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05.07.08
O Popular
Coluna Giro
Pressa
Em visita ontem à obra da Praça do Chafariz, Iris disse reservadamente que espera a conclusão do
elevado para agosto e da trincheira para até outubro.
Chancela do MP
Paço e Ministério Público vivem uma lua-de-mel: promotores aprovaram sem ressalvas a obra do viaduto
na Praça do Ratinho e a licitação das linhas de ônibus.
Opinião
Dirceu Trindade
Não é difícil compreender que o aumento da densidade populacional em certas regiões da cidade, levou
ao aumento de demanda por circulação. A opção por transporte individualizado provoca transtornos
comuns no trânsito, levando à necessidade de intervenções.
Apenas para estabelecer um marco inicial de nossas considerações tomemos o ano de 1988. Naquele
ano ainda não existia o tratamento paisagístico conhecido como Chafariz, a Avenida T-63 se reduzia a
uma pista de asfalto, a Praça Nova Suíça era um grande espaço de terra vermelha e, poucas vias eram
asfaltadas. Havia uma ocupação territorial rarefeita por residências no Jardim América e pouca ocupação
no Parque Amazonas. Os lugares hoje conhecidos como Bela Vista e Alto do Bueno não tinham ainda
sido reconhecidos pelo mercado imobiliário.
Era, portanto, uma região de pouca urbanização como o Bairro Anhanguera, localizado ao final da
Avenida T-63 que, incluindo a área de invasão, se configurava como um loteamento não urbanizado. O
Setor Pedro Ludovico apresentava uma urbanização precária e descontinuada no tecido urbano.
Podemos ver que os problemas da Avenida T-63 se iniciam na inconclusa Marginal Botafogo, num
cruzamento com a Avenida Jamel Cecílio, que demanda ao Shopping Flamboyant e aos novos bairros
além rodovia. Em sua outra extremidade, a Avenida T-63 é um beco sem saída, com um intenso tráfego
destinado aos bairros novos da periferia e, como única opção circula por uma via de 7.00m de caixa de
rolamento através do Bairro Anhanguera.
Este recorte mostra a ausência de planejamento urbano, obras viárias foram executadas e não
resolveram os problemas de trânsito e, não ocorreram investimentos em transporte público. Se o poder
público deseja adensar determinada área, deve antes planejar sua forma de ocupação e os recursos de
mobilidade da população que aí vai habitar. Obras viárias necessárias devem estar integradas num
processo de planejamento, estar subordinadas aos interesses da coletividade e cumprir mínimas
exigências legais, tais como, obediência ao Estatuto da Cidade e cumprimento do Plano Diretor.
Não há, na atual obra, uma integração com as diretrizes do Plano Diretor que asseguram à Avenida T-63
a condição de via expressa de 3ª categoria, e corredor preferencial de transporte coletivo, portanto, a
obra em execução não integra um plano urbano e de transporte coletivo.
Observe-se que o adensamento de áreas do Alto do Bueno, do Jardim América e do Parque Amazonas
continuam acelerados, além de estarem intensas as ocupações nas áreas fronteiras do município, cujo
caminho é a Avenida T-63, em continuidade à Avenida 85.
Na questão de águas subterrâneas, o lençol freático não representa um problema para a obra iniciada –
se houvesse tal problema quase nenhum edifício poderia estar construído em Copacabana, Ipanema e
Leblon no Rio de Janeiro, locais com lençol muitas vezes em torno de 1.50m. A questão é como recolher
as águas pluviais da região, estabelecendo para onde se deve conduzir.
Terão de ser abertas galerias nas vias da área do viaduto-trincheira para a captação de águas pluviais, a
inclusão de reservatório e bombeamento ao córrego mais próximo, de acordo com suas dimensões e
vazão suficiente para receber novo carregamento, o que leva a um aumento de custo que deveria estar
previsto, se devidamente projetado, orçado e licitado. Podem ser corrigidas planilhas de custo da obra,
transferindo o custo do inútil mastro para o custeio de parte da galeria.
De qualquer forma, na ausência de procedimentos de planejamento urbano, mesmo com as correções
que se fazem necessárias, permanece a cirurgia de risco, e certamente não resultarão no benefício
esperado pelo paciente, a população da cidade.
Dirceu Trindade é arquiteto, mestre em Urbanismo (EESC-USP) e professor da Escola Edgar Graeff-
UCG
Cidades
TRÂNSITO
SMT muda T-63 na segunda quinzena
Patrícia Drummond
Prevista para este mês de julho – para aproveitar o período de férias escolares, com o objetivo de evitar
maiores transtornos aos goianienses –, a retirada de cinco rotatórias a partir da Praça Wilson Salles
(Praça da Nova Suíça), na T-63, até o Córrego Cascavel, deve ter início só na segunda quinzena e durar
pelo menos um mês, conforme informou ontem o superintendente municipal de Trânsito, coronel Paulo
Sanches. “Estimamos esse prazo porque estamos aguardando a chegada do material necessário para a
obra”, explicou ele.
A intervenção será uma das maiores programadas para a região da Avenida T-63, numa parceria entre
dois órgãos municipais, a Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) e o complexo Departamento de
Estradas de Rodagem do Município/Companhia Municipal de Pavimentação (Dermu/Compav).
A idéia é abrir a Praça da Nova Suíça, cortando-a ao meio. Desse ponto até a Marginal Cascavel, todas
as rotatórias existentes serão retiradas e substituídas por semáforos.
Também serão removidas, na empreitada, as duas rotatórias da Rua C-233, que liga a Praça da Nova
Suíça à Avenida T-9, com a instalação de semáforos nos locais.
Ainda na T-9 será feito um desvio para a conclusão das obras de um bueiro iniciadas próximo ao Clube
Oásis, onde há sempre inundações em períodos de chuva.
Todas essas ações ocorrem paralelamente à construção do viaduto na Praça Simão Carneiro de
Mendonça, a chamada Praça do Chafariz, cujas obras foram iniciadas pela Prefeitura da capital no dia
15 de maio.
¤ LEIA MAIS:
Em visita às obras do viaduto e da trincheira do cruzamento das Avenidas T-63, S-1e 85, ontem pela
manhã, o prefeito Iris Rezende reafirmou que os trabalhos serão concluídos até a primeira quinzena de
outubro.
Mudanças no projeto original, como a substituição da adutora de água tratada que abastece cerca de 350
mil moradores do Setor Bueno e região e passa embaixo do ponto em que a pista será rebaixada para a
abertura da trincheira, não vão alterar o cronograma. “Está tudo de acordo com o estabelecido no contrato”,
disse o prefeito, que percorreu o canteiro de obras ao lado de auxiliares e vereadores e pôde ver as
escavações, as pilastras e duas das 45 vigas do elevado já instaladas. Sem falar em datas, Iris admitiu que
a obra poderá ser liberada por partes. No local, o secretário de Obras Alfredo Neto se irritou com jornalistas
ao ser questionado sobre a obra de drenagem que será feita no local.
03/07
O Popular
Opinião
Há mais de uma década, desde quando passou a ocupar este espaço, o autor destas linhas chamava a
atenção para a temeridade de permitir a verticalização e o adensamento populacional rápidos e
desordenados de setores como o Bueno, Nova Suíça e Marista, antes de dotá-los de infra-estruturas
imprescindíveis, principalmente redes de drenagem de águas pluviais (capazes de absorver águas em
solo totalmente impermeabilizado e evitar inundações), planejamento do tráfego, licenciamento rigoroso
para atividades geradoras de alta demanda de veículos e assim por diante. Da mesma forma, lembrava
a necessidade de uma legislação rigorosa para a expansão urbana na Grande Goiânia, para a falta de
cuidado com os rápidos avanços na expansão de áreas sem estrutura (inclusive as margens da rodovia
Brasília-São Paulo), a ausência de políticas adequadas de transportes urbanos e de proteção de
pedestres e outros temas. Doze anos passados, todos esses temas estão presentes diariamente na
comunicação, sob a forma de graves problemas. Não se trata de reivindicar méritos. Trata-se de mostrar
como são previsíveis essas questões e de como é possível evitar seu agravamento – inclusive de custos
para as soluções.
Pode-se começar pela obra na Praça do Chafariz, destinada a facilitar o tráfego de veículos, tal como já
se fez na Praça do Ratinho. O planejamento urbano em toda a parte já demonstrou à sociedade que
uma boa política deve dar preferência ao transporte coletivo, não ao automóvel, gerador de graves
problemas em toda parte. Mas aqui optou-se pelo caminho inverso, embora o Ministério Público já
advertisse para a inconveniência de iniciar uma obra dessa envergadura sem licenciamento ambiental e
estudos prévios de impactos (O POPULAR, 7/5/8) – para descobrir-se depois de iniciada que a
drenagem de águas pluviais poderia ser um problema; que o lençol freático era muito mais superficial
que o previsto no projeto; que o local previsto para despejar a drenagem (Córrego do Areião) não a
suportaria; que o deslocamento dessa descarga para o córrego Vaca Brava também seria problemático,
pois ali já acontecem transbordamentos nas chuvas (4/6 e 7/6).
Enquanto isso, a comunicação descobre que o adensamento naquela área foi acompanhado pela
implantação de varias atividades, principalmente universidades e outras escolas, sem licenciamento
prévio e sem satisfazer minimamente as necessidades que gerariam (O POPULAR, 14 e 15/5). Na
seqüência, descobre-se que nem a Câmara Municipal tinha licença para obras iniciadas (15/5). Na
rodovia de tráfego já intenso, a ocupação descontrolada (várias universidades, o Paço Municipal, o
Centro Cultural, comércio intenso, ao lado do Serra Dourada, do Ceasa, do acesso ao autódromo e ao
Sudeste do Estado, de vários condomínios e bairros – fora os projetos do novo Legislativo e novo
Judiciário) só poderia levar ao que levou: à necessidade de implantar vários viadutos, com alto custo e
problemas para o tráfego.
Só nos últimos dias de junho aprovou-se no Legislativo municipal, depois de 20 anos de discussão, a
implantação do IPTU progressivo, que aumentará o tributo em 25 setores da cidade para lotes vagos (20
mil), na tentativa de conter uma expansão desordenada na periferia da cidade, com a abertura de
loteamentos em lugares sem infra-estruturas – exigência antiga de várias leis que não vinham sendo
cumpridas. Resta ver como a nova lei será cumprida.
Ainda assim, embora os planejadores do setor calculem que custaria R$12 milhões implantar um
corredor exclusivo para ônibus, do Carrefour Norte ao Terminal Cruzeiro, que duplicaria a velocidade dos
coletivos, não conseguem esses recursos, menos de metade do que se gastará na Praça do Chafariz. E
volta-se a discutir o metrô, que agora custará uma fortuna, porque foi abandonado o projeto do metrô de
superfície planejado por Henrique Santillo, e que seria implantado no antigo leito da estrada de ferro,
sem necessidade de desapropriações, obras subterrâneas etc. e que atenderia ao maior fluxo de
passageiros (Leste-Oeste). Preferiu-se uma avenida para automóveis.
24/06
O Popular
R$ 4,5 milhões
A prioridade, neste caso, segundo ele, são os eixos preferenciais indicados pelo Plano
Diretor, como as Avenidas Goiás, T-7, T-8, T-9, Anhanguera, Mutirão entre outros.
Conforme Jeová, a implantação desse tipo de tecnologia, que envolve, entre outras
providências, a compra de equipamentos e a instalação de sensores nas vias e nos veículos
de transporte coletivo, é orçada em R$ 4,5 milhões.
Parte dos recursos para a implantação do sistema já está resguardada e é oriundo do Fundo
Municipal de Desenvolvimento Urbano (FMDU). As obras realizadas no Eixo 85, com a
construção do viaduto da Praça do Ratinho, e na Avenida T-3, com a abertura da trincheira
e do viaduto no cruzamento com a Avenida 85, já fazem parte desse processo. Nesses
corredores, o sistema de semaforização deve ser implantado este ano.
¤ LEIA MAIS:
• Acidentes e poluição, a referência
• Goiânia gasta R$ 130 mi por ano no trânsito
• Projeção de aumento de uso individual
• Análise
(A passos de tartaruga)
• Gastos com acidentes e poluição em 2006
Goiânia gasta R$ 130 mi por ano no trânsito
Goiânia gastou R$ 130 milhões em 2006 com poluição e acidentes de trânsito. No Brasil, as
despesas passaram dos R$ 12 bilhões. Os gastos são tanto públicos quanto particulares. Os
números, que fazem parte de um levantamento técnico da Associação Nacional de
Transporte Público (ANTP), estão relacionados diretamente com os congestionamentos e
indicam o que cada goianiense sente na pele diariamente: a cidade está ficando cada vez
mais lenta e motoristas e pedestres estão cada vez mais sujeitos a se acidentar nas ruas.
O engenheiro Maurício Almeida Tavares, de 47 anos, só não faz parte da estatística da ANTP
ainda porque o levantamento foi feito em 2006. Mas com certeza ele estará na próxima
pesquisa, já que foi vítima de dois acidentes de trânsito nos últimos dias. As causas? “Foi
uma combinação de desatenção dos causadores dos acidentes e os congestionamentos cada
vez mais comuns em Goiânia”, comenta.
O primeiro acidente foi na segunda quinzena de maio, às 18 horas, na Avenida 85, no Setor
Bela Vista, em frente ao campo do Goiás. “O trânsito estava travado. Veio um carro e bateu
na traseira do meu veículo”, relembra. O prejuízo foi de R$ 1 mil.
Não seria tudo. No último dia 18, na esquina das ruas 84 e 104, Setor Sul, ele se envolveu
em um engavetamento de seis veículos. “O semáforo fechou. Uma motorista que vinha
atrás não percebeu e bateu no último carro, engavetando todo mundo”, conta. O carro de
Maurício era o quarto da fila. O prejuízo foi maior. “Ainda não fiz a avaliação, mas acho que
vai passar dos R$ 5 mil”, calcula.
Tempo e consumo
O economista Délio Moreira, doutor em economia dos transportes, viveu boa parte da sua
vida envolvido com números e o trânsito, estando à frente de pesquisas sobre os assuntos
na Universidade Católica de Goiás (UCG). Particularmente, ao longo dos anos observou que,
enquanto aumentava o número de carros nas ruas, o tempo gasto para ir de casa para o
trabalho também crescia. Resolveu calcular o que aquilo significava. De pesquisador, ele se
tornou seu próprio pesquisado.
