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SUMÁRIO
Apresentação...................................................................................................................03
Justificativa......................................................................................................................04
Objetivos gerais...............................................................................................................05
Objetivos específicos.......................................................................................................05
Metodologia.....................................................................................................................06
Recursos...........................................................................................................................07
Desenvolvimento.............................................................................................................08
Culminância.....................................................................................................................09
Avaliação.........................................................................................................................09
Estratégias de divulgação.................................................................................................11
Anexos.............................................................................................................................12
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APRESENTAÇÃO
Este projeto tem como intenção promover o estudo dos problemas sociais de forma mais
dinâmica e lúdica, integrando várias disciplinas envolvendo sociologia, artes, história, língua
portuguesa, geografia e o uso da sala de tecnologia educacional.
A seguir descrevemos cada etapa de desenvolvimento, objetivos, recursos e culminância.
Entendemos quão importante foi o desempenho dos alunos na formação de cada júri
apresentado, como a riqueza dos detalhes na montagem do processo e da fala dos
componentes na simulação. Portanto, consideramos de suma importância colocar nos anexos
além de fotos das apresentações dos alunos, como o material usado por eles como: texto do
caso julgado desenvolvido por eles, os depoimentos dos personagens, a documentação
criado pelos alunos para cada personagem do caso, os formulários desenvolvidos para
compor o processo.
Para que não se estenda o tamanho deste trabalho e não se perca seu objetivo, colocamos
somente o material de duas turmas: 1º ano A matutino, desenvolvido pelo grupo da aluna
Wanessa Aline Adania e 3º ano A matutino, desenvolvido pelo grupo do aluno Valbercley
da Graça Almeida.
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JUSTIFICATIVA
Deparamos-nos com o alto índice de criminalidade cada vez mais crescente, sabemos que
cada caso tem suas peculiaridades que culminaram com alguma forma de crime em nossa
sociedade. Entretanto, paramos um pouco para pesquisar e refletir sobre alguns direitos de
quem está recluso e comparamos com os direitos de quem está em “liberdade”. A ideia de
pesquisar e publicar sobre este assunto “auxílio reclusão” ocorreu a partir de alguns emails
de alertas sobre o aumento do valor dessa contribuição aos dependentes de quem está em
reclusão.
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OBJETIVOS GERAIS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Definimos nossos objetivos específicos a partir dos conteúdos que são trabalhados em sala
de aula, seguindo as orientações dos referenciais.
METODOLOGIA
Procedimentos Utilizados para Início da Ação:
Pesquisa realizada no site da Previdência;
Palestras com os acadêmicos da UCDB;
Leitura de textos de sociologia pertinente aos tópicos: Desigualdades sociais,
criminalidade, controle, minorias sociais, ética, cidadania.
Diagnóstico da situação trabalhada:
Embora a temática principal do projeto seja além dos problemas sociais, à
Previdência e dentro deste item o auxílio reclusão, nossos alunos se prenderam mais
à formação do júri simulado e aos problemas sociais.
Planos de ação estabelecidos.
Março e abril: discussão do tema, pesquisa e produção textual.
Maio e junho: Criação dos blogs e publicação dos textos.
Julho e agosto: Palestras por profissionais de direito.
Setembro:
Primeira semana de setembro: visita ao Tribunal do Júri para assistir a julgamentos reais.
10 de setembro apresentação do Júri simulado – pelas turmas do Ensino Médio do matutino
e vespertino.
Disponibilidade de aulas destinadas aos professores palestrantes
Matutino
Ano e turma nº alunos Dias disponíveis Tempo de aula
1º A 43 10, 13/08/10 3º, 4º e 5º tempos.
2º A 44 10, 13/08/10 1º, 2º, 3º, 4º e 5º tempos.
3º A 28 09, 13/08/10 1º, 2º, 3º e 4º tempos.
Vespertino
Ano e turma nº alunos Dias disponíveis Tempo de aula
1º C 37 09, 12/08/10 1º, 2º, 3º, 4º tempos
2º B 23 09, 12/08/10 1º, 3º, 4º e 5º tempos
3º B 21 09, 12/08/10 1º, 2º, 4º, 5º tempo
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RECURSOS
DESENVOLVIEMENTO
Operacionalização do projeto.
Nossas ações iniciais foram diálogos em sala de aula sobre o e-mail referente o aumento do
valor do auxílio reclusão que havíamos compartilhado com todas as turmas do Ensino
Médio.
No primeiro momento a questão foi lançada em sala de aula como um exemplo genérico
sobre injustiça social. A polêmica foi tão grande que resolvemos (com as turmas de ensino
médio) nos inteirar do assunto na STE. Realizamos as primeiras leituras no site da
Previdência sobre o que é auxilio reclusão. Perguntamo-nos se este benefício era bom ou
ruim e tivemos como parâmetro outro benefício oferecido pela Previdência, o LOAS.
Das discussões ocorridas em sala de aula, surgiu a ideia e transformá-lo em projeto oficial,
apresenta-lo ao NTE e combinarmos em quais aulas a temática combinaria nos conteúdos
distribuídos no bimestre em cada turma. Consultamos os referenciais e os temas acima
mencionados, encaixaram com maior facilidade. Apresentamos a ideia aos professores das
disciplinas participantes e começamos a nos mobilizar cada um com seu conteúdo.
Revezamo-nos na visita, ao fórum. Após o agendamento feito pelos alunos no Tribunal de
Justiça, um professor acompanhava a turma e outro assumia (subia o tempo de aula dos que
ficaram na escola).
O mesmo ocorreu com as palestras dos acadêmicos da UCDB e nos dias de treinamento de
cada sala com sua apresentação (eles não queriam que as outras turmas assistissem seus
ensaios, afinal, concorriam entre si).
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CULMINÂNCIA
O júri ocorreu dia 10 de setembro de 2010 contou com a presença do NTE de Campo
Grande que realizou toda a filmagem do evento.
O sucesso da realização do júri simulado dos nossos alunos gerou um convite para fazerem
parte do júri simulado dos acadêmicos como jurados na “II Semana Jurídica” da UCDB x
UFMS. Aceitação com empolgação o convite feito pelo diretor do DACLOBE e participação
com jurados da simulação dos acadêmicos.
