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1 – VII EXAME DE
ORDEM UNIFICADO – DIREITO ADMINISTRATIVO
Em algum local entre São Paulo e Salvador, madrugada de 9 de Julho de 2012 (rs rs rs).
Por isso mesmo é que muito me alegra estar à frente de cursos (presencial e
telepresencial) que não se limitam a preparar o estudante para tão somente passar na
prova. Vamos sempre muito além disso!!!
Aproveitando o ensejo (como diz minha secretária – rs rs rs), agradeço a todos vocês
pela divulgação do nosso nome, do nosso curso e dos nosso Livro de Prática
Profissional (já na 3ª Edição em menos de dois anos de lançado!!!), assim como pelas
constantes manifestações de carinho!
Tenho recebido diversos e-mails que muito me emocionam e renovam a cada dia o
meu entusiasmo para seguir nessa Missão.
São CENTENAS de e-mails e peço desculpa a quem ainda não pude responder
pessoalmente...
Desejo que o Nosso Bom Jesus Cristo continue os iluminando, agora no exercício da
advocacia!
Notas:
1) Parabéns a quem lembrou do título eleitoral na qualificação do autor da ação;
2) Parabéns a quem lembrou que na AP temos 3 categorias de réus! No caso os
beneficiários podem ser apontados como sendo a empresa W e o sócio majoritário
Antonio Precioso. Não obstante, acredito que quem colocou apenas Antonio Precioso
terá a pontuação integral a esse item;
3) O valor da causa (se cobrado for) deverá corresponder ao somatório do valor anual,
conforme indicado abaixo.
PROFESSOR JOSÉ ARAS – COMENTÁRIOS À PROVA 2012.1 – VII EXAME DE
ORDEM UNIFICADO – DIREITO ADMINISTRATIVO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA
DA COMARCA Y, ESTADO...
(10 linhas)
JOSÉ RICO, estado civil, profissão, domicílio e residência, CPF, RG, título
eleitoral em anexo, por seu advogado, regularmente constituído pelo instrumento de
mandato em anexo, vem perante V. Exa., com fulcro no art. 5º, LXXIII, da CRFB, c/c a
Lei 4.717/65, propor AÇÃO POPULAR, com pedido de liminar, contra o MUNICÍPIO Y,
pessoa jurídica de direito público interno, com sede na, CNPJ, contra JOÃO DA SILVA,
estado civil, Prefeito, domicílio e residência, CPF, RG, contra EMPRESA W, pessoa
jurídica de direito privado, com sede na, CNPJ e contra ANTONIO PRECIOSO, estado
civil, profissão, domicílio e residência, CPF, RG, ante os fatos e fundamentos jurídicos a
seguir expostos:
DOS FATOS
O Município Y, representado pelo Prefeito João da Silva, celebrou contrato
administrativo com a empresa W – cujo sócio majoritário é Antonio Precioso, filho da
companheira do Prefeito –, tendo por objeto o fornecimento de material escolar para
toda a rede pública municipal de ensino, pelo prazo de sessenta meses.
Ocorre que o contrato, que apresentou valor de cinco milhões de reais anuais,
foi celebrado sem a realização de prévio procedimento licitatório e foi firmado com o
objetivo de favorecer o referido Réu Antonio Precioso, filho da companheira do
Prefeito.
DO DIREITO
O ordenamento jurídico pátrio estabelece que a administração pública deverá
obedecer processo licitatório para a aquisição e contratação de bens e serviços,
conforme se vê, dentre outros, do art. 37, XXI, da CRFB, abaixo transcrito:
“XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá
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ORDEM UNIFICADO – DIREITO ADMINISTRATIVO
as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações.”
A simples leitura do dispositivo constitucional é suficiente, “data venia”, para
perceber-se que a regra da licitação é incidente sobre a contratação objeto do
presente feito, o que não foi observado pelos Réus.
Daí resulta a flagrante nulidade do contrato, dentre outros, por vício de forma,
ante a ausência de realização de licitação; ilegalidade do objeto, uma vez que seu
conteúdo viola a lei; e desvio de finalidade, na medida em que a contratação em tela
visa favorecer o filho da companheira do Prefeito.