Na ponta do lápis, nos últimos três anos, Délio descobriu que o consumo de combustível do
seu Ford Ka aumentou 23%. “O tempo gasto também aumentou em torno de 20%”, explica
o professor. O roteiro seguido todos os dias por ele não é longo, vai do Jardim Goiás até a
Praça Universitária.
“Os motoristas sentem bem o que significa o aumento do número de carros nas ruas. Um
dos pontos sentidos diretamente é o aumento do tempo das viagens e dos gastos com
combustível”, entende Délio Moreira. Ele cita os desgastes com os pneus e manutenção e o
tempo que cada pessoa perde parado ou com a lentidão do trânsito.
Délio Moreira e Maurício Tavares são personagens de uma história vivenciada por quem
mora ou circula por Goiânia, onde mais de 130 carros são emplacados todos os dias (em
média), segundo o Departamento de Trânsito de Goiás (Detran). “Mais carros nas ruas
significa mais poluição, porque o carro funcionando em baixa velocidade ou parado gasta
mais combustível e emite mais poluentes. E aumentam os riscos de colisões”, avalia o
engenheiro especialista em trânsito Adolfo Luís Machado de Mendonça, coordenador do
Sistema de Informação de Mobilidade Urbana da ANTP, departamento à frente da pesquisa.
A pesquisa, Relatório Geral de Mobilidade Urbana, é feita todos os anos desde 2003 pela
associação. São pesquisadas cidades com mais de 60 mil habitantes – que representam
61% da população brasileira. Dois itens analisados são os acidentes e a poluição gerada
pelo trânsito. Os valores são calculados através dos gastos com saúde (tratamento de
acidentados e problemas respiratórios causados pela poluição, por exemplo) e despesas
com a recuperação de veículos acidentados. (A.M.)
Se a situação atual já é complicada as projeções para o futuro são ainda mais preocupantes.
Elaborado em 2006 para ser a base da licitação das linhas do transporte coletivo da região
metropolitana de Goiânia, o Plano Diretor de Transporte Coletivo indicou gradativo aumento
do uso do transporte individual e conseqüente diminuição do uso do coletivo.
“Se nada for feito, como investimentos em corredores exclusivos, por exemplo, a situação
vai se tornar pior”, avalia o engenheiro especialista em planejamento de trânsito Arlindo
Fernandes, que esteve à frente do trabalho.
Com mais veículos nas ruas (particulares e coletivos), a projeção é que o trânsito fique
ainda mais congestionado, levando ao aumento do tempo de viagem do transporte coletivo
(entre 17% e 21%). Hoje mesmo isso já é sentido. Segundo cálculos do Sindicato das
Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (Setransp), enquanto em 1998 o
sistema realizada em média dez viagens por dia, atualmente o número caiu para sete
viagens diárias. A velocidade média de circulação dos ônibus caiu de 22 quilômetros por
hora (km/h) para cerca de 17 km/h.
Há dez anos eram 1.160 veículos transportando passageiros. Em 2007 o número passou
para 1.471 ônibus. Pior ainda, a frota aumentou para levar praticamente o mesmo número
de passageiros: 19,9 milhões por mês em 98 e 19,8 milhões/mês em 2007.
Acidentes de trânsito e poluição gerada pelos veículos. Diretamente essas são as únicas
referências que podem ser feitas do preço que o goianiense paga por ficar parado nos
horários de pico. Mais do que isso não existem dados específicos. Em 1998 a Agência
Nacional de Transportes Públicos (ANTP), responsável pelo relatório sobre mobilidade
urbana, fez um estudo sobre os custos diretos dos congestionamentos em dez grandes
cidades brasileiras, mas a capital goiana não participou.
Pela dimensão que o trânsito já adquiriu na capital, a SMT sabe que isso não é suficiente.
“Sabemos que não são esses todos os pontos de lentidão da cidade. O ideal seria que nós
tivéssemos como fazer levantamentos em todos os locais. Mas não temos estrutura ainda
para isso. Não temos condições para acompanhar o crescimento da frota e da cidade”,
avalia o diretor de engenharia da SMT, engenheiro Frederico Santana Quintanilha.
Obras
Dos cinco pontos, a SMT indica necessidade de obras de arte (trincheiras, viadutos ou
elevados) em três deles, os mais graves: Marginal Botafogo com Avenida Jamel Cecílio, no
Setor Pedro Ludovico; Avenida Castelo Branco com Avenida Bandeirantes (GO-060), no
Bairro Ipiranga; e Avenida Perimetral Norte com Avenida Anhanguera (GO-070), na Vila
Morais. (A.M.)
Análise
A Passos de tartaruga
Não é de hoje que a gente se acostumou a ouvir e a fazer reclamações sobre o trânsito de
Goiânia. Também não é de hoje que soluções são discutidas e propostas colocadas na mesa.
Também não é de hoje que pouca coisa é feita para tentar resolver o problema.
Enquanto mais de 4 mil veículos são emplacados mensalmente na capital e passam a
engrossar o caldo dos congestionamentos, o poder público caminha a passos de tartaruga.
Qualquer um pode ver que a ação pública não consegue acompanhar o comboio.
Um exemplo: a criação de corredores exclusivos e semi-exclusivos para o transporte
coletivo. Desde o início da atual administração municipal fala-se da necessidade de eliminar
estacionamentos e criar corredores ao longo de vias como T-9 e T-7, entre outras.
Falar que o trânsito piora a cada dia é chover no molhado. Se o poder público não passar a
pensar na cidade como um todo e fazer um planejamento sério de trânsito e transporte,
corremos o risco de que ocorra o que os nem tão pessimistas prevêem: parar de vez. (A.M.)
11/06
O Popular
Adutora encarece obra em 500 mil
Saneago e Prefeitura só viram que rede de água do Bueno passa no local depois do
início da obra
Carla Borges
Uma obra que não fazia parte do projeto deve encarecer o valor pago pela Prefeitura de
Goiânia para a execução do complexo do cruzamento das Avenidas 85, S-1 e T-63, no Setor
Bueno, em mais R$ 500 mil. O valor foi apurado pelo POPULAR após levantamento sobre os
custos do material que será empregado para a construção de uma adutora de água tratada
de 392 metros de extensão, que deve ser instalada paralela à que hoje existe na 85 e em
seu prolongamento, a S-1, exatamente no local que será cortado e escavado para a
construção da trincheira.
Só com os tubos de ferro fundido de 800 milímetros, devem ser gastos aproximadamente
R$ 400 mil, já que o custo médio é de R$ 1 mil o metro. “Provavelmente faremos um
aditivo ao contrato firmado com a empresa vencedora da licitação (Delta Construções S.A.)
para suprir o custo extra que nos surpreendeu”, admitiu ontem ao POPULAR o secretário
municipal de Obras de Goiânia, Alfredo Soubihe Neto. Apesar do aumento do custo da obra,
o secretário garante que o prazo para conclusão, de cinco meses, não será afetado.
Alfredo Neto explica que a obra foi projetada com base em estudos iniciais, que apontaram
que a adutora passaria à esquerda da trincheira, no sentido Norte-Sul. Só depois de iniciada
a parte operacional, quando a área foi isolada com tapumes, e os operários começaram a
trabalhar em escavações, é que os técnicos perceberam que a adutora não passa ao lado,
mas embaixo do ponto em que a pista será rebaixada para a passagem da trincheira, que
terá 4 metros de profundidade no ponto mais baixo.
“Não foi um erro no projeto. Antes a obra não estava locada (colocada topograficamente)
na rua, os estudos indicavam que ela (a adutora) passaria na lateral”, confirmou o gerente
de Projetos da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago), engenheiro Godard Tedesco Vieira. A
adutora em questão abastece de água tratada cerca de 350 mil moradores do Setor Bueno
e da região.
Na área em que será construída a trincheira, entre o campo do Goiás Esporte Clube, na
Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, e o Banco Bradesco, na Avenida T-64, será construído
o desvio da adutora. Ela vai passar pela pista lateral, no sentido Norte-Sul. Parte da rede de
esgoto também será retirada. Semana passada, já havia sido revelado outro problema na
obra: a necessidade de um novo projeto de drenagem, que deve custar cerca de R$ 500
mil.
Para fazer a ligação da rede atual com os novos trechos que serão construídos, a Saneago
precisará interromper o sistema. Podem ocorrer falhas no fornecimento. Tedesco explica
que quando a rede estiver toda pronta será feita a interligação, nos pontos de conexão.
“Faremos isso à noite ou na madrugada, quando o consumo é menor, para evitar prejuízos
à população”, diz o engenheiro. Os reservatórios de água próximos também devem ser
cheios em sua capacidade máxima como medida preventiva. A preocupação é justificada
pelo tamanho da adutora de água que abastece o Setor Bueno. Por ela passa água a uma
pressão equivalente a aproximadamente 40 metros de coluna d’água. Isso quer dizer que
em caso de uma perfuração na tubulação, por exemplo, a água jorraria a uma altura de 40
metros, o equivalente a um prédio de 13 andares.
10/06
O Popular
Manchete ocupando a dobra superior com foto:
Carla de Oliveira
Enquanto isso não ocorre, os usuários irão continuar convivendo com o desconforto, que
deve aumentar com o crescimento do fluxo de passageiros. O secretário garante que não há
riscos relacionados à segurança, pois a pista principal está pronta, faltando apenas a pista
de taxiamento. “Problemas com pousos e decolagens não haverá. A situação do Aeroporto
de Goiânia só complica quando o terminal de São Paulo fica fechado. As atividades normais
podem ser executadas por pelo menos um ano”, avalia.
O secretário afirma ainda que o que está emperrando o reinício das obras não é a falta de
dinheiro, mas pendências administrativas da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura
Aeroportuária (Infraero) no TCU.
Paralisação
Quando houve a paralisação da obra, em novembro de 2006, já haviam sido gastos R$ 81
milhões dos R$ 349 milhões previstos.
A licitação para execução das obras do Aeroporto Santa Genoveva foi vencida pelo consórcio
de empresas Via Engenharia e Odebrecht. As obras foram iniciadas em março de 2005.
Os projetos das obras de drenagem do Setor Bueno e de captação de água pluvial nas
imediações do cruzamento das Avenidas 85 e T-63, que serão executadas, respectivamente,
pelo complexo Departamento de Estradas de Rodagem do Município/Companhia Municipal
de Pavimentação (Dermu/Compav) e pela empresa vencedora da licitação para a construção
do viaduto e da trincheira na Praça do Chafariz, foram debatidos ontem na Comissão
Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal.
Durante cerca de duas horas e meia, os vereadores que integram a CEI que investiga a
execução de obras de impacto em Goiânia questionaram e ouviram as explicações do
secretário Municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, e do presidente do Dermu/Compav,
Ubirajara Abud. Eles garantiram que as duas obras vão captar cerca de 80% das águas da
chuva na região, que sua execução é totalmente segura e que todas as medidas serão
adotadas para minimizar os transtornos para a população durante os trabalhos.
Mas, nem o presidente da CEI, Maurício Beraldo, nem o vereador Elias Vaz considerou as
explicações suficientes para sanar dúvidas sobre a segurança das obras, que em alguns
trechos vão exigir a escavação de aproximadamente oito metros de profundidade na T-63.
Elias Vaz questionou a escavação de cerca de 6,5 metros de largura por outros 6,5 de
profundidade nas imediações da Rua T-36, prevista no projeto apresentado pelo Dermu/
Compav.
Computador
“A obra vai ocupar mais da metade da pista, que tem nove metros de largura”, disse o
vereador, que questionou também como será feita a contenção da escavação, um item de
segurança não citado no projeto. O presidente do Dermu/Compav negou que a escavação
terá as medidas apresentadas. “Esses cálculos foram feitos por um programa de
computador e ainda serão adequadas”, disse.
Esses documentos e os projetos originais serão avaliados por uma comissão de técnicos,
formada por representantes do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(Crea), Insituto dos Arquitetos do Brasil e outros especialistas, como um técnico da área de
drenagem a ser indicado pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
Amanhã ou quinta-feira a CEI vai realizar audiência pública na região para discutir as obras
de drenagem na trincheira da Praça do Chafariz e nas ruas próximas. O impacto do despejo
da água no Córrego Vaca Brava também deve ser avaliado. Na sexta-feira, às 9 horas, a
CEI volta a se reunir na Câmara Municipal para discutir o assunto.
O secretário Municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, explicou que a obra de drenagem
nas imediações do cruzamento das Avenidas 85 e T-63 já está prevista no projeto de
construção da trincheira e viaduto na Praça do Chafariz e será executada pela empresa
vencedora da licitação. Os trabalhos de escavação no local para a implantação das galerias
devem começar nos próximos dias.
Paralelamente à execução das obras na Praça do Chafariz, a Prefeitura vai ampliar a rede de
drenagem no Setor Bueno para tentar eliminar os problemas de alagamento que atingem o
bairro a cada chuva. A execução desse projeto, que ficará a cargo do complexo
Departamento de Estradas de Rodagem do Município/Companhia Municipal de Pavimentação
(Dermu/Compav), exigiu uma pequena alteração no projeto licitado.
Segundo o presidente do Dermu/Compav, Ubirajara Abud, um trecho da galeria que seria
feito na T-63 passará agora pela T-37 até a T-25. Dali para frente, até o Córrego Vaca
Brava, o trabalho será executado pelo Dermu/Compav. A mudança no projeto licitado, de
acordo com Ubirajara Abud, não vai alterar o custo da obra orçada em cerca de R$ 18
milhões.
Céu aberto
A obra a cargo do Dermu/Compav deve ter início em julho e será concluída até 15 de
outubro, quando também devem ser entregues as obras no cruzamento da T-63 e 85.
Orçada em cerca de R$ 500 mil, a obra vai canalizar para o Vaca Brava a maior parte da
água da chuva que hoje já é escoada a céu aberto para o córrego.
A nova galeria vai passar pelas Ruas T-36, T-37, acima da Praça da T-25, descer a T-61 e
chegar à Avenida T-5, de onde se estenderá até o ponto de captação no Córrego Vaca
Brava. O projeto, segundo Alfredo Neto, faz parte do trabalho de rotina do Dermu/Compav.
Os trabalhos vão começar pelas margens do Vaca Brava, seguindo rumo à T-63. Em alguns
pontos, a profundidade da escavação será de cerca de quatro metros, medida que será
reduzida de acordo com a inclinação do terreno.
