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30Abelhas

R. B. Singer 2004. Orquídeas brasileiras e abelhas. www.webbee.org.br 

O mel foi a primeira substância adoçante conhecida da Antiguidade segundo a Bíblia


era uma das duas dádivas da Terra da Promissão (a outra era o leite).

Apicultura é a criação de abelhas para produção de mel, esta prática vem de a muito
tempo desde a época dos egípcios, que documentaram essa prática pela primeira vez no
ano 2600 a.C, nas inscrições funerárias nas pirâmides. Hoje em dia nos apiários têm-se
uns aparatos bem modernos para coleta de mel. Antigamente era pouco rendosa, pois
era realizada em colônias fixas de barro, madeira ou palha, apresentando assim
dificuldades para a coleta do mel.

Pertencem a ordem dos Himenópteros. Existem abelhas de muitas espécies e nem todas
nem todas vivem em colônias. A maioria são abelhas solitárias, que constroem seu
ninho em árvores ocas ou embaixo da terra.

Já as abelhas sociais vivem juntas em grandes colônias de indivíduos e seus ninhos são
chamados colméias.
Seu corpo que raramente ultrapassa 3,75 cm de comprimento é constituído de três partes
: cabeça, tórax e abdômen. No tórax encontram-se dois pares de asas e três pares de
pernas. As fêmeas possuem um ovopositor na extremidade do abdômen, que é utilizado
para depositar os ovos e contém um ferrão para picar os inimigos predadores.

As abelhas produtoras de mel organizam-se em três classes principais: as operárias, que


providenciam a alimentação, a rainha que pões ovos e o zangão, que se acasala com a
rainha. Uma colônia de tamanho médio compreende uma rainha e cerca de cem zangões
e mais ou menos sessenta e cinco mil operárias.

Agora mostraremos algumas espécies de abelhas:

Abelha Mulata = Uruçu – Uruçu Mineiro

Esta é uma "abelha indígena sem ferrão"


por possuir o ferrão atrofiado. Logo, ela
é incapaz de ferroar. Assim como as
demais espécies de Meliponinae são
sociais, ou seja, vivem em colônias.

A uruçu é um inseto holometabólico, isto


é, a fêmea realiza postura de ovos que
dão origem as larvas, que são
morfológica e fisiologicamente
diferentes dos adultos. As larvas se
alimentam, crescem, sofrem um certo
número de mudas e se transforma em
pupa, forma esta que não se alimenta e
fica imóvel na célula de cria. Após algum
tempo, a pupa sofre muda,
transformando-se em uma abelha adulta.
Abelhão = Mamangaba

Esta abelha é um himenóptero da família dos


bombídeos, que representa as grandes abelhas
sociais. O abelhão inicia a colônia fazendo ninhos
no solo, no fundo de touceiras de capim. O fundo
é forrado com musgo e capim bem fino. Em cima
do capim, a futura rainha começa a estocar o
pólen. Depois constrói, com cera, dois potes. No
primeiro, põe os primeiros 12 ovos. O outro é a
dispensa, que ela enche de mel. Em três semanas,
o ovo se transforma em inseto adulto. A essa
altura, já foi construiu dezenas de potes iguais
aos primeiros e pôs entre 200 a 400 ovos.

A primeira geração dá origem às operárias da


colônia que não procriam e sua função é cuidar
dos ovos da próxima geração. Cada colônia de
mamangabas possui mais de 300 membros e tem
origem numa única fêmea. Na primavera as
larvas se alimentam de uma mistura de pólen e
néctar, que as rainhas e operárias servem através
de um buraco no teto do pote. Após o
acasalamento, todos os machos e algumas fêmeas
morrem, isso acontece no verão. Durante o
outono e o inverno, após todo o trabalho feito, o
abelhão pára e fica até nove meses dormindo.

Abelha Africana = Apis melífera adamson lactar.

Habitam da África do sul até o sul do


Saara. São abelhas muito agressivas,
polinizadoras, enxameadoras e
migratórias, entretanto são
propolizadoras, produtivas nas
linhagens selecionadas, madrugadeiras
e trabalham até mais tarde.

Seu porte é pequeno e constroem


células menores, os zangões são
amarelados assim como as operárias.

Foi introduzida no Brasil na região de


Rio Claro-SP em 1956 para pesquisas
científicas que acabaram escapando do
cativeiro, no cruzamento com as raças
aqui existentes, produziu um híbrido
que passou a ser chamado de abelha
africanizada.
Bastante produtivo e ao mesmo tempo
muito agressivo, se alastrou
rapidamente por todo o continente.
Sem meios de exterminá-los os
apicultores se uniram em associações
com o objetivo de utilizá-lo como
produtor de mel. Portanto, com o
desenvolvimento de novas técnicas e a
utilização de medidas de segurança, foi
possível obter uma boa produção de
mel havendo um desenvolvimento
acentuado na apicultura em nosso País.

Abelha Caucasiana = Apis melífera remipes pall

É originária da região central da


Rússia. Possuem anéis cinzas
acentuados, são pouco enxameadeiras e
boas propolizadoras. Não são muito
difundidas no Brasil.

Abelha Italiana = Apis melífera lingustica Spin

Conhecida como abelha italiana é a raça mais criada no mundo. É do mesmo tamanho
que a abelha preta e possui o corpo coberto de pelos amarelos compridos, mais
acentuados nos três primeiros anéis abdominais. No zangão, a coloração é mais
pronunciada e uniforme em todo o corpo. São mansas e pouco enxameadeiras. A rainha
é de fácil localização, o que facilita o manejo por parte o apicultor. Produzem opérculos
de cor clara e se reproduzem bem.

