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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO

Perioperatório, dividido em três fases:


9Pré-operatório;
9 Intra-operatório;
9 Pós-operatório.
Didaticamente, o pré-operatório está dividido em:
9 Mediato – é o período que decorre desde a indicação da
cirurgia até a véspera de sua realização.
9 Imediato – período de 24h antes do ato cirúrgico.
PROCESSO DE ENFERMAGEM E O CLIENTE
CIRÚRGICO

Histórico: entrevista e exame físico.


Entrevista: percepção do cliente e dos
membros da família e a compreensão da
cirurgia.
- Apoio da família;
- Ocupação;
- Experiência prévia e métodos utilizados para
controle da dor;
- Saúde emocional;
- Cultura e religião.
• História clínica – doenças pregressas, motivo
da busca do cuidado.
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História clínica
Doenças pregressas, motivo da busca do
cuidado.
Febre;
Diabete mellitus;
Doença hepática;
Doença cardíaca;
Distúrbios de sangramento;
Infecção respiratória;
Doença respiratória crônica (enfisema, bronquite, asma);
Abuso de drogas ilícitas;
Cirurgias prévias;
Distúrbios imunológicos.

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Uso de medicamentos
Antibióticos – podem potencializar a ação dos anestésicos. Neomicina,
canamicina, estreptoquicina, se combinados com relaxante muscular tipo
curare, podem interromper a transmissão nervosa e levar a uma parada
respiratória.
Antiarrítmicos – podem induzir a contratilidade cardíaca e comprometer
a condução cardíaca durante a anestesia.
Anticoagulantes – aumentam o risco de hemorragia. Devem ser
interrompidos no mínimo 48h antes da cirurgia, ou sob supervisão
médica.
Anticonvulsivantes – o uso crônico de fenitoína, fenobarbital pode
alterar o metabolismo dos agentes anestésicos. No momento da cirurgia
poderá ser necessário administrá-lo no intuito de evitar convulsão.
Anti-hipertensivos – interagem com anestésicos, provocando
bradicardia, hipotensão, comprometendo a circulação.
Antidepressivos – Aumentam o efeito hipotensor dos anestésicos.
Corticosteróides – levam à imunossupressão, prolongam a cicatrização.
Insulina – durante o jejum, deve ser diminuída. O estresse e a
administração de soluções glicosadas podem aumentar a dosagem no
P.O.
Diuréticos – potencializam desequilíbrios hidroeletrolíticos após a
cirurgia.
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Alergias
- Devem ser identificadas na ficha e na capa do prontuário.
Hábito de tabagismo
- Maior risco para complicações pulmonares;
- Solicitar parar de fumar 4 a 6 semanas antes da cirurgia;
Ingestão de álcool e uso de drogas
- Tolerância maior aos anestésicos (exigem doses maiores).
Idade
- Lactente: estado fisiológico imaturo; maior variação da temperatura
corporal; uma pequena perda de sangue pode ser grave.
- - Idoso: diminuição da reserva cardíaca e pulmonar, função hepática e
pulmonar diminuídas, maior fragilidade cutânea, tecido subcutâneo
diminuído com maior perda de calor, demoram mais para eliminar os
anestésicos.
Estado nutricional
- As necessidades nutricionais podem ser avaliadas pelo IMC, dobras
cutâneas, níveis de proteínas séricas. Os nutrientes são necessários
para reparo tissular e resistência à infecção. Após a cirurgia, o doente
precisa de no mínimo 1500Kcal/dia, proteínas, vitaminas A, C e zinco.
- Obesidade: aumenta o risco cirúrgico. 5
Exame físico:
- Sinais vitais: parâmetros para futuras comparações no trans e
pós-operatório.
- Exame geral: estado geral, peso, altura, hidratação, força
muscular.
- Avaliação neurológica
- Estado nutricional: peso, turgor e elasticidade da pele, panículo
adiposo, edema, anemia, desidratação.
- Pele.
- Cabeça e pescoço.
- Tórax e pulmão.
- Sist. Cardíaco e vascular.
- Abdome.
- Membros: função e força motora.

