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MOÇÃO

Os professores da Escola Secundária de Amora, reunidos no dia 24 de Janeiro, no


pleno exercício dos seus direitos cívicos consagrados na Constituição da República
Portuguesa - nomeadamente, o direito de liberdade de expressão e de informação, o
direito de reunião e de manifestação e o direito de resistência - e no pleno
exercício dos seus direitos profissionais consignados no Estatuto da Carreira
docente - nomeadamente, o direito de participação no processo educativo -,
decidiram proceder à análise da grave situação a que o actual modelo de avaliação
de desempenho docente conduziu.

Assim, como elementos substantivos decorrentes dessa análise, os professores da


Escola Secundária de Amora salientam que:

1. Apesar da unanimidade das críticas provenientes de todos os sectores -


profissionais, sindicais, políticos -, o Ministério da Educação não reconheceu nem
corrigiu um dos mais gravosos actos cometidos contra os professores, desde 25 de
Abril de 1974: o concurso para professor titular. Este concurso, fundado na
arbitrariedade e na incompetência técnica, promoveu incomensuráveis injustiças,
inquinou todo o processo de avaliação e produziu graves e irreparáveis danos
morais e profissionais a milhares de professores. Este concurso foi, é e será
sempre inaceitável.

2. Apesar da objectiva discricionariedade por todos denunciada, o Ministério da


Educação não reconheceu nem corrigiu um dos elementos mais gravosos do actual
modelo de avaliação de desempenho: a existência de um artificial e injusto sistema
de quotas. Se o Ministério da Educação afirma publicamente querer premiar o
mérito, tem a obrigação de premiar todos aqueles que possuírem esse mérito, e não
apenas alguns. O Ministério da Educação não pode dizer que está empenhado na
valorização da competência e da excelência e, ao mesmo tempo, criar mecanismos que
impedem essa valorização. O sistema de quotas é e será sempre inaceitável.

3. Apesar da unânime contestação, traduzida em duas manifestações com mais de 100


mil professores, em duas greves nacionais históricas e num número indeterminado de
objecções de carácter técnico, o Ministério da Educação não reconheceu nem
corrigiu o incompetente modelo de avaliação de desempenho que criou e
injustificadamente quer impor.

Nenhuma das alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar n.º 1-A/2009, de 5


de Janeiro, acrescentou seriedade, competência ou rigor ao modelo avaliativo. Pelo
contrário, aumentou a irracionalidade do processo e a discriminação entre docentes
e manteve integralmente a sua inadequação e falta de fiabilidade. Este modelo de
avaliação do desempenho docente é e será sempre inaceitável.

Perante a verificação destes factos, os professores da Escola Secundária de Amora


não encontram outro caminho que não seja o de reafirmarem a necessidade imperativa
de ser mantida a suspensão do actual modelo de avaliação e a consequente não
entrega de objectivos individuais.

Reafirmam, igualmente, a exigência de uma avaliação de desempenho adequada, séria,


justa e credível.

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