Abelha Mirim
Melípona mínima, de porte pequeno
Dentre os meliponídeos, a abelha
mirim-preguiça (Friesella schrottkyi)
nidifica em ocos pequenos onde quer
que os encontre. É comum em moirões
de cerca, paredão de pedra, dentro de
postes, em conduítes de luz etc. Seu
nome popular está relacionado ao fato
de essas abelhas só saírem do ninho
nas horas mais quentes do dia e,
portanto, sempre trabalharem em
períodos mais restritos, limitados pela
temperatura. Essa abelha muito mansa
é o menor meliponídeo da área. É
facilmente reconhecida pela cor cinza-
opaca devido à pilosidade do corpo.
Tem vôo característico antes de pousar
na flor, uma espécie de dança em
zigue-zague.

Referência Bibliográfica

Nogueira-Neto, P. 1997. Vida e criação de abelhas indígenas sem ferrão. Nogueirapis,


São Paulo. 446p.

Couto, RHN. Contribuição das abelhas na polinização de plantas produtoras de vagens.


Anais do Encontro sobre Abelhas, 2: 135-140. 1996.

Diniz Filho JAF, Malaspina O. Abelhas africanizadas nos anos 90. A história mostra
que a população aprendeu a conviver com essas abelhas. Ciência Hoje 90:73-6, 1995.

Mello MLS. O veneno das abelhas. In: Camargo MFJ. Manual de Apicultura .
Agronômica Ceres Ltda: São Paulo, p.142-153, 1972.

Texto: Ivana Silva


Revisão: Cássia Nunes

Abelhas Jatai, bunda de mosca e lagartinha


Borboleta(s) com acaro de 2mm de comprimento

Mosca e vespa (Ichneumon?)


Cigarra (1cm de comprimento)

Ovinhos de neuroptera (0.5cm de diâmetro, em média)

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Posicione o mouseBrazilian native bee - Abelha Jataí (Tetragonistica angustula)

Plume Moth (Pterophoridae)


Grasshopper - Gafanhoto

What is this?? - O que é isto?? (8mm)

And this?

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Posicione o mouse sobre
Brazilian native bee - Abelha Jataí (Tetragonistica angustula)
Abelhas - Bees
Libélulas - Dragonflies

Borboleta - Butterfly

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O Brasil possui muitas espécies de abelhas nativas, também
Meio Ambiente chamadas de indígenas, que exercem importante papel na
Midia Kit fecundação de inúmeras espécies vegetais de nossa flora. Arquivo
Devido à grande extensão do território nacional, os nomes
Moda e Beleza populares que lhes são dados variam de região para região.
Bromélias:
Motor Assim, um mesmo nome muitas vezes designa abelhas
diferentes importante elo da
Negócios Por Naná Prado / Fotos Du Zuppani biodiversidade
Harmonia entre
Passado textos e imagens
Jataí, Irapuã, Mombuca, Moçabranca, Mandaçaia e Mirim são
Praias do Litoral alguns exemplos de abelhas nativas que diferem da abelha Mestres da
Apis Mellifera, conhecida como a abelha do mel - trazida da organização
Principal Europa em 1839 pelo padre Antonio Carneiro, e que se Lindas, leves e
Rocambole espalhou pelos ecossistemas brasileiros em franca competição soltas...
com as abelhas nativas. Conhecidas popularmente como
Rota Gourmet Pequenas notáveis
abelhas sem ferrão, as nativas possuem ferrão atrofiado, e não
conseguem utilizá-lo como forma de defesa. Algumas espécies
Lei da Mata
Saúde Atlântica: proteção e
são pouco agressivas, adaptam-se bem às colméias e ao
Social manejo e produzem um mel saboroso e apreciado. Além do cuidado
mel, podem fornecer, para exploração comercial, pólen,
Turismo
cerume, geoprópolis e os próprios favos de cera. Existem
CANAIS também outras formas de exploração sustentável como
trabalhar questões de educação ambiental, turismo ecológico e
ecopaisagismo.
Portal
No Brasil, são conhecidas mais de 400 espécies de abelhas
Rádio sem ferrão que apresentam grande heterogeneidade na cor,
TV tamanho, forma e população dos ninhos. Especialistas alegam
que há escassez de informações biológicas e zootécnicas, pois
muitas sequer foram identificadas.

Segundo Fábia Pereira, "devido a essa diversidade, é


fundamental realizar pesquisas sobre comportamento e
reprodução específicas para cada espécie; analisar e
caracterizar os produtos fornecidos e estudar formas de
conservação do mel que, por conter mais umidade do que o
mel de Apis mellifera, pode fermentar com mais facilidade". A
alta cotação do preço do mel das abelhas nativas no mercado,
segundo Fábia, que em média varia de R$ 15,00 a 50,00 o litro,
aliada ao baixo investimento inicial e à facilidade em manter
essas abelhas próximas das residências, servem de estímulo
para novos criadores.

No entanto, muitos produtores, em busca de enxames, acabam


atuando como verdadeiros predadores, pois derrubam árvores
para retirada das colônias e, nesse processo, muitas abelhas
morrem devido à falta de cuidado durante o translado e ao
manejo inadequado.

Outra causa da morte das colônias é a criação de espécies não


adaptadas à sua região natural. É relativamente comum que
produtores iniciantes das regiões Sul e Sudeste do Brasil
queiram criar abelhas nativas adaptadas às regiões Norte e
Nordeste, e vice-versa. A falta de adaptação dessas abelhas às
condições ambientais da região em que são colocadas acaba
por matar as colônias, o que contribui para sua extinção.

Doce e saudável

A criação de
abelhas indígenas
sem ferrão em
cabaças, cortiços e
caixas rústicas
constitui uma
atividade tradicional
em quase todas as
regiões do Brasil.
Conhecida como
meliponicultura, foi
inicialmente
desenvolvida pelos
índios, e hoje, é
praticada por
pequenos e médios
produtores.

