incompleta
6
fins práticos de combustão, o ar pode ser considerado como composto, em
volume, de oxigênio (O2) 20,9%; nitrogênio (N2) 79,1%; e, em peso, de
oxigênio (O2) 23,15%; nitrogênio (N2) 76,85%. O peso do ar a 15,5ºC é 1,22
kg/m3, ao nível do mar e à pressão atmosférica tem um volume de 0,37 m3.
7
moles − combustível
moles − oxidante atual
Φ= (E4)
moles − combustível
moles − oxidante estequiométrico
Solução:
1. Equação estequiométrica
Balanço do carbono: b = 2
Balanço do hidrogênio: c = 2
Balanço do oxigênio: 2a = 2b + c = 6 → a = 3
1,0
xC 2 H 4 = = 0,0511
1,0 + (3,9)(4,76)
3,9
xO2 = = 0,1994
19,564
14,664
xN 2 = = 0,7495
19,564
8
M mistura = 0,0511 ⋅ 28 + 0,1994 ⋅ 32 + 0,7495 ⋅ 28
M mistura = 28,80[kg / kmol ]
9
junto com o hidrogênio e oxigênio, forma ácidos corrosivos como o
sulfúrico, o sulfuroso e o sulfídrico.
10
1.4 Ponto de Fulgor, Combustão e Ignição
1.5 Chama
11
1.5.1 Estrutura da Chama
CH4 → C + H2
2C + O2 → 2CO
2H2 + O2 → 2H2O
d) Zona Oxidante: é a zona externa da chama e que está em contato com
o ar atmosférico. Nessa região, os produtos obtidos na zona redutora
queimam com facilidade, transformando-se em gás carbônico e água.
2CO + O2 → 2CO2
2H2 + O2 → 2H2O
12
os produtos de combustão à temperatura ambiente, o calor liberado é
denominado de Poder Calorífico Superior. A diferença entre os dois valores é a
entalpia de vaporização da água, tanto a que é formada na combustão como a
que está presente no combustível como umidade.
a) Métodos Matemáticos
O
PCS = 8.100 ⋅ C + 34.400 ⋅ H − + 2.500 ⋅ S (E5)
8
O
PCI = 8.100 ⋅ C + 34.400 ⋅ H − + 2.500 ⋅ S − 600 ⋅ w (E6)
8
13
w = 9H + u (E7)
onde:
PCS = Poder calorífico superior [kcal/kg]
PCI = Poder calorífico inferior [kcal/kg]
C = Teor de carbono [kg C / kg combustível]
H = Teor de hidrogênio [kg H / kg combustível]
O = Teor de oxigênio [kg O / kg combustível]
S = Teor de enxofre [kg S / kg combustível]
w = Água formada nos produtos [kg H2O / kg combustível]
U = Umidade
onde
PCS = Poder calorífico superior [kcal/Nm3]
PCI = Poder calorífico inferior [kcal/Nm3]
CO = Teor de monóxido de carbono [Nm3 CO / Nm3 combustível]
H2 = Teor de hidrogênio [Nm3 hidrogênio / Nm3 combustível]
CH4 = Teor de metano [Nm3 metano / Nm3 combustível]
C2H2 = Teor de etino [Nm3 etino / Nm3 combustível]
C2H4 = Teor de eteno [Nm3 eteno / Nm3 combustível]
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Composto Fórmula PCS PCI PCS PCI
[kcal/kg] [kcal/kg] [kcal/Nm ] [kcal/Nm3]
3
b) Métodos Experimentais
PCS
Wsup = (E10)
d relativa
PCI
Winf = (E11)
d relativa
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Exercícios:
Compos.química
% em volume
METANO 88,55
ETANO 7,48
PROPANO 1,75
ISO-BUTANO 0,27
n-BUTANO 0,26
PENTANO 0,00
NITROGÊNIO 1,34
CO2 0,35
Dados:
Densidade Densidade PCI PCS A/C gás puro
[Kg/m3] relativa ao ar [Kcal/m3] [Kcal/m3] [m3/m3]
METANO 0,67 0,55 7970,31 8852,00 9,53
ETANO 1,25 1,04 14186,87 15510,29 16,67
PROPANO 1,83 1,52 20288,62 22052,01 23,81
iso-BUTANO 2,42 2,01 26296,59 28500,83 30,95
n-BUTANO 2,42 2,01 26387,74 28591,98 30,95
N2 1,17 0,97 - - -
CO2 1,83 1,52 - - -
Valores tabelados de densidade e poder Calorífico , referentes à norma ASTM D 3588-98, (20°C,
1 atm). Relação ar/combustívei (Estequiométrica)
16
1.7 Produtos da Combustão
17
1.7.2 Material Particulado
a) Cinzas
b) Fuligem
18
Portanto, em alguns casos é interessante inibir a formação de fuligem na
chama e em outros promover e, em uma região posterior à chama, destruir via
oxidação, de forma a contemplar os aspectos ambientais (controle das
emissões) e de troca de calor por radiação.