DA AVALIAÇÃO
Para avaliar a real participação dos alunos no processo de preparação do júri simulado foi
desenvolvida uma ficha que ficou encarregada de ser preenchida pelo líder de cada sala, de
acordo com a realização de cada participante.
A criação da ficha foi necessária porque daí saiu a nota do bimestre de cada aluno. Na
coluna como “participou?”, eles descreveram suas atividades no processo da forma mais
variada possível como, por exemplo: escreveu o caso que foi julgado, escreveu a fala do juiz,
emprestou o notebook, pesquisou sobre a doença da vítima, organizou o figurino, foi a
defensoria, foi a promotoria, emprestou a casa para ensaios etc.
No dia da apresentação do júri pelos alunos, organizamos uma banca para avaliar a
apresentação deles. Esta banca foi composta por um representante do NTE (Núcleo de
Tecnologia Educacional de Campo Grande), dois professores participantes do projeto e dois
professores que tenha assistido ao julgamento no Tribunal do Júri com uma das turmas, ao
todo foram cinco professores avaliadores.
A escola achou justo que cada aluno participante do projeto, independente se sua
participação foi de bastidores ou na simulação do júri, que receba um certificado de
participação.
Além do conhecimento obtido nos estudos sobre os dois benefícios, “auxilio reclusão e
LOAS”, que a maioria desconhecia, o desenvolvimento do projeto serviu de estímulo para
que alguns alunos se apaixonassem pelo direito.
Pretendemos desenvolver novos projetos que envolvam a formação de júri simulado com
outras temáticas como: drogas, violência no trânsito, ou outras pertinentes aos trabalhos dos
professores.
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ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO
Como este projeto fez parte do meu plano de ação desenvolvido enquanto professora da STE
(Sala de Tecnologia educacional) e regente, este trabalho será apresentado nos eventos do
NTE por meio de pôster.
Estamos também procedendo à divulgação do nosso projeto nos blogs e sites dos alunos e da
escola.
A entrega dos certificados e do DVD contendo filme das apresentações (seis apresentações
sendo três do matutino e três do vespertino).
Anexo de fotos, resultados de trabalhos, folhetos ou qualquer outro tipo de documento
relativo à sua realização.
Produção textual publicado nos blogs dos alunos (individual);
Produção do texto referente a um caso envolvendo uma das situações consideradas
como problemas sociais (coletivo, um caso por sala);
Simulação de um Tribunal do Júri (coletivo, ocorreram seis julgamentos das
seguintes turmas: 1ºA, 1ºC, 2ºA, 2ºB, 3ºA e 3ºB);
Produção de DVD contendo filme dos Seis julgamentos.
http://www.escolaadventor.com.br/
http://adaniawanessa.blogspot.com/
http://www.camilamarques1.xpg.com.br/
http://marianabevilaqua.blogspot.com/
http://caixetamaster.blogspot.com/
http://valbercleyalmeida.blogspot.com/
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ANEXOS
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Total
Ficha 1 – ficha de avaliação individual dos alunos (realizado pelo líder do grupo )
Foto 5 – Participação dos alunos no júri simulado da “ II Semana Jurídica UCDB x UFMS”
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Figura 4 – Depoimento 1
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Figura 5 – Depoimento 2
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Figura 6 – Depoimento 3
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Figura 7 – Depoimento 4
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Figura 9 – Quesitos
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“(21:22) _JOÃO_ :oi valber tudo bem? (21:22) Valbercley / Got:td e vc? (21:22) _JOÃO_ :não
fique assustado com o e-mail
a numero é apenas uma apelido de guerra
ahuahauhauh (21:22) Valbercley / Got:chego direito em ksa? tipo: respiro, descanso e talls?
ha sim... (21:22) Valbercley / Got:de boa (21:23) _JOÃO_ :é a vida anda meio corrida (21:23)
Valbercley / Got:é vdd.. (21:23) _JOÃO_ :além de acadêmico de direito, ainda caminho na politica mas
no final da tudo certo (21:23) Valbercley / Got:se a minha ja é asism imagina a sua..
husahsa (21:23) Valbercley / Got:politica?!?!
humm hein vo te manda o caso que a gente termino pra vc dar uma opiiao pode c? (21:25) Valbercley /
Got:*opiniao (21:25) _JOÃO_ :claro manda ai para mim, agora estou a disposição de vocês, mas uma
vez tenho que pedir desculpas por não ter ido em sua casa, como é o nome mesmo de sua amiga que está de
ajudando ? (21:26) Valbercley / Got:carol. (21:26) _JOÃO_ :te* (21:26) Valbercley / Got:Iniciou a
transferência de um ficheiro (21:26) Valbercley / Got:nao se preocupe com isso...
relax (21:26) _JOÃO_ :isso leva a mensagem para carol também de desculpas (21:26)A
transferência de "caso.doc" está concluída. (21:26) Valbercley / Got:pode dexa (21:26) _JOÃO_ :vamos
ver o texto (21:26) Valbercley / Got:ok. (21:29)(Y)_JOÃO_ (Y) alterou o estado para Ocupado (21:32)
Valbercley / Got:desculpe incomodar a leitura, mas voce sabe o nome completo do mateus? (21:33)
_JOÃO_ :ele fico de me mandar vou dar uma olhada (21:33) Valbercley / Got:oki (21:39)
_JOÃO_ :mateus neuwirth (21:39) Valbercley / Got:mto obrigado... (21:41) _JOÃO_ :vamos
lá Valber (21:41) _JOÃO_ :olha só eu acredito que a historia tenha que ser imparcial (21:41)
_JOÃO_ :para que assim nós possamos ter um nivel bom de debates, onde tanto acusação, como a
defesa tenham o que argumentar
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a primeira parte de sua historia é perfeita (21:42) _JOÃO_ :até o momento em que entra o Reginaldo
(21:42) _JOÃO_ :ai o enredo passa a ser completamente acusatório para o Reginaldo (21:43)
_JOÃO_ :vou te fazer uma pergunta o que você alegaria para DEFENDER o Reginaldo no juri ? (21:43)
Valbercley / Got: (21:44) _JOÃO_ :isso é claro levando em consideração que o seu texto é o que
será debatido então tanto acusação como defesa terão que estudar o mesmo caso (21:44) Valbercley /
Got:entendo (21:44) _JOÃO_ :sem argumentos para defesa ? (21:45) Valbercley / Got:nós pensamos
em fazer +/- assim: (21:45) Valbercley / Got:começariamos julgando o caso com o bruno rafael como réu...