Nesse diapasão, a Lei 4.717/65, no art. 2º, alíneas “b”, “c” e “e” e parágrafo
único, alíneas “b”, “c” e “e”, estabelece a nulidade dos atos como o objeto do presente
feito, “literis”:
“Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades
mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
...
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
...
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade
observar-se-ão as seguintes normas:
...
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância
incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à
existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato
importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
...
e) o desvio da finalidade se verifica quando o agente pratica o
ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou
implicitamente, na regra de competência.”
Mas não é só, Excelência.
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O mencionado contrato vem sendo custeado com dinheiro público, do que
resulta em flagrante lesividade ao patrimônio do Município Y, tudo isso sem embargo
da violação, pelo Réu, ao princípio da moralidade, a implicar na declaração da nulidade
do ato, notadamente com a imposição da devolução integral dos valores ilegalmente
gastos com o contrato.
Vale ressaltar, finalmente, que a conduta acima denunciada também configura
a prática de atos de improbidade administrativa, cuja persecução haverá de ser
efetivada pelo Ministério Público ou pela procuradoria da pessoa jurídica lesada, na
forma da Lei 8.429/92.
DO PEDIDO LIMINAR
Nesse particular, muito bom quem lembrou da nossa recomendação no sentido de ler
todos os artigos de cada seção da lei antes postitada!
b) Foi correta a decisão do governador em exonerar João das Neves, com aval da
Assembleia Legislativa, em razão da quebra de confiança? (Valor: 0,60)
TAMBÉM NÃO, UMA VEZ QUE O DIRIGENTE DAS AGÊNCIAS REGULADORAS GOZAM DE
ESTABILIDADE POR EXERCER MANDATO COM PRAZO PRÉ-FIXADO E SÓ PERDERÃO EM
RAZÃO DE RENÚNCIA, CONDENAÇÃO JUDICIAL OU PROCESSO ADMINISTRATIVO. É O
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QUE SE VÊ DOS ARTS. 6º E 9º DA MESMA LEI 9.986/00. (Acredito que qualquer desses
dois artigos pontuará integralmente esse item).
Recetemente. 3 (três) entidades privadas sem fins lucrativos do Município ABCD, que
atuam na defesa, preservação e conservação do meio-ambiente foram qualificadas
pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Buscando obter ajuda financeira do Poder Público para financiar parte de seus
projetos, as 3 (três) entidades apresentaram requerimento à autoridade competente,
expressando seu desejo de firmar um termo de parceria.
Com base na narrativa fática, responda às indagações abaixo, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) O poder público deverá realizar procedimento licitatório (Lei n. 8.666/93) para
definir com qual entidade privada irá formalizar termo de parceria? (Valor: 0,90)
b) Após a celebração do termo de parceria, caso a entidade privada necessite contratar
pessoal para a execução de seus projetos, faz-se necessária a realização de concurso
público? (valor: 0,35)
“Art. 23. A escolha da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, para a celebração do
Termo de Parceria, deverá ser feita por meio de publicação de edital de concursos de projetos pelo
órgão estatal parceiro para obtenção de bens e serviços e para a realização de atividades, eventos,
consultoria, cooperação técnica e assessoria. (Redação dada pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
o
§ 1 Deverá ser dada publicidade ao concurso de projetos, especialmente por intermédio da
divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão estatal responsável pelo Termo de Parceria, bem
como no Portal dos Convênios a que se refere o art. 13 do Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007.
(Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
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o
§ 2 O titular do órgão estatal responsável pelo Termo de Parceria poderá, mediante decisão
fundamentada, excepcionar a exigência prevista no caput nas seguintes situações: (Incluído pelo
Decreto nº 7.568, de 2011)
I - nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada situação que demande
a realização ou manutenção de Termo de Parceria pelo prazo máximo de cento e oitenta dias
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação da vigência do instrumento; (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
III - nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do Termo de Parceria já seja
realizado adequadamente com a mesma entidade há pelo menos cinco anos e cujas respectivas
prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
o
§ 3 Instaurado o processo de seleção por concurso, é vedado ao Poder Público celebrar Termo
de Parceria para o mesmo objeto, fora do concurso iniciado. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011)”