Os mecanismos de formação e oxidação da fuligem são ainda pouco
conhecidos. No processo de formação são identificados, basicamente, os
seguintes estágios: formação de precursores, nucleação, coagulação e
crescimento superficial, e aglomeração.
19
1.7.3 Óxidos de Enxofre
20
A formação de óxido nítrico durante os processos de combustão pode
ocorrer através de quatro mecanismos diferentes: térmico, combustível, ativo
e via N2O.
a) NO Térmico
É o NO formado em altas temperaturas através da reação entre o
nitrogênio gasoso (N2) e oxigênio atômico (O), ambos provenientes
principalmente do ar de combustão.
Esse processo é descrito pelo mecanismo de Zeldovich, o qual abrange as
seguintes reações:
N2 + O → NO + N (R7)
N + O2 → NO + O (R8)
N + OH → NO + H (R9)
O nome térmico é usado por que a reação (R7) tem energia de ativação
muito alta devido à forte tripla ligação na molécula de N2. Assim, a reação (R7)
é rápida somente em altas temperaturas (>1700K). Devido a sua pequena
taxa, a reação (R7) é a etapa limitante da formação de NO térmico.
Assumindo que os átomos de nitrogênio estão em um estado de quase-
equilíbrio, a taxa de formação de NO é:
d [NO ]
= 2 ⋅ k1 ⋅ [O ] ⋅ [N 2 ] (E11)
dt
b) NO Ativo
As taxas de formação de NO na combustão de combustíveis fósseis
podem exceder as taxas atribuídas à oxidação direta de N2 através do
mecanismo térmico, especialmente em condições ricas de combustíveis. Este
NO formado foi chamado de NO ativo por Fenimore, desde que a formação de
NO foi confirmada em regiões próximas à zona da chama.
O NO ativo resulta, principalmente, do radical CH, que é uma espécie
intermediária que é gerada através de uma reação complexa. O radical CH
reage com nitrogênio do ar de combustão formando cianeto de hidrogênio, o
qual em reações posteriores é transformado em NO:
21
A energia de ativação da reação (R10) é muito menor do que a reação
limitante para o NO térmico (R7). Assim, o NO ativo é formado em
temperaturas relativamente baixas (em torno de 1000K).
c) NO Combustível
A conversão de nitrogênio quimicamente ligado ao combustível em NO é
observado, principalmente, na combustão de carvão, por que o carvão possui
no mínimo cerca de 1% em massa de nitrogênio. Os compostos contendo
nitrogênio evaporam durante o processo de gaseificação e resulta na formação
de NO na fase gasosa.
Cianeto de hidrogênio (HCN) é o principal produto quando o nitrogênio
em anéis aromáticos, e amônia (NH3) quando o nitrogênio está contido em
aminas. HCN e NH3 são oxidados a NO, mas também podem ser reduzidos a N2
através de reações paralelas:
d) NO via N2O
O mecanismo do óxido nitroso é análogo ao mecanismo térmico no qual
os átomos de O atacam o N2 molecular. Mas, com a presença de uma terceira
molécula M, o resultado da reação é N2O:
N2 + O + M → N2O + M (R13)
N2O + O → NO + NO (R14)
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determinado processo. Através dos parâmetros que influenciam o mecanismo
principal de formação de NOx, pode se fazer alterações no tipo de combustível
utilizado ou no processo. Outra alternativa é o tratamento dos gases de
exaustão (efluentes gasosos).
Desse modo, para fontes estacionárias, as principais alternativas para
minimização das emissões de NOx são:
• Utilização de combustíveis com baixo teor de nitrogênio.
• Tratamentos pós-combustão:
Redução seletiva não-catalítica (SNCR) – NH3, ou uréia, é injetada acima da
zona de combustão, reagindo com OH a NH2, que então reage com NO
formando N2 e água. Necessita de altas temperaturas (900-1100oC)
Redução seletiva catalítica (SCR): nessa técnica faz-se a injeção de NH3
quando os gases de exaustão passam por um leito de catalisador. A
redução nas emissões de NOx é acima de 80-90%. A temperatura ótima de
operação fica entre 300 - 400oC. SCR tem sido usada comercialmente
desde 1980 no Japão e 1986 na Alemanha.
23
queimado e saiu junto com os outros produtos de combustão, ou compostos
formados a partir de radicais de hidrocarbonetos não oxidados completamente.
A medição destes compostos nos produtos de combustão é denominada de
hidrocarbonetos totais e juntamente com o monóxido de carbono pode ser
utilizado como indicador de combustão completa para fins de controle do
processo de combustão.