O mel destas
espécies contém os
nutrientes básicos
necessários à
saúde, como
açúcares, proteínas,
vitaminas e gordura. Possui, também, uma elevada atividade
antibacteriana e é tradicionalmente usado contra doenças
pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos em
várias regiões do país. Waldemar Monteiro, conservacionista e
membro do Departamento de Abelhas Indígenas da APACAME
(Associação Paulista de Apicultores, Criadores de Abelhas
Melificas Européias), afirma que para criar abelhas e mantê-las
é preciso analisar as espécies de flores da região; anotar as
épocas em que as floradas ocorrem, a presença de água
potável e evitar correntes de ventos que possam prejudicar o
vôo das abelhas. Árvores que produzem frutos grandes devem
ser evitadas, tais como, mangueira, abacateiro, laranjeira e
jaqueira. A queda deles poderá acarretar danos nas colméias.

Segundo Waldemar, muitas abelhas são bastante mansas e se


protegem para defender seus ninhos, construindo-os em locais
de difícil acesso, e se recolhendo quando incomodadas.
"Algumas espécies de abelhas nativas constroem seus ninhos
dentro de formigueiros ou próximo do ninho de abelhas
bastante agressivas, obtendo assim proteção para suas
colméias".

Fauna e flora
em harmonia

As vantagens da
criação e
conservação das
abelhas indígenas
(nativas) não estão
restritas ao mel e
aos demais
produtos de valor
comercial. Elas
exercem um papel
importante na
polinização das
plantas. "Quando
uma abelha penetra
numa flor para
sugar o néctar, os
grãos de pólen
aderem ao seu
corpo e ao visitar,
na seqüência, uma
outra flor, o pólen
colado no seu corpo
é depositado no
estigma, a parte
feminina da
segunda flor. Este processo, chamado polinização, é o que
fertiliza a flor", explica a pesquisadora da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fábia de Mello Pereira. Uma
vez que não
possuem o ferrão, as abelhas nativas podem ser usadas com
segurança na polinização de espécies vegetais cultivadas em
ambiente fechado.

Algumas culturas, a exemplo do pimentão, necessitam que,


durante a coleta de alimento, a abelha exerça movimentos
vibratórios em cima da flor para liberação do pólen. Também
existem espécies de orquídeas e bromélias que são polinizadas
exclusivamente por abelhas da espécie euglossini que,
geralmente, apresentam cores metálicas, tendendo para o
verde ou roxo.

A extinção dessas espécies pode causar um problema


ecológico de enormes proporções, uma vez que as mesmas são
responsáveis, dependendo do bioma, pela polinização de 80 a
90% das plantas nativas no Brasil. Há, inclusive, muitos
agricultores utilizando as abelhas sem ferrão na polinização de
culturas agrícolas tais como urucum, chuchu, camu-camu,
carambola, coco-da-bahia e manga.

Arquitetas naturais

O ninho é um espetáculo à parte de arquitetura e organização.


As abelhas nativas estabelecem as suas colônias no oco de
árvores ou em galerias cavadas no solo e utilizam misturas de
cera, própolis e barro como material de construção. Algumas
espécies constroem ninhos em forma de túnel, revestindo as
paredes com folhas ou pétalas, formando um compartimento
cilíndrico no interior do qual depositam o mel e pólen que
servirá de alimento para as suas larvas, desde a postura do ovo
até o nascimento do inseto.

Umas poucas espécies aceitam viver em colméias artificiais,


que devem ser
habilmente
construídas para
reproduzir as
condições naturais
a que o inseto está
adaptado.

Peculiaridades
e desafios
científicos

• muitas espécies
produzem um mel
de excelente
qualidade - alguns
dos quais, inclusive,
a crença popular
atribui qualidades
terapêuticas;
• a criação de abelhas sem ferrão é muito fácil até na cidade. A
docilidade da maioria das espécies e seu comportamento
fascinante as tornam um excelente material lúdico para os
adultos e um instrumento de educação ambiental para as
crianças;

• seu papel chave nos ecossistemas dificilmente é apreciado


na sua plenitude. As abelhas campeiras, ao coletar o néctar e o
pólen, visitam quase todo tipo de arbustos e árvores com
flores, servindo assim de agentes polinizadores nas matas e
plantações.

::Sistema Costa Norte

Criação de abelhas é tema de pesquisa na Ilha Grande

A criação de abelhas sem ferrão, conhecida como


meliponicultura, é uma atividade de desenvolvimento sustentável que se tornou alvo de
pesquisas no entorno do Parque Estadual da Ilha Grande, administrado pelo Instituto
Estadual de Florestas (IEF). Conduzida por especialistas da Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro (UFRRJ), a pesquisa recomenda a criação para fins ecológicos e
produtivos – produção de frutos e sementes e venda de enxames e mel.

Desenvolvida há quatro anos, a pesquisa passou por várias etapas, desde os estudos
iniciais sobre as espécies de abelhas sem ferrão da Ilha Grande – que corriam risco
devido à sua ocupação no meio urbano e a conseqüente destruição de suas colméias pela
população – até as atividades de conscientização, educação ambiental junto à (mais…)
Embora as abelhas nativas não sejam maior do que uma mosca, são grandes provedores de
mel. Uma vez encontrado a colméia os favos são devorados ansiosamente - cera, mel, pupas,
abelhas mortas, formigas, tudo. O pau que é utilizado para cutucar os favos é jogado no fogo, e
por esse simples ato os espíritos das abelhas voltam para o céu, o Paraíso dos Espíritos, onde
ficam até Mayra, o Vento da Primavera, sopre vida dentro das flores novamente. Em seguida,
as abelhas voltam ao Paraíso da Terra para recolher o mel e encher barrigas da humanidade.
Abelhas não acham que elas foram criadas apenas para o fornecer de alimentos para homens
e mulheres. Suas vidas são devotadas ao recolhimento de mel e armazenamento para a
próxima geração, e portanto os seus ninhos estão bem escondidos entre os galhos e troncos
na de árvores. O povo aborígine têm vários métodos de descobrir onde estão escondidos os
ninhos, mas talvez a mais engenhosa seja a maneira pela qual foi descoberto os irmãos
Naberayingamma descobriram pela primeira vez.

Estes dois homens, os Numerji, viveram há muito tempo. Eles eram gigantes barbudos
que participava de uma longa caminhada através do país. Eles nunca haviam visto as
abelhas, até que foram até uma árvore bloodwood onde as pequenas criaturas estavam
ativamente engajadas no seu trabalho.

