Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
No corrente ano
as cerimónias
comemorativas do
90.º aniversário do
Armistício, do 85.º
aniversário da Liga
e do Bicentenário
da Ordem da Torre
e Espada serão
realizadas na
mesma data:
15 de Novembro,
no Forte do Bom
Sucesso.
Soldado Milhões
Herói Nacional
núcleos
no país no estrangeiro
1º ABRANTES 24º FARO 48º PINHEL 1º SALLAUMINES (FRANÇA)
Rua do Arcediago, 16, 2000 Abrantes Rua José de Matos, 115-B Rua da República 24 Rue de Quimbera
Tel: 241 372 885 8000-501 Faro Mercado Municipal, Loja 3 62430 Sallaumines
nucleo.liga.combatentes@gmail.com Tel: 289 873 067 6400-440 Pinhel Tel: 0033 21677052
Tel: 271 412 414
2º ALCÁCER DO SAL 25º FIGUEIRA DA FOZ 2º S. VICENTE/MINDELO
Calçada 31 de Janeiro, 21 Rua Rancho das Cantarinhas, 44, R/C, 49º PONTA DELGADA (CABO VERDE)
7580 Alcácer do Sal Buarcos, 3080-250 Figueira da Foz Av. Infante D. Henrique, 13-A, 1º
Tel: 233 428 379 Chã de Marinha
Tel: 265 622 274 9500-150 Ponta Delgada Ribeira de Julião
Tel: 296 286 144 C.P. 89A-5V
3º ALCOBAÇA 26º FUNCHAL Tel: 2329105
Rua Luís de Camões, 63, R/C - D Rua do Ribeirinho de Baixo, 50º PORTALEGRE
2460-014 Alcobaça 33, 4º - Dtº, 9050-447 Funchal Rua 15 de Maio, 3 3º ONTÁRIO (CANADÁ)
Tel: 262 597 616 Tel: 291 220 141 7300-206 Portalegre 1171 Dundas Street West,
Tel: 245 202 723 Toronto
4º ALMADA 27º GUARDA Ontário M6J 1x3
Praça Gil Vicente, 13, 4º - F Praça Francisco Salgado Zenha 51º PORTO Tel: 416 534 75 15
2800-098 Almada 6300-694 Guarda Rua da Alegria, 39, 4000-041 Porto Fax: 416 534 31 71
Tel: 212 751 988 Tel: 271 211 891 Tel: 222 006 101
O futuro é
já amanhã
O
Programa Estruturante Liga Solidária âmbito do Stress Pós-Traumático que conduziu, no novo
arranca finalmente, no terreno, com a Plano, à criação de um Centro Médico Psicológico e
adjudicação e início das obras da 1.ª fase Social em Lisboa e a uma estrutura de apoio no país,
da adaptação do Lar dos Filhos dos permitiu garantir que 60% dos Núcleos se encontrem
Combatentes no Porto a Lar de Apoio informatizados e ligados à Internet e 75% dos Núcleos
Social dos Combatentes (Idade de Ouro) bem como tivessem melhorado a dignidade das suas instalações.
com a construção de uma Creche no espaço daquele Nada disto poderia ter sido feito e não poderá conti-
Lar onde funcionou uma antiga escola. O Programa que nuar a ser feito, sem o apoio do MDN. Torna-se pois
aguarda financiamento para Estremoz, Covilhã, Oliveira indispensável a continuação dos Programas Estruturantes
de Azeméis, Caldas da Rainha, viu-se enriquecido com no período 2009/2012.
mais uma cedência de terreno e projecto para a mesma Porém, tudo isto só tem sido possível com o Trabalho
finalidade, pela Câmara Municipal de Vila de Rei. Voluntário, não remunerado, dos Membros da Direcção
No Programa Estruturante Conservação das Memórias, Central e Dirigentes de Núcleos, bem como de Fun-
para além de outras actividades, a LC, no corrente ano, cionários da LC a quem saúdo e aponto como exemplos
com o apoio do governo da Guiné-Bissau e do seu IDN, de dedicação desinteressada, espírito aberto ao serviço
realizou a Operação Guidage com a localização, dos combatentes, em especial dos mais carenciados,
concentração e criação de condições de identificação constituindo-se como um universo ímpar nas Orga-
de 11 corpos de militares ali inumados. Para tal foi nizações da Sociedade Portuguesa.
recuperada pela LC uma Capela no cemitério de Bissau Não podemos deixar de fazer uma referência ao esforço
e aí concentrados os corpos, dos quais três foi possível do governo para regulamentar a Lei 9/2002.
identificar pelo INML, o que veio a permitir, por desejo Regulamenta-se finalmente o assunto dos emigrantes,
das famílias, a sua trasladação para Lisboa. bancários, solicitadores e jornalistas e admite-se a não
No âmbito do mesmo Programa, com o apoio das Forças caducidade do direito de requerer.
Armadas de S. Tomé e Príncipe e de Cabo Verde e a Porém, além de outras questões, a diminuição dos
colaboração dos nossos Adidos de Defesa acabam complementos já de si exíguos e a justificação na Proposta
de ser recuperados os cemitérios de S. Tomé e o de Lei que importa atender aos mais carenciados, dando
Monumento-Ossário do Sal. à lei um cariz social e não de puro direito adquirido
O Programa Estruturante Cultura Cidadania e Defesa pelo risco corrido, reforçam a ideia de que esta Lei,
para além da remodelação do Prémio LC/Defesa aprovada por unanimidade na AR, tem servido mais
Nacional e das comemorações do Bicentenário da para dividir do que para unir os combatentes, provo-
Ordem de Torre Espada, que decorrem, continuou a cando insatisfação, não tendo qualquer interesse para
recuperação do Forte e ali inaugurou o Museu do os mesmos que não seja a contagem do tempo de
Combatente onde está patente, além de outras, uma serviço.
exposição temporária de Leonardo Da Vinci que tem Tudo o resto é desperdício de dinheiro que cada vez
levado ao Forte do Bom Sucesso dezenas de milhares menos acrescenta em termos individuais, mas que se
de visitantes. gerido em conjunto, poderia conduzir à realização de
O Programa Estruturante Inovação e Modernização, objectivos e resolução de problemas importantes dos
para além do Protocolo estabelecido com o MDN no combatentes.
sumário
2
No corrente ano as
10 Considerações sobre a
cerimónias
comemorativas do
Guerra do Ultramar
90º aniversário do
Armistício, do 65º
aniversário da Liga
e do Bicentenário
da Ordem da Torre
e Espada serão
realizadas na
COMBATENTE
16 Vamos ajudar no stress pós-traumático Edição n.º 345
Trimestral
20 Dia da Infantaria Setembro 2008
Soldado Milhões
Herói Nacional
39 Exposição no Museu do Combatente Proprietário e Editor:
Liga dos Combatentes
Rua João Pereira da Rosa, 18
20
1249-032 LISBOA
Tel.: 213 468 245
Fax: 213 463 394
geral@ligacombatentes.org.pt
NIPC/NIF 500816905
Director:
Presidente da Direcção Central
4
Conselho Editorial:
39
Direcção Central
Director Executivo:
Hélder Freire
Secretariado:
Anabela Rodrigues
10
anabelarodrigues@ligacombatentes.org.pt
Concepção e paginação:
Maisimagem, Lda.
imagem@maisimagem.pt
Impressão e acabamento:
Consulte o Combatente online em Lisgráfica - Impressão e
w w w. l i g a c o m b a t e n t e s . o r g . p t Artes Gráficas, S.A.
Nota da Direcção geral@lisgrafica.pt
Como referido no número anterior convidou para Director Executivo Expedição:
deixou a Direcção da revista «Com- o jornalista Hélder Freire, sócio com- Translista, Lda.
batente» para que fora convidado pelo batente n.º 159.126. translista@ip.pt
Presidente da Direcção Central, o O jornalista Hélder Freire é detentor
Tiragem:
senhor Coronel Alberto Ribeiro de uma carreira profissional de mais 43.000 exemplares
Soares. de trinta anos, repartidos pela
A Liga dos Combatentes testemunha Imprensa escrita e Televisão, tendo Depósito Legal:
publicamente o apreço pelo trabalho exercido vários cargos de chefia e 210799/04
ISSN 223 582
desenvolvido ao longo de cerca de direcção. Como combatente, serviu ICS 101 525
cinco anos, (Nºs 325 a 344) e a em Angola e agora junta-se a nós,
forma voluntária, competente e para prosseguir os objectivos tra-
dedicada como serviu e cumpriu os çados pela Liga dos Combatentes. Tabela de Publicidade
objectivos estabelecidos. Contracapa ...................2.700
A fim de procurar manter e se possível Verso da capa ...............2.300
melhorar a revista «Combatente», o Verso da contracapa ......2.200
Página dupla ................3.400
Presidente da Direcção Central Página inteira ...............1.900
Meia página dupla ........1.900
Meia página .................1.200
Terço de página ...............800
Quarto de página ............500
Hélder Freire Rodapé ............................300
(IVA à taxa legal)
actual
3
R
ealizaram-se há dias as coube ao General Hugo Borges, então
cerimónias fúnebres de jovem Tenente Comandante de
três militares portugueses pelotão, e que esteve envolvido na Fundo da
Liga solidária
mortos e sepultados, em emboscada que a 23 de Maio de
1973, na Guiné-Bissau. Na 1973 deixou por terra os três
Escola de Tancos, antigos soldados pára-quedistas no Norte da
pára-quedistas da Companhia 121, Guiné.
veteranos da guerra colonial, pres- As urnas com os restos dos três mili-
Donativos 2008
taram uma sentida homenagem tares foram transportadas para
NIB 0035 0396 0022 0208 9305 8
aos camaradas de armas caídos em as localidades de origem dos três
Guidage. militares.