Os principais são:
24
2 Combustíveis
2.1 Introdução
25
Estado Físico Material
sólido Madeira (Biomassa) Lenha
Serragem
Cavacos
Lodo e resíduos industriais (Biomassa)
Carvão vegetal
Coque de carvão
Coque de petróleo
Líquido Petróleo
Óleos de xisto
Óleos vegetais (Biocombustíveis)
Biodiesel (esterificação de óleo vegetal)
Derivados de petróleo
Álcool (Biocombustível)
Gasoso Gás natural
Biogás (Biocombustíveis)
Hidrogênio
GLP
a) Carvão Mineral
O carvão mineral é originário da transformação da matéria vegetal de
grandes florestas soterradas há milhões de anos, através da ação da pressão,
temperatura e microorganismos. A pressão do solo, calor e movimento da
crosta terrestre produziram a destilação dos produtos gasosos, ocorrendo a
formação do lignito. A continua atividade subterrânea propiciou a redução
progressiva do conteúdo gasoso dos carvões, resultando em carvões de
diferentes classificações (ranking): turfa, lignito, sub-betuminoso, betuminoso
e antracito.
O carvão encontra-se distribuído por toda a crosta terrestre, com
incidências superficiais ou profundas e com vários graus de pureza. O maior ou
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menor grau de pureza decorre de como se processou a mistura dos materiais
celulósicos com as substâncias minerais.
A extração do carvão no Brasil vem sendo desenvolvida essencialmente
nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os quais possuem as
maiores reservas de carvão nacional. A Bacia Carbonífera de Candiota, no Rio
Grande do Sul, é a maior de todas e conta com cerca de 12 x 109 ton de
carvão essencialmente usado como carvão energético.
A caracterização das propriedades físicas, químicas e petrográficas do
carvão pode determinar seu valor econômico, desde a mineração até sua
utilização industrial. É importante o conhecimento das propriedades do carvão,
pois se pode ter um melhor controle do processo industrial que utiliza esse
material, incluindo o controle das emissões atmosféricas e efluentes líquidos,
assim, como uma disposição adequada dos rejeitos sólidos, minimizando os
efeitos indesejáveis ao meio ambiente.
Na utilização do carvão para fins energéticos, é essencial o
conhecimento prévio das propriedades do carvão por análise elementar,
análise imediata, poder calorífico superior e inferior, reatividade. Além disso, a
determinação de álcalis, Na (sódio) e K (potássio) nos carvões é importante,
por que estes causam sérios problemas de obstrução (fouling) em caldeiras,
devido à fácil volatilização e condensação destes sobre as frias paredes da
caldeira.
A análise imediata consiste na determinação da umidade, cinza, matéria
volátil e carbono fixo (por diferença) por métodos normalizados:
• A umidade total, segundo a norma técnica NBR 8293/83, é determinada
pela diferença do material seco em estufa a 105oC, durante uma hora.
• A cinza, que é o resíduo inorgânico remanescente, pode ser determinada
pela norma ABNT NBR 8289/1983, que recomenda a combustão da amostra
em forno mufla, em atmosfera oxidante, com ou sem adição de oxigênio. O
resíduo remanescente após a queima é pesado e registrado como teor de
cinza.
• Matéria volátil é todo o produto, excetuando a umidade, desprendido por
um material, como gás ou vapor, incluindo hidrogênio, hidrocarbonetos,
produtos fenólicos, água, óxidos ou carbono em proporções variadas. Nos
processos de combustão, o teor de matérias voláteis, junto com parâmetros
como cinza, poder calorífico etc., prediz a eficiência da combustão, pois
carvões com alto teor de voláteis tendem a queimar mais rapidamente que
os de baixo teor de voláteis. A metodologia descrita na ABNT NBR
8290/1983 baseia-se na determinação dos destilados voláteis do carvão,
desprendidos durante o aquecimento em forno elétrico (vertical ou
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horizontal), na ausência de oxigênio, sob rígido controle de massa,
temperatura e tempo.
• Carbono fixo representa, basicamente, a concentração de carbono, apesar
de conter também outros elementos como enxofre, hidrogênio, nitrogênio e
oxigênio. É um importante parâmetro utilizado para todos os cálculos de
balanço energético e na caracterização de carvões. Os teores de carbono
fixo, expressos em percentuais, são sempre valores calculados. A norma
ABNT NBR 8299/1983 recomenda o cálculo do teor de carbono fixo a partir
de teores de cinza, matéria volátil e umidade, conforme a equação:
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Processo Agente ativo Produto Subprodutos
sobre o carvão principal
Combustão Oxigênio Calor Cinzas
Gaseificação Vapor (+ calor) Gás Cinza
Liquefação Hidrogênio (+ Combustíveis Gases, cinzas
“solvente”) líquidos
Carbonização Calor Coque Gás, alcatrão
Tabela 4: principais processos de utilização do carvão.
b) Petróleo
O petróleo, sobre cuja origem há várias teorias, é extraído de poços
mais ou menos profundos e constitui a base do progresso e soberania de uma
nação.