O Dermu/Compav quer abrir e cobrir cada trecho para passar a rede no mesmo dia. “Para
reduzir os transtornos para a população”, disse o presidente. (RRC)
Trabalho adiantado em 7 dias, diz construtora
Carla Borges
A obra da Praça do Chafariz, onde estão sendo construídos um viaduto e uma trincheira, está
adiantada em sete dias em relação ao cronograma inicial. A informação é do diretor na Região
Centro-Oeste da empresa Delta Construções S.A., Cláudio Abreu, que venceu a concorrência pública
para executá-la. A construção foi iniciada há 22 dias e 80 pessoas, entre pedreiros, serventes,
carpinteiros e outros, estão trabalhando no local. Só engenheiros são quatro, para as áreas de
produção, planejamento e qualidade, além do chamado líder do contrato. Os 12 pilares de
sustentação do viaduto estão praticamente prontos.
Os operários agora estão trabalhando na confecção das formas para a construção das travessas. “Os
trabalhos estão bem adiantados”, afirmou Abreu ao POPULAR. Em relação à trincheira nas Avenidas
85 e S-1, onde haverá rebaixamento da pista – semelhante ao que foi feito na Praça do Ratinho –,
foi iniciada a escavação superficial. A construtora depende da retirada de cabos e fios pelas
concessionárias de serviços como telefonia, internet e TV a cabo. “Como isso envolve corte de
calçadas e de pavimento, os serviços estão sendo feitos mais nos finais de semana”, explicou o
engenheiro.
Só depois da retirada de todos os cabos pelas concessionárias a construtora iniciará a escavação
mais profunda para a construção da trincheira. Todo o pavimento das Avenidas 85 e S-1 no local da
trincheira já foi removido. “Assim que as concessionárias terminarem a remoção, temos condições
de iniciar a escavação e seguir normalmente com a obra”, esclareceu Abreu.
A próxima etapa deve ser a fundação das cortinas de contenção da trincheira. A previsão é de que a
obra, orçada em R$ 18,1 milhões, seja concluída em cinco meses. “Faremos o possível para
antecipá-la”, reafirmou o diretor da Delta ontem, lembrando que o Setor Bueno é um dos bairros
mais adensados da capital. “Temos total tranqüilidade quanto ao cumprimento do cronograma, é
uma obra para ser entregue rapidamente”.
De acordo com o diretor, todo o material que será usado no complexo arquitetônico da Praça do
Chafariz já foi adquirido. “Já devemos ter feito um aporte de aproximadamente R$ 10 milhões em
compras e pagamentos programados a fornecedores”, informou, lembrando que a obra está sendo
auditada.
Diário da Manhã
De acordo com o verador Elias Vaz, o projeto entregue à CEI diz que será
construída galeria de 6,53 metros de largura por 6,55 metros de profundidade, o
que traria grandes transtornos aos moradores das oito ruas por onde serão feitas
as intervenções e para todos que precisam transitar pela região. Salientou, ainda,
as contradições e questionamentos sem resposta durante a reunião. Outros
números foram apresentados pelo Dermu/Compav.
O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o arquiteto Luiz Antônio Mendonça,
explicou que para uma escavação de apenas dois metros de largura fica inviável o trabalho
de execução da obra da galeria, já que complica a descida do profissional, por questão de
espaço. Segundo o arquiteto, com a perfuração de 6,5 metros de largura, o trabalho pode
ser feito, mas o grande problema seria o trânsito no local e o acesso dos veículos de
moradores das ruas por onde a galeria passará.
“A pista de rolamento (asfalto) tem cerca de sete metros, se perfurarem seis metros e meio
para realizar a obra, o que sobra para o tráfego de moradores? O impacto no trânsito será o
maior problema”, garante. Afirmou, ainda, que caso não haja qualquer rompimento de
tubulação durante a escavação, a obra não traz riscos para a estrutura dos prédios, já que
estes foram construídos com recuo de aproximadamente quatro metros.
Luiz disse que outra falha identificada no projeto é a inclinação, que, segundo ele, precisa
ser de, no mínimo, 2%, e que no projeto consta como 0,3%. “A obra precisa ser parada e
repensada. Existem outras soluções baratas e simples para serem seguidas. Se não for feito
isso, o acidente que aconteceu nas obras do metrô de São Paulo pode acontecer aqui.”
Os vereadores solicitaram mais documentos para tentar elucidar dúvidas que não foram
esclarecidas na reunião de ontem. Maurício Beraldo convocou 19 instituições para realizar
durante esta semana uma análise técnica do projeto do viaduto e da trincheira. Ele disse
que a posição final da CEI será avaliada nesse estudo, que terá a participação de técnicos
da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universidade Católica de Goiás (UCG).
Hoje
Daiane Nunes
Após mais de três horas de explicações, o secretário municipal de Obras, Alfredo Soubihe
Neto, e o presidente interino do Dermu/Compav, Ubirajara Abud, não conseguiram
convencer os vereadores sobre a segurança das obras do viaduto e da trincheira na Praça
do Chafariz, no cruzamento das Avenidas 85 e T-63, no Setor Bueno. Os vereadores da
Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura o funcionamento irregular de escolas e
faculdades particulares em Goiânia ouviram detalhes do projeto, mas não ficaram
satisfeitos, por considerá-los muito técnicos.
Segundo o secretário, parte da rede de drenagem será realizada pela construtora que
venceu a licitação para executar a obra. O restante ficará a cargo da própria Prefeitura, por
meio do Dermu/Compav.
Durante as explicações, o presidente da CEI, Maurício Beraldo (PSDB), lembrou que a região
já enfrenta sérios problemas de drenagem e disse que estudos técnicos apontam para a
inviabilidade de escoamento desse grande volume de água para o Córrego Vaca Brava,
porque ele estaria saturado com o volume já recebido.
Apesar da observação, o secretário de Obras, Alfredo Neto, reafirmou que a água será
escoada para o Córrego Vaca Brava. “Não há problema com o projeto. Ocorre que a
Prefeitura aproveitou para consertar o problema de drenagem do Setor Bueno, já que não
aumentaria o cronograma da obra nem o preço. Por isso, vamos levar as águas pluviais
para o Vaca Brava”, frisou.
Diante da situação, os integrantes da CEI decidiram realizar uma audiência pública, ainda
esta semana, para ouvir opinião dos moradores das imediações da Praça do Chafariz e
também representantes de segmentos diretamente interessados na questão, como
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Universidades e outros técnicos. A próxima
reunião da CEI está marcada para sexta-feira, às 9 horas da manhã.
07/06
Carla Borges
O secretário de Obras de Goiânia, Alfredo Soubihe Neto, apresentou ontem aos vereadores
da Comissão de Obras da Câmara Municipal de Goiânia o projeto de drenagem do Setor
Bueno. A água das chuvas que será captada na trincheira da Avenida 85, no cruzamento
com a Avenida T-63, onde estão sendo construídos também um viaduto e uma passagem
de nível, será lançada no Córrego Vaca Brava. Segundo o secretário, faltam “detalhes
orçamentários” para concluir o projeto. Ele negou problemas com a obra e eventuais riscos
durante a execução do serviço de drenagem.
Outra medida para a solução do problema de drenagem do Setor Bueno será a construção
de um bueiro celular duplo no Córrego Vaca Brava, na Avenida T-9, próximo ao Clube Oásis,
ponto em que o córrego transborda durante chuvas fortes, arrastando carros e provocando
prejuízos ao clube. De acordo com a assessoria do prefeito, a obra do bueiro será realizada
em julho, no período de férias escolares, pois haverá necessidade de interdição da Avenida
T-9 nos trechos próximos ao Córrego Vaca Brava.
Luiz Mendonça disse ao POPULAR que a explanação do secretário foi somente em relação à
execução da obra. “Os questionamentos que temos, que são anteriores, permanecem. Jogar
a água no Vaca Brava é a pior solução”, sustentou o arquiteto. O presidente da Comissão da
Obras, Virmondes Cruvinel Filho, destacou que os parlamentares cumpriram sua obrigação
legal de fiscalizar a obra realizada pela Prefeitura.
Diário da Manhã
Durante visita da comitiva de vereadores ao canteiro de obras do viaduto que está sendo
construído no cruzamento entre as avenidas 85 e T-63, o secretário de Obras do município,
Alfredo Soubihe Neto, apresentou projeto de drenagem da região, contrariando denúncias
veiculadas no início desta semana. Na apresentação do material, a vereadora Marina
Sant’Anna – endossada pelos demais vereadores que estiveram no local – e o secretário de
obras trocaram algumas farpas.
A visita foi articulada pelo vereador Virmondes Cruvinel, presidente da Comissão de Obras
da Câmara Municipal, que é permanente, diferente da Comissão Especial de Inquérito (CEI),
que tem prazo para conclusão dos trabalhos. Ao chegar ao local, Virmondes disse ter como
objetivo a busca de informações sobre a intervenção. “A visita tem caráter especificamente
técnico”, declarou.
Com o apoio de plantas e relatórios, o secretário mostrou estudos que mostram o lençol
freático existente abaixo da obra, começando a aparecer a partir dos 8,45m de
profundidade. Segundo ele, as escavações para a trincheira chegarão, no máximo, a 6,20m.
Sobre as dúvidas com relação à drenagem do local, Alfredo disse que durante a elaboração
do viaduto, foi criado um projeto paralelo para amenizar os problemas de inundação da
região.
O projeto elaborado paralelamente visa a escoar a água das chuvas para dutos
subterrâneos até o Córrego Vaca Brava. Outra obra que está sendo realizada pela prefeitura
vai, segundo o secretário, acabar com o problema de alagamento em períodos de chuva na
Avenida T-9, na baixada do Clube Oásis. “Ali, faremos uma intervenção que permita o
escoamento progressivo da água sem que haja alagamentos”, garante.
A Comissão Especial de Inquéritos (CEI) que investiga obras causadoras de grande impacto
em Goiânia se reúne novamente na segunda-feira. Presidida pelo vereador Maurício Beraldo
(foto), o encontro vai contar com a presença de técnicos e engenheiros, que discutirão os
projetos da obra. Beraldo criticou a ausência do secretário de obras e do presidente do
Dermu-Compav, Ubirajara Abbud, na última reunião da comissão. Com presenças dos dois
confirmadas, o vereador espera ter as dúvidas esclarecidas. Alfredo Neto diz que, nesse
encontro, tratará de assuntos menos técnicos, já que na visita de ontem fez todas as
explicações das três obras.
06/06/08
O Popular
Opinião
Improviso oficializado
É ainda com certa surpresa que constato a triste realidade: a improvisação é parte da vida
do brasileiro. Isso se justifica, certamente, pelo próprio “jeitinho brasileiro”, chaga cotidiana
que se atribui o poder de tudo resolver, pouco importando os meios para tanto.
Mas há situações que não o admitem de forma alguma. Uma delas está no planejamento
urbano, cujos objetivos são claros: planeja-se projetando os efeitos de ações presentes no
futuro, com vistas a corrigir e/ou prevenir problemas. O planejamento urbano, que deve
abranger a integralidade do território do município, está previsto como elemento
fundamental das ações públicas em matéria de política urbana. Tal pode ser notado no
Estatuto da Cidade, cujas linhas principais foram devidamente integradas no Plano Diretor
de Goiânia.
Um passeio rápido por Goiânia – recomendo o uso do programa Google Earth, tendo em
vista o caos de nosso trânsito – fará saltar aos olhos a falta de planejamento dessa cidade:
são vários os pontos onde há ocupação de áreas públicas e de áreas de risco; onde há
setores adjacentes cujas ruas e avenidas não se alinham; onde se ocupam áreas de
preservação permanente; onde há flagrante degradação ambiental (sobretudo dos cursos
d’água); e, onde se nota uma extensão desmesurada do tecido urbano, que contrasta com a
enorme quantidade de terrenos vazios em zonas já urbanizadas.
Esses são alguns dos elementos que denunciam a falta de planejamento da capital de Goiás,
cidade que tem hoje mais de 1 milhão de habitantes e que, por força do Estatuto da Cidade,
tem um plano diretor que prevê, ainda que tardiamente, o direito às cidades sustentáveis, a
democracia participativa para a gestão urbana, entre outros elementos.
Pois bem, mesmo diante das normas que regem a política urbana, de um lado, e dos
problemas que acometem a gestão urbana da capital, de outro lado, o poder público
municipal, que deveria ser o garantidor do cumprimento das normas de urbanismo,
desrespeita-as monumentalmente na construção da obra atualmente em curso, na
conjugação das Avenidas 85 e T-63. Não houve previamente nem licenciamento nem
estudos de impacto ambiental ou de vizinhança, nem consulta pública, tampouco estudos
mais aprofundados sobre o terreno que abrigará a obra: descobre-se, somente agora, que
há um lençol freático bastante raso no local, descoberta que leva a construtora responsável
pela obra a declarar, minimizando o problema, que já construiu até usina siderúrgica sobre
um manancial! Em pleno século 21 uma empresa se gabar de contribuir para a degradação
ambiental é algo incompreensível e ajuda a reforçar o que penso: que essa obra se
assemelha ao famoso “puxadinho” que se faz num barracão, pois apresenta claros indícios
da improvisação, tão característica do brasileiro em geral.
Espero que a motivação dessa obra resida integralmente no interesse público e, sobretudo,
que a consideração de seus problemas – que chegaram a ser classificados de “bobagem
política” por um alto funcionário da prefeitura – seja efetiva.
Que ela não fira o direito de todos os goianienses de viver em uma cidade sustentável,
condição que Goiânia, diante da realidade dos fatos, está longe de alcançar.
José Antônio Tietzmann e Silva é doutor nos direitos ambiental, de ordenamento territorial e
urbanístico, pela Universidade de Limoges (França), professor da UCG e UFG
05/06/08
Hoje
Edição: 650 Data:05/06/2008
Secretários faltam à convocação de CEI
Liana Aguiar
“Foi uma atitude infeliz, que não coaduna com o Plano Diretor de Goiânia. Essa fuga nos
leva a pensar que estão tendo dificuldades em elaborar ou complementar o projeto”, avaliou
Maurício Beraldo.