“Aqui está uma coisa maravilhosa”, disse o irmão mais novo. “Os insetos estão escavando mel
das flores voando com ele. Pergunto-me onde estarão levando-o”.

“Nós vamos descobrir em breve”, disse o irmão mais velho. “Vou mostrar-lhe como
descobrir seu ninho. Quando achamos que vai haver bastante para nós dois. Vá e corte
um pau bifurcado e o traga para mim “.

O irmão mais tinha aprendido a confiar na sagacidade do seu irmão. Enquanto ele
estava procurando um ramo, ele encontrou uma folha que continha o casulo de uma
aranha. Ele tirou a teia, e quando regressou ao seu irmão com o graveto, ele usou a teia
para subir nos ramos da árvore.

“Eu vou colocar pedaços de teia nas abelhas’, ele disse ao seu irmão. ‘Você será capaz de vê-
las claramente agora. Veja para onde vão. “

Por algum tempo ele ficou ocupado pregando minúsculos fragmentos de teia da aranha
nas abelhas que ele conseguia pegar.

De repente o seu irmão voltou correndo.


“Eu as encontrei”, ele gritou, “Eles voam para uma árvore oca lá em baixo. Esse é o lugar onde
o ninho deve estar. “

O Naberayingamma mais velho desceu, e juntos os irmãos foram para a árvore oca. Eles
quebraram a casca com os seus porretes, cortaram fora os favos, e comeram
vorazmente.

Desde essa descoberta aborígines aprenderam a arte de pregar minúsculos pedaço de


teias ou alguma outra peça de material fácil visualização para guia-los até as colméias.

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Susanoo
Jatai bees - Abelhas Jataí (Tetragonisca angustula)

In flight!! - Em vôo!!

Ter�a-feira, 08 de maio de
2007 - 12h31m

Animais > Outros

Cria��o de abelhas nativas ajuda a preservar meio


ambiente e ainda � fonte de renda
Boqueir�o do Le�o/RS -

Suas colmeias ocupam o interior de caules, os galhos mais altos ou até o subsolo. São
centenas de espécies responsáveis por 90% da polinização das plantas brasileiras. As
abelhas sem ferrão são nativas na América do Sul e em outros continentes, mas estão
quase desaparecendo em função da destruição ambiental. Hoje, estão restritas a algumas
áreas ou adaptando-se aos novos espaços, construindo seus ninhos em muros, por
exemplo. Mas a situação, aos poucos, vai se invertendo pelo encantador processo de
criação desses insetos, conhecidos no meio científico como meliponíneos.

Colmeias ocupam o interior de caules, os galhos mais altos ou até o subsolo


Fotos: Divulgação

No Vale do Taquari, cresce a cada dia o interesse de agricultores e moradores de áreas


urbanas em criar as abelhas sem ferrão. Nas cidades, é comum encontrar as caixas que
abrigam as famílias e quando se começa a conversar sobre elas, sempre aparecem mais
interessados. A desinformação faz com que ainda seja usado um sistema bastante
empírico, baseado na observação dos hábitos delas na natureza, mas que as poucos vai
ganhando adeptos e pesquisadores.

As abelhas sem ferrão estão desaparecendo em função da destruição ambiental


O agrônomo da Emater/RS-Ascar Paulo Conrad explica que esse tipo de abelha sofreu
muito com os impactos do desmatamento e do uso de agrotóxicos. “Elas são um hobby
para os criadores, dão prazer ao criador e sua família e não oferecem nenhum risco de
acidente com enxames por que elas têm o ferrão atrofiado”, destaca. Mesmo assim, cada
espécie tem formas próprias para se defender. Algumas se enroscam no cabelo das
pessoas, outras exalam odores que afastam os agressores e, ainda, há aquelas que usam
a própolis para imobilizar invasores da colmeia.

Mas a criação dos meliponíneos também tem vantagens econômicas. O mel é


considerado medicinal por suas propriedades e tem um sabor diferenciado quando
comparado ao produzido pelas abelhas africanas. Cada colheita pode resultar em até um
quilo de mel, mas em geral fica em 600 a 700 gramas a cada seis meses. O criador pode
ganhar dinheiro, ainda, com a venda de enxames, pelos quais pode se cobrar a partir de
R$ 200 no caso de espécies mais comuns, como a jataí. Algumas mais raras podem sair
por mais de R$ 500. Em 12 meses é possível triplicar o número de enxames ao realizar
a divisão correta. Conrad aposta no uso das abelhas nativas para projetos paisagísticos
como um filão a ser explorado. “Elas ficam muito bem em jardins, embelezando pelo
seu movimento e polinizando as plantas, auxiliando na manutenção”, explica.

Como criar
O primeiro passo para iniciar a criação é capturar um enxame ou comprá-lo de criadores
já estabelecidos. A captura das abelhas na natureza pode ocasionar a destruição dos
ninhos pela dificuldade de retirada em função da localização. “Muitos estão no interior
de caules ou no solo e é difícil localizá-los. O ideal é atrair as abelhas, sem mexer na
família”, ensina o agrônomo da Emater/RS-Ascar. A maneira encontrada pelos criadores
é colocar uma garrafa pet com uma pequena abertura na ponta ao lado do enxame. Aos
poucos, as abelhas vão construindo uma nova morada e depois fica fácil transplantar
para uma caixa.

Ninho das abelhas sem ferrão

Em geral, os criadores utilizam caixas de madeira com uma abertura pequena em uma
das extremidades para permitir a entrada e saída dos insetos. No entanto, o
desconhecimento sobre os hábitos de cada espécie faz com os modelos de moradas não
se adequem as exigências das abelhas. “Algumas formam famílias grandes, outras
pequenas. Umas têm uma produção maior que outras, o que determinada o tipo de casa
que vão construir”, diz Conrad.

