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Abertura política

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A abertura política é o nome que se dá ao processo de liberalização da ditadura militar


que governou o Brasil, processo esse iniciado em 1974 e terminado em 1985 com o fim
da ditadura. Tão logo o general Ernesto Geisel assumiu ao poder, sinalizou através de
declarações e discursos que iniciaria a abertura política de forma lenta, gradual e
segura.

A abertura assim se contrapõe ao fechamento do regime, durante os governos de


Costa e Silva e Médici.

Índice
[esconder]

• 1 A pressão da economia
• 2 Governo Figueiredo
• 3 A Reação dos militares radicais
o 3.1 A Linha dura resiste com bombas
o 3.2 Mais bombas
o 3.3 O Caso Riocentro
• 4 Eleições de 1982
• 5 Diretas Já
o 5.1 Diretas, mas não agora
• 6 A primeira sucessão presidencial civil pós ditadura
o 6.1 A Frente Liberal
o 6.2 A Corrida Presidencial
o 6.3 A Eleição
História do Brasil
o 6.4 A Morte de Tancredo Pré-colonial (antes de 1500)
Pindorama | Povoamento | Índios |
• 7 Ver também Tordesilhas
Colônia (1500-1822)
Descobrimento | Caminha
[editar] A pressão da economia
Engenhos | Feitorias | Sesmarias |
Capitanias | Pacto Colonial União
Segundo analistas econômicos, o crescimento da dívida Ibérica | Franceses | Holandeses |
externa, mais a alta dos juros internacionais, associadas à Nassau | Reação | Expulsão
alta dos preços do petróleo, somaram-se e Bandeirantes | Sertanismo |
desequilibraram o balanço de pagamentos brasileiro. Entradas e bandeiras | Tráfico
negreiro | Quilombos e
Conseqüentemente houve o aumento da inflação e da Quilombolas Palmares | Ganga
dívida interna. Zumba | Zumbi Missões | Guerra
Guaranítica | Ciclo da pecuária |
Com estes fatores, o crescimento econômico que era Mascates | Emboabas | Ciclo do
ouro | Quilombo do Campo
baseado no endividamento externo, começou a ficar cada Grande | Derrama| Inconfidência
vez mais caro para a Nação brasileira. Apesar dos sinais Mineira | Tiradentes | I. Baiana | I.
de crise, o ciclo de expansão econômica iniciado em Carioca | Abertura dos Portos |
meados de 1970 não foi interrompido. Os incentivos à Transferência da corte portuguesa
para o Brasil
projetos e programas oficiais permaneceram, as grandes Império (1822-1889)
obras continuaram alimentadas pelo crescimento do Pedro I | Fico | Independência |
endividamento. Primeiro Reinado | Equador |
Cisplatina
Com a crise econômica veio a crise política, nas fábricas,
Abdicação | Regência | Ato
comércio e repartições públicas o povo começou um Adicional Balaiada | Sabinada |
lento e gradual descontentamento. Iniciou-se uma crise Cabanada | Cabanagem | Malês |
silenciosa onde todos reclamavam do governo (em voz Farroupilha | Pedro II |
baixa) e de suas atitudes. Apesar da censura e das Maioridade | Segundo reinado |
Liberais | Praieira | Mauá |
manipulações executadas pela máquina estatal numa Christie | Aguirre | Oribe e Rosas |
tentativa de manter o moral da população, a onda de Guerra do Paraguai | Caxias |
descontentamento crescia inclusive dentro dos quadros Osório | Abolição | Republicanos
das próprias Forças Armadas, pois os militares de baixo República (1889-2009)
escalão sentiam na mesa de suas casas a alta da inflação. 15 de novembro | Deodoro |
Floriano | República da Espada |
República Velha | Rebeliões |
Vendo que não havia mais saída sem crise, os militares Coronelismo | Oligarquias | Café-
liderados por Geisel, resolveram iniciar uma abertura com-Leite | Política dos
política institucional “lenta, gradual e segura”, segundo Governadores | Canudos | Armada
Federalista | Ciclo da borracha |
suas próprias palavras. Acre | Contestado