(21:46) Valbercley / Got:a partir da apresentação de provas, testemunhos, etc., chegariasse a conclusão de que
não tinha sido ele quem matou norma e sim o tal amigo...
o que acha? (21:47) _JOÃO_ :maravilha perfeito (21:48) _JOÃO_ :a parte do Bruno ficou bem
imparcial temos por um lado um marido traido e por outro um marido que matou a mulher (21:49) Valbercley /
Got:ex.: no seu depoimento no "plenario escolar estadual adventor divino de almeida", ele entraria em total
contradição do depoimento que ele haveria dado anteriormente. (21:51) Valbercley / Got:+ vc acha q posso
colocar que o reginaldo entrará em contradição no seu depoimento, na historia? (21:51)
_JOÃO_ :poderia mas a questão é a seguinte o juri é do Bruno ou do Reginaldo ? tem que ser juri
diferente (21:52) _JOÃO_ :sabe pq vai ficar muito confuso olha minha opinião para sua historia (21:53)
Valbercley / Got:hãm;;; (21:53) _JOÃO_ :vamos criar o Júri do caso "Bruno Rafael" (21:53)
_JOÃO_ :só um minuto já volto Valber (21:54) Valbercley / Got:ok (21:55) _JOÃO_ :voltei olha
só (21:55) _JOÃO_ :iremos aproveitar a primeira parte de sua historia (21:55) Valbercley / Got:sim..
(21:55) _JOÃO_ :até o momento em que ocorre a discussão (21:56) Valbercley / Got:(((nota: vc me
acredita que o povo da minha sala enrolo tanto que vai ser tudo feito amanha???))))
esse momento: "Ao chegar em casa, Norma se depara com seu marido totalmente nervoso na sala, várias fotos
na mesinha de centro, e ao ver as fotos na mesinha, começa mais uma briga, que viria ser a última."? (21:57)
_JOÃO_ :Diante dos fatos, Bruno Rafael acaba agredindo norma com um tapa no rosto e Norma cai no
chão. Ao vê-la caída, ele se desespera e sai para ir a um bar próximo de sua residência até aqui (21:58)
_JOÃO_ :ai você pode colocar assim, um outro paragrafo (21:59) _JOÃO_ :o Vizinho Fulano de
Tal, visualiza as agressões feitas por Bruno Rafael em sua esposa (22:00) Valbercley / Got:esse vizinho nao
seria o reginaldo neh? (22:00) _JOÃO_ :não (22:00) _JOÃO_ :olha só o que eu quero te dizer é o
seguinte, podemos colocar testemunhas para acusar e defender o Bruno (22:01) _JOÃO_ :pq a situação
é a seguinte o Bruno briga com a mulher (22:01) _JOÃO_ :e a agride ele sai de casa (22:02)
_JOÃO_ :ai vamos fazer assim (22:03) _JOÃO_ :Após a saida de Bruno, enquanto o mesmo
encontrava-se no bar, Norma liga para seu amante Reginaldo, pedindo socorro para o mesmo, vez que estava
com medo de sofre novas agressões de seu marido
(bruno) (22:06) _JOÃO_ :Dessa forma, Reginaldo dirige-se até a residencia de Norma, ocasião em que
a mesma anuncia que irá terminar seu relacionamento com Reginaldo, ocasião em que este saca uma faca de
suas veste e desfere 16 facadas em Norma, golpes esses que causaram a morte de Norma.
Após ter executado Norma, Reginaldo deixa a residencia. (22:07) Valbercley / Got:nossa (22:07)
_JOÃO_ :Minutos depois Bruno Rafael chega na residencia, momento em que se depara com o corpo de
norma estendido no chão (22:07) Valbercley / Got:cara safado. (22:07) Valbercley / Got:acho que entendi o seu
raciocinio. (22:07) _JOÃO_ :Bruno Rafael pega a faca que se encontrava no chão, acreditando ter sua
esposa cometido suicidio (22:08) _JOÃO_ :Nota-se que gotas de sangue caem na roupa de Bruno Rafel
(22:08) Valbercley / Got:ai no caso (22:09) Valbercley / Got:colocariamos uma ou duas testemunhas de defesa
do bruno rafael (22:09) _JOÃO_ :issoooooo (22:09) Valbercley / Got:que viram o reginaldo entrando na
residencia nesse intervalo... (22:09) Valbercley / Got:neh?
(22:09) _JOÃO_ :issooo e outras que viram ele agredindo a esposa antes de ir para o Bar (22:10)
_JOÃO_ :o que pode ser que ele tenha cometido o crime (22:10) Valbercley / Got:mais dai esse
"detalhe" a gente não colocaria no pregão neh? (22:10) Valbercley / Got:que massa (22:11) _JOÃO_ :a
acusação vai sustentar desde o incio que o Bruno era culpado, dizendo que a faca tinha digitais dele, que a
roupa dele tinha marca de sangue da esposa
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vai chamar testemunhas que viu ele agredindo ela (22:11) _JOÃO_ :antes de ir para o Bar
ai a defesa vai alegar que (22:12) _JOÃO_ :que no momento do crime Bruno não estava em casa ai a
testemunha pode ser o dono do Bar (22:12) Valbercley / Got:entendi (22:12) _JOÃO_ :comprovando
que ele estava la (22:13) Valbercley / Got:como provas em defesa do bruno rafael, poderiase criar uma camisa
manchada de sangue na casa docara? (22:13) _JOÃO_ :claro (22:14) Valbercley / Got:entendo só um
minuto que eu vo liga pra vanja pra pergunta uma coisa e ja volto... rapidão (22:20) Valbercley /
Got:voltei (22:20) _JOÃO_ :e ai ? (22:20) Valbercley / Got:vo modificar o caso aqui e ja te mando..
ha (22:21) Valbercley / Got:vanja pergunta: quais são os critérios que os seus professores usam para julgar
voces? (22:22) _JOÃO_ :Oratórira, Postura, Domínio do Assunto, Uso Correto do Portugues (durante a
fala) Trabalho em Grupo (22:23) _JOÃO_ :isso é a professora né (22:23) Valbercley / Got:é tipo os que
a vanja vai utilizar... (22:23) _JOÃO_ :agora os jurados vão decidir se absolve ou não ? (22:23)
Valbercley / Got:os jurados é normal como é...
fica assim? : (22:24) Valbercley / Got:Após a saída de Bruno, enquanto o mesmo encontrava-se no bar, Norma
liga para seu amante Reginaldo, pedindo socorro para o mesmo, vez que estava com medo de sofre novas
agressões de seu marido.