Caixa adequada é fundamental


para o sucesso da criação

Buscar a caixa adequada é essencial para o sucesso da criação. Foi o que fez o criador
Valmir Züge, de Boqueirão do Leão, referência nacional sobre as abelhas sem ferrão.
Em sua casa, possui mais de 30 espécies, muitas delas de outras regiões do Brasil. A
temperatura interior da colmeia deve ficar entre 26ºC e 28ºC e por isso a espessura da
madeira utilizada é fundamental. Além disso, o tamanho deve ser dimensionado a partir
da quantidade de insetos das famílias de cada espécie e dos hábitos de construção da
colmeia.

Valmir Züge, de Boqueirão do Leão, referência nacional sobre as abelhas sem


ferrão

Züge desenvolveu um modelo de caixa específico para a espécie jataí, a mais comum na
região, que facilita a divisão dos enxames e coleta do mel. Elas tem cerca de 30
centímetros de altura por 15 centímetros nas laterais e são divididas em três blocos
iguais e independentes. Nos dois primeiros andares as abelhas constróem os ninhos para
colocação dos ovos e as reservas de mel para alimentação. Na parte superior fica o mel
excedente. “Assim, fica fácil fazer a colheita, pois basta retirar a parte superior e colocar
uma nova, para que as abelhas recomecem a produção. A divisão do enxame também é
facilitada, pois separa-se ao meio, sem interferir no funcionamento da família, que irá se
organizar a partir do que restou”, descreve o criador.

Outra criação de Züge são caixas com termostato para abelhas de outras regiões,
principalmente do Nordeste. Elas necessitam de uma temperatura maior no interior da
caixa para se manter em atividade e um sistema eletrônica mantém estável em 30ºC. Os
detalhes das caixas podem ser acessados no site http://www.meliponario.com.br que o
Züge mantém e que contém informações sobre as espécies e formas de criação.
As abelhas
As colônias de abelhas sem ferrão têm uma organização semelhante às abelhas
africanas, com uma rainha-mãe, operárias e machos, dependendo da condição geral da
população. Os machos são encontrados quando há excedente de alimentos e presença de
células reais, indicativo de que haverá fecundação de rainhas virgens. O ciclo de vida
das abelhas fica em torno de 30 a 40 dias e cada uma tem uma função no ninho:
limpeza, nutrição, construção, ventilação, guarda e coleta.

Dentro dos ninhos, elas guardam mel e pólen em potes ovalados de cerume. Eles ficam
localizados próximos aos favos de cria, dependendo do espaço disponível na colônia.
Os favos de cria são normalmente dispostos em forma de discos empilhados, sendo que
algumas espécies apresentam favos em forma espiral e em cachos. Várias espécies
envolvem a área de cria com uma capa folheada de cerume (invólucro), para proteger
larvas e abelhas mais jovens das variações da temperatura, informa o portal
www.ambientebrasil.com.br.

Leandro Brixius

Fonte: Emater/RS-Ascar

Dos rios de mel, a abelha Iratim dá nome í cidade


A Lestrimelitta limão apresenta diversas peculiaridades, como mel com

aroma de limão, porém tóxico, polinização de florestas e pilhagem de

outras colméias

Irati - Ela é minúscula e parece inofensiva, não fosse o fato de, í primeira

vista, lembrar aquelas abelhas que se enroscam no cabelo. A colméia é

igualmente estranha, pois remete í estrutura de uma raiz e o cheiro do mel

parece com o aroma de limão. A Lestrimelitta limão é a abelha que possui o

mesmo nome da cidade que em 2007 faz 100 anos: Iratim. Em outros

estados, é conhecida como arancim, iraxim, abelha limão, limão ou limão

canudo.

A Iratim distribui-se por todo o Brasil e não está ameaçada de extinção. í‰

uma abelha silvestre, ou seja, seu ambiente é a mata. “As melíponas

são abelhas nativas que co-evoluíram com nossas florestas. Precisamos das

meliponicultoras para conservar as matas e polinizar as plantas. Estas

abelhas são responsáveis por mais de 90% da polinização das florestas”,


explica o técnico florestal Sérgio Adão Filipaki.

Apesar do cheiro de limão, curiosamente, a Iratim não produz mel de

qualidade e é considerado tóxico para o consumo humano. “Ela não é

criada como produtora de mel. Quem tem ela em criatório é mais para

conservação da espécie”, conta Sérgio. “Ela se distribui na natureza

conforme a disponibilidade de alimento”, acrescenta.

Outro aspecto interessante é o fato desta abelha fazer a pilhagem de

colméias de outras espécies. “A Iratim se caracteriza por ser

cleptoparasita, possui o hábito de saquear o alimento (néctar e pólen) de

outras colí´nias de abelhas”, diz o estudo “Abelha Iratim

(Lestrimelitta limao Smith: Apidae, Meliponinae), realmente é danosa í s

populaçíµes de abelhas? Necessita ser eliminada?”, produzido pelos

pesquisadores Weyder Cristiano Santana, Geusa Simone de Freitas, Ivan

Paulo Aksatsu e Ademilson Espencer Egea Soares, do Departamento de

Biologia e do Departamento de Genética da USP.

Embora seu alimento esteja nas outras colméias, os pesquisadores concluí-

ram através do estudo que a Iratim não constitui uma ameaça í s demais

espécies. “Muitos ninhos foram atacados, mas não foram destruídos,

indicando que estas abelhas não são prejudiciais como lhes é atribuído. Este

argumento tem sido utilizado por meliponicultores que sistematicamente

efetuam a extinção dos ninhos encontrados. L. limao (iratim) não destrói o

ninho hospedeiro em condiçíµes naturais no primeiro ataque, mas quando

este está muito fraco, ou seja, poucos indivíduos e cria, comum após o

terceiro ou quarto ataque sucessivo, caso estas não se recuperem, as colí

´nias podem ser destruídas. O mesmo pode acontecer com abelhas criadas

em caixas racionais, devido í falta de manejo adequado e ao estado geral

da colí´nia não ser o ideal, semelhante a uma colí´nia em condição natural,

pois a mesma está submetida í constante stress”, diz o artigo dos

pesquisadores.