José Lourenço, António Vitoriano e Devido às circunstâncias da guerra
DO ANTECEDENTE 35.908,04
Manuel Peixoto, três pára-quedis- e do clima, acabou por se tornar im-
tas mortos em combate na Guiné possível na altura a evacuação dos
Companhia de
encontravam-se sepultados num corpos, tendo os restos mortais dos
Comandos 2043............. 253,50
pequeno cemitério próximo do três pára-quedistas ficado em repouso
Associação dos
aquartelamento português de num cemitério improvisado a escassa
Ex-Prisioneiros de Guerra
Guidage, onde a Liga dos Comba- distância do local onde tombaram.
Índia Timor..................... 500,00
tentes desenvolveu uma acção, em A trasladação para Portugal dos restos
Anónimo........................ 50,00
colaboração com as autoridades mortais dos militares, que perderam
Anónimo........................ 30,00
guineenses, de identificação e a vida já na derradeira fase da guerra
Núcleo Torres Novas....... 250,00
recuperação dos restos mortais ali colonial, foi o culminar de um esforço
inumados. iniciado há dois anos pela Liga dos
SALDO PASSA A: 36.991,54
As cerimónias fúnebres iniciam-se Combatentes, cujo Presidente Tenen- (valores em euros)
com uma missa de sufrágio na Igreja te General Chito Rodrigues esteve
da Força Aérea, em S. Domingos de presente em Figo Maduro, à chegada
Benfica, na presença das urnas das urnas e da União dos Pára-que- Lisboa, 15 de Setembro de 2008
dos três soldados pára-quedistas distas Portugueses.
O "Último Adeus" aos Pára-quedistas "Missão cumprida", afirmou o General
foi feito junto ao Monumento dos Hugo Borges.
Mortos em Combate na Escola de Ironia do destino, a data do ataque coin-
Tropas Pára-quedistas e o discurso cide com o dia dos pára-quedistas.
actual
4
Conservação
das Memórias
No âmbito do programa Conservação das Memórias foram
incluídas as Acções de Recuperação do Monumento/Ossário no
cemitério de Santa Maria, na Ilha do Sal, em Cabo Verde e no
talhão militar existente no cemitério de S. João da Vargem, em
S. Tomé e Príncipe.
E
stas acções só foram possíveis, damente empenhada em diversas os restos mortais daqueles militares, esteve
face ao interesse, disponibili- frentes, humanitária, partilha e conserva- presente o Presidente da Direcção Central
dade e empenhamento das ção das memórias, solidária, de apoio da Liga dos Combatentes.
Forças Armadas de Cabo Verde ao desenvolvimento e do aprofunda- Está-se ainda a preparar uma deslocação
e S. Tomé e Príncipe, o que mento do relacionamento entre comba- a Angola, a concretizar no início do
pela Liga dos Combatentes já foi opor- tentes que no passado estiveram frente próximo ano. A convite da Associação
tunamente reconhecido e agradecido. a frente, mas que hoje, não renegando dos Combatentes da Luta de Libertação
De realçar ainda a colaboração prestada as suas convicções, sacrifícios e dádivas, Nacional (ACLLN) de Moçambique, uma
pelos nossos Adidos de Defesa naqueles estão dispostos a encontrar caminhos delegação da Liga chefiada pelo seu Vice-
países e, no caso de S. Tomé, também comuns que, no presente, ajudem a en- -Presidente, esteve presente nas cerimó-
a supervisão técnica do 1.º Sargento contrar soluções que sustentem e nias comemorativas do 34.º Aniversário
Assessor do projecto N.º 3 da Coope- reforcem as suas relações, constituindo dos Acordos de Lusaka e 20.º Aniversário
ração Técnico-Militar. um excelente exemplo e contributo, pa- da criação da ACLLN.
O envolvimento dos militares cabo-ver- ra um futuro de paz e desenvolvimento. Participaram ainda no 14.º Encontro do
dianos e S. Tomenses neste programa A transladação recentemente efectuada Standing Committee on African Affairs
da Liga dos Combatentes é um sinal para Portugal de três militares, só foi (SCAA) no quadro das reuniões regionais
real e concreto da assumpção e partilha possível pela acção desenvolvida pela da Federação Mundial dos Antigos
de uma história comum e do reconhe- Liga dos Combatentes em Guidage, Combatentes e em reuniões bilaterais
cimento da dignidade que merecem os criando, no quadro do protocolo com com a ACLLN, no sentido do estabeleci-
restos mortais de militares portugueses o IDN/RGB, as condições para a sua mento de um memorando de Enten-
inumados naqueles países. concretização pela União Portuguesa dimento/Protocolo com esta Associação,
No que respeita à Guiné-Bissau a Liga de Pára-quedistas. cujo Presidente é Sua Excelência o Presi-
dos Combatentes encontra-se profun- À chegada a Portugal das urnas contendo dente da República de Moçambique.
5
Festa rija
em Manteigas
Tiveram lugar há dias,
em Manteigas as comemorações
do 73.° Aniversário deste Núcleo.
Albufeira (Fontainhas)
Monumento aos Combatentes
Por iniciativa da CM de Albufeira, sob a
presidência do Sr. Desidério Jorge da Silva O Presidente da Direcção Central da
e do Presidente do Núcleo do Algarve, Liga inaugurou o monumento com
Sr. Paulo de Almeida, foi erigido em o Presidente da Câmara de Albufeira.
Albufeira, freguesia das Fontainhas, mais
um monumento aos Combatentes. No
dia 13, pelas 17h00, com a presença de
uma força militar da Unidade de Tavira
e as entidades civis, militares e religiosas,
teve a cerimónia o seu início com a
bênção do Monumento, a que se
seguiram intervenções do Sr. Presidente
da Câmara, do Presidente do Nuclegarve
e o Presidente da Liga dos Combatentes,
General Chito Rodrigues. Foi colocada
uma coroa de flores e descerrada a Bandeira
Nacional da placa onde figuram os nomes
dos militares do Concelho, caídos no ex-
-Ultramar. Muito público presente e muitos
combatentes dos Núcleos de Lagoa,
Portimão e Olhão, com os respectivos
presidentes. Seguiu-se no local, o
lançamento da primeira pedra da
Aldeia da Solidariedade com a qual se
pretende apoiar jovens e idosos do
Concelho. A Liga dos Combatentes
agradece o convite e felicita a Câmara
de Albufeira pelas acções concretizadas
e dá relevo à acção do Senhor Paulo de
Almeida, digno sócio desta instituição.
actual
8
Ao Núcleo de Sesimbra
exorto-vos a continuar
o excelente trabalho
que vêm desenvolvendo
O Coronel Adalberto Fernandes,
Secretário-Geral da Liga dos Combatentes, A cerimónia que aqui decorre é bem o
quando agradecia a todos o momento que exemplo deste relacionamento frutífero
se estava a viver e empenhado.
Sesimbra
centros sociais de apoio e lares para
grandes vocações estatutárias, revelada os combatentes mais carenciados,
cada uma delas numa linha de inter- evidentemente, com o apoio de institui-
venção na Sociedade Portuguesa. ções do estado e autarquias locais.
Várias foram as entidades que A primeira dirigida aos seus associados, Uma palavra de estímulo à vida asso-
quiseram estar presentes na os combatentes por Portugal. ciativa e ao trabalho prospectivo do
inauguração, em Sesimbra, do A segunda vocacionada para o benefício Núcleo de Sesimbra, sublimada a
monumento que evoca os antigos do país e dos cidadãos na defesa dos excelente colaboração das insti-
combatentes. valores patrióticos, humanistas e uni- tuições locais, nomeadamente da
Por parte da Liga, esteve presente o versais da acção de Portugal no mundo. Câmara Municipal e das restantes
Secretário-Geral Coronel Adalberto Definem-se através de um trabalho autarquias locais.
Travassos Fernandes que disse: activo de carácter assistencial e de Esta terra virada para o desenvol-
«As minhas primeiras palavras dirigem- solidariedade para com os combatentes, vimento, de grande dinamismo,
-se aos cidadãos aqui presentes que se pela sua dignificação e também numa permanece no nosso imaginário como
quiseram associar a esta cerimónia de intervenção enérgica na educação para uma terra fascinante que ao longo dos
homenagem à memória dos Comba- a cidadania em especial entre os jovens. tempos tanta gente têm atraído ao
tentes por Portugal. Pensamos por isso que valemos a aten- seu ambiente.