As reservas mundiais de petróleo no ano de 2001 mantiveram a marca
de aproximadamente 1 trilhão de barris, registrando um crescimento de 0,3%
em relação ao ano anterior. Esse pequeno crescimento deveu-se ao reduzido
aumento de 0,5% por parte dos países que constituem a OPEP (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo) e, ainda, a uma redução de 0,6% nas
reservas dos países não pertencentes à organização.
No Oriente Médio, as reservas provadas se elevaram 0,3%, atingindo
685,6 bilhões de barris, enquanto as reservas européias, que somaram 18,6
bilhões de barris, diminuíram 2,6%. No continente americano, as reservas dos
países norte-americanos reduziram 1,4% em relação ao ano de 2000, e as das
Américas Central e do Sul exibiram um crescimento de 1,1%, alcançando 96,0
bilhões de barris. O Brasil permaneceu com o mesmo volume de reservas
registrado no ano 2000, e a Colômbia apresentou uma queda de 10,0% em
relação ao ano anterior. Neste cenário, as reservas provadas brasileiras, de 8,5
bilhões de barris, mantiveram-se novamente na 16ª posição mundial.
Das reservas provadas nacionais, 89,3% localizavam-se no mar, com
destaque para o Rio de Janeiro (detendo 97,4% das reservas provadas
29
localizadas no mar), e 10,7% estavam em jazidas terrestres. Vale ressaltar o
crescimento das reservas provadas localizadas em terra: 6,4% entre 2000 e
2001.
Do petróleo derivam vários combustíveis e produtos químicos, que são
obtidos, principalmente, em refinarias. No Brasil em 2001, a produção de
derivados de petróleo energéticos e não-energéticos foi de 101,0 milhões de
m3, superando em 5,0% o volume registrado em 2000. Entre os combustíveis
obtidos do petróleo, destacam-se:
b.1) Gasolina
A gasolina é o combustível mais consumido entre os que são utilizados
em transporte rodoviário. Em uso por mais de um século, a gasolina possui
infraestrutura mundial de produção e distribuição; seu uso em grande escala
permite preços baixos e o desenvolvimento de equipamentos específicos, como
refinarias, motores, catalisadores de exaustão e uma infraestrutura de
serviços.
A gasolina é um combustível de, relativamente, alta densidade
energética, sendo muito adequado para motores de ciclo Otto; mas possui um
número de octanagem menor do que outros combustíveis usados nesses
motores, o que limita as razões de compressão e a eficiência energética dos
motores a gasolina.
O índice de octanagem é um importante parâmetro da qualidade da
gasolina. Esse índice mede a tendência de um combustível detonar quando
queimado no cilindro de um motor. Quanto maior o índice de octanagem,
menor a tendência à detonação. De acordo com a definição do índice de
octanagem, isoctano (2,2,4 trimetil pentano) tem o valor de 100 para esse
índice, enquanto o n-heptano (C7H16) possui o valor de zero.
No Brasil, encontram-se disponíveis três tipos de gasolina:
-Gasolina Comum ou Regular - com octanagem mínima de 80, medida
pelo método Motor (MON), comercializada com sua cor original de produção
(amarelada), sem adição de corantes.
- Gasolina Regular Aditivada - difere da gasolina regular apenas pela
presença de aditivos detergentes/dispersantes, adicionados pelas
distribuidoras. Nessa gasolina é permitida a adição de corantes, tendo cores
diferenciadas por distribuidora. Os aditivos têm a função de impedir a
formação de depósitos, mantendo limpos os bicos injetores e as válvulas de
admissão.
-Gasolina Premium - gasolina com octagem mínima de 91, medida pelo
Índice Antidetonante (MON + RON)/2, que, a exemplo da gasolina regular
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aditivada, pode ser comercializada com cores diferenciadas, de acordo com
cada companhia distribuidora.
MON - Motor Octane Number
RON - Reserch Octane Number
Características e benefícios da Premium
O que diferencia a Premium das gasolinas tradicionalmente comercializadas no
Brasil é a sua maior octanagem e o seu menor teor de enxofre.
• http://www2.petrobras.com.br/tecnologia/portugues/gasolina_premium/ga
solina_premium.stm
• http://www.postocargapesada.com.br/produtos/gp.html
Redução nas emissões de exaustão e evaporativas fornece um estímulo
importante para reformulação da gasolina, que varia simultaneamente vários
parâmetros da gasolina convencional para obter melhores características.