Para atacar outras colí´nias, a Iratim utiliza feromí´nios e constrói uma

lamela de cerume. O comportamento agressivo com as abelhas evita a


entrada das “donas da colméia”. As operárias da “abelha limão”

dão continuidade ao ataque durante a noite. De manhã, outras operárias da

invasora apoderam-se da colí´nia. Em condiçíµes naturais, é possível que a

Iratim conviva com outras espécies. “A densidade dos ninhos de L. limao

(iratim) está em equilíbrio com a população das outras abelhas. Não

necessitando, assim, de serem exterminadas”, aponta o estudo dos

pesquisadores da USP.

A Iratim não é agressiva em comparação com abelhas de outra família, a

Apis, da qual fazem parte as abelhas africanas e européias, que foram

introduzidas no Brasil. “A Abelha Africana ficou conhecida por este

aspecto ‘agressivo’ pelo fato de ter desenvolvido muito bem o

sistema de defesa de sua colméia. Ela consegue inocular veneno com o

ferrão. Por isso, quando você mexe com ela, a resposta é imediata. Por

outro lado, as melíponas possuem o ferrão atrofiado. A defesa delas é

enrolar no cabelo e, í s vezes, dão umas mordidinhas bem leves. Deixam

também uma resina grudenta. Mas não conseguem inocular veneno”,

explica Sérgio Filipaki. Outro dado interessante é o fato de a Iratim exalar

um cheiro de capim-limão quando esmagada.

A colméia irregular da abelha-limão possui a estrutura semelhante í de

uma raiz. í‰ comum encontrá-la em troncos de árvores e suspensas em

outras estruturas. “í€s vezes fica tão camuflada que fica até mesmo no

chão”, diz o técnico florestal. Que o digam Pacífico de Souza Borges e

Cipriano Francisco Ferraz que, ao chegarem í região, após abandonarem o

rio Assunguizinho e adentrar a mata encontraram uma abelheira com três

bocas, uma num tronco e duas no chão. O local, atualmente Vila São João,

foi batizado de Irati, numa referência í s abelhas e hoje dá nome ao municí-

pio que completa 100 anos de emancipação política.

Texto e foto: João Quaquio, da Redação


• Especial

• Especial 100 Anos de Irati

Abelha Mirim !
aderido no escutelo

Figura 17: polinização por “pseudocópula” em Mormolyca ringens


(Epidendroideae: Maxillariinae). A)
Zangão de Nannotrigona testaceicornis tentando copular com a flor. B) Zangão de
Scaptotrigona sp tentando
copular com flor. C) Zangão de Nannotrigona com polinário aderido no escutelo.
Informações Gerais sobre a Espécie

Existem no mundo cerca de 20 mil espécies de


abelhas. A maioria delas não formam colônias e são
conhecidas como abelhas solitárias. As que formam
colônias são chamadas de "abelhas sociais". Destas,
de 300 a 400 não possuem ferrão, e estão reunidas
num grupo chamado Meliponíneos. As abelhas sem
ferrão são também conhecidas como "abelhas
indígenas" ou "abelhas nativas".
As abelhas nativas constroem ninhos em locais
protegidos, como ocos de árvores, ninhos
(abandonados ou não) de aves, tijolos ocos... São
responsáveis por 40 a 90% da polinização das
árvores nativas. As abelhas constroem discos de cria
que lembram cachos e armazenam mel e pólen em
potes.

Elas podem ser divididas em dois grupos:

• as meliponas: são abelhas grandes, que chegam a medir 1,5 cm. Usam barro
e própolis para construir a entrada dos seus ninhos. As mais conhecidas são a
Jupará (Melipona compressipes manaosensis), a Uruçu (Melipona scutellaris),
a Uruçu-boca-de-renda (Melipona seminigra merrilae), a Uruçu-boi (Melipona
nebulosa), a Uruçú Mirim (Melipona cesiboi), a Jandaíra (Melipona fulva), a
Nariz-de-anta (Melipona lateralis), a Beiço (Melipona eburnea), e a Mandaçaia
(Melipona quadrifasciata);
• as trigonas: são abelhas pequenas, conhecidas como abelhas enrola-cabelo,
canudo ou irapuá. A mais conhecida é a Canudo(Scaptotrigona sp). Como não
têm ferrão, estas abelhas se defendem enrolando-se nos cabelos e pêlos,
entram em ouvidos, nariz e olhos. A entrada de seus minhos tem formato de
tubo e é construída com cera.

A meliponicultura é a criação de abelhas indígenas sem ferrão, permitindo a produção


e comercialização de mel, pólen, própolis e cera. Estas abelhas tem grande
importância para a polinização da flora e conseqüentemente a produção de frutos e
sementes de qualidade, propiciando a conservação das espécies florísticas da região
onde está sendo desenvolvida a criação, bem como, proporcionando ao homem o
suprimento de alimento em quantidade e qualidade.

O mel produzido pelas abelhas sem ferrão é muito utilizado na medicina nativa para o
tratamento de diversas doenças, é um excelente complemento alimentar, além de ser
uma oportunidade de geração de renda.

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Sobre criação e exploração de abelhas indígenas

O principal regulamento para a criação de melíponas é a Resolução CONAMA


Nº346, de 06 de julho de 2004, que disciplina a utilização das abelhas silvestres
nativas, bem como a implantação de meliponários.

O IBAMA, todavia, não regulamentou a Resolução e ainda se utiliza da sua


Portaria N° 118-N de 15 de outubro de 1997, para licenciar os criadouros
comerciais de animais silvestres. Existe uma proposta de portaria específica
para a exploração de abelhas indígenas sem ferrão; porém, ainda não foi
aprovada.

A legalização das atividades (meliponários) pela antiga AFLORAM junto aos


órgãos licenciadores, se deram a nível estadual, por meio do Núcleo de Fauna
- NUFAS/RAN, da Superintendência do IBAMA em Manaus.