Dessa forma, Reginaldo dirige-se até a residência de Norma, ocasião em que a mesma anuncia que irá terminar
seu relacionamento com Reginaldo, ocasião em que este saca uma faca de suas veste e desfere 16 facadas em
Norma, golpes esses que causaram a morte de Norma.
Após ter executado Norma, Reginaldo deixa a residência.
Minutos depois Bruno Rafael chega na residência, momento em que se depara com o corpo de norma estendido
no chão.
Bruno Rafael pega a faca que se encontrava no chão, acreditando ter sua esposa cometido suicídio
Nota-se que gotas de sangue caem na roupa de Bruno Rafel. (22:25) Valbercley / Got:há: nesse caso do bruno
rafael, os jurados que acabarão decidindo se ele é culpado ou inoscente neh?
*inocente (22:25) _JOÃO_ :isso ai para fechar você coloca assim (22:27) _JOÃO_ :Face a uma
denúncia anônima feita por um vizinho, que visualizou as agressões cometidas por Bruno, policias chegam no
local, e prende Bruno Rafael em flagrante, vez que o mesmo encontrava-se com a arma do crime na mão e as
vestes sujas de sangue.
Ai ele é nosso Réu definimos os argumentos (22:27) _JOÃO_ :A acusação vai tentar mostrar que o
Bruno Matou e a Defesa tem que mostrar que quem matou foi o Reginaldo (22:28) _JOÃO_ :pode
explorar bem as testemunhas coloca bastante (22:28) _JOÃO_ :dos dois lado (22:28) Valbercley /
Got:agora que eu me dei conta de que a parte do terreno baldio saiu.. rsrsrsrsrs (22:29) _JOÃO_ :é foi
na casa mesmo (22:29) Valbercley / Got:tem 5 de cada lado.... é o maximo neh? (22:29) _JOÃO_ :5
pode usar as 05 (22:29) Valbercley / Got:ok (22:29) _JOÃO_ :leva o reginaldo como testemunha de
defesa para ele dizer que não foi ele (22:29) Valbercley / Got:e ele se contradiz no depoimento.
? (22:29) _JOÃO_ :pode criar essa situação também um exemplo no depoimento ele fala que na hora do
crime estava em sua casa (22:30) Valbercley / Got:entendi tudo questão de persuasão...
rs (22:30) _JOÃO_ :isso (22:31) _JOÃO_ :ai uma testemunha prova que ele não estava em casa
viu ele saindo da residencia momentos antes do criem crime* (22:31) Valbercley / Got:já sei o reginaldo
poderia ser casado com uma das testemunhas... (22:32) Valbercley / Got:na hora do depoimento dela, ela acaba
soltando que o marido havia recebido uma suposta ligação de seu chefe, e que ele tinha saído..... ? ! ? ! ? !...
(22:33) Valbercley / Got:Iniciou a transferência de um ficheiro (22:34) _JOÃO_ :isso (22:35)
Valbercley / Got:acc o caso ja modificado...
pra ver se é issu mesmm.. (22:35) _JOÃO_ :manda de novo (22:36) Valbercley / Got:Iniciou a
transferência de um ficheiro (22:36)
Cancelar(Alt+Q) (22:36) _JOÃO_ :manda o arquivo ? nossa (22:37) _JOÃO_ :aquik aparece que
mandei (22:37) Valbercley / Got:Iniciou a transferência de um ficheiro (22:37) Valbercley / Got:apareceu
alguma coisa? agora? (22:37) _JOÃO_ :manda por e-mail
não (22:37) _JOÃO_ :manda no e-mail (22:37) Valbercley / Got:Iniciou a transferência de um ficheiro
(22:37) _JOÃO_ :não está dando certo (22:37) Valbercley / Got:so um minuto que eu vo criar uma psta
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uhsauhsa
hein (23:24) Valbercley / Got:a carol pediu pra perguntar se vc nao empresta o seu codigo civil... (23:24)
Valbercley / Got:empresta??? (23:25) _JOÃO_ :o penal ? (23:26) Valbercley / Got:é aquele que vc levo
nos dias das palestras... (23:27) _JOÃO_ :sim só preciso dar um jeito de levar para ela né é sexta né ?
(23:28) Valbercley / Got:na vdd é pra mim.
rsrs vc mora ond? (23:29) _JOÃO_ :no Monte Castelo
mas vou tentar deixar na escola para você (23:29) Valbercley / Got:ok (23:29) _JOÃO_ :muito embora
você pode conseguir a lei pela internet (23:29) Valbercley / Got:q hoario?
é q eu e ela tbm, queriamos para usar no dia... (23:29) Valbercley / Got:rsrs
competição (23:30) _JOÃO_ :hummmm claro vou tentar deixar la amanha de tarde
na escola (23:30) Valbercley / Got:ha dexa eu pergunta: pra gente, qual o perfil mais interessante para os
jurados? (23:30) _JOÃO_ :com alguem da direção (23:30) _JOÃO_ :homens (23:31) Valbercley
/ Got:a tarde a vanja esta na sala de tecnologia da escola...
pr apromotoria seria melhor homens neh? e pra defesa tbm?
profissão pode ser qualquer uma? (23:32) Valbercley / Got:... (23:33) _JOÃO_ :para defesa homens
promotoria mulher (23:33) _JOÃO_ :pq ela estava gravida e tals (23:33) Valbercley /
Got:beleza (23:33) _JOÃO_ :as mulheres ficam indignadas (23:33) Valbercley / Got:vdd são
mais fáceis de comover... (23:33) Valbercley / Got:a raiva delas... (23:33) _JOÃO_ :é verdade (23:34)
_JOÃO_ :mas ai deu para te ajudar ? não sei se fui um bom professor, o que o pessoal da escola achou?