Reformulação geralmente inclui: a adição de oxigenado como MTBE (éter
metil-terc-butílico), ETBE (éter etil-terc-butílico), e o álcool etílico; redução do
conteúdo de aromáticos e olefinas, e redução da temperatura de evaporação.
31
pessoas aprenderam a manuseá-los de modo seguro. Ambos possuem
desvantagem considerável: quando derramados penetram no solo, poluindo
não apenas o solo, mas também a água.
32
limites variados para esta característica, dependendo das condições climáticas
das regiões, de modo a facilitarem as condições de uso do produto.
As especificações e as normas técnicas para a análise das características
do óleo combustível são determinadas pela Portaria no 80, de 30/04/1999, da
Agência Nacional do Petróleo – ANP, as quais são apresentadas na Tabela 5. O
ponto de fluidez superior deverá ser, no máximo, igual ao indicado na Tabela
6.
O óleo combustível é utilizado em uma grande variedade de
equipamentos destinados à geração de energia ou calor. A indústria consome
enorme quantidade de óleos combustíveis, principalmente em caldeiras,
aquecedores, fornos, secadores, etc. Nos países frios, os sistemas de
aquecimento doméstico também usam óleo combustível, e as caldeiras
marítimas fazem largo uso dele.
MÉTODO TIPO
CARACTERÍSTICA UNID. ABNT ASTM OCB1 OCA1 OCB2 OCA2
Viscosidade Cinemática a mm²/s NBR 10441 D445/ 620 620 960 960
60°C, máx. (cSt) NBR 5847 D2171
ou
Viscosidade Saybolt Furol SSF MB 326 D88 600 600 900 900
a 50°C, máx.
D1552/
Enxofre, máx. % MB 902 D2622/ 1,0 2,5 1,0 2,5
massa D4294
33
Unidades da Dez, Jan, Fev, Mar Abr, Out, Nov Maio, Jun, Jul, Ago,
Federação Set
DF-GO-MG-ES-RJ 27 24 21
SP-MS 24 21 18
PR-SC-RS 21 18 15
demais regiões 27 27 24
Tabela 6: Ponto de fluidez superior de óleos combustíveis para as diversas
regiões do Brasil e em 3 períodos do ano (Fonte: Portaria ANP no 80,
30/04/1999).
c) Gás Natural
34
econômicas para aproveitamento do gás natural, ele é reinjetado na jazida ou,
então, queimado, em queimadores de segurança (flare), para se evitar a
criação de uma atmosfera rica em gases combustíveis no entorno das
instalações de produção de petróleo.
Quando o gás é dominante, ou seja, gás natural não-associado, o seu
aproveitamento econômico é condição essencial ao desenvolvimento da
produção. As maiores ocorrências de gás no mundo são de gás não-associado
ao petróleo.
Tanto o gás não-associado, quanto a corrente gasosa recuperada do
petróleo constituem-se no que se costuma denominar de gás natural úmido, o
qual contêm em suspensão pequenas quantidades de hidrocarbonetos que são
líquidos, nas condições atmosféricas de pressão e temperatura, dispersas na
massa gasosa. Desse modo, o gás natural úmido é composto
predominantemente de metano, etano e, em menores proporções, de propano
e outros hidrocarbonetos de maior peso molecular, apresentando
contaminantes, como nitrogênio, dióxido de carbono, água e compostos de
enxofre.
Assim, o gás natural precisa passar por um tratamento inicial, também
denominado secagem do gás natural. Esse tratamento, normalmente realizado
junto à jazida, é feito em Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN),
resultando de um lado gás natural seco e de outro líquido de gás natural
(LGN).
Durante o processo de secagem do gás natural nas UPGN, são também
removidos contaminantes ou reduzidos os seus teores, para atender às
especificações demandadas pelo mercado. Esses tratamentos são muito
eficazes, razão pela qual o gás natural seco (forma sob a qual é, normalmente,
comercializado e, simplificadamente, chamado de gás natural) é composto de
uma mistura de metano e etano, com reduzidíssimas proporções de outros
hidrocarbonetos e de contaminantes. A proporção de metano nesta mistura
normalmente é de 80 a 95%.
Os líquidos de gás natural (LGN) correspondem às frações que se
liquefazem facilmente (propano e butano) ou que são líquidas nas condições
ambientais. Essas frações apresentam alto valor comercial, sendo aproveitados
como:
• gás liquefeito de petróleo – propano e butano, usado no Brasil como
combustível doméstico;
• gasolina natural – pentanos e hidrocarbonetos de maior peso molecular,
os quais são utilizados na formulação de gasolinas automotivas e como
matéria-prima para as unidades petroquímicas, com vistas à produção
de eteno e propeno.