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Sobre beneficiamento do mel

As normas aplicáveis aos entrepostos de beneficiamento do mel são editadas


pelo MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que
regulamentou a qualidade do mel em geral com a Instrução Normativa MAPA n°
11 de 20/10/00, pois não possui regulamentos específicos para o tratamento,
inspeção e qualidade do mel de abelhas indígenas.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também regulamenta os


Programas de Controle de Resíduos e Contaminantes em Mel de Abelha com a
Instrução Normativa MAPA n°09 de 30 de março de 2007.

A Superintendência Federal da Agricultura no Amazonas (SFA/AM), ligados ao


Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários (SIPAG) é o núcleo que
fornece os atestados e as licenças para os entrepostos de beneficiamento de
mel.
Desde abril de 2008, a Lei Estadual Ordinária nº 3245/2008 estabelece normas
para a elaboração, sob a forma artesanal, de produtos comestíveis de origem
animal e sua comercialização no Estado do Amazonas. A elaboração de mel ou
de produtos oriundos de abelhas meliponíferas, sob a forma artesanal, será
permitida exclusivamente aos produtores rurais que utilizarem matéria-prima de
produção própria e/ou adquirida de terceiros, desde que a soma das duas não
ultrapasse 4.000 (quatro mil) quilogramas por ano. Os produtos poderão ser
comercializados em todo o Estado do Amazonas, cumpridos os requisitos
desta lei.

É importante ressaltar que esforços vem sendo feitos juntamente com


parceiros de organizações não governamentais como o Amigos da Terra
Amazônia Brasileira, na direção de formular padrões de qualidade para o mel
de melíponas.

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Boas práticas de manejo

O aproveitamento do mel pelas populações é uma prática tradicional que é feita


extraindo-se dos ocos dos paus ou criando abelhas sem ferrão em cabaças, cortiços
ou até mesmo nos locais onde elas fazem seus ninhos. Muitas vezes causando
prejizos e gerando impactos, pois na hora de retirar o mel, as colméias são
parcialmente destruídas e as abelhas têm muito trabalho para refazer suas moradias e
produzir novamente. Isso prejudica a produção e pode até matar a colônia.

Por isso é aconselhável criar abelhas de uma forma mais sustentável, em caixas
racionais, facilitando assim o manejo das colméias.

A metodologia utilizada para implantação da meliponicultura, consiste num processo


de capacitação em serviço das pessoas interessadas, nas áreas identificadas com
potencial de produção. Esta capacitação para a criação de abelhas indígenas foi
estabelecida, segundo calendário, que compreende seis passos. São eles:

• 1° Passo: corresponde a primeira visita para conversa com o grupo de


produtores para identificação da potencialidade da área. Geralmente o
encontro é de 4 dias, onde são tratados temas teóricos como: produtos das
abelhas, construções, colméias, meliponários, montagem de meliponários,
transferência de colônias, divisão de colônias e produção de mel; e ensaios e
práticas de: inserção de melgueiras, divisão de colônias, extração do mel,
produção de alimento artificial, prática de alimentação, elaboração de
calendário de alimentação e recomendações gerais.
• 2° Passo: a segunda visita tem
duração de seis dias, nos quais há
exposições teóricas sobre
meliponicultura, montagem de
meliponário, transferência de
colônias, preparação de xarope
(alimentação complementar), práticas
de alimentação, ensaios de divisão
de colônias, ensaios de produção de
mel, estabelecimento de calendário
de alimentação.

• 3° Passo: corresponde a terceira


visita, realizada dois meses após a 2ª
visita, com duração de três dias para
avaliação de colônias, avaliação das
atividades desenvolvidas pelos
meliponicultores, correção de
possíveis falhas, reforço dos
conceitos discutidos na 1ª visita.
• 4° Passo: corresponde a quarta visita, realizada cinco meses após a 2ª visita,
com duração de quatro dias para : avaliação de colônias, avaliação das
atividades desenvolvidas pelos meliponicultores, divisão de colônias, prática de
alimentação, estabelecimento de calendário de alimentação.
• 5° Passo: corresponde a quinta visita, realizada oito meses após a 2ª visita,
com duração de dois dias para : avaliação de colônias, avaliação das
atividades desenvolvidas pelos meliponicultores, correção de possíveis falhas,
reforço dos conceitos discutidos na 1ª visita.
• 6° Passo: corresponde a sexta visita, realizada onze meses após a 2ª visita,
com duração de três dias para : divisão de colônias, avaliação das atividades
desenvolvidas pelos meliponicultores, estabelecimento de calendário de
alimentação.

É importante contar com o acompanhamento técnico para definição do local onde será
instalado o meliponário na comunidade para que o posicionamento e distanciamento
das colônias seja o mais adequado para a espécie a ser criada, assim como na
transferência dos ninhos de abelhas para colméias racionais.

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Produção e Beneficiamento

As colméias destinadas a produzir não devem ser alimentadas artificialmente por, pelo
menos, 60 dias antes da colheita.

Melgueiras lotadas de potes fechados indicam que chegou a hora da colheita. Apenas
o mel de potes fechados pode ser colhido.
Para fazer a coleta, é preciso abrir a tampa da caixa,
retirar a melgueira e levá-la para um local limpo. Com
a faca se faz um pequeno buraco no pote e com uma
seringa ou uma bomba a vácuo retira-se o mel, que é
colocado em uma vasilha limpa e esterilizada.
Após ser lavada em água corrente, a melgueira com
os potes vazios volta para a caixa. A higiene é
fundamental para evitar que o mel se estrague.
Algumas espécies armazenam água em potes. Essa
água não deve ser misturada ao mel para não azedá-
lo.

É aconselhado não criar abelhas tais como:

• Irapoa (Trigona spinipes): essa espécie é prejudicial a algumas culturas, pois


corta os botões florais de várias plantas principalmente os citrus, utilizando-se
desse material para a construção do ninho;
• as abelhas limão (Lestrimellita) também conhecida como Iratim, que não
possuem estruturas para a coleta de alimentos, sobrevivendo do saque às
outras colônias;
• a Caga fogo (Oxytrigona tataira) que se defende liberando uma substância que
em contato com a pele provoca sérias queimaduras (ácido fórmico).