O relatório aponta que o problema estaria na trincheira da Avenida 85, sem um projeto
viável de drenagem. O técnico alega que as bacias do Areião e do Vaca Brava estão
saturadas e, portanto, não poderiam receber águas pluviais e de lençol freático. Para
executar a trincheira, diz o texto, seria necessário perfurar 7 metros, mas em 5 metros já
se atingiu o lençol freático. O relatório alerta que esses problemas poderiam provocar
desmoronamentos e colocar em risco a estrutura de prédios.
A promotora de justiça Marta Moriya Loyola, que atua na área de Meio Ambiente, informou
que o secretário de Obras a procurou para agendar uma reunião no Ministério Público, na
segunda-feira, 9. Anteontem, a promotora solicitou a Alfredo Neto encaminhamento do
projeto de drenagem em caráter de urgência.
Os vereadores irão agendar uma audiência pública a ser realizada na região da Praça do
Chafariz. Devem ser ouvidos ainda o engenheiro da Delta Construções S.A, responsável pela
obra, e entidades como Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e Instituto de
Arquitetos do Brasil (ITA). Até o fechamento desta edição, o secretário de Obras não foi
encontrado pela reportagem.
IRIS CRITICA “SENSACIONALISMO”
De acordo com o prefeito, o problema havia sido detectado antes mesmo da denúncia
anônima de um técnico à Comissão de Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Goiânia,
que investiga empreendimentos causadores de grande impacto. “Resolvemos a questão sem
muita delonga, de forma que a empresa faz a obrigação dela, o que está no contrato, e a
prefeitura arca com o ônus restante. São coisas que surgem na administração pública toda
hora”.
Iris Rezende afirmou que, de acordo com os dados levantados, o lençol freático está a 13
metros da superfície. “Qualquer outra informação é sensacionalismo”, reagiu. Ele considera
positivo o fato de a comunidade acompanhar a realização de obras da Prefeitura, mas que
dar tamanha dimensão a um problema que não existe “é extrapolar, é procurar confundir a
opinião pública”.
Transparência
Ao assegurar que há transparência nos atos da Prefeitura, Iris reafirmou que a obra da T-63
com a Avenida S-1, no Setor Bueno, não sofrerá atraso e será entregue à população no
prazo previsto. “Na construção do viaduto da Praça do Ratinho levantaram questões
semelhantes. No final, fomos aplaudidos pela opinião pública. A obra da T-63 é maior que
as intervenções executadas na Praça Latif Sebba. Lá se resolveu 50% do problema. Na T-63
com certeza vamos resolver 100%”.
O Popular
VIADUTO DA T-63
Para a promotora Marta Moriya Loyola, da área de Urbanismo, que está investigando a
denúncia de problemas com a drenagem da obra – composta por um viaduto, uma
trincheira e uma passagem de nível –, o PGA é “insuficiente e superficial”. “É surpreendente
que em uma obra desse tamanho as questões de drenagem e sondagem tenham sido
programadas sem um projeto. Se for só isso (PGA), é insuficiente e vamos tomar
providências. Estamos estudando o que pode ser feito, inclusive judicialmente”, prometeu a
promotora.
A licença ambiental foi feita com base no PGA e no Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV),
ambos realizados no mês de maio, poucos dias antes do início das obras. O presidente da
Amma, Clarismino Júnior, explicou que não havia necessidade de Estudo de Impacto
Ambiental/Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/Rima), pedido geralmente em obras
maiores. “Isso seria para hidrelétrica, rodovia, ferrovia. Para o viaduto, o PGA é suficiente”,
informou.
O prefeito Iris Rezende voltou a falar ontem sobre a obra da Praça do Chafariz. Ele disse
que “o problema havia sido detectado dias atrás”, antes de ser denunciado à Comissão
Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal que investiga irregularidades no
funcionamento de escolas particulares e obras de grande impacto. “Resolvemos a questão
sem muita delongas, de forma que a empresa faz a obrigação dela, o que está no contrato,
e a prefeitura arca com o ônus restante. São coisas que surgem na administração pública
toda hora”, disse o prefeito.
Diário da Manhã
Durante a reunião da CEI, que contou com a presença de cinco vereadores, foi definido que
será feito novo convite aos dois para que compareçam à Câmara para dar explicações sobre
o projeto de drenagem. A reunião deve acontecer na sala das comissões da Câmara na
segunda-feira, a partir das 9 horas. Até lá, o vereador Elias Vaz, membro da comissão,
planeja montar equipe técnica para acompanhar a obra. “Lamento o não comparecimento
dos dois. O que nos parece é que eles não tinham o projeto e queriam ganhar tempo para
elaborá-lo ou modificá-lo.”
O prefeito Iris Rezende voltou a declarar ontem que as obras do viaduto continuam a todo
vapor. “O que se fez é um projeto para escoar a água da chuva da praça, que tem uma
dimensão de 10 mil metros quadrados. Na execução das obras, descobriu-se que uma área
não possuía rede de esgoto pluvial, fizeram asfalto e essa água cai na praça. Então, nós
aumentamos a dimensão da tubulação do esgoto.”
04/06
O Popular
Iris diz que drenagem não atrasa obra de viaduto ‘nem um dia’
Prefeito diz que cronograma será mantido e descarta possibilidade de erro no
projeto do viaduto. Ministério Público e Câmara Municipal investigam problemas
Carla Borges
O prefeito Iris Rezende disse ontem que o problema da drenagem da água da chuva e do
lençol freático no Setor Bueno não vai atrasar “em nem um dia” o cronograma de
construção do complexo arquitetônico na Praça do Chafariz, no cruzamento das Avenidas
85, T-63 e S-1.
Em entrevista ontem de manhã, o prefeito descartou a possibilidade de falha de engenharia
no projeto da obra, que inclui um viaduto, uma trincheira e uma passagem de nível no
cruzamento, um dos mais movimentados da capital. “É uma coisa muito pequena para um
projeto dessa dimensão”, disse.
Iris Rezende garantiu que a Prefeitura está apenas redimensionando o projeto, para
“corrigir erros do passado”, quando da construção do Setor Bueno, que não foi dotado de
um eficiente sistema de drenagem das águas das chuvas.
“Depois de feita a concorrência, constatou-se que parte do setor (Bueno) não foi servida de
sistema de esgoto pluvial e a água da chuva corre pelas ruas”, disse o prefeito. “Em vez de
fazer uma galeria com dimensão menor, faremos uma maior. Em vez de jogar a água em
uma nascente, vamos jogar na outra, onde a tubulação é maior”, disse.
O prefeito estimou entre R$ 400 mil e R$ 500 mil o gasto que a Prefeitura de Goiânia deve
ter com a alteração no projeto. Ele lembrou que a empresa vencedora da concorrência, a
Delta Construções S.A., está obrigada pelo contrato a construir em torno de 600 a 700
metros de rede de esgoto pluvial (das chuvas). “A Prefeitura fará o excedente”, confirmou.
As obras devem ser feitas pelo complexo Departamento de Estradas de Rodagem do
Município/Companhia de Pavimentação de Goiânia (Dermu/Compav).
De acordo com o secretário de Obras, Alfredo Soubihe Neto, o projeto de drenagem está
sendo concluído. O presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Clarismino
Luiz Pereira Júnior, afirmou que se houver alteração no projeto, ele deve ser remetido
novamente à Amma, porque precisará de novo licenciamento ambiental. “O órgão ambiental
não abrirá mão de novas exigências e outros estudos, caso sejam necessários”, destacou.
Em nota oficial, a Amma falou que pode haver “até mesmo a revogação da licença, em caso
extremo”, mas ressaltou que toda a documentação apresentada está em conformidade com
os critérios técnicos necessários para a liberação do empreendimento.
O presidente do IAB em Goiás, Luiz Mendonça, reafirmou ontem que o desnível da Praça do
Chafariz é pequeno tanto em relação ao Córrego Vaca Brava como ao Areião. “Com a
profundidade projetada pela trincheira, na época da chuva, a água empoçada no Campo do
Goiás voltará toda para o leito da trincheira”, analisa. “O mais viável seria elevar um pouco
o fundo da trincheira e levar a água para o Córrego Areião”, sugere.
Diário da Manhã
Opinião
É lamentável ter que dizer, mas o prefeito deve parar, temporariamente, a obra da T-63
com Av. 85, convocar uma comissão técnica, idônea, composta por representantes das
Faculdades de Engenharia da UFG, UCG e de representantes do Crea, para analisar as
propostas de solução para a drenagem de águas fluviais e subterrâneas do local.
É embaraçoso para o prefeito? Sim, mas este será o menor preço a pagar pelo atrelamento
do cronograma de uma obra complexa ao calendário eleitoral sem esgotar antes os estudos
técnicos necessários.
O projeto original da obra tem a mesma concepção daquele realizado na Praça do Ratinho.
Um elevado no sentido da Avenida T-63 passa por cima da Av. 85, uma trincheira na Av. 85
passa por baixo da Av. T-63, e as plataformas de circulação lateral ligam as duas avenidas.
O problema está na trincheira da Av. 85 projetada para passar a sete metros abaixo do
nível da Av. T-63. Justamente naquele ponto o nível do lençol freático está em cinco metros
de profundidade. Alem disso, a Av. 85 e as ruas adjacentes, acima da T-63, têm uma rede
coletora de águas pluviais insuficiente. Isto quer dizer que será necessário drenar tanto as
águas da chuva quanto as águas do lençol subterrâneo que escoaria para dentro da
trincheira. Para retirar esta água será preciso construir uma rede numa profundidade de
nove metros, ou construir no local um “piscinão” e bombeá-la até a rede coletora mais
próxima. Outra alternativa seria reduzir a profundidade da trincheira e aumentar a altura do
viaduto, o que diminuiria problema, mas não evitaria a necessidade da drenagem.
Um “tocador de obras eleitoreiras” é capaz de usar o seu poder político para desconsiderar
as exigências de estudos técnicos, de impactos ambiental e de vizinhança como fez o
prefeito na obra da T-63. Mas o que ele não pode é revogar as leis da física para satisfazer
seus desejos e, muito menos, manipular a opinião pública dizendo que não há problema
nenhum.
Agora que, em tempo de seca, entrou água no viaduto, o prefeito deve descer do pedestal
da prepotência e do eleitoralismo vulgar, calçar as sandálias da humildade e chamar a
comunidade científica para legitimar uma solução técnica e financeiramente viável, para a
continuidade da obra.
Se, no pior dos mundos, esta solução for inviabilizada por fatores físicos, custos elevados,
ou riscos de acidentes, restará ao prefeito o dilema de Sofia: reestruturar todo projeto ou
abandoná-lo.Recorte Imprensa - Google Docs
Seja qual for a situação que se apresentar será melhor para a cidade enfrentá-la com
transparência, com bom senso e com dignidade.
Editorial
Viaduto necessário
O viaduto da T-63 é uma obra importante para Goiânia por diversos motivos. O primeiro
deles refere-se ao futuro preocupante do trânsito na Capital. Em breve, três ou quatro anos,
será quase impossível cruzar os bairros Bueno, Serrinha, Bela Vista e Setor Pedro Ludovico.
É um fato já denunciado por engenheiros de trânsito que conhecem a região – cruzamento
de vários bairros e ponto estratégico de negócios que prometem atrair o desenvolvimento.
“Ao invés de fazer uma galeria com dimensão menor, vamos fazer uma galeria com uma
dimensão maior. Ao invés de jogar em uma nascente (Areião), vamos jogar em outra, onde
a tubulação é maior (Vaca Brava). Bem, a empresa é obrigada a construir, pelo contrato,
em torno de 600 ou 700 metros de esgosto pluvial. A rede vai ficar um pouco maior. Esse
excesso, a prefeitura vai fazer por conta própria. Não tem problema nenhum”, disse o
prefeito. “Não tem nada de preocupação. O lençol freático está a 10 metros de
profundidade”, completou Iris. A Secretaria de Obras estima que o valor gasto para a obra
“complementar” deve ficar em torno de R$ 400 mil.
O secretário municipal de Obras, Alfredo Neto, disse ao Diário da Manhã que o que foi dito
pelo prefeito Iris Rezende é o que será feito. Acrescentou apenas que será construída uma
galeria de aproximadamente 1,2 mil metros para captar a água das chuvas da região e
levar até uma rede de água pluvial que já existe na proximidade do Lago Vaca Brava. “A
água não será direcionada para o lago e, sim, passará por essa rede próxima ao lago e
depois seguirá para o Córrego Vaca Brava”, acrescentou Alfredo.
A Saneago informou também que fará um desvio da adutora de água tratada que existe no
local, para permitir o início das escavações da trincheira. Se o desvio tivesse que ser feito
pela Delta, haveria necessidade de aditivos ao projeto original, gerando mais despesas para
a Prefeitura de Goiânia. De acordo com Cláudio Abreu, por lei, os aditivos não podem atingir
valor superior a 25% do orçamento total da obra, estipulado em licitação, ou seja o teto é
de R$ 4,5 milhões.
Diante da denúncia recebida pela CEI das Escolas, apontando irregularidades na obra do
viaduto da Praça do Chafariz, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou que seja
apresentado o projeto de drenagem da água, documento sob a responsabilidade da
empresa Delta Construções S.A. Por outro lado, o Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia de Goiás (Crea-GO) vai aguardar até que seja formalizada
denúncia de danos, para então pedir a investigação da obra.
Na tarde de ontem, a promotora que acompanha o caso, Marta Moria Loyola, substituta da
8ª Promotoria de Justiça, disse que tem em mãos documentos apresentados pela empresa,
quando da aprovação da obra do viaduto. Entre eles, estão o Plano de Gestão Ambiental
(PGA), o Estudo de Embargo de Vizinhança, preparado pela empresa, e a Licença
Ambiental. Agora, técnicos do MP serão designados pela promotora para conduzir perícia no
local, dada a relevância do tema. “Vamos investigar se há irregularidades, tendo em vista o
que já foi apontado.”
O presidente do Crea-GO, Francisco Antônio Silva de Almeida, diz que, diante do órgão, a
obra está “regular”. Salienta ainda que cabe à Delta, por meio do engenheiro responsável
pela obra, resolver quaisquer problemas apresentados. “Tenho certeza que os profissionais
da empresa têm competência para resolver essa questão.” Almeida evitou apontar
irregularidades, já que, segundo ele, desconhece a realidade da obra. Mas afirmou ter
conhecimento do projeto de drenagem, tanto que a empresa apresentou a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) junto ao órgão. “O projeto de drenagem existe, agora
vamos aguardar as definições técnicas, antes de tomar qualquer medida.”
O Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) sugere que seja elevada a trincheira da Avenida
85, que ficaria com apenas 5 metros. Mesmo assim, deveria ser feito o rebaixamento do
lençol freático, que teria as águas bombeadas por 600 metros até o Córrego Areião. “Com
isso, poderia ser feita a trincheira”, diz o presidente do órgão, Luiz Antônio Mendonça. Outra
opção apresentada pelo IAB seria a eliminação por completo do elevado, principalmente
devido à poluição visual, levando em conta o traçado urbanístico.
Rádio 730
... "quando começa com o projeto, já a execução, a licitação feita, julgada, o contrato
assinado, descobre-se que uma área grande ali pra cima não foi dotada de esgoto pluvial
pelas administrações anteriores que fizeram asfalto sem esgoto pluvial ... o que é que nós
fizemos? simplesmente mudamos a dimensão da tubulação do esgoto pluvial, que era uma
para 10 mil metros quadrados e aumentamos para, quem sabe, 80 mil metros quadrados
"...
Resposta: "não, isso são coisas que surgem na administração pública a toda hora"...... "o
lençol freático está a 10 metros abaixo " ... "é minha obrigação esclarecer tudo ao povo"...
"vamos entregar na época certa"
03/06
Carla Borges
Problemas com a drenagem da água das chuvas e o lençol freático superficial, que pode
aflorar com as escavações para a construção da trincheira na Praça do Chafariz, no
cruzamento das Avenidas 85 e T-63, no Setor Bueno, em Goiânia, podem comprometer o
cronograma de execução da obra, fixado inicialmente em cinco meses, encarecer o projeto,
orçado em R$ 18 milhões, ou até inviabilizar sua construção da forma planejada. A questão
foi levantada em uma denúncia recebida pela Câmara Municipal, à qual O POPULAR teve
acesso. Os riscos são confirmados por especialistas ouvidos pela reportagem.
O relatório que embasou a denúncia – cujo denunciante foi mantido no anonimato pelos
vereadores da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades no
funcionamento de escolas particulares e empreendimentos de grande impacto – mostra que
a região já tem sérios problemas de drenagem e aponta a inviabilidade de escoamento
desse grande volume de água para o Córrego Areião, em um ponto próximo à sede da
Polícia Federal, e também para o Vaca Brava, porque ele está saturado com o volume já
recebido.
O secretário municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, confirmou ontem ao POPULAR que o
projeto inicial previa o escoamento da água para o Córrego Areião e informou que o novo
projeto de drenagem está sendo finalizado por técnicos da Secretaria.
De qualquer forma, adiantou, está definido que a água será drenada para o Córrego Vaca
Brava. “Não tem problema nenhum com o projeto. Ocorre que a Prefeitura decidiu consertar
o problema de drenagem do Setor Bueno, que foi herdado de outras administrações, por
isso, vamos levar as águas pluviais para o Vaca Brava”, ressaltou o secretário de Obras.
“Vamos captar toda a água da chuva que cai na área do viaduto e naquela região e, em vez
de deixá-la correr na rua, a levaremos para o lago do Vaca Brava e de lá ela vai embora,
pelo córrego”, disse Alfredo Soubihe Neto. Sobre o argumento do denunciante de que o
Vaca Brava também não suportaria toda essa água, Alfredo Neto foi categórico. “Quem
entende disso é a Secretaria de Obras e nós vamos jogar a água lá (Vaca Brava)”, afirmou.
Inviável
Presidente da seccional goiana do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Luiz Mendonça,
considera inviável a drenagem das águas pluviais e do lençol freático da Praça do Chafariz
para o Córrego Vaca Brava e diz que a Prefeitura foi alertada várias vezes pelo próprio IAB e
por outras instituições sobre esse e outros problemas do projeto. “O relatório apresentado à
Câmara Municipal procede, e muito”, disse Mendonça, ao tomar conhecimento da peça pela
reportagem.
Mendonça alerta para as condições topográficas da região e pondera que não há desnível
suficiente para levar a água do viaduto até o Vaca Brava. “Seria necessária uma inclinação
de 24 metros que, somando-se aos 3 metros da própria trincheira, chegaria a 27 metros, o
equivalente a um prédio de 9 andares”, alerta. A solução, aponta, seria escavar menos e
levantar um pouco a Avenida T-63, deixando de lado o viaduto.
Trindade vê erro de planejamento no início de uma intervenção desse porte sem estudos
detalhados. “É um absurdo considerar que a abertura de uma trincheira poderia ter suas
águas conduzidas naturalmente por gravidade, como corre hoje pelo leito das vias, em
direção aos córregos”. O professor acrescenta que “os riscos são reais e que o projeto da
galeria deve ser bem conduzido”.
O secretário Alfredo Neto classifica a hipótese de risco aos prédios como “bobagem política”
e garante que o projeto original, que inclui um viaduto, uma trincheira e uma passagem de
nível, será mantido e que o cronograma não será afetado, mesmo tendo de fazer
escavações para construir a rede de água pluvial. Sobre a possibilidade de encarecer a obra,
ele diz que tudo será executado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Município/
Companhia de Pavimentação de Goiânia.
Procurado pela reportagem, o diretor regional da Delta Construções SA, do Rio de Janeiro,
empresa que venceu a licitação, Cláudio Abreu, negou que haja qualquer problema com a
obra. “A obra está dentro das conformidades técnicas e o cronograma está adiantado”,
contou. Já estão prontas as fundações da parte oeste do viaduto. São quatro pilares de
concreto com 17 metros de profundidade.
No mês passado, depois da assinatura da ordem de serviço para o início da obra do viaduto
e da trincheira, representantes de 19 dessas entidades recorreram ao Ministério Público
estadual para tentar evitar que ela fosse iniciada sem essa discussão e sem a apresentação
de estudos transparentes de impacto ambiental. A iniciativa não teve efeito prático.
A denúncia de problemas com a drenagem, corroborada pelo Instituto dos Arquitetos do
Brasil e um professor da Universidade Católica de Goiás, se comprovada, pode revelar que
no afã de fazer uma obra considerada necessária por cidadãos e técnicos para melhorar o
trânsito, as etapas do planejamento e da discussão podem ter sido atropeladas. As
conseqüências podem ser graves.
Diário da Manhã
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Escolas recebeu ontem denúncia feita por um
técnico da prefeitura, que não quis se identificar, referente à falta de condições de
viabilidade das obras da trincheira da Avenida 85, sob o viaduto que está sendo construído
na T-63. O problema seria a falta de estudo “viável” sobre a drenagem de águas pluviais e
do lençol freático, que teria aparecido a apenas cinco metros da superfície, após as
primeiras escavações. A obra exige perfuração de sete metros, e a construção de uma
galeria deveria ocorrer a nove mestros.
O denunciante garantiu que o escoamento para o Córrego Areião estaria descartado pelo
Dermu, devido ao fato da galeria existente no local não suportar toda a vazão. Uma
segunda opção seria drenagem para o Córrego Vaca Brava, também inviável. O secretário
municipal de obras, Alfredo Neto, admitiu ontem ao DM que o projeto de drenagem da
região realmente não está finalizado.
“A distância aproximada (entre o lençol e o Vaca Brava) é de 1,2 mil mestros. Mas a
profundidade desta galeria (a ser construída) tem que ser de nove metros por 700 metros
lineares. Para se fazer uma galeria desse porte, é necesário um espaço de 20 metros de
largura, que não há no local”, aponta o texto da denúncia.
Alfredo Neto informou ainda que a não conclusão do projeto não interfere na execução da
obra e confirmou que a prefeitura terá que pagar um valor extra para aumentar a captação
de água da região. Os vereadores Elias Vaz e Maurício Beraldo, que receberam a denúncia,
resolveram pedir esclarecimentos aos órgãos envolvidos na construção. Segundo Elias Vaz,
a denúncia partiu de uma pessoa “embasada” e que “entende” a viabilidade técnica da
construção do viaduto. “A partir dos relatos desse profissional, que é uma pessoa confiável,
vamos investigar e pedir informações dos órgãos responsáveis para conferir se realmente
há alguma irregularidade e se houve algum equívoco no projeto”, garante Elias.
Segundo o secretário de Obras, a drenagem inicial seria feita para o Parque Areião, mas
depois, quando verificado que aquela região já sofre com inundações em épocas de chuva,
foi feita uma alteração de planos e a drenagem será feita para o Vaca Brava. Alfredo
garantiu que, por esse “complemento”, o projeto ainda não foi finalizado. “Essa mudança de
destino da drenagem não muda nada na obra do viaduto. A drenagem é uma das últimas
etapas a serem feitas. A obra está indo muito bem, mas agora, depois dessa confusão que
foi gerada, vou finalizar o projeto o mais rápido possível”, completa o secretário.
De acordo com o engenheiro ambiental Leandro Gomes, ouvido pelo DM para avaliar o
problema, a melhor opção nesse caso seria não construir a trincheira e, com isso, não
escavar na região. “É preciso verificar essas possibilidades levantadas, mas, a princípio, o
que parece é que realmente o projeto precisará ser alterado. Creio também que mudar as
intervenções ficará mais barato do que direcionar toda a drenagem para o Vaca Brava.
Elias Vaz garante que a denúncia precisa ser esclarecida. “O requerimento para o pedido de
informações foi aprovado por unanimidade na Comissão. Hoje mesmo, esperamos o
recebimento, por escrito, dos esclarecimentos de todos os órgãos envolvidos. Caso nada se
resolva, podemos convocar os responsáveis para comparecimento na CEI”, finaliza Elias.
A assessoria do prefeito Iris Rezende disse que ele foi informado, ontem à tarde, pelo
próprio secretário de Obras do município, das denúncias. Iris estaria tranqüilo em relação a
qualquer necessidade de alteração. O prefeito já teria sido informado também sobre os
gastos extras para o desvio de captação. “Não é um valor muito alto, estamos fazendo um
estudo e logo informaremos a quantia exata, que deve vir do Dermu/Compav”, disse Alfredo
Neto.
Procurada pela reportagem do DM, a Companhia Municipal de Obras (Comob) disse que só a
Secretaria Municipal de Obras poderia falar sobre o assunto. O Dermu/Compav também
informou o mesmo. A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) alegou que a denúncia
feita pelo técnico refere-se a questões de execução da obra, como tubulação e escoamento,
o que não compete ao órgão. A Amma garantiu ainda que todos os estudos feitos para a
implantação do viaduto e solicitados foram analisados e autorizados pela Agência.
A empresa Delta Construções S.A., responsável pela execução da obra do viaduto, disse que
as escavações da trincheira só não começaram porque empresas como Saneago, Celg e as
telefonias que têm redes, cabos ou qualquer interferência no local estão retirando e
desviando essa fiação para outros locais. “A princípio, a obra segue normalmente”, afirmou
Cláudio Abreu, diretor regional da Delta.
01/06
O Popular - Especial
Almiro Marcos
O trânsito de Goiânia não admite mais uma solução que resolva todos os problemas
definitivamente e de uma só vez. Em outras palavras, por mais alarmista que possa
parecer, não é mais possível ter uma cidade ideal para o convívio pacífico entre homens e
máquinas. Essa é a opinião de especialistas em trânsito e transporte.
De qualquer maneira, avaliam que é necessário que o poder público tome decisões que
tragam melhorarias para o trânsito, considerado o sistema circulatório desse organismo que
é a cidade. A idéia é adotar providências urgentes para que Goiânia não se torne, em breve,
uma São Paulo em proporções menores.
Só que esse planejamento vai muito além de obras de infra-estrutura como viadutos e
trincheiras. Estas são consideradas complementares. Antes disso, eles pensam que é
preciso investir em educação. No entanto, essa ação precisa se tornar uma constante e não
só ser adotada durante a Semana Nacional de Trânsito.
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Descontrole no aumento da frota
Entre 1991 e 2007 a população da capital cresceu 34,9%. Enquanto isso, no mesmo
período, a frota de veículos cresceu 239,6%. Isso levou Goiânia a se tornar a cidade com
maior índice de motorização do Brasil, com média de 1,5 veículo por habitante. E as
projeções indicam que a situação pode tornar-se ainda pior.
O número considerado ideal pelos especialistas de trânsito é de um fiscal para cada grupo
de mil veículos. Em Goiânia, um agente de rua é responsável por fiscalizar mais de 5,9 mil
automóveis.
Com automóveis demais e fiscais de menos, os problemas são inevitáveis. Assim, qualquer
colisão simples transforma alguns pontos da cidade em congestionamentos irritantes que
levam os motoristas às raias da loucura.
Isso sem contar desrespeitos comuns que ocorrem a todo segundo pela cidade afora. A SMT
simplesmente não consegue atender à demanda. “É preciso que a SMT tenha condições de
atuar com mais agilidade. Hoje, o órgão não está à altura do trânsito de Goiânia. Ela não
tem estrutura, organização nem dinheiro suficientes para encarar o trânsito com a
seriedade que ele necessita”, avalia um especialista.
Coronel Sanches lembra que a tecnologia é essencial para o controle do tráfego. Ele revela
que, hoje, Goiânia já dispõe de uma central de semáforos que indica quais cruzamentos
estão com problemas de funcionamento. “Mas não temos ainda como saber onde está mais
congestionado. Para isso serão investidos R$ 900 mil ainda neste ano”, salienta o titular da
SMT.
Ele admite que a estrutura do órgão ainda não é suficiente para administrar todos os pontos
do trânsito de Goiânia. “Precisamos de mais agentes de fiscalização e controle de tráfego
nas ruas”, reconhece. Para uma melhoria do controle eletrônico do tráfego, o coronel revela
que são necessários recursos. “E isso não é coisa que se resolve tão fácil”, acrescenta.
Educação
Apesar de especialistas ouvidos pelo POPULAR destacarem a educação como a parte mais
importante no tripé que forma com fiscalização e engenharia de trânsito, coronel Sanches
não pensa assim. “A educação nem é o primeiro fator. Todo mundo sabe qual é a sua
obrigação e o seu direito. É preciso que cada um respeite o outro. Temos de trabalhar é nas
soluções viárias”, justifica o superintendente.
As projeções para o futuro não são nem um pouco favoráveis. Dados do Plano Diretor de
Transporte Coletivo, elaborado no ano passado pela Companhia Metropolitana de
Transportes Coletivos (CMTC), indicam que a tendência é que, mantida a atual situação, o
índice de transporte individual aumente com o passar dos anos na região metropolitana de
Goiânia.