entenderam bem? ou fui muito tecnico ? (23:34) Valbercley / Got:no dia da palestra foi mto explicativo ...
o que quero dizer é que foi mto bom mesmo... (23:35) Valbercley / Got:são raras as palestras que essas séries
prestam atenção e participam como participaram;;;;;
e agora: foi simplesmente perfeito como professor.... (23:36) _JOÃO_ :legal fico contente tava com
medo de não conseguir transmitir a mensagem (23:36) Valbercley / Got:tá certo: "Meritíssima Juíza Adrielly
Brites Mascarenhas"? (23:36) Valbercley / Got:nossa melhor que isso, só de vc fosse no meu lugar la..
usahsauhsa
(23:36) Valbercley / Got:no dia da apresentação vc vai estar presente neh? (23:41) Valbercley / Got:???
(23:42) _JOÃO_ :não vou bicho vou ter prova (23:43) Valbercley / Got:ha de boa entao;;;; (23:44)
Valbercley / Got:mais voce recebeu o pregão que eu te mandei? (23:45) _JOÃO_ :vou ver lá (23:46)
Valbercley / Got:faz um favor : (23:46) Valbercley / Got:veja como ficou e se tiver sugestão de modificação
em qualquer coisa la, vc pode mudar e me mandar por e-mail... (23:47) _JOÃO_ :sim (23:47)
Valbercley / Got:é que minha mae ja ta aqui do meu lado.. dialogando: ta na hora de desligar, sai dai, que tanto
voce faz aii, etcetc..... (23:47) _JOÃO_ :humm (23:47) Valbercley / Got:e mesmo que vc nao tenha feito
nenhuma modificação por favor me manda um e-mail dizendo isso.. (23:47) _JOÃO_ :sim
pode deixar (23:48) Valbercley / Got:ha posso abusar só mais um pouquinho?
(23:48) _JOÃO_ :sim (23:50) Valbercley / Got:vc poderia me mandar por e-mail como se fose
um roteiro do julgamento, com (se possivel) aquelas falas do juramento dos jurados, as falas e perguntas que o
juiz faz em todos os julgamentos e talls... (23:50) Valbercley / Got:ou me mandar um site oualguma coisa que
tenha isso? (23:50) _JOÃO_ :nos slides tem
que eu passei na aula eu te mandei ? (23:51) Valbercley / Got:eu tenho no meu site...
inclusive espera so um minutoq ue eu vo te manda o link (23:51) Valbercley /
Got:http://www.valbercleysite.xpg.com.br/juri.htm (23:52) Valbercley / Got:se voce for ver os
documentos que tem mais em baixo da página, tem alguns documentos, ou todos, que tem senha, a senha
é: " gv " com letra minuscula... ok?1
?! (23:53) _JOÃO_ :beleza (23:54) _JOÃO_ :se voce der uma lida nos slide vai encontrar as
falas do jurados e do juiz na ora do juramento eu deixei la bem claro ai depois quase não tem fala”
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-Bom dia, a senhora foi chamada como testemunha do processo que tem como acusada a
doutora Loriany Casagrande, vou apenas fazer um pequeno resumo, para depois
formularmos as perguntas. A senhora é testemunha do seguinte caso, a acusada Dra.
Loriany Casagrande como consta no dia 12 de 12 de 2010 no período noturno no Hospital
público, Santa Casa, está sendo acusada de ter assassinado um de seus pacientes, o Senhor
Everton Farias, sem dar a vítima algum tipo de defesa e por motivos turpo. Em resumo é
isso ai. Eu, o juiz especificamente faço esse resumo para que a senhora e os jurados tenham
noção do que se trata. A senhora tem algum tipo de parentesco ou amizade com a ré?
- Não senhor.
- Com relação a vitima?
- Não senhor.
- Alguma restrição, magoa ou revolta de alguém?
- não senhor
- Então a senhora esta compromissado a falar a verdade?
- Sim senhor.
- Eu já fiz um resumo com o conteúdo da acusação e também o senhor assumiu o
compromisso de falar a verdade. Eu, juiz, não tenho nenhuma pergunta a formular. Dada à
palavra a promotora Wanessa Adania.
Promotora começou:
- Obrigado meritíssimo. Bom dia Senhora Quartieri.
- Bom dia.
- Por gentileza, diga a nós qual a sua formação acadêmica?
- Sou advogada formada pela UERJ – universidade do estado do rio de janeiro, bacharel em
direito e aprovado no exame da OAB e são 28 anos de atuação.
- Certo, vou-lhe fazer algumas perguntas que serão debatidas hoje. Doutora Quartieri quando
informou a doutora Loriany sobre o milhão de dólares de Everton Farias, o que é que ela
respondeu?
- Ela disse algo como “Parece contrário à ética. Ele era meu doente.”,
- Ela admitiu ser contrário à ética?
- Sim.
- Mas concordou em ficar com o dinheiro?
- Oh, sim. Absolutamente.
-
- Obrigada doutora
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- Cinqüenta pessoas por dia? - Parecia impressionado. - E o dia de que estamos a falar foi há
dois ou três anos. Se multiplicar cinqüenta por novecentos dias, dá cerca de quarenta e cinco
mil pessoas.
- Creio que sim.
- E, no entanto, no meio de toda essa gente, você lembrou-se da doutora Casagrande. Como?
- Bem, ela e as suas amigas estavam muito entusiasmadas com a idéia de viajarem para a
Europa. Pareciam garotas de escola. Lembro-me muito bem delas, em particular porque não
pareciam ter condições para alugar um iate.
- Entendi. Suponho que quem quer que entre e peça uma brochura vá viajar?
- Bem, é claro que não. Mas...
- Na realidade, a doutora não reservou qualquer viagem, não é assim?
- Bem, não. A nós, não.
- Nem a mais ninguém. Ela simplesmente pediu para ver algumas brochuras.
- Sim.
- Isso não é o mesmo que ir a Paris ou a Londres, não é verdade?
- Bem, não, mas...