Em 1974, os militares permitem a propaganda eleitoral Tenentismo | 18 do Forte |


gratuita na televisão e no rádio. O Movimento Revolução de 1923 | Revolta
Democrático Brasileiro (MDB), que era o partido de Paulista de 1924 | Coluna Prestes |
Revolução de 1930 | Paulista | Era
oposição, acaba ganhando as eleições. A “linha dura” Vargas | Integralismo | ANL |
(Militares e civis contrários à redemocratização) inicia Intentona | Estado Novo | Força
um processo de aperto violento contra a oposição ao Expedicionária Brasileira | Mar de
Lama | Anos JK | Plano de Metas |
regime militar. Casos de tortura, espancamentos,
Reformas de base | Comício da
assassinatos e esquadrões da morte aumentam Central | Golpe | Regime Militar |
exponencialmente. Greves operárias | Diretas Já |
Nova República | Plano Real
Listagens
Capitais | Governantes | Reis |
Presidentes | Primeiros-Ministros |
Deputados | Senadores |
Chanceleres | Governadores
Coloniais | Famílias Políticas
Constituições
Mandioca | 1824 | 1891 | 1934 |
Em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog é executado numa cela do
DOI-Codi, órgão do 2º Exército, em São Paulo. Este evento gerou uma onda de
protestos de toda a imprensa mundial, mobilizando e iniciando um processo
internacional em prol dos direitos humanos na América Latina, em especial no Brasil.

Em 17 de janeiro de 1976, o metalúrgico Manuel Fiel Filho também é assassinado no


DOI-Codi, gerando nova onda de protestos internacionais, aumentando a antipatia de
organismos direitos humanos contra o Brasil novamente. Numa tentativa de demonstrar
que o governo militar é intolerante contra este tipo de atitude, Geisel manda destituir o
general Ednardo D’Ávila Mello do comando do 2º Exército.

O Pacote de Abril é baixado por Geisel em um movimento aparentemente contraditório


com a abertura política defendida por ele.

Em função da pressão internacional e do crescimento da oposição da maioria da


população brasileira, os militares não vêem outra saída senão terminar com a censura
prévia a publicações e espetáculos. Os Atos Institucionais que forçaram a imposição
militar sobre a Nação são revogados. A oposição começa a ganhar força nas eleições,
acelerando a abertura política.

[editar] Governo Figueiredo


Em 15 de março de 1979, Figueiredo, o último dos generais no poder, assume a
Presidência da República (1979-1985). Assumiu jurando fazer do Brasil uma
democracia.

Ficou famoso pela sua frase, ao ser questionado sobre a abertura política: "É pra abrir
mesmo. Quem não quiser que abra, eu prendo e arrebento!"

Em 28 de agosto de 1979 é sancionada a lei 6683, que concede Anistia aos cassados
pelo regime militar. A lei também concedia anistia aos membros do governo acusados
de tortura.

No dia 22 de novembro de 1979 é aprovada a reforma política que restabelece o


pluripartidarismo, com extinção do MDB e da ARENA. A medida foi vista por críticos
como uma manobra do governo para dividr a oposição e impedir grandes vitórias de um
MDB unido.

[editar] A Reação dos militares radicais


No campo ideológico, os militares radicais que não queriam o fim do regime militar, de
janeiro a agosto de 1980, começaram a explodir bombas em todo o país.

Pessoas começaram a morrer em atos criminosos, bancas de jornal começaram a ser


explodidas, shows populares começaram a sofrer ameaças de atentados.

[editar] A Linha dura resiste com bombas

Em 1980:
• 18/01 – desativada bomba no Hotel Everest, no Rio, onde estava hospedado
Leonel Brizola.
• 27/01 – bomba explode na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do
Salgueiro, no Rio, durante comício do PMDB.
• 26/04 – show 1º de maio – 1980 – bomba explode em uma loja do Rio que
vendia ingressos para o show.
• 30/04 – em Brasília, Rio, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Belém e São
Paulo, bancas de jornal começam a ser atacadas, numa ação que durou até
setembro.
• 23/05 – bomba destrói a redação do jornal ‘Em Tempo’, em Belo Horizonte.
• 29/05 – bomba explode na sede da Convergência Socialista, no Rio de Janeiro.
• 30/05 – explodem duas bombas na sede do jornal ‘Hora do Povo’, no Rio de
Janeiro.
• 27/06 – bomba danifica a sede da Casa do Jornalista, em Belo Horizonte.
• 11/08 – bomba é encontrada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, num local
conhecido por Chororó. Em São Paulo, localizada uma bomba no Tuca, horas
antes da realização de um ato público.
• 12/08 – bomba fere a estudante Rosane Mendes e mais dez estudantes na cantina
do Colégio Social da Bahia, em Salvador.
• 27/08 – no Rio, explode bomba-carta enviada ao jornal ‘Tribuna Operária’.
Outra bomba-carta é enviada à sede da OAB, no Rio, e na explosão morre a
secretária da ordem, Lyda Monteiro. Ainda nesta data explode outra bomba-
carta, desta vez no prédio da Câmara Municipal do Rio.
• 04/09 – desarmada bomba no Largo da Lapa, no Rio.
• 08/09 – explode bomba-relógio na garagem do prédio do Banco do Estado do
Rio Grande do Sul, em Viamão.
• 12/09 – duas bombas em São Paulo: uma fere duas pessoas em um bar em
Pinheiros e a outra danifica automóveis no pátio da 2ª Cia. De Policiamento de
Trânsito no Tucuruvi.
• 14/09 – bomba explode no prédio da Receita Federal em Niterói.
• 14/11 – três bombas explodem em dois supermercados do Rio.
• 18/11 – bomba explode e danifica a Livraria Jinkings em Belém.
• 08/12 – o carro do filho do deputado Jinkings é destruído por uma bomba
incendiária em Belém.