9 Importante: Consentimento informado


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Classificação do risco cirúrgico
A sociedade americana de anestesistas elaborou uma escala do estado físico que
é comumente empregada para classificar pacientes cirúrgicos em grupos de risco,
com base na doença clínica pré-existente e nas anormalidades dos testes
diagnósticos.
Classe Descrição Características
I Paciente sadio Sem distúrbios fisiológicos, biológicos ou
orgânicos.
II Doença sistêmica leve sem limitações Doença cardiovascular com restrições
funcionais. mínimas sobre a atividade. Hipertensão,
obesidade, diabetes.
III Doença sistêmica grave com limitações Doença cardiovascular ou doença pulmonar
funcionais que limita a atividade; Diabetes graves c/
complicações sistêmicas; IAM, angina,
HAS não controlada.
IV Doença sistêmica grave com risco de vida Disfunção cardíaca, pulmonar, renal,
constante hepática ou endócrina grave.
V Paciente moribundo, com pouca Grande traumatismo cerebral ou
probabilidade de sobreviver 24h com ou sem politraumatismo, ruptura de aneurisma,
operação grande êmbolo pulmonar.
VI Paciente com morte encefálica declarada
cujos órgãos serão removidos para fins de
doação.
Escala do estado físico da American Society of Anesthesiologists. 7
Diagnóstico de enfermagem
O enfermeiro agrupa as características definidoras coletadas durante o
histórico. Os diagnósticos estabelecem as diretrizes para o cuidado que
será proporcionado durante todas as fases cirúrgicas.
Exemplos:
9 Ansiedade relacionada com: déficit de conhecimento sobre a cirurgia.
Ameaça de perda da parte corporal.
9 Déficit do conhecimento a respeito das implicações cirúrgicas relacionado
com: falta de experiência com a cirurgia. Má interpretação da informação.
9 Medo relacionado com: cirurgia iminente. Antecipação da dor no pós-
operatório.
9 Nutrição alterada, ingestão menor do que as necessidades corporais
relacionada com nutrição pré-operatória.
9 Nutrição alterada, ingesta maior do que as necessidades corporais
relacionada com ingestão excessiva de alimentos.
9 Risco para integridade cutânea prejudicada relacionada com: radiação pré-
operatória. Imobilização durante a cirurgia.
9 Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada com: tosse diminuída.
Congestão pulmonar aumentada.
9 Distúrbio no padrão de sono relacionado com: medo da cirurgia.

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Prescrição
O plano de cuidados pré-operatório é baseado nos diagnósticos de
enfermagem, porém cada cliente deve ser submetido às preparações
básicas.

Implementação

Ensino pré-operatório mediato


Ensino: deve ser iniciado o mais cedo possível. O momento ideal do
ensino pré-operatório não é o dia da cirurgia, mas durante o período
em que os exames estão sendo realizados.