Em 2005, o modo coletivo era responsável por 41,1% das viagens. A tendência projetada
para 2020 é que o índice caia para 37,1% da população preferindo o transporte coletivo ao
individual.
“Há uma tendência clara de agravamento. Assim, fica claro que não é possível imaginar
uma boa solução para o trânsito que não passe pela priorização do transporte coletivo”,
avalia Arlindo Fernandes, engenheiro especialista em trânsito.
Outros seis especialistas ouvidos pelo POPULAR, com atuação em Goiânia e outras capitais,
também concordam. “Sabemos que é complicado fazer o cidadão deixar a comodidade do
carro particular, mas a equação é simples: um ônibus transporta, em Goiânia, mais do que
70 veículos particulares levam”, argumenta Antônio Alberto Basílio, engenheiro
especializado em planejamento de transporte.
Análise
Um tripé capengando
“A educação nem é o primeiro fator.” Ao ouvir essa frase vinda da principal autoridade de
trânsito de Goiânia imaginei que estivesse enganado. Pensei que o coronel Sanches, falando
pelo telefone, estivesse confuso por estar no meio de um congestionamento na capital
paulista, na última quinta-feira. Mas quando ele emendou que o mais importante é investir
em soluções viárias, tive certeza que não tinha entendido mal.
Eu não entendi mal, mas ao comparar com o que haviam dito todos os especialistas em
trânsito e urbanismo, percebi que havia algo errado na história. Afinal, todos eles tinham
colocado a educação para o trânsito em primeiro lugar no tripé formado pela soma com a
fiscalização e a engenharia de tráfego.
A explicação é simples. Não adianta investir em obras de grande impacto para garantir a
fluidez do trânsito se os condutores não forem orientados a fazer a coisa certa. É claro que
cabe a cada um a educação pessoal, mas o poder público tem sim o papel de educador.
Sem educação, os motoristas vão continuar avançando sinais fechados, falando ao celular
enquanto dirigem, fazendo conversões em locais proibidos e desrespeitando faixas de
pedestres. Mas para estes existe a fiscalização, certo? Errado. Não é demais lembrar que
Goiânia conta com 134 agentes municipais fiscalizando e controlando o trânsito pelas ruas
da cidade (isso não inclui os policiais militares). Conforme admitiu Sanches, os agentes são
insuficientes.
Isso quer dizer que, no tal tripé, apenas a engenharia vem merecendo atenção da
administração municipal. Por falta de estrutura, a fiscalização é insuficiente e, sabe-se lá
porquê, a educação não merece a atenção necessária. E sabe o que acontece com um tripé
no qual algum de seus pés é capenga? Cai. (AM)
31/05
Diário da Manhã
O prefeito Iris Rezende realizou ontem pela manhã sua primeira visita ao canteiro de obras
da T-63, onde está sendo construído o viaduto da Praça do Chafariz. Apesar de ter
permanecido no local por apenas 20 minutos, o prefeito demonstrou satisfação ao ver que o
trabalho está dentro do cronograma previsto de 150 dias. Iris foi acompanhado pelo
secretário de Obras, Alfredo Soubihe Neto, e pelos engenheiros da empresa Delta
Construções, responsável pela execução da obra. O secretário conversou sobre a construção
com o prefeito e explicou que foi colocado o primeiro dos seis blocos dos pilares que
sustentarão o viaduto. “Obras estão recentes, mas já observamos que o trabalho será
entregue dentro do prazo previsto”, diz Alfredo.
18/05
Diário da Manhã
Quando perguntado sobre como estava o trânsito nas primeiras horas do sábado, o coronel
Paulo Sanches, superintendente municipal de Trânsito, foi sucinto: “bagunçado”. Buzinas,
motoristas confusos, reclamando, virando onde é proibido e ainda os mais nervosinhos que
gritavam xingamentos enquanto passavam pelos bloqueios e desvios. Um tal de “não-sei-
se- vou-ou-se-fico” tomou conta de quem pretendia fazer conversões, mas tinha dúvidas
quanto às possibilidades de realizá-las. Esse foi o primeiro dia de transtornos causados em
função das obras do viaduto. A estimativa é que a construção gaste 150 dias. “Segunda-
feira o ‘bicho vai pegar. Mas é normal’”, garante. Diz que a primeira semana terá muitos
transtornos para quem trafegar pela região, mas que logo depois os últimos ajustes de
sinalização serão feitos para melhorar o trânsito no local.
As empresas HP e Rápido Araguaia estavam com oito profissionais, cada uma, nos desvios
para auxiliar os motoristas do transporte coletivo. Nas paradas nos semáforos, eles
aproveitavam para tirar as dúvidas, que ainda eram muitas. Quem precisou esperar por
ônibus ficou sem saber onde aguardar nas vias para onde foram desviadas as linhas. A
Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos ainda não havia instalado os pontos de
parada dos ônibus, mas afirmou que hoje o trabalho deve ser concluído. Profissionais da
CMTC também estavam na região no trabalho de orientação.
(18/05/2008)
Prioridade a pedestres
Os comerciantes tinham esperança de que fosse possível a permanência de uma pista para
passagem de veículos, em frente aos comércios ao redor da praça. A possibilidade já havia
sido descartada pelo superintendente da SMT, Paulo Sanches. Ele disse que mais duas
alterações no trânsito serão feitas. As ruas T-36 e S-2, que hoje tem sentido único,
passarão a ter sentido duplo e terão o estacionamento permitido em apenas um lado da via.
O Popular
Primeiro dia de alterações no sentido de ruas e de vias dos ônibus foi marcado
por confusões e pela falta de informação e sinalização
Carla Borges
O primeiro dia de mudanças no trânsito e no transporte coletivo por causa do fechamento da Praça
Simão Carneiro de Mendonça (Praça do Chafariz), na região sul da capital, foi marcado pela falta de
informações e de sinalização para motoristas e moradores e para os usuários das 11 linhas de
transporte coletivo que passam pelos locais atingidos. Às 6h30 a confusão já era visível, principalmente
para usuários do transporte, que não sabiam para onde as linhas tinham sido desviadas. Nenhum dos
pontos de ônibus improvisados nas Avenidas T-4, T-10, Edmundo Pinheiro e Couto Magalhães tinha
identificação.
A Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes (SMT) instalou cinco semáforos no local
atingido e duas ruas tiveram o sentido invertido (T-15 e T-13, que ganhou mão única). Até o fim da
manhã, os semáforos da T-13 não estavam funcionando e só havia agente de trânsito em um deles, no
cruzamento da T-13 com a T-4. Durante a manhã, a reportagem só localizou outro agente de trânsito no
cruzamento da T-63 com a T-4, orientando motoristas.
Moradores de prédios na T-4 e na Couto Magalhães foram surpreendidos com ônibus parando em
pontos improvisados nas portas de garagens. Na T-4, abaixo da T-13, os passageiros descem em um
local com calçada estreita, quebrada e tomada pelo mato. O POPULAR flagrou avanços de sinal
vermelho, como o do ônibus 1803, da Rápido Araguaia, às 7h44, no cruzamento da T-4 com a T-62.
O superintendente da SMT, coronel Paulo Afonso Sanches, informou, no final da manhã, que todos os
problemas haviam sido identificados, como detalhes de sinalização e a falta de respeito dos motoristas
nos locais onde passou a vigorar a proibição de estacionamento. “Verificamos alguns
congestionamentos na Alameda Couto Magalhães e na Rua T-64”, acrescentou. Esses problemas já
haviam sido antecipados pela própria SMT, que deve manter os técnicos e operários trabalhando no fim
de semana, até à noite, na intenção de corrigir falhas. “Segunda-feira será a prova de fogo”, disse.
A Praça do Chafariz foi fechada à zero hora de ontem com tapumes nas Avenidas 85, S-1 e T-63. De
manhã, operários começaram a remover piso e árvores. O chefe do Departamento Técnico da Diretoria
de Parques e Jardins, Ismael Bertoletti, informou que as 36 palmeiras imperiais do local serão
replantadas no Setor Pedro Ludovico, e 70 árvores, cortadas.
17/05
TV Brasil Central
12ªa hora
Matéria sobre o início das obras, com cobertura da reunião do dia anterior, com fala da
promotora dizendo que a documentação seria analisada e, caso houvesse alguma
irregularidade, a obra poderia ser embargada. Comentário do âncora Cléber Ferreira de que,
caso necessário, o embargo deveria ser feito antes do início das obras, para evitar maiores
transtornos. Fez referência às obras do aeroporto, paralisadas por suspeita de
irregularidades.
Tv Anhangüera
Matéria sobre o início das obras. Não fez referência à reunião no MP.
Hoje
Edição: 634 Data:17/05/2008
LADO POSITIVO
Presente à reunião, o presidente da Amma, Clarismino Júnior, disse que, conforme estudo
do órgão, na região onde será construído o viaduto está a maior concentração de monóxido
de carbono da cidade. Ressaltou ainda que a obra vai para resolver um ponto de estrangu-
lamento e que vai ser positiva no que diz respeito à questão ambiental.
Marta Moriya propôs a realização de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) preventivo, jun-
to às promotorias responsáveis, para que, futuramente, ocorram discussões antes do início
de obras que afetem a população.
DM
Marina Dutra
A partir das cinco horas da manhã de hoje, os 167 ônibus que transportam cerca de 86 mil
passageiros terão a rota alterada nas imediações da obra de construção do viaduto da T-63.
Desde ontem à tarde, agentes de fiscalização da Superintendência Municipal de Trânsito e
Transportes (SMT) estavam no local para orientar os motoristas que trafegavam próximo a
Praça do Chafariz. Segundo o secretário de obras da Prefeitura de Goiânia, Alfredo Sobihe, o
local será cercado com tapumes somente na próxima semana. “Primeiro, vamos analisar os
impactos de cada fechamento para não prejudicar a obra e os comerciantes.” Alfredo afirma
que neste final de semana os operários da construtora já começarão o trabalho na obra.
Durante duas semanas foram realizadas apenas perfurações através de tubos, de até 14
metros de profundidade, para conhecimento do solo. A SMT ficou encarregada de sinalizar
as ruas que foram alteradas e impedir que os veículos transitem no local.
A obra, prevista para terminar em cinco meses, já causa preocupações nos comerciantes
que estão instalados nas proximidades do cruzamento entre as avenidas 85, T-63 e S-1, na
Praça do Chafariz. Um proprietário, que preferiu não se identificar, informou que ontem pela
manhã foi realizada uma reunião entre comerciantes e autoridades para analisarem os
impactos da obra. “A maioria dos proprietários e funcionários estão desesperados. Não nos
avisaram oficialmente sobre a construção do viaduto e o prejuízo pode ser enorme.”
asfalto
A empresa Meta Serviços e Projetos Ltda., estabelecida no Setor Bela Vista, foi a ganhadora
da licitação proposta pela prefeitura para realização dos serviços de recuperação do asfalto
das ruas de 60 bairros centrais de Goiânia. Um grupo de 18 empresas adquiriu o edital para
participar da licitação.
Para executar os trabalhos de fresagem descontínua a frio nos bairros – trocar o asfalto
velho pelo novo –, a Meta Serviços apresentou o preço de R$ 1.131.843,52. A verba para a
execução da obra ainda está em discussão, mas deve ser liberado pelo Ministério das
Cidades, segundo fontes oficiais.
O prazo para conclusão deve durar aproximadamente três meses e será realizada por
etapas para não causar transtornos ao tráfego. Os serviços só deverão ser iniciados após a
publicação do resultado da licitação no Diário Oficial do Município, Estado e União e
publicação em jornais de grande circulação.
O Popular
Malu Longo
Cinco novos semáforos, duas ruas com sentido invertido e 11 linhas de ônibus operando em nova
planilha ocupando vias que tradicionalmente não são utilizadas pelas empresas de transporte coletivo.
Com este quadro, o motorista que a partir de hoje precisar passar pela região da Praça Simão Carneiro
de Mendonça (Praça do Chafariz), na Região Sul da capital, deve redobrar a atenção. Desde a zero hora
ruas e avenidas que dão acesso à confluência das avenidas 85, T-63 e S-1 foram interditadas pela
Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) para o início das obras do viaduto no local. Os ônibus
começaram a utilizar a nova rota às 5 horas.
A previsão da SMT é de que nos próximos dias o trânsito na região ficará muito complicado. “A primeira
semana estará péssimo porque as pessoas insistem em passar pelo local”, afirma o superintendente de
Trânsito de Goiânia, Paulo Sanches. Para que os problemas sejam menores nos próximos cinco meses,
tempo previsto da obra, 50 mil panfletos sobre as mudanças foram distribuídos.
As obras de adequação feitas esta semana em diversas vias já provocaram muito tumulto no trânsito dos
Setores Bueno, Marista, Bela Vista, Pedro Ludovico, Serrinha e Nova Suiça, com pequenos acidentes,
conversões proibidas e estacionamento em locais não permitidos. Entre as modificações estão a
instalação de cinco novos semáforos nos cruzamentos das Avenidas T-13 com a T-15, Rui Barbosa com
a T-15, T-13 com a Alameda Couto Magalhães, Couto Magalhães com a Rua T-64 e Alameda Cel.
Eugênio Jardim com a Rua 1.122.
As Avenidas T-13 e T-15 ganharam sentido único. A primeira, apenas no trecho que vai da T-15 à
Alameda Couto Magalhães, para facilitar a mobilidade de quem sai do Setor Nova Suíça em direção ao
Setor Pedro Ludovico. Já a T-15 ganhou sentido único em toda a sua extensão.
Pela sugestão do Departamento de Engenharia de Tráfego da SMT, o motorista que estiver no sentido
Norte-Sul e precisar pegar a Av. 85 para ir ao Centro deverá seguir pela Rua S-1, pegar a T-13 à direita
e entrar à esquerda na Alameda Couto Magalhães. Lá na frente, após a T-63, ele terá condições de
entrar na Av.85.
No sentido contrário, o ideal é subir pela Av. 85, entrar na T-11 até a Igreja Rosa Mística, fazer a volta na
quadra, entrar na T-4, cruzar a T-63 e virar à esquerda na T-13 para sair na Rua S-1.
Quem sair do Jardim América sentido Centro poderá fazer a conversão à esquerda na Av. T-4, descer
até a Av. T-10, para pegar a Av. 85. Em sentido Oeste-Leste, o condutor deverá pegar a Av. T-4, virar à
esquerda na T-13 e novamente à esquerda na Couto Magalhães para pegar a T-63.