Em particular dirijo-me às autoridades ção e merecemos o apoio de muitos Ao Núcleo de Sesimbra exorto-vos
presentes, saudando-as e agradecendo dos nossos concidadãos, sensíveis a continuar o excelente trabalho
calorosamente a sua presença, pois sempre a um valor inestimável que é a que vem desenvolvendo, fazendo-o
revela a adesão a este acto simbólico segurança dos povos e a defesa da nossa publicamente para que o vosso
que aqui levamos a efeito, de muitos cultura solidária, humanista, tolerante compromisso possa ganhar a força da
mais cidadãos, todos aqueles que Vs. e democrática. solidariedade desta comunidade
Exas aqui formalmente representam.» Na LC somos 52.000 associados activos ímpar nesta região ímpar do nosso
E, de facto, estavam ali todos os repre- e federamos 71 Núcleos organizados Portugal.
sentantes das forças vivas do Concelho: pelo continente, regiões autónomas e A LC é uma instituição transversal na
o Presidente da Câmara, Presidente da também no estrangeiro. sociedade Portuguesa incluindo os
Assembleia Municipal, Presidente do Construímos monumentos por todo o combatentes do passado, do presente
Núcleo da LC de Sesimbra, Presidente país e prestamos homenagem aos e do futuro. Temos orgulho na nossa
da Junta de Freguesia, além de muitos Combatentes, todos os anos nesses locais. história e naqueles que deram o
populares. Fazemo-lo sistematicamente a 9 de Abril, contributo máximo para que Portugal
dia do Combatente na Batalha, a 11 de existisse e se afirmasse no mundo. Este
Merecemos o apoio Novembro dia da Paz entre as Nações, monumento é a homenagem aos jovens
de muitos dos nossos concidadãos a 16 de Outubro dia da fundação da de Sesimbra que deram a vida por
Prosseguindo, o Coronel Adalberto LC. Fazemo-lo também e dizemo-lo com Portugal. Guardaremos para sempre a
Fernandes garantiu que «LC assume orgulho, apoiados e acarinhados pelas vossa memória e a vossa glória. Dulce
decididamente no nosso tempo duas principais forças vivas das comunidades et decorom est pró pátria mori.»
actual
9
82.º aniversário
Covilhã
do núcleo
O Secretário-Geral da Liga dos no Cemitério da Covilhã e home-
Combatentes Cor. Adalberto nagem aos mortos na Guerra do
André Travassos Fernandes -Ultramar, no Monumento aos
visitou a Sede do Núcleo da Combatentes.
Covilhã, onde decorreu uma Na oportunidade, o SG proferiu al-
sessão de trabalho, com a gumas palavras de homenagem aos
Direcção, tendo sido abor- combatentes e ao aniversário do
dados e debatidos os progra- Núcleo, referindo valores históricos
mas que o Núcleo tem desen- e patrióticos que constituem o lema
volvido. Foi apresentado o da LC. Destacou o espírito de iniciativa
projecto de construção do Lar da Direcção do Núcleo e agradeceu a
e Creche da LC a construir na colaboração da Autarquia, de todas
Covilhã. as Entidades e dos sócios.
O Presidente do Núcleo João Finalmente decorreu uma confra-
Azevedo desenvolveu o tema ternização entre os sócios e convida-
e informou das diligências e dos, tendo o SG feito a entrega de
colaboração com a Câmara Testemunhos de Apreço aos sócios
Municipal da Covilhã. com mais de 25 anos de filiação.
Após a sessão de trabalho
seguiu-se a visita ao novo terre-
no destinado à construção
daquela infra-estrutura.
Trata-se de um espaço bem
localizado e que permite a
edificação daquele empreen-
dimento com um excelente
enquadramento urbanístico e
paisagístico.
Seguiu-se a visita aos talhões
J. M. Brochado de Miranda
General
S Considerações
e nos dermos ao cuidado as inúmeras etnias que formam o
de procurar, nos planos mosaico africano, as suas diferenças
curriculares dos cursos linguísticas e culturais que ainda mais
a guerra do
ministrados na Força as separavam, as guerras que travaram
Aérea, temas que se de- entre si, as migrações internas, a
senvolvam à volta da moralidade presença no terreno de unidades
e da justificabilidade da guerra, combatentes formadas por negros ou
1961-1974
vamos encontrar vários, aos diversos mistas a combater a subversão, as
níveis. amizades e inimizades entre brancos
Estudei temas desta natureza. Assim e pretos.
formei e fortaleci as minhas convi- Outro cuidado que devemos ter ao
cções sobre a matéria como compete analisar criticamente o passado, é o
a um soldado "du metier". de não o fazermos à luz do presente,
Por outro lado, li tudo o que me sob pena de cometer erros de apre-
«Hoje, olhando para trás,
apareceu sobre a guerra subversiva/ ciação graves, distorcendo comple- de nada me acusa a
guerra revolucionária travada pelos tamente os juízos. consciência.
ingleses no Quénia e na Malásia e pelos Durante os anos de guerra verificou-
franceses na Indochina e na Argélia. -se um surto de desenvolvimento Lutei o melhor que
Daí que, quando fui chamado a lutar surpreendente, com tendência para pude e soube, com
pelos interesses de Portugal em aumentar.
África não levava qualquer dúvida Podíamos admitir que Angola e Mo-
agressividade mas sem
quanto à legitimidade do que ia çambique se viriam a bastar a si pró- ódio.»
fazer nem padecia de qualquer
crise de consciência, nem de con-
dicionamento ideológico. Ia bem
preparado psicológica, doutrinária e
tecnicamente. Lutei o melhor que pude
e soube e fiz bom uso do que aprendi
e pratiquei ao longo de uma
carreira que, na altura, já levava uns
bons 20 anos de estudo e de treino
operacional.
Na condução deste tipo de guerra,
como executante e como chefe,
comandante de subunidades opera-
cionais, tinha comigo a noção clara de
que a grande massa da população era
a sua maior vítima e por isso sempre
me preocupei em evitar atingi-la.
Hoje, olhando para trás, de nada
me acusa a consciência. Lutei o Em qualquer conflito armado
melhor que pude e soube, com podemos apreciar dois vectores:
agressividade mas sem ódio. um de destruição e outro
Quando me competia, agi contra de desenvolvimento.
actos de violência gratuita, reprimindo
atitudes negligentes e corrigindo prios dentro de um prazo não muito A Força Aérea participou neste fenó-
procedimentos incorrectos. longo. Este desenvolvimento, resul- meno, implantando em territórios de
Em qualquer conflito armado podemos tante da presença e da acção mora- uma dimensão 21 vezes superior à do
apreciar dois vectores: um de destruição lizadora e estimulante das Forças Portugal europeu, no curto espaço de
e outro de desenvolvimento. Armadas, coincidiu com os "30 uma dezena de anos, uma infra-estru-
Ao analisarmos a Guerra do Ultramar gloriosos anos" (1941-1975) de tura aeronáutica de fazer inveja a
é bom não esquecer os vários con- prosperidade económica verificados qualquer país africano, maior e melhor
dicionamentos que a regulavam e os na Europa, Portugal incluído (leia-se do que a que possuía no aquém-mar.
factores psicológicos e sentimentais "O Dever de Verdade", Medina Carreira Apesar de termos contra nós, comba-
em jogo: as rivalidades ancestrais entre e Ricardo Costa, 2007). tentes, a chamada Quinta Coluna ou
11
sobre
Mas o conflito já levava muitos anos deixou de ter concorrentes para
e a Nação cansou-se. Cansaram-se as preencher as vagas. A Quinta Coluna
Mães que já não queriam ver os filhos começou a desenvolver nas escolas,
particularmente nas universidades, uma
ultramar
partir para "longes terras" onde
os imaginavam campanha con-
sujeitos a perigos Se olharmos a nossa histó- tra a guerra e de
que afinal nem abandono (leia-se
eram maiores do ria verificamos que em "Foi assim", de
que os que os es- guerras passadas desta Zita Seabra, 2007).
frente interna, estávamos a conseguir preitavam junto dimensão vieram chefes E assim a Nação
dominar os avanços dos adversários ao ninho mater- de fora para nos coman- desistiu de lutar,
armados que partindo de países vizinhos, no (atente-se nos pura e simples-
perdiam ímpeto à medida que as suas a c i d e n t e s d o dar e, depois, explorar. mente, abando-
linhas logísticas se estendiam. É provável trânsito rodo- nando de um dia
que a Guiné não pudesse ser sus- viário). Os oficiais e sargentos para o outro, vergonhosamente,
tentada pela falta de profundidade do expedicionários do quadro per- os combatentes que se encontravam
território e, suprema hipocrisia, por manente, sujeitos a comissões na linha da frente, tal como já fizera
não podermos atacar as bases dos de serviço sucessivas, com interva- nos últimos meses da I GG.
guerrilheiros em territórios limítrofes los de permanência na Metrópole Do ponto de vista militar, podemos
para onde fugiam a lamber as feridas inferiores às ausências, alguns com orgulhar-nos de ter conduzido uma
e a recuperar de eventuais desaires, problemas de desagregação familiar, guerra em quatro frentes, três das
depois de nos virem bater. amoleciam. A Academia Militar quais a milhares de quilómetros de
distância da base de partida e de
sustentação, com uma grande e
complicada componente logística, com
m
meios de transporte aéreo de longo
«tinha comigo a noção clara curso de fraca capacidade e mal
de que a grande massa da po- equipados, obrigados a circundar
pulação era a sua maior vítima e África e a atravessar a frente inter-
por isso sempre me preocupei -tropical sobre o golfo da Guiné
em evitar atingi-la.» (epopeia que ainda não foi
ca
cantada), sob o comando de chefes
militares portugueses competentes, sem
ter sofrido desaires militares. De termos,
em poucos anos, provocado um surto
de desenvolvimento assinalável em
territórios adormecidos ou explorados
por estranhos a Portugal. Se olharmos
a nossa história verificamos que em
guerras passadas desta dimensão vieram
chefes de fora para nos comandar e,
depois, explorar.
