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CAPÍTULO 3
COMUNICAÇÕES INTERIORES
3.1 - GENERALIDADES
O presente procedimento apresenta os principais aspectos envolvidos na utilização do
fonoclama a bordo dos navios da Esquadra, bem como lista os toques, sinais e mensagens
usualmente empregados neste circuito. Os procedimentos para os demais circuitos de
comunicações interiores estão previstos na Publicação CAAML-1222.
3.2 - O FONOCLAMA
O circuito de fonoclama destina-se à disseminação de sinais de alarme e ordens de rotina.
Também é utilizado para a disseminação de informações de caráter geral sem, no entanto,
saturar o circuito, o que poderá depreciar a importância das mensagens.
O fonoclama pode ainda, ser empregado como circuito alternativo para a disseminação de
ordens, em substituição a outros circuitos de comunicações interiores; ou mesmo para
comunicações exteriores, na transmissão de mensagens para embarcações próximas.
Eventualmente, para o bom andamento do serviço, pode ser empregado para chamadas
individuais; nesse caso, só deve ser empregado em casos de urgência e após esgotados os
demais recursos para a localização do pessoal. Os oficiais deverão ser chamados pela
função exercida e as praças, pelo número de bordo (exceto o Mestre do Navio, que é chamado
pela expressão “Sr. Mestre do Navio”).
3.3 - UTILIZAÇÃO
Os transmissores de fonoclama possuem, normalmente, chaves seletoras que permitem a
disseminação de mensagens para todo o navio ou apenas para setores específicos, como
conveses abertos, compartimentos de oficiais, praças de máquinas, etc. Essas chaves devem
ser utilizadas sempre que aplicável, a fim de evitar que sejam transmitidas, para um setor do
navio, mensagens que não sejam do interesse do pessoal que ali guarnece ou habita.
O fonoclama é operado, dependendo da classe de navio, através de unidades remotas em um
ou mais dos seguintes compartimentos: Portaló, Passadiço, Centro de Controle da Máquina
(CCM), Centro de Operações de Combate (COC), Central de CAv, Abrigo do Comando, entre
outros. Em regime de porto, somente a unidade remota situada nas proximidades do portaló é
utilizada, ficando a do passadiço apenas para os sinais referentes ao Cerimonial da Bandeira.
OSTENSIVO 3-1 REV.1
OSTENSIVO CAAML - 3002
Em regime de viagem, as mensagens relacionadas com as fainas e exercícios do navio são
transmitidas do Passadiço; as transmissões do portaló limitam-se àquelas ligadas ao
cumprimento da rotina; enquanto a unidade remota do CCM ou Central do CAv é empregada
para a transmissão das mensagens de emergência ligadas à Máquina e ao CAv. A unidade
remota do COC é utilizada para a disseminação de alarmes, alteração em Planos de CONSET
e informações sobre o andamento do combate, sob o controle do avaliador.
O uso do fonoclama é controlado, no porto, pelo Oficial de Serviço para a execução dos
toques de rotina, sinais horários (com o sino) e toques especiais; e, em viagem, pelo Oficial de
Quarto no passadiço.
Na presença de ameaça submarina ou de minas (em canal varrido), o fonoclama deve ter
sua utilização restringida, conforme o previsto na condição de navio silencioso adotada
nessas situações.
3.4 - PROCEDIMENTOS
Toda ordem ou informação transmitida pelo circuito de fonoclama deve ser precedida pelo
nome do navio.
Exemplo:
“Constituição” (pausa) “Sr. Comandante para bordo”.
Sempre que aplicável, são utilizados os toques previstos na Ordenança de Apitos, que
preterem as mensagens em linguagem clara.
Os toques transmitidos segundo a Ordenança de Apitos e os sinais de alarme não devem ser
interpretados, podendo, entretanto, ser complementados.
Exemplos:
“Jaceguai” (pausa) (toque de parada);
“União” (pausa) (toque de faxina) “exceto para quem fez o quarto de zero hora às quatro”.
As mensagens transmitidas por fonoclama devem ser claras, concisas e precisas. É
recomendável que os textos longos sejam previamente escritos, a fim de evitar erros ou
hesitações.
As mensagens de exercício são precedidas pela expressão “ISTO É UM EXERCÍCIO” e as
relacionadas a eventos reais NÃO UTILIZAM expressões “isto não é um exercício” ou
“real”.
Diariamente, os alarmes existentes associados ao sistema de fonoclama de bordo (geral,
químico, colisão) devem ser acionados para teste.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
a) BRASIL, CAAML – 1131 – Manual de Comunicações Interiores. Rio de Janeiro, 2003.