35
O meio de transporte mais utilizado para o gás natural é através de
gasodutos, que são dutos (tubulações) para conduzir o gás natural, que é
introduzido sob pressão, por meio de compressores.
Atualmente, o uso do gás natural como combustível em substituição a
praticamente todos os demais combustíveis, especialmente pela facilidade do
seu manuseio e pelo efeito ambiental limitado da sua queima, é dominante.
Entre os principais empregos se destacam: a geração de energia elétrica, o uso
em áreas urbanas e em automóveis.
A utilização do gás natural para geração de energia elétrica vem
crescendo de importância no mundo inteiro, sendo considerado o combustível
mais apropriado para uso em turbinas a gás. É usado, principalmente, em
grandes usinas próximas aos maiores centros de consumo. Quando há a
possibilidade de agregar estas usinas a grandes indústrias usuárias de vapor
d’água, para aquecimento e acionamento de pequenas turbinas, em cogeração,
a eficiência energética do conjunto é ainda maior. Dessa forma, a energia
elétrica é produzida a baixo custo, o que torna essas usinas muito econômicas.
O gás natural tem sido usado como combustível em motores de
combustão interna em alguns países, tanto em veículos leves (táxis e veículos
particulares) quanto pesados (ônibus e caminhões). No Brasil, em algumas
regiões, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, já existem
muitos veículos, principalmente ônibus e táxis, operando com gás natural.
Nas áreas urbanas, o gás natural é distribuído por rede de tubulações
subterrâneas, e pode atender:
• uso residencial – para cocção (nas cozinhas), para aquecimento de água
e para calefação (nas regiões frias);
• uso comercial – similar ao uso residencial, mas especialmente em todas
as necessidades de calor. Já é corrente a sua aplicação em centrais de
ar-condicionado, em especial em unidades de maior porte, como centros
comerciais.
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que aparecem em maiores proporções são os compostos de três átomos de
carbono (propano e propeno) e de quatro carbonos (butano e buteno).
Pequenas quantidades de etano e pentano também podem ocorrer.
Entre as principais impurezas encontradas no GLP, os compostos
sulforosos são dos mais indesejáveis, pois estes incorporam corrosividade ao
produto, sendo o gás sulfídrico o mais agressivo. Por essa razão, quando
necessário, submete-se o produto a tratamentos em unidades especiais.
Os hidrocarbonetos predominantes no GLP são gasosos a pressão e
temperatura ambiente, mas liquefazem-se quando pressões relativamente
baixas são aplicadas, proporciando a redução a pequenos volumes, facilitando
os trabalhos de manuseio e transporte.
O GLP tem amplo emprego tanto em aquecimento doméstico como
industrial. Apresenta grandes vantagens sobre os combustíveis sólidos ou
líquidos, devido ao seu alto poder calorífico, que é da ordem de 11.000
kcal/kg. Apresenta, também, várias vantagens sobre o gás de carvão (produto
de gaseificação) e entre eles se destacam: o maior poder calorífico, menor
toxidez e risco de explosão.
O GLP é um combustível alternativo para motores do ciclo Otto, mas é pouco
consumido no transporte rodoviário. Entretanto, em alguns países, como a
Holanda, é responsável por 12% da energia usada em veículos de passeio.
Tem alto índice de octanagem, o que permite que motores a GLP tenham
maiores razões de compressão do que os motores a gasolina e, assim, maiores
eficiências energéticas. Mas veículos leves a GLP não exploram essa vantagem
e os motores não tem a eficiência otimizada. O consumo de GLP é menor que o
da gasolina, mas acima do diesel. Em veículos leves, as emissões de NOx são
próximas das obtidas com a gasolina, mas as outras emissões são menores.
2.2.2 Biomassa
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Outra forma de utilização é através do processamento da biomassa para
produção de combustíveis. O processamento pode ser realizado através de
processos químicos, como a gaseificação, ou através de processos
biotecnológicos, como a fermentação. Como exemplos, pode-se citar o álcool.
O óleo vegetal, obtido de mamona ou de colza, e o biodiesel, obtido pela
esterificação do óleo vegetal, também são utilizados como combustíveis em
motores diesel. A diferença básica entre os dois está na forma de obtenção e
na maior viscosidade do óleo vegetal.
Há muitas vantagens na utilização da biomassa diretamente como
combustível, por exemplo, as reduzidas emissões de poluentes. Por exemplo, o
conteúdo de enxofre em biomassas, geralmente, é baixo, ocorrendo baixas
emissões de SO2 na combustão. As emissões de CO2, liberadas durante a
queima de biomassa, podem ser consideradas praticamente nulas, pois esse
gás é reabsorvido no próximo ciclo de vida da planta, no processo de
fotossíntese. Além disso, a madeira, por exemplo, contem pouca cinza (1% ou
menos) o que reduz a quantidade de cinza que precisa ser disposta no meio
ambiente, em comparação ao carvão mineral.