A recomendação para quem estiver no sentido Leste –Oeste é utilizar a Alameda Couto Magalhães,
entrar na Rua Edmundo Pinheiro de Abreu, virar à direita na Eugênio Jardim e à esquerda na Rua 1.122,
onde foi implantado um semáforo. Depois de atravessar a Av. 85, o motorista pode virar na T-11, fazer a
volta de quadra na Igreja Rosa Mística e pegar a Av. T-4 até a T-63.
O que deverá complicar ainda mais o trânsito numa região repleta de prédios de apartamentos, de
empresas comerciais e de escolas é a presença de veículos do transporte coletivo em vias como T-4,
T-13, T-10, T-64, T-55, entre outras. São 167 ônibus que transportam, em média, 86 mil passageiros por
dia, em nova rota por 150 dias (veja quadro). Para garantir o controle do tráfego a SMT vai aumentar o
efetivo de agentes de trânsito nos próximos dias.
Waldineia Ladislau
A reunião de ontem na sede do Ministério Público de Goiás (MPE) para tratar do novo viaduto causou
apenas mais frustração ao seu final, já que a promotora de justiça Marta Moriya Loyola deixou claro que
nada poderia ser feito em relação ao início das obras.
Marcus Fidelis, estudante de Direito que acompanha o caso desde que a Prefeitura anunciou a obra,
salientou que o cidadão se sente cada dia mais impotente em relação ao poder público. Os argumentos
do presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil em Goiás, Luiz Mendonça, do professor Dirceu
Trindade, presidente do Instituto Atílio Corrêa Lima, e de Fernanda Mendonça, do Grupo de Estudos
Trânsito e Transporte do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-GO), de
nada valeram.
Necessidade
O presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), o advogado Clarismino Júnior, salientou
que o viaduto no cruzamento da T-63 com a Avenida 85 é necessário, tendo em vista que é um dos
pontos mais críticos na cidade em termos de liberação de monóxido de carbono, pois os veículos, no
trecho andam mais na 1ª e 2ª marchas, devido o congestionamento.
Clarismino Júnior disse ainda que cada obra pode ter um órgão responsável. O viaduto Latif Sebba, por
exemplo, foi executado pela Superintendência Municipal de Trânsito, já o da T-63 está à cargo da
Secretaria Municipal de Obras.
A necessidade foi contestada pelos arquitetos e engenheiros que participaram da reunião, mas não se
chegou a nenhum consenso. Até mesmo a vereadora Marina Sant’Anna atribui a escolha a uma decisão
política, e não técnica. Para ela, os argumentos técnicos foram criados apenas para tentar justificar o
que já havia sido decidido politicamente.
Governabilidade
Ao requererem maior participação da sociedade nas decisões que dizem respeito à cidade, a solução
apresentada pela representante do MPE foi no sentido de que, representantes da sociedade civil,
técnicos da área urbanística e representantes da Prefeitura sentem juntos para discutir série de
procedimentos que deverão ser adotados, em relação a outros empreendimentos de impacto ambiental
que sejam traçados pela administração.
16/05/08
TV Brasil Central
Matéria com fala da promotora dizendo que a documentação seria analisada e, caso
houvesse alguma irregularidade, a obra poderia ser embargada.
Tv Anhangüera
15/05/08
O Popular
ALTERAÇÕES
Mudanças no trânsito da capital
Malu Longo
A Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) realiza, a partir de hoje à tarde, alterações no trânsito
nas ruas e avenidas próximas ao Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira, no Bairro de Nova
Vila, onde será aberta, amanhã, a 63ª Exposição Agropecuária de Goiânia. A estimativa da SMT é de
que nos 15 dias de exposição o fluxo de veículos cresça em 50%. “Nosso objetivo é preservar
principalmente os moradores das imediações”, disse ontem o diretor de Fiscalização da SMT, Antônio
Lobo, ressaltando que o parque já não comporta exposições do gênero.
As mudanças praticamente serão as mesmas do ano passado. A Rua 260, em frente ao portal principal
da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), será fechada para servir de estacionamento.
Uma das mais movimentadas vias da região, a Avenida Engenheiro Fuad Rassi, ganha sentido único
entre a Rua 13-A e Avenida 1. O acesso da Marginal Botafogo à Rua 200, na Vila Nova, também será
interditado para quem vira à esquerda no sentido do parque agropecuário e fica proibido virar à esquerda
para quem trafega no sentido Avenida Araguaia-Rua 200.
A partir das 14 horas de hoje estará proibido estacionar na Rua 257 (atrás do parque),também de grande
movimento, que continua com sentido duplo entre a 5ª Avenida e Avenida 1. Para ter acesso ao parque,
a alternativa é a Rua 227.
A SMT vai bloquear todas as vias nas quais estiver impedido o tráfego de veículos. Segundo Antônio
Lobo, agentes de trânsito vão monitorar o trânsito durante as duas semanas de exposição agropecuária
para garantir o controle e a segurança de motoristas e pedestres.
Ônibus
A partir das 5 horas de sábado entra em operação a nova planilha elaborada pela Companhia
Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) para as 11 linhas que circulam pela Praça Simão
Carneiro de Mendonça (Praça do Chafariz), na confluência das Avenidas 85, T-63 e S-1. O local, onde
será construído um viaduto, será cercado de tapumes à meia-noite de amanhã, mesmo horário em que
serão interditadas vias para o tráfego de veículos.
Os 167 ônibus, que transportam em média 86 mil passageiros por dia, vão cumprir novo planejamento
nos próximos 150 dias, tempo previsto para a execução das obras do viaduto. Ontem, a SMT mantinha
equipes em vários pontos realizando intervenções para garantir maior fluidez de veículos. As mudanças
provocaram o aumento de infrações como estacionamento indevido e pequenas colisões.
As avenidas T-1, T-4, T-10, T-13, T-53 e T-55 vão receber o maior volume de ônibus que serão
desviados da Praça do Chafariz. Pelas mudanças que serão realizadas pela SMT, o motorista que
estiver no sentido Norte-Sul e precisar entrar na Av. 85 para ir ao centro ou outras regiões, deverá seguir
pela Rua S-1, entrar à direita na T-13, que passará a ter sentido único, seguir pela Av. Couto Magalhães,
atravessar a T-63 para pegar a Avenida 85. Em sentido contrário, o motorista poderá subir a Avenida 85,
entrar na T-11, fazer a volta de quadra na igreja Rosa Mística, descer a Avenida T-4, cruzar a T-63 e
virar na T-13 para sair na Rua S-1, à direita. Quem sair do Jardim América sentido Centro pela T-63
poderá fazer a conversão à esquerda na Avenida T-4, descer até a Avenida T-10 em direção a Av. 85.
No sentido Oeste-Leste, o condutor deverá pegar a Avenida T-4, virar à esquerda na T-13, novamente à
esquerda na AvenidaCouto Magalhães para pegar a T-63.
DM
15/05/2008)
A obra de construção do viaduto na Praça do Chafariz, no Setor Bueno, que será realizada
pela empresa Delta Construtora, vencedora da concorrência pública, e gerenciada pela
Secretaria Municipal de Obras (SMO), terá início na próxima semana, 19. De acordo com a
SMO, a colocação de tapumes e o fechamento de vias nas proximidades da praça serão
feitos a partir da meia-noite de sexta-feira, horário em que a Superintendência Municipal de
Trânsito (SMT) também interditará o tráfego de veículos. Faixas e cavaletes serão
instalados.
A partir das 5h da manhã de sábado entra em operação a nova planilha elaborada pela
Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) para as 11 linhas do sistema que
circulam na região. De acordo com a equipe técnica da CMTC, 167 ônibus que operam
nessas linhas cumprirão esse novo planejamento. “Por aquela região, passam 86 mil
passageiros por dia”, salientou Kennedy Machado, engenheiro da CMTC.
De acordo com a nova planilha, as linhas 008, 601, 602 e 603, que
seguiam direto na Avenida 85, a partir do dia 17, vão utilizar as Avenidas
Rui Barbosa, T-4 e T-10 até entrar novamente na 85, no sentido bairro–Centro. A volta será
feita pela Avenida 85, Rua T-55, Avenidas T-1, T-4 e Rui Barbosa.
Quem utiliza as linhas 015 (T. Pça A/ Flamboyant, via T. Isidória), 650 (Circular Sul, via
BR-153) e 651 (Circular Sul-Via Veiga Jardim) terá como novo itinerário a Avenida 4ª
Radial, Rua 1.037, Rua 1.036, Rua T-64, Avenidas T-15 e T-63. Como são circulares, fazem
os sentidos horário e anti-horário.
14/05/08
DM
De acordo com a nova planilha, as linhas 008, 601, 602 e 603, que seguiam direto na
Avenida 85, vão utilizar as avenidas Rui Barbosa, T-4 e T-10 até retornarem à 85 no sentido
bairro-centro. A linha 010, que anteriormente descia a Avenida 85 para posteriormente
utilizar a Mutirão, passará a usar a Avenida 4ª Radial, ruas 1.111, 1.112, avenidas T-4, T-1,
Rua T-53 até a Mutirão. O retorno será feito pela Avenida Mutirão, Rua T-55, avenidas T-1,
T-4, T-13, S-1 e Laudelino Gomes.
Já a linha 014 fará o desvio pela Avenida T-63 até a Couto Magalhães, Avenida Edmundo
Pinheiro, até chegar à Av. 85. O sentido centro-bairro obedecerá ao seguinte itinerário:
avenidas 85, Edmundo Pinheiro, Couto Magalhães e T-63.
As linhas 035 e 175 vão seguir pela Avenida T-63 até a T-4, passando pela T-10 até a
Avenida 85, para seguir normalmente para o Centro. As linhas 015, 650 e a 651 terão como
novo itinerário a Avenida 4ª Radial, Rua 1037, Rua 1036, Rua T-64, avenidas T-15 e T-63.
10/05/08
DM
(10/05/2008)
Pouco tempo depois de inaugurado, o viaduto da Praça do Ratinho já apresenta uma série
de rachaduras na estrutura das pistas laterais, grandes o suficiente para caber a mão de
uma pessoa. As falhas podem ser vistas na pista que dá acesso à Praça do Cruzeiro na base
da barreira de concreto que impede os carros de cair nas trincheiras.
O problema, segundo o engenheiro responsável pela obra, Raul Filho, não põe em risco a
estrutura do viaduto, nem a segurança dos motoristas. Ele foi ao local examinar a falha e
constatou que as rachaduras aconteceram em decorrência do assentamento do asfalto no
sentido vertical. Ele acrescenta ainda que as rachaduras não correm risco de aumentar.
09/05/2008
DM
Pouco tempo depois de inaugurado o viaduto da antiga Praça do Ratinho já apresenta uma
série de rachaduras na estrutura das pistas laterais, grandes o suficiente para caber a mão
de uma pessoa. As falhas podem ser vistas na pista que dá acesso à Praça do Cruzeiro na
base da barreira de concreto que impede os carros de cair nas trincheiras.
O problema, segundo o engenheiro responsável pela obra, Raul Filho, não põe em risco a
estrutura do viaduto, nem a segurança dos motoristas. Ele foi ao local examinar a falha e
constatou que as rachaduras aconteceram em decorrência do assentamento do asfalto no
sentido vertical. Ele acrescenta ainda que as rachaduras não correm risco de aumentar caso
nenhuma providência seja tomada. De qualquer forma, ele solicitará que o trecho seja
recomposto o mais breve possível. Não haverá necessidade de interditar a avenida.
O POPULAR
Obras do viaduto da Avenida T-63 não têm licença ambiental
08/05/08
A promotora de justiça Marta Moriya Loyola instaurou inquérito civil público para
averiguar a regularidade da obra para construção de viaduto na Praça do Chafariz,
no cruzamento das Avenidas 85 com a T-63.
Para instauração do inquérito, Marta Moriya levou em consideração a
representação apresentada à promotoria pelo Conselho Superior do Instituto de
Arquitetos do Brasil e outras entidades que argumentaram que a obra fere as
diretrizes do Plano Diretor de Goiânia, do Plano Plurianual e Leis de Diretrizes
Orçamentárias. Assim, a promotora requisitou ao Departamento de Estradas e
Rodagem do Município (Dermu/Compav) e à Agência Municipal de Meio Ambiente
(Amma) informações sobre a existência de licenciamento ambiental para a
construção e os estudos já realizados.
O Ministério Público expediu recomendação à prefeitura e ao Dermu/Compav para
que a construção não seja iniciada antes da expedição do licenciamento ambiental
pelo órgão competente, bem como antes de serem apresentados os estudos
exigidos no plano diretor. À Amma foi recomendada a adoção de providências
necessárias para que o Dermu não dê início às obras antes da expedição da
licença. Em relação à Amma, recomendou-se também que ela não conceda o
licenciamento para construção do viaduto antes da apresentação dos estudos
ambientais.
Quanto à informação de que a construção fere o Plano Plurianual e as leis de
diretrizes orçamentárias, a promotora esclarece que este assunto será tratado
pelas promotorias de defesa do patrimônio público, para onde foi encaminhada a
representação feita pelo Conselho de Arquitetos e demais entidades.
DM
A intenção é verificar se a Lei Complementar Nº 169 está sendo cumprida. Essa lei
determina que todas as obras na Capital que envolvam viadutos, passagens de nível,
parques, entre outros, tenham espaço reservado para ciclistas. “Temos que aproveitar que
as obras ainda não foram iniciadas para verificar se existe a ciclovia. Se não, precisaremos
solicitar mudanças, já que essa é uma determinação do Plano Diretor aprovado pela
Câmara”.
Beraldo reclama que muitas obras ainda são planejadas sem a inclusão da ciclovia: “Não
queremos paralisar obras que serão para a melhoria da vida na cidade, mas queremos que
o Plano Diretor seja respeitaseja respeitado.”
Hoje
O Popular
Você já saiu pela cidade no horário do almoço e, sem querer, foi parar no núcleo das escolas do Setor
Bueno? Já se viu envolvido no meio daquela confusão de carros e gente sem ter o que fazer a não ser
fazer o que uma certa ministra disse um dia destes?
De um lado os pais vão ter a justa explicação que precisam ir a estas regiões para levar e buscar os
filhos nas escolas. Nada mais certo do que dar conforto aos alunos que já se esforçam tanto na sua
busca pelo conhecimento.