Em 13 de novembro de 1980, é restabelecida a eleição direta para governadores e o fim


dos senadores biônicos, mantidos os mandatos em curso.

[editar] Mais bombas

1981:

• 05/01 – outro atentado a bomba em supermercado do Rio.


• 07/01 – na Cidade Universitária, no Rio, uma bomba explode em ônibus a
serviço da Petrobrás.
• 16/01 – bomba danifica relógio público instalado no Humaitá, no Rio.
• 02/02 – é encontrada, antes de explodir, bomba colocada no aeroporto de
Brasília.
• 26/03 – atentado às oficinas do jornal ‘Tribuna da Imprensa’, no Rio.
• 31/03 – bomba explode no posto do INPS, em Niterói.
• 02/04 – atentado a bomba na residência do deputado Marcelo Cerqueira, no Rio.
• 03/04 – parcialmente destruída, com a explosão de uma bomba, a Gráfica
Americana, no Rio.
• 28/04 – o grupo Falange Pátria Nova destrói, com bombas, bancas de jornais de
Belém.” (Dickson M. Grael, op. cit., pg. 79 a 81)

[editar] O Caso Riocentro

O mais famoso atentado foi o do Riocentro, ocorrido na noite de 30 de abril de 1981,


véspera do Dia do Trabalhador, no Pavilhão do Riocentro, na Barra da Tijuca, Rio de
Janeiro.

Nesta noite, cerca de 20 mil pessoas assistiam a um show em comemoração ao Dia do


Trabalhador, organizado pelo CEBRADE (Centro Brasil Democrático), e que contou
com a presença de diversos expoentes da MPB, entre os quais Chico Buarque, Caetano
Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Elba Ramalho, Gonzaguinha, Alceu Valença e
Gal Costa.

Uma bomba explodiu no estacionamento, dentro de um automóvel Puma, matando o


sargento Guilherme Ferreira do Rosário e ferindo gravemente o capitão Wilson Luís
Chaves Machado (proprietário do Puma), ambos ligados ao DOI-CODI do Exército, que
estavam no carro.

A bomba explodiu enquanto era manipulada, e preparada para ser detonada junto à
caixa de força e luz do estacionamento do Riocentro, a fim de cortar a energia e gerar
pânico entre os freqüentadores do show.

Uma segunda bomba explodiu na caixa de energia, mas sem conseguir cortar a luz no
local do show. Uma terceira bomba teria sido encontrada, intacta, no carro das vítimas.
Um Inquérito Policial Militar foi aberto para apurar o caso, e a versão oficial foi de que
as bombas foram implantadas no carro para matar os militares.

O objetivo dos militares da linha-dura era atribuir o atentado à extrema esquerda. Para
dar respaldo a esta versão, os agentes providenciaram, juntamente com o atentado, para
que diversas placas de trânsito nas vias de acesso ao Riocentro fossem pichadas com a
sigla VPR, do grupo Vanguarda Popular Revolucionária, que fora comandado pelo
Capitão Carlos Lamarca nos anos 70. O que eles ignoravam é que a VPR já havia sido
extinta e desmantelada pelas próprias forças da repressão.

Em virtude dessas investigações, que não se empenhavam em punir os culpados, o


General Golbery do Couto e Silva se desliga de seu cargo, de chefe do gabinete civil e
diz que havia criado um monstro, o SNI, em 1964.