- Obrigado.
- Muito bem, obrigado senhor Carvalho. - a assessora jurídica entrega um termo de
notificação para que a testemunha assine.
- Dando continuação ao julgamento. Promotora, gostaria de chamar a testemunha?
- Gostaria de chamar a doutora Ana Jéssica. – disse o promotor após a testemunha se retirar.
- Bom dia Senhora Jéssica, a senhora foi chamada como testemunha do processo que tem
como acusada a doutora Loriany Casagrande, vou fazer um pequeno resumo para depois
formularmos perguntas. A senhora é testemunha do seguinte caso em que a acusada Dra.
Casagrande está sendo acusada de ter assassinado um de seu paciente do hospital público,
Santa Casa, no dia 12 de 12 de, o Senhor Everton Farias, sem dar a vítima algum tipo de
defesa e por motivos torpe. Em resumo é apenas isto. A senhora assume o compromisso de
falar a -
verdade e nada, além disso?
- Sim meritíssimo.
-Tem algum tipo de parentesco ou amizade com a ré?
- Não senhor.
- Com relação a vitima?
- Não Senhor,
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- Bom dia Doutora Jéssica. Nunca assisti a uma operação, mas imagino que existe muita
tensão, em especial quando se refere a algo tão sério quanto uma operação ao coração.
- Bom dia. Existe uma grande tensão.
- Num momento como esse quantas pessoas se encontram na sala? Três ou quatro?
- Não. Sempre meia dúzia ou mais.
- Verdade?
- Sim. Normalmente estão dois cirurgiões, um assistente, por vezes dois anestesistas, uma
enfermeira para limpar e pelo menos uma enfermeira que circula de um para o outro lado.
- Entendi. Então, deve haver muito barulho e excitação. Pessoas a dar instruções, etc.
- Sim.
- Pelo que sei, é prática vulgar haver música durante a operação.
- É.
- Quando o doutor Batista entrou e viu que Gabriela Rodrigues estava a morrer, talvez isso
tenha aumentado a confusão.
- Bem, todos estavam bastante ocupados a tentar salvar o doente.
- Fazia muito barulho?
- Havia muito barulho, sim.
- E, contudo, no meio de tanta confusão e barulho, sem esquecer a música, o senhor
conseguiu ouvir o doutor Batista dizer que a doutora Casagrande tinha morto o doente. Com
tanta excitação, pode estar errado, não pode?
-
- Não, senhor. Não posso estar errado.
- Como é que pode ter tanta certeza?
A doutora Jéssica suspirou:
- Porque eu estava mesmo ao lado do doutor Batista quando ele o disse.
- Não tenho mais perguntas. Obrigado.
- Muito bem Dra. Jéssica, agradecemos a sua cooperação e participação neste júri tribunal. -
a assessora jurídica entrega um termo de notificação para que a testemunha assine.
-Dando continuação as interrogações. Promotora, gostaria de chamar outra testemunha?
- Não, obrigado meritíssimo.
- Defensora?
- Não, obrigado meritíssimo.
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- Então gostaria de chamar por gentileza a ré, Dra. Loriany Casagrande. Pode sentar aqui no
banco das testemunhas. - Diz o juiz, a ré levanta-se e senta-se no banco de testemunhas pra
começar a ser interrogada.
- Lembrando-lhe que você tem o direito de não responder a qualquer pergunta feita e que
não tem o compromisso com a verdade.
- Ok.
- Algumas testemunhas atribuem à senhora a autoria do crime, como o Dr. Jalyson Canaz,
por qual motivo esta pessoa esta incriminado a senhora?
- Eu não sei.
- Vou ler um trecho do depoimento da parte que ele a incrimina para que a senhora tente me
responder. A leitura será feita pela escrivã Renata Souza e pelo acessor deste juízo Lucas
Muniz.
- Pergunta do juiz: „ você é funcionário do hospital público Santa Casa?‟
- resposta do depoente: „ sim sou. ‟
- pergunta do juiz: „ estava a trabalhar na ala 3 quando Everton Farias deu entrada no ano
passado?‟
- resposta do depoente: „ sim‟
- pergunta do juiz: „ pode nos dizer quem era o médico encarregado deste caso?‟
- resposta do depoente: „ a Dra. Casagrande‟
- pergunta do juiz: „alguma vez ouviu qualquer conversa entre a Dra. Casagrande e Everton -
Farias‟
- resposta do depoente: „ bem, lembro-me que no primeiro dia em que o senhor Farias deu
entrada e a Doutora foi examiná-lo e ele lhe disse para que ela tirasse a porcaria das mãos de
cima dele. ‟
- pergunta do juiz: „por favor, diga para mim tudo o que viu e ouviu. ‟
- resposta do depoente: „ bem ele a tratava sempre por xingamentos, não queria que ela se
aproximasse dele e sempre que ela entrava no quarto, dizia-lhe coisas como „ por que não
me mandam um médico de verdade?‟ „
- pergunta do juiz: „ doutor Canaz, vou ler para o senhor esta certidão de orbito do hospital
assinada pela Dra. Casagrande. „ Everton Farias. Causa da morte: aparagem respiratória
ocorreu como resultado de um infarto do miocárdio, originado por uma embolia pulmonar. ‟
Poderia passar em linguagem corrente para mim?‟
- resposta do depoente: „ o relatório diz que o paciente morreu de ataque cardíaco‟
- pergunta do juiz: „ foi essa a verdadeira causa da morte do Everton Farias?‟
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a respeitá-la. Tratando-a de um modo amigável, tanto é que sempre a chamava para lhe fazer
companhia ou para reconfortá-lo quando sentia muitas dores. ‟
- pergunta do juiz: „ pode me dizer uma dessas conversas?‟
- resposta do depoente: „ uma noite quando estava indo lhe dando sua dose de remédio, ouvi
uma conversa entre a Doutora e o seu paciente, em que ele falava sobre sua família,
principalmente sua esposa‟
- pergunta do juiz: „ é capaz de repetir o que ele dizia.‟
- resposta do depoente: „ Ah, não tenho certeza, mas creio que estava reclamando, pois tinha
um tom de voz rabugento‟
- pergunta do juiz: „você pode descrever o tamanho das dores que ele sentia?‟
- resposta do depoente: „ oh não e espero que nunca possa descrever, pois ele gritava muito.