Porém, nada dá direito aos pais para desrespeitarem as leis de trânsito, os demais motoristas e os
moradores vizinhos na hora de buscar os filhos nas escolas. “Ah! Mas eu não tenho alternativa, não
tenho onde parar”, pode ser a justificativa mais simples.
Pois então que os senhores pais reclamem às escolas que criem opções seguras e cômodas para que
os alunos possam entrar e sair. As escolas são obrigadas a fazer isso, afinal de contas recebem (e muito
bem!) para dar educação e conhecimento aos alunos. O pacote, no caso, deve conter também uma
escola com boa infra-estrutura (com estacionamento incluso, é claro).
Mas os pais e as escolas não são os únicos responsáveis. A maior responsável é a Prefeitura. Ela está
sendo, no mínimo, omissa por não fiscalizar o funcionamento das escolas sem autorização. A falta do
alvará indica que a escola não teve de fazer estudo de impacto de trânsito. E a cidade é que acaba
pagando um preço muito alto.
06/05/2008
O Popular
TRÂNSITO
A empresa de Pedro Henrique Borges, de 24 anos, vai ficar ilhada em plena Avenida 85. A loja de
acessórios e equipamentos para som automotivo fica em uma das oito quadras que serão isoladas para
a construção de um viaduto e de uma trincheira na Praça Simão Carneiro – a Praça do Chafariz –, no
cruzamento entre as Avenidas 85 e T-63. As obram começam no dia 15 e o trânsito muda
completamente na região no dia 17, sábado, como a Prefeitura anunciou ontem. “Vou fechar a loja
durante as obras, e levar um prejuízo de R$ 30 mil”, calcula.
O isolamento de oito quadras durante 150 dias, prazo previsto para a construção do viaduto, é um dos
impactos no trânsito e na vida comercial das imediações da T-63. Nove desvios foram programados pela
Superintendência Municipal de Trânsito (SMT), que começam a valer no fim da próxima semana (veja o
mapa). Cinco semáforos serão instalados nas novas rotas, dos quais quatro permanecerão após o fim
dos desvios. A Avenida T-13 terá sentido único, e quatro conversões à esquerda passarão a ser
permitidas durante os cinco meses de edificação do viaduto.
“Os traumas serão inevitáveis nesses 150 dias, mas vamos tentar minimizá-los”, ressalta o secretário
municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto. “Os comerciantes vão ter prejuízos, pois a orientação aos
goianienses é evitar ao máximo passar por aquela região”, reitera o superintendente de Trânsito, coronel
Paulo Sanches. A Prefeitura vai promover ainda outras intervenções para diminuir o fluxo de veículos na
T-63.
Paralelamente à construção do viaduto, a Praça Wilson Salles, conhecida como Praça da Nova Suíça,
será cortada ao meio, com recolocação dos semáforos. Da praça até o Córrego Cascavel, ao longo da
T-63, cinco rotatórias serão substituídas por semáforos. Rotatórias também serão retiradas dos
cruzamentos da Avenida C-233 com as Avenidas T-9 e T-10. Na T-9, em frente ao Clube Oásis, será
instalado um bueiro celular.
Diário da Manhã
ttp://www.dm.com.br/cidades/mudanca_no_bueno
Mudança no Bueno
A Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) divulgou na tarde de ontem mapa com os desvios
e alterações no trânsito da região do Setor Bueno, como conseqüência do início das obras
de construção do viaduto da Praça do Chafariz, marcado para ocorrer a partir do próximo
dia 18. No documento apresentado pelo órgão, constam também desvios nos bairros Setor
Marista e Bela Vista.
Entre as alterações previstas está a interdição de dois quarteirões antes e depois da praça
da T-63, além da retirada de pelo menos cinco rotatórias da avenida. A obra, que terá 250
metros de extensão, tem prazo de até cinco meses para ser concluída. Outra mudança será
o corte da Praça da Nova Suíça, que dará lugar à pista alterada. Comerciantes do local
começam a sentir o peso das mudanças. Tanto que o presidente da Associação Comercial e
Industrial do Estado de Goiás (Acieg), Pedro Bittar, disse que vai acompanhar todas as
etapas da construção do viaduto.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Pimenteira garantiu também que ainda não foi notificado pelo MP, sendo que, tão logo seja
informado, deve acionar a Justiça. "O município ainda não foi intimado e, caso o MP
proponha a ação, vamos fazer a defesa", assegura.
Já a promotora Marta Moria Loyola, que acompanha o caso, disse que foi instaurado
procedimento obrigando o município a apresentar os relatórios exigidos pela legislação
ambiental para as obras no local. Um dos documentos é o Estudo de Impacto Ambiental
(EIA-Rima). "Após a apresentação dos relatórios, a obra pode ser realizada", sentenciou
Marta.
05/05/2008
http://www.dm.com.br/cidades/
capital_dos_sinaleirosCapital dos sinaleiros
Transtornos
Para os motoristas, semáforos demais são sinônimo de problema. Atraso para chegar ao
local de destino resultante de mais de uma parada em poucos metros percorridos, falta de
segurança devido ao tempo de espera e gasto elevado de combustível, são os transtornos
mais citados por motoristas que criticam a quantidade excessiva de sinais.
Para o taxista Tieres Silvério da Silva, 60 anos, a Praça Cívica, no Setor Central, é o ponto
mais problemático. "Acho desnecessário o número elevado de sinaleiros no local. Em poucos
metros, as paradas são constantes". Em contrapartida, ele, que trabalha há oito anos nas
ruas de Goiânia, afirma que em outras vias onde não existem semáforos o risco de
acidentes aumenta. "Perto da Pecuária, seguindo a 5ª Avenida, eu evito passar devido à
falta de um sinaleiro. Já presenciei vários acidentes no local".
Geraldo Alves de Oliveira, 63 anos, motorista de ônibus desde 1985, também afirma que na
cidade há semáforos demais. Para ele, o entorno da Praça da Bíblia, no Setor Leste-
Universitário, é de tirar a paciência. "Para nós que precisamos cumprir um horário, as
freqüentes paradas refletem no nosso trabalho". Geraldo ressalta que o tempo de espera
aliado ao embarque e desembarque de usuários no transporte coletivo ultrapassam o tempo
determinado pela empresa e geram irritação.
Soluções
O engenheiro civil e doutor em engenharia de transporte Benjamin Jorge Rodrigues dos
Santos diz que deve haver um planejamento operacional do tráfego ajustado de acordo com
o fluxo de veículos. "Deve-se planejar de forma criteriosa a operação das vias antes de
instalarem semáforos". Segundo ele, um dos problemas em Goiânia são as vias simples que
possuem sentido duplo, mas que poderiam ser de sentido único para facilitar a circulação de
veículos.
O engenheiro aponta que a mudança na Praça do Ratinho, que recebeu uma trincheira, foi
um avanço para a melhoria do tráfego de veículos e pedestres. Segundo ele, os quatro
pilares que devem ser seguidos para a solução no trânsito são: punição, fiscalização,
engenharia de tráfego mais planejada e, em primeiro plano, a educação. "As autoridades
não possuem o contingente de pessoas necessárias para fiscalizar e educar os motoristas.
Se hoje não é possível controlar o trânsito, no futuro medidas restritivas serão tomadas".
Entre elas, Benjamin cita o rodízio de carros e o pedágio urbano.
Além dos quatro pilares, Benjamin também menciona a vistoria veicular dos carros que
circulam na cidade em más condições. "Cerca de 10% dos carros estão irregulares. Essa
situação oferece risco no trânsito". O engenheiro é adepto do metrô de superfície, mais
barato e viável que os metrôs subterrâneos. Segundo ele, a Capital já possui demanda
suficiente de passageiros para ser instalado um metrô.
http://www.dm.com.br/cidades/avenidas_ja_contam_com_onda_verde
(05/05/2008)
Segundo Frederico, desde 2005, a SMT realiza um trabalho intenso para acabar com os
semáforos eletromecânicos, aqueles que exigem que um técnico se desloque ao cruzamento
e faça a temporização de ultrapassagem de veículos e pedestres manualmente. Para os
especialistas, esse tipo de semáforo pode ser eficiente para um cruzamento às 7 horas, mas
ineficiente em outros períodos.
A capital já dispõe de 397 semáforos modernos que são temporizados pela central de
controle. Com esses softwares modernos é possível monitorar e realizar a manutenção de
cada cruzamento, assim como controlar o número de lâmpadas semafóricas queimadas, que
ocorrem principalmente em épocas de chuvas. "As lâmpadas queimadas geram confusão no
trânsito, mas o número tem diminuído nos últimos anos desde a implantação dessa central
de controle", afirma Frederico.
Quanto à sincronização semafórica ou mais conhecida como "onda verde", que permite que
um veículo percorra longas distâncias por meio de vários sinais verdes, sem precisar parar,
Frederico garante que nas principais avenidas da cidade, como a 85, T-9, T-7, T-4, 136,
T-63, Araguaia, Tocantins, Assis Chateaubriand, Anhangüera, Paranaíba, Goiás, 24 de
Outubro e outras, já existem o controle sincronizado. "Às vezes, o motorista tem a
impressão que nessas vias não existe sincronização, mas tudo depende do fluxo de veículos
que circulam no local". Ele explica que o excesso de veículos pode mudar a velocidade do
trajeto e submeter as pessoas a longas paradas.
Outro problema encontrado na "onda verde" é o ajuste sincronizado nas avenidas de mão
dupla. O engenheiro explica que na maioria das avenidas onde existe a sincronização
semafórica, o sentido mão dupla significa dar prioridade de sincronia para apenas uma via
em um determinado horário e vice-versa. "Na T-4, por exemplo, pela manhã a
sincronização acontece para os motoristas que descem a avenida sentido T-63. A noite é o
contrário".
Segundo Frederico, o tempo estimado para a SMT analisar e instalar um semáforo é de 180
dias. "Recebemos muitas solicitações que são submetidas a alguns requisitos". Entre as
especificações, em caso de acidentes em um cruzamento, a implantação de um semáforo é
viável, desde que haja um mínimo de cinco acidentes com vítimas por ano.
http://www.dm.com.br/cidades/190_sao_multados_todo_dia_por_avanco_de_sinal
05/05/2008)
O diretor técnico do Detran-GO, Horácio Santos, afirma que o avanço de sinal representa
uma preocupação constante às autoridades. "Essa infração se tornou recordista e é um risco
aos pedestres nas ruas". Segundo Horácio, o Detran-GO realiza ações educativas para
disciplinar os motoristas. Ele espera que, em breve, o projeto de educação no trânsito nas
escolas seja regulamentado.
O doutor Délio também acredita que falta nos motoristas uma auto-consciência ao dirigir
nas ruas. Os motoristas não se intimidam até mesmo com o valor salgado da multa por
avançar o sinal vermelho (R$ 191,54). "Reeducar as pessoas em relação ao trânsito é uma
tarefa árdua, pois cada um já adquiriu um hábito, e para mudar leva tempo, e em muitas
ocasiões se torna até mesmo impossível".
03.05.08
Hoje
Edição: 622 Data:03/05/2008
Everaldo explica que isso significa diminuir o transporte individual, por meio de pedágios,
rodízio de automóveis, por exemplo. "É preciso fortalecer os transportes coletivos, as
ciclovias. O último viaduto (inaugurado recentemente na Praça do Ratinho) tem uma placa
que proíbe o uso de bicicleta. Não podemos gastar para viabilizar o transporte individual."
O Popular
URBANISMO
Carla Borges
Representantes de 14 entidades representativas de engenheiros, arquitetos e urbanistas estão
questionando a construção de um viaduto e uma trincheira no cruzamento das Avenidas 85 e T-63, no
Setor Bueno, pela Prefeitura de Goiânia. Eles entraram com representação na terça-feira nos Ministérios
Públicos (MP) Federal e Estadual e na Procuradoria-Geral de Contas do Tribunal de Contas dos
Municípios apontando uma série de irregularidades na concorrência pública aberta pelo Município para a
construção de 14 viadutos no sistema viário, dos quais o da T-63 já está com a ordem de serviço
assinada e início das obras previsto para a próxima semana.
Entre as irregularidades apontadas estão a não-realização dos Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV)
e Ambiental (EIA), previstos pelo Estatuto da Cidade, o recém-aprovado Plano Diretor de Goiânia e a Lei
Orgânica da capital. O Relatório de Impacto Ambiental (Rima), que deveria ser elaborado a partir do EIA,
observam os urbanistas, deveria apontar a compatibilidade do projeto com outros programas e projetos
governamentais, alternativas tecnológicas e locacionais, previsão de qualidade ambiental futura em
decorrência das alterações feitas, recomendação da alternativa mais favorável e apresentação das
vantagens e desvantagens do projeto.
Outro questionamento é sobre a inexistência de Plano Diretor de Transporte integrado e compatível com
o Plano Diretor, nas cidades com mais de 500 mil habitantes, também prevista pelo Estatuto da Cidade
(Lei Federal 10.257). A interferência no tráfego viário com obras de grande impacto físico, financeiro e
político, diz o documento, deve estar prevista no Plano Diretor e no orçamento, além de ser levada para
discussão em audiências públicas, outra exigência do Estatuto. “A interferência em um local de conflito
de tráfego como aquele e a solução em andamento, de construir um viaduto e uma trincheira,
demonstram a visão estreita e pontual com que as questões urbanas são tratadas”, diz a representação.
Diretor do Instituto Atílio Correia Lima, professor da Universidade Católica de Goiás (UCG) e um dos
signatários do documento, o urbanista Dirceu Trindade se diz preocupado com decisões pontuais, sem
metodologia de planejamento. “Será um gasto público grande (R$ 18 milhões), sem respeito ao Plano
Diretor, e que não vai resolver o problema do trânsito”, diz. “Não existe comparação entre o transtorno do
trânsito em um cruzamento tumultuado e um terminal de ônibus”, pondera Everaldo Pastore,
coordenador da Oficina de Planejamento da UCG, que também assina o documento.
No MP estadual, a representação foi distribuída para a promotora Marta Morya, em substituição na
Promotoria de Urbanismo, mas ela ainda não se posicionou sobre o caso. No MP Federal, ela ainda não
foi distribuída. Procurado pela reportagem, o secretário municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, disse
que a Prefeitura só se posicionará sobre a representação das entidades depois que for notificada
oficialmente por uma das instâncias do MP acionadas pelos urbanistas.