Para uma boa produção é necessário selecionar as melhores colônias. É aconselhado


não ter mais de 50 caixas num mesmo local.

Geralmente, no primeiro ano, os criadores se dedicam a multiplicar suas colméias.


Quando atingem um número suficiente de caixas, reservam uma parte para produzir, e
outra parte para continuar o processo de multiplicação.

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Comercialização

O mel de melíponas é mais fluida, devido ao maior teor de água, diferentemente do


mel tradicionalmente encontrado no mercado. A pouca oferta do mel nativo, coloca o
produto no mercado com valores que podem ultrapassar os R$ 30,00 reais por quilo.

Pode-se coletar até três quilos de mel por colméia, dependendo da florada. Quando
pequena, a criação serve para alimentar a família e o que sobra pode ser vendido na
própria locadidade.

Algumas experiências mostram que vale investir na organização dos produtores e em


criatórios maiores, tanto para atender ao mercado quanto para oferecer preços
melhores. Algumas associações de produtores criam marcas e embalagens especiais
e buscam vender para outros mercados, em que o mel da Amazônia é mais
valorizado.

As associações participantes do Programa do Estadual dispõem da marca "Mel da


Floresta" para comercialização de seus produtos. E, vêm realizando trabalhos no
sentido de implementar padrões de produção de mel orgânico. A construção do
entreposto de beneficiamento de mel em Boa Vista do Ramos permirá aos produtores
colocarem no mercado 4 toneladas ano de mel nativo.
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Experiências existentes

• ACAIÁ - Associação dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia


Município : Boa Vista do Ramos
Contato: Lucenildo
Tel. : (92) 9117-6168/ 9143-6236
Email : duartebvr@gmail.com
• Comunidades Menino Deus e Nossa Senhora do Perpetuo Socorro
Município : Parintins
Contato: Adilson da Costa Silva (da GRANAV, quem apoiou o processo junto as
comunidades)
Tel. : (92) 3533-1458 e (92) 9125-3546
Email : granav_pin@yahoo.com.br; adilcostasil@yahoo.com.br

Nota: O Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea - ProVárzea/IBAMA, Sub-


projeto denominado "Abelhas e Polinização de Plantas da Várzea", desenvolvido pelo
Grupo de Pesquisas em Abelhas (GPA) do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (INPA) ensina tecnologias de criação de abelhas para aproximadamente 30
comunidades do interior do Estado do Amazonas.

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Programa Estadual

Atendendo as diretrizes do Programa Zona Franca Verde, surgiu o Programa


Amazonas Florestal, criado pelo Governo Estadual, com objetivo de reunir dados
técnicos e gerenciais relacionados à fauna e flora da região, impulsionar as
potencialidades das comunidades do interior do Estado e os produtores,
empreendedores, grupos tradicionais e indígenas do Amazonas. Este programa
pretende diminuir o grau de desinformação acerca da temática ambiental e da
legislação que a regulamenta, buscando oferecer maior estruturação e organização da
produção, tendo em vista a geração de trabalho, renda, redução da pobreza e
elevação do índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nas comunidades do interior do
Estado. A principal diretriz do programa é a superação dos gargalos na organização,
gestão e capacidade técnica dos processos produtivos.

Nesse sentido, a Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas


(AFLORAM), criada em 2003 executou o Programa de Meliponicultura para o Estado
do Amazonas, que é um conjunto de ações que visam o estabelecimento da criação e
manejo de abelhas indígenas sem ferrão como uma atividade geradora de renda e
bem estar social e ambiental na zona rural do Estado do Amazonas. Tem como
principais objetivos :

• disseminar a meliponicultura contribuindo para a conservação do meio


ambiente, geração de renda a médio e longo prazo e melhoria da qualidade de
vida de produtores rurais envolvidos na meliponicultura;
• definir um processo produtivo que proporcione ao mel qualidade de higiene e
pureza compatíveis com as exigências internacionais para produtos
comestíveis;
• criar, para o mel do Amazonas, uma imagem que represente os aspectos
ambientais e sociais proporcionado pela meliponicultura e as qualidades
inerentes ao mel de meliponíneos.
As ações da AFLORAM estavam voltados ao:

• identificação de potenciais localidades para implantação do Programa de


Meliponicultura;
• incentivo a produção de mel nas regiões com potencialidade para fortalecer a
cadeia produtiva como um todo;
• capacitação e sensibilização sobre a meliponicultura;
• apoio a construção e ao gerenciamento da usina da unidade de
beneficiamento;
• ação de recursos para melhoria do processo de secagem e armazenamento;
• apoio a comercialização;
• registro e patenteamento da marca "mel da Floresta" para ser utilizado pelos
produtores.

A atuação da AFLORAM alcançou comunidades no interior localizadas, principalmente


nos seguintes municípios: Boa Vista do Ramos, Maués, Manacapuru/Iranduba, Coari,
Fonte Boa, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Tabatinga (Alto Solimões), e
Carauari. Foram identificadas localidades potencias nos municípios de Careiro da
Várzea, Caapiranga e na região do Baixo Rio Negro.

Atualmente este programa vem sendo executado pela Agência de Desenvolvimento


Sustentável (ADS) no que compete ao apoio a comercialização, pelo Instituto de
Desenvolvimento Agropecuária e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM) no que
se refere a assistência técnica e capacitação; e, pela Secretaria Executiva Adjunta de
Floresta e Extrativismo (SEAFE/SDS) no que se refere a formulação de políticas
voltadas para o setor juntamente com a SEPROR.

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Bibliografia

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Venturieri, Giorgio C.: Criação de abelhas indígenas sem ferrão, Embrapa, Belém,
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Website da rede de informações sobre biodiversidade brasileira em abelhas
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