- pergunta do juiz: „ e o que você fazia?‟
- resposta do depoente: „ eu pensava em duplicar as doses de morfina, mas não tinha
autorização.‟
- De acordo com depoimento da enfermeira Denise, gostaria que você me respondesse o que
Everton Farias falava sobre sua família?
- Em uma de nossas conversas, ele me disse que sua esposa estava ficando cada vez mais
gananciosa, tanto que o internou em um hospital público ao invés de um particular para
evitar gastos. Disse-me que ela se casara com ele por dinheiro e ele até sabia disso, mas não
se importava.
- Obrigada Dra. Casagrande, não tenho mais perguntas a reformular. Dada a palavra a -
promotora.
- Obrigado meritíssimo. Doutora Casagrande, a senhora e Everton Farias teve uma conversa
amigável. Ele contou-lhe coisas pessoais, gostava de si e respeitava-a. Diria que isto é um
resumo justo, doutora?
- Sim.
- E por fazer isso, ele deu-lhe um milhão de dólares?
Loriany olhou para a sala de tribunal. Nada disse. Não tinha resposta. Wanessa começou a
caminhar em direção à mesa da acusação e, subitamente, tornou a virar-se para a ré.
- Doutora Casagrande, há pouco a senhora afirmou que desconhecia que Everton Farias iria
deixar-lhe dinheiro, ou que iria retirar a família do testamento.
- Sim, afirmei.
- Quanto ganha um médico residente na Santa Casa?
- Trinta e oito mil reais por ano.
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- Não.
- Ele deixou-lhe esse dinheiro por ter aprendido a respeitá-la e a confiar em você. Obrigado,
doutora, não tenho mais perguntas.
- Algum jurado quer fazer alguma pergunta? Então tudo bem, declaro encerrado o
interrogatório. Obrigado Dra. Casagrande, pode se sentar em seu devido lugar.
- Antes de tudo, quero agradecer ao juiz Lucas Tavares, por sua competência para com este
júri tribunal. O senhor que é um homem de caráter e imparcialidade, que está sempre de
acordo com os ditames da lei. Sei que mais uma vez está comprometido com a verdade e que
avaliará este júri da maneira correta.
-Obrigado.
- A Doutora Loriany Casagrande está sendo acusada de acordo com o código penal, artigo
18 inciso II por homicídio doloso, quando há intenção de matar. No dia 12 de 12 de 2010, as
22 horas, no Hospital Santa Casa, local onde trabalhava, ela injetou insulina na veia de um
dos seus pacientes, o senhor Everton Farias, que por pura coincidência, no mesmo dia, havia
há -
deixado como herdeira de um milhão de dólares. Que raio se passa aqui? - perguntou. -
Temos três médicas irmãs que trabalhavam no mesmo hospital. Uma delas quase consegue
fechar um hospital inteiro, a segunda mata um doente por um milhão de dólares e a terceira é
assassinada! E todas são mulheres! Três malditas irmãs! A comunicação social trata-as como
celebridades. São vistas em todos os canais. O SBT mostrou um programa sobre elas. No
Globo.com só há noticias sobre elas. Até em jornais e revistas internacionais há o nome
delas. Não consigo pegar num jornal ou revista sem ver a fotografia ou ler artigos sobre elas.
Todos falam sobre elas. Não me espantava nada que o Governo pusesse a cara delas em
selos de correio. Ora, por Deus, senhores jurados, o Estado irá provar, sim, provar sem a
mínima dúvida – que a doutora Loriany Casagrande matou o seu doente, Everton Farias. E
não só cometeu assassinato, mas fez por dinheiro... Muito dinheiro. Matou Everton por um
milhão de dólares. Acredito que depois de considerarem todas as provas, não vos será difícil
declarar a doutora Loriany culpada de assassinato em primeiro grau. Obrigado senhoras e
senhores jurados.
- Dada a palavra ao defensor.
- Obrigado Meritíssimo, eu assim como a minha companheira, a promotora Wanessa
Adania, queria agradecer por sua presença neste júri tribunal, visto que todos aqui conhecem
o seu trabalho, o seu caráter e sabem que o senhor age com competência, imparcialidade e
dignidade. Quero agradecer os jurados por estarem aqui presentes, num caso difícil, mas
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Casa, a Doutora Loriany Casagrande fez uma transfusão de sangue em uma criança sem a
autorização dos pais e do tribunal. -
Obteve mais tarde a ordem do tribunal e alterou a data que lá constava. Afirmou nunca ter
morto qualquer paciente à exceção de Everton Farias, mas ouvimos testemunhos de que o
doutor Batista, um médico respeitado por todos; a acusara de ter morto um paciente seu.
Infelizmente, senhoras e senhores, Caio Batista sofreu um enfarte e não pode estar aqui hoje
para testemunhar contra a ré. Mas permitam que vos recorde a opinião que o doutor Batista
tinha da ré. Este é a enfermeira Aline Leanez.
- Conte algumas coisas específicas que ouviu o doutor Batista dizer à doutora Casagrande. –
disse o promotor
- Resposta: “Disse que ela era incompetente... Noutra altura afirmou que não a deixaria
operar o seu cão.” Wanessa Adania levantou a cabeça:
- Ou existe alguma conspiração, onde todos estes médicos e enfermeiras de boa reputação
mentem acerca da ré, ou a doutora Casagrande é uma mentirosa. Não quero vingança mais
justiça. Até hoje a defesa tentou vários habeas corpus e não conseguiu libertar a ré. A vida só
tem um sentido, e o único sentido que tem é quando investimos a nossa vida na vida dos
outros, ou quando encarnamos a vida dos outros como se ela fosse a nossa. Estou aqui para
lutar pela construção continua da cidadania e da justiça social. Nunca precisei aparecer, nem
quero promoções. Trocaria tudo isto pelo anonimato desde que pudesse devolver Everton
Farias a sua família.
- Dada a palavra a defensora.
- Senhores jurados, não estive ontem, não estou hoje e não estarei amanha com os violentos.