Em contraste com a situação exposta,
a guerra do Ultramar veio encontrar-
-nos preparados, por clarividência dos
chefes políticos e militares de então e
por pertencermos à NATO. Não houve
que recorrer a chefes militares estra-
nhos. Por isso, as nossas campanhas
nos três teatros de operações africanos
são hoje estudadas por autores e
escolas estrangeiras.
Combati o melhor que pude e soube,
com a humanidade possível e sem ódio.
Respeitei o Juramento.
destaque
12
o mais condecorado
a fuga duas vezes no Grão-Ducado de
Baden, no sudoeste da Alemanha, sem
sucesso. Viria a escapar, com enorme
Oficial português
arrojo, a partir do Grão-Ducado de
Mecklemburgo, nas margens do Báltico,
conseguindo chegar à Dinamarca por
ocasião do Armistício.
Regressado da guerra, continuou a
Após efémera passagem pelo Condecorado com Medalha de Ouro carreira militar sendo colocado na
Seminário, frequentou o Liceu de Faro do Valor Militar com Palma e com a guarnição de Coimbra.
onde concluiu o curso liceal. Assentou oficialização da Ordem de Espada. Inscreveu-se na Faculdade de Direito e
praça em 1916, frequentou o Curso concluiu a licenciatura em 1926.
de Oficiais Milicianos de Infantaria, David Neto foi herói pela É este intemerato militar, o então
foi mobilizado e serviu no Corpo dignidade de Portugal Capitão David Neto, que, ao entardecer
Expedicionário Português. Na guerra, patenteou heroicidade. Um do dia 28 de Maio de 1926, com a
Pai do Presidente do Núcleo de Lagoa, dos seus notáveis feitos consistiu diminuta força do piquete de prevenção
Portimão da Liga dos Combaten- em capturar, apenas acompanhado do de Infantaria 23, ocupa o Quartel
tes Paulo Júlio de Abreu Neto, o Major seu ordenança, uma patrulha alemã General de Coimbra onde conteve em
David Neto foi combatente da IGG, de comando de oficial detectada em respeito o Comandante da Divisão, o
condecorado com a Cruz de Guerra trincheiras perto da sua posição. Esta seu Estado-Maior e dezenas de oficiais
por feitos em combate. Prisioneiro de proeza mereceu a condecoração e sargentos. Nessa noite fez aderir ao
Guerra, militante do 28 de Maio, britânica "Military Cross", a Cruz de Movimento toda a guarnição de
Membro da Comissão das Candida- Guerra, a promoção por distinção a Coimbra e fez alastrar outras adesões.
turas à Presidência da República do Tenente é referida no Livro de Ouro da Mais tarde, já como Comandante de
Almirante Quintão Meireles e do Infantaria. Divisão da Polícia de Segurança Pública
General Humberto Delgado. O então Tenente David Neto foi feito de Lisboa, desenvolveu acção enérgica
13
O General Humberto
Delgado foi apoiado
pelo Major David Neto
que, mais tarde, sofreu
as consequências desse
seu acto de liberdade e
na prevenção e na repressão do crime Desinteligências com a hierarquia
cidadania.
que campeava na capital. militar levaram-no a insistentemente,
Foi alvo de vários atentados. requerer a passagem à reserva e à
demissão do Exército; afastou-se deci-
Detentor do conjunto das mais sivamente em licença ilimitada.
elevadas condecorações.
O seu livro "Doa a quem doer", Adoptar Portimão
publicado em 1933, é um documento O Major David Neto afeiçoou-se a
crucial para conhecer o carácter, inter- Portimão que adoptou como terra sua,
pretar o pensamento, perspectivar as que dignificou e beneficiou com
atitudes de David Neto. magnanimidade.
Viria a fazer parte das comissões Cedeu gratuitamente, para construção
nacionais das candidaturas à Presi- de pavilhões de oncologia, um terreno
dência da República do Almirante no Bairro do Pontal.
Quintão Meireles e do General Ofereceu o terreno onde veio a ser
Humberto Delgado, o que constituiu edificado o actual Hospital Distrital de
oportunidades privilegiadas para, na Portimão.
«Oposição», contestar a «Situação». Ao preço simbólico de 10 escudos por
Tinha, entretanto, sido condecorado metro quadrado, vendeu ao Estado o
com a Medalha de Ouro do Valor terreno onde viria a ser construído o
Desiludido com o rumo
Militar com Palma e com o Oficialato novo liceu, agora Escola Poeta Aleixo. da situação político-militar
da Torre e Espada com Palma. Estas Já perto do fim da vida, doou ao Por- da época, o Major Diogo
elevadas condecorações, com as timonense cerca de 40 mil metros Neto dedicou-se à
alcançadas em combate na Flandres, quadrados para construção de novas reflexão e à filantropia
tornaram o Major David Neto o Oficial estruturas desportivas. que muito beneficiaram
do Exército Português detentor do Na Mexilhoeira da Carregação, doou Portimão.
conjunto das mais elevadas conde- o Palácio Júdice.
corações. O Major David Neto adoptou Portimão
destaque
14
Cte. Bellem Ribeiro
Coordenador do Centro de Cidadania
e Defesa da Liga dos Combatentes
O despertar
das Consciências
A Liga dos Combatentes, fiel Em 2013 vamos comemorar os cento
e cinquenta anos da criação da Meda-
aos seus objectivos estatutá- lha Militar em Portugal, símbolo de
rios, esteve e estará sempre na orgulho dos combatentes de todas
primeira linha da defesa de as campanhas e de todas as gerações,
que orgulhosamente representamos
Portugal e da sua História. em Portugal.
Assim, após dois longos anos de
C
preparação e contactos intensos,
amaradas Combatentes de conseguimos obter o apoio da
Portugal! Aproximam-se no Presidência da República, dos
tempo significativas efemérides Chanceleres e Conselhos das Ordens
que podem despertar os ci- Honoríficas Portuguesas e dos Chefes
dadãos da República para a necessidade Militares para a organização deste
da construção da consciência colectiva programa de homenagens 2008-
da defesa das causas, dos valores e dos -2013, aos heróis combatentes pela Armadas, deu-nos a honra de presidir
interesses de Portugal, em todas as épo- defesa da nossa pátria, a começar já em 13 de Maio passado, na sede
cas e por todas as gerações sem excepção. este ano pela valorização da da Liga, à primeira cerimónia de ho-
A Liga dos Combatentes, fiel aos seus condecoração portuguesa mais menagem aos condecorados com a
objectivos estatutários, esteve e estará prestigiada: a Ordem da Torre e Torre e Espada, e na qualidade de
sempre na primeira linha da defesa de Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Presidente de Honra da Liga dos
Portugal e da sua História. Defendemos assim que está chegado
Com efeito, podemos com orgulho o momento oportuno e inadiável para
anunciar-vos que: homenagear publicamente, com
Em 2008 comemoramos os duzentos visibilidade junto de todos os
A Rainha de Inglaterra prestando
anos da criação da Ordem da Torre e Portugueses, aqueles que na tradição
homenagem aos condecorados do
Espada, a par com os noventa anos da dos primórdios da Torre e Espada,
Reino Unido.
evocação da Paz entre as Nações ainda hoje defendem pelas armas ou
(em memória do armistício). Em 2009 com a sua acção empenhada os
vamos comemorar os noventa anos da valores, os interesses e as causas de
institucionalização das condecorações a Portugal, e por esse facto ostentam
colectividades, pois que o estandarte da orgulhosamente ao peito as
Liga (distinção ímpar atribuída a uma Ordens e as Medalhas Militares da
associação da sociedade civil), é hoje um República.
dos mais condecorados. Em 2007, a nossa Assembleia-Geral,
Em 2011 vamos comemorar noventa e antecipando-se a esta comemoração,
cinco anos sobre a criação da Medalha decidiu por unanimidade atribuir no
da Cruz de Guerra, símbolo de mérito ano do seu bicentenário, o estatuto
indissociável da história da Liga. de Sócios Honorários a todos os
Em 2012 vamos comemorar cento e c i d a d ã o s Po r t u g u e s e s v i v o s ,
oitenta anos sobre a elevação da Ordem condecorados com a Ordem da Torre
da Torre e Espada a condecoração cimeira e Espada.