Entretanto, deve ser observado que em comparação com combustíveis
fósseis sólidos, biomassa contem muito menos carbono e mais oxigênio e,
como conseqüência, tem um baixo poder calorífico. Além disso, o conteúdo de
cloro de certas biomassas, como algumas palhas, pode exceder o nível
encontrado no carvão.
Como acontece com qualquer tipo de combustível, deve ser
adequadamente administrado de forma sustentável. Assim, o desmatamento
deve ser evitado, pois pode diminuir a diversidade genética de nossas
florestas, com todos os prejuízos associados.
Entre os diversos tipos de biomassa que podem ser usados como
combustíveis, se destacam no Brasil, pela quantidade utilizada, as que são
provenientes da madeira, como a lenha, serragem e cavacos. Além dessas, o
bagaço de cana também é muito empregado, devido à grande produção
brasileira de açúcar e álcool.
a) Lenha
É o combustível mais antigo em uso e atualmente ainda é bastante
utilizado em alguns países, incluindo o Brasil. A lenha é a madeira (tronco e
galhos) de árvores nativas ou de reflorestamentos. Os troncos e galhos são
cortados em pedaços de 1m, para facilitar a medição, já que a lenha
normalmente é vendida em volume.
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A lenha, sendo madeira, é constituída de celulose, resinas, água e sais
minerais. A queima da lenha é feita sobre grelhas, e a chama produzida é
longa devido aos gases da combustão.
b) Serragem e Cavaco
A serragem e o cavaco são resíduos da indústria de beneficiamento da
madeira, como a indústria moveleira, de papel e outras. A queima desses
combustíveis requer grelhas especiais (cascata).
c) Álcool Etílico
No Brasil, o álcool etílico, ou etanol, é mais conhecido simplesmente
como álcool, embora exista uma classe de compostos orgânicos que possua
essa denominação, a qual pertence o álcool etílico.
O emprego do álcool etílico como combustível foi uma solução brasileira
para a crise do petróleo do final da década de 70, através do Proálcool, projeto
criado pelo governo como incentivo à produção desse combustível. Entretanto,
com o fim da crise, esse projeto não recebeu mais estímulo governamental e a
indústria privada não o desenvolveu. Assim, atualmente o uso do álcool
diminuiu sensivelmente.
O álcool etílico é obtido de biomassa, normalmente de plantas ricas em
açúcar, amido e material celulósico, através da fermentação da glicose
(açúcar). A maior parte da glicose pode ser extraída diretamente de plantas
ricas em açúcar, o que não necessita de hidrólise; plantas ricas em amido
precisam ser processadas por hidrólise enzimática; e materiais celulósicos
requerem hidrólise ácida.
Assim, o álcool etílico é um combustível ecologicamente correto, pois é
obtido de fontes renováveis de energia. Por isso, ajuda na redução do gás
carbônico da atmosfera, através da fotossíntese durante o crescimento das
plantas, como a cana-de-açúcar.
O álcool etílico pode ser usado tanto em motores do ciclo Otto como do
ciclo Diesel e é usado, principalmente, em misturas com gasolina tanto como
combustível como, após a sua conversão em ETBE (éter etil-terc-butílico),
aditivo antidetonante. No Brasil, em 1985, a produção de automóveis movidos
a álcool etílico foi de 66,4% do total. Atualmente, o álcool etílico é mais usado
em misturas com a gasolina.
Existem dois tipos de álcool fabricados no Brasil, o álcool anidro e o
hidratado. O álcool anidro é o álcool etílico com teor mínimo de 99,3oINPM
(porcentagem de álcool em peso, em uma mistura hidroalcoólica à
temperatura padrão de 20ºC), sendo usado como aditivo oxigenante da
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gasolina. O álcool hidratado possui um teor alcoólico mínimo de 92,6oINPM, e é
usado como combustível em veículos de passeios e comerciais leves.
Na Tabela 7 são apresentadas as especificações do álcool etílico anidro e
hidratado, segundo a Portaria 126 de 08 de agosto de 2002, da Agência
Nacional do Petróleo – ANP.
ESPECIFICAÇÕES MÉTODO
CARACTERÍSTICA UNIDADE ABNT ASTM (1)
AEAC AEHC
/NBR
Aspecto - (2) (2) Visual
Cor - (3) (3) Visual
Acidez total (como ácido
mg/L 30 30 9866 D 1613
acético), máx.