Advoguei, advogo e advogarei sempre a lei contra eles. Não conheço relações nem
conveniências que me obriguem a me alistar ao seu serviço. Eu não faço uma defesa leviana,
defendo de acordo com a minha convicção. Defendo o que acredito. Defendo a verdade. –
olha para a ré - Dra. Casagrande de coração, abnegada pelo direito, que é um exemplo a ser
seguido por cada um de nós. Uma mulher de trabalho, que tanto fez e faz, para salvar vidas.
A mulher que se estivesse em um hospital neste momento, ao invés de estar presa
injustamente, poderia estar salvando a sua vida. Se você sofresse um acidente agora, ela
estaria lá, para te ajudar. Porém, ela está aqui. Tendo que ouvir depoimentos de pessoas
invejosas, assim como neste depoimento que vou ler o Dr. Batista disse:
- pergunta do defensor: „ Tem conhecimento de algum dos testemunhos que foram
apresentados durante o último mês?‟
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- resposta do depoente: „ Tenho seguido o caso pela televisão e através dos jornais e ficado
enojado com tudo. „
- pergunta do defensor: „ como o senhor se sente em relação às testemunhas?‟
- resposta do depoente: „Acredito que a promotoria utilizou o testemunho de muitas pessoas
tendenciosas e invejosas para atacar uma cirurgiã brilhante. ‟
- pergunta do defensor: „Não é verdade que criticou as capacidades da doutora Casagrande
de tal forma que a deixou pronta para deixar o Hospital?‟
-
- resposta do depoente: „Sim. ‟
- pergunta do defensor: „Bem, então como pode afirmar que Loriany Casagrande é uma
médica brilhante?‟
- resposta do depoente: „Algumas pessoas nascem para serem médicas. A Dra é uma dessas
raridades. Desde o início que percebi como ela era capaz. Dificultei-lhe a vida, talvez de
mais, porque ela era boa. Fui duro com ela porque quis que fosse mais dura consigo mesma.
Quis que fosse perfeita porque, na nossa profissão, não existe espaço para erros. Nenhum.
Nunca permitiria que ela deixasse o hospital. ‟
-pergunta do defensor: „Doutor Batista... Foi testemunhado que o senhor acusou a doutora
Casagrande de ter morto a sua doente Gabriela Rodrigues. Como...?‟
- resposta do depoente: „Disse-lhe isso porque ela era a cirurgiã encarregada. Era a sua
grande responsabilidade. Na realidade, o anestesista é que causou a morte de Gabriela. E
quanto ao fato de Everton Farias lhe ter deixado dinheiro, a doutora Casagrande nada sabia
disso. Eu próprio falei com o senhor Farias. Disse-me que iria deixar essa quantia à doutora
porque odiava a família e também me disse que iria pedir-lhe que o libertasse da sua agonia.
Eu concordei. ‟
- Se vocês jurados acusarem a ré, vão dizer que a verdade é uma história mirabolante. Os
olhos do Brasil inteiro estão voltados para esta sala e para a decisão de vocês, jurados.
Espero que vocês tenham consciência de dever comprido ao julgar da maneira certa uma
cardio cirurgiã brilhante. A inocentando. Meritíssima, de acordo com tudo o que foi dito
encerro a minha tréplica. Obrigado – disse o defensor
O juiz Tavares olhou para os dois advogados:
-A Dra. Loriany Casagrande foi pronunciada pelo artigo 12110, parágrafo 2, inciso I
segundo o código penal que no dia 12/12/2010 no período noturno no Hospital Santa Casa,
localizado na Rua Eduardo Santos Pereira, sem a ajuda de terceiras pessoas, injetou na veia
de seu paciente uma dose fatal de morfina. Instalada a sessão plenária do julgamento houve a
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inquisição de duas testemunhas primordiais, da acusação sendo a Dra. Ana Jéssica cirurgiã
cardíaca e a Dra. Isabela Quartieri que renunciou a Dra. Casagrande, não houve leitura das
peças sendo orais. A promotora Wanessa Adania, durante suas falas mostrou o depoimento
da enfermeira Aline Leanez e no final querendo a condenação da acusada pelos crimes, por
sua vez a defensora Bianca Gleizer sustentou a idéia de o crime ser eutanásia. Senhores
jurados, iremos para a sala secreta a fim de começar a votação que decidira o destino da ré. –
Todos saem da sala fazem a votação e depois de alguns minutos voltam.
- Peço que todos se levantem para que assim ouçam o resultado. Dada a palavra para a
escrivã deste júri tribunal, Renata Souza.
-Em resumo o conselho de sentença a absolveu. A circunstância especial que agrava a
absolvição, paciente pedir pela morte entre dores terríveis e por isso absolveu a Dra. Loriany
Casagrande desta com pena básica para dois anos e dez meses de cesta básica, reduzindo
dois meses adotando como critério por falar a verdade na delegacia, todavia por dois anos e
oito -
meses de cesta básica. Sentença publicada em plenário. A segunda vara do tribunal do júri
de campo grande, dia 13/01/2011, Lucas Tavares, Juiz Presidente do tribunal do júri. – disse
a escrivã e então o juiz Lucas Tavares prosseguiu.
-Parabenizando a promotora Wanessa Adania, a tenho a vossa excelência como uma grande
profissional, e esta vara precisa sim de uma promotora lutadora que encara corpo e alma na
defesa das vitimas e da sociedade. Eu admiro o trabalho da vossa excelência, e hoje é uma
prova disso e exaltação do trabalho estar aqui também parabenizando a defesa da doutora
Bianca Gleizer, uma defesa difícil e complicada, e vossa excelência teve uma grande
exaltação no seu trabalho. Tal é o grau de sua capacidade, e a gente já conhece o trabalho de
vossa excelência. Estou aqui na vara do júri tribunal muitos anos, pelos trabalhos e bons
resultados. Todavia esta causa é realmente difícil, mas a senhora esta de parabéns pela
vitoria, pela qualidade de trabalho prestado. A senhora esta de parabéns pelo nível de seu
profissional, sendo de vossa excelência. Também agradeço os jurados, dois motivos, pela
resposta dados a sociedade e também por neste ultimo dia de julgamento. Trabalhando de
graça para a sociedade, obrigado por sua presença. Declaro encerrado este caso. A ré está
livre.