do Estado Português, atribuída aos Sua Excelência o Senhor Presidente da
heróicos combatentes por Portugal, sem República, Grão-Mestre das Ordens
ligação a privilégios, desde o soldado ao Honoríficas Portuguesas e
marechal. Comandante Supremo das Forças
15
mais empreendedores, os
mais capazes, enfim, as
figuras de identificação
mais consensuais dos
Portugueses que a nós se
juntaram a 13 de Maio na
Liga e a quem vamos
pedir de novo que se
apresentem com orgulho,
envergando ao peito
os seus colares da Torre
e Espada, para serem
justamente homenagea-
dos por todos os Portu-
gueses que amam a sua
pátria, que a nós se
juntem no dia 15 de
Novembro de 2008,
comemoração conjunta
dos duzentos anos desta
Portugueses detentores da Ordem, do 90.º aniversário
Torre Espada. do Armistício e do 85.º da
Liga, a partir das 14h30,
Combatentes, conferiu pessoalmente cidadãos, as datas de evocação da iden- frente ao monumento aos Combatentes
aos quinze condecorados homena- tidade e da unidade das suas nações, bem Por Portugal em Belém.
geados, aí presentes, o título de Sócios como os eventos anuais em que incan- Nesta data desfilarão até ao nosso
Honorários vitalícios da Liga. savelmente agradecem o esforço e o Monumento, 25 estandartes condeco-
Há-de chegar o dia em que também sacrifício dos seus combatentes pela defesa rados das unidades Militares agraciadas
em Portugal os órgãos de soberania da independência e pelas causas da com a Torre e Espada, 40 bandeiras
prestem activa e empenhadamente liberdade e da democracia nos seus países. igualmente condecoradas, de Municípi-
homenagem a todos os que defenderam Há-de chegar o dia em que também os, corporações de Bombeiros e outras
e continuam hoje a defender Portugal em Portugal os órgãos de soberania associações, de norte a sul do país, e
Merecemos sentir-nos orgulhosos, na prestem activa e empenhadamente certamente também, cheios de merecido
Liga dos Combatentes, por termos tido homenagem a todos os que defenderam orgulho, os 71 guiões representando a
a iniciativa de lembrar nestas datas e continuam hoje a defender Portugal: totalidade dos Núcleos da Liga dos Com-
marcantes, aos nossos compatriotas, o - Pelas armas, quando os Portugueses se batentes, distinguidos com o laço azul
e o pendente da Torre e Espada, escolta-
orgulho que sentimos pela nossa história sentem ameaçados; - Pela inteligência,
dos cada um por três combatentes osten-
quase milenar e a confiança que queremos quando é preciso defender os nossos
tando ao peito as suas medalhas militares.
transmitir-lhes, no valor dos símbolos de direitos e interesses; - Pela acção cívica,
Em frente ao Monumento, nesse mesmo
mérito e no testemunho dos que mere- nas causas da liberdade, da democracia
dia, estareis presentes estou certo, todos
ceram essas distinções. Queremos que os e dos direitos humanos; - Pela prioridade
os que nos estais a ler, para prestarmos
cidadãos que fazem o Portugal de hoje, do bem comum, quando alguns colocam conjuntamente a homenagem devida
sintam também nestes símbolos e em causa a autoridade democrática do aos Combatentes Torre e Espada, aos
testemunhos, um forte incentivo para nosso Estado de Direito. vivos, aos que nos precederam e aos
seguirem esse exemplo dos nossos Havemos também de conseguir que civis que tombaram, ao lado de tantos outros
maiores, bem como desejarem eles e militares sintam orgulho em ter ao em defesa da nossa Pátria.
próprios merecer tais símbolos de peito, em momentos públicos por todos É com esta palavra mágica "Presente"
reconhecimento de Portugal aos seus reconhecidos, os símbolos de mérito com que contamos reencontrar-vos a todos,
melhores. que a República os distinguiu e que hoje sócios da Liga, bem como de todas as
Vale a pena lembrar aos nossos órgãos ainda se encontram escondidos nas Associações de Combatentes, a
de soberania que os seus equivalentes gavetas do esquecimento. marcarmos em uníssono, no Sábado 15
Europeus, nossos aliados desde sempre Nós já conseguimos, como as fotos de Novembro, este belo compromisso
valorizaram, através de cerimónias de ilustram, erguer do fundo do com a continuidade do nosso Portugal
estado bem visíveis por todos os seus esquecimento os mais audazes, os soberano.
inquérito
16
O exemplo
Dirigindo-se aos presentes, General
Chefe do Estado Maior do Exército,
Presidente da Câmara Municipal de
Mafra, deputado à Assembleia da
de D. Nuno
República, Cor. Marques Júnior, e
muitos convidados civis e militares
o vice-Chefe do Estado Maior do
Exécito, agradeceu, a todos a pre-
Álvares
sença, dizendo: «Ter-vos na Casa Mãe
da Infantaria, e de uma forma sau-
davelmente rotineira, invocando
D. Nuno Álvares Pereira, sem nunca
evocado
Ala dos Namorados de Aljubarrota, é
um privilégio!»
Mais à frente, e depois de exaltar a
coesão da Infantaria, ao longo dos
no dia da
anos em que foi chamada a cumprir
o seu dever de defender o País, o Ten.
General Oliveira Cardoso lembrou que
dali, de Mafra, «deste secular e impo-
em
ainda confiantes; No despertar dos
dias de hoje prontos para onde quer
que seja, cumprir o nosso dever que,
não duvidamos hoje, nunca duvidá-
Mafra
mos em todas as circunstâncias, ser o
desígnio de Portugal.»
A
Portugal lhes confiou vai a nossa
memória de solidariedade e a nossa confiança.
O vice-Chefe do EME não esqueceu
D. Nuno Álvares
ainda aqueles que ainda hoje, em
Pereira e o para- circunstâncias diversas servem
lelismo entre a Portugal, abarcando-os nesta «singela
sua acção decisiva em homenagem aos presentes e também
àqueles que noutras paragens de
Aljubarrota e os dias de Portugal albergam Unidades da nossa
hoje, foram o pretexto es- Infantaria vai o nosso reconhecimento
colhido pelo Director da e a expressão de quanto o vosso
carinho nos conforta.
Arma de Infantaria, Ten. Para os nossos camaradas em terras
Tenente General
Oliveira Cardoso
General Oliveira Cardoso longínquas em cumprimento de missões
para assinalar, no passado que Portugal lhes confiou vai a nossa
solidariedade e a nossa confiança.»
dia 14 de Agosto, em Aljubarrota é a expressão máxima de
Mafra, o Dia da Infantaria. uma política externa inconsequente,
21
O soldado Milhões
a Guerra, o soldado recebeu outras
condecorações portuguesas e estrangeiras.
Em 1928, Aníbal Milhais decide emigrar
para o Brasil, mas em Agosto regressou
à sua terra, depois de ter surgido uma
Perante o soldado, que, no fundo, era apenas um homem
iniciativa de outros emigrantes portugue-
simples e grande contador de histórias, desfilaram «em ses em terras de Vera Cruz que viram nele
continência» 15 mil soldados aliados a «personificação completa de Portugal
A
eterno». Remeteram Milhões para a Pátria
níbal Augusto Milhais a hora da tropa foi incorporado no Regi- com uma «boa soma» nas algibeiras.
ficou conhecido como mento de Bragança e mais tarde no do «Há ideia de que ele matou muita gente...
«o soldado Milhões». Chaves. Em 1917 «partiu para a frente mas ele tinha a convicção de que, apenas,
A verdade é que a maior de combate». Um ano depois, chegava reagiu para se defender. Milhões ao folhear
parte dos seus descen- o «grande momento, o da batalha de La os jornais e fotografias da época, apenas
dentes adoptou o apelido Milhões, «Ele Lys», na Flandres. O dia preciso: 9 de Abril. se queria lembrar dos que não conseguiu
era a pessoa com quem a gente brincava Rezam as crónicas que uma força salvar. Não se orgulhava dos números da
e acima de tudo era um amigo». Era um portuguesa se viu atacada pelos alemães. mortandade nem dava muita importância
homem de grandes valores, um homem A nossa força chegou a ser destroçada e a tantas medalhas. Foi, até ao fim da vida,
de palavra e com grande sentido a situação era «a pior possível». Muitos um homem simples que as circunstâncias
portugueses foram mortos e os
de justiça». Sempre bem disposto: das lutas daquele tempo fizeram herói.
sobreviventes obrigados a retirar. O
Mesmo nos piores momentos, ele «Ele achava que fez, apenas, o que qual-
soldado Milhais viu-se sozinho numa
conseguia transmitir coragem». era um quer um, em circunstâncias iguais,
trincheira e, então, ergueu-se, de metra-
homem muito simples e bem disposto, teria feito». Milhões evitava falar da
lhadora Lotz em punho, e varreu uma
capaz de contar uma boa história conta coluna de alemães que vinham em guerra, apesar de considerar que o seu
a família. motocicletas. Terá feito o mesmo às gesto «tinha sido corajoso». Trabalhava
colunas de boches que entretanto no campo e gostava de conversar, «com
«Tu és Milhais, mas vales milhões» surgiram. Parece que os alemães terão muita naturalidade e sem vaidade».
Aníbal nasceu em Valongo, concelho de julgado que, em vez de um camponês «Homem baixo. 1 metro e 55 centímetros.
Murça, em Trás-os-Montes. Agricultor sozinho, enfrentavam um fortíssimo Testa inteligente. Olhar penetrante.
durante toda a vida, com excepção do regimento de portugueses e ingleses. Rosto simpático com farto bigode semi-
tempo em que esteve na guerra. Chegada Mas, afinal, era apenas Milhais e a sua -grisalho.
pub
24
pub
25
actual
26
C
orrespondendo a uma Rodrigues, Presidente da Direcção - Que todos os actores internacionais,
iniciativa da FMAC Central que, depois de saudar todos fundamentalmente aqueles que do-
(Federação Mundial os presentes, frizou: minam a cena internacional, actuem
dos Antigos Comba- «Não queremos estar aqui hoje, em por forma a que os períodos de Paz
tentes, a Liga dos mais um encontro da utopia ou em sejam exponencialmente superiores
Combatentes e a ADFA, promove- mais uma marcha pela utopia da Paz. aos períodos de guerra e que façam
ram, juntamente com outras Queremos que este encontro e todos tender estes, para zero.
entidades, no passado dia 21, junto os que hoje se realizam pelo mundo
ao Monumento aos Combatentes fora, com a participação dos antigos Quando falamos de Paz somos
do Ultramar, ao lado do Forte do Bom combatentes, nos mais diversos normalmente levados a pensar em
Sucesso, vizinho da Torre de Belém, conflitos, tenha uma finalidade conflitos de origem externa e em que
uma concentração de organizações concreta a médio ou longo prazo. estivemos, estamos ou podemos estar
de combatentes e outras associa- Nós, combatentes, conhecemos num envolvidos.
ções cívicas. longo período das nossas vidas, a
O objectivo, foi associar os com- realidade da vida, em estado de
batentes e público em geral, às guerra.
iniciativas que, na mesma data, se Conhecemos algo que nenhum de
realizaram por todo o mundo, onde nós ambicionou conhecer.
há organizações filiadas na FMAC, Nós que tivemos o triste fado de ter
que assim pretendeu acompanhar as que fazer a guerra, somos o veículo
Nações Unidas, nos seus esforços pela ideal para dizer aos que a não fizeram
paz no mundo. e aos políticos que a determinam,
A cerimónia, em Portugal, constou que ela é normalmente um absurdo,
de uma marcha simbólica, entre o uma catástrofe e sempre destruição
Monumento aos Combatentes do de vidas e bens.
Ultramar e a Torre de Belém, e volta, Por isso, quando hoje aqui nos
tendo, na altura sido depositada, no reunimos evocando a Paz para o
monumento, uma coroa de flores em mundo, sabemos, conhecemos a
homenagem aos mortos verdadeira realidade humana. Fomos
Durante a cerimónia usaram da parte, da parte difícil da verdadeira
palavra o Presidente da ADFA, Co- história do homem na Terra.»
mendador José Arruda, que se refe- Depois de garantir que os com-
riu à participação na XIV Reunião do batentes conhecem bem o desejo de
Comité Permanente dos Assuntos de paz e justiça dos cidadãos, o Presi-
África, recentemente realizado em dente da Direcção Central da Liga
Moçambique, onde as delegações de dos Combatentes acrescentou:
combatentes portugueses, foram «Aqui apelamos, hoje, por um objecti-
muito bem recebidas pela Associação vo atingível e viável quer pelos
de Combatentes de Moçambique, senhores do mundo, quer pelos que Uma palavra de estímulo para aqueles
cujo Presidente é o Chefe de Estado se sentem com forças para domi- militares que hoje, face a decisões
moçambicano Armando Guebuza. narem os seus vizinhos ou mesmo políticas tomadas, se encontram em
Por parte da Liga dos Combaten- aqueles que lutam pela sua própria teatros de guerra.
tes, falou o Tenente General Chito sobrevivência, como povos: Para eles o nosso carinho e desejos
27
Eça de Queiroz
Cartas de Inglaterra
A história é uma velhota que se repete sem cessar" no pó da planície o pobre exército
afegão, com as cimitarras de melo-
O Afeganistão é hoje um dos pontos sensíveis da segurança internacional. drama e as suas veneráveis columbinas,
A Rússia, os EUA e agora a Nato têm ali sentido grandes dificuldades do modelo das que outrora fizeram
militares e o fim da guerra não está à vista. fogo em Diu. Gasnat está livre! Hurra!
Portugal tem ali mantido elementos das suas Forças Armadas. Nada de _ Faz-se imediatamente disto uma
E
novo. canção patriótica; e a façanha é por
ça de Queiroz expressa- acampamento nos altos das serranias, toda a Inglaterra popularizada numa
va-se assim numa das suas dominando os desfiladeiros que são o estampa, em que se vê o general
cartas de Inglaterra: caminho, a estrada da Índia ... E quando libertador e o general sitiado apertando-
«Os ingleses estão expe- por ali aparecer, enfim, o grosso do -se a mão com veemência, no primeiro
rimentando, no seu atribu- exercito inglês, à volta de Cabul, plano, entre cavalos empinados e
lado império da Índia, a verdade desse atravancado de artilharia, escoando-se granadeiros belos como Apolos, que
humorístico lugar comum do século expessamente, por entre as gargantas expiram em atitude nobre! Foi assim
XVIII: A História é uma velhota que se das serras, no leito seco das torrentes, em 1847; há-de ser em 1880.
repete sem cessar. com as suas longas caravanas de No entanto, em desfiladeiro e monte,
O Fado ou a Providência, ou a Entidade camelos, aquela massa bárbara rola-lhe milhares de homens que, ou defendiam
qualquer que de lá de cima dirigiu os em cima e aniquila-o. a Pátria ou morriam pela fronteira
episódios da campanha do Afeganistão Foi assim em 1847, é assim em 1880. científica, lá ficam, pasto de corvos _
em 1847, está fazendo simplesmente Então os restos debandados do exército o que não é, no Afeganistão, uma
uma cópia servil, revelando assim uma refugiam-se em alguma das cidades respeitável imagem retórica: aí, são os
imaginação exausta. da fronteira, que ora é Gasnat ora corvos que nas cidades fazem a limpeza
Em 1847 os ingleses, «por uma razão Candaar: os afegãos correm, põem o das ruas _, comendo as imundícies, e
de Estado, uma necessidade de cerco, cerco lento, cerco de vagares em campos de batalha purificam o ar,
fronteiras científicas, a segurança do orientais: o general sitiado, que nessas devorando os restos das derrotas.
império, uma barreira ao domínio russo guerras asiáticas pode sempre E de tanto sangue, tanta agonia, tanto
da Ásia ... » e outras coisas vagas que comunicar, telegrafa para o vice-rei da luto, que resta por fim?
os políticos da Índia rosnam som- Índia, reclamando com furor reforços, Uma canção patriótica, uma estampa
briamente, retorcendo os bigodes _ chá e açucar! (isto é textual; foi o Ge- idiota nas salas de jantar, mais tarde
invadem o Afeganistão, e aí vão neral Roberts que soltou há dias este uma linha de prosa numa página de
aniquilando tribos seculares, des- grito de gulodice britânica; o inglês, crónica ...
mantelando vilas, assolando searas e sem chá, bate-se frouxamente). Então Consoladora filosofia das guerras!
vinhas: apossam-se, por fim, da santa o governo da Índia, gastando milhões No entanto a Inglaterra goza por
cidade de Cabul; sacodem do serralho de libras, como quem gasta água, algum tempo a «grande vitória do
um velho emir apavorado; colocam lá manda a toda a pressa fardos disformes Afeganistão» _ com a certeza de ter
outro de raça mais submissa, que já de chá reparador, brancas colinas de de recomeçar, daqui a dez anos ou
trazem preparado nas bagagens, com açúcar, e dez ou quinze mil homens. ... quinze anos, porque nem pode
escravas e tapetes. Foi assim em 1847, assim é em 1880. conquistar e anexar um vasto reino,
No nosso tempo, precisamente como Esta hoste desembarca no Indostão, que é grande como a França, nem
em 1847, chefes enérgicos, Messias junta-se a outras colunas de tropa Índia, pode consentir, colados à sua ilharga,
indígenas, vão percorrendo o território, e é dirigida dia e noite sobre a fronteira uns poucos de milhões de homens
e com os grandes nomes de Pátria e em expressos a quarenta milhas por fanáticos, batalhadores e hostis. A
de Religião, pregam a guerra santa: as hora; daí começa uma marcha assola- «política» portanto é debilitá-los
tribos reunem-se, as famílias feudais dora, com cinquenta mil camelos de periodicamente, com uma invasão
correm com os seus troços de cavalaria, bagagens, telégrafos, máquinas hidráu- arruinadora. São as fortes necessidades
príncipes rivais juntam-se no ódio licas, e uma cavalgada eloquente de dum grande império. Antes possuir
hereditário contra o estrangeiro, o correspondentes de jornais. Uma ma- apenas um quintalejo, com uma vaca
homem vermelho, e em pouco tem- nhã avista-se Candaar ou Gasnat _ e para o leite e dois pés de alface para
po é todo um rebrilhar de fogos de num momento, é aniquilado, disperso as merendas de Verão...
29
Centro Social
de Apoio aos Combatentes
Projecto apresentado na Câmara Municipal da Covilhã,
para licenciamento de construção.
- Edifício com 5 pisos, a construir em terreno com 3.100
m2, cuja área de construção é de 6.864 m2.
Um Sonho
31
[ CCAÇ 2726 ]
33
[ Pára-quedistas de Ourém ]
apoio do Regimento de Guarnição N.°1 tocar a reunir vindas aos participantes. Rumaram depois
e consistiu na cerimónia evocativa dos para outro combate. ao almoço, que constituiu um momento
militares falecidos em serviço, missa António Manso Gigante de saudável camaradagem e espírito de
na Igreja do Castelo de S. João Baptista Foi com este poema que o Coman- família. Na oportunidade o Presidente
e almoço convívio no refeitório geral do dante da CCAÇ 169 quis homenagear do Núcleo de Tomar da Liga dos
RG 1. A Companhia de Caçadores 2726 os seus homens, durante o convívio Combatentes proferiu algumas palavras
foi mobilizada no então BIl18 em Ponta realizado no passado dia 7 de Junho de homenagem aos II pioneiros pára-
Delgada e foi comandada pelo então em Montemor-o-Velho e reuniu mais -quedistas.
Capitão David Custodio Magalhães, e de 160 ex-combatentes e familiares.
desenvolveu a sua actividade operacional No próximo ano, o convívio está já CALDAS DA RAINHA
no SuI da Guiné no período compreen- marcado para Valado de Frades em O Núcleo comemorou o seu 84.º
dido entre 1970 e 1972. Maio ou Junho. Aniversário, cujo programa constou
do seguinte:
Homenagem da CCAÇ 169 aos Pára-quedistas de Ourém 10H30-Recepção aos Convidados na
que partiram Espírito de família Sede do Núcleo;
Partiste antes de nós Antigos combatentes pára-quedistas do 10H45-Chegada das Entidades
e deixaste a saudade. Concelho de Ourém, reuniram-se numa convidadas;
Mais tarde, jornada de confraternização, no passa- 11H00-Hastear da Bandeira Nacional;
quando a noite do mês de Junho, que se iniciou com 10H45-Romagem aos Talhões da Liga;
a todos nos cobrir uma homenagem aos mortos, em que 12H20-Missa de Sufrágio na Igreja de
na longa eternidade, participou uma secção do Regimento Nª Srª do Pópulo;
com aquela mesma arte, de Infantaria N.º 15. De seguida o padre 13H00-Almoço Convívio no restau-
curada no recovo, do concelho proferiu uma oração, tendo rante A Lareira.
haveremos de novo o Presidente da Autarquia dado as boas Participaram mais de duzentas pessoas,
Combatentes e familiares, em ambiente
[ Caldas da Rainha ] de sã camaradagem, tendo usado da
palavra o presidente do Núcleo, Ten.
Cor. Carlos Lopes e o representante do
Presidente da Direcção Central.
CART 3402
Dia 12 de Outubro 2008, realiza-se
o 15.° Convívio em Coimbra, com o
seguinte programa:
10,00 horas - concentração em frente
à Igreja da Rainha Santa.
11,00 horas - Missa (para quem quiser
participar na Eucaristia Dominical).
12,00 horas - Visita ao Museu Militar.
12,30 horas - Partida em caravana
para a Quinta do Vale Poisado, em
Aveleira (arredores de Coimbra) onde
[ CCAÇ 269 ] será servido o almoço, e continuação
do convívio.
Contactos: Luís - 967077409 ou
"O Litoral", em Matos da Ranha - Pombal. CCAÇ 269 - Aquele abraço
Gomes - 938545832
Estiveram presentes quase 300 pessoas O 47.º almoço convívio da CCAÇ 269,
entre camaradas e familiares. Compare- que serviu em Angola, realizou-se no
BCAÇ 3856
ceram também alguns Comandantes dia 22 de Junho em Proença-a-Nova.
Foi com uma romagem de home-
de Companhia, de então, distintos Este reencontro foi organizado pelo João
nagem aos mortos em campanha do
oficiais da Arma de Cavalaria. Pires e foi muito agradável em todos os
BCAÇ 3856, realizada no transacto
O Comandante do Batalhão, não aspectos; constou de uma visita à cidade,
dia 31 de Maio, no monumento junto
podendo estar presente, telefonou a e missa pelos combatentes falecidos.
ao Forte do Bom Sucesso, em que
desejar um bom convívio, deixando um Compareceram cerca de uma centena
participaram cerca de três dezenas de
abraço para todos. de antigos militares combatentes e seus
ex-Combatentes deste Batalhão e
O mesmo fez o 20.º Comandante. familiares. Esta confraternização permitiu, familiares, que aqueles antigos
Antes do almoço, foi celebrada na Igreja uma vez mais, darmos aquele abraço,
local uma Eucaristia de acção de graças militares quiseram recordar os tempos
de amizade forjada nos bons e maus que passaram em Angola.
e pelas almas de todos os camaradas momentos durante a guerra em Angola.
que já partiram para a festa eterna da Este grupo vem agora agradecer as
Em 2009 a nossa confraternização será facilidades concedidas pela Liga dos
contemplação do Criador. O acto foi em Alcaides/Castelo Branco.
muito concorrido. Combatentes para a realização
Não faltem. daquele acto.
Foi um dia bem passado e repleto de
recordações. Um camarada deslocou- Não têm de quê.
BCAV 3845 - Amigos para sempre
-se de propósito da Austrália para
Como já vai sendo um hábito realizou- Patos Bravos nas Caldas
rever os amigos e matar saudades. A
-se mais um encontro de ex-com- Andou um bando de Patos Bravos
comissão organizadora sente-se
batentes do BCAV 3845, que serviu ali para os lados das Caldas da Rai-
compensada pela maneira como
decorreu este encontro, e agradece a em Angola, e que este ano comemorou nha. «Aterraram» no restaurante
todos a sua comparência. o 35.° aniversário da sua chegada. «Paraíso», no passado dia 24 de Maio
O convívio realizou-se na Cidade de e recordaram os tempos em que a
CCAÇ1878 - 40 anos depois Santa Maria da Feira, no Restaurante CCAÇ 2777 andou por Angola, do
O Batalhão de Caçadores 1878 - Europa. Cuando-Cubango ao Uíge da Longa
Moçambique 66/68 realizou no dia 30 Estiveram presentes cerca de 200 à ponte do rio Zádi.
de Março, no Restaurante Complexo pessoas entre militares e res-
D. Nuno, Boleiros, Fátima, um almoço pectivas famílias, que em saudável BCAÇ 2926 - No «Quintal»
de confraternização dos 40 anos de confraternização, que recordaram com É no «Quintal» que a CCS do BCAÇ
regresso de Moçambique. Estiveram saudade tempos onde se criaram 2926 vai realizar, o seu almoço
presentes mais de 200 pessoas, entre grandes amizades que ainda hoje anual. O «Quintal» é um conhecido
ex-combatentes e familiares. perduram. restaurante de Setúbal e é para lá que
35
todos se dirigirão, pelas 10h00. salutar vivência que tiveram naquele onde já estivemos duas vezes e sempre
Dizem os organizadores que o melhor Estabelecimento de Ensino, razão para com o agrado de todos.
é deixarem as viaturas perto do estádio matar saudades. O programa desse dia começará com
do Bom Fim, mas o melhor é contacta- Este ano a cidade do Porto, no próprio uma concentração às 11 horas, na Várzea
rem o Joaquim Ferreira de Campos, Lar, foi a escolhida para a reunião no Grande, junto à estação dos comboios
pelo mail joaquimcampos@ netcabo.pt, passado dia 7 de Junho. Após a con- de Tomar. Pouco depois partiremos para
ou pelo telf. 212 552 961 tlm 962 centração, pelas 11 horas, seguiu-se a o local de convívio, onde pelas 13 horas,
382 317. Celebração Eucarística, na Capela do do dia 13 de Setembro, começará a ser
Lar, em memória dos ex-alunos fale- servido o almoço.
BCAÇ 4615 - Alegria e boa cidos, evocando-se em especial atenção Todo o nosso encontro será acom-
disposição a nossa querida colega Clarinda falecida panhado de música ao vivo.
A cidade de Portalegre foi o palco há meses. Contactos: José Manuel Antunes, 213
escolhido para mais um convívio do Seguiu-se o almoço, num espírito de 640 614 ou 912170051, José Manuel
BCAÇ 4615, que ali se reuniu com os verdadeira amizade, reflectindo a Henriques, 218 850 676.
seus familiares, no passado dia 31 de educação recebida e recordando os
Maio. belos tempos da juventude vividos no A.B. 6 - Vão voar até Alcobaça
O local da concentração foi no Núcleo lar. Por fim coube à ex-aluna Maria O Bernardo e o Costa Santos, ex-com-
de Portalegre da Liga dos Comba- Hortênsia, organizadora do encontro, batentes que integraram a A.B. 6, em
tentes, que apoiou a iniciativa, ofere- apresentar as boas vindas e agrade- Nova Freixo (Moçambique), são orga-
cendo um Porto de Honra a todos os cer a presença do Presidendo do Lar, nizadores do «voo» que levará antigos
participantes. Cor. Barbosa Pinto, que nos manifestou camaradas e familiares até Alcobaça,
De seguida, os ex-combatentes e suas o seu contentamento por ali ter estado no próximo dia 18 de Outubro.
famílias, rumaram a um restaurante e felicitou os ex-alunos pelo espírito O local de encontro será o restaurante
dos arredores da cidade. que os tem mantido unidos ao longo «Quinta da Carrasca» e os interessados
A alegria e as recordações dos tempos do tempo. podem contactar e inscrever-se para os
da guerra andaram à roda da mesa, telfs. 968 608 150 ou 918 777 732.
numa jornada de boa disposição que 15.° Convívio do BART 175
se prolongou até ao fim do dia. em família Para todos?
Novo convívio se aproxima e aqui fica O Isaías Peralta, que, juntamente com
Ex-alunos do Lar dos Filhos dos o convite para que todos compareçam, muitos camaradas seus serviu na
Combatentes com as respectivas famílias, como de Guiné, está a organizar um almoço
Os antigos alunos do Lar dos Filhos costume. convívio, para o dia 5 de Outubro, no
dos Combatentes mais uma vez Desta vez, e indo de encontro ao restaurante «Litoral», em Matos da
cumpriram a tradição, reunindo-se num desejo de muitos camaradas, iremos Ranha, ali para os lados de Pombal.
almoço, que é pretexto para recordar a a Tomar, Restaurante «A Família»,
O Peralta não nos disse a que com-
panhia se referia, portanto, se calhar,
é para quem quiser participar, seja de
que companhia for.
O melhor é perguntarem-lhe,
ligando para o n.º tlm. 966003293,
ou para o mail combatentesdaguine
@netvisão.pt. Nós ficamos à espera
da notícia e da foto do acontecimento.
Capelão Joaquim
Ferreira da Silva
condecorado
a título
póstumo.
O Ministro da Defesa Nacional, Prof. Doutor Nuno Severiano
Teixeira, entregou as insígnias da medalha militar de Serviços
Distintos, grau ouro, com Palma, à família do Capelão Joaquim
Ferreira da Silva, na pessoa de seu irmão Bispo Emérito de
Lichinga D. Luís Ferreira da Silva, em cerimónia que se realizou
no dia 2 de Junho, no seu gabinete.
Depois de lido o texto do louvor, foi imposta a insígnia, tendo
no final da cerimónia o Senhor Bispo agradecido tal honra.
A Associação Nacional dos Prisioneiros de Guerra esteve
representada pelo seu Vice-Presidente.
Cerimónia do
dia 19 de Dezembro
Vai realizar-se no próximo dia 19 de Dezembro, como vem
sendo habitual, a cerimónia comemorativa do 47.° Aniversário
da invasão dos territórios da India Portuguesa (Goa, Damão
e Diu), pelas tropas regulares das forças armadas da União
Indiana, pelo que convidamos todos os companheiros ex-
-prisioneiros de guerra, mesmo de outros teatros de operações,
a estarem presentes e comemorar esta efeméride.
Viagem a Goa
Estamos a envidar todos os esforços no sentido de
se realizar no início do próximo ano (provavelmente
em Fevereiro) uma viagem a Goa.
Vamos contactar individualmente os nossos
associados para os que estiverem interessados
procederem à sua inscrição.
estórias da história
Rui Rodrigues Nogueira 37
1.º Sargento
O «Milagre»
do Cajueiro
É
uma história verdadeira, causando bastantes baixas no inimigo, Camp de Ponda, sendo o último a entrar,
referente a 18 anos de missão quer em material, quer em vidas não havendo espaço para o que quer
no ex-Ultramar, 10 dos quais humanas, Quando a referida ponte que seja. Ao entrar no referido campo
passados em campanha onde estava cheia e foi explodida, já a maioria de concentração, deparamos com
com muito orgulho e amor das nossas forças se tinham rendido centenas de militares e civis às voltas na
servi a minha pátria, com sangue, suor sem terem feito um único tiro. Pelo parada, sem qualquer nexo dando a
e lágrimas, em todas as situações. Quer exposto, o referido esquadrão foi um impressão de amnésia. Não sendo
comandando soldados, provenientes de dos poucos, se não o único que cumpriu psicólogo, apercebi-me de tal situação
Angola, nas cordilheiras que faziam o plano de operações elaborado pelo e sendo um homem de fé, crente nos
fronteira com a União Indiana, numa quartel-general de Goa e aprovado pelo evangelhos, o Senhor iluminou o meu
guerra de guerrilha com Satiaghrais, em Governo de Lisboa. o referido esquadrão cérebro e passado 2 dias com a ajuda
princípio do ano de 1953, sem apoio foi aprisionado no alto de Vernã, quando de 2 amigos, pelas 3h00 da manhã,
logístico, infectado de malária,
quer nas camas dos hospitais,
quando fui ferido em combate
na defesa do aquartelamento
da minha unidade em Sabondo,
região de Tete, ex-província de
Moçambique. Mas foi como
prisioneiro de guerra, com
internamento durante 5 meses
no campo de concentração
Alpha Detenus Camp de Ponda,
Na cidade de Ponda quase
que a presente história aconte-
ninguém se lembra dos
ceu. Em 19 de Março de 1962 prisioneiros portugueses e
mandaram-me formar para ser muito menos do cajueiro
morto por fuzilamento, por ter da nossa história.
desobedecido às ordens de um
General Indiano. Sofri várias vi-
vências traumatizantes, mas são
estas as minhas credenciais como
as varias condecorações, onde
destaco duas: serviços excepcio-
nais e relevantes prestados à
Pátria e a Medalha de reconhecimento algumas unidades já estavam ins- estava a afixar nos ramos do cajueiro a
do Governo Português. taladas no campo de concentração imagem de Nossa Senhora do Perpétuo
Antes da invasão, da Índia portuguesa, Alpha Detenus Camp de Ponda. Socorro, aquela que o Padre Victor
fui integrado num pelotão de atiradores Com a agravante de ter sido levado Melícias num programa de televisão
para reforçar o esquadrão de cavalaria para as margens do rio Suari - Cortalim adjectivou de ícone, tendo alimentado
de Bali, comandado pelo Capitão de e posteriormente para o aquartela- durante 5 meses na fé e na esperança
Cavalaria Pereira Coutinho, que se mento de Afonso de Albuquerque, não cerca de 2 mil militares e civis.
encontrava em posição de combate oferecendo quaisquer condições, tendo Qual é a minha alegria quando, passado
nas margens do rio Canacoma, junto à sido instalado no antigo parque de algumas horas, vejo dezenas de prisio-
ponte, a fim de reforçar a protecção das viaturas. neiros a rezarem à volta do cajueiro
auto-metralhadoras, Só mais tarde é que fui conduzido ao acompanhados pelo Padre Ferreira da
A referida unidade entrou em combate, campo de concentração Alpha Detenus Silva.
teleobjectiva
38
Exposição
no Museu do
Combatente
A história da pirataria está intimamente patente de corso, que permitia
associada à da própria navegação. As perseguir navios inimigos e
suas origens remontam aos inícios da ficar riquezas que transpor-
civilização e chega até aos nossos dias. tavam.
Trata-se de um fenómeno complexo, que A pirataria e o corso foram
tem implicações políticas, económicas, actividades habituais em qual-
sociais e, inclusivamente, éticas. quer mar onde se verificasse
A pirataria pode definir-se de forma muito um tráfico marítimo impor-
simples: os actos que em terra de tante. No entanto, embora a
denominam de pilhagem ou roubo, actividade não tenha variado
recebem, no mar, o nome de pirataria. muito ao longo da história,
No entanto, se são cometidos por alguém verificaram-se muitas altera-
que considera ter o direito de represália ções nos métodos, nas armas,
deve-se falar de corso. Esta actividade é nas implicações socio econó-
uma forma de guerra, com autorização micas e, inclusivamente, na
outorgada pelo poder através da consideração moral do pirata.
Tome nota
Escultura
Forte do Bom Sucesso, Exposição Im-
Centro Cultural São Lourenço pensável dos alunos do 8.º ano do
São Lourenço, de 30 de Agosto a 09 Colégio Militar. De 27 de Setembro a Exposição
de Outubro de 2008 das 10H00 às 11 de Outubro, 47 esculturas de O Estado do Sono. de Susanne S.D.
19H00. Exposição de Pintura de Jean- poliuretano: 47 pensamentos para Themlitz. De 18 Set a 19 Out. Susanne
Marie Boomputte. pensar e reprensar... Themlitz tem explorado diversos meios
de expressão, em especial a escultura,
Teatro Música o desenho e o vídeo. Em O Estado do
De 25 de Set. a 19 de Out. no Porto. 25 Outubro / Sábado 21H45 / CTEB Sono, uma profusão de esculturas,
Restos de Bernardo Santareno, pelo Encontro de Bandas de Gaia entre as quais se inclui uma extensa fa-
Teatro Experimental do Porto. Encenação Sociedade Filarmónica de Crestuma mília de figuras heterogéneas e insólitas,
e Cenografia de José Dias Figurinos de Maestro: José Monteiro. converte o espaço num universo onírico
Mário Dias Garcia Desenho de Luz e
em estado de suspensão.
Sonoplastia de Eduardo Brandão.
livros
40
MARINHA PORTUGUESA
w w w . m a r i n h a . p t