David Hume - Empirismo

A nossa mente originalmente uma tbua rasa. No existem ideias inatas.

Qual a origem das nossas ideias? A experincia! Apreendemos o mundo exterior pelos nossos sentidos que nos fornecem impresses do real. Guardamos essas impresses na memria formando uma representao delas e, assim, obtemos as ideias. Qualquer ideia tem, pois, origem nas impresses. Todas as nossas ideias acerca da realidade tm origem na experincia. Nada existe na nossa mente que no tenha passado primeiro pelos sentidos.

Quando juntamos vrias ideias simples obtemos ideias complexas.

Como podemos justificar as ideias?

Procurando as impresses que lhe correspondem. Exemplo: a ideia de montanha de ouro. Esta ideia resulta da combinao das ideias mais simples de montanha e de ouro. A cada uma destas ideias podemos fazer corresponder impresses sensveis. Mas ideia de montanha de ouro no podmeos fazer corresponder nenhuma impresso, uma vez que nunca tivemos a experincia dessa realidade. O mesmo acontece com a ideia de Deus.

E a ideia de causalidade? Tem algum correspondente na experincia? NO.

Podemos ter a impresso do fenmeno A e a impresso do fenmeno B. Podemos ter a impresso da sua sucesso temporal (um acontece a seguir ao outro), mas no temos nenhuma impresso sensvel que mostre que um a causa do outro e muito menos temos alguma experincia que fundamente a crena que um sempre ser a causa do outro. A nossa crena nas relaes causais fruto do HBITO, da repetio de experincias que, mostrando que o fenmeno B sucede sempre ao fenmeno A, nos leva a ter a expetativa psicolgica (e no a certexa racional) que sempre ser assim. Criamos uma expetativa psicolgica baseada nas impresses sensoriais que experimentamos, isto , induzimos. Mas a induo no nos pode fornecer

certezas.

Como podemos fundamentar os nossos conhecimentos gerais uma vez que no podemos ter qualquer experincia do geral (generalizaes) ou do futuro (previses)? No podemos. O empirismo no elima o ceticismo, nem cai no dogmatismo. Adota uma atitude de ceticismo moderado. S podemos ter justificao para os conhecimentos que tm origem na

experincia, mas, nem tudo aquilo em que acreditamos (pensamos saber) tem fundamento na experincia, logo, no podemos justificar todas as nossas crenas. As generalizaes e previses to caras cincia so sempre um salto no desconhecido, uma aposta. Acreditamos que o universo, tal como a cincia o explica, constante e uniforme, mas, como podemos fundamentar essa crena?