O atentado ao Riocentro repercutiu na opinião pública mundial, inclusive na americana


que se manifestou rapidamente. Havia muitos repórteres estrangeiros cobrindo o
espetáculo, portanto tornando impossível para a censura acobertá-lo. O fiasco do
atentado causou o início do fim do regime militar, em sequência ao processo
desencadeado pela Lei da Anistia (1979).
[editar] Eleições de 1982
As eleições municipais e estaduais em 1982, mostram o quanto a população rejeita o
governo militar. Em São Paulo, vence Franco Montoro, do PMDB, iniciando um
governo que será fundamental pelo apoio que dará a Campanha pelas eleições diretas.

[editar] Diretas Já
Em 1984, ainda com extremistas da “linha dura” manobrando contra, se iniciou a
campanha chamada de "Diretas já". Esta tinha como mote a aprovação da Proposta de
Emenda Constitucional do Deputado Dante de Oliveira. Apesar da intensa mobilização
popular, com comícios em todo o país, faltaram 12 votos para atingir a maioria de 2/3
necessária e a proposta não foi aprovada na Câmara dos Deputados em 25 de abril de
1984.

[editar] Diretas, mas não agora

Em junho de 1984, o governo enviou ao congresso uma nova proposta de emenda


constitucional, a emenda Leitão, também conhecida como emenda Figueiredo. A
proposta definia as eleições diretas em 1988, mantidas as eleições pelo colégio eleitoral
em 1984. A oposição então fez uma manobra contrária, apresentando uma sub emenda,
mudando a data do pleito, colocando novamente as eleições diretas imediatamente. O
governo então retirou a emenda.

[editar] A primeira sucessão presidencial civil pós


ditadura
[editar] A Frente Liberal

Passado o movimento pelas diretas, as atenções se voltaram para as definições pré-


colégio eleitoral. O PDS apresentava quatro pré-candidatos Marco Maciel, Paulo Maluf,
o então vice-presidente Aureliano Chaves e Mario Andreazza. Para resolver a situação,
o presidente do PDS, José Sarney, com o apoio do presidente Figueiredo, propõe que
antes da convenção, sejam feitas eleições primárias em todos os diretórios do PDS,
visando indicar para a convenção o candidato mais popular no partido. Paulo Maluf
reage a isso e se manifsta contrário às prévias, dizendo que seria mero casuísmo de seus
adversários no partido. Figueiredo então apóia Maluf e a proposta é derrotada na
reunião do partido convocada para deliberar sobre as prévias. Sarney então se desliga da
presidência do PDS e forma, com outros descontentes, a Frente Liberal. Enquanto
Tancredo buscava acordo com Aureliano Chaves, que se via sem chances, Sarney se
reunia com o deputado Ulysses Guimarães e o então senador Fernando Henrique
Cardoso e deu mostras de que seu grupo poderia apoiar um candidato da oposição.

No dia 29 de junho os governadores do PMDB reuniram-se em Brasília e lançaram


Tancredo Neves como pré-candidato. No dia 3 de julho a bancada do PDS ligada a
Sarney rompeu com o governo e passa a atuar no congresso como bloco parlamentar de
oposição. Aureliano Chaves e Marco Maciel desistem, então de disputar a vaga de
candidato do PDS na convenção do partido.
[editar] A Corrida Presidencial

No dia 14 de julho foi realizada uma reunião no palácio Jaburu, sede da vice-
presidência da República, entre representantes do PMDB e da Frente Liberal do PDS,
em que ficou acertada a composição da chapa Aliança Democrática para enfrentar o
PDS no colégio eleitoral. No dia 7 de agosto, nova reunião definiu que caberia à Frente
Liberal indicar o vice-presidente na chapa. José Sarney foi o escolhido. Ulysses
Guimarães ficou com a coordenação da campanha.

No dia 10 de agosto, policiais da 1ª Delegacia Policial de Brasília prenderam quatro


pessoas por colar cartezes do PC do B, então ilegal, apoiando Tancredo. De madrugada,
foi à delegacia o tenente-coronel Arídio Mário de Sousa Filho para exigir a libertação
dos detentos, que na verdade eram um major, um capitão e dois sargentos do Centro de
Informações do Exército.

No dia 11 de agosto, o PDS realizou sua convenção e Paulo Maluf derrotou Mario
Andreazza. No dia seguinte, o PMDB homologou a chapa Tancredo/Sarney. Sarney
havia se filiado ao PMDB por exigência da lei eleitoral, pois a Frente Liberal não era
um partido. No dia 14, Tancredo renunciou ao cargo de governador de Minas Gerais,
entrando no seu lugar o vice Hélio Garcia, que politicamente reformou o secretariado,
incluindo membros da Frente Liberal.