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Pré-operatório mediato
Preparo emocional: devem explicadas as sensações que o
paciente vivenciará. As dúvidas e medos devem ser dissipados.
Orientar quanto a dor, náuseas e vômitos.
Orientar o paciente sobre tubo traqueal, CNG, CVD, drenos,
descrição do CC, equipe cirúrgica, etc.
Orientar quanto a realização de exercícios de respiração
profunda, 2 vezes ao dia e estimular exercícios de tosse. (ver
Brunner&Suddarth p.315)
Orientar quanto a deambulação precoce.
Ensinar exercícios ativos com MMII no leito. (ver Brunner&Suddarth
p.315)
Mensurar peso e altura e registrar no prontuário.
Verificar SV para futuras comparações.
Coleta de sangue para exames complementares.
Encaminhar para o Raio-x, ECG, TC e outros exames
solicitados.
Preparo do intestino quando indicado, podendo ser iniciado
dias antes ou na noite anterior ao ato cirúrgico. 10
Pré-operatório imediato
Jejum – 8 a 12h antes da cirurgia.
Preparação pré-operatória da pele para reduzir as fontes bacterianas sem
lesar e pele. Higiene corporal e oral antes de ir à SO; poderá ser utilizado
sabão germicida na área a ser operada. Quando indicada, a tricotomia
deverá ser realizada imediatamente antes da cirurgia, de preferência com
aparelho elétrico, ou proceder apenas a apara dos pêlos.
Remoção de prótese dentária, lente de contato, jóias, esmalte, maquiagem.
Esvaziamento da bexiga, o paciente deverá urinar imediatamente antes de
ser encaminhado à SO, caso necessário, o cateterismo deverá ser realizado
na SO.
Verificar e registrar SV imediatamente antes de encaminhar à SO.
Verificação do prontuário. Exames, consentimento informado, prescrição,
registros de enfermagem e encaminhamento junto com o paciente.
Administração de medicamentos pré-anestésicos deverá ser realizada 15 a
20 min antes do encaminhamento ao CC. O paciente deve ser mantido no
leito, com as grades elevadas.
Manter ambiente silencioso para promover relaxamento.
Vestir o paciente – camisola, gorro, propé (sapatilha).
Providenciar limpeza e arrumação da unidade.

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Exames diagnósticos
Hemograma Completo: revela infecção, volume sanguíneo,
anemia, implicações na oxigenação.

N. de hemácias ♂ 4,7 – 6,1 milhões/mm³


♀ 4,2 – 5,4 milhões/mm ³
Hemoglobina ♂ 13,5 – 17,1 g/dl
♀ 11,5 – 15,5 g/dl

Hematócrito ♂ 40 - 52%
♀ 32 – 48%
Leucócitos 4500 a 11000/mm ³

Plaquetas 150000 a 450000 / mm ³

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Eletrólitos séricos
Revela desequilíbrios hidroeletrolíticos
Na – 135 – 145 mEq/l (diagnóstico e tratamento de desidratação e hidratação
excessiva).
K – 3,5 – 5,0 mEq/l (dignóstico e monitoramento de hiper ou hipocalemia,
quando ↑ pode ser indicativo de insuficiência renal).
Cl – 100- 106 mEq/l (juntamente com o Na, K e CO2 é utilizado para avaliar
eletrólitos, e os balanços hídricos e ácido-básico).
Exames de coagulação
PT (tempo de protombina) -11 a 12,5 seg, mede o tempo ocorrido até que o
coágulo se forme. (utilizado para controle de terapia de anticoagulante
orais a longo prazo, avalia também distúrbios de coagulação).
PTT (tempo parcial de tromboplastina) – 25 a 35seg., mede o tempo ocorrido
até que o coágulo se forme. (utilizados para avaliar distúrbios de
coagulação).
Creatinina Sérica – 0,6 a 1,5 mg/dl
Avalia a função renal. Aumentada devido à dieta rica em carne, e a dano
renal. Obs.: é necessário perda de 50% da capacidade renal para elevar o
nível plasmático de 1,0 a 2,0 mg/dl, dessa forma, não é sensível a dano
renal leve a moderado. Diminuída durante a gestação, e quando a glicose
estiver > 100 mg/dl.

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Albumina – 3,7 – 5,6 g/dl
Utilizada para avaliar distúrbios do metabolismo, por exemplo, nutricional,
síntese dimunuída ou perda aumentada.

Glicose - Jejum – 70 a 110 mg/dl


Utilizada para diagnosticar e controlar diabetes e diagnóstico de
hipoglicemia.

EAS e Urinocultura
utilizado para detectar infecção urinária, doença renal e diabetes.

Raio X

ECG
Avaliar ritmo cardíaco.

Outros exames poderão ser solicitados, dependendo do quadro


clínico do paciente e suas necessidades.

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