Condutividade elétrica, máx µS/m 500 500 10547 D 1125
807,6 a
Massa específica a 20 °C kg/m3 791,5 máx. 5992 D 4052
811,0 (4)
92,6 a 93,8 -
Teor alcoólico °INPM 99,3 mín. 5992
(4)
Potencial hidrogeniônico (pH) - - 6,0 a 8,0 10891 -
Resíduo por evaporação, máx. - -
mg/100mL 5 8644
(5)
Teor de hidrocarbonetos, -
%vol. 3,0 3,0 13993
máx.(5) (NR)
- 10894 /
Íon Cloreto, máx. (5) mg/kg 1 D 512(6)
10895
Teor de etanol, mín. (7) %vol. 99,3 92,6 - D 5501
- 10894/ -
Íon Sulfato, máx. (8) (NR) mg/kg 4
12120
Ferro, máx. (8) mg/kg - 5 11331 -
Sódio, máx. (8) (NR) mg/kg - 2 10422 -
Cobre, máx. (8) (9) (NR) mg/kg 0,07 - 10893 -
Tabela 7: Especificações do álcool etílico anidro combustível e hidratado
combustível, AEAC e AEHC, respectivamente (Fonte: Portaria 126 de 08/08/02,
Agência Nacional do Petróleo).
(1) Poderão ser utilizados como métodos alternativos para a avaliação das
caraterísticas nos casos de importação do álcool, com exceção do método ASTM
D4052, que poderá ser sempre utilizado como método alternativo para a determinação
da massa específica.
(2) Límpido e isento de impurezas.
(3) Incolor a amarelada se isento de corante, cuja utilização é permitida no teor
máximo de 20 mg/L com exceção da cor azul, restrita à gasolina de aviação.
(4) Aplicam-se na Importação e Distribuição os seguintes limites para a massa
específica e teor alcoólico do AEHC: 805,0 a 811,0 e 92,6 a 94,7 respectivamente.
(5) Limite admitido na Importação e Distribuição, não sendo exigida a análise para a
emissão do Certificado de Qualidade pelos Produtores. (NR)
(6) Procedimento C e modificação constante na ASTM D4806.
(7) Requerido quando o álcool não for produzido por via fermentativa a partir da cana-
de-açúcar.
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(8) O produtor deverá transcrever no Certificado de Qualidade o resultado obtido na
última determinação quinzenal, conforme previsto no art. 4º- A da presente Portaria.
(NR).
(9) Deverá ser sempre determinado no AEAC que tiver sido transportado ou produzido
em local que possua equipamentos ou linhas de cobre, ou ligas que contenham este
metal.(NR)
GASOLINA ETANOL
Razão estequiométrica
14,5 9
Ar/Combustível
http://www.mct.gov.br/clima/comunic_old/alcohol3.htm
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2.3.2 Combustíveis Líquidos e Gasosos
a) Composição
A maioria dos componentes dos combustíveis líquidos e gasosos pode
ser determinada através de cromatografia gasosa. O cromatógrafo, que é o
equipamento usado para essa técnica, é capaz de separar os vários
componentes de uma amostra, a qual é injetada no equipamento e percorre
sob pressão com um gás de arraste uma fina coluna metálica, oca, preenchida
com um determinado material adsorvente. Os compostos mais voláteis e de
menor peso molecular passam pela coluna primeiro, e são detectados pelo
detector que, no caso, é um detector de ionização de chama. A coluna tem
cerca de 50 metros de comprimento. O resultado da análise é expresso em um
cromatograma. Cada componente na mistura aparece como um pico no
cromatograma, e a altura e área deste pico são proporcionais à concentração
do componente na mistura.
b) Densidade
A densidade, que é medida em um densímetro, é um forte indício sobre
a qualidade do combustível. Por exemplo, a gasolina padrão tem uma
densidade de cerca de 0,75 g/ml, enquanto a gasolina adulterada apresenta,
em geral, uma densidade menor, devido a adição de compostos orgânicos
menos densos.
c) Quantidade de Água
Para muitos combustíveis líquidos, a análise da quantidade de água é
feita pelo método de Karl Fischer, segundo norma técnica da ABNT.
d) Outros Parâmetros
Outros parâmetros são analisados nos combustíveis, mas muitas vezes
são parâmetros específicos para determinado combustível. Existem muitas
normas da ABNT que descrevem os procedimentos de análise para cada
parâmetro.
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3 Bibliografia
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FERREIRA, Clóvis M. Combustão. In: Curso de Informação sobre
Combustíveis e Combustão. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Petróleo,
1988.
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SANCHEZ, J. C. D., FERNANDES, I. D., MERGEL, N. M. D. Amostragem e
caracterização físico-química. In: Meio Ambiente e Carvão. Porto
Alegre: FINEP/CAPES/PADCT/GTM/PUCRS/UFSC/FEPAM, 2002.
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