No dia 21 de setembro, os altos comandos das forças armadas se reuniram para analisar
a corrida presidencial. Exército e Aeronáutica lançaram notas oficiais alertando para
possíveis riscos de radicalização e consequente ruptura do processo democrático,
enquanto a Marinha simplesmente reafirmava sua posiçao de cumprimento de suas
atribuições constitucionais.

No dia 21 de outubro, uma explosão ocorreu em um comitê da Aliança Democrática, em


Porto Alegre. Tancredo minimizou o fato e não quis buscar culpados. O mesmo ocorreu
com um comitê em Brasília, em 26 de novembro. Novamente, Tancredo amenizou.

No dia 21 de novembro a direção do PDS se reuniu e decidiu pela fidelidade partidária,


ou seja, todos os seus membros deveriam votar no candidato do PDS. O PMDB
reocrreu ao TSE no dia 23 e no dia 4 de dezembro, o TSE decidiu nao registrar a ata da
reunião do PDS, o que desobrihou seus membros de seguirem as determinações.

[editar] A Eleição

No dia 15 de janeiro de 1985, Tancredo foi eleito com 480 votos contra 180 de Paulo
Maluf, com 17 abstenções e 9 ausências. Tancredo recebeu os votos do PMDB, da
Frente Liberal, do PDT e de dissidentes do PDS e do PT. O PT não participava da
aliança e se recusou a legitimar o colégio eleitoral.

No dia 14 de março, véspera da posse, Tancredo Neves foi internado ás pressas, sob o
diagnóstico de apendicite. Tancredo foi operado no Hospital de Base de Brasília pelos
médicos Renault Matos Ribeiro e Pinheiro da Rocha aos 37 minutos do dia 15. O
diagnóstico passou a ser diverticulite. Discutiu-se se deveria assumir Sarney, o vice, ou
o presidente da câmara, Ulysses Guimarães. O próprio Ulysses defendeu que Sarney
deveria assumir, o que de fato aconteceu. José Sarney assumiu o cargo interinamente.
Figueiredo, desafeto de Sarney, se recusou a passar a faixa presidencial.

[editar] A Morte de Tancredo

No dia 20 de março Tancredo foi operado pela segunda vez. Houve desentendimentos
entre os médicos sobre os resultados da cirurgia. Tancredo foi conduzido ao Instituto do
Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, onde, em 26 de março, sofreu a terceira
cirurgia, realizada pela equipe do doutor Henrique Pinotti.

O país todo ficou acompanhando o quadro médico de Tancredo, dia a dia. Os boletins
médicos eram lidos pelo jornalista Antônio Brito, porta-voz da presidência.

Novo diagnóstico: infecção hospitalar contraída durante a internação no Hospital de


Base de Brasília. Para combater, usaram um antibiótico não comercializado, por ser
novo. No dia 2 de abril Tancredo sofreu sua quarta cirurgia, para corrigir uma "hérnia
inguinal encarcerada no lado esquerdo do abdome". A quinta operação foi realizada no
mesmo dia. No dia 9, uma sexta operação, uma traqueostomia. No dia 12, a sétima
cirurgia. Os médicos anunciaram que Tancredo estava com quadro grave, sobrevivendo
com aparelhos.

Os políticos do PMDB e da Frente Liberal começaram então a se reunir para organizar


em caráter definitivo o governo Sarney e sustentar a transição democrática.

Convocou-se o especialista norte-americano Warren Mayron, que no dia 20 de abril


diagnosticou que não havia mais nada a fazer.

Finalmente, no dia 21 de abril a morte de Tancredo foi anunciada. No dia 22 de abril o


Congresso Nacional se reuniu e anunciou a vacância da presidência e seu
preenchimento automático pelo vice-presidente José Sarney. Sarney falou em rede de
rádio e tv e decretou feriado nacional e luto oficial por 8 dias.

Até hoje se discute a real causa da morte de Tancredo. Há quem fale em assassinato e
golpe. Todos os acontecimentos são considerados muito estranhos e diversas versões
para os fatos são apresentadas.

A ditadura, curiosamente terminava, mas quem estava no poder era José Sarney e seus
aliados, todos do PDS, antiga ARENA, partido oficial do governo.

[